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ESTADO DE MATO GROSSO

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUIRATINGA


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

RESUMO
““Art. 4o ............................................
I - educação básica obrigatória e
gratuita dos 4 (quatro) aos 17
(dezessete) anos de idade,
organizada da seguinte forma: a)
pré-escola; b) ensino fundamental;
c) ensino médio; II - educação infantil
gratuita às crianças de até 5 (cinco)
anos de idade; Lei nº 12.796 de 04
de abril de 2013 - Altera a Lei no
9.394, de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional, para dispor
sobre a formação dos profissionais
da educação e dar outras
providências.
NOTA TÉCNICA Nº 001/2021 João Antonio Pereira – Professor
“BRINCAR É A FORMA MAIS PLENA Especialista Em Educação
DE FAZER CIÊNCIA, DE EXPLORAR E
INVESTIGAR AS COISAS”.
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SUMÁRIO
QUADRO-RESUMO .................................................................................................................... 2
MENSAGENS ............................................................................................................................... 2
1 - ALFABETIZAR OU BRINCAR?............................................................................................ 5
2.1 A Educação Como Direito na Legislação Em Vigor ........................................................... 7
2.2 O Direito À Educação Infantil Na Legislação Em Vigor ..................................................... 8
2.3 A Educação Infantil No Plano Municipal De Educação.................................................... 12
3 - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DA
EDUCAÇÃO INFANTIL ......................................................................................................... 17
3.1 Campo de Experiências “O Eu, O Outro E O Nós” .......................................................... 17
1 – Conviver ................................................................................................................................ 27
2 – Brincar ................................................................................................................................... 27
3 – Participar ............................................................................................................................... 27
4 – Explorar ................................................................................................................................. 28
5 – Expressar .............................................................................................................................. 28
6 – Conhecer-se ......................................................................................................................... 28
4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 32
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 36
6 - ANEXOS ............................................................................................................................... 37

Redação Sec. Mun. De Educação Prefeito Municipal


João Antonio Pereira Leonor de Fátima Bassi Martini Waldeci Barga Rosa
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QUADRO-RESUMO
Esta Nota Técnica foi motivada pela reclamação das Senhoras: Aline Pereira Lima, (Mãe de Miguel Ledes Lima),
Carolina Farias Cavalcante, (Mãe de Alice Miranda Cavalcante), Dayanne Nogueira Cajango (Mãe de Guilherme
Cajango Barbosa) e Lucelene da Silva Mendes, (Avó de Leonardo Henrique Mendes Barros) responsáveis por
crianças matriculadas em uma escola de educação infantil privada, neste município de Guiratinga-MT, que após
procurarem escolas da Rede estadual para dar prosseguimento nos estudos de seus filhos e ou netos, concluintes
do Pré II, em uma escola privada deste município, tiveram seus pedidos negados, sob alegação do corte etário de
31 de março, que limita o acesso ao ensino fundamental às crianças com seis anos completos até aquela data. As
responsáveis alegam flagrante afronta ao texto constitucional de 1988, uma vez que o art. 208, IV, da CF não possui
a elasticidade hermenêutica que se deu e que a expressão “até 5 anos” compreende cinco anos completos na
educação infantil.

Diante do impasse as responsáveis pelos educandos, supostamente recorreram à Promotoria da Comarca


local e posteriormente à Secretaria Municipal de Educação, solicitando providências urgentes, uma vez que a
aplicação desta norma pode resultar em prejuízo cognitivo e psicológico de alunos concluintes da Educação infantil
e consequente ingresso no ensino fundamental.

A Nota está estruturada a partir de quatro principais mensagens: 1 - Alfabetizar ou Brincar? 2 Marcos
Legais. 3 Os Objetivos de Aprendizagens e Desenvolvimento na Educação Infantil e, 4 Considerações Finais.

MENSAGENS

Há sutis diferenças entre Eucalipteros e Jequitibás, o tempo da longa e da curta duração!


O eucaliptero cresce rápido, no tempo dos terabaytes, os Jequitibás, assim como os
Educadores são testemunhas do tempo da longa duração, período em que a tabuada e a
leitura faziam parte da rotina no chão da escola, Em “Conversas com quem gosta de
ensinar”, Rubem Alves, deixa claro a importancia dos “Jequitibás” na educação, mas
sabemos nós que na Modernidade líquida, tudo é fluido, efêmero, volátil, imprevisível. Não
criamos raizes profundas... Nesse ambiente inóspito sobreviver já é uma dádiva, quiçá,
lançar sementes no solo fértil do “brincar ou “alfabetizar” na Educação Infantil...

Assim como os eucalípteros, os professores do século XXI na antiga “Princesinha do


Leste” vivem numa constante liquidez, numa permanente incerteza com medo de serem
“descartados”, posto que a mobilidade e a flexibilidade do mercado são tão grandes que,
a estabilidade experimentou a fluidez dos cortes inesperados. A solidez das convicções,
foi sendo milimetricamente substituída pela liquidez do instante, tornando o futuro
nebuloso, indefinido; enquanto as soluções definitivas não chegam, vamos matando
nossas “galinhas dos ovos de ouro” ainda na primeira infância.

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Até a década de 1.980, a expressão educação “pré-escolar”, utilizada no Brasil, expressava


o entendimento de que a Educação Infantil era uma etapa anterior, independente e
preparatória para a escolarização, que só teria seu começo no Ensino Fundamental.
Situava-se, portanto, fora da educação formal.

Embora a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 tenha reconhecido como


direito de todas as crianças e dever do Estado e da família, a Educação Infantil só passou
a ser obrigatória para as crianças de 4 e 5 anos apenas com a Emenda Constitucional nº
59/200926, que determina a obrigatoriedade da Educação Básica dos 4 aos 17 anos. Essa
extensão da obrigatoriedade é incluída na LDB em 2013, consagrando plenamente a
obrigatoriedade de matrícula de todas as crianças de 4 e 5 anos em instituições de
Educação Infantil, no entanto as crianças completam cinco anos de janeiro a dezembro e
muitos pais cujos filhos já concluiram o Pré II e completam seis anos ainda no primeiro
semestre lutam para matriculá-los no 1º Ano do Ensino Fundamental.

A Base Nacional Comum Curricular, particularmente na Educação Infantil introduziu os


campos de experiência, quebrando aquela “ossatura rígida” dos currículos do Ensino
Fundamental; estimulando a prática de uma pedagogia relacional, ou seja, produzindo
conhecimento através da interação entre a criança e o mundo, entre os adultos e as
crianças, entre as crianças e as outras crianças, aberta para a complexidade que é
conhecer e conhecer-se. Para Staccioli (1998) trata-se de uma mudança de paradigma,
da lógica da antecipação artificial de conteúdos para o reconhecimento de que o ato
educativo não se deve apressar, porque o importante está acontecendo aqui e agora.

Neste contexto, a avaliação nesta etapa não visa a promoção, aprovação ou continuidade.
Trata-se portanto de um olhar da criança para si mesma e não de si para outras crianças,
logo os registros realizados pelo educador tem o papel de informar, explicitar, ações,
intenções, evidenciando os “porquês” e “para quês”, norteadora de caminhos no processo
ensino-aprendizagem, logo o registro visa demostrar a trajetória levando em conta suas
mudanças e transformações no percurso.

Ao abordar a temática ligada aos registros avaliativos, Perrenoud (1999) destaca que:
“Nenhum médico se preocupa em classificar seu paciente, do mesnos doente, ao mais
gravemente atingido. Nem mesmo pensa em lhe administrar um tratamento coletivo,
esforça-se para determinar, para cada um deles, um diagnóstico individualizado,
estabelecendo uma ação terapêutica, sob medida”. Na Educação Infantil o protagonismo
pertence ao aluno enquanto ao educador cabe a difícil tarefa de proporcionar às crianças
experiências que auxiliam a desenvolver suas capacidades cognitivas, como atenção,
memória, raciocínio e o bem estar em um ambiente plural a que estão inseridos.

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O Supremo Tribunal Federal pacificou a questão em 1º de agosto de 2018, no entanto


as escolas privadas que atuam no município de Guiratinga não se adequaram a
legislação em vigor e o poder público não exerceu seu papel fiscalizados na forma do
Artigo 11, IV da Lei 9394/1996 e além das reclamantes, outras crianças podem estar
envolvidas no problema.

Eis o impasse:

Os concluintes da Educação Infantil das escolas privadas no ano letivo de 2020 que
não completaram 6 anos até a data de corte, devem cursar novamente o Pré II no ano
letivo de 2021?

Os concluintes da Educação Infantil das escolas privadas no ano letivo de 2020 que
não completaram 6 anos até a data de corte, poderão excepcionalmente se matricular
no ensino fundamenta em 2021?

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EucalípteroPOu
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Jequitibás?
1 - ALFABETIZAR OU BRINCAR?
Professores ou
Educadores?
Há sutis diferenças entre Eucalipteros e Jequitibás, o
tempo da longa e da curta duração! O eucaliptero cresce rápido,
no tempo dos terabaytes, atingindo rapidamente os objetivos No chão da escola desfilam
profissionais com perfis distintos
para o qual fora plantado, alimentar as caldeiras das vaidades cada um com seu papel. Rubens
de uma sociedade líquida, descrita pelo sociólogo Zygmunt Alves analisa as sutilizas entre
professores e educadores e
Bauman, onde a distopia encontra um etrreno fértil; substitui os destaca:
projetos de futuro pelo prazer instantâneo, a produção pela “Professores são aqueles que
“vestem a camisa” de instrutores
especulação, o conteúdo pela performance, a experiência pela os encargos de treinadores,
flexibilidade, os sonhos pelas ambições. viabilizam a profissionalização
dos cidadãos para os papéis
Os eucalípteros são testemunhos de uma sociedade sem sociais, para o domínio dos
saberes técnicos e instrumentais
lastro, uma história da curta duração, obcecada pela novidade, tendendo a conformar e adaptá-
pela nova notícia, pela nova promoção, pelo novo carro, pelo los aos padrões instituídos.
Os educadores, baseados em
flash, pelo celular, pelos Fakes, pelos likes. Nela os laços que experiências de natureza teórico
uniam os homens ao passado são cortados, e vive-se numa -vivencial, cotidianamente
recriam os saberes, buscando
espécie de “eterno presente”. atingir os caminhos mais vastos
da sabedoria, conduzindo os
Assim como os eucalípteros, os professores do século indivíduos para a formação da
XXI na antiga “Princesinha do Leste” vivem numa constante inteireza do ser entrelaçando
razão e intuição, corpo/emoção
liquidez, numa permanente incerteza com medo de serem e mente/espírito.
“descartados”, posto que a mobilidade e a flexibilidade do Professor cumpre obrigação.
Educadores celebram paixões.
mercado são tão grandes que, a estabilidade experimentou a Professor superestima o
quantitativo tendendo à
fluidez dos cortes inesperados. A solidez das convicções, foi
coisificação e a mercadejação
sendo milimetricamente substituída pela liquidez do instante, do humano. Educador realça a
busca do qualitativo, da
tornando o futuro nebuloso, indefinido.
globalidade do ser, da dignidade
e da beleza humana; conduz à
Os Jequitibás, assim como os Educadores são
vocação, à voz do coração.
testemunhas do tempo da longa duração, período em que a Professor é transmissor de
saberes, adestra, domestica. O
tabuada e a leitura faziam parte da rotina no chão da escola, o educador institui novos saberes
milho não era transgênico, bebia-se água da chuva, os meninos e sentires rasga os papéis e as
máscaras que empacotam e
corriam descalsos pelos terreiros, jogavam pedra de estilingue escondem; instigando a
na vidraça da vizinha, usavam máscaras apenas para brincar autenticidade, o espírito criador
e transgressivo.
de Zorro, davam likes para o “Salve Latinha”, Balança Caixão”, O professor dita, o educador
“Pega Pega”, “Bambolê” Passa Anel e “Ciranda Cirandinha”. O problematiza. O professor cria
mulharalhas o educador edifica
que fizeram com nossa infância? pontes. O professor prima pelos
vãos do ter. O educador prima
Na sociedade dos eucalípteros Brincar não está na pelos desvãos do ser”. Sutis
diferenças tal qual eucalíptero e
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jequitibá.
Prefeito Municipal
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moda, na educação básica! Cada vez mais cedo nossas crianças são levadas a construir
competências e habilidades para as quais ainda não estão suficientemente maduras,
negligenciando as lições do mestre Paulo Freire: “Primeiro a criança lê o mundo para depois ler
as letras.”

No tempo da longa duração não tinha aquelas teclinhas mágicas “CTRL C + CTRL V”.
Tal qual os Jequitibás éramos forjados nas intempéries. O saber tinha que ter sabor; as salas de
aula tinham bancos em que os alunos se sentavam em duplas, mas nem por isso o Caminhoera
Suave. Não tínhamos computador nem internet, mas aprendizado.

No contato com a natureza, entre seus pares, com muita criatividade, brincando as
crianças iam aprendendo o que não pode ser ensinado
nem pelos pais, nem por professores, pois conforme a
“A brincadeira instiga a criança,
psicóloga Ana Lúcia Machado1, pesquisadora da cada vez mais, a ser capaz de
infância, demostra, as vivências e brincadeiras controlar seu comportamento,
experimentar habilidades ainda
praticadas ao ar livre ainda na primeira infancia, não consolidadas no seu
proporcionam inúmeras conquistas entre as quais: repertório, criar modos de operar
mentalmente e de agir no mundo
autonomia e segurança; conhecimento do próprio
que desafiam o conhecimento já
corpo; habilidades motoras, destreza e equilíbrio internalizado, impulsionando o
desenvolvimento de funções
corporal; florescimento da imaginação e fantasia;
embrionárias de pensamento.
interesse e encantamento pelo mundo; vitalidade e (PIMENTEL, 2007 p. 226)
saúde.

O hedonismo pós-moderno, fantasiado de livre-escolha, vem se delineando em novas


importantes categorias psiquiátricas, como a síndrome do pânico e a depressão. A sociedade
dos eucalípeteros vem produzindo crianças fluidas, incapazes de decodificar o mundo ao seu
redor. Talvez precisemos estar mais atentos aos achados de Stuart Brown, psiquiatra
americano, pioneiro na pesquisa sobre o brincar, que em seus estudos profundos sobre histórias
de vida de assassinos e alcoólatras, descobriu a ausência do brincar na vida dessas pessoas.

Para Brown, brincar bastante na infância gera adultos felizes e bem sucedidos e a
capacidade de continuar nutrindo este ser brincante que somos, nos mantém joviais e saudáveis
ao longo da vida. O homem é um ser brincante! O viver em grupo, a convivencia cultural nos
torna letrados.

Comunicar-se através da escrita precisa acontecer naturalmente, assim como o Jequitibá


se faz. O letramento precisa ser parte de um processo constante, não pode ser fluido. Os
educadores que atuam na educação infantil, sabem de cor esta básica lição. Eles não se deixam

1 Disponível
em: http://www.educandotudomuda.com.br/tag/consequencias-da-alfabetizacao-precoce/ Acesso em:
05/03/2021
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ludibriar com os afagos de uma mãe que esboça um sorrizo sarcástico por tráz de uma pergunta
aparentemente inocente: “Querida, quando meu filho vai começar a ler”?

Na modernidade líquida, o professor é um ser fragilizado, com medo de perder o cliente,


a mercadoria mais valiosa em que o aluno se transformou em cidades de origens garimpeiras e
ou fundadas na economia agroexportadora Sul-matogrossense. Nesses ambientes a paisagem
foi se desumanizando e os humanos se desnaturando, neste cenário migrar passa a ser
imperativo para as famílias e as escolas passaram a conviver sob o fio constante do fechamento.

As férias se transformaram em pesadelos. Os educadores não sabem se no próximo ano


os alunos estarão lá. Se a escola ainda vai existir. Diante disso os professores/gestores das
escolas públicas tendem a acelerar o processo de alfabetização para não perderem o aluno para
a concorrência, ignorando que no tempo da longa duração a família, o sistema de ensino e
principalmente a nação, perderão sua maior reserva de valor; o capital humano, pois neste ciclo
vicioso a “galinha dos ovos de ouro” precocemente começará a apresentar sinais de saturação:

1) Agresividade;
2) Empobrecimento da capacidade imaginativa e criativa
3) Apatia, desinteresse pelo mundo
4) Dificuldades nos relações sociais
5) Desvitalização do organismo,
6) Stress infanto/juvenil.

O mais tristes é que a decisão mais recorrente e não a mais acertada tem sido matar a
“galinha”. Neste ciclo vicioso, todos os anos no período de matrícula escolar a Secretaria
Municipal de Educação do município de Guiratinga-MT recebe denúncias de pais que ao
concluirem o Pré II na rede privada local, não conseguem efetivar a matrícula no 1º Ano do
Ensino Fundamental, mesmo sabendo ler e escrever de forma razoável, entre outros, porque
eles ainda não completaram a idade exigida para ingresso.

Qual deve ser o papel do poder público em situações desta natureza? Como o
Conselho Municipal de Educação deve se posicionar? Como a Escola deve agir ao receber
essas crianças? Continuaremos matando as galinhas dos ovos de ouro?

Sobre esta NotaTécnica

Esta é a Segunda Nota Técnica produzida no ano de 2021 ““BRINCAR É A FORMA MAIS
PLENA DE FAZER CIÊNCIA, DE EXPLORAR E INVESTIGAR AS COISAS”. Trata-se de um documento
em construção e para debate, especialmente considerando que as discussões sobre o tema estão em
constante amadurecimento. Assim, e reconhecendo que nenhuma solução é, em um contexto como o
atual, perfeita e definitiva, buscaremos parecer jurídico para a questão visando mitigar o problema.

Redação Sec. Mun. De Educação Prefeito Municipal


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– MARCOS LEGAIS
2.1 A Educação Como Direito na Legislação Em Vigor
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, mais precisamente em seu art.
6º, inclui o direito à educação no rol dos direitos sociais:

“São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a


segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.”, com redação dada pela Emenda Constitucional
n. 64 de 2010, (CF 1988).

Há que se destacar ainda que a educação também é comptemplada na Seção I, Capítulo


III do Título VIII – Da ordem social:

“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada


com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” (Art. 205 da CF 1988)

Com efeito, o direito à educação vem mais bem detalhado, no âmbito constitucional, nos
incisos do art. 208, que disciplina a efetivação do direito à educação mediante a garantia de:

“I – Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade
própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (Vide Emenda
Constitucional nº 59, de 2009)

II – Progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda


Constitucional nº 14, de 1996)

III – Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente


na rede regular de ensino;

IV – Educação Infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;


(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

V – Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um;

VI – Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

VII – Atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de


programas suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à
saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)

§ 1º – O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

§ 2º – O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular,


importa responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º – Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes


a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.”

Redação Sec. Mun. De Educação Prefeito Municipal


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Além da previsão constitucional, a educação tem suas diretrizes e bases estabelecidas


pela Lei Federal n. 9.394 de 1996, conhecida popularmente como LDB – Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional. E no ano de 2014, foi aprovado o Plano Nacional de Educação –
PNE, através da Lei Federal n. 13.005 de 2014, com vigência por dez anos, visando o
cumprimento do disposto no art. 214 da Constituição Federal.

O referido plano, nos moldes da disposição constitucional, tem por objetivo articular o
sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e
estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em
seus diversos níveis, etapas e modalidades, por meio de ações integradas dos poderes públicos
das diferentes esferas federativas.

Determina o art. 214 da Constituição Federal que as metas e estratégias do Plano


Nacional de Educação devem conduzir a:

“I – Erradicação do analfabetismo;

II – Universalização do atendimento escolar;

III – Melhoria da qualidade do ensino;

IV – Formação para o trabalho;

V – Promoção humanística, científica e tecnológica do País.

VI – Estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como


proporção do produto interno bruto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)”

Estas são as normativas básicas que disciplinam o direito à educação, desde a educação
infantil até os níveis mais elevados de ensino.

2.2 O Direito À Educação Infantil Na Legislação Em Vigor


Segundo os artigos nº 29 e 40 da Lei 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Brasileira, a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica e a CF de 1988 determina
que os Municípios devem atuar de maneira prioritária no ensino fundamental e na educação
infantil (art. 211, § 2º, CF) devendo ser ofertado em creches e pré-escolas, às crianças até 5
(cinco) anos de idade, nos termos do inciso IV do art. 208 da Constituição.

Na mesma linha, o art. 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/90),


impõe que "É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes […] à educação".

Em complemento, o art. 54, inciso IV, do Estatuto da Criança e do Adolescente determina


que o Estado deve assegurar "atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis
anos de idade".
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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional prevê que o direito à educação e o


dever de educar, se dá nos seguintes termos:

“Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a
garantia de:

I – Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de


idade, organizada da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

a) Pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013).


b) Ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013).
c) Ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
II – Educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela
Lei nº 12.796, de 2013) [grifei]”

Como se vê de forma clara, até os cinco anos de idade toda criança deve ser enquadrada
na Educação Infantil e a partir dos seis anos,conforme Lei nº 9.394, redação dada pela Lei nº
11.114, em seu Art. 6º, toda criança deve ser matriculada no Ensino Fundamental:

“É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos seis anos de
idade, no ensino fundamental”. Já o inciso I do § 3º do art. 87 diz que “cada município e,
supletivamente, o Estado e a União deverão matricular todos os educandos a partir dos seis
anos de idade, no ensino fundamental, atendidas as seguintes condições, no âmbito de cada
sistema de ensino: (a) plena observância das condições de oferta fixadas por esta Lei, no caso
de todas as redes escolares; (b) atingimento de taxa líquida de escolarização de pelo menos
95% (noventa e cinco por cento) da faixa etária de sete a quatorze anos, no caso das redes
escolares públicas; e (c) não redução média de recursos por aluno do ensino fundamental na
respectiva rede pública, resultante da incorporação dos alunos de seis anos de idade”.(Art. 6º
da Lei 9394/96

Esta mesma lei n. 9.394/1996 – alterada pela Lei n. 12.796/2013, trouxe significativa
alteração na Educação Infantil, ao estabelecer em seus artigos 30 e 31 que:
“Art. 30. A educação infantil será oferecida em:
I – Creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
II – Pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade. (Redação dada pela
Lei nº 12.796, de 2013) [grifei]
Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
I – Avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o
objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº
12.796, de 2013)
II – Carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200
(duzentos) dias de trabalho educacional; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
III – Atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 7
(sete) horas para a jornada integral; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
IV – Controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência
mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
V – Expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e
aprendizagem da criança. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)”

Como se vê, houve a preocupação do legislador em determinar de quem é o dever de


providenciar a matrícula, (“pais e ou responsáveis”) quais as faixas etárias em que as crianças

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ingressam efetivamente na educação básica (quatro e cinco anos), restando então até aquele
momento, uma lacuna descoberta pela lei, o fato de que cada criança completa idade de quatro,
cinco ou seis anos de idade em dias e meses diferentes ao longo do ano todo e isto foi sendo
sucessivamente disciplinado por Pareceres e Resoluções do Conselho Nacional de Educação,
seja quanto ao ingresso no Ensino Fundamental de Nove Anos, seja quanto ao ingresso no Pré-
escolar, como se constata:

Parecer CNE/CEB nº 24/2004, de 15 de setembro de 2004 (reexaminado pelo Parecer


CNE/CEB 6/2005): Estudos visando ao estabelecimento de normas nacionais para a ampliação
do Ensino Fundamental para nove anos de duração.

Parecer CNE/CEB nº 6/2005, de 8 de junho de 2005: Reexame do Parecer CNE/CEB


nº24/2004, que visa o estabelecimento de normas nacionais para a ampliação do Ensino
Fundamental para nove anos de duração, entre outros determina que: “os sistemas de ensino
deverão fixar as condições para a matrícula de crianças de 6 (seis) anos no Ensino
Fundamental quanto à idade cronológica: que tenham 6 (seis anos) completos ou que
venham a completar seis anos no início do ano letivo”; Parecer CNE/CEB nº 39/2006, de 8
de agosto de 2006: Consulta sobre situações relativas à matrícula de crianças de seis anos no
Ensino Fundamental.

Resolução CNE/CEB nº 3/2005, de 3 de agosto de 2005: Define normas nacionais para


a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração.

Parecer CNE/CEB nº 18/2005, de 15 de setembro de 2005: Orientações para a matrícula


das crianças de seis anos de idade no Ensino Fundamental obrigatório, em atendimento à Lei
nº 11.114/2005, que altera os arts. 6º, 32 e 87 da Lei nº 9.394/96.

Parecer CNE/CEB nº 41/2006, de 9 de agosto de 2006: Consulta sobre interpretação


correta das alterações promovidas na Lei nº 9.394/96 pelas recentes Leis nº 11.114/2005 e nº
11.274/2006.

Parecer CNE/CEB nº 45/2006, de 7 de dezembro de 2006: Consulta referente à


interpretação da Lei Federal nº 11.274/2006, que amplia a duração do Ensino Fundamental para
nove anos, e quanto à forma de trabalhar nas séries iniciais do Ensino Fundamental.

Parecer CNE/CEB nº 5/2007, de 1º de fevereiro de 2007 (reexaminado pelo Parecer


CNE/CEB nº 7/2007): Consulta com base nas Leis nº 11.114/2005 e n° 11.274/2006, que tratam
do Ensino Fundamental de nove anos e da matrícula obrigatória de crianças de seis anos no
Ensino Fundamental.

Parecer CNE/CEB nº 7/2007, de 19 de abril de 2007: Reexame do Parecer CNE/CEB


nº 5/2007, que trata da consulta com base nas Leis nº 11.114/2005 e n° 11.274/2006, que se

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referem ao Ensino Fundamental de nove anos e à matrícula obrigatória de crianças de seis anos
no Ensino Fundamental.

Parecer CNE/CEB nº 6, de 8 de junho de 2005: os sistemas de ensino deverão fixar as


condições para a matrícula de crianças de seis (seis) anos no Ensino Fundamental quanto à
idade cronológica: que tenham seis (seis anos) completos ou que venham a completar seis anos
no início do ano letivo.

Parecer CNE/CEB nº 18, de 15 de setembro de 2005: os sistemas devem fixar as


condições para a matrícula de crianças de seis (seis) anos nas redes públicas: que tenham seis
(seis) anos completos ou que venham a completar seis anos no início do ano letivo.

Parecer CNE/CEB nº 5, de 1º de fevereiro de 2007: de fato, não deve restar dúvida sobre
a idade cronológica para o ingresso no Ensino Fundamental com a duração de nove anos: a
criança necessita ter seis anos completos ou a completar até o início do ano letivo.

Parecer CNE/CEB nº 7, de 19 de abril de 2007: não deve restar dúvida sobre a idade
cronológica para o ingresso no Ensino Fundamental com a duração de nove anos: a criança
necessita ter seis anos completos ou a completar até o início do ano letivo.

Parecer CNE/CEB nº 01, de 14 de janeiro de 2010 - Art. 2º Para o ingresso no primeiro


ano do Ensino Fundamental, a criança deverá ter 6 (seis) anos de idade completos até o dia 31
de março do ano em que ocorrer a matrícula. Art. 3º As crianças que completarem 6 (seis) anos
de idade após a data definida no artigo 2º deverão ser matriculadas na Pré-Escola. Art. 4º - § 1º
As escolas de Ensino Fundamental e seus respectivos sistemas de ensino que matricularam
crianças que completaram 6 (seis) anos de idade após a data em que se iniciou o ano letivo
devem, em caráter excepcional, dar prosseguimento ao percurso educacional dessas crianças,
adotando medidas especiais de acompanhamento e avaliação do seu desenvolvimento global.
§ 2º As crianças de 5 (cinco) anos de idade, independentemente do mês do seu aniversário, que
no seu percurso educacional estiveram matriculadas e frequentaram por mais de 2 (dois) anos
a Pré-Escola, poderão, em caráter excepcional, no ano de 2010, prosseguir no seu percurso
para o Ensino Fundamental. (Grifo nosso)

Nota Técnica Nº 02/2018 - UNCME - Orientações Para Matrícula na Educação Infantil e


Primeiro Ano do Ensino Fundamental no Âmbito dos Sistemas Municipais de Ensino: Diante do
julgamento favorável do Supremo Tribunal Federal (STF), pela constitucionalidade das
Resoluções CNE/CEB nº 01/2010 e CNE/CEB nº 06/2010, a UNCME definiu pela elaboração
desta Nota Técnica, que deverá ser utilizada como fonte orientadora a ser considerada nos
sistemas de ensino, especialmente pelos Conselhos Municipais de Educação, no âmbito das
suas funções, no acompanhamento, regulamentação e fiscalização dos processos de matrículas
nas Redes Pública e Privada de ensino, que devem ser realizadas em consonância com a

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deliberação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, de forma a zelar pela garantia do direito à
educação.

1) Que cada Conselho Municipal de Educação divulgue amplamente em seus sistemas de


ensino (Redes Pública e Privada), a decisão do Supremo Tribunal Federal quanto à
constitucionalidade das Resoluções CNE/CEB nº 01/2010 e CNE/CEB nº 06/2010, que orienta
as matrículas nos sistemas de ensino e fixa a data de 31 de março como corte temporal, de
forma que as respectivas redes adotem as providências necessárias de ajustamento, antes do
período de matrícula para o ano letivo de 2019. (Grifo Nosso).

Como vimos, o assunto ensejou a edição de enorme arcabouço jurídico com o intuito de
disciplinar a questão, em resposta a ações movidas tanto por municípios como por diversos
estados até que em 2018 o Superior Tribunal Federal pacificasse a questão, mas ainda hoje
muitos municípios ainda não regulamentaram a questão em seus sistemas de ensino.

2.3 A Educação Infantil No Plano Municipal De Educação


O Município de Guiratinga a exemplo da nação, também editou um Plano Municipal de
Educação em 2014. Ele tem vigência por 10 (dez) anos, conforme dispõe o art. 1º da Lei n.
13.005/14 sendo que a primeira meta trata especificamente da Educação Infantil:

Meta 1 - Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4


(quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a
atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da
vigência deste PME.

1.1) Definir metas de expansão das respectivas redes públicas de educação infantil
segundo padrão nacional de qualidade, considerando as peculiaridades locais de forma que até
2017 seja atendido 100% (cem por cento) da população entre 4 e 5 anos e até 2025 50%
(cinquenta por cento) da população de 0 a 3 anos; (Grifo Nosso)

1.2) garantir que, ao final da vigência deste PME, seja inferior a 10% (dez por cento) a
diferença entre as taxas de frequência à educação infantil das crianças de até 03 (três) anos
oriundas do quinto de renda familiar per capita mais elevado e as do quinto de renda familiar per
capita mais baixo;

1.3) realizar, em regime de colaboração, com a Secretaria de Saúde, Assistência Social


e Agricultura, levantamento anual da demanda por creche para a população de até 03 (três)
anos, criando banco de dados e publicando-o para planejar a oferta e verificar o atendimento da
demanda manifesta;

1.4) realizar, em regime de colaboração com a Secretaria de Saúde, Assistência Social


e Agricultura, levantamento anual da demanda por creche para população de 00 (zero) a 05
(cinco) anos, criando banco de dados e publicando-o para planejar a oferta e verificar o
atendimento da demanda manifesta;
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1.5) manter e ampliar, em regime de colaboração e respeitadas às normas de


acessibilidade, programa nacional de construção e/ou reestruturação de escolas, , visando a
expansão e a melhoria da rede física de escolas públicas de educação infantil;

1.6) implantar, até o segundo ano de vigência deste PME, avaliação da educação
infantil, a ser realizada a cada 02 (dois) anos, com base em parâmetros nacionais de
qualidade, a fim de aferir a infraestrutura física, o quadro de pessoal, as condições de
gestão, os recursos pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre outros indicadores
relevantes; (Grifo Nosso)

1.7) articular a oferta de matrículas gratuitas em creches certificadas como entidades


beneficentes de assistência social na área de educação com a expansão da oferta na rede
escolar pública;

1.8) promover a formação inicial e continuada dos(as) profissionais da educação


infantil, garantindo que, no prazo de 02 (dois) anos a partir da aprovação deste plano,
adote-se como exigência mínima para ocupar o cargo de professor de educação infantil
a graduação de nível superior com ênfase na educação infantil;(Grifo Nosso).

1.9) estimular a articulação entre pós-graduação, núcleos de pesquisa e cursos de


formação para profissionais da educação, de modo a garantir a elaboração de currículos
e propostas pedagógicas que incorporem os avanços de pesquisas ligadas ao processo
de ensino-aprendizagem e às teorias educacionais no atendimento da população de 00
(zero) a 05 (cinco) anos; (Grifo Nosso)

1.10) fomentar o atendimento das populações do campo na educação infantil nas


respectivas comunidades, por meio do redimensionamento da distribuição territorial da oferta,
limitando a nucleação de escolas e o deslocamento de crianças, de forma a atender às
especificidades dessas comunidades, garantido consulta prévia e informada;

1.11) priorizar o acesso à educação infantil e fomentar a oferta do atendimento


educacional especializado complementar e suplementar aos(às) alunos(as) com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, assegurando a
educação bilíngue para crianças surdas e a transversalidade da educação especial nessa etapa
da educação básica;

1.12) Implementar, em caráter complementar, programas de orientação e apoio às


famílias, por meio da articulação das áreas de educação, saúde e assistência social, com foco
no desenvolvimento integral das crianças de até 3 (três) anos de idade;

1.13) preservar as especificidades da educação infantil na organização das redes


escolares, garantindo o atendimento da criança de 00 (zero) a 05 (cinco) anos em
estabelecimentos que atendam a parâmetros nacionais de qualidade, e a articulação com
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a etapa escolar seguinte, visando ao ingresso do(a) aluno(a) de 06 (seis) anos de idade
no ensino fundamental; (Grifo Nosso).

1.14) fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência


das crianças na educação infantil, em especial dos beneficiários de programas de
transferência de renda, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de
assistência social, saúde e proteção à infância;(Grifo Nosso).

1.15) promover a busca ativa de crianças em idade correspondente à educação


infantil, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à
infância, preservando o direito de opção da família em relação às crianças de até 03 (três)
anos;(Grifo Nosso)

1.16) o município, com a colaboração da união e do estado, realizará e publicará, a


cada ano, levantamento da demanda manifesta por educação infantil em creches e pré-
escolas, como forma de planejar e verificar o atendimento;(Grifo Nosso)

1.17) estimular o acesso à educação infantil em tempo integral, para todas as crianças
de 00 (zero) a 05 (cinco) anos, conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação Infantil;

1.18) integrar as políticas da Educação Infantil às políticas nacionais e estaduais em


colaboração efetiva na área pedagógica e financeira;

1.19) construir, ampliar e reformar prédios de educação infantil, com adequação


ecologicamente sustentável e respeitando os padrões de qualidade de infraestrutura, definidos
na legislação vigente;

1.20) tornar público aos profissionais responsáveis como: vigilância sanitária,


arquitetura, engenharia civil, e também à comunidade o documento legal em que
constarão os padrões mínimos de infraestrutura dos estabelecimentos de educação
infantil do município, efetivando e legitimando os mesmos. (Grifo Nosso)

I - Realização de seminário sobre as legislações pertinentes à educação infantil quanto à


estrutura física interna e externa, bem como o funcionamento das instituições de educação
infantil, para os profissionais envolvidos com a criação dessas.

II - Fornecimento de cópias das leis que definem os padrões mínimos de infraestrutura


para os estabelecimentos de educação infantil;

1.21) assegurar o fornecimento de materiais pedagógicos adequados às faixas etária e


às necessidades do trabalho educacional atendendo os padrões mínimos de infraestrutura
definidos no Sistema Nacional de Ensino;

1.22) ampliar a inclusão das Pessoas com Deficiência (PCD) na educação infantil,
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oferecendo condições de acessibilidade, materiais, equipamentos especializados e formação


continuada para todos os profissionais que atuam na instituição educativa;

1.23) promover a revisão e o aperfeiçoamento das propostas pedagógicas das


instituições de educação infantil, buscando concretizar o desenvolvimento integral das
crianças em seus aspectos físico, intelectual, emocional, moral e social, incentivando a
criatividade, a autonomia, a solidariedade, o respeito a partir dos valores humanos,
completando a ação da família, de acordo com as diretrizes curriculares nacionais; (Grifo
Nosso)

1.24) implementar, em caráter complementar, programas de orientação e apoio às


famílias, por meio da articulação das áreas de educação, saúde e assistência social, com foco
no desenvolvimento integral das crianças de até 05 (cinco) anos de idade;

1.25) garantir capacitação ao professor(a) para trabalhar a educação especial nas


escolas do campo;

1.26) garantir a educação infantil à escola do campo, considerando os princípios


formativos e matrizes históricas, sociais e culturais da educação do campo;

1.27) Implantar ações complementares socioeducativas de apoio social,


psicológico, nutricional, odontológico e médico como palestras, oficinas pedagógicas,
promovendo a interação pais/crianças, estabelecimentos públicos e conveniados de
Educação Infantil e Educação básica em parceria com as secretarias municipais de
Assistência Social e Saúde; (Grifo Nosso)

1.28) ampliar e assegurar a qualidade dos espaços físicos com aquisição de brinquedos
e parque infantil, externos e arborizados, realização de trabalhos de coordenação, como
lateralidade e espacialidade para que as crianças aprendam brincando com prazer, prevendo
espaços com os padrões estabelecidos na legislação vigente, nas Instituições de Educação
Infantil, espaço interno, com iluminação, insolação, ventilação, visão para o espaço externo, rede
elétrica e segurança; instalações sanitárias e para higiene pessoal das crianças; mobiliário,
equipamentos e materiais pedagógicos, conforme as Diretrizes Curriculares para a Educação
Infantil.

Mais do que um fenômeno social da modernidade, a educação infantil foi assegurada


como um direito da criança, pela Constituição brasileira de 1988, pelo Plano Naconal de
Educação e pelos milhares de Planos Municipais que foram instituídos, no entanto a garantia
legal não significa, necessariamente, a efetivação desses direitos.

Por não ser algo dado, conforme define a Declaração Universal dos Direitos Humanos, nem
naturalmente inerente aos sujeitos, a educação resulta de disputas sociais e a partir de grandes tensões
conseguem estabelecer essas demandas, conforme destacam REHEM, F. Q. N.; FALEIROS, V. P, (2013
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p. 694). Tornar efetivos os direitos solenemente declarados tanto no discurso das Nações Unidas como
em leis nacionais como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em relação aos direitos da criança
ainda é um desafio político e social, pois apesar de 31 anos de existência ainda se configuram impasses
na garantia dos mesmos, nesse sentido é que esta Nota se insere.

Assegurar a continuidade dos estudos das requerentes sem que as mesmas sejam obrigadas a
regredir para série já cursada em função de completarem seis anos ainda neste ano letivo de 2021, em
data posterior a fixada pelo Parecer CNE/CEB nº 01, de 14 de janeiro de 2010, ainda que em Cáter
Excepcional é o que buscam seus responsáveis.

Por outro lado, com o objetivo de assegurar os direitos à educação de qualidade, a sociedade
brasileira vem se articulando e a partir do ano de 2019 algumas mudanças propostas pela Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) deveriam começar a aparecer nas escolas de todo o país, fossem elas
públicas ou privadas, uma vez que as discussões começaram a ser debatidas desde de 2015, tendo
como data limite o ano de 2020 para que todas as diretrizes fossem implementadas, mas não é o que se
assite em Guiratinga MT, particularmente nas Escolas Privadas de Educação Infantil.

Passaremos a abordar alguns princípios que devem nortear as propostas desta modalidade nas
instituições que atendem crianças de Zero a Cinco Anos de idade.

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Convêm destacar que a Base Não é currículo, mas sim um documento que define o conjunto de
aprendizagens fundamentais, as quais os alunos da Educação Básica fossem elas públicas ou privadas,
deveriam atingir seja no desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e ou social na forma prevista na
Lei de Diretrizes e Bases, para tanto aboordaremos a seguir os objetivos de aprendizagens previstas
para esta etapa do ensino da Educação Infantil.

Visando assegurar os direitos de aprendizagens das crianças de zero a cinco anos a Base
Nacional Comum Curricular na educação infantil foi organizada de forma diferente da presente
no Ensino Fundamental. Nela os direitos de aprendizagem e os campos de experiênciasubstituem
as áreas de conhecimento dentro de cada campo. Em vez de habilidades, há objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento, tendo a criança com o papel de protagonista do processo,
respeitando-se o princípio de que cada criança tem seu ritmo.

3.1 Campo de Experiências “O Eu, O Outro E O Nós”

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

Bebês (zero a 1 ano e 6 Crianças bem pequenas (1 Crianças pequenas (4 anos a 5


meses) ano e 7 meses a 3 anos e anos e 11 meses)
11 meses)

(EI01EO01) Perceber que (EI02EO01) Demonstrar (EI03EO01) Demonstrar empatia


suas ações têm efeitos nas atitudes de cuidado e pelos outros, percebendo que as
outras crianças e nos solidariedade na interação pessoas têm diferentes
adultos. com crianças e adultos. sentimentos, necessidades e
maneiras de pensar e agir.

(EI01EO02) Perceber as (EI02EO02) Demonstrar (EI03EO02) Agir de maneira


possibilidades e os limites imagem positiva de si e independente, com confiança
de seu corpo nas confiança em sua em suas capacidades,
brincadeiras e interações capacidade para enfrentar reconhecendo suas conquistas e
das quais participa. dificuldades e desafios. limitações.

(EI01EO03) Interagir com (EI02EO03) Compartilhar os (EI03EO03) Ampliar as relações


crianças da mesma faixa objetos e os espaços com interpessoais, desenvolvendo

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

Bebês (zero a 1 ano e 6 Crianças bem pequenas (1 Crianças pequenas (4 anos a 5


meses) ano e 7 meses a 3 anos e anos e 11 meses)
11 meses)

etária e adultos ao explorar crianças da mesma faixa atitudes de participação e


espaços, materiais, objetos, etária e adultos. cooperação.
brinquedos.

(EI01EO04) Comunicar (EI02EO04) Comunicar-se (EI03EO04) Comunicar suas


necessidades, desejos e com os colegas e os ideias e sentimentos a pessoas
emoções, utilizando gestos, adultos, buscando e grupos diversos.
balbucios, palavras. compreendê-los e fazendo-
se compreender.

(EI01EO05) Reconhecer (EI02EO05) Perceber que (EI03EO05) Demonstrar


seu corpo e expressar suas as pessoas têm valorização das características
sensações em momentos características físicas de seu corpo e respeitar as
de alimentação, higiene, diferentes, respeitando características dos outros
brincadeira e descanso. essas diferenças. (crianças e adultos) com os
quais convive.

(EI01EO06) Interagir com (EI02EO06) Respeitar (EI03EO06) Manifestar interesse


outras crianças da mesma regras básicas de convívio e respeito por diferentes culturas
faixa etária e adultos, social nas interações e e modos de vida.
adaptando-se ao convívio brincadeiras.
social.

(EI02EO07) Resolver (EI03EO07) Usar estratégias


conflitos nas interações e pautadas no respeito mútuo para
brincadeiras, com a lidar com conflitos nas
orientação de um adulto. interações com crianças e
adultos.

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3.2 Campo de Experiências “Corpo, Gestos e Movimentos”

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

Bebês (zero a 1 ano e 6 Crianças bem pequenas (1 ano Crianças pequenas (4 anos a
meses) e 7 meses a 3 anos e 11 5 anos e 11 meses)
meses)

(EI01CG01) Movimentar as (EI02CG01) Apropriar-se de (EI03CG01) Criar com o


partes do corpo para gestos e movimentos de sua corpo formas diversificadas
exprimir corporalmente cultura no cuidado de si e nos de expressão de sentimentos,
emoções, necessidades e jogos e brincadeiras. sensações e emoções, tanto
desejos. nas situações do cotidiano
quanto em brincadeiras,
dança, teatro, música.

(EI01CG02) Experimentar (EI02CG02) Deslocar seu corpo (EI03CG02) Demonstrar


as possibilidades corporais no espaço, orientando-se por controle e adequação do uso
nas brincadeiras e noções como em frente, atrás, de seu corpo em brincadeiras
interações em ambientes no alto, embaixo, dentro, fora e jogos, escuta e reconto de
acolhedores e desafiantes. etc., ao se envolver em histórias, atividades artísticas,
brincadeiras e atividades de entre outras possibilidades.
diferentes naturezas.

(EI01CG03) Imitar gestos e (EI02CG03) Explorar formas de (EI03CG03) Criar


movimentos de outras deslocamento no espaço (pular, movimentos, gestos, olhares
crianças, adultos e animais. saltar, dançar), combinando e mímicas em brincadeiras,
movimentos e seguindo jogos e atividades artísticas
orientações. como dança, teatro e música.

(EI01CG04) Participar do (EI02CG04) Demonstrar (EI03CG04) Adotar hábitos


cuidado do seu corpo e da progressiva independência no de autocuidado relacionados
promoção do seu bem- cuidado do seu corpo. a higiene, alimentação,
estar. conforto e aparência.

(EI01CG05) Utilizar os (EI02CG05) Desenvolver (EI03CG05) Coordenar suas


movimentos de preensão, progressivamente as habilidades manuais no
encaixe e lançamento, habilidades manuais, atendimento adequado a

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

Bebês (zero a 1 ano e 6 Crianças bem pequenas (1 ano Crianças pequenas (4 anos a
meses) e 7 meses a 3 anos e 11 5 anos e 11 meses)
meses)

ampliando suas adquirindo controle para seus interesses e


possibilidades de manuseio desenhar, pintar, rasgar, necessidades em situações
de diferentes materiais e folhear, entre outros. diversas.
objetos.

3.3 Campo de Experiências “Traços, Sons, Cores e Formas”

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

Bebês (zero a 1 ano e 6 Crianças bem pequenas (1 ano e 7 Crianças pequenas (4 anos
meses) meses a 3 anos e 11 meses) a 5 anos e 11 meses)

(EI01TS01) Explorar (EI02TS01) Criar sons com (EI03TS01) Utilizar sons


sons produzidos com o materiais, objetos e instrumentos produzidos por materiais,
próprio corpo e com musicais, para acompanhar diversos objetos e instrumentos
objetos do ambiente. ritmos de música. musicais durante
brincadeiras de faz de
conta, encenações,
criações musicais, festas.

(EI01TS02) Traçar (EI02TS02) Utilizar materiais (EI03TS02) Expressar-se


marcas gráficas, em variados com possibilidades de livremente por meio de
diferentes suportes, manipulação (argila, massa de desenho, pintura, colagem,
usando instrumentos modelar), explorando cores, dobradura e escultura,
riscantes e tintas. texturas, superfícies, planos, formas criando produções
e volumes ao criar objetos bidimensionais e
tridimensionais. tridimensionais.

(EI01TS03) Explorar (EI02TS03) Utilizar diferentes fontes (EI03TS03) Reconhecer as


diferentes fontes sonoras sonoras disponíveis no ambiente em qualidades do som
e materiais para brincadeiras cantadas, canções, (intensidade, duração,

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

Bebês (zero a 1 ano e 6 Crianças bem pequenas (1 ano e 7 Crianças pequenas (4 anos
meses) meses a 3 anos e 11 meses) a 5 anos e 11 meses)

acompanhar brincadeiras músicas e melodias. altura e timbre), utilizando-


cantadas, canções, as em suas produções
músicas e melodias. sonoras e ao ouvir músicas
e sons.

3.4 Campo de Experiências “Escuta, Fala, Pensamentos e Imaginação”

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

Bebês (zero a 1 ano e 6 Crianças bem pequenas (1 ano Crianças pequenas (4 anos a
meses) e 7 meses a 3 anos e 11 5 anos e 11 meses)
meses)

(EI01EF01) Reconhecer (EI02EF01) Dialogar com (EI03EF01) Expressar ideias,


quando é chamado por seu crianças e adultos, expressando desejos e sentimentos sobre
nome e reconhecer os seus desejos, necessidades, suas vivências, por meio da
nomes de pessoas com sentimentos e opiniões. linguagem oral e escrita
quem convive. (escrita espontânea), de
fotos, desenhos e outras
formas de expressão.

(EI01EF02) Demonstrar (EI02EF02) Identificar e criar (EI03EF02) Inventar


interesse ao ouvir a leitura diferentes sons e reconhecer brincadeiras cantadas,
de poemas e a rimas e aliterações em cantigas poemas e canções, criando
apresentação de músicas. de roda e textos poéticos. rimas, aliterações e ritmos.

(EI01EF03) Demonstrar (EI02EF03) Demonstrar (EI03EF03) Escolher e


interesse ao ouvir histórias interesse e atenção ao ouvir a folhear livros, procurando
lidas ou contadas, leitura de histórias e outros orientar-se por temas e
observando ilustrações e textos, diferenciando escrita de ilustrações e tentando
os movimentos de leitura ilustrações, e acompanhando, identificar palavras
do adulto-leitor (modo de com orientação do adulto-leitor, conhecidas.

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

Bebês (zero a 1 ano e 6 Crianças bem pequenas (1 ano Crianças pequenas (4 anos a
meses) e 7 meses a 3 anos e 11 5 anos e 11 meses)
meses)

segurar o portador e de a direção da leitura (de cima


virar as páginas). para baixo, da esquerda para a
direita).

(EI01EF04) Reconhecer (EI02EF04) Formular e (EI03EF04) Recontar


elementos das ilustrações responder perguntas sobre histórias ouvidas e planejar
de histórias, apontando-os, fatos da história narrada, coletivamente roteiros de
a pedido do adulto-leitor. identificando cenários, vídeos e de encenações,
personagens e principais definindo os contextos, os
acontecimentos. personagens, a estrutura da
história.

(EI01EF05) Imitar as (EI02EF05) Relatar (EI03EF05) Recontar


variações de entonação e experiências e fatos histórias ouvidas para
gestos realizados pelos acontecidos, histórias ouvidas, produção de reconto escrito,
adultos, ao ler histórias e filmes ou peças teatrais tendo o professor como
ao cantar. assistidos etc. escriba.

(EI01EF06) Comunicar-se (EI02EF06) Criar e contar (EI03EF06) Produzir suas


com outras pessoas histórias oralmente, com base próprias histórias orais e
usando movimentos, em imagens ou temas escritas (escrita espontânea),
gestos, balbucios, fala e sugeridos. em situações com função
outras formas de social significativa.
expressão.

(EI01EF07) Conhecer e (EI02EF07) Manusear (EI03EF07) Levantar


manipular materiais diferentes portadores textuais, hipóteses sobre gêneros
impressos e audiovisuais demonstrando reconhecer seus textuais veiculados em
em diferentes portadores usos sociais. portadores conhecidos,
(livro, revista, gibi, jornal, recorrendo a estratégias de
cartaz, CD, tablet etc.). observação gráfica e/ou de
leitura.

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

Bebês (zero a 1 ano e 6 Crianças bem pequenas (1 ano Crianças pequenas (4 anos a
meses) e 7 meses a 3 anos e 11 5 anos e 11 meses)
meses)

(EI01EF08) Participar de (EI02EF08) Manipular textos e (EI03EF08) Selecionar livros


situações de escuta de participar de situações de e textos de gêneros
textos em diferentes escuta para ampliar seu contato conhecidos para a leitura de
gêneros textuais (poemas, com diferentes gêneros textuais um adulto e/ou para sua
fábulas, contos, receitas, (parlendas, histórias de própria leitura (partindo de
quadrinhos, anúncios etc.). aventura, tirinhas, cartazes de seu repertório sobre esses
sala, cardápios, notícias etc.). textos, como a recuperação
pela memória, pela leitura das
ilustrações etc.).

(EI01EF09) Conhecer e (EI02EF09) Manusear (EI03EF09) Levantar


manipular diferentes diferentes instrumentos e hipóteses em relação à
instrumentos e suportes de suportes de escrita para linguagem escrita, realizando
escrita. desenhar, traçar letras e outros registros de palavras e textos,
sinais gráficos. por meio de escrita
espontânea.

3.5 Campo de Experiências “Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e


Transformações”

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

Bebês (zero a 1 ano e 6 Crianças bem pequenas (1 ano e Crianças pequenas (4 anos a
meses) 7 meses a 3 anos e 11 meses) 5 anos e 11 meses)

(EI01ET01) Explorar e (EI02ET01) Explorar e descrever (EI03ET01) Estabelecer


descobrir as semelhanças e diferenças entre relações de comparação
propriedades de objetos as características e propriedades entre objetos, observando
e materiais (odor, cor, dos objetos (textura, massa, suas propriedades.
sabor, temperatura). tamanho).

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

Bebês (zero a 1 ano e 6 Crianças bem pequenas (1 ano e Crianças pequenas (4 anos a
meses) 7 meses a 3 anos e 11 meses) 5 anos e 11 meses)

(EI01ET02) Explorar (EI02ET02) Observar, relatar e (EI03ET02) Observar e


relações de causa e descrever incidentes do cotidiano descrever mudanças em
efeito (transbordar, tingir, e fenômenos naturais (luz solar, diferentes materiais,
misturar, mover e vento, chuva etc.). resultantes de ações sobre
remover etc.) na eles, em experimentos
interação com o mundo envolvendo fenômenos
físico. naturais e artificiais.

(EI01ET03) Explorar o (EI02ET03) Compartilhar, com (EI03ET03) Identificar e


ambiente pela ação e outras crianças, situações de selecionar fontes de
observação, cuidado de plantas e animais nos informações, para responder
manipulando, espaços da instituição e fora dela. a questões sobre a natureza,
experimentando e seus fenômenos, sua
fazendo descobertas. conservação.

(EI01ET04) Manipular, (EI02ET04) Identificar relações (EI03ET04) Registrar


experimentar, arrumar e espaciais (dentro e fora, em cima, observações, manipulações e
explorar o espaço por embaixo, acima, abaixo, entre e medidas, usando múltiplas
meio de experiências de do lado) e temporais (antes, linguagens (desenho, registro
deslocamentos de si e durante e depois). por números ou escrita
dos objetos. espontânea), em diferentes
suportes.

(EI01ET05) Manipular (EI02ET05) Classificar objetos, (EI03ET05) Classificar


materiais diversos e considerando determinado objetos e figuras de acordo
variados para comparar atributo (tamanho, peso, cor, com suas semelhanças e
as diferenças e forma etc.). diferenças.
semelhanças entre eles.

(EI01ET06) Vivenciar (EI02ET06) Utilizar conceitos (EI03ET06) Relatar fatos


diferentes ritmos, básicos de tempo (agora, antes, importantes sobre seu
velocidades e fluxos nas durante, depois, ontem, hoje, nascimento e
interações e brincadeiras amanhã, lento, rápido, depressa, desenvolvimento, a história
(em danças, balanços, devagar). dos seus familiares e da sua

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

Bebês (zero a 1 ano e 6 Crianças bem pequenas (1 ano e Crianças pequenas (4 anos a
meses) 7 meses a 3 anos e 11 meses) 5 anos e 11 meses)

escorregadores etc.). comunidade.

(EI02ET07) Contar oralmente (EI03ET07) Relacionar


objetos, pessoas, livros etc., em números às suas respectivas
contextos diversos. quantidades e identificar o
antes, o depois e o entre em
uma sequência.

(EI02ET08) Registrar com (EI03ET08) Expressar


números a quantidade de crianças medidas (peso, altura etc.),
(meninas e meninos, presentes e construindo gráficos básicos.
ausentes) e a quantidade de
objetos da mesma natureza
(bonecas, bolas, livros etc.).

SÍNTESE DAS APRENDIZAGENS

O eu, o outro e Respeitar e expressar sentimentos e emoções.


o nós Atuar em grupo e demonstrar interesse em construir novas relações, respeitando a
diversidade e solidarizando-se com os outros.
Conhecer e respeitar regras de convívio social, manifestando respeito pelo outro.

Corpo, gestos Reconhecer a importância de ações e situações do cotidiano que contribuem para
e movimentos o cuidado de sua saúde e a manutenção de ambientes saudáveis.
Apresentar autonomia nas práticas de higiene, alimentação, vestir-se e no cuidado
com seu bem-estar, valorizando o próprio corpo.
Utilizar o corpo intencionalmente (com criatividade, controle e adequação) como
instrumento de interação com o outro e com o meio.
Coordenar suas habilidades manuais.

Traços, sons, Discriminar os diferentes tipos de sons e ritmos e interagir com a música,
cores e formas percebendo-a como forma de expressão individual e coletiva.

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SÍNTESE DAS APRENDIZAGENS

Expressar-se por meio das artes visuais, utilizando diferentes materiais.


Relacionar-se com o outro empregando gestos, palavras, brincadeiras, jogos,
imitações, observações e expressão corporal.

Escuta, fala, Expressar ideias, desejos e sentimentos em distintas situações de interação, por
pensamento e diferentes meios.
imaginação Argumentar e relatar fatos oralmente, em sequência temporal e causal, organizando
e adequando sua fala ao contexto em que é produzida.
Ouvir, compreender, contar, recontar e criar narrativas.
Conhecer diferentes gêneros e portadores textuais, demonstrando compreensão da
função social da escrita e reconhecendo a leitura como fonte de prazer e
informação.

Espaços, Identificar, nomear adequadamente e comparar as propriedades dos objetos,


tempos, estabelecendo relações entre eles.
quantidades, Interagir com o meio ambiente e com fenômenos naturais ou artificiais,
relações e demonstrando curiosidade e cuidado com relação a eles.
transformações Utilizar vocabulário relativo às noções de grandeza (maior, menor, igual etc.),
espaço (dentro e fora) e medidas (comprido, curto, grosso, fino) como meio de
comunicação de suas experiências.
Utilizar unidades de medida (dia e noite; dias, semanas, meses e ano) e noções de
tempo (presente, passado e futuro; antes, agora e depois), para responder a
necessidades e questões do cotidiano.
Identificar e registrar quantidades por meio de diferentes formas de representação
(contagens, desenhos, símbolos, escrita de números, organização de gráficos
básicos etc.).

A Base Nacional Comum Curricular deu um salto histórico ao reconhecer a Educação


Infantil como uma etapa essencial e estabelecer direitos de aprendizagem para crianças de 0 a
5 anos. O documento inova ao reconhecer essa etapa da Educação Básica como fundamental
para a construção da identidade e da subjetividade da criança, mas ela não para por ai, além de
propor uma nova organização curricular (Campops de Experiências) ela coloca a criança como
centro do processo educativo ao estabelecer seis direitos de aprendizagem.

Para efetivar esses direitos, escolas e educadores precisam sempre tê-los em mente,
garantindo que as experiências propostas estejam de acordo com os aspectos considerados

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fundamentais no processo. Obseve cada direito de aprendizagem e entenda melhor como


efetivá-los, seguindo orientações da especialista Maria Virgínia Gastaldi:

1 – Conviver
O QUE DIZ A BNCC - “Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes
grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito
em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas”.

COMO GARANTIR ESSE DIREITO - Situações em que os pequenos possam brincar e


interagir com os colegas são fundamentais, mas não apenas elas. Jogos, por exemplo, são
importantes para que as crianças convivam em uma situação em que precisam respeitar regras.
Permitir que as crianças participem da organização da convivência do grupo, então, envolvê-las
nas tarefas que viabilizam o cotidiano como, por exemplo, organizar o ambiente das refeições
ou acomodar os brinquedos. “Quando falamos em conviver estamos falando numa educação
que pensa no outro”, explica Maria Virgínia.

2 – Brincar
O QUE DIZ A BNCC - “Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços
e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso
a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências
emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais”.

COMO GARANTIR ESSE DIREITO - As brincadeiras são essenciais e devem estar


presentes intensamente na rotina da criança. Trata-se de iniciativas infantis que o adulto deve
acolher e enriquecer, porém, devem ser planejadas e variadas. Para isso, a partir da observação
dos pequenos brincando, o professor pode disponibilizar materiais que auxiliem o
desenvolvimento da brincadeira ou que conduzam a outras experiências. Ele também pode
promover conversas posteriores para discutir o que observou. “Se o professor organiza boas
propostas, por exemplo, bons títulos de literatura, conversas e faz uma sequência rica a chance
dessas temáticas migrarem para as brincadeiras são grandes”, comenta Maria Virgínia.

3 – Participar
O QUE DIZ A BNCC - “Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do
planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da
realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais
e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo
e se posicionando”.

COMO GARANTIR ESSE DIREITO - Um exemplo clássico dado por Maria Virgínia
Gastaldi foi a construção de casinhas de brinquedo. “O professor planeja como vai fazer, separa
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os materiais e pede ajuda de familiares para montá-la. Quando leva, pronta, à escola, fica
surpreso, porque as crianças não se interessam ou estragam o brinquedo”, diz. Aqui, o
importante é envolver as crianças em todas as etapas, permitindo que elas ajudem a decidir
como será a estrutura, quais materiais serão usados, qual será a cor etc. Então, que o professor
observe o que ele já faz por elas e pode ser feito com elas. Permitir que elas participem das
decisões que dizem respeito a elas mesmas e que organizam o cotidiano coletivo.

4 – Explorar
O QUE DIZ A BNCC - “Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores,
palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza,
na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades:
as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia”.

COMO GARANTIR ESSE DIREITO - Aqui, é fundamental permitir que as crianças


explorem sozinhas diferentes materiais fornecidos pelo professor. “Não é por meio de ‘aulinhas’,
em que o professor senta na frente da sala e diz: isso é madeira, isso é isopor”, destaca a
especialista. Além da exploração de elementos concretos, explorar o elementos simbólicos,
então que as crianças explorem músicas e histórias, por exemplo. Criar momentos de reflexão
e, a partir da observação e escuta, que o professor perceba o que é pertinente e necessário para
os pequenos.

5 – Expressar
O QUE DIZ A BNCC - “Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas
necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões”.

COMO GARANTIR ESSE DIREITO - Rodas de conversa são imprescindíveis para que
as crianças tenham seu direito garantido. É importante que essas situações sejam frequentes
para que o professor apresente materiais variados para que a criança explore e se expresse a
partir de diferentes linguagens. “Expressar é posterior ao explorar, só se pode expressar quando
conhece”, afirma a especialista. Promover ambientes interessantes de expressão com diferentes
pessoas e situações ajudam a garantir este direito. Outro recurso essencial é a criação de
momentos de fala, nos quais ambas as partes escutem e se expressem. Além disso, criar
conselhos e assembleias em que os pequenos votam e argumentam sobre decisões que afetam
o coletivo ajudam nessa tarefa.

6 – Conhecer-se
O QUE DIZ A BNCC - “Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural,
constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas
experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição
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escolar e em seu contexto familiar e comunitário”.

COMO GARANTIR ESSE DIREITO - Boa parte das atividades ajudam a garantir esse
direito, mas há estratégias para pensar especificamente sobre ele. Neste momento, é importante
que o professor ajude a que eles se percebam, aprendam do que gostam. Para isso, o professor
pode, a partir da observação, criar situações simples, mas que os auxiliem a descobrir a si
próprio e ao outro. Com os bebês, Virgínia cita como exemplo situações em que eles podem
ficar em frente a espelhos e se observar. Os momentos de banho, alimentação e troca de fraldas
também são ricos para essa aprendizagem: ao se sentir cuidado e ao aprendendo a cuidar de
si, a criança desperta a consciência sobre seu corpo. “Quando anunciamos para um bebê onde
vamos tocá-lo e o que faremos com ele, criamos a primeira oportunidade para que se reconheça
como pessoa e não objeto”, destaca a especialista.

O que se constata através dos documentos apresentados pelos pais na reclamação


ocorrida nesta Secretaria para efetivação das matrículas no ensino fundamental é que, as
escolas de Educação Infantil que estão atendendo a comunidade local, até que se prove o
contrário, apesar de introduzir as crianças no mundo letrado e diga-se de passagem com alguma
competência, estão ignorando o que preconiza a Base Nacional Comum curricular lei nº 9394/96
de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, bem como da lei nº 12.796/2013 que entre outros
determina:

“Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psic ológico,
intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.” (NR)
“Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o
objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental;

Conforme pode ser constatado no Anexo I desta Nota Técnica não há condições de aferir
o nível de desenvolvimento de cada criança, na forma parágrafo I do artigo 31, tampouco verificar
o nível de desenvolvimento cognitivo na forma do artigo 29.

Em função das medidas protetivas contra a Covid-19 não foi possível realizar uma
avaliação diagnóstica presencial com as crianças, no entanto solicitei que as responsáveis
gravassem situações de rotina de leitura e ou realizações de atividades e me enviassem pelo
WhatsApp para que pudesse observar a desenvoltura das mesmas em relação à coordenação
motora, capacidade de escrita e ou leitora, uma vez que as instituições responsáveis não
realizou e ou não encaminhou o Relatório descritivo, de cada concluinte, ainda que sem o
objetivo de promoção do educando na forma da lei.

O que foi possível observar através de videos encaminhados pelos reclamantes é que
todas as crianças conseguem de alguma forma reconhecer vogais e consoantes, bem como
realizar a leitura de palavras de seu cotidiano, atividades estas, comuns aos alunos do 1º Ano
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do Ensino Fundamental, as famosas Turmas de Alfabetização ou 1º Ano do 1º Ciclo de


Formação Humana da Rede Educacional.

Os materiais digitais encaminhado pelos responsáveis via WhatsApp encontram-se


disponíveis para todos os interessados.

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P á g i n a | 321

O assunto é polêmico, mas já foi pacificado pelo Supremo Tribunal Federal em 1º de


agosto de 2018. Por seis votos a cinco, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou
constitucional a fixação da data limite de 31 de março para que estejam completas as idades
mínimas de quatro e seis anos para ingresso, respectivamente na educação infantil e no ensino
fundamental.
A decisão da Corte na conclusão do julgamento conjunto da Ação Declaratória de
Constitucionalidade (ADC) 17 e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
(ADPF) 292, que questionavam exigências previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei 9.394/1996) e em normas do Conselho Nacional de Educação (CNE) demostra
que a pretensão de menor de 06 de anos de realizar matrícula no 1º ano do
Ensino Fundamental esbarra em expressa vedação legal em sentido contrário (Lei nº
9.394/96, art. 32; Resolução CNE/CEB nº 06, de 20/10/2010), que estabelece que o aluno tem
que completar 06 anos até o dia 31 de março do ano da matrícula como requisito indispensável.

Prevaleceu o entendimento do relator, ministro Luiz Fux, no sentido de que as exigências


de idade mínima e marco temporal previstas nas resoluções do CNE foram precedidas de ampla
participação técnica e social realizadas através de audiências públicas com especialistas de todo
o país, conforme narrado em parecer do CNE anexado à ADPF 292 e não violam os princípios
da isonomia e da proporcionalidade, nem o acesso à educação.

Destacou, ainda, a existência de estudos acadêmicos reconhecidos internacionalmente


apontando prejuízos ao desenvolvimento infantil decorrentes da antecipação do ingresso dos
alunos na educação básica. Afirmou também que, não tendo ocorrido violação de núcleo
essencial de direito fundamental, não cabe ao STF alterar as normas. “Ao Supremo não cabe
substituir-se a eles, considerada a óptica de intérprete final da Constituição, sem haver realizado
sequer audiência pública nem ouvido peritos na arte da educação”.

Fato é que a decisão, leva-se em conta não apenas a capacidade cognitiva do aluno, mas
também o desenvolvimento de habilidades outras - "aspectos físico, afetivo, psicológico,
intelectual, social, complementando a ação da família e da comunidade" (art. 21, Resolução
CNE/CNB nº 04/2010) que permitam o desenvolvimento integral. Na prática vislumbrou-se, isto
sim, prejuízo maior à Impetrante na matrícula precoce em etapa escolar, do que no respeito à
Política Nacional de Educação”.

Diante dos fatos, cumpre destacar:

1 - A decisão do Superior Tribunal Federal deixa claro que a antecipação do


percurso educacional ofende as diretrizes da educação nacional;

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De igual modo, a Nota Técnica Nº 02/2018 da União Nacional dos Conselhos Municipais
de Educação ao analisar o PERCURSO, PROCESSO CONTINUUM, alerta para o fato de que
os conselheiros e secretários municipais de educação precisam estar atentos;

(...) a discursos e práticas, que supostamente em favor da criança e de seu efetivo direito à
educação, possam conduzir a decisões políticas e pedagógicas que venham em desfavor da
mesma como sujeito histórico, com limites e possibilidades, e como um ser que vai se
construindo ao longo do seu percurso escolar e da vida em sociedade. (UNCME 2018, p. 3).

Destaca ainda que:

(...) o encurtamento do percurso escolar, com antecipação de matrícula e o consequente


processo de escolarização precoce na Educação Infantil, oportunizando que consequências
negativas possam ocorrer no desenvolvimento da criança”. O bem estar da criança precisa
estar no centro das decisões (UNCME 2018, p. 2).

E Conclui:

1) Que cada Conselho Municipal de Educação divulgue amplamente em seus sistemas de


ensino (Redes Pública e Privada), a decisão do Supremo Tribunal Federal quanto à
constitucionalidade das Resoluções CNE/CEB nº 01/2010 e CNE/CEB nº 06/2010, que orienta
as matrículas nos sistemas de ensino e fixa a data de 31 de março como corte temporal, de
forma que as respectivas redes adotem as providências necessárias de ajustamento, antes do
período de matrícula para o ano letivo de 2019.

2) Que os documentos balizadores desta matéria continuem fazendo parte dos estudos e
discussões no âmbito dos sistemas de ensino e dos conselhos municipais de educação, como
forma de esclarecer os pais/mães, as instituições, os profissionais da educação e a sociedade
em geral, dos processos pedagógicos e legislação pertinente que asseguram o direito à
infância, visando contribuir para a construção de políticas públicas que efetivem este direito,
para além da matrícula.

3) Os Conselhos Municipais de Educação devem adotar providências no sentido de garantir


que os procedimentos de matrícula estabelecidos no âmbito dos sistemas municipais de ensino
estejam em consonância com as Resoluções do Conselho Nacional de Educação supra citadas
(e legítimas, perante a Lei e decisão proferida pelo STF).

4) Nos municípios que tem sistemas instituídos em Lei, é fundamental que sejam estabelecidas
normas complementares dos respectivos sistemas de ensino, observando as diretrizes legais
e orientações pedagógicas do Conselho Nacional de Educação, especialmente as Diretrizes da
Educação Infantil e Diretrizes Gerais da Educação Básica, visando assegurar a identidade da
Educação Infantil e os direitos das crianças de 0 a 5 anos, bem como o direito das criançasde
06 anos completos, quando do ingresso no Ensino Fundamental.

5) Nos casos em que ainda existam normas estabelecidas em dissonância com a referida
decisão legal, no âmbito dos sistemas municipais de ensino, orienta-se que seja sejam
discutidas e aprovadas novas Resoluções, devidamente ajustadas às normas nacionais e as
diretrizes do Conselho Nacional de Educação.

6) Os Conselhos Municipais de Educação devem orientar as Secretarias de Educação para a


necessidade de criação de procedimentos de acompanhamento pedagógico, de forma a
propiciar o desenvolvimento da criança matriculada na Educação Infantil, bem como o devido
processo de transição para o Ensino Fundamental, como parte do processo de matrícula e

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transição nas diversas etapas da Educação Básica.

7) Nos casos em que as crianças já estejam matriculadas na Educação Infantil ou no Ensino


Fundamental em dissonância com as Resoluções do CNE, antes de proferida a decisão do
STF, deve ser assegurado o percurso escolar das mesmas, com o devido acompanhamento
pedagógico, compatível com a idade em que se encontram.

8) Que todos os procedimentos legais e de gestão sejam devidamente organizados no âmbito


dos sistemas municipais de ensino, no sentido de assegurar integralmente o disposto na
Resolução do CNE 05/2009, que estabelece as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil
e Diretrizes Curriculares Gerais da Educação Básica, Resolução CNE 04/2010, bem como as
Resoluções CNE/CEB nº 01/2010 e CNE/CEB nº 06/2010.

9) Os Conselhos Municipais de Educação, como órgãos normativos dos sistemas municipais


de ensino, devem adotar as medidas pertinentes para a regulamentação, acompanhamento e
fiscalização das questões relacionadas à matrícula (ingresso), bem como ao processo
pedagógico (aprendizagem e desenvolvimento), sempre considerando a Constituição Federal
de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9394/1996), as resoluções e Diretrizes do
Conselho Nacional de Educação e as normas complementares dos sistemas de ensino.

10) Nos municípios que ainda não instituíram em Lei os seus sistemas de ensino, os Conselhos
Municipais de Educação devem observar e cumprir as orientações desta Nota Técnica, exceto
àquelas que se referem ao conselho como órgão normativo do sistema de ensino e o devido
processo de regulamentação legal no âmbito dos sistemas de ensino. Neste caso, devem
observar as orientações legais do Conselho Estadual de Educação.

2 - Não se pode desconsiderar, no entanto o consagrado princípio instituido pelo


art. 6º do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990), que leva em “conta os
fins sociais e a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres
individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas
em desenvolvimento”(Grifo Nosso).

Este mesmo dispositivo, guarda alguma semelhança com o contido no art. 5º da Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro (antiga Lei de Introdução ao Código Civil - Dec. Lei
nº 4.657/1942, com a redação do enunciado alterada pela Lei nº 12.376/2010, de 30/12/2010),
que por sua vez deve ser analisada em conjunto com os arts. 1º, 5º e 100 caput e par. único
(notadamente seu inciso II), do ECA.

Como resultado, reputa-se inadmissível que qualquer das disposições legais seja
interpretada - e muito menos aplicada - em prejuízo das crianças e/ou adolescentes que, em
última análise, são as destinatárias da norma e da integral proteção por parte do Poder Público
(inclusive do Poder Judiciário), de modo que o regresso neste momento à Educação Infantil para
crianças que já estão em um nível cognitivo mais avançado seria muito mais danoso, do que
seu ingresso precoce no ensino fundamental, particularmente se considerarmos que o oposto
também é verdadeiro:

A pandemia tem ampliado o fosso da desigualdade e provocado danos severos no


aprendizado de leitura de crianças de até dez anos de idade, chegando a atingir cerca de 62,5%
das crianças da América Latina.
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Há que se destaca-se também o Parecer CNE/CEB nº 01, de 14 de janeiro de 2010,


particularmenteo Artigo 3º:

As crianças que completarem 6 (seis) anos de idade após a data definida no artigo 2º deverão
ser matriculadas na Pré-Escola. Art. 4º - § 1º As escolas de Ensino Fundamental e seus
respectivos sistemas de ensino que matricularam crianças que completaram 6 (seis) anos de
idade após a data em que se iniciou o ano letivo devem, em caráter excepcional, dar
prosseguimento ao percurso educacional dessas crianças, adotando medidas especiais
de acompanhamento e avaliação do seu desenvolvimento global. (GRIFO NOSSO)

§ 2º As crianças de 5 (cinco) anos de idade, independentemente do mês do seu


aniversário, que no seu percurso educacional estiveram matriculadas e frequentaram
por mais de 2 (dois) anos a Pré-Escola, poderão, em caráter excepcional, no ano de 2010,
prosseguir no seu percurso para o Ensino Fundamental. (GRIFO NOSSO)

Diante do exposto entendo ser prudente:


1 – Assegurar a continuidade dos estudos das crianças que se enquadram nesta
situação, garantindo-lhes acompanhamento pedagógico e psicológico junto aos profissionais da
Rede Pública local, desde que respaldado pela Assessoria Jurídica Municipal e acompanhada
pela equipe de psicólogos que atuam na rede pública municipal.
2 – Notificar a Escola privada na qual os alunos estiveram matriculados, exigindo as
adequações necessárias quanto a regularização formal do estabelecimento, bem como as
documentações que devem acompanhar os alunos por ocasião das transferências, tais como
Histórico Escolar e Relatório Avaliativo Descritivo alinhados a BNCC, entre outros, sob pena de
serem responsabilizada por eventuais danos às crianças matriculadas naquele educandário.
3 – Inspeção dos órgãos públicos competentes aos estabelecimentos privados de
Educação Infantil para entre outros atestar:
a) Prova das condições legais de ocupação do prédio onde funcionará o estabelecimento;
b) Planta do prédio aprovada pela Prefeitura Municipal ou planta assinada por profissional
registrado no CREA;
c) Laudo firmado por profissional registrado no CREA, responsabilizando-se pelas
condições de habitabilidade e pelo uso do prédio para o fim proposto;
d) Descrição sumária das salas de aula, dos laboratórios, do material didático, dos
equipamentos e instalações necessários ao funcionamento dos cursos e do local destinado às
aulas de educação física;
e) Prova da natureza jurídica da entidade mantenedora, acompanhada de CGC ou de
Registro Nacional de Pessoa Jurídica;
f) Termo de responsabilidade: este é um termo simples, segundo o qual a entidade
mantenedora responsabiliza-se pelas condições de segurança, higiene e uso do imóvel, além
de declarar capacidade financeira para manutenção da escola e do curso e capacidade técnica
para expedir e guardar os documentos escolares;
g) Regimento Escolar;
h) Projeto Político Pedagógico;
i) Plano de Ensino;

4 – Encaminhar Cópia deste Parecer à Promotoria de Justiça do Município de Guiratinga-


MT, visando colher seu posicionamento diante do caso..
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5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Rubem. Conversas com quem gosta de ensinar. 10 ed. Campinas. SP. Papirus. 2000
BAUMAN, Z. Vida Líquida, 9º Edição, Austral:Paidos, 2015.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao_Compilado.htm>. Acesso
em Mar 2021.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em 18 Mar 2021.
BRASIL. Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
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BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
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Congresso Brasileiro de Procuradores Municipais (XII.: 2014: Rio de Janeiro – RJ). Enunciados.
Disponível em: http://www.anpm.com.br/site/?go=publicacoes&bin=noticias&id=1422&title=
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25 mar 2021.
SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça, 2008. 2ª Câmara de Direito Público. Apelação Cível n.
2007.060895-5, de Campo Belo do Sul, Relator Des. Orli Rodrigues. Julgado em: 24-06-2008.
Disponível em: http://app6.tjsc.jus.br/cposg/pcpoQuestConvPDFframeset.jsp?cdProcesso
=01000AVHT0000&nuSeqProcessoMv=32&tipoDocumento=D&nuDocumento=924340.Acesso
em 25 Mar 2021.
SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça, 2010. 1ª Câmara de Direito Público. Apelação n.
Apelação Cível n. 2010.033282-9, de Blumenau. Relator Des. Sérgio Roberto Baasch Luz.
Julgado em 04-08-2010. Disponível em <http://app6.tjsc.jus.br/cposg/pcpoQuestConvPDF
frameset.jsp?cdProcesso=01000GDX20000&nuSeqProcessoMv=29&tipoDocumento=D&nuDo
cumento=2629904>. Acesso em 25 Mar 2021.
NOTA TÉCNICA Nº 02/2018. Orientações Para Matrícula Na Educação Infantil E Primeiro Ano
Do Ensino Fundamental No Âmbito Dos Sistemas Municipais De Ensino. UNCME, Sergipe,
2018.

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6 - ANEXOS

Anexo I – Portifólio do aluno Miguel Ledes Lima ....................................................... 37

Anexo II – Portifólio do aluno Leonardo Henrique Mendes Barros .......................... 57

Anexo III – Portifólio da aluna Alice Miranda Cavalcante .......................................... 80

Anexo IV – Portifólio do aluno Guilherme Cajango Barbosa ....................................103

Anexo V – Arquivo de Mídia Via Aplicativo Whats App do aluno Leonardo

Anexo V – Arquivo de Mídia Via Aplicativo Whats App da aluna Alice

Anexo V – Arquivo de Mídia Via Aplicativo Whats App do aluno Guilherme

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