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RESPOSTA QUESTÃO 03 – CLAIRTON ROCHA

Ilustre professor sabe-se que, uma vez não tendo o credor conhecimento dos bens do
devedor, poderá solicitar, na própria petição inicial ou em qualquer outra peça
processual ao longo da lide, que o magistrado determine a intimação do executado para
indicar o seu patrimônio passível de penhora.

Em continuidade, o artigo 921, III do CPC/2015 menciona que: como hipótese para
suspender a execução o fato do executado não apresentar bens passíveis de penhora, ou
seja, bens que não podem ser alvo do ato executivo.

Ainda, segundo parágrafo 1º do art. 921, Novo CPC, quando o processo de execução for
suspenso por falta de bens penhoráveis, a suspensão se dará por até 1 ano, prazo no qual
se suspenderá a prescrição.

Nesse passo nobre professor, o art. 921 do Código de Processo Civil aponta as causas
que permitem a suspensão de uma execução da seguinte forma:

Art. 921. Suspende-se a execução:

III – quando o executado não possuir bens penhoráveis;

IV – se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o


exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens
penhoráveis;

Nos parágrafos deste artigo é possível ver o procedimento necessário para que a
prescrição intercorrente seja declarada.

Inicialmente, é necessário que não seja encontrado qualquer bem passível de penhora do
devedor. Isso gera a possibilidade de suspensão pelo prazo de 1 (um) ano do processo.
Decorrido este prazo, começa a correr o prazo da prescrição intercorrente, que poderá
ser declarada até mesmo de ofício pelo Juiz, após ouvidas as partes.

Importante ainda ressaltar que, os artigos mencionados por mim nessa resposta, dizem
respeito a execução de título extrajudicial.
RESPOSTA QUESTÃO 04 – CLAIRTON ROCHA

Em resposta a questão 02, aduz o NCPC em seu artigo 846 parágrafos seguinte dessa
forma:

O ato do cumprimento da penhora pelo oficial, no processo de execução, nem sempre


restará perfectibilizado. O artigo 846 do Novo CPC, então, aborda a hipótese de recusa
do executado à efetuação da penhora. Dessa maneira, nos casos em que o executado
fechar as portas da casa, manifestamente com a intenção de frustra o ato da penhora, o
oficial de justiça deverá comunicar o juízo e poderá solicitar ordem de arrombamento.

RESPOSTA QUESTÃO 05 – CLAIRTON ROCHA

Professor, inicialmente é importante frisar que, a impugnação ao cumprimento de


sentença é a defesa conferida ao executado na fase de cumprimento de sentença.

Trata-se de defesa típica e incidental ao procedimento, de modo que não constitui uma
ação autônoma. Está prevista no artigo 525 do Novo CPC.

Ademais ilustre professor, por disposição expressa do artigo supra o prazo para a
apresentação da impugnação ao cumprimento de sentença só se inicia após transcorridos
os 15 dias contados da intimação para pagar o débito, previsto no artigo 523.

Mesmo que o depósito judicial seja feito antes disso. Tais matérias estão contidas no rol
exemplificativo além da possibilidade de utilização do art. 32 da lei 9.307/96 (Lei de
Arbitragem).

Com relação os efeitos, cito aqui o § 6º do artigo em comento: “A apresentação de


impugnação não impede a prática dos atos executivos, inclusive os de expropriação,
podendo o juiz, a requerimento do executado e desde que garantido o juízo com
penhora, caução ou depósito suficientes, atribuir-lhe efeito suspensivo, se seus
fundamentos forem relevantes e se o prosseguimento da execução for manifestamente
suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação. ”

RESPOSTA QUESTÃO 06 – CLAIRTON ROCHA


Certeza (existência material), liquidez (“quantum” – o que se deve e quanto se deve) e
exigibilidade (vencimento) – art. 803, I e III.
Vejamos então:
Certeza: Pela simples leitura do título, pode-se perceber que existe uma obrigação. Dá
para identificar o credor, devedor e quando deve ser cumprida.
Liquidez: “quantum” – o que se deve e quanto se deve. A certeza diz respeito à
existência da obrigação, enquanto a liquidez refere-se à determinação do seu objeto.
Exigibilidade: A obrigação pode ser imediatamente executada, sem a existência de
condição ou termo. Inclui-se o seu vencimento.

RESPOSTA QUESTÃO 07 – CLAIRTON ROCHA


Art. 778, caput, do Novo CPC
O caput do artigo 778, Novo CPC, dispõe, então, sobre quem pode iniciar a execução.
Contudo, faz uma importante ressalva. Apesar de o Código referir-se ao “credor a quem
a lei confere título executivo”, o exequente não necessariamente será credor. Uma vez
que há processo de execução ajuizado por parte ilegítima, existe a possibilidade de a
parte que promove a ação não ser credora. Pode-se falar, então, que a execução é
promovida por aquele que se declare credor. E a ilegitimidade poderá ser arguida em
embargos à execução.
Portanto:
Legitimidade no polo ativo:
É o credor, a quem a lei confere título executivo. O sujeito litigará em nome próprio na
defesa de interesse próprio ou alheio, como no caso do Ministério Público nas ações
civis públicas.
Ministério público
O Ministério Público pode figurar no polo ativo da execução com legitimidade ordinária
primária, desde que não tenha figurado como parte no processo de conhecimento
pleiteando em nome próprio, o direito alheio.
Espólio, herdeiros e sucessores
Atribui-se legitimidade ao espólio, herdeiros e sucessores para iniciar a execução ou
assumir o polo ativo na sucessão processual em lugar do falecido. Trata-se de
legitimação ordinária superveniente em virtude de sucessão “causa mortis”.
Sub-rogado
Haverá também legitimidade superveniente no caso de sub-rogação legal.
Sub-rogado é o sujeito que quita a dívida alheia e assume todos os direitos
anteriormente atribuídos ao credor primitivo.

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