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FILOSOFIA/SOCIOLOGIA

LEITURA E REFLEXÃO

Reforma trabalhista: o que é,


resumo e principais mudanças!

Você sabe o que é a Reforma trabalhista? Confira agora quais são as principais mudanças e
muito mais!

Provavelmente você já ouviu falar na Reforma trabalhista, não é mesmo? Aliada a Reforma da
Previdência, muitos dizem que fazem parte do pacote de reformas que devem ser feitas para
garantir os melhores resultados do país.

Mesmo que você não esteja estudando no momento, o assunto é muito relevante, já que as
condições sociais e trabalhistas fazem parte de atualidades e são cobradas em exames
vestibulares, como o Enem. Além disso, a proposta de redação pode abordar algum aspecto da
reforma trabalhista. Você está pronto?

Para ajudar nisso, neste texto, você entenderá melhor sobre a reforma. Verá um resumo do
que aconteceu até que ela fosse aprovada, além dos pontos fundamentais alterados com a lei.
Assim, você terá mais condições para avaliar se a reforma trouxe mais benefícios ou problemas
para os trabalhadores. Boa leitura!

O que é a reforma trabalhista?


A Consolidação das Leis do Trabalho, mais conhecida como CLT, foi editada em 1943. Como já
estava fazendo quase 80 anos, muitos já a consideravam ultrapassada, uma vez que ela não
contemplava mudanças fundamentais nas relações de trabalho, advindas, principalmente, da
tecnologia. Com isso, o desenvolvimento econômico do país fica travado.

Apelidada de Reforma Trabalhista, a lei Nº 13.467 de 2017 foi responsável por fazer mudanças
significativas na CLT, para, de acordo com o governo da época, conseguir minimizar os efeitos
da crise e aumentar o número de empregos. Para tanto, modificou mais de 100 pontos da CLT.

Por que fazer a reforma trabalhista?

Para que a reforma trabalhista fosse implementada, justificou-se a mania comum, de alguns
protecionistas, de onerar os empregados, o que faria com que as empresas pensassem menos
em contratações, já que o custo delas seria alto.

Além disso, a falta de normas claras e de acordo com atualidade fazia com que várias pessoas
vivessem à beira da informalidade ou com condições precárias de trabalho. Assim, o governo
desejava evitar que distorções acontecessem.

Reforma trabalhista: resumo


Durante a tramitação do projeto, a reforma foi criticada por centrais sindicais, que foram
prejudicadas pelas medidas, bem como a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Outras instituições que se mostraram contra às medidas foram o Ministério Público do


Trabalho e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Elas alegavam que a constituição e
convenções internacionais seriam violados, gerando um retrocesso do ponto de vista social.

Por outro lado, o Governo de Michel Temer entendia que era uma forma de estimular a
economia e aumentar os postos de empregos. Além disso, os empresários viam oportunidade
para gerar um ambiente competitivo no mercado.

Também apoiaram às medidas a Confederação da Agricultura e Pecuária além do presidente


Tribunal Superior do Trabalho (TST), que argumentavam que os juízes teriam menos margens
para tomar decisões discutíveis.

Reforma trabalhista: o que muda?

Veja agora quais foram as principais mudanças.

Contribuição sindical

Antes das mudanças, a contribuição era obrigatória e o pagamento era realizado uma vez por
ano, descontando um dia de trabalho do empregado.

Depois da lei, a contribuição passou a ser opcional.

Banco de horas
Antigamente, o excesso de horas de um dia poderia ser compensado em outro. Para tanto, em
um ano, a soma das jornadas semanais de trabalho previstas para o funcionário não poderia
ser excedida. O limite máximo é de 10 horas diárias.

Agora, o banco de horas pode funcionar a partir de um acordo individual escrito. A


compensação pode acontecer, no máximo, em 6 meses.

Demissão

Antes, o trabalhador demitido por justa causa ou que pedisse demissão não teria direito à
multa de 40% sobre o salto existente no FGTS. Além disso, não poderia retirar o fundo. Quanto
ao aviso prévio, a empresa teria que avisar o funcionário com antecedência de 30 dias ou
pagar o salário do funcionário sem que ele precisasse de trabalhar.

Agora, o contrato do trabalhador pode ser encerrado em comum acordo. Para tanto, é


necessário o pagamento de metade do aviso prévio, além de metade da multa. O empregado
poderá movimentar até 80% do valor que consta no FGTS. Nesse caso, entretanto, não poderá
optar pelo seguro-desemprego.

Férias

Antes da reforma, as férias tinham 30 dias e podiam ser divididas em até duas vezes. Uma
delas não poderia ser inferior a 10 dias.

Depois, as férias podem ser usadas em até três períodos, caso o empregado concorde. Um dos
períodos deve ser maior do que 14 dias e os outros não devem ser menores que 5 dias
corridos. Além disso, as férias não poderão começar 2 dias antes de um feriado ou de um
repouso remunerado.

Gravidez

Inicialmente, as mulheres grávidas ou lactantes não poderiam trabalhar em locais que


tivessem condições insalubres. Além disso, não existia limite para que a instituição fosse
avisada da gravidez.

Com a reforma, as mulheres grávidas podem trabalhar em ambientes que sejam de baixa ou


média insalubridade. Isso não poderá acontecer, entretanto, se o médico recomendar
afastamento. As mulheres demitidas precisarão avisar a empresa com até 30 dias sobre a
gravidez.

Home office

A legislação original não previa essa modalidade de trabalho.

Agora, todos os materiais e equipamentos utilizados deverão constar em contrato. O


trabalhador deverá fazer o controle do trabalho em cada tarefa.
Jornada de trabalho

Antigamente, a jornada de trabalho era limitada a 8 horas por dia, 44 horas por semana e 220
por mês, com um máximo de 2 horas por dia de hora extra.

Agora a jornada de trabalho pode ser até de 12 horas por dia (com 36 horas de descanso),
desde que o limite de 44 horas semanais seja respeitado.

A maior parte dos partidos políticos entendiam que uma reforma trabalhista deveria ser
realizada, já que a CLT não contemplava diversos pontos fundamentais para que a relação de
patrão e empregado ficasse mais saudável.

Como o que aconteceu nas eleições de 2018, os resultados ainda são polêmicos. Por um lado,
vários acreditam que os efeitos da crise não foram piores graças à reforma. Por outro, alguns
grupos afirmam que a reforma trouxe apenas um subemprego, fazendo com que as pessoas
encontrem empregos que não tragam o ambiente e os salários que a população necessita.

Ainda há ações questionando a legalidade constitucionalidade das novas regras. Para tanto, o


Supremo Tribunal Federal (STF) deverá julgá-las, garantindo uma jurisprudência.

E você, o que pensa?


R: Na minha opinião, esses políticos passaram muito tempo poluindo o Brasil, matando uns
aos outros, maltratando quem não os defende, e ainda não tiveram seu castigo... O Brasil
apodreceu, e quem apodreceu junto com ele vai ter o que merece. É hora dessa corja sentir as
consequências de seus atos macabros.

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