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2021

A AGONIA DO IMPÉRIO
“Povo: A Substância da República”

Esta Apostila faz parte do Material Didático Pedagógico


utilizado pelos alunos dos 3º Anos do Ensino Médioda
Escola Estadual Dona Maria de Lourdes Ribeiro Fragelli
no Ano Letivo de 2021
PROFESSOR: JOÃO ANTONIO PEREIRA
Aluno (a): ________________________________________
João Antonio Pereira | Facebook
Série:____/Turma:____Turno:________Período:Maio/2021
Memórias da Vida em Vida
(memoriasdavidaemvida.blogspot.co
m)
©2021João Antonio Pereira – Especialista Em Educação – Direitos
Reservado
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas História 3º Anos 2021

constantes cobranças
11 – UM FANTASMA RONDAVA O TRONO em funções que estavam
fora de sua
responsabilidade;
críticas sobre a forma
O Destino é implacável. No final do Século XIX a monarquia que conduzia os
brasileira sofreria um duro golpe. Com problemas de saúde Dom negócios públicos;
Pedro II começa se afastar gradualmente dos assuntos públicos escândalos, negociatas
e quando participava por vezes cochilava, chegando até mesmo e envolvimento com a
a adormecer "no meio de reuniões importantes ou mesmo maçonaria, chegando
durante compromissos públicos" GOMES (2007). até mesmo a ser
apontado como um dos
O fantasma de um trono vazio atormentava o imperador. Com a principais exploradores
morte de dois de seus filhos, a herdeira seria Isabel, a Princesa de cortiços no Rio de
Imperial. Apesar de constitucionalmente permitida, a presença Janeiro, criando uma
de uma mulher à frente do país era inaceitável, tanto para seu relação de antipatia do
pai, quanto para conde com políticos que
os descontentes tornaram Gaston uma
republicanos. das figuras mais
impopulares no império.
Uma mulher à
frente do trono
A própria família
não era novidade
de Isabel removia o
afinal D. Maria I
conde de reuniões de
de Portugal, aConselho do Estado e
bisavó paternaaté mesmo de
do imperador
cerimônias familiares,
Figura 1 - A SÍNDROME DO TRONO VAZIO – Fonte: Google Imagens brasileiro, havia
temendo a associação
sido uma rainha,
da festa com a imagem
porém ela havia se casado com seu tio o rei D. Pedro III, da do francês. Infeliz,
linhagem da Casa de Bragança, conforme Barman (1999 Gastão gradativamente
p. 130). Por outro lado, o marido da Princesa Imperial, o Conde se tornou um homem
D´eu, era rejeitado por D. Pedro II, pelos demais membros da recluso, com poucas
monarquia, rechaçado pela imprensa e pelos políticos que se declarações públicas e,
lhes dirigiam apenas como “o francês”. Isabel não demonstrava
nenhum desejo de
Ele pensava, sonhava, se angustiava. Acabara de decidir que ia
visitar o distante Império do Brasil. Talvez se casasse por lá.
suceder ao pai.
Poria f im à dúvida que o roía por dentro. Era o dia 27 de julho de
1864, Del Priore, (2013 p.10). Em carta Gaston chegou
a reclamar: “Estou
Nascido na França, Louis Philippe Marie Ferdinand Gaston , era cansado de ser usado
neto do rei Luís Filipe I, mas apaixonado pela princesa brasileira aqui como bode
renunciou em 1864 ao direito à linha de sucessão para casar-se expiatório pela imprensa,
com Isabel. Apesar de ter acompanhado a última princesa ostensivamente me
imperial brasileira até os seus últimos dias de vida, Gastão responsabilizando por
agradou, além da própria companheira. tudo, sem, na realidade,
ter voz nem influência”.
2 – UM PRÍNCIPE ENTRE FATOS E FAKES
Definitivamente o
“francês” não teria uma
Os republicanos não economizaram no ataque. Bombardearam boa estadia na política
“o francês” com Fakes News das mais diversas naturezas. Eram Brasileira.

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facções cada vez mais


3 – A COROA APRISIONAVA O REI extremadas,
enfraquecendo a
autoridade e o prestígio
"eu se gozasse de toda a minha independência onde estaria? Adivinhe" 1 da monarquia.

Desde 1831 D. Pedro II estava no poder, não mais com o B) Questão Militar:
entusiasmo que o cargo requeria. Parecia uma maldição. As um marco importante
cartas trocadas entre Pedro e Luísa Margarida de Barros, para entendermos o
Condessa de Barral, sua “confidente”, a partir de 1880 revelam problema diz respeito ao
um rei solitário com coroa na cabeça e um imenso vazio no conflito armado no qual o
coração, com forte desejo de deixar tudo para trás e realizar sua Brasil envolveu-se:
ambição de estabelecer uma vida na Europa, sua vontade a Guerra do
entanto, segundo Sodré (2004, p. 321). Paraguai (1864-1870).
Embora o Brasil tenha
Apesar de existir desde 1870 o Partido Republicano, seu vencido, a guerra trouxe
principal opositor, era muito pequeno e "não tinha conseguido, uma grande baixa entre
estimular a alma nacional", mesmo com toda a propaganda os que combateram ao
radical e a pouca interferência das autoridades, não conseguia lado do Império brasileiro
eleger representantes para o congresso nem para o senado. e também um grande
endividamento
Por volta de 1880 questões de ordem religiosa, militar e social econômico com a
aliado a indiferença de Dom Pedro II para com o destino do Inglaterra, fazendo com
regime que jurara defender, culminariam com a derrubada da que D. Pedro II,
monarquia.: imperador no período,
sofresse um forte
A) Questão religiosa: Conflito ocorrido no Brasil na década desgaste político. Ao
de 1870 que, tendo iniciado como um enfrentamento entre mesmo tempo, os
a Igreja Católica e a Maçonaria, acabou se tornando uma grave militares saíram como
questão de Estado. Suas causas podem ser traçadas desde heróis pelos esforços
muito tempo antes, fundadas em divergências irreconciliáveis empreendidos nos
entre ultramontanismo, o liberalismo, o regime do padroado, e conflitos, o que os
em aspectos complexos da cultura brasileira. projetou politicamente
em um ambiente já
A questão evoluiu centrada em dois bispos, Dom Vital e Dom instável.
Macedo Costa, defensores do catolicismo ultramontano.
Baseando-se em ordenações papais não aprovadas
pelo Império Brasileiro, ao interditarem irmandades sob sua
jurisdição, por manterem em seu seio, membros maçons, e
negando-se a levantar os interditos após ordem expressa do
governo, já que tais associações eram regidas também
pelo poder secular, julgou-se que feriram a Constituição do
Império e incorreram em culpa de desobediência civil, sendo
presos e condenados a trabalhos forçados.

Pouco tempo depois foram anistiados, mas isso não aplacou o


acérrimo debate público que se desencadeou a respeito da Figura 2 Caricatura por Ângelo
Agostini sobre a falta de interesse de
união entre Igreja e Estado, ao contrário, o problema Pedro em política
permaneceu, agregando elementos ideológicos e sociais e

1Cartas entre Pedro e Luísa Margarida de Barros, Condessa de Barral e sua


confidente
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A crise entre a monarquia e os militares agravou-se em 1883, pouquíssimos meses o


quando um projeto de lei de autoria do Visconde de Paranaguá Rei e a rainha levariam
passou a obrigar a contribuição dos militares ao Montepio um XEQUE MATE.
(sistema de previdência dos militares), o que provocou protestos
do tenente-coronel Antônio de Sena Madureira, amigo de D.
Pedro II, que, em seguida, sofreu uma punição.

Esse evento desencadeou uma série de embates entre a coroa


e os militares por meio de veículos de imprensa, ao mesmo
tempo em que o movimento republicano se fortalecia,
destacando-se personalidades como Rui Barbosa, Quintino
Bocaiuva, Benjamin Constant, Deodoro da Fonseca, entre
outros.

Com toda essa polêmica a saúde de D. Pedro II piorou e ainda


em 1887, as febres tinham se tornado comuns e os médicos Figura 3 - Deodoro Da Fonseca
sugeriram uma viagem para a Europa para fins de tratamento.
Na Europa seu estado agravou ainda mais chegando a ponto de
no dia 3 de maio de 1888 ter recebido a extrema unção.
Figura 4 - Escravos: Os
C) A Questão Escravocrata: sustentada, sobretudo, pela soldados brasileiros na
dependência econômica que as elites cafeeiras tinham desse Guerra Contra o Paraguai
tipo de mão de obra, durante o Segundo Reinado começou a
sofrer fortes pressões internas e externas, principalmente da
Inglaterra, exigindo o seu fim em favor da implementação
da mão de obra assalariada.

A abolição da escravatura foi resultado de um processo gradual


e longo que, até chegar à abolição propriamente dita, realizou
algumas concessões por meio das leis abolicionistas. No
entanto, essas transformações geraram descontentamentos e A Guerra do Paraguai
críticas ao Império por parte da elite que dependia da mão de foi o maior conflito
obra escrava. armado internacional
ocorrido na América
Por outro lado, os negros formaram o corpo de soldados que Latina. Foi travada
lutaram na Guerra contra o Paraguai e lhes fora assegurada a entre o Paraguai e a
liberdade, caso o país saísse com a vitória, no entanto, após a Tríplice Aliança,
guerra nossos heróis continuaram ainda por muito tempo composta pelo
escravizados e isto gerava certo desconforto na sociedade como Império do Brasil,
um todo.
Argentina e Uruguai.
A guerra estendeu-se
Em 22 de maio após leve melhora, ao receber as notícias de que
de dezembro de 1864
a escravidão fora abolida no Brasil por uma lei assinada por
Isabel, acamado, com a voz fraca e lágrimas nos olhos, teria a março de 1870
exclamado: "Grande povo, grande povo!". Magro, fraco, com o culminando com a
corpo e pernas curvados, D. Pedro II retornou ao Brasil e vitória da Tríplice
desembarcando no Rio de Janeiro em 22 de agosto de 1888. Aliança

O "país inteiro o recebeu com um entusiasmo nunca visto. Da


capital, das províncias, de todo o lugar, chegavam provas de
afeição e veneração. Como num jogo de xadrez, dali a

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A abolição vinha sendo


3 – ABOLIÇÃO E OS FAKES NEWS pautada pela monarquia,
desde 1850, no entanto,
No Brasil a abolição da escravatura africana aconteceU no dia a emancipação dos
13 de maio de 1888, com a assinatura da Lei Áurea, que dava cativos já era
fim à legalidade do cativeiro de trabalhadores. Os ameríndios já socialmente exigida
gozavam desse direito desde 1570 e países vizinhos como Chile desde o século 16:
(1823) Bolívia (1826), Paraguai e Uruguai (1846) e Argentina escravos lutavam por
(1853 ) entre outros já haviam libertado os africanos, cabendo sua liberdade há
ao Brasil o desonroso título de último país a libertar os escravos. séculos. As famílias
negras livres também
Ainda assim, essa comemoração esconde elementos integraram à luta
importantes da arquitetura da exclusão que ela representa, se emancipacionista muito
tratando de uma distorção dos fatos, que esconde uma série de antes dela se tornar uma
mitos sobre a história do Brasil. pauta econômica do
Império. Nomes
#FAKE1: A Abolição foi obra da generosidade da Princesa importantes como Luís
Isabel Gama, José do
Patrocínio, André
A princesa Isabel não aboliu a escravidão porque ela era Rebouças e outros
boazinha. Na prática “A abolição foi feita muito mais por uma negros batalharam não
pressão das ruas, das senzalas, do que por uma decisão política apenas pelo fim do
com base na bondade”. serviço senhorial, mas
pelo auxílio aos libertos,
Ao contrário do que diz o senso comum, o núcleo da luta pela que eram desamparados
abolição não era uma vontade humanista por parte da (e continuaram com as
monarquia, que foi colaboracionista com um parlamento decisões políticas da
escravista por mais de 60 anos de Império, mas uma série de Princesa Isabel e
lutas e revoltas no interior das fazendas, que foram suprimidas, da República).
destaca o historiador Ricardo Tadeu Caires Silva, da
Universidade Estadual do Paraná. Figura 5- Fim da escravidão na
América - Atlas FGV

#FAKE2: Isabel aproveitou uma viagem de Dom Pedro II


para assinar a Lei Áurea

A abolição da escravatura seria assinada por qualquer um que


estivesse no poder. O adiamento da execução não ocorreu por
uma discordância entre o Imperador e a Princesa, mas por conta Fonte: Google imagem
de uma inviabilidade vista pelo governo, que tinha seu principal
apoio na elite escravista. As pressões sociais, porém, obrigaram Uma das maiores
o governo a se modernizar economicamente e acabar com a especialistas em
questão servil. escravidão do Brasil,
Maria Helena Machado,
A motriz que conduziu à Lei Aurea era essencialmente produtiva, da USP, destaca o papel
e a herdeira do trono, com pressões causadas pelas revoltas que a violência das
escravas, enxergava, assim como o pai, a ação como revoltas contra os
premeditada. Há fortes indícios também que a ação de 1888 senhores teve na
aconteceu para que Isabel conseguisse apoio popular para o pressão pela abolição:
desenvolvimento de um Terceiro Reinado, naquele momento em "Eram crimes
que seu pai estava na Europa entre a vida e a morte. planejados, insurreições.
Muitas vezes, em reação
#FAKE3: A luta contra a escravidão foi pacífica à violência física contra
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os escravos”, ou seja, muitas dessas ações tiveram um cunho A inclusão do negro na


revolucionário. "Aqueles que vencem a batalha é que fazem a sociedade brasileira
narrativa. Nós nunca foi efetivamente
historiadores uma pauta do governo
temos que monárquico. Os braços e
reconstituir o os pés dos senhores,
processo da segundo Antonil, foram
batalha, para expropriados,
recuperar as desnaturalizados,
vozes tentaram silenciar uma
daqueles que cultura, talvez por isso
não foram ainda hoje, apesar de
ouvidas ampla maioria na
sociedade brasileira, s
Figura 6- Escravidão: Wikimedia Commons
negros permanecem
invisíveis nos centros de
#FAKE4: Os governantes estavam do lado dos escravos poder. “Agora, a gente
tem condições mais
Certamente o medo foi um dos principais ingredientes, naquilo favoráveis pra voltar a
que resultou na Lei Áurea, a abolição não representava um afeto esse 13 de maio com
da monarquia pelos negros, mas o medo de uma revolta outros olhares e outras
generalizada como aconteceu no Haiti, que quebraria a lógica perguntas que permitam
do poder e dominação senhoriais. reconhecer os esforços
negros na luta contra a
É o que defende Luís Felipe de Alencastro, historiador e cientista escravidão. Porque,
político, que afirma que a abolição foi um movimento ainda que o projeto
conservador de manutenção dos privilégios, para a elaboração, dessas pessoas não
ainda excludente, de uma nova fase econômica con trolada pela tenha sido o vitorioso,
elite. “No final, a ideia de reforma agrária capotou”. Muitos dos não se pode ignorar os
agentes centrais do movimento pela emancipação foram séculos de luta e
esquecidos e caíram no anonimato, num esforço conjunto de resistência travadas
monarquia e república de acabar com a memória dos negros no desde a África no
Brasil. processo de captura às
fugas para os quilombos.
#FAKE5:A Silenciar essas vozes “é
Abolição foi um outro roubo de
marco contra o historicidade da
racismo experiência negra”,
afirmou Ana Flávia
O período pós- Magalhães, da
abolição é central Universidade Federal de
na compreensão Brasília.
das mazelas que
ainda atingem a sociedade brasileira, marcada pela exclusão de
negros em favelas e empregos de baixa remuneração e
qualidade. O projeto abolicionista nunca teve uma matriz
humanista de auxílio aos emancipados, que foram deixados à
própria sorte, sem propriedade e excluídos do mundo do
trabalho, que esperava uma substituição com base na mão de
obra europeia.

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republicanos. Em vez
4 – BESTIALIZADO O POVO ASSISTIU... disso, o imperador
aceitou os fatos. Dois
dias depois, partiu com
Os acontecimentos de 1889 surpreenderia a nação, não apenas a família para o exílio na
pelas manifestações gerais de afeição que o Imperador e a Europa.
Imperatriz receberam na ocasião de sua chegada da Europa.
Naquele inverno, nenhuma instituição política parecia ser tão Em Dom Pedro II, o
forte quanto a monarquia no Brasil". Até mesmo antigos historiador José Murilo
escravos demonstravam lealdade para com a monarquia e de Carvalho descreve
veementemente se opunham aos republicanos, a quem eles que, diante da
chamavam de "os paulistas" o próprio Deodoro da Fonseca não proclamação, o
enxergava futuro para a República no Brasil: imperador se manteve
“abúlico e fatalista”.
"República no Brasil é coisa impossível porque será uma “Quando lhe disseram
verdadeira desgraça. Os brasileiros estão e estarão muito mal-
que a República já podia
educados para serem verdadeiros republicanos. O único
sustentáculo do Brasil é a monarquia; se mal com ela, pior sem estar proclamada,
ela.", in TERCI, 2019 2 respondeu: "Bem, se os
Brasileiros não me
Os ideais republicanos já se faziam presentes em solo brasileiro querem como seu
antes mesmo da Independência. Os movimentos da Imperador, então tornar-
Inconfidência Mineira (1789) e a Revolução Pernambucana me-ei um professor!" “O
(1817) defendiam uma república como a dos EUA. Quando, às país que se governe
margens do rio Ipiranga, Dom Pedro I declarou o Brasil como entender e dê
independente de Portugal, nossos vizinhos latino-americanos já razão a quem tiver"! ‘Se
se fragmentavam em pequenas repúblicas, comandadas por for assim, será a minha
caudilhos. aposentadoria. Já
trabalhei muito e estou
cansado. Irei então
descansar’.”

Nos últimos anos do


Império Brasil gozou de
grande prestígio
internacional. As
predições de problemas
econômicos e
trabalhistas causados
Figura 7- Quadro de Benedito Calixto retratando a Proclamação da República pela abolição da
Wikimedia Commons escravidão no final não
se materializaram e a
O maior culpado pela aparente falta de resistência parece ter colheita de café de 1888
sido o próprio imperador. Quando o golpe militar que levou à foi bem sucedida,
República eclodiu no Rio de Janeiro, em 15 de novembro de impulsionando a
1889, Dom Pedro II estava em Petrópolis. Certamente, poderia popularidade de Isabel,
ter deixado a cidade e comandado a resistência. Em uma mas o imperador que
tentativa de continuar no poder, poderia até mesmo ter se aliado vivia se lamentando
ao marechal Deodoro da Fonseca, seu amigo, que, alçado à daquilo que considerava
posição de líder do movimento, não tinha grandes ideais uma "coroa de espinhos"
que precisava carregar,
2Marechal Manoel Deodoro da Fonseca em suposta resposta a seu a seu sobrinho
Clodoaldo da Fonseca op cit Terci 2019
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finalmente estava livre de seu fardo. O Brasil respirava novos que se mobilizaram para
ares, os ares da República, para muito o 15 de novembro era a redigir uma nova
data do Golpe que derrubou o império, para outros era o Constituição para o país.
resultado da insatisfação popular e portanto legítima. Fato é que Para isso, uma
após a Proclamação da República, o marechal Deodoro da Assembleia Constituinte
Fonseca foi escolhido pelos republicanos para conduzir o foi formada.
Governo Provisório,l enquanto as mudanças nas in stituições
políticas aconteciam. Essa Constituinte
nomeou cinco pessoas
O exército, condutor do golpe, tomou de início algumas medidas responsáveis pela
em seu benefício, conforme afirma o historiador Thomas E. redação do novo
Skidmore: documento. Uma vez
escrita, a nova
Os militares não perderam tempo em receber seu pagamento Constituição foi revisada
pelo golpe. Seus salários foram imediatamente aumentados em por Rui Barbosa e
50%, uma nova lei foi aprovada regulando a aposentadoria ou encaminhada para
promoção imediata de quase todos os altos oficiais (havia apreciação dos membros
notórios desequilíbrios no interior do corpo de oficiais do da Constituinte. A nova
Exército) e o Exército foi autorizado a aumentar seu contingente Constituição foi
de 13 mil para 25 mil soldados|1|. aprovada em 24 de
fevereiro de 1891 e
A Proclamação da República teve como resultado uma substituiu a Constituição
aproximação das relações com Argentina (essa aproximação (de 1824) do período da
com a Argentina foi curta) e Estados Unidos – duas grandes Monarquia.
nações republicanas no continente americano – e gerou o efeito
inverso na Inglaterra, que era uma nação representante do A Constituição de
monarquismo. 1891 tinha como
principais pontos:
Durante o Governo Provisório, Rui Barbosa foi nomeado como
Ministro da Fazenda e, portanto, era responsável pela economia • Republicanismo:
brasileira. Rui Barbosa tomou ações que permitiram a criação de foi decretado o
sociedades anônimas e incentivou a emissão de papel-moeda, republicanismo como
permitindo que bancos privados a fizessem. O resultado foi forma de governo do
desastroso e levou à especulação, falência de empresas, Brasil;
desvalorização da moeda brasileira e alta da inflação. • Presidencialism
o o chefe máximo do
Essa crise econômica ficou conhecida como Encilhamento (não Executivo seria o
se sabe ao certo o porquê do uso desse termo) e estendeu -se presidente elegido em
durante todo o período inicial da Primeira República, sendo eleições livres e diretas.
solucionada somente por volta de 1897 durante o governo O presidente eleito
de Prudente de Morais (1894-1898). A crise econômica cumpriria um mandato
brasileira esteve inserida dentro do quadro de crise econômica de 4 anos;
do capitalismo, que se estendia desde 1873. • Estabeleceu-se
os três poderes:
Executivo, Legislativo e
5 – O GOVERNO DE DEODORO DA FONSECA Judiciário. Além disso,
instituições do período
monárquico, como o
Durante o período em que esteve como presidente no Governo Poder Moderador, foram
Provisório, as medidas autoritárias de Deodoro da Fonseca abolidas;
chamaram a atenção de determinados grupos políticos do Brasil, • Para o sistema
eleitoral brasileiro, foi

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determinado o sufrágio universal masculino para maiores de grupo apoiado pelo


21 anos alfabetizados. Mulheres, analfabetos e soldados rasos governo, os federalistas.
não tinham direito ao voto; • Revolta da
• Federalismo: foi estabelecido o federalismo como forma Armada (1893-1894): a
de governo, o que concedia bastante autonomia para os estados Revolta da Armada foi
brasileiros. Permitia aos estados realizar empréstimos, organizar uma rebelião de grupos
força militar própria, arrecadar seus próprios impostos etc. monarquistas da
Marinha, que tentavam
Depois da promulgação da nova Constituição, foram realizadas derrubar o governo de
eleições indiretas, que ratificaram Deodoro da Fonseca como Floriano. Os rebeldes
presidente brasileiro e Floriano Peixoto como seu vice em invadiram embarcações
fevereiro de 1891. O marechal Deodoro da Fonseca manteve de guerra e abriram fogo
sua postura autoritária, o que fez com que o presidente
contra o Rio de Janeiro.
entrasse em choque com o Congresso.
Posteriormente se
uniram aos liberais da
A disputa levou o presidente a tomar mais medidas autoritárias
Revolução Federalista
(como decretar o fechamento do Congresso) para reforçar o seu
poder. No entanto, grupos políticos da oposição reagiram e em combates em Santa
forçaram o presidente a renunciar em 23 de novembro de 1889. Catarina e Paraná. A
Por lei, era necessária a realização de novas eleições, uma vez derrota dos rebeldes
que o presidente não estava ocupando o cargo por dois anos enfraqueceu
contados a partir das eleições de fevereiro de 1891, no entanto, definitivamente o
Floriano Peixoto assumiu como presidente brasileiro. monarquismo no Brasil.

O governo de Floriano
6 – O GOVERNO DE FLORIANO PEIXOTO Peixoto estendeu-se até
1894, quando ocorreu a
transição para os
A posse de Floriano Peixoto somente aconteceu porque o governos civis. O político
Partido Republicano Paulista – principal força política do Brasil paulista Prudente de
na época – garantiu a sucessão para Floriano. Isso aconteceu Morais foi eleito
porque os paulistas queriam estabilizar o regime republicano e presidente e deu início
impedir que os monarquistas tomassem o poder. A visão política ao período conhecido
de Floriano, ainda que moderada, visava a uma nação como República
centralizada em um governo encabeçado pelos militares. Oligárquica (1894-1930).
Durante seu mandato, duas grandes rebeliões aconteceram no
Floriano Peixoto
Brasil e colocaram a ordem republicana em risco. As ações
tomadas por Floriano Peixoto na contenção de ambos os
movimentos lhe renderam o apelido de “marechal de ferro”.
Essas revoltas foram a Revolução Federalista e a Revolta da
Armada:

• Revolução Federalista (1893-1895): foi uma disputa


entre grupos políticos pelo poder no Rio Grande do Sul. O grupo
que recebeu oposição do governo foi o dos liberais, que
defendiam a implantação do parlamentarismo no Brasil. A
Revolução Federalista espalhou -se para Santa Catarina e
Paraná e resultou na morte de 10 mil pessoas, com vitória do

Fonte: Google Imagem

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Exercícios de Fixação de Aprendizagem – Período: 01 a 31 de Maio de 2021

A Agonia Do Império e o Alvorecer da República

Eixo Competência Competência Habilidade/Objeto


Estrutural Geral Específica do Conhecimento
1 -Tempo e 1– Conhecimento 1-1- Analisar processos políticos, (EM13CHS101);
Espaço Dimensão 1: econômicos, sociais ambientais e (EM13CHS102);
Aprendizagem e culturais nos âmbitos local, regional, (EM13CHS103);
Conhecimento nacional e mundial em diferentes (EM13CHS104);
Subdimensão 1.1 tempos, a partir da pluralidade de
APLICAÇÃO DO procedimentos epistemológicos,
CONHECIMENTO científicos e tecnológicos, de modo
a compreender e posicionar-se
criticamente em relação a eles,
considerando diferentes pontos de
vista e tomando argumentos e
fontes de natureza científica.
decisões baseadas em

01- Sobre o movimento do republicanismo e do abolicionismo, indique a alternativa


correta.
a) A Abolição da Escravatura e o republicanismo no Brasil foram movimentos que
caminharam associados, pois estiveram inspirados no Positivismo.
b) O movimento republicano no Brasil, na década de 1870, esteve dissociado da luta
abolicionista, porque republicanos e abolicionistas pertenciam a classes sociais
divergentes.
c) O movimento abolicionista e o movimento republicano não caminharam associados, pois
o primeiro tinha grande apoio do monarca, a ponto de a Lei Áurea ter sido assinada pela
Princesa Isabel.
d) O movimento republicano só ganhou força após a abolição, pois significativas parcelas
da classe dominante republicana eram proprietárias de escravos e não apoiavam a luta
abolicionista.
e) O movimento republicano deu um grande impulso ao movimento abolicionista, como já
havia ocorrido em outros países da América do Sul, em que a República acarretou o fim da
escravidão.

02 - Uma parcela dos republicanos brasileiros, no final do século XIX, era influenciada pela
filosofia de Auguste Comte.
Esses REPUBLICANOS POSITIVISTAS
a) difundiam o lema do Positivismo, "Somos da América e queremos ser americanos",
contribuindo para integrar o país no universo republicano.
b) baseavam-se na ideologia do Positivismo, que pregava uma aliança das camadas
populares com os intelectuais, sob a inspiração da fé cristã.
c) encaravam positivamente a aliança entre o Estado e a Igreja, uma vez que esta ajudaria
a evitar as convulsões sociais que as elites tanto temiam.
d) defendiam que a Monarquia seria superada pelo "estágio positivo da história da
humanidade", representado, de modo especial, pela República.

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03 - Um dos fatores determinantes para a crise do Segundo Reinado foi a denominada


"Questão Militar". Sobre essa questão e seus desdobramentos na política brasileira,
são feitas as afirmações a seguir.
I - A "Questão Militar" foi uma clara demonstração da insatisfação de setores do Exército
em relação às elites civis - os casacas -, que controlavam a política nacional.
II - Os integrantes do Exército que participaram da derrubada da Monarquia eram
influenciados pelas ideias positivistas, sendo defensores de um projeto de república
autoritário.
III - Após a instauração da República, os militares não intervieram mais na política nacional
até a eclosão do golpe de 1964.
Quais estão corretas?
a) Apenas II.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

04 - Na conjuntura do II Império Brasileiro, têm destaque, no quadro da Proclamação da


República:
I - Interferência Inglesa na Política Imperial.
II - Abolição da Escravatura
II - Questão Militar
IV - Questão Religiosa
V - Pressão do Setor Industrial Urbano
Estão corretas:
a) apenas I e IV.
b) apenas I e III.
c) apenas II, III e IV.
d) apenas III, IV e V.
e) apenas I, III e V.

05 - Leia as afirmações a seguir sobre o cenário de crise do Império, no Brasil.


I. O regime monárquico enfrentou, desde a Guerra do Paraguai, a disposição do oficialato
do exército de ampliar sua participação na vida política nacional, o que serviu de fermento
para conflitos que ajudaram a minar a sustentação do Estado.
II. A sintonia do monarca com as ideias progressistas vigentes no século XIX, com o
desenvolvimento científico e o refinamento cultural que lhe era próprio foram fundamentais
para que preparasse, desde 1850, a transição para o regime republicano.
III. O questionamento da submissão da Igreja ao Estado monárquico por parte do clero e
as reações intransigentes do Gabinete Rio Branco a essas manifestações serviram para
aprofundar a cisão da monarquia com tal segmento.
IV. A Convenção de ltu, em 1873, deu contornos claros à mobilização de apoio à monarquia
na província de São Paulo e marcou o início de ofensivas de seus integrantes no plano
eleitoral.
As afirmações relacionadas corretamente com esse contexto são:
a) I e II
b) I e III
c) I e IV
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d) II e III
e) II e IV

06 - Para os conselheiros do Império, o Brasil era como um sistema heliocêntrico, dominado


pelo sol do Estado, em torno do qual giravam os grandes planetas do que chamavam, "as
classes conservadoras" e, muito longe, a miríade de estrelas da grande massa do povo.
José Murilo de Carvalho Através do texto, compreendemos que a proposta política do
Segundo Reinado privilegiava:
a) as massas populares, base de sustentação política do império.
b) as elites dominantes, que tinham no Império a garantia de seus interesses.
c) apenas os segmentos de classe média que emergiam economicamente após a
imigração.
d) os fazendeiros do Vale do Paraíba e senhores de engenho nordestinos, que jamais
tiveram interesses contrariados pelo imperador.
e) os escravos, base econômica do período, libertados pelo Império.

07 - "A economia brasileira prosperou durante toda a segunda metade do século XIX. Esse
desenvolvimento deveu-se, principalmente, ao progresso continuado da cafeicultura.
Diante dos problemas criados pela expansão econômica, sobressai a escassez do fator
mão-de-obra. Esse desenvolvimento traduz-se numa efetiva 'fome de braços.'"
(Octávio lanni. Texto adaptado).
Contribuíram para a referida "fome de braços":
a) fim do tráfico de escravos e a imigração italiana.
b) comércio interprovincial de negros e a taxa negativa de crescimento da população
escrava.
c) fim do tráfico de escravos e a taxa negativa de crescimento da população escrava.
d) as leis do Ventre Livre e dos Sexagenários.
e) a taxa negativa do crescimento da população escrava e a imigração italiana.

08 - Considere os textos abaixo:


I. "O regime ainda se apoiava nas relações escravistas. Assim, à medida que elas foram-
se tornando ultrapassadas diminuía sua sustentação, pois as transformações econômicas
ocorriam entrosadas com as transformações sociais..."
II. "O reduzido grupo ligado à indústria reivindicava a diminuição das importações; as
camadas médias urbanas desejavam participar das decisões políticas e, apesar de muito
marcadas pelos valores da aristocracia rural, começavam a expressar interesses próprios."
III. "O grupo de fazendeiros do Oeste paulista necessitava retirar o controle político das
mãos dos senhores de escravos e almejava um governo que acabasse com a escravidão,
favorecesse a vinda de imigrantes, beneficiasse o setor de transportes e ampliasse o setor
financeiro..."
IV. "Nesse período o país atravessou uma grave crise econômica, marcada pela queda dos
preços de nossos principais produtos no mercado internacional: açúcar, algodão, tabaco,
couro..."
V. "O profundo descontentamento político contra práticas absolutistas: os oposicionistas
não poupavam críticas ao autoritarismo do imperador e nas capitais, os protestos da
população contra atos despóticos do governo eram frequentes..."
As condições socioeconômicas que favoreceram o declínio do Segundo Reinado brasileiro
estão reunidas corretamente em:
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a) I, II e III
b) I, II e IV
c) I, III e V
d) II, IV e V
e) III, IV e V

09 - Dos fatores abaixo, aquele que teve forte influência na queda do Império
brasileiro foi a:
a) invasão francesa no Rio de Janeiro, com a fundação da França Antártica, o que
desestabilizou o governo de Dom Pedro II.
b) concorrência do açúcar antilhano, o que abalou a base econômica nacional, levando a
uma crise econômica generalizada no país.
c) crise do escravismo, o qual se constituía na base produtiva do Império, levando a uma
crise econômica e à perda do apoio político dos cafeicultores.
d) Revolução Farroupilha, que levou à fragmentação política do país e a uma consequente
crise econômica, o que desestabilizou completamente o regime monárquico.
e) Guerra do Paraguai, visto que, com o acordo celebrado com a Tríplice Aliança, o governo
monárquico perdeu o apoio político dos cafeicultores e de setores descontentes do Exército.

10 - "Não há mais nada parecido com um saquarema do que um luzia no poder." A


frase de Holanda Cavalcanti, referindo-se à atuação dos partidos Liberal e
Conservador, durante o segundo Reinado, pode ser interpretada da seguinte forma:
a) os partidos eram profundamente diferentes em suas propostas e ideologia.
b) não havia possibilidade de conciliação entre ambos, em virtude de representarem
segmentos e interesses divergentes.
c) representavam a mesma camada social, sem ideologia definida, revezavam-se no
governo e tinham por objetivo a busca do poder.
d) durante o governo do Marquês de Paraná, de 1853 a 1858, acirraram-se as disputas
entre os partidos, dificultando o Sistema Parlamentarista.
e) o imperador com reduzidos poderes ficava à mercê dos conflitos entre os partidos Liberal
e Conservador.

OBRAS CONSULTADAS:

Barman, Roderick J. (1999). Citizen Emperor: Pedro II and the Making of Brazil, 1825–1891.
Stanford: Stanford University Press.
Calmon, Pedro (1975). História de D. Pedro II. 5. Rio de Janeiro: J. Olympio. OCLC 3630030
Calmon, Pedro (2002). História da Civilização Brasileira. Brasília: Senado
Federal. OCLC 685131818
Carvalho, José Murilo de (1990). A formação das almas: o imaginário da República do Brasil. São
Paulo: Companhia das Letras.
Carvalho, José Murilo de (2007). D. Pedro II: ser ou não ser. São Paulo: Companhia das Letras.
Sodré, Nelson Werneck (2004). Panorama do Segundo Império 2ª ed. Rio de Janeiro:
Graphia. ISBN 9788585277215. OCLC 246238149
SKIDMORE, Thomas E. Uma História do Brasil. Rio de Janeiro: Paz e TERRA, 1998, p. 108.

SITES CONSULTADOS

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/por-que-a-monarquia-caiu-
brasil-republica-dom-pedro.phtml

https://pt.wikipedia.org/wiki/Decl%C3%ADnio_e_queda_de_Pedro_II_do_Brasil

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Ciências Humanas e Sociais Aplicadas História 3º Anos 2021

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/deodoro-da-fonseca-enganado-
por-uma-fake-news.phtml

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/proclamacao-da-republica-questao-
militar-e-proclamacao-da-republica.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Decl%C3%ADnio_e_queda_de_Pedro_II_do_Brasil

PARA SABER MAIS:

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Nostalgia imperial: Escravidão e formação da identidade nacional no Brasil do Segundo


Reinado eBook Kindle, de Ricardo Salles (2014) - https://amzn.to/2y7PuSB

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