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N-2547 REV. A 07 / 2017

Conversor de Frequência para


Controle de Rotação de Motor Elétrico

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 06 CONTEC - Subcomissão Autora.

Eletricidade As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários”.

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 32 páginas, 1 formulário, Índice de Revisões e GT


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1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis e as práticas recomendadas para a especificação de
conversor de frequência para controle de rotação de motor elétrico de corrente alternada, utilizado
nas instalações da PETROBRAS.

1.2 Esta Norma não se aplica a conversores de frequência de tensão de saída maior que 15 kV.

1.3 Esta Norma não define a configuração do sistema elétrico alimentador do conversor de
frequência, nem especifica nenhum componente elétrico ou eletrônico de proteção ou controle cujo
uso depende da análise do sistema elétrico onde o conversor de frequência está instalado. Assim,
não é do escopo desta Norma, por exemplo, a especificação de ramo de "by-pass" ou das
características dos fusíveis ou dos disjuntores de proteção, entre outros. Para cada projeto, a
especificação de tais componentes é de responsabilidade do projetista da instalação.

1.4 Esta Norma se aplica a aquisições deste tipo de equipamento, a partir da data de sua edição.

1.5 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

PETROBRAS N-1219 - Cores;

PETROBRAS N-2919 - Motores Elétricos Trifásicos de Indução ou Síncronos;

PETROBRAS N-2928 - Transformadores de Potência;

ABNT NBR IEC 60068-2-30 - Ensaios Climáticos - Parte 2-30: Ensaios - Ensaio Db: Calor
Úmido, Cíclico (Ciclo de 12 h + 12 h);

ABNT NBR IEC 60529 - Graus de Proteção Providos por Invólucros (código IP);

ABNT NBR IEC 61892-1 - Unidades Marítimas Fixas e Móveis - Instalações Elétricas -
Parte 1: Requisitos e Condições Gerais;

ABNT NBR IEC 62326-1 - Placas de Circuito Impresso - Parte 1: Especificação Genérica;

ABNT NBR IEC 62326-4 - Placas de Circuito Impresso - Parte 4: Placa Rígida Multicamada
com Interconexões entre as Camadas - Especificação Seccional;

IEC 60034-1 - Rotating Electrical Machines - Part 1: Rating and Performance;

IEC 60076 (série) - Power Transformers;

IEC 60146-1-1 - Semiconductor Converters - General Requirements and Line Commutated


Convertors - Part 1-1: Specifications of Basic Requirements;

IEC 60146-2 - Semiconductors Converters - Part 2: Self-Commutated Semiconductor


Converters Including Direct d.c. Converters;

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IEC 60533 - Electrical and Electronic Installations in Ships - Electromagnetic Compatibility


(EMC) - Ships with a Metallic Hull;

IEC 60664-1 - Insulation Coordination for Equipment within Low-Voltage Systems - Part 1:
Principles, Requirements and Tests;

IEC 60664-3 - Insulation Coordination for Equipment within Low-Voltage Systems - Part 3:
Use of Coating, Potting or Moulding for Protection against Pollution;

IEC 60721-3-3 - Classification of Environmental Conditions - Part 3-3: Classification of


Groups of Environmental Parameters and their Severities Stationary use at
Weatherprotected Locations;

IEC 61000 (série) - Electromagnetic Compatibility (EMC);

IEC 61000-3-2 - Electromagnetic Compatibility (EMC) - Part 3-2: Limits - Limits for Harmonic
Current Emissions (Equipment Input Current ≤ 16 A Per Phase);

IEC 61000-3-12 - Electromagnetic Compatibility (EMC) - Part 3-12: Limits - Limits for
Harmonic Currents Produced by Equipment Connected to Public Low-Voltage Systems with
Input Current > 16 A and ≤ 75 A per phase;

IEC 61086-1 - Coatings for Loaded Printed Wire Boards (Conformal Coatings) - Part 1:
Definitions, Classification and General Requirements;

IEC 61086-2 - Coatings for Loaded Printed Wire Boards (Conformal Coatings) - Part 2:
Methods of Test;

IEC 61188-5-1 - Printed Boards and Printed Board Assemblies - Design and Use - Part 5-1:
Attachment (Land/Joint) Considerations - Generic Requirements;

IEC 61378-1 - Converter Transformers - Part 1: Transformers for Industrial Applications;

IEC 61800-2 - Adjustable Speed Electrical Power Drive Systems - Part 2: General
Requirements - Rating Specifications for Low Voltage Adjustable Speed a.c. Power Drive
Systems;

IEC 61800-3 - Adjustable Speed Electrical Power Drive Systems - Part 3: EMC
Requirements and Specific Test Methods;

IEC 61800-4 - Adjustable Speed Electrical Power Drive Systems - Part 4: General
Requirements - Rating Specifications for a.c. Power Drive Systems above 1 000 V a.c. and
not Exceeding 35 kV;

IEC 61800-5-1 - Adjustable Speed Electrical Power Drive Systems - Part 5-1: Safety
Requirements - Electrical, Thermal and Energy;

IEC TR 61641 - Enclosed Low-Voltage Switchgear and Controlgear Assemblies - Guide for
Testing under Conditions of Arcing Due to Internal Fault;

IEC TS 60034-25 - Rotating Electrical Machines - Part 25: AC Electrical Machines Used in
Power Drive Systems - Application Guide;

IEEE Std 1566 - Performance of Adjustable-Speed AC Drives Rated 375 kW and Larger;

IEEE Std 1584 - Guide for Performing Arc-Flash Hazard Calculations (Includes Access to
Additional Content).

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3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
conversor de frequência
conjunto de dispositivos eletroeletrônicos, constituído de estágios retificador e inversor a
semicondutores de potência, estágio de corrente contínua, módulos de controle e de regulação e
filtros, com a finalidade de transformar frequência e tensão fixas da fonte de alimentação em
frequência e tensão continuamente ajustáveis, para controle de rotação de motor elétrico

3.2
conversor de frequência de baixa tensão
conversor de frequência cuja tensão de saída do inversor é menor ou igual a 1 000 V

3.3
conversor de frequência de média tensão
conversor de frequência com tensão de saída do inversor de 1,0 kV a 36,2 kV

3.4
ciclo conversor
conversor direto de frequência, sem estágio de corrente contínua

3.5
retificador ativo
retificador composto por chaves semicondutoras controladas (liga e desliga), capaz de regenerar
energia, controlar fator de potência e operar com baixa distorção harmônica de corrente

3.6
transformador de potência
transformadores de entrada e/ou saída (defasadores ou não, com dois ou mais enrolamentos)

3.7
“conformal coating” (para placas de circuito impresso)
revestimento elétrico isolante aplicado a placas de circuito impresso, para produzir uma fina camada
de revestimento sobre a superfície, a fim de proporcionar uma barreira de proteção contra os efeitos
prejudiciais do meio ambiente

3.8
ensaios de envelhecimento acelerado ("burn-in")
ensaios realizados em placas de circuito impresso com os componentes energizados, submetidos a
solicitações cíclicas de tensão, corrente e/ou outras variáveis, em ambiente com temperatura acima
das condições normais de operação, com a finalidade de detecção de componentes que possam
apresentar problemas de fabricação ou que venham a sofrer falhas prematuras do tipo "mortalidade
infantil"

3.9
tropicalização
processo industrial de tratamento contra degradação de componentes eletrônicos e mecânicos, tais
como aparecimento de fungos ou oxidação devido aos altos índices de umidade relativa do ar,
salinidade, com o objetivo de assegurar o seu correto desempenho funcional, quando sujeitos às
condições ambientais características de regiões com clima tropical

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3.10
resolução de frequência
valor mínimo de variação da frequência, que o conversor de frequência permite ser ajustado

4 Simbologia

BCS Bombeio Centrífugo Submerso;


CC Corrente Contínua;
CSI "Current Source Inverter";
EMI "Electromagnetic Interference";
PID Proporcional / Integral / Derivativo;
PWM "Pulse Width Modulation";
RFI "Radio-Frequency Interference";
RTD "Resistance Temperature Detector";
SCR "Silicon Controlled Rectifier";
SMD "Surface-Mount Device";
TDD "Total Demand Distortion";
THD "Total Harmonic Distortion";
VSI "Voltage Source Inverter";
VVI "Variable Voltage Inverter".

5 Condições Gerais

5.1 As Folhas de Dados recebem identificação específica para cada conversor de frequência. São
preenchidas parcialmente pela PETROBRAS, devendo o fabricante completar integralmente o seu
preenchimento e devolvê-la à PETROBRAS devidamente autenticada. O formulário da Folha de
Dados é padronizado conforme modelo do Anexo A.

5.2 O conversor de frequência e seus acessórios, instalados em unidades marítimas flutuantes,


devem atender os requisitos da entidade classificadora indicada na Folha de Dados.

5.3 As características específicas do motor devem ser indicadas em documento referenciado na


Folha de Dados do conversor de frequência.

5.4 Os conversores de frequência que alimentam motores elétricos possuindo tipos de proteção “Ex”,
certificados para instalação em áreas classificadas de gases inflamáveis ou poeiras combustíveis,
devem ser certificados em conjunto com o motor, conforme PETROBRAS N-2919.

5.5 Quando houver divergências entre a Folha de Dados e esta Norma, prevalecem as informações
contidas na Folha de Dados.

5.6 Qualquer discrepância ou alternativa apresentada pelo proponente em relação ao originalmente


especificado pela PETROBRAS, deve ser explicitamente indicada em sua proposta, em item próprio
intitulado "Desvios e Alternativas às Especificações".

NOTA Quando ocorrerem "desvios" ou "alternativas" é necessário haver na proposta as


referências de correspondência aos números dos parágrafos correspondentes desta Norma,
da Folha de Dados ou da Requisição de Material (RM).

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5.7 Quaisquer conflitos que possam ocorrer entre o requerido nesta Norma e aqueles relacionados
nas especificações, códigos ou normas de referência, Pedidos de Compra ou outros documentos de
projeto devem ser levados ao conhecimento da PETROBRAS e nenhuma ação deve ser tomada
antes que uma definição por escrito da PETROBRAS seja emitida.

6 Características Construtivas

6.1 Condições Ambientais

6.1.1 Os componentes eletrônicos e as placas de circuito impresso utilizados nos conversores de


frequência devem possuir proteção contra atmosfera agressiva e presença simultânea de elevados
níveis de umidade relativa do ar e de temperatura ambiente, possuindo tratamento específico do tipo
“conformal coating”.

6.1.2 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados o conversor de frequência deve ser
projetado, fabricado, ensaiado e comissionado para operar continuamente nas condições nominais e
sem perda de vida útil nas condições de temperatura ambiente citadas na Tabela 1.

Tabela 1 - Temperatura Ambiente

Temperaturas Unidades Terrestres Unidades Marítimas


Mínima 5 ºC 5 ºC
Média Anual 30 ºC 30 ºC
Média Mensal 32 ºC 35 ºC
Média Diária 35 ºC 40 ºC
Máxima 40 ºC 45 ºC

6.1.3 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados o conversor de frequência deve ser
projetado e fabricado considerando temperaturas de armazenagem e transporte entre -25 ºC e 55 ºC.

6.1.4 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o conversor de frequência deve ser
capaz de operar continuamente em ambiente com umidade relativa entre 15 % e 90 %, sem
condensação.

6.1.5 Conversores de frequência instalados em unidades marítimas flutuantes devem atender os


requisitos mecânicos decorrentes dos movimentos da embarcação e vibrações no local da instalação.

6.1.6 O conversor de frequência e seus acessórios devem ser adequados para instalação em locais
conforme especificado na Folha de Dados.

NOTA Recomenda-se que os locais de instalação do conversor sejam descritos conforme a


classificação estabelecida na IEC 60721-3-3. [Prática Recomendada]

6.2 Características Gerais

6.2.1 O conversor de frequência deve ser basicamente composto de estágio de pontes retificadoras,
estágio intermediário de corrente contínua e estágio inversor, complementados por módulos de
controle do inversor e circuitos eletrônicos micro processados de comando e de regulação, de modo a
obter-se frequência e tensão/corrente de saída continuamente reguláveis e controladas.

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6.2.2 O conversor deve ser construído de modo a facilitar a manutenção e minimizar o tempo de
reparo. Os componentes internos devem ser agrupados por função (módulo) e prover
intercambiabilidade entre qualquer módulo que possua a mesma função.

6.2.2.1 Para conversores de frequência com potência maior ou igual a 150 kW, o conversor de
frequência deve ser constituído de módulos independentes de potência, comando e controle.

6.2.2.2 Módulos com massa superior a 40 kg e que estejam a mais de 1,20 m do piso devem ter
facilidades para extração e inserção considerando duas pessoas para manusear a peça.

6.2.3 O conversor de frequência deve ser projetado para permitir acesso e substituição de qualquer
módulo ou placa de circuito impresso em tempo inferior a duas horas, sem necessidade de
ferramentas especiais.

6.2.4 É recomendável que a disposição dos componentes, pontos de ensaio e réguas de bornes
terminais seja tal que permita o acesso para ensaios dos circuitos, ajustes, reparos e manutenção
pela parte frontal do conversor de frequência, sem a necessidade da remoção de qualquer módulo
adjacente, placa de circuito impresso ou outro componente. [Prática Recomendada]

6.2.5 Os componentes e sistemas do conversor de frequência devem ser projetados para


funcionamento contínuo, sob condição nominal de potência de saída, considerando inclusive os ciclos
de sobrecarga admissíveis, temperatura ambiente especificada e sob condição de controle contínuo
de rotação em toda a faixa de frequência de saída do conversor de frequência, sem redução de
capacidade do sistema.

6.2.6 O projeto e montagem do conversor de frequência (incluindo os circuitos de força e de controle)


deve ser feito de modo a minimizar possibilidade de curto-circuito nas partes de potência e que uma
falha em um determinado componente não se propague em cascata ou induza outra falha nos demais
componentes.

NOTA 1 Em conversores de potência maior ou igual a 375 kW e menor ou igual a 5 000 kW, é
recomendado que a substituição de módulo de potência, ou célula de potência, de chaves
semicondutoras, indutores e capacitores seja realizada em no máximo duas horas,
considerando que a reforma dos capacitores de potência já foi realizada e que os
sobressalentes e ferramentas recomendadas pelo fabricante estão disponíveis. [Prática
Recomendada]
NOTA 2 Para conversores de frequência de média tensão de potência superior a 5 000 kW é
recomendado que seja realizado ensaio de tipo ou apresentado relatório de testes
realizados em protótipos, comprovando que eventual falha ocorrida no circuito de força não
se propaga de forma a causar falhas em outras partes do conversor de frequência. Falhas a
serem ensaiadas: curto-circuito no barramento interno de alimentação dos semicondutores
de potência (CA e CC), explosão de um semicondutor de potência e explosão de um
capacitor de potência. No caso do ensaio curto-circuito no barramento interno, é aceitável
que o fabricante comprove através de ensaio (conforme acordo entre a PETROBRAS e o
fabricante) que o curto-circuito não ocorre. O critério de aceitação é que na ocorrência de
defeito interno ao conversor de frequência a manutenção corretiva deve ser realizada em
menos de vinte e quatro horas, considerando disponíveis os sobressalentes recomendados
pelo fabricante. [Prática Recomendada]

6.2.7 O projeto do conversor de frequência deve prever a instalação de dispositivos capazes de


proteger o conversor de frequência contra os efeitos de surtos de tensão e do acúmulo de cargas
eletrostáticas.

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6.2.8 Os acessórios que necessitam ser fornecidos juntamente com o conversor de frequência
(proteções, comandos e outros), são indicados pela PETROBRAS na Folha de Dados e especificados
em documento anexo.

6.2.9 Os isoladores das barras, suportes e peças de junção devem ser de material não higroscópico
e não inflamável.

6.2.10 A Figura 1 a seguir representa os limites das especificações técnicas desta Norma.

NOTA Em caso de conversores de frequência com transformador de potência, reator ou filtro de


harmônicos dedicado, estes componentes fazem parte do escopo desta Norma.

Figura 1 - Delimitação do Escopo da PETROBRAS N-2547

6.2.11 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o conversor de frequência


montado em painel deve ser provido de resistores de aquecimento, um para cada seção vertical ou
compartimento. Os resistores de aquecimento devem ser alimentados por fonte externa ao conversor
de frequência, protegidos por disjuntor termomagnético e controlados automaticamente por meio de
termostato com faixa de graduação máxima em 60 °C.

6.2.12 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, para conversores de frequência
de baixa tensão, a tensão auxiliar ou de controle necessária aos circuitos internos, excetuando-se os
circuitos dos resistores de aquecimento, deve ser obtida a partir de transformadores ou fontes
internas próprias.

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6.2.13 Para conversores de frequência de média tensão, quando a alimentação auxiliar ou de


controle necessária aos circuitos internos dos conversores de frequência for proveniente de fonte
externa, as tensões utilizadas devem ser indicadas na Folha de Dados.

6.2.14 O conversor de frequência deve atender aos requisitos da IEC 61800-5-1.

6.3 Invólucro

6.3.1 O conversor de frequência deve apresentar grau de proteção indicado em sua Folha de Dados,
de acordo com a ABNT NBR IEC 60529.

6.3.2 O conversor de frequência deve possuir em sua estrutura metálica, furação adequada para a
colocação de dispositivos destinados à fixação do mesmo em painel, parede ou piso, conforme
indicado na Folha de Dados.

6.3.3 Quando o conversor de frequência for do tipo com estrutura autosuportada, deve possuir as
seguintes características:

a) estrutura construída em chapas de aço de espessura mínima 2,65 mm (12 USG) para
conversores de frequência de média tensão;
b) estrutura construída em chapas de aço de espessura mínima 1,90 mm (14 USG) para
conversores de frequência de baixa tensão; [Prática Recomendada]
c) acesso frontal a todos os componentes internos através de porta dobradiça; [Prática
Recomendada]
d) portas, tampas laterais e de fechamento construídas em chapa de aço de espessura
mínima de 1,50 mm (16 USG), reforçadas onde necessário para garantir a adequada
rigidez mecânica; [Prática Recomendada]
e) procedimento de tratamento e pintura das chapas metálicas do tipo eletrostático a pó,
com elevado desempenho para as condições ambientais indicadas na Folha de Dados;
f) cor final de acabamento deve estar de acordo com o especificado na Folha de Dados.
Quando não especificada, é recomendável o uso da cor cinza clara correspondente ao
código 0065 da PETROBRAS N-1219 (Munsell N 6.5); [Prática Recomendada]
g) cor final das placas internas para montagem de componentes e/ou portas
internas/barreiras de segurança, faces e proteções internas de caixas de dispositivos
elétricos que possam ser abertas deve ser na cor laranja. É recomendado que esteja de
acordo com o código 1867 (alaranjado segurança) da PETROBRAS N-1219 (Munsell 2.5
YR 6/14); [Prática Recomendada]
h) o fabricante deve apresentar, juntamente com a proposta, o seu procedimento de
tratamento e pintura. Caso previamente aprovado pela PETROBRAS, é permitida a
utilização do sistema de tratamento e pintura padrão do fabricante.

6.3.4 As partes metálicas que compõem o conversor de frequência, não previstas para condução de
corrente, devem possuir continuidade elétrica e serem ligadas ao barramento de terra do painel. O
barramento deve ficar localizado na parte inferior interna de cada coluna do conversor de frequência,
e deve possuir um conector de compressão, adequado para a ligação de um cabo de aterramento de
cobre nu, encordoado, com seção nominal conforme indicado na Folha de Dados. As portas devem
possuir continuidade elétrica com a estrutura metálica do conversor de frequência através de
cordoalha flexível de cobre.

6.3.5 Todas as entradas e saídas de cabos de força, controle, automação e aterramento do


conversor de frequência devem estar localizadas na parte inferior do painel do conversor de
frequência, salvo especificação em contrário na Folha de Dados.

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6.4 Proteção contra Arco Elétrico Interno

Para conversor de frequência montado em estrutura auto-suportada, caso o nível de energia


incidente de arco elétrico, calculado conforme IEEE Std 1584, supere 33,47 J/cm2 (ou 8 cal/cm2),
recomenda-se a instalação de monitor de arco elétrico em seu cubículo de entrada, ou no caso de
Baixa Tensão, que este cubículo seja “arc ignition protected zone” conforme definido na
IEC TR 61641. O monitor de arco elétrico atuando no disjuntor a montante. [Prática Recomendada]

6.5 Transformador de Potência

6.5.1 Caso exista, o transformador de potência deve ser projetado, fabricado e ensaiado conforme a
IEC 61378-1.

6.5.2 O transformador de potência deve atender as condições ambientais especificadas em 6.1.

6.5.3 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados o transformador de potência deve
ser projetado e fabricado para uma vida útil mínima de 20 anos. O isolamento do transformador deve
ser dimensionado considerando as perdas devidas à componente fundamental da corrente e seus
harmônicos, a componente fundamental da tensão, seus harmônicos, sua componente CC e os picos
devido à operação do conversor de frequência. Além disso, considerar os esforços mecânicos e a
presença de contaminantes no ambiente. O dimensionamento deve ser feito para atingir a vida útil
especificada.

6.5.4 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o transformador de potência deve
ser do tipo seco e seus enrolamentos devem utilizar material isolante de classe F com elevação de
temperatura inferior a elevação da classe B, sob condições nominais de operação.

6.5.5 Os transformadores de potência maior ou igual a 300 kVA devem possuir proteção contra
sobretemperatura nos enrolamentos.

NOTA Recomenda-se que a proteção de sobretemperatura seja baseada em monitoração


instalada nos pontos mais quentes dos enrolamentos. [Prática Recomendada]

6.5.6 A especificação mínima do transformador de potência que alimenta o conversor de frequência


deve ser fornecida pelo fabricante do conversor de frequência. Atenção especial deve ser dada para
conversores de frequência de 12 ou mais pulsos, cujo nível de tensão de isolação de cada
enrolamento secundário deve ser compatível com a topologia do conversor de frequência.

6.6 Reator (Entrada ou Saída)

6.6.1 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o reator deve atender as condições
ambientais especificadas em 6.1.

6.6.2 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados o reator deve ser projetado e
fabricado para uma vida útil mínima de 20 anos. O isolamento do reator deve ser dimensionado
considerando as perdas devidas à componente fundamental da corrente e seus harmônicos, a
componente fundamental da tensão, seus harmônicos, sua componente CC e os picos devido à
operação do conversor de frequência. Além disso, considerar os esforços mecânicos e a presença de
contaminantes no ambiente. O dimensionamento deve ser feito para atingir a vida útil especificada.

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6.6.3 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o reator deve ser do tipo seco e
seus enrolamentos devem utilizar material isolante de classe F com elevação de temperatura inferior
a elevação da classe B, sob condições nominais de operação.

6.6.4 O reator de entrada ou saída de conversor de frequência de potência maior ou igual a


1 000 kVA deve possuir proteção contra sobretemperatura nos enrolamentos.

NOTA Recomenda-se que a proteção de sobretemperatura seja baseada em monitoração


instalada nos pontos mais quentes dos enrolamentos. [Prática Recomendada]

6.7 Identificação

6.7.1 Os componentes internos e blocos de terminais devem ser identificados com placas ou anilhas.

6.7.2 A placa de identificação do conversor de frequência montado em estrutura autosuportada deve


ser fixada do lado externo e deve ser feita de material resistente à corrosão (aço inoxidável série
AISI 300). A placa deve conter, no mínimo, os seguintes dados:

a) nome do fabricante ou marca registrada;


b) tensão de alimentação, número de fases e frequência nominal;
c) corrente máxima de alimentação de força, em regime contínuo, ou potência em kVA;
d) máxima corrente de curto-circuito simétrico suportada e tempo de ensaio;
e) máxima tensão de saída;
f) corrente nominal de saída em regime permanente;
g) corrente momentânea (sobrecarga) suportável durante 60 segundos;
h) faixa de controle de frequência de saída;
i) PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS
j) nome da Unidade Operacional ou Órgão da PETROBRAS;
k) número PETROBRAS de identificação do conversor de frequência (TAG);
l) número da RM;
m) número do Pedido de Compra (PC) ou do Pedido de Compra de Bens e Serviços (PCS),
(nos casos de processos de compra realizados diretamente pela PETROBRAS);
n) em alternativa a m), o número do contrato, nos casos de aquisição embutida em contrato
do tipo preço global (“Turn Key”, “Lump Sum” etc.).

NOTA 1 Os dados das i) até n) podem ser incluídos na placa de identificação ou em placa adicional,
fabricada em material idêntico ao da placa principal.
NOTA 2 Para conversores de frequência não montados em estrutura autosuportada a placa de
identificação deve ser fornecida avulsa.
NOTA 3 Para unidades marítimas de produção, o material da placa deve ser o aço inoxidável
AISI 316.

6.7.2.1 O painel deve ser dotado de uma segunda placa de identificação suplementar de aço
inoxidável da série AISI 300 de acordo com a Figura 2.

NOTA Para unidades marítimas de produção, o material da placa deve ser o aço inoxidável
AISI 316.

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Figura 2 - Placa de Identificação Suplementar

6.7.2.2 O texto de todas as placas e plaquetas de identificação do painel deve ser gravado na língua
portuguesa.

6.8 Placas de Circuito Impresso

6.8.1 As placas de circuito impresso devem ser confeccionadas de acordo com as ABNT NBR
IEC 62326-1, ABNT NBR IEC 62326-4 e IEC 61188-5-1.

6.8.2 Os componentes das placas de circuito impresso devem possuir nível industrial de qualidade e
serem especificados para operar dentro de módulos, sendo resfriados somente com a circulação do
ar por convecção.

6.8.3 As placas, circuitos e seus componentes devem ser do tipo tropicalizado, possuir tratamento
específico do tipo “conformal coating” e atender aos requisitos das IEC 60664-3,
ABNT NBR IEC 60068-2-30, IEC 61086-1 e IEC 61086-2.

6.8.4 Os circuitos eletrônicos devem ser montados em cartões de circuito impresso, que devem ser
interligados ao sistema de controle através de conectores aparafusados ou do tipo "plug in". O
processo adotado deve possuir recursos que impeçam o afrouxamento das conexões.

6.8.5 As placas devem ser removíveis e providas de guias que impeçam a sua montagem em local
inadequado, bem como de dispositivos que facilitem a sua extração.

6.9 Fiação e Conexões

6.9.1 A isolação dos cabos internos, tanto de força como de controle deve ser de composição
química não propagante de chama.

6.9.2 Para conversores de frequência montados em estrutura autosuportada, a fiação interna deve
ser identificada de modo permanente em cada componente, terminação de cabo e réguas de bornes
terminais.

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6.9.3 A identificação da fiação correspondente à sua função deve estar de acordo com os diagramas
de fiação, fornecidos juntamente com o conversor de frequência.

6.9.4 Devem ser funcionalmente identificados dentro do conversor de frequência, em cada régua de
bornes terminais ou conexão de força, todos os pontos da fiação para conexão externa (circuitos de
entrada e saída), incluindo os cabos de força, aterramento, comandos, sinais de controle e alarmes.

6.9.5 Nas conexões internas de força e de controle devem ser utilizados materiais adequados de
modo a evitar a ocorrência de corrosão galvânica.

6.9.6 Os condutores de força devem ser feitos de cobre, encordoados, com seção nominal mínima
de 2,5 mm2, possuindo material de isolação com temperatura de regime igual ou superior a 70 ºC.

6.9.7 As conexões de entrada e de saída dos circuitos de força devem ser do tipo terminal de
compressão aparafusado ou pino, adequados às seções nominais dos cabos indicados na Folha de
Dados.

6.9.8 Os terminais de compressão, quando utilizados, devem ser fornecidos juntamente com o
conversor de frequência, instalados dentro do conversor de frequência.

6.9.9 Os condutores de controle e fibra óptica devem ser agrupados em régua(s) de blocos
terminal(is) exclusiva(s) para esta finalidade. Tanto os cabos como os blocos terminais devem ser
devidamente identificados de acordo com os diagramas de fiação.

6.9.10 Os condutores de controle devem ser feitos de cobre, encordoados, com seção nominal
mínima de 0,5 mm2 para conexões internas e 1,5 mm2 para conexões externas, possuindo material
de isolação com temperatura de regime igual ou superior a 70 ºC.

6.9.11 A fim de evitar interferências eletromagnéticas, a fiação de controle deve estar separada da
fiação de força, assim como toda tensão alternada deve estar separada de toda tensão contínua por
meio de septos divisores, distâncias adequadas, ou pelo uso de cabos blindados.

6.9.12 Nas terminações das fiações dos circuitos de controle devem ser utilizados terminais isolados
de compressão tipo pino ou tipo olhal, não sendo aceitáveis conexões soldadas.

6.10 Interface Homem-Máquina (IHM) de Controle Local

6.10.1 O conversor de frequência deve ser provido, na sua parte frontal, de uma IHM de controle
local, para permitir a interface homem/máquina e um diálogo amigável com o operador. Essa IHM
deve conter, no mínimo, as seguintes funções para atuação e para monitoração:

a) chave comutadora ou opção parametrizável para seleção do modo de operação


("LOCAL" / "REMOTO");
b) função "liga";
c) função "desliga";
d) função para seleção de parâmetros;
e) programação dos parâmetros e ajustes;
f) incremento de funções ou valores de controle;
g) decremento de funções ou valores de controle;
h) "led" indicador de equipamento energizado;

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i) indicador digital alfanumérico para visualização de:


— rotação do motor;
— referência de rotação;
— frequência de saída;
— corrente de saída;
— tensão de saída;
— potência de saída;
— diagnósticos de falhas;
— alarmes;
— mensagens do sistema de auto-supervisão;
— valores de parâmetros de ajuste.

NOTA 1 Durante o período de operação e de funcionamento normal, a IHM deve possibilitar, no


mínimo, a visualização simultânea do valor da frequência e da corrente atual de saída do
conversor de frequência para o motor acionado.
NOTA 2 Em aplicações específicas de potência reduzida (por exemplo, conversor de frequência
instalado no interior de gaveta de painel), admite-se que a IHM seja considerada opcional,
desde que indicado na Folha de Dados.

6.10.2 As teclas de programação, controle e ajustes devem ser identificadas de forma que o seu uso
não remova sua identificações.

6.10.3 O conversor de frequência deve possuir funcionalidade para cópia de parametrização (cópia
de segurança e "upload/download" de parâmetros).

6.11 Diagrama de Blocos Simplificado - Exemplo

As Figuras 3 e 4 ilustram as configurações básicas de conversores de frequência de baixa e média


tensão, respectivamente. Os acessórios, identificados nas Figuras 3 e 4 com (*), que necessitam ser
agregados ao conversor de frequência tais como proteções, comandos e outros, são especificados
pela PETROBRAS na Folha de Dados.

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NOTA 1 Pode ser utilizado disjuntor como alternativa à chave seccionadora. [Prática
Recomendada]
NOTA 2 Alimentação do controle pode ser obtida das fontes internas alimentadas a partir da tensão
CA da entrada ou da tensão do elo CC.
NOTA 3 No caso de utilização de “by-pass”, deve ser providenciado meio de desconexão que
impeça a energização da entrada e da saída do conversor de frequência.
NOTA 4 (*) Acessórios.

Figura 3 - Configuração Básica de um Conversor de Frequência de Baixa Tensão

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NOTA 1 Alimentação do Controle pode ser obtida das fontes internas alimentadas a partir da tensão
CA da entrada de potência.
NOTA 2 No caso de utilização de “by-pass”, deve ser providenciado meio de desconexão que
impeça a energização da entrada e da saída do conversor de frequência.
NOTA 3 (*) Acessórios.

Figura 4 - Configuração Básica de um Conversor de Frequência de Média Tensão

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7 Interfaces de Controle de Entrada e de Saída

O conversor de frequência deve possuir, no mínimo, as seguintes características e recursos, para


interligação e interfaceamento com outros equipamentos de controle integrantes do sistema de
automação.

7.1 Os circuitos de controle, incluindo o microprocessador e as entradas e saídas digitais e


analógicas, devem ser galvanicamente isolados dos circuitos de potência.

7.2 A isolação galvânica dos circuitos de controle, de entrada e de saída do conversor de frequência
deve estar de acordo com a IEC 61800-5-1 ou IEC 60146-1-1, conforme o tipo de conversor.

7.3 Os circuitos de saídas digitais devem possuir relés eletromecânicos, com contatos isolados, livres
de potencial, com capacidade de chaveamento de, no mínimo, 1 A em 240 VCA.

7.4 O conversor de frequência deve ser projetado para receber no mínimo, os seguintes sinais de
entrada, para controle remoto:

a) sinal de referência analógico conforme especificado na Folha de Dados , para controle


remoto de rotação do motor, estando a chave comutadora do painel local de controle na
posição "remoto";
b) sinal discreto para partida remota;
c) sinal discreto para parada remota;
d) sinal discreto para "trip".

7.5 Os comandos remotos de "liga" e de "desliga" devem dar início às rampas pré-programadas de
aceleração e de desaceleração, respectivamente. O comando remoto de "trip" deve propiciar a
imediata desenergização do motor.

7.6 O conversor de frequência deve possuir, no mínimo, os seguintes sinais digitais de saída:

a) resumo de alarmes de defeitos, decorrente de atuação das proteções internas;


b) "trip" por defeito interno;
c) modo de operação "local" ou "remoto".

7.7 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o conversor de frequência deve
possuir, no mínimo, os seguintes sinais analógicos de saída, do tipo 4 mA a 20 mA:

a) corrente de saída atual do conversor de frequência;


b) rotação ou frequência de saída atual do conversor de frequência.

7.8 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o conversor de frequência deve
possuir interface de comunicação serial do tipo RS 232, RS 485, USB ou ethernet, com protocolo de
comunicação aberto, apropriado para a total integração com o sistema superior de supervisão e
controle. Todas as funções de controle do conversor de frequência, tais como parâmetros de entrada,
de operação e de monitoração devem ser transmitidos através desta porta de interface de
comunicação, bem como os comandos remotos de controle e informações de diagnósticos.

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8 Características Técnicas e de Desempenho

8.1 O conversor de frequência e seus sistemas auxiliares devem ser projetados e fabricados para
operar continuamente atendendo a função primária na faixa de operação de frequência da máquina
acionada e nas condições ambientais especificadas nesta Norma ou na Folha de Dados, por períodos
de no mínimo 2 anos sem nenhum desligamento por necessidade de manutenção. Nenhum
componente do conversor de frequência deve requerer manutenção preventiva ou de rotina que
comprometa a segurança ou necessite desligamento durante o período indicado de 2 anos.

8.2 O conversor de frequência e seus sistemas auxiliares devem ser projetados e fabricados levando
em consideração um período mínimo de vida útil de 20 anos. Devem ser considerados também no
dimensionamento, períodos de operação contínua nas condições nominais com duração mínima de
26 280 horas sem intervenções para manutenção preventiva que requeiram parada do equipamento,
com exceção da manutenção preventiva do sistema de água deionizada, quando utilizado.

NOTA O período entre manutenções preventivas do sistema de água deionizada não deve ser
inferior a 13 140 horas de operação.

8.3 Os capacitores devem ser especificados para vida útil mínima de 10 anos levando em conta a
maior temperatura dentro do gabinete do conversor de frequência e as piores condições de tensão e
corrente.

8.4 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o conversor de frequência deve ser
projetado para operar continuamente com potência nominal na faixa de 90 % a 110 % da tensão de
alimentação indicada na Folha de Dados, admitindo ainda uma variação da frequência na faixa de
57 Hz a 63 Hz.

8.5 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o conversor de frequência deve ser
projetado para operar, sem desligamento, durante variações transitórias de tensão, de até
1,5 segundos, na faixa de 80 % a 120 % da tensão da alimentação indicada na Folha de Dados,
admitindo ainda uma variação da frequência, durante 5 segundos, na faixa de 57 Hz a 63 Hz para
instalações terrestres, e frequência de 54 Hz a 66 Hz, para unidades marítimas.

NOTA No caso dos conversores de frequência especificados para tensão de alimentação de


480 V, é aceitável que a faixa de variação seja de 80 % a 115 % da tensão nominal.

8.5.1 O conversor de frequência de potência maior ou igual a 375 kW deve ser capaz de suportar e
manter controle do motor durante o afundamento da tensão de entrada de até 20 % do valor nominal
em uma ou mais fases por até 3 segundos.

8.5.2 É recomendável que o conversor de frequência seja capaz de suportar afundamentos em uma
ou mais fases da tensão de entrada entre 20 % e 100 % durante 500 ms, sem ocorrência de
desligamento, mesmo que para isso precise utilizar recuperação de energia cinética do motor.
[Prática Recomendada]

8.5.3 O conversor de frequência de potência maior ou igual a 375 kW e tensão de entrada superior a
750 V deve ser capaz de operar sem desligamento quando submetido a sobretensão transitória de
2,8 vezes (tensão de alimentação mais tensão transitória, conforme a IEEE Std 1566, com tempo de
rampa de 0,1 µs e largura de base de 70 µs) a tensão nominal eficaz fase-fase de alimentação.

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8.5.4 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados o conversor de frequência de


tensão de entrada inferior a 750 V deve atender os requisitos de suportabilidade de sobretensão
transitória da categoria de sobretensão III da IEC 60664-1.

8.6 O conversor de frequência deve ser apropriado para acionamento de motor elétrico de corrente
alternada, trifásico, com as características indicadas no documento referenciado na Folha de Dados.

8.7 Caso seja especificada na Folha de Dados a reaceleração automática, o conversor de frequência
deve ser capaz de identificar a velocidade de rotação do motor e alimentá-lo de forma adequada,
levando o motor à condição de operação desejada (repartida com o motor girando).

8.8 O conversor de frequência deve ser adequado para acionamento de uma máquina com tipo e
característica de torque versus rotação conforme indicados na Folha de Dados.

8.9 Os circuitos de controle de chaveamento e gatilhamento dos semicondutores de potência devem


incorporar componentes de isolação galvânica nas suas entradas, de forma a prover isolação elétrica
dos circuitos de força.

8.10 O conversor de frequência deve possuir controle baseado em microprocessador, contendo, no


mínimo, as seguintes funções:

a) funções lógicas;
b) temporização e comparação;
c) seletores;
d) funções de alarmes;
e) comunicação com o sistema de automação;
f) supervisão e diagnósticos;
g) funções de entrada e de saída;
h) registro de eventos.

8.11 Caso o estágio inversor seja do tipo fonte de tensão, o conversor de frequência deve ser capaz
de ser energizado e operado com o motor desconectado, sem a ocorrência de defeitos internos.

8.12 O conversor de frequência deve possuir rendimento mínimo conforme descrito em 8.12.1 até
8.12.3.

8.12.1 O conversor de frequência de potência entre 37,5 kW e 150 kW deve possuir rendimento
nominal ≥ 96 %, se alimentado diretamente sem transformador, ou ≥ 95 % se alimentado através de
transformador.

8.12.2 O conversor de frequência de baixa tensão de potência entre 150 kW e 1 000 kW deve
possuir rendimento nominal ≥ 97 %, se alimentado diretamente sem transformador, ou ≥ 95 % se
alimentado através de transformador.

8.12.3 O conversor de frequência de média tensão deve possuir rendimento nominal ≥ 96 %,


considerando as perdas no transformador, na ventilação e no controle.

8.13 O conversor de frequência deve possuir fator de deslocamento nominal mínimo conforme
descrito em 8.13.1 até 8.13.3.

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8.13.1 O conversor de frequência utilizado em unidades marítimas ou terrestre isoladas de


concessionárias deve possuir fator de deslocamento ≥ 0,8.

8.13.2 O conversor de frequência utilizado em instalações supridas por concessionárias deve possuir
fator de deslocamento ≥ 0,92.

8.13.3 Não é permitida a utilização de Banco de Capacitores para correção do fator de


deslocamento, a menos que seja parte integrante de um filtro passivo de harmônicos.

8.14 Quando especificado na Folha de Dados, o conversor de frequência deve possuir compensação
de escorregamento, de modo a manter a regulação de rotação do motor, sem flutuação, desde a
condição "sem carga" até a condição "carga nominal".

8.15 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o conversor de frequência deve
suportar 110 % da corrente nominal, durante 60 segundos a cada 10 minutos.

8.16 O conversor de frequência deve permitir na sua programação e configuração, no mínimo, os


seguintes ajustes básicos:

a) rampas de aceleração e de frenagem, programáveis independentemente, com


possibilidade de serem iniciadas a partir de comando externo de referência;
b) frequências mínima e máxima de operação;
c) frequência de saída, durante operação;
d) inibição da(s) faixa(s) de frequências de ressonância(s) crítica(s) do sistema mecânico;
e) programação da função re-partida automática, após um evento de "trip" por subtensão;
f) limite de torque;
g) função de “ride-through”.

8.17 O conversor de frequência deve possuir sistema contínuo de auto supervisão e diagnóstico de
"software" e de "hardware". A rotina de auto monitoração deve verificar a disponibilidade dos circuitos
eletrônicos, componentes e sua programação, de maneira contínua e automaticamente executar a
rotina de sequência de falha.

8.18 O conversor de frequência deve possuir residentes em memória não volátil, o sistema de auto
diagnose, os parâmetros de ajuste e configuração, o endereçamento de entradas e saídas, os
registros dos últimos eventos de falha, as senhas e os códigos de bloqueio aos parâmetros de
configuração, para evitar acesso de pessoas não autorizadas.

8.19 O conversor de frequência deve possuir faixa de controle de frequência de saída conforme
indicado na Folha de Dados.

8.20 O conversor de frequência deve possuir sistema de partida suave do motor, com corrente de
partida próxima à sua corrente nominal.

8.21 O conversor de frequência deve ser capaz de acionar o motor nos sentidos de rotação horário e
anti-horário, através da reversão lógica da sequência de fases e também de bloquear através de
parametrização a reversão do sentido de rotação.

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8.22 O conversor de frequência deve possuir, no mínimo, as seguintes proteções:

a) desligamento do conversor de frequência por defeito interno;


b) sobrecarga do conversor de frequência;
c) falta de fase na saída do conversor de frequência;
d) supervisão de temperatura dos estágios semicondutores de potência, com sinalização de
alarme e de "trip";
e) sobretensão;
f) subtensão;
g) proteção térmica de sobrecarga do motor;
h) falta à terra a jusante do conversor de frequência;
i) curto-circuito a jusante do conversor de frequência.

8.23 Para proteção de sobretensão as seguintes ações devem ser previstas:

a) acionamento do resistor de frenagem, quando existir;


b) corte do disparo dos dispositivos semicondutores do inversor;
c) atuação de contato para desconexão da alimentação do conversor de frequência.

8.24 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, o conversor de frequência de


potência nominal igual ou superior a 150 kW deve possuir função de monitoração da temperatura do
enrolamento do estator do motor acionado. A monitoração deve ser feita através da ligação de RTD
do tipo Pt100 (100  @ 0 C).

8.25 O conversor de frequência deve prover proteção eletrônica do motor, a qual deve ser capaz de
estimar a temperatura dos seus enrolamentos. Esta proteção deve desligar o motor quando a sua
capacidade térmica for excedida.

8.26 Caso requerido na Folha de Dados, o conversor de frequência deve possuir um módulo para
controle contínuo do processo (bloco controlador), para a execução de função de regulação do tipo
PID.

8.27 O módulo para controle contínuo do processo deve possuir as características indicadas
conforme descrito em 8.27.1 a 8.27.3.

8.27.1 Deve ser do tipo microprocessado, com processamento digital do algoritmo de controle e
possuir a capacidade de programação dos parâmetros de ganho proporcional, da ação integral e da
ação derivativa.

8.27.2 Deve ser capaz de receber um sinal remoto da variável do processo, do tipo 4 mA a 20 mA,
proveniente do elemento primário de controle (sensor), a ser controlado, por realimentação negativa.

8.27.3 Deve ser capaz de receber um sinal remoto de "set-point", do tipo 4 mA a 20 mA indicado na
Folha de Dados, proveniente do sistema supervisor de automação e controle, de forma a definir o
ponto de ajuste ou o valor de referência da variável de controle.

8.28 O conversor de frequência deve ser capaz de controlar a frequência de rotação do motor
acionado em sistema de malha aberta, dentro do limite da resolução de frequência de saída
informada na Folha de Dados, sem a necessidade de instalação de um tacômetro em seu eixo para
realimentação do sinal de rotação.

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8.29 Caso especificado na Folha de Dados, o conversor deve possuir módulo adicional de frenagem
dinâmica conectado ao barramento do estágio intermediário de corrente contínua, e deve possuir
resistores com características e capacidade de dissipação de energia. O módulo de frenagem deve
ser fornecido juntamente com o conversor de frequência, instalado internamente ou em invólucro
separado, com grau de proteção adequado ao local de instalação.

8.30 O conversor de frequência deve ser projetado de forma a não gerar interferências
eletromagnéticas que possam prejudicar o funcionamento de outros equipamentos eletrônicos, nem
deve ter a sua operação afetada por esses equipamentos. As características de imunidade às
interferências eletromagnéticas e rádio interferências do conversor de frequência devem ser conforme
o estabelecido na série IEC 61000 (quando aplicável) e na IEC 60533 (para unidades marítimas),
apresentando desempenho conforme critério A.

8.31 O conversor de frequência deve autolimitar à geração de harmônicos, tendo em vista a sua
interface com equipamentos eletrônicos do sistema de automação, tais como sistemas supervisórios,
de controle e de aquisição de dados, controladores programáveis, controladores de processo e
sistemas digitais de controle distribuído.

8.32 Os conversores de frequência de corrente nominal ≤ 16 A e tensão nominal ≤ 415 V devem


atender aos requisitos de harmônicos da IEC 61000-3-2. Os conversores de frequência de corrente
nominal > 16 A e ≤ 75 A e tensão nominal ≤ 690 V devem atender aos requisitos da IEC 61000-3-12.

8.33 Para conversores de frequência de média tensão ou conversores de frequência de baixa tensão
de potência nominal superior a 75 kW é recomendado que a especificação do conversor de
frequência, quanto ao conteúdo harmônico da corrente de entrada, seja baseada em estudo
específico considerando, no mínimo: [Prática Recomendada]

a) potência de curto-circuito da barra de alimentação do conversor de frequência;


b) pior condição de carga não linear (considerando demais cargas presentes na instalação);
c) alternativas tecnológicas disponíveis:
— reatância de rede;
— número de pulsos do retificador do conversor de frequência;
— retificador ativo;
— filtros passivos;
— filtro ativo;
d) atendimento aos limites de distorção de tensão da ABNT NBR IEC 61892-1 para
unidades marítimas e Tabela 2 e Tabela 3 para unidades terrestres.

Tabela 2 - Terminologia para os Índices de Harmônicos

Identificação da grandeza Símbolo

Distorção harmônica total de tensão DTT%

Distorção harmônica total de tensão para as


DTTP%
componentes pares não múltiplas de 3
Distorção harmônica total de tensão para as
DTTi%
componentes ímpares não múltiplas de 3
Distorção harmônica total de tensão para as
DTT3%
componentes múltiplas de 3

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Tabela 3 - Limites das Distorções Harmônicas Totais (em % da Tensão Fundamental)

Tensão nominal
Indicador
Vn ≤ 1,0 kV 1,0 kV < Vn < 69 kV 69 kV ≤ Vn < 230 kV
DTT% 10,0 % 8,0 % 5,0 %
DTTP% 2,5 % 2,0 % 1,0 %
DTTi% 7,5 % 6,0 % 4,0 %
DTT3% 6,5 % 5,0 % 3,0 %

8.34 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados, quando a potência nominal do
conversor de frequência for ≥ 375 kW, são aceitas somente as seguintes soluções:

— 12 ou mais pulsos;
— retificador ativo/regenerativo;
— filtro ativo incorporado ao retificador.

NOTA 1 Em qualquer situação a distorção harmônica da corrente de entrada do conversor de


frequência deve ser ≤ 15 %.
NOTA 2 Soluções com o uso de filtro passivo somente são aceitas mediante aprovação específica
da PETROBRAS.

8.35 Quando utilizado retificador de 12 ou mais pulsos o fabricante deve fornecer o(s)
transformador(es) de defasamento o(s) qual(ais), além da função de isolamento eletrostático,
alimenta(m) independentemente, através de seus enrolamentos secundários, as pontes retificadoras.
Para os conversores de frequência de baixa tensão são aceitos autotransformadores defasadores.

8.36 Caso necessário, o conversor de frequência deve possuir uma reatância de saída, em função
de fatores tais como o comprimento dos cabos do circuito de força de alimentação, entre o conversor
de frequência e o motor, conforme indicado na Folha de Dados.

8.37 O ruído audível gerado, sob qualquer condição de operação, pelo conversor de frequência de
potência inferior a 150 kW não deve exceder o nível de pressão sonora de 75 dbA, medida a 1 m de
qualquer superfície do invólucro. Para conversores de frequência de potência ≥ 150 kW e ≤ 375 kW, o
limite é de 80 dbA e para potências superiores a 375 kW o limite é 85 dbA.

8.38 Para aplicação correta e compatibilidade entre conversor de frequência e motor elétrico, deve
ser considerado o comprimento entre ambos, o tipo, a formação e a seção dos cabos, conforme
IEC TS 60034-25.

8.39 Quando especificado na Folha de Dados, o conversor de frequência deve ser fornecido com
filtro de saída conforme um dos tipos abaixo:

a) reator de saída;
b) filtro senoidal;
c) filtro de dv/dt.

8.40 Os filtros de saída devem possuir proteção contra sobretemperatura em componentes do tipo
indutor e capacitor. Quando especificado na Folha de Dados, além da proteção deve ser prevista a
monitoração da temperatura.

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8.41 A menos que especificado na Folha de Dados o sistema de refrigeração de conversores de


frequência de potência inferior a 150 kW deve ser alimentado a partir de fonte interna derivada da
alimentação principal do conversor de frequência.

8.42 O sistema de ventilação forçada ou circulação de água para manter os semicondutores de


potência dentro de seus limites admissíveis de temperatura de operação, deve ser projetado para
vida útil de 10 anos, sendo aceitáveis paradas intermediárias para manutenções programadas a cada
5 anos.

8.43 Conversor de Frequência de Potência Superior a 375 kW

8.43.1 Deve possuir sistema de refrigeração.

8.43.2 Caso seja com ventilação forçada, deve ter redundância tal que permita falha de um ventilador
sob carga nominal.

8.43.3 Caso seja com sistema de refrigeração através de circulação de água, deve ter redundância
de bomba com comutação automática em caso de falha durante a operação.

8.43.4 Caso a refrigeração seja através de água deionizada, o filtro e o deionizador devem operar em
modo de desvio com válvulas de entrada e saída para permitir manutenção durante a operação do
conversor de frequência. A condutividade elétrica do refrigerante deve ser monitorada por, no mínimo,
dois sensores de alarme e desligamento e indicada em um local apropriado.

8.44 É recomendado que os conversores de frequência destinados a alimentar BCS, ou motores


elétricos através de cabo elétrico com mais de 1 000 m de comprimento, sejam capazes de controlar
o motor continuamente e calcular a tensão nos terminais do motor, considerando a existência de
filtros de saída e do cabo de comprimento longo. [Prática Recomendada]

8.45 É recomendado que os conversores de frequência destinados a alimentar BCS, possuam a


proteção contra subcarga e sejam capazes de operar continuamente, alarmando, com curto franco
para terra em uma das fases em condições nominais. [Prática Recomendada]

9 Inspeção e Ensaios

9.1 O conversor de frequência deve ser projetado, fabricado e ensaiado em conformidade com as
prescrições contidas nas normas e nas recomendações publicadas pelas entidades indicadas na
Folha de Dados e em 2.

9.2 O conversor de frequência deve ser completa e totalmente ensaiado nas instalações do
fabricante, de modo a identificar quaisquer componentes que possam estar sujeitos a falhas
prematuras do tipo "mortalidade infantil".

9.3 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados os ensaios de rotina, de tipo e
especiais dos conversores de frequência de média tensão estão relacionados na Tabela 4.

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Tabela 4 - Ensaios Padronizados do Conversor de Frequência de Média Tensão como


Componente

Ensaio de Ensaio Ensaio Norma


Ensaio
rotina de tipo especial técnica
Verificação Inicial / Inspeção Visual
X IEC 61800-5-1
(ver Nota 1)
Isolamento X IEC 61800-4
IEC 61800-5-1
Tensão Aplicada X
IEC 60146-1-1
X
Carga Leve e Operação [Prática X IEC 61800-4
Recomendada]
X
Corrente/Carga Nominal [Prática X IEC 61800-4
Recomendada]
Capacidade de sobrecorrente X IEC 61800-4
Divisão de corrente X IEC 61800-4
Divisão de tensão X IEC 61800-4
Medição de "Ripple" de tensão e
X IEC 61800-4
corrente
Determinação de perdas X IEC 61800-4
Elevação de temperatura X IEC 61800-4
Medição de Regulação de Tensão IEC 61800-4
X
Inerente IEC 60146-1-1
Verificação dos dispositivos
X IEC 61800-4
auxiliares
Verificação dos controles do
X IEC 61800-4
equipamento
Verificação dos dispositivos de
X IEC 61800-4
proteção
Ruído Audível X IEC 61800-4
Fator de potência X IEC 61800-4
Medição de harmônicos de corrente X IEC 60146-1-1
Imunidade à interferência
X IEC 61800-3
eletromagnética
Emissão eletromagnética X IEC 61800-3
Variação inerente da tensão X IEC 60146-1-1
Verificação das propriedades do
X IEC 60146-1-1
controle do conversor de frequência
Vibração X IEC 61800-4
Ensaios adicionais (ver Nota 2) X IEC 61800-4
NOTA 1 Verificar conexões, componentes, dimensões e Grau de Proteção.
NOTA 2 Devem ser considerados como ensaios adicionais “Ride through” e ensaios exigidos pela
sociedade classificadora no caso de operação em unidades marítimas.
NOTA 3 Os ensaios de tipo solicitados na Folha de Dados devem ser realizados em um conversor
de frequência produzido de cada conjunto de conversores de frequência idênticos, a ser
determinado pela PETROBRAS. São aceitos para ensaios de tipo os relatórios de ensaios
certificados realizados em conversores de frequência idênticos e aprovados pela
PETROBRAS.

9.4 A menos que especificado em contrário na Folha de Dados os ensaios de rotina e de tipo dos
conversores de frequência de baixa tensão devem ser realizados conforme as IEC 61800-2 e
IEC 61800-5-1.

25
-PÚBLICO-

N-2547 REV. A 07 / 2017

9.5 Todos os semicondutores de potência bem como todas as placas de circuito impresso devem ser
100 % ensaiados. Os semicondutores de potência devem ser ensaiados à plena tensão e máxima
corrente.

9.6 Devem ser realizados em cada conversor de frequência fornecido, antes da sua entrega, todos
os ensaios de rotina previstos na Folha de Dados e no plano de controle de qualidade enviado com a
proposta (ver 10.1.6).

9.7 As placas de circuito impresso devem passar por ensaios de envelhecimento acelerado
("burn-in") e ciclos de fadiga térmica ("stress"), continuamente por um período mínimo de 16 horas a
65 ºC, ou 48 horas a 60 ºC, para estabilizar os componentes e detectar sinais de falhas prematuras.
Durante estes ensaios, as placas de circuito impresso devem receber ciclos de energização e
desenergização. Após os ensaios, as placas devem permanecer funcionais sem apresentar falhas ou
degradação.

NOTA 1 Para conversores de frequência de baixa tensão com potência nominal ≤ 375 kW,
alternativamente ao ensaio de "burn-in", é aceito que sejam aplicados ensaios individuais
com carga nominal no conversor de frequência a uma temperatura ambiente de 50 °C nas
condições abaixo:
— potência nominal ≤ 10 kW: 50 ºC por 30 minutos;
— potência nominal > 10 kW e ≤ 100 kW: 50 ºC por 40 minutos;
— potência nominal > 100 kW e ≤ 375 kW: 50 ºC por 60 minutos.
NOTA 2 Para conversores de frequência de média tensão com potência nominal ≤ 375 kW,
alternativamente ao ensaio de "burn-in", é aceito que sejam aplicados ensaios individuais
nas placas de circuito impresso montadas. As placas permanecem em operação durante
48 horas com temperatura ambiente de 45 °C.

9.8 Após o ensaio de envelhecimento acelerado, cada placa de circuito impresso deve ser
individualmente ensaiada, antes de ser instalada no conversor de frequência, a fim de verificar os
resultados satisfatórios dos ensaios de ciclos de fadiga térmica e de tensão, bem como assegurar a
estabilidade de calibração e a correta funcionalidade.

9.9 Os ensaios dos blocos de semicondutores de potência devem ser executados em condições
elétricas equivalentes às de funcionamento real.

9.10 O ensaio de corrente/carga nominal do conversor de frequência deve ser executado após a
conclusão da montagem. O ensaio deve ser realizado à plena corrente de carga, por um período de,
no mínimo, 4 horas, em regime permanente, após o conversor de frequência ter atingido o equilíbrio
térmico, considerando-se uma temperatura ambiente de 40 ºC (Caso não seja possível, usar a
correção adequada). Durante este ensaio, o conversor de frequência deve ser solicitado inclusive
dentro da faixa de sobrecarga admissível de curta duração, durante ciclos de menor intervalo
possível, conforme IEC 60146-2. Os seguintes pontos/ambientes devem ser monitorados:
transformador de potência, semicondutores de potência, capacitores de potência, reatores, filtros,
cubículo de controle e cartões de controle. Os valores encontrados devem ser inferiores aos valores
informados na proposta na documentação apresentada juntamente com a proposta para vida útil
especificada.

9.11 Transformador de Potência como componente: Requisitos de Inspeção, Teste de Aceitação de


Fábrica (TAF), Teste de Aceitação de Campo (TAC) e Plano de Inspeção e Testes (PIT) devem
atender o descrito no 9.11.1 a 9.11.11.

9.11.1 Para o caso de transformadores de potência para instalação marítima, os testes requeridos
pela respectiva Sociedade Classificadora devem ser realizados.

26
-PÚBLICO-

N-2547 REV. A 07 / 2017

9.11.2 O fabricante do transformador deve apresentar, após a colocação do PC, juntamente com a
documentação para aprovação, o PIT, relacionando todos os testes de rotina, de tipo e especiais que
serão realizados em fábrica (TAF) e também os testes a serem realizados em campo (TAC),
atendendo aos requisitos indicados nesta Norma e na Folha de Dados.

9.11.2.1 O PIT deve indicar, juntamente com cada teste de rotina, de tipo ou especial, as respectivas
Normas Técnicas aplicáveis, bem como os respectivos critérios e as faixas máximas e mínimas de
aceitação de cada medição a ser realizada durante os testes.

9.11.2.2 Antes da inspeção, o PIT deve ser aprovado pela PETROBRAS.

9.11.3 Deve ser verificada a existência da documentação técnica, referente ao fornecimento,


certificada pelo fabricante e aprovada pela PETROBRAS ou pela projetista responsável (incluindo
desenhos, diagramas, manuais, certificados e catálogos de acessórios).

9.11.4 Deve ser verificada a existência dos certificados de calibração dos instrumentos a serem
utilizados nos testes, emitidos por órgãos competentes, tais como Rede Brasileira de Calibração
(RBC) no Brasil ou equivalente no exterior e dentro dos seus prazos de validade.

9.11.5 Devem ser verificadas as características dimensionais do equipamento, tais como os espaços
internos das caixas de terminais de força, do painel auxiliar e das caixas de proteção das buchas,
bem como seus componentes internos.

9.11.6 Devem ser verificados os acessórios, componentes e dispositivos auxiliares do transformador.

9.11.7 Os testes a serem realizados no transformador ou evidenciados por relatórios de testes,


devem ser executados de acordo com as normas indicadas na Folha de Dados.

9.11.8 Devem ser verificados os testes dos sistemas de pintura de proteção do transformador
(carcaça, tampas, radiadores, sistemas auxiliares, acessórios etc.). A verificação do procedimento de
pintura deve ser realizada na inspeção de fabricação com base na análise dos relatórios de testes de
pintura, emitidos por inspetor de pintura qualificado, durante o processo de fabricação e as etapas
prévias de pintura do transformador, de seus acessórios e de seus sistemas auxiliares.

9.11.9 Os ensaios de tipo solicitados na Folha de Dados devem ser realizados em um transformador
produzido de cada conjunto de transformadores idênticos, a ser determinado pela PETROBRAS.

NOTA São aceitos para ensaios de tipo os relatórios de ensaios certificados realizados em
transformadores idênticos e aprovados pela PETROBRAS.

9.11.10 Os ensaios especiais solicitados na Folha de Dados devem ser realizados em todos os
transformadores.

9.11.11 Deve ser utilizada a Folha de Dados aplicável da PETROBRAS N-2928 (Anexo B, C ou D)
como Folha de Dados do Transformador de Potência como componente do pacote do conversor de
frequência desta Norma.

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-PÚBLICO-

N-2547 REV. A 07 / 2017

NOTA 1 Para conversores de frequência com potência acima de 375 kW, devem ser incluídos no
padrão da PETROBRAS N-2928 os ensaios de elevação de temperatura (incluindo o ponto
mais quente dos enrolamentos) considerando adicionalmente o conteúdo harmônico de
corrente e ensaios de suportabilidade do isolamento a picos de tensão e taxa de variação
da tensão em função da operação do conversor de frequência, de acordo com a
IEC 61378-1 e a série IEC 60076.
NOTA 2 Para conversores de frequência com potência acima de 5 000 kW, os ensaios da Nota 1
devem ser realizados em todos os transformadores de potência, nos demais é aceito
relatório de teste de tipo de transformador de mesma potência, tensão e aplicação.

10 Documentação Técnica

10.1 Documentação Técnica a ser Apresentada Juntamente com a Proposta

Documentação a ser enviada juntamente com a proposta, para análise técnica contendo, no mínimo,
as informações em 10.1.1 a 10.1.13.

10.1.1 Catálogos das partes e componentes do conversor de frequência, contendo as características


e especificações técnicas.

10.1.2 Diagrama de blocos, identificando os sistemas básicos do conversor de frequência e suas


interconexões.

10.1.3 Desenhos dimensionais das vistas frontal, lateral e seção transversal do conversor de
frequência, com as dimensões aproximadas.

10.1.4 Relação de normas técnicas aplicáveis ao projeto, fabricação e ensaios, referentes ao país de
origem da tecnologia seguida pelo fabricante, que complementem a relação de normas técnicas
mencionadas em 2.

10.1.5 Folha de Dados totalmente preenchida e autenticada pelo fabricante, inclusive os campos
referentes às normas aplicáveis ao projeto, fabricação e ensaios do conversor de frequência.

10.1.6 Plano do controle de qualidade a ser executado, contendo no mínimo, os ensaios requeridos
nesta Norma, complementados pelos ensaios propostos pelo fabricante. Este plano de ensaios deve
ser detalhado, contendo todas as fases e procedimentos a serem seguidos e executados durante a
construção do conversor de frequência, com as indicações das normas de referência utilizadas e
seus respectivos itens.

10.1.7 Curva de rendimento versus corrente de saída, na faixa de frequência de operação definida
na Folha de Dados.

10.1.8 Curva de fator de potência de entrada versus corrente de saída, na faixa de frequência de
operação definida na Folha de Dados.

10.1.9 Gráfico das correntes harmônicas na entrada (em % da onda fundamental da corrente
nominal), o ângulo de fase da fundamental e as correntes harmônicas para diferentes valores de
corrente de saída (50 %, 75 % e 100 % da corrente nominal do conversor de frequência).

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-PÚBLICO-

N-2547 REV. A 07 / 2017

10.1.10 Lista de peças sobressalentes conforme requerido na RM, com discriminação dos números
de partes ("part-number") e respectivos preços unitários.

10.1.11 Procedimento completo e detalhado do tratamento e pintura das chapas, incluindo os índices
de desempenho químicos e físicos.

10.1.12 Peso estimado do conversor de frequência.

10.1.13 Caso a proposta apresentada pelo fornecedor ou pelo fabricante contenha diferenças ou
alternativas em relação aos requisitos indicados na Folha de Dados, nesta Norma ou na RM do
conversor de frequência, estes desvios ou alternativas devem ser indicados em documento específico
intitulado “Lista de Desvios da Proposta”, a ser avaliado no processo de compra. Os requisitos e
especificações de compra não indicados nesta “Lista de Desvios da Proposta” pelo fornecedor ou
pelo fabricante são considerados atendidos.

10.2 Documentação a ser Fornecida após a Colocação do Pedido de Compra

Documentação técnica que deve ser enviada para aprovação ou conhecimento contendo, no mínimo,
as informações descritas em 10.2.1 a 10.2.9.

10.2.1 Desenhos dimensionais das vistas e cortes, incluindo a área livre para entrada e saída dos
cabos de força, controle e aterramento, valor da dissipação térmica e peso do conversor de
frequência.

10.2.2 Desenhos de locação, dimensões e tipos de dispositivo de fixação do conversor de


frequência.

10.2.3 Diagramas funcionais de controle e de fiação (interligação), indicando todas as réguas de


bornes terminais, inclusive aquelas destinadas à interligação com outros equipamentos ou sistemas,
fora do fornecimento do fabricante, mostrando claramente a identificação dos bornes.

10.2.4 Desenhos das réguas de bornes de entrada e de saída dos circuitos de força, comando e
controle.

10.2.5 Lista de todos os componentes do conversor de frequência, indicando, no mínimo, a


descrição, quantidade e a codificação completa do fabricante.

10.2.6 Diagrama unifilar de força.

10.2.7 Desenhos de interface de força e controle.

10.2.8 Dissipação térmica do conversor de frequência para condições de operação com 70 %, 80 %,


90 % e 100 % de carga e vazão de ar de refrigeração necessária.

29
-PÚBLICO-

N-2547 REV. A 07 / 2017

10.2.9 Especificações técnicas do conversor de frequência, bem como todos os componentes e


acessórios solicitados, em conformidade com:

a) todos os requisitos aprovados da proposta original;


b) todas as revisões que tenham sido feitas por ocasião dos esclarecimentos técnicos e/ou
Parecer Técnico.

10.3 Após a Aprovação Final dos Desenhos

Após a aprovação final de todos os documentos citados no 10.2 o fabricante deve enviar a
documentação a seguir especificada, também sujeita a comentários. Os manuais devem ser redigidos
em português ou inglês e organizados de acordo com o critério indicado nos 10.3.1 a 10.3.6.

10.3.1 Diagramas e arranjos físicos dos cartões eletrônicos.

10.3.2 Descrição detalhada do funcionamento de cartões eletrônicos, inclusive dos ajustes.

10.3.3 Especificação dos ajustes necessários ao conversor de frequência.

10.3.4 Manual de montagem e de instalação contendo, no mínimo, as seguintes informações:

a) procedimentos para armazenagem do conversor de frequência bem como de qualquer


componente sobressalente;
b) procedimentos e detalhes de montagem e de instalação mecânica do conversor de
frequência e dos acessórios;
c) procedimentos e detalhes de conexões elétricas de força, controle e aterramento.

10.3.5 Manual de operação, contendo, no mínimo, as seguintes informações:

a) descrição do conversor de frequência;


b) fundamentos teóricos;
c) instruções de comissionamento;
d) procedimentos de implementação de funções de sintonia, ajustes e parametrização;
e) lista das mensagens de erro, condições de ocorrência e respectivas ações corretivas;
f) procedimentos operacionais em eventos de falhas e de "trip".

10.3.6 Manual de manutenção preventiva e corretiva, contendo, no mínimo, as seguintes


informações:

a) descrição do funcionamento dos circuitos;


b) procedimentos para a execução de ajustes internos;
c) procedimentos detalhados para a realização de ajustes e ensaios, bem como a relação
dos materiais e recursos necessários para a execução dos mesmos;
d) procedimento para reforma de capacitores de potência do elo CC;
e) procedimentos para manutenção e/ou substituição do sistema de refrigeração (ventilação
ou bombas);
f) procedimentos de manutenção a serem executados para cada sintoma de falha
apresentado;
g) métodos de localização de defeitos, utilizando as informações obtidas do sistema de
auto-diagnose e instrumentos de ensaios e medidas;
h) diagramas e identificação dos componentes internos, réguas de bornes terminais e
placas de circuito impresso;
i) lista dos componentes, contendo as suas identificações comerciais, “part numbers”,
versões, marcas e modelos;

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-PÚBLICO-

N-2547 REV. A 07 / 2017

j) lista de peças sobressalentes e ferramentas especiais com discriminação dos números


de partes ("part-number") incluindo os prazos recomendado para substituição;
k) diagramas de ligação e de fiação;
l) desenhos de arranjo físico do conversor de frequência;
m) catálogos técnicos com os dados característicos dos acessórios especificados,
"conforme fornecido";
n) cópia dos desenhos "conforme fabricado";
o) Folha de Dados devidamente preenchida "conforme comprado" ou "conforme
construído";
p) cópia de todos os relatórios de ensaios que tenham sido realizados no conversor de
frequência;
q) especificações técnicas do conversor de frequência, bem como de todos os
componentes e acessórios utilizados, em conformidade com:
— todos os requisitos aprovados da proposta original;
— todas as revisões que tenham sido feitas por ocasião dos esclarecimentos técnicos
e/ou parecer Técnico.

10.4 Requisitos de Apresentação dos Documentos

Os documentos, desenhos e manuais devem ser fornecidos em meio eletrônico (formato aprovado
pela PETROBRAS) e em papel tamanho mínimo A4 (210 mm x 297 mm), legíveis, contendo cada
um, no mínimo, as seguintes informações:

a) identificação do órgão e da Unidade da PETROBRAS;


b) número PETROBRAS de identificação do equipamento;
c) número da RM;
d) número do PC ou do PCS, (nos casos de processos de compra realizados diretamente
pela PETROBRAS).

NOTA Em cada desenho ou documento, do lado direito da folha, próximo e acima do carimbo do
fabricante, deve ser deixado "em branco", um retângulo de dimensões 15 cm x 4 cm para
posterior.

11 Embalagem e Armazenamento

11.1 Os métodos de embalagem devem ser tais que protejam completamente todas as partes e
peças do seu conteúdo contra possíveis danos durante o transporte, embarque e desembarque.

11.2 As placas de circuito impresso e os componentes eletrônicos avulsos devem ser protegidos
contra choques mecânicos. Devem estar contidos em embalagens plásticas seladas, contendo em
seu interior material higroscópico.

11.3 Quando o conversor de frequência possuir resistores de aquecimento, na parte externa da


embalagem deve ser instalado uma tomada, interligada aos circuitos de aquecimento, de forma a
permitir a sua energização, durante o período de armazenagem.

11.4 O invólucro do conversor de frequência, antes de ser encaixotado, deve ser coberto por plástico
ou papelão reforçado, de modo a protegê-lo contra avarias durante o transporte e a instalação.

31
-PÚBLICO-

N-2547 REV. A 07 / 2017

11.5 Cada volume deve apresentar as seguintes identificações:

a) indicação da posição de armazenamento;


b) símbolo de "frágil";
c) condições de armazenamento adequado;
d) endereço do local de entrega;
e) endereço do fornecedor;
f) número do PC ou PCS;
g) número PETROBRAS de identificação do conversor de frequência;
h) peso bruto do volume.

32

FOLHA DE DADOS
CLIENTE: FOLHA
de
PROGRAMA:

ÁREA:

TÍTULO:
Conversor de Frequência para Controle de
Rotação de Motor Elétrico

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS

REV. 0 REV. A REV. B REV. C REV. D REV. E REV. F REV. G REV. H


DATA
PROJETO
EXECUÇÃO
VERIFICAÇÃO
APROVAÇÃO
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA PETROBRAS, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
FORMULÁRIO PERTENCENTE À PETROBRAS N-2547 REV. A ANEXO A - FOLHA 01/03.
Nº REV.
FOLHA DE DADOS
FOLHA
2 de
3
TÍTULO:

Conversor de Frequência
1 QUANTIDADE: 26 NÚMERO DE PULSOS PARA RETIFICAÇÃO
6 12
CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS 27 TRANSFORMADOR DEFASADOR
2 TEMPERATURA AMBIENTE INSTALAÇÃO ABRIGADO AO TEMPO
MÍNIMA C 28 SOBRETENSÃO TRANSITÓRIA
MÉDIA ANUAL ºC IEC 60664-1 CATEGORIA III
MÉDIA MENSAL ºC IEEE Std 1566
MÉDIA DIÁRIA ºC 29 REGIME DE SERVIÇO DO MOTOR (IEC 60034-1): S
MÁXIMA ºC 30 CAPACIDADE DE SOBRECARGA:
ARMAZENAGEM E TRANSPORTE ENTRE -25 ºC e 55 ºC 110 % DA CORRENTE NOMINAL DURANTE 60 s
3 ALTITUDE < 1000 m 31 FATOR DE POTÊNCIA DE ENTRADA MÍNIMO EM
4 PROXIMIDADE DO MAR CARGA NOMINAL E A 60Hz: %
5 UMIDADE RELATIVA DO AR S/ CONDENSAÇÃO ENTRE 15% e 90% 32 DISTORÇÃO HARMÔNICA TOTAL DE TENSÃO (1) %
6 UNIDADE MARÍTIMA DE PRODUÇÃO 33 RENDIMENTO MÍNIMO EM CARGA NOMINAL E A 60 Hz: %
FIXA FLUTUANTE 34 SENTIDO DE ROTAÇÃO DO MOTOR
7 CLASSIFICAÇÃO DE LOCAL DE INSTALAÇÃO CONFORME 35 REPARTIDA COM O MOTOR GIRANDO
IEC 60721-3-3 36 TIPO DE INSTALAÇÃO DO CONVERSOR:
8 CONDIÇÕES ESPECIAIS DE SERVIÇO NO PISO (AUTO-SUPORTADO)
EM PAREDE EM PAINEL EXISTENTE
DADOS DO SISTEMA ELÉTRICO 37 GRAU DE PROTEÇÃO: IP-
9 FONTE DE ALIMENTAÇÃO CONCESSIONÁRIA/GERAÇÃO LOCAL 38 MASSA: kg
TENSÃO NOMINAL DE ALIMENTAÇÃO 39 DIMENSÕES EXTERNAS (mm):
V 3 FASES 60 Hz ± 5 % ALTURA: LARGURA: PROFUNDIDADE:
FAIXA DE OPERAÇÃO CONTÍNUA MÍNIMA 90 % MÁXIMA 110 % 40 COR DE ACABAMENTO (“TOP COAT”) Cinza claro - Munsel N 6.5
FAIXA DE OPERAÇÃO TRANSITÓRIA MÍNIMA 80% MÁXIMA 120 %
TEMPO 10 s PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO
10 POTÊNCIA DE CURTO-CIRCUITO SIMÉTRICA 41 PROTOCOLO MODBUS
MÍNIMA MVA MÁXIMA MVA 42 PROTOCOLO ADICIONAL
11 TENSÃO AUXILIAR EXTERNA NÃO
V 3 FASES 60 Hz ± 5 % ENTRADAS DIGITAIS
TENSÃO AUXILIAR (UPS) V CA 43 PARTIDA REMOTA
12 ATERRAMENTO DO NEUTRO DO SISTEMA ELÉTRICO 44 PARADA REMOTA
SOLIDAMENTE ATERRADO 45 DESLIGAMENTO (TRIP)
ALTA RESISTÊNCIA
ISOLADO
CABOS E INTERLIGAÇÕES SAÍDAS DIGITAIS
13 SEÇÃO NOMINAL DOS CABOS DE ALIMENTAÇÃO DO CONVERSOR 46 CONVERSOR PRONTO PARA OPERAR
mm2 47 MOTOR OPERANDO
14 SEÇÃO NOMINAL DOS CABOS PARA O MOTOR m2 48 DESLIGAR ALIMENTADOR PRINCIPAL
15 SEÇÃO NOMINAL DO CABO ATERRAMENTO CARCAÇA mm2 49 CONVERSOR DESLIGADO
16 DISTÂNCIA TOTAL ENTRE O CONVERSOR E O MOTOR m 50 CONVERSOR DESLIGADO PELA PROTEÇÃO (“TRIPPED”)
17 SAÍDAS PARA CABOS DE FORÇA: 51 FALHA DE COMUNICAÇÃO
FACE SUPERIOR FACE INFERIOR 52 CONTROLE DA RESISTÊNCIA DE AQUECIMENTO DO MOTOR
18 SAÍDAS PARA CABOS DE CONTROLE:
FACE SUPERIOR FACE INFERIOR
DADOS DO CONVERSOR DE FREQUÊNCIA ENTRADAS ANALÓGICAS
19 FABRICANTE 53 REFERÊNCIA DE FREQUÊNCIA 4 a 20 mA
20 MODELO SENSORES DE TEMPERATURA:
21 POTÊNCIA NOMINAL kW 54 RTD - ENROLAMENTOS DO MOTOR 3 SENSORES
22 CORRENTE NOMINAL DE: ENTRADA A SAÍDA A 55 RTD - MANCAIS DO MOTOR 2 SENSORES
23 FAIXA DE CONTROLE DE FREQUÊNCIA DE SAÍDA: 56 RTD - ENROLAMENTOS TRANSFORMADO 3 SENSORES
DE Hz ATÉ Hz 57 RTD - REATOR DE SAÍDA 3 SENSORES
24 RESOLUÇÃO DA FREQÜÊNCIA DE SAÍDA Hz
25 TIPO DE TECNOLOGIA C.S.I. V.S.I. SAÍDAS ANALÓGICAS
TIPO DE CHAVEAMENTO P.W.M. 58 CORRENTE DE SAÍDA
59 ROTAÇÃO OU FREQUÊNCIA DE SAÍDA
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA PETROBRAS, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
FORMULÁRIO PERTENCENTE À PETROBRAS N-2547 REV. A ANEXO A - FOLHA 02/03.
Nº REV.
FOLHA DE DADOS
FOLHA
3 de
3
TÍTULO:

Conversor de Frequência
ACESSÓRIOS 103 CAPACIDADE DE SOBRECORRENTE
60 CHAVE SECCIONADORA SOB CARGA 104 ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA
61 FUSÍVEIS DE FORÇA DE ENTRADA 105 VERIFICAÇÃO DAS PROPRIEDADES SOB CONDIÇÕES DE
62 CONTATOR DE FORÇA SERVIÇO NÃO USUAIS
63 CONECTORES PARA CABOS DE FORÇA CABO DE LONGO COMPRIMENTO ( km)
64 TERMINAIS PARA CONEXÃO DOS CABOS DE ATERRAMENTO MOVIMENTAÇÃO FÍSICA DO CONVERSOR DURANTE
65 CHAVE DE “ BY-PASS” OPERAÇÃO
66 IHM REMOVÍVEL 106 DETERMINAÇÃO DAS PERDAS DO EQUIPAMENTO
67 IHM EXTERNO (NA PORTA DO PAINEL) 107 VERIFICAÇÃO DAS PROPRIEDADES DO CONTROLE DO
68 PORTA DE COMUNICAÇÃO SERIAL RS485 CONVERSOR DE FREQUÊNCIA
69 PORTA DE COMUNICAÇÃO USB 108 DIVISÃO DE CORRENTE
70 MÓDULO DE REGULAÇÃO PID 109 DIVISÃO DE TENSÃO
71 MÓDULO DE COMPENSAÇÃO DE ESCORREGAMENTO 110 IMUNIDADE À INTERFERÊNCIA DE RÁDIO-FREQUÊNCIA
72 MÓDULO DE FRENAGEM 111 RÁDIO-FREQUÊNCIA E RUÍDOS GERADOS
73 REATÂNCIA DE REDE (ENTRADA)
74 FILTROS DE RFI/EMI ENSAIOS ESPECIAIS
75 REATOR DE SAÍDA PARA O MOTOR 112 VIBRAÇÃO
76 PROTEÇÃO TÉRMICA DO REATOR DE SAÍDA TIPO Pt100 113 RUÍDO AUDÍVEL
77 MÓDULO DE VENTILAÇÃO FORÇADA 114 MEDIÇÃO DE REGULAÇÃO DE TENSÃO INERENTE
78 RESISTOR DE AQUECIMENTO SIM 120 VCA 115 MEDIÇÃO DE "RIPPLE" DE TENSÃO E CORRENTE
79 CHAPAS REMOVÍVEIS NA PARTE TRASEIRA 116 FATOR DE POTÊNCIA
80 MONITOR DE ARCO ELÉTRICO 117 MEDIÇÃO DE HARMÔNICOS DE CORRENTE
118 CORRENTE/CARGA NOMINAL
DADOS DO MOTOR ELÉTRICO 119 CAPACIDADE DE SOBRECARGA
81 FOLHA DE DADOS Nº 120 CAPACIDADE DE CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO
121 MODULAÇÃO DE FREQUÊNCIA
DADOS ADICIONAIS DA MÁQUINA ACIONADA 122 ENSAIO DE FALTA A TERRA (COM LIMITAÇÃO DE CORRENTE)
82 FOLHA DE DADOS Nº 123 OPERAÇÃO CONTÍNUA DURANTE FALTA A TERRA NA SAÍDA
83 TIPO DO CONVERSOR
84 FABRICANTE 124 RECOLOCAÇÃO EM OPERAÇÃO
85 MODELO 125 COMPROVAÇÃO DE QUE FALHA OCORRIDA NO CIRCUITO DE
86 POTÊNCIA kW FORÇA NÃO SE PROPAGA DE FORMA A CAUSAR FALHAS EM
87 ROTAÇÃO NOMINAL rpm OUTRAS PARTES DO CONVERSOR DE FREQUÊNCIA
88 RELAÇÃO TORQUE x ROTAÇÃO TIPOS DE FALHAS
89 ROTAÇÕES DE RESSONÂNCIA rpm rpm CURTO-CIRCUITO EM BARRAMENTO INTERNO
90 ROTAÇÃO MÁXIMA: rpm EXPLOSÃO DE SEMICONDUTOR DE POTÊNCIA
91 ROTAÇÃO MÍNIMA: rpm EXPLOSÃO DE CAPACITOR DE POTÊNCIA
92 MOMENTO INÉRCIA: kg.m2 126 “RIDE THROUGH”

DADOS DO TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA NOTAS


93 FOLHA DE DADOS Nº 1 - INFORMAR DISTORÇÃO HARMÔNICA TOTAL NA PIOR CONDIÇÃO DE
OPERAÇÃO E NÍVEL DE CURTO-CIRCUITO MÍNIMO.
ENSAIOS DE ROTINA
94 VERIFICAÇÃO INICIAL / INSPEÇÃO VISUAL
95 ISOLAMENTO
96 TENSÃO APLICADA
97 ENSAIO DE CARGA LEVE E OPERAÇÃO
98 FUNCIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS AUXILIARES
99 FUNCIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
100 FUNCIONAMENTO DOS CIRCUITOS DE SUPERVISÃO E
SINALIZAÇÃO REMOTA ESPECIFICAÇÕES ADICIONAIS:
101 FUNCIONAMENTO DOS CIRCUITOS DE CONTROLE,
MONITORAÇÃO E COMANDO

ENSAIOS DE TIPO
102 CORRENTE/CARGA NOMINAL
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA PETROBRAS, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
FORMULÁRIO PERTENCENTE À PETROBRAS N-2547 REV. A ANEXO A - FOLHA 03/03.
-PÚBLICO-

N-2547 REV. A 07 / 2017

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisão Geral da Norma

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