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CAMPUS CEDRO.
TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
CEDRO, CEARÁ
2016
JULIETE DA SILVA SOUZA
CEDRO, CEARÁ
2016
ESTUDO DA VIABILIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA
FOTOVOLTAÍCO CONECTADO A REDE ELÉTRICA DO IFCE-CAMPUS CEDRO
Aprovado em ____/____/____
Conceito ________
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________
Prof.Esp.José Tavares de Luna Neto (Orientador)
Instituto Federal do Ceará- Campus Cedro (IFCE)
____________________________________________________
Prof. José Hernando Bezerra Barreto
Instituto Federal do Ceará- Campus Cedro (IFCE)
____________________________________________________
Prof. Esp. Moisés Gomes de Lima
Instituto Federal do Ceará- Campus Cedro (IFCE)
A Deus.
Aos meus pais, Sônia Maria Silva de Souza
e Joacir Gomes de Souza.
AGRADECIMENTOS
ADeus primeiramente, por me conceder o dom da vida e sempre guiar meus passos nesta
jornada, pelas bênçãos proporcionada no dia-a-dia e por todas as conquistas alcançadas na
minha vida.
Aos meus pais pelos conselhos dados, pelos valores transmitidos desde cedo, por me
incentivarem a lutar pelos os meus sonhos.
Agradeço aos meus irmãos José Janiere Silva de Souza e Joacir Gomes de Souza Filho pelo o
apoio e carinho.
Aos meus avós paternos Maria Gomes de Souza e Sebastião Duarte de Souza pelo carinho.
Aos meus avós maternos Maria Irene dos Santos Silva e Joaquim Severo da Silva (in
memoria) pelo amor e por ajudarem na minha criação.
A minha querida bisavó Luiza Batista da Souza (in memoria) pelo o apoio e o carinho dado e
por acreditar na minha capacidade.
Ao Instituto Federal do Ceará-Campus Cedro, por transformar minha vida para melhor, por a
educação concedida durante todo este período e pelas maravilhosas experiências que
compartilhei durante esses anos.
Ao professor, Orientador e AmigoJosé Tavares de Luna Neto, por ter acreditado no meu
potencial em busca de realizar da melhor forma meu trabalho e por a disponibilidade de me
orientar nesta fase tão importante da minha carreira acadêmica.
Agradeço especialmente a Professora e Amiga SheysaRibeiropor todo apoio, pela
disponibilidade, e sugestões de melhorias no desenvolvimento do trabalho.
A todos os professores pelo os conhecimentos repassados durante todo o curso.
A todos os amigos que contribuíram direto e indiretamente para a realização do trabalho, em
especial a Laís Felix e Antônio Xavier que me apoiaram e incentivaram a acreditar na minha
capacidade de chegar até o final, além da amizade e dos momentos felizes que
compartilhamos durante esses anos.
A todos os meus amigos que conquistei noIFCE-Campus Cedro, que fizeram estes os
melhores anos da minha vida.
(Charles Chaplin)
RESUMO
Concernabouttheenvironmentalimpactcausedbytraditionalsourcesofpowergenerationisleading
governmentsandsocietytoseek new alternativestogenerateelectricitysothatthereis no
damagetotheenvironment.Amongthe natural resourcesavailable in nature, solar
radiationisknown for beingabundantandfree, it is in thiscontextthatseveral countries are
investing in thisrenewablesource for electricitygeneration, becausethistypeofenergy does
notpollutetheenvironmentbeing a power clean whichsignificantlyreducesthe gases
causingthegreenhouseeffect.TheBrazilis a country locatedmostly in the
intertropicalregionhasgreatpotential for solar energyutilizationthroughouttheyear,
particularlytheNortheast.Despitethe high cost in theimplementationofphotovoltaic systems in
recentyears, investments in
thistypeofgenerationisbecomingincreasinglyattractivetotheconsumer in some Brazilianstates
are alreadyinvestments in thisareamainly in homes, duetothenormativeregulation n ° 482 of 17
April 2012 ANEEL (BrazilianElectricityRegulatoryAgency) whichestablishesthe general
conditions for accessto micro andminigeneration.In the face ofbarriers still encountered in the
use ofrenewableenergy in Brazil, thisstudyaimstoemphasizetheimportanceof solar energy as
analternative in theproductionofelectricityandbasedonthisaspect prepare a proposal for
implementationof a PV plantconnectedto grid the Federal InstituteofEducation, Science and
Technology of Ceará - Campus Cedro (IFCE-Campus Cedro).
A Ampère
AIE Agência Internacional de Energia
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
a-Si Silícioamorfo
BEN Balaço Energético Nacional
CA Corrente alternada
CC Corrente continua
CdTe Telureto de cadmio
CEPEL Centro de Pesquisa em Energia Elétrica
CH4 Metano
CIGS Disseleneto de cobre indiogalio
CO2 Dióxido de carbono
COELCE Companhia Energética do Ceará
COP Conferência das Partes das Nações Unidas
CRESESB Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio Brito
EPE Empresa de Pesquisa Energética
EPIA Associação Europeia da Indústria Fotovoltaica
GEE Gases do Efeito Estufa
GW Gigawatt
Hz Hertz
IFCE Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará
IGBT InsulatedGats Bipolar Transistors
IPCC Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática
Isc Corrente de curto circuito
Kg Quilograma
kW Quilowatt
kWh Quilowatt-hora
kWp Quilowatt pico
m Metro
m2 Metro quadrado
MDL Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
MJ Mega joule
mW Miliwatt
MWp Megawatt pico
NASA NationalAeronauticsand Space Administration
NO2 Dióxido de nitrogênio
OECD Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
OIEE Oferta Interna de Energia Elétrica
PNE Plano Nacional de Energia
Pm Potência máxima
PRODEEM Programa de Desenvolvimento Energético de Estados e Municípios
PROIFA Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica
SCR Retificadores Controlados de Silício
SDAT Sistema de Distribuição de Alta Tensão
SDMT Sistema de Distribuição de Média Tensão
SFCR SistemaFotovoltaico Conectado a Rede
SIN Sistema Interligado Nacional
STC Condições de Teste Padrão
TWh Terawatt-hora
V Volt
Vco Tensão de circuito aberto
W Watt
Wp Watt pico
LISTA DE SÍMBOLOS
% porcento
°C Graus Celsius
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 15
1.1 Justificativa ..................................................................................................................... 17
1.2 Objetivos Gerais ............................................................................................................. 17
1.2.1 Objetivos específicos ....................................................................................................... 17
2 EMBASAMENTO TEÓRICO ........................................................................................... 18
2.1 Sustentabilidade ambiental ............................................................................................. 18
2.2 Negociações internacionais sobre mudanças climáticas ................................................. 19
2.2.1Aquecimento Global e Mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) ....................... 21
2.3 Energia e meio ambiente. ................................................................................................ 22
2.4 Energia proveniente do sol ............................................................................................. 23
2.5 Energia solar térmica ...................................................................................................... 24
2.6 Energia solar fotovoltaica ............................................................................................... 25
2.7 Matriz energética mundial .............................................................................................. 28
2.8 Matriz energética brasileira............................................................................................. 30
2.9 Perpectivas futuras para energia fotovoltaica no mundo ................................................ 32
2.9.1Perpectivas futuras para energia fotovoltaica no Brasil ................................................ 33
2.10 O efeito fotovoltaico ..................................................................................................... 34
2.11 Sistema solar fotovoltaico ............................................................................................. 35
2.11.1Sistema fotovoltaico isolado ....................................................................................... 36
2.11.2Sistema fotovoltaico hibrido ....................................................................................... 37
2.11.3Sistema fotovoltaico conectado a rede ........................................................................ 38
2.11.4Legislações vigente que regulamentam os SFCR ....................................................... 39
2.12 Componentes de um sistema fotovoltaico conectado a rede ....................................... 42
2.12.1Módulos fotovoltaicos ................................................................................................ 42
2.12.2Inversores .................................................................................................................... 40
2.12.3Medidor ....................................................................................................................... 48
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 50
3.1 Descrições do projeto do SFCR do IFCE-Campus Cedro .............................................. 52
3.3.1 Quantidade de módulos e potência total gerada por ambiente .................................... 52
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 55
4.1 Problemas encontrados ................................................................................................... 58
5 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 60
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 61
15
1INTRODUÇÃO
O Brasil, por ser um país localizado na sua maior parte na região intertropical, possui
grande potencial para aproveitamento de energia solar durante todo ano, a exemplo, se tem a
região Nordeste, onde o sol está presente na maior parte do ano. A utilização da energia solar
traz benefícios em longo prazo para o país, viabilizando o desenvolvimento de regiões
remotas onde o custo da eletrificação pela rede convencional é demasiadamente alto com
relação ao retorno financeiro do investimento (TIBA, 2000; PEREIRA et al., 2006).
No entanto, os investimentos neste tipo de geração requerem um capital inicial
elevado devidoà tecnologia empregada na fabricação dos painéis fotovoltaicos implicando
num alto custo.Com isso, se necessitam de investimentos na concepção de novas tecnologias
para se reduzir tais custos e aumentar a o aproveitamento deste recurso renovável.
Apesar do elevado custo na implantação de sistemas que aproveitam a radiação solar
para geração de energia elétrica, nos últimos anos, os investimentos neste tipo de geração vem
se tornando cada vez mais atrativos para o consumidor, em alguns estados brasileiros já
existem investimentos nesta área principalmente em residências, em virtude da regulação
normativa n° 482 de 17 de abril de 2012 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica)
que estabelece as condições gerais para o acesso a microgeração e minigeração permitindo
que os consumidores residenciais injetem a energia, obtida a partir de sistemas de geração
isolados, na rede elétrica em troca de bônus em quilowatt- hora (kWh) na conta de energia.
Dessa forma, a geração de energia fotovoltaica torna-se um bom investimento para os
consumidores residenciais que conseguem recuperar o investimento inicial do sistema através
da redução do consumo de energia elétrica (ANEEL, 2012).
Diante das barreiras ainda encontradas para a utilização deste tipo de energia no
Brasil, este estudo tem como objetivo enfatizar a importância da energia solar como
alternativa na produção de energia elétrica e baseado neste aspecto elaborar uma proposta de
implementação de um sistema fotovoltaico conectado a rede elétrica do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - Campus Cedro (IFCE-Campus Cedro), que
funcionará na estrutura de geração e compensação, onde injetará a energia produzida
excedente na rede da concessionária COELCE (Companhia Energética do Ceará) e em
contrapartida receberá créditos através de descontos na fatura de energia elétrica no mês
seguinte.
17
1.1 Justificativa
2EMBASAMENTO TEÓRICO
Esse capítulo irá dividir-se da seguinte forma: de início será abordado o tema
sustentabilidade ambiental dando continuidade ao assunto vem as principais negociações
internacionais sobre mudanças climáticas e ações que foram tomadas visando minimizar o
efeito estufa no planeta, após será descrita a relação da energia com o meio ambiente onde é
feita uma abordagem histórica, em seguida é exposto o tema energia proveniente do sol
trazendo os benefícios e peculiaridades do aproveitamento desta fonte. É feita também uma
exposição da energia solar térmica e energia solar fotovoltaica, logo após, é feita uma
análiseda matriz energética mundial e brasileira, bem como o futuro da energia solar no
cenário mundial e brasileiro, dando seguimento faz-se uma descrição do efeito fotovoltaico e
da característica de um sistema fotovoltaico trazendo os principais tipos de sistemas existente,
em seguida é exposta as legislações vigentes que regularizam os sistemas conectados a rede
no Brasil e finalizando é realizada a abordagem dos tipos de componentes utilizados em um
sistema fotovoltaico conectado a redeonde é descrito seu funcionamento, construção física,
bem como suas principais características.
Unidos, Rússia, Japão, Alemanha entre outros, ocorreu inclusive um crescimento das
emissões de CO2 (NOVAES, 1992; MACHADO et al., 2006).
Com a preocupação do aumento da emissão dos GEE (Gases do Efeito Estufa) no ano
de 1997 foi realizada na cidade de Kyoto (cidade que deu nome ao Protocolo) no Japão, a 3ª
Conferência das Partes das Nações Unidas (COP 3) como a participação de 160 países, tendo
como objetivo discutir um instrumento legal que estabelecesse metas quantitativas para
redução dos GEE, principalmente por parte dos países industrializados, bem como criar
formas de desenvolvimento menos impactantes para os países em desenvolvimento. O
Protocolo de Kyoto obriga os países industrializados a reduzirem as emissões de gases em
cerca de 5,2% em relação ao ano de 1990, no período de 2008 a 2012 (ANDRADRE e
COSTA, 2008; MACHADO et al., 2006; MATTER, 2013).
No final do mês de maio de 2012 foi realizada a Conferência sobre Mudanças
Climáticas em Bonn, Alemanha, onde novos acordos foram firmados para a elaboração de um
novo protocolo (MARCATTO E LIMA, 2013). Os países da União Europeia sugeriram que
fossem seguidos os temas abordados na COP-17 (17ª Conferência das Partes das Nações
Unidas sobre o Clima), realizada no ano de 2011 em Durban, na África do Sul, que contou
com a participação de mais de 190 países onde se comprometeram a desenvolverem ações
para reduzir o aumento da temperatura do planeta. Um dos temas abordados foi à
possibilidade da prorrogação do Protocolo de Kyoto, onde os países se empenhariam na
criação de um novo mecanismo para minimizar os problemas decorrentes das mudanças
climáticas até o ano de 2015, assim surgiu a Plataforma de Durban, que lançou um acordou
contra as emissões de gases do efeito estufa, tendo o envolvimento dos Estados Unidos e
China, os dois maiores poluidores do mundo, o projeto foi uma conquista no ponto de vista
ambiental, apesar de que o prazo estabelecido para alcançar as metas seja após 2020 (AIDAR,
2012).
Com fim do prazo do Protocolo de Kyoto (2008 - 2012) os países industrializados e
emergentes entraram em um novo ciclo de acordos internacionais, visando reduzir as
emissões dos gases causadores do efeito estufa entre 2013 e 2020. Este segundo período do
Protocolo foi discutido na 18ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre Mudanças do Clima (COP 18), realizada no final de novembro 2012, em Doha,
Qatar, para a maioria dos participantes da Conferência os avanços das negociações em temas
como a Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, foram reduzidos em
função das discussões sobre o Protocolo de Kyoto, mesmo assim países como Rússia, Nova
Zelândia, Canadá e Japão, não aceitaram as novas metas para redução de emissões de CO2. A
21
expectativa destes acordos é que as nações se esforcem em criar formas de reduzir as ações
que degradam o meio ambiente e busquem adotar produtos renováveis para alcançar as metas
estabelecidas dentro do prazo estipulado (MUDANÇAS CLIMÁTICAS: AÇÕES GLOBAIS
PRECISAM SER EFETIVAS, 2013).
um mecanismo flexível que permite aos países desenvolvidos atingirem parte do acordo
firmado em Kyoto, com implantação de projetos em países em desenvolvimento capazes de
reduzir as emissões dos GEE, ou seja, se os países industrializados excederem a cota de
emissão dos GEE poderá comprar o direito a esse excesso com o investimento em projetos
nos países em desenvolvimento que estejam abaixo da cota, fazendo que desta forma reduza
as emissões dos gases poluentes causadores do efeito estufa. (ANDRADRE e COSTA,
2008;REIS e CUNHA, 2006).
A produção de energia baseada nas fontes fósseis geram emissões de poluentes, gases
de efeito estufa, causando desta forma, danos ambientais ao planeta. Em virtude dos
malefícios causados neste processo e a escassez da oferta de combustíveis fósseis, vem
levando os estudiosos a buscarem novas ideias de fontes de energia alternativas para a
produção de energia que ajudassem a suprir o crescente consumo por energia, no século XXI,
e conciliasse o respeito ao meio ambiente, provocando a inserção das fontes renováveis na
matriz energética mundial. (GONÇALVES, 2005;PACHECO, 2006).
As fontes de energia alternativa ou renováveis se caracterizam por não determinar um
limite de tempo a sua utilização, pois não emitem gases poluentes responsáveis do efeito
estufa, os recursos energéticos renováveis estão disponíveis localmente, reduzem as emissões
de CO2 para atmosfera entre outros benefícios, sendo consideradas fontes de energias limpas
ou verde (GALDINO et al., 2009;SOUSA et al., 2005).
A maior parte das energias renováveis é originária da radiação solar, que por sua vez,
é a fonte primária de quase toda energia disponível no planeta, sendo praticamente
inesgotável, é responsável pelo desenvolvimento e manutenção da vida na terra (PINHO e
GALDINO, 2014).
é chamada e radiação solar direta. Já a radiação que chega a superfície terrestre e é espalhada
é chamada de radiação solar difusa (BRITO, 2003; LOYS, 2012; PINHO et al., 2008).
Vale ressaltar que a radiação que chega à superfície terrestre sofre alternâncias devido
às variações regulares diárias e anuais, ao movimento aparente do sol, além das variações
irregulares causadas pelas condições climáticas (nuvens e chuvas), com isso, deve-se
selecionar um sistema apropriado para estoque da energia resultante do processo de
conservação, conforme afirmam os autores Brito (2003) e Pinho et al., (2008).
O uso da energia solar traz benefícios para o meio ambiente como, a viabilidade da
oferta de energia em períodos de estiagem, diminuindo o uso de petróleo e seus derivados e
consequentemente reduzem-se as emissões de gases poluentes á atmosfera, possibilita a
utilização de sistemas fotovoltaicos para geração de energia elétrica podendo ser ligados a
rede ou autômatos, o uso da energia solar térmica através de sistemas de aquecimento de água
entre outros (PEREIRA et al., 2006).
2.5 Energiasolartérmica
Figura 02 - Aplicação da primeira célula solar em uma rede telefônica na cidade Americus, no
estado americano da Geórgia.
Logo se compreendeu que o elevado custo das células solares seria uma das barreiras
na sua utilização e apenas seria viável economicamente em aplicações especificas, como, por
27
exemplo, produzir eletricidade no espaço. O primeiro satélite, o Sputnik, foi lançado em 1957,
este evento é tido como o marco inicial na corrida ao espaço entre os Estados Unidos e a
União Soviética (WOLF, 1960). Em 1958, a NASA (NationalAeronauticsand Space
Administration), em português, (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço), aceitou
usar células solares, como back-up de uma pilha convencional, no Vanguard I, a pilha falhou,
mas os painéis de aproximadamente 100 cm², produzia aproximadamente 0,1W (Watts)
manteve o transmissor de 5mW (miliwatts) funcionando durante oito anos. Após o
experimento a viabilidade, durabilidade e baixo custo, o programa espacial norte-americano
adotou as células solares como fonte de energia dos seus satélites e até os dias hoje essa é a
fonte mais adequada para estas aplicações (Figura 03) (PINHO et al., 2008).
Figura 04 - Índices de fornecimento de energia com utilização de gás natural e petróleo entre 2013 e
2014.
Fonte:AIE,2015.
Mesmo com o aumento dos índices das fontes renováveis na matriz energética
mundial, a porcentagem de eletricidade gerada com combustíveis fósseis não variou muito
desde 1985, a produção de energia elétrica em 2014 mostrou que 59% foram provenientes de
combustíveis de origem fóssil (Figura 06).
A região nordeste do país possui valores da radiação solar diária, médias e anuais
comparáveis às melhores regiões do mundo como, como a cidade de Dongola, no deserto do
Sudão, e a região de Dagget no Deserto de Mojave, Califórnia. Possuindo variações sazonais
menores, podendo resultar em importantes vantagens técnicas e econômicas dos sistemas
solares instalados nesta região. Porém este potencial ainda é pouco aproveitado no país
(TIBA, 2000; PEREIRA et al., 2006).
A Figura 09 ilustra a Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) em 2014, observam-se
nos números abaixo da figura as vantagens comparativas de 74,6% de fontes renováveis na
matriz elétrica brasileira, contra apenas 23,6% na média mundial, e 23,1% no bloco OCDE
(Europa, América do Norte, Japão e Austrália) (MME, 2015).
O Plano Nacional de Energia 2030 (PNE 2030) publicado em 2007 prevê o interesse
em manter a elevada participação das fontes renováveis na matriz energética brasileira e a
diversificação das fontes primárias de abastecimento, concentrou-se o estudo de outras fontes
as renováveis com maior potencial para o país. O Governo Federal criou o Programa de
Desenvolvimento Energético de Estados e Municípios (PRODEEM), no de 1994, com
objetivo de promover a aquisição de sistemas fotovoltaicos por meio de licitações
internacionais. Foi instalado o equivalente a 5MWp (megawatts pico) em aproximadamente
7.000 comunidades em todo Brasil.
O PRODEEM foi incorporado ao Programa Luz para Todos objetivando o intuito de
atender localidades remotas, para as quais a extensão da rede de distribuição possui um custo
muito alto. De acordo com o Relatório da Administração da Eletrobrás de 2009, ao todo
foram instalados 2.046 sistemas fotovoltaicos desde 2004. Atualmente o potencial de
expansão da geração elétrica a partir de energia solar fotovoltaica tem como destaque o
PROINFA (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica). No caso da
energia solar, a tecnologia é bem avançada, mas não se aplica para geração elétrica, apesar da
importância no sistema elétrico para modulação da carga nos horários de ponta. A energia
fotovoltaica pode ser aproveitada para geração elétrica, tanto em sistemas isolados, onde
desfruta de um mercado que continuará a crescer segundo as expectativas do PNE 2030,
porém com provável entrada, mais acentuada, no fim do horizonte do estudo (EPE, 2007;
FRANCO, 2013; PERLOTTI et al., 2012).
34
(corrente elétrica) este processo continua enquanto tiver luz do sol incidindo na célula desta
forma a intensidade da corrente elétrica é gerada na proporção da intensidade da luz solar
incidente (Figura 10). Vale ressaltar que as células solares não armazenam energia elétrica ela
apenas mantem o fluxo de elétrons estabelecidos num circuito elétrico enquanto houver
incidência de luz sobre ela (GREENPRO, 2004; NASCIMENTO, 2004).
Os sistemas híbridos de geração de energia reúnem pelo menos duas fontes de geração
distintas, como por exemplo, turbinas eólicas, geração diesel, módulos fotovoltaicos,
biomassa entre outras. Caracterizam-se por serem desconectados da rede convencional e a
utilização de várias formas de geração de energia elétrica torna-se complexa em função da
necessidadedeotimização do uso da mesma eficiência na entrega da energia ao usuário. Em
geral, os sistemas híbridos são empregados para sistemas de médio a grande porte, atendendo
um número grande de usuários. Por trabalhar com cargas de corrente contínua, o sistema
híbrido também apresenta um inversor. Devido a grande complexidade de arranjos e
multiplicidade de opções, a forma de otimização do sistema torna-se um estudo particular
para cada caso (EPE, 2007; LOPES 2002; SILVA, 2014; LOYS, 2012;WANDERLEY,
2013).A Figura 13 apresenta um exemplo de um sistema fotovoltaico hibrido com energia
fotovoltaica, eólica e através de combustíveis fósseis integrados ao mesmo sistema.
38
Os SFCR das grandes centrais fornecem potência á rede elétrica instantaneamente via
um ou mais inversores e transformadores (Figura 14), esses sistemas são caracterizados por
utilizarem inversores comutados pela rede evitando a operação isolada, geralmente, são
equipamentos com seguidor de ponto de máxima potência (SPMP), afirma o autor CÂMARA
(2011).
Figura 14- Esquema de um SFCR com um inversor (a) ou com vários inversores (b).
com vistas a induzir a utilização racional dos sistemas, minimizando seus custos de ampliação
ou utilização, além de esforça-se para garantir o livre acesso do empreendimento contratado
pelo critério de mínimo custo global de interligação (critério de avaliação de alternativas para
ser realizada a integração das centrais geradoras vinculadas ao PROINFA onde são escolhidos
o menor custo global do investimentos, consideradas as instalações de conexão de
responsabilidade do consumidor) e os reforços nas redes e decidindo eventuais divergências e
observando os prazos de início de funcionamento das centrais geradoras (ANEEL, 2004).
2.12.1Módulos fotovoltaicos
As células fotovoltaicas em sua grande maioria são fabricadas com o Silício (Si). As
tecnologias usadas na fabricação das células fotovoltaicas são classificadas como de primeira
geração (silício mono e policristalino), segunda geração (silício amorfo e filme fino) ou
terceira geração (concentrador fotovoltaico) (EPE, 2012).
Os módulos fabricados com o silício monocristalino possuem uma estrutura
homogênea em toda sua extensão sendo necessário para fabricação ter um grau de pureza de
aproximadamente 99,9999%. Estas células são obtidas de barras cilíndricas de silício
monocristalino fabricadas em fornos especiais, sendo necessária a realização de cortes das
barras em formas de pastilhas quadradas finas (0,4 a 0,5 mm de espessura) (Figura 17). Tem-
se um limite de conversão da luz em eletricidade de 27%, no entanto, em produtos comercias
encontra-se valores limitados de 12 a 16%. A obtenção desse tipo de silício é mais cara do
que a do silício policristalino, mesmo com sua produção em larga escala (IMHOFF, 2007;
EPE, 2012).
Figura 17- Célula de silício monocristalino.
Fonte:GREENPRO, 2004.
Outro ponto importante a ser considerado nos módulos é o ponto de potência máxima
(Pm). Para conseguir a potencia máxima deve-se traçar um gráfico IxV (Corrente x Tensão)
com valores obtidos da tensão de circuito aberto (Voc) e de corrente de curto circuito (Isc)
estes valores são obtidos através da variação da incidência de irradiação solar mínima à
máxima sobre o respectivo módulo em condições STC. Portanto o Pm é o produto
correspondente da tensão máxima (Vmp) e corrente de potência máxima (Imp) (GNOATO et
al., 2005). A Figura 22 ilustra um exemplo de um gráfico I x V, sendo a potência máxima
obtida através da curva gerada em condições padrões, ou seja, STC. O Pm é comumente
denominado como o “joelho” da curva IxV.
2.12.2Inversores
2.12.3 Medidor
3MATERIAIS E MÉTODOS
Figura 23- Índices de irradiação solar no plano horizontal das localidades mais próximas a Cedro-Ce.
Tabela 03- Valores médios de irradiação solar diária durante os meses do ano das cidades Iguatu,
Juazeiro do Norte e Barbalha no Ceará.
Informações Irradiação solar diária média [ kWh/m².dia]
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
Iguatu/CE/BRA
Latitude: 6,3°S
Longitude: 39,2986°O 5,33 5,39 5,31 5,03 5,36 4,92 5,5 6,08 5,81 6,5 6,25 6 5,63
Distância: 36,9 Km
Juazeiro do
Norte/CE/BRA
5,17 5,39 5,08 5,22 5,25 4,89 5,11 5,78 6,19 6,42 5,86 5,58 5,50
Latitude: 7,2°S
Longitude:
39,31527°O
Distância 72,4 Km
Barbalha/CE/BRA
Latitude: 7,3°S 5,08 5,00 5,08 5,00 5,03 4,78 5,17 6,03 5,89 6,03 6,19 5,83 5,43
Longitude:39,30406°O
Distância 82,3 Km
Onde:
Quant. Módulo - Quantidade de módulos.
Larg. Ambiente - Largura do ambienteescolhido em metros.
Larg. Ambiente - Largura do módulo usado no projeto em metros.
Comp. Ambiente - Comprimento do ambiente escolhido em metros.
Comp. Módulo - Comprimento do módulo do projeto em metros.
53
No intuito de se determinar a potência total gerada em kWp por ambiente foi usada a
seguinte fórmula:
Onde:
Tabela 04- Especificações dos ambientes determinados para instalação dos módulos.
Módulos Potencia
Largura Comprimento Área
Local fotovoltaicos Total Inversores
(m) (m) (m²)
(QUANT.) (kWp)
Inversor 4 x
Bloco Didático 18,92 25,29 478,49 293 70 15 kW e 1 x
12,5 kW
Inversor 6x
Quadra 23,78 35,22 908,87 513 123 20kW E 1 x
12,5 kW
Inversor 2x
Bloco Eletro 11,77 14,77 172,37 106 26
15kW
Bloco Lab. Inversor 2 x
9,45 26,45 249,95 153 37
Informática 20 kW
Bloco Lab. Inversor 4 x
10,03 33,83 339,31 208 50
Usinagem 15 kW
Biblioteca
7,12 12 85,44 52 13
(Lado Norte) Inversor
Biblioteca 2x15kW
7,12 12 85,44 52 13
(Lado Sul)
54
Bloco do Lab.
de Química 8,84 21,4 189,17 116 28
(Lado Norte)
Inversor 4 x
15 kW
Bloco do Lab.
De Química 8,84 21,4 189,17 116 28
(Lado Sul)
Almoxarifado
2,8 17,55 49,14 30 7
(Lado Norte)
Inversor 20
kW
Almoxarifado
2,8 17,55 49,14 30 7
(Lado Sul)
Bloco
Recepção 8,85 22,56 199,66 122 29
(Lado Norte) Inversor 4 x
Bloco 15 kW
Recepção 8,85 22,56 199,66 122 29
(Lado Sul)
Total 1914 459
Fonte: Autora, 2015.
55
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
encontrados na tabela 05, vale ressaltar que no orçamento é realizada um descrição técnica de
cada equipamento, tendo em vista que o IFCE-campus Cedro é uma instituição pública e
como a aquisição dos equipamentos é realizada através de licitações necessita-se fornecer as
características técnicas dos mesmos.
Preço - R$ (Real)
Fonte Descrição Un. Qtde.
Unitário Total
ADMINISTRAÇÃO DA OBRA E
1 17.508,14
DESPESAS GERAIS
R$
1.1 CREA ud 1,0 65,00
ART CREA 65,00
R$
1.2 2706 h 198,0 10.579,14
Engenheiro Eletricista 53,43
R$
1.3 2437 h 528,0 6.864,00
Montador Eletromecânico (encarregado) 13,00
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
2 2.873,55
INDIVIDUAL
12893 R$
2.1 Bota couro solado de borracha vulcanizado. par 21,0 1.300,32
SINAPI 61,92
12895 R$
2.2 Capacete plástico rígido. ud 21,0 270,90
SINAPI 12,90
00941 R$
2.3 Fardamento. ud 21,0 1.008,00
ORSE 48,00
74209/1
2.4 Placa de obra em chapa de aço galvanizado. m² 1,0 R$ 294,33 294,33
SINAPI
3 ESTRUTURA METÁLICA 467.850,00
Memória de Estruturas metálica de suporte para painéis R$
3.1 kg 31190,0 467.850,00
cálculo fotovoltaicos. 15,00
4 EQUIPAMENTOS FOTOVOLTAICOS 2.425.790,00
Painel fotovoltaico Policistalino Classificação
A no Inmetro Máxima Potência (Pm): 240
Watts Tolerância: 0 / 5 Watts Voltagem de
Máxima Potência (Vm) : 30.4 Volts Corrente
Cotação. R$
4.1 de Máxima Potência (Im): 8.14 Amps ud 1914,0 1.722.600,00
(Neosolar) 900,00
Voltagem de Circuito Aberto (Voc): 37.5
Volts Corrente de Curto-Circuito (Isc):
8.65Amps Voltagem Máxima do Sistema:
1000 Volts(ou equivalente técnico)
57
R$
4.5 Cotação Conector Solar Plug Macho e Fêmea 4 mm2 ud 200,0 4.000,00
20,00
5 INSTALAÇÃO ELÉTRICA
-
03836/ Caixa em chapa metálica galvanizada 60 x 50 R$
5.1 ud 31 7.177,12
ORSE x 20cm, para quadro de comando de proteção 231,52
00477/ Fornecimento e instalação de chave R$
5.2 ud 31 9.066,57
ORSE seccionadora 70a 292,47
Disjuntor termomagnético tripolar 50 A,
08001/ R$
5.3 padrão DIN (Europeu - linha branca), curva ud 27 1.757,43
ORSE 65,09
C, 5KA (Fornecimento e instalação)
58
5 CONSIRERAÇÕES FINAIS
Diante dos resultados obtidos com o projeto verificou-se a viabilidade para a futura
implementação do SFCR no IFCE- Campus Cedroe,queem menos de 10 anos a instituição
recuperará o investimento, deve-se levar em consideração também,queo emprego de uma
fonte geração de energia renovável estará diminuindo os impactos ao meio ambiente e que
com o sistema de compensação proporcionado por o SFCR o campus terá um desconto na
fatura de energia elétrica onde estará inserindo o excedente de energia gerada na rede da
concessionária de energia local.
A realização do estudo demostrou o quanto que a Mecatrônica Industrial é
interdisciplinar mostrando que os conhecimentos obtidos no curso podem ser aplicados a
qualquer área do conhecimento, ajudando a diminuir os impactos ambientais com auxilio de
sistemas que usam fontes renováveis para a geração de energia elétricapodendo ser
empregadas nas instituições de ensinos, residências, indústrias entre outras.
61
REFERÊNCIAS
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