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Estudos Dirigidos

Os Fenômenos
Voltamos com o
nosso assunto...

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Estudos Dirigidos
O Fenômeno da Tangibilidade.
Vamos ver esse outro
fenômeno agora...

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104. O Espírito, que quer ou pode fazer-se visível, reveste às vezes
uma forma ainda mais precisa, com todas as aparências de um
corpo sólido, ao ponto de causar completa ilusão e dar a crer, aos
que observam a aparição, que têm diante de si um ser corpóreo. Em
alguns casos, finalmente, e sob o império de certas circunstâncias, a
tangibilidade se pode tornar real, isto é, possível se torna ao
observador tocar, palpar, sentir, na aparição, a mesma resistência, o
mesmo calor que num corpo vivo, o que não impede que a
tangibilidade se desvaneça com a rapidez do relâmpago. Nesses
casos, já não é somente com o olhar que se nota a presença do
Capítulo VI. Espírito, mas também pelo sentido tátil.
Das Manifestações
Visuais
Dado se possa atribuir à ilusão ou a uma espécie de fascinação a
aparição simplesmente visual, o mesmo já não ocorre quando se
consegue segurá-la, palpá-la, quando ela própria segura o
observador e o abraça, circunstâncias em que nenhuma dúvida
mais é lícita.
FIM
105. Por sua natureza e em seu estado normal, o perispírito é
invisível e tem isto de comum com uma imensidade de fluidos que
sabemos existir, sem que, entretanto, jamais os tenhamos visto. Mas,
também, do mesmo modo que alguns desses fluidos, pode ele sofrer
modificações que o tornem perceptível à vista, quer por meio de
uma espécie de condensação, quer por meio de uma mudança na
disposição de suas moléculas. Aparece-nos então sob uma forma
vaporosa.
A condensação (preciso é que não se tome esta palavra na sua
significação literal; empregamo-la apenas por falta de outra e a
Capítulo VI.
Das Manifestações
título de comparação), a condensação, dizemos, pode ser tal que o
Visuais perispírito adquira as propriedades de um corpo sólido e tangível,
conservando, porém, a possibilidade de retomar instantaneamente
seu estado etéreo e invisível. Podemos apreender esse efeito,
atentando no vapor, que passa do de invisibilidade ao estado
brumoso, depois ao estado líquido, em seguida ao sólido e vice-
versa. CONTINUA
Esses diferentes estados do perispírito resultam da vontade do
Espírito e não de uma causa física exterior, como se dá com os
nossos gases. Quando o Espírito nos aparece, é que pôs o seu
perispírito no estado próprio a torná-lo visível. Mas, para isso, não
basta a sua vontade, porquanto a modificação do perispírito se
opera mediante sua combinação com o fluido peculiar ao médium.
Ora, esta combinação nem sempre é possível, o que explica não ser
generalizada a visibilidade dos Espíritos. Assim, não basta que o
Espírito queira mostrar-se; não basta tão pouco que uma pessoa
queira vê-lo; é necessário que os dois fluidos possam combinar-se,
Capítulo VI. que entre eles haja uma espécie de afinidade e também, porventura,
Das Manifestações
Visuais que a emissão do fluido da pessoa seja suficientemente
abundante para operar a transformação do perispírito e, provavelmente, que se verifiquem
ainda outras condições que desconhecemos. É necessário, enfim, que o Espírito tenha a
permissão de se fazer visível a tal pessoa, o que nem sempre lhe é concedido, ou só o é em
certas circunstâncias, por motivos que não podemos apreciar.

FIM
Estudos Dirigidos
O Fenômeno da Penetrabilidade.
Vamos falar de mais outro
fenômeno agora...

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O Fenômeno da Penetrabilidade.
Como o corpo astral é constituído de
uma matéria mais sutil, e diferente da
matéria do plano físico, ele pode
transpor qualquer coisa. Nada servindo
de barreira para ele!

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106. Outra propriedade do perispírito inerente à sua natureza
etérea é a penetrabilidade. Matéria nenhuma lhe opõe obstáculo:
ele as atravessa todas, como a luz atravessa os corpos transparentes.
Daí vem não haver tapagem capaz de obstar à entrada dos
Espíritos. Eles visitam o prisioneiro no seu calabouço, com a mesma
facilidade com que visitam uma pessoa que esteja em pleno campo.

Capítulo VI.
Das Manifestações
Visuais

FIM
Estudos Dirigidos
O Fenômeno da Penetrabilidade.
Veremos mais adiante, no
estudo sobre a sintonia, que
os espíritos geralmente estão
onde são “convidados” a
estarem pelos seus interesses
e necessidades.

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O Fenômeno da Penetrabilidade.
Porém pode acontecer que
algumas pessoas após o
desencarne não consigam se
locomover entre os ambientes,
mas isso é decorrente apenas de
sua ignorância quanto a isso.

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O Fenômeno da Penetrabilidade.
Após esse tempo, que é indeterminado,
no qual chamamos de “período de
perturbação”, e melhorando seu estado
mental, o espírito se locomove
normalmente.

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O Fenômeno da Bicorporeidade.
Vamos passar para esse
fenômeno agora...

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119. (...) Isolado do corpo, o Espírito de um vivo pode, como o de um
morto, mostrar-se com todas as aparências da realidade. Demais,
pelas mesmas causas que hemos exposto, pode adquirir momen-
tânea tangibilidade. Este fenômeno, conhecido pelo nome de bicor-
poreidade, foi que deu azo às histórias de homens duplos, isto é, de
indivíduos cuja presença simultânea em dois lugares diferentes se
chegou a comprovar. Aqui vão dois exemplos, tirados, não das
lendas populares, mas da história eclesiástica.
Santo Afonso de Liguori foi canonizado antes do tempo prescrito,
Capítulo VII.
por se haver mostrado simultaneamente em dois sítios diversos, o
Da Bicorporeidade que passou por milagre.
e da Transfiguração

Santo Antônio de Pádua estava pregando na Itália, quando seu pai, em Lisboa, ia ser
supliciado, sob a acusação de haver cometido um assassínio. No momento da execução,
Santo Antônio aparece e demonstra a inocência do acusado. Comprovou-se que, naquele
instante, Santo Antônio pregava na Itália, na cidade de Pádua.
CONTINUA
Por nós evocado e interrogado, acerca do fato acima, (slide ante-
rior) Santo Afonso respondeu do seguinte modo:
1ª Poderias explicar-nos esse fenômeno?
“Perfeitamente. Quando o homem, por suas virtudes, chegou a
desmaterializar-se completamente; quando conseguiu elevar sua
alma para Deus, pode aparecer em dois lugares ao mesmo tempo.
Eis como: o Espírito encarnado, ao sentir que lhe vem o sono, pode
pedir a Deus lhe seja permitido transportar-se a um lugar qual-
quer. Seu Espírito, ou sua alma, como quiseres, abandona então o
Capítulo VII. corpo, acompanhado de uma parte do seu perispírito, e deixa a
Da Bicorporeidade
e da Transfiguração
matéria imunda num estado próximo do da morte. Digo próximo
do da morte, porque no corpo ficou um laço que liga o perispírito e
a alma à matéria, laço este que não pode ser definido. O corpo
aparece, então, no lugar desejado. Creio ser isto o que queres saber.”

CONTINUA
2ª Isso não nos dá a explicação da visibilidade e da tangibilidade do
perispírito.
“Achando-se desprendido da matéria, conformemente ao grau de
sua elevação, pode o Espírito tornar-se tangível à matéria.”
3ª Será indispensável o sono do corpo, para que o Espírito apareça
noutros lugares?
“A alma pode dividir-se, quando se sinta atraída para lugar dife-
rente daquele onde se acha seu corpo. Pode acontecer que o corpo
não se ache adormecido, se bem seja isto muito raro; mas, em todo
Capítulo VII. caso, não se encontrará num estado perfeitamente normal; será
Da Bicorporeidade
e da Transfiguração
sempre um estado mais ou menos extático.”

Nota. A alma não se divide, no sentido literal do termo: irradia-se para diversos lados e
pode assim manifestar-se em muitos pontos, sem se haver fracionado. Dá-se o que se dá
com a luz, que pode refletir-se simultaneamente em muitos espelhos.

CONTINUA
4ª Que sucederia se, estando o homem a dormir, enquanto seu
Espírito se mostra noutra parte, alguém de súbito o despertasse?
“Isso não se verificaria, porque, se alguém tivesse a intenção de o
despertar, o Espírito retornaria ao corpo, prevendo a intenção,
porquanto o Espírito lê os pensamentos.”
Nota. Explicação inteiramente idêntica nos deram, muitas vezes,
Espíritos de pessoas mortas, ou vivas. Santo Afonso explica o fato
da dupla presença, mas não a teoria da visibilidade e da
tangibilidade.
Capítulo VII.
Da Bicorporeidade
e da Transfiguração

FIM
121. Tem, pois, dois corpos o indivíduo que se mostra simultanea-
mente em dois lugares diferentes. Mas, desses dois corpos, um
somente é real, o outro é simples aparência. Pode-se dizer que o
primeiro tem a vida orgânica e que o segundo tem a vida da alma.
Ao despertar o indivíduo, os dois corpos se reúnem e a vida da alma
volta ao corpo material. Não parece possível, pelo menos não
conhecemos disso exemplo algum, e a razão, ao nosso ver, o
demonstra, que, no estado de separação, possam os dois corpos
gozar, simultaneamente e no mesmo grau, da vida ativa e inteli-
gente. Demais, do que acabamos de dizer ressalta que o corpo real
Capítulo VII. não poderia morrer, enquanto o corpo aparente se conservasse
Da Bicorporeidade
e da Transfiguração visível, porquanto a aproximação da morte sempre atrai o Espírito
para o corpo, ainda que apenas por um instante. Daí resulta
igualmente que o corpo aparente não poderia ser matado, porque
não é orgânico, não é formado de carne e osso. Desapareceria, no
momento em que o quisessem matar.

FIM
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O Fenômeno da Transfiguração.
Vamos passar para esse
fenômeno agora...

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122. Passemos ao segundo fenômeno, o da transfiguração. Consiste
na mudança do aspecto de um corpo vivo. (...)
123. A transfiguração, em certos casos, pode originar-se de uma
simples contração muscular, capaz de dar à fisionomia expressão
muito diferente da habitual, ao ponto de tornar quase irreconhe-
cível a pessoa. Temo-lo observado frequentemente com alguns
sonâmbulos; mas, nesse caso, a transformação não é radical. Uma
mulher poderá parecer jovem ou velha, bela ou feia, mas será
sempre uma mulher e, sobretudo, seu peso não aumentará, nem
diminuirá. No fenômeno com que nos ocupamos, há mais alguma
Capítulo VII.
Da Bicorporeidade coisa. A teoria do perispírito nos vai esclarecer.
e da Transfiguração

Está, em princípio, admitido que o Espírito pode dar ao seu perispírito todas as aparências;
que, mediante uma modificação na disposição molecular, pode dar-lhe a visibilidade, a
tangibilidade e, conseguintemente, a opacidade; que o perispírito de uma pessoa viva,
isolado do corpo, é passível das mesmas transformações; que essa mudança de estado se
opera pela combinação dos fluidos. CONTINUA
Figuremos agora o perispírito de uma pessoa viva, não isolado, mas
irradiando-se em volta do corpo, de maneira a envolvê-lo numa
espécie de vapor. Nesse estado, passível se torna das mesmas
modificações de que o seria, se o corpo estivesse separado. Perdendo
ele a sua transparência, o corpo pode desaparecer, tornar-se
invisível, ficar velado, como se mergulhado numa bruma.
Poderá então o perispírito mudar de aspecto, fazer-se brilhante, se
tal for a vontade do Espírito e se este dispuser de poder para tanto.
Um outro Espírito, combinando seus fluidos com os do primeiro,
Capítulo VII. poderá, a essa combinação de fluidos, imprimir a aparência que lhe
Da Bicorporeidade
e da Transfiguração
é própria, de tal sorte, que o corpo real desapareça sob o envoltório
fluídico exterior, cuja aparência pode variar à vontade do Espírito.
Esta parece ser a verdadeira causa do estranho fenômeno e raro,
cumpra se diga, da transfiguração.

FIM
Estudos Dirigidos
O Fenômeno da Densidade.
Vamos passar para esse
fenômeno agora...

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O Fenômeno da Densidade.
Quanto mais evoluído for o
espírito menos denso, ou mais
fluídico, será o seu corpo astral.

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O Fenômeno da Densidade.
O corpo astral vai se tornando mais sutil a medida
que vamos evoluindo. Pois vamos liberando cada
vez mais as energias pesadas resultante de nossas
atitudes e de nossos pensamentos. Assunto esse
que veremos depois.

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O Fenômeno da Densidade.
E isso quer dizer que, existe muita
diferença entre um corpo astral
de um espírito mais evoluído para
outro, mais ignorante.

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O Fenômeno da Luminosidade.
Vamos ver neste trecho do livro
Os Mensageiros sobre outro
fenômeno.

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No Plano Espiritual indo e já próximo da Terra...
Nesse instante, chegáramos ao cume de grande montanha, envolvida em
sombra fumarenta. No solo, desenhavam-se trilhas diversas, à maneira
de labirintos bem formados. Observando-nos a estranheza, Aniceto
falou com otimismo:
– Sigamos!
Nesse momento, ó Deus de Bondade! Alguma coisa imprevista me
Cap. 15 felicitava o coração. Contrastando as sombras, raios de luz
A viagem
desprendiam-se intensamente de nossos corpos. Extraordinária
comoção apossou-se-me d'alma.
Vicente e eu ajoelhamo-nos a um só tempo, banhados em lágrimas, enviando ao Eterno os
nossos profundos agradecimentos, em votos de júbilo fervoroso. Estávamos embriagados de
ventura. Era a primeira vez que me vestia de luz, luz que se irradiava de todas as células do
meu corpo espiritual. Aniceto, que se mantinha de pé, a contemplar-nos com expressão de
alegria, falou comovidamente:

CONTINUA
– Muito bem, meus amigos! Agradeçamos a Deus os dons de amor, sabedoria
e misericórdia. Saibamos manifestar ao Pai o nosso reconhecimento. Quem
não sabe agradecer, não sabe receber e, muito menos, pedir.
E mais adiante...
Agora, em meio das sombras, divisava alguns vultos negros, que pareciam
Cap. 15
A viagem fugir apressados, confundindo-se na treva das furnas próximas.
Nosso orientador avisou, cauteloso:
– Procuremos interromper os efeitos luminosos do nosso corpo espiritual. Bastará que
pensem com vigor na necessidade dessa providência. Estamos atravessando extensa zona,
a que se acolhem muitos desventurados, e não é justo humilhar os que sofrem com a
exibição de nossos bens.
Obedecendo ao conselho, verifiquei o efeito imediato. Os fios de luz que me irradiavam do
corpo apagaram-se como por encanto. A excursão tornou-se menos agradável. Descíamos,
milagrosamente, através dos despenhadeiros de longa extensão. A sombra fizera-se mais
densa, a ventania mais lamentosa e impressionante. (...)
FIM
Estudos Dirigidos
O Fenômeno dos Agêneres.
Vamos passar para esse
fenômeno agora...

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125. Resta-nos falar do singular fenômeno dos agêneres que, por
muito extraordinário que pareça à primeira vista, não é mais
sobrenatural do que os outros. Porém, como o explicamos na Revue
Spirite (fevereiro de 1859), julgamos inútil tratar dele aqui
pormenorizadamente. Diremos tão-somente que é uma variedade
da aparição tangível. É o estado de certos Espíritos que podem
revestir momentaneamente as formas de uma pessoa viva, ao ponto
de causar completa ilusão. (Do grego a privativo, e geine, geinomaï,
gerar: que não foi gerado.)
Capítulo VII.
Da Bicorporeidade
e da Transfiguração

FIM
(...) Se um Espírito tem o poder de tornar visível e palpável uma
parte qualquer de seu corpo etéreo, não há razão para que não o
possa fazer com os outros órgãos. Suponhamos que um Espírito
estenda essa aparência a todas as partes do corpo: teremos, então, a
impressão de ver um ser semelhante a nós, agindo como nós,
quando não passa de um vapor momentaneamente solidificado.
(...)
(...) A duração dessa aparência está submetida a condições que nos
são desconhecidas; depende, sem dúvida, da vontade do Espírito,
Fevereiro que a pode produzir ou fazê-la cessar à vontade, embora dentro de
1859
certos limites, que nem sempre tem liberdade de transpor. Inter-
rogados a respeito, bem como sobre todas as intermitências de
quaisquer manifestações, os Espíritos sempre disseram que agiam
em virtude de uma permissão superior.

CONTINUA
Se, para certos Espíritos, é limitada a duração da aparência
corporal, podemos dizer que, em princípio, ela é variável, podendo
persistir mais ou menos tempo; pode produzir-se a qualquer tempo
e a toda hora. Um Espírito cujo corpo fosse assim visível e palpável
teria, para nós, toda a aparência de um ser humano; poderia
conversar conosco e sentar-se em nosso lar qual se fora uma pessoa
qualquer, pois o tomaríamos como um de nossos semelhantes.

Questionado sobre esse ponto (a aparição de Espíritos materiali-


zados/tangíveis), um Espírito superior respondeu que realmente
Fevereiro
1859 podemos encontrar seres dessa natureza, sem que o suspeitemos;
acrescentou que isso é raro, mas possível. Como, para nos enten-
dermos, precisamos dar um nome para cada coisa, a Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas os chama agêneres, assim
indicando que sua origem não é o resultado de uma geração.

CONTINUA
Muito interessante, não? O agênere seria então
um Espírito que se torna tangível e não revela a
sua natureza (a de Espírito e desencarnado) e,
aos nossos olhos, mais não é do que um
homem comum. E o que diferencia também é o
de não classificar como bicorporeidade, pois o
agênere não tem corpo vivo na Terra; apenas
seu perispírito toma uma forma palpável. E para
esclarecer melhor, vamos relatar um fato
ocorrido, e relatado na Revista, no próximo
slide.

Fevereiro
1859

CONTINUA
O fato a seguir, que se passou ultimamente em Paris, parece
pertencer a esta categoria:
Uma pobre mulher estava na igreja de São Roque e rogava a Deus
que a auxiliasse em sua aflição. À saída, na rua SaintHonoré,
encontra um senhor que a aborda e lhe diz: “Boa mulher, ficaríeis
contente se arranjasses trabalho?” – “Ah! meu bom senhor” –
responde ela – “peço a Deus que me conceda esse favor, porque
estou muito necessitada.” – “Pois bem! Ide a tal rua, número tanto.
Procurai a senhora T...: ela vos dará trabalho.” Então continuou seu
Fevereiro caminho.
1859
A pobre mulher dirigiu-se sem demora ao endereço indicado. –
“Com efeito, tenho um trabalho para mandar fazer” – diz a
senhora em questão – “mas como não o dissera a ninguém, como
pôde a senhora vir me procurar?”

CONTINUA
Então a pobre indigente, avistando um retrato suspenso à parede,
respondeu: – “Senhora, foi esse cavalheiro que me enviou aqui.” –
“Esse cavalheiro!” – replicou espantada a senhora – “Mas isso não
é possível; este é o retrato de meu filho, morto há três anos.” – “Não
sei como pode ser isto, mas vos asseguro que foi esse senhor que
acabei de encontrar ao sair da igreja, onde tinha ido pedir a Deus
que me assistisse. Ele me abordou e foi ele mesmo que me mandou
aqui.”

Fevereiro
1859

FIM
Estudos Dirigidos
Vamos dar uma
pausa por aqui.

Périclis Roberto
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