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CONTESTAÇÃO
PRELIMINARMENTE
Da mesma forma, também foi extinto sem julgamento do mérito em razão do valor
da causa ser acima do limite legal dos JEC's, em outra ação semelhante, com causa
petendi e pedidos similares, conforme seguinte julgado do processo No 0101624-
89.2020.8.19.0001 do 21º JEC da Comarca da Capital, RJ:
DA PROPOSTA DE ACORDO:
Tem-se Excelência, conforme pode se aferir do relato da parte Autora que firmou
Contrato de Cessão de Crédito/Débito, Compromisso de Pagamento e outras
avenças com a Ré, no entanto, somente recebeu até a parcela com vencimento no
mês de março.
Em síntese, o necessário.
DO MÉRITO
A verdade real dos fatos é que a relação da contestante com a parte Demandante,
foram as seguintes:
Cabe ressaltar que os contratos são validos, pois preenchem todos os requisitos
legais.
EMENTA
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA
DE COBERTURA. MERO INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. DANOS MORAIS
NÃO CONFIGURADOS. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA N. 7/STJ. AGRAVO
NÃO PROVIDO.
1. Nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o mero
inadimplemento contratual não enseja condenação por danos morais.
2. Não cabe, em recurso especial, reexaminar matéria fático-probatória (Súmula
n. 7/STJ).
3. Agravo interno a que se nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros
da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao
recurso, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Luis Felipe
Salomão, Raul Araújo, Antonio Carlos
Ferreira e Marco Buzzi votaram com a Sra. Ministra Relatora. Presidiu o julgamento o Sr.
Ministro Marco Buzzi.
RELATÓRIO
MINISTRA MARIA ISABEL GALLOTTI: Trata-se de agravo interno interposto em
face da decisão por meio da qual neguei provimento ao recurso especial (fls. 718/722, e-
STJ).
A parte agravante, em suas razões, argumentou que a negativa de cobertura foi indevida,
e que, como consequência, precisou custear o tratamento por vários anos. Alegou, assim,
não se tratar de um mero descumprimento contratual.
Narrou que a negativa de cobertura causou sofrimento não só ao menor enfermo, como
também à mãe e demais familiares.
Assinalou, por fim, que a análise do recurso especial não exigiria o reexame de provas e,
portanto, não esbarraria no óbice da Súmula 7/STJ.
A parte agravada, regularmente intimada, apresentou impugnação de fls. 735/747, e-STJ.
É o relatório.
VOTO
Desse modo, se resta demonstrado que não há qualquer relação de causa e efeito
entre o ato ilícito praticado pelo agente ao dano sofrido pela vítima, também não há que
se falar em responsabilidade civil ou dever de indenizar.
[...]
Feitas essas referências, assiste demonstrar que não há como prosperar o pedido
indenizatório requerido pela parte Autora, porquanto, na espécie, a Ré não cometeu
nenhum ato ilícito, que agiu nas conformidades com os regramentos previamente
estabelecidos, bem como não há qualquer nexo de causalidade entre algum dano
eventualmente sofrido pela parte Autora e os atos corretamente praticados pela
Demandada ante o mero dissabor e aborrecimento do cotidiano da sociedade
contemporânea urbana da região metropolitana do Grande Rio, onde o
inadimplemento contratual não enseja em indenização por dano moral, tampouco
pagamento das parcelas em dobro.
Vale mencionar que a parte Autora não provou as consequências danosas alegadas
na exordial, assim como, não prova os constrangimentos que teve que suportar, não prova
as situações desagradáveis que teve que passar, enfim, faz apenas alegações, que não
passam de meras conjecturas, para com isso ser premiada por indenização com danos que
não ocorreram.
A ação indenizatória fundada em dano moral não pode se converter em meio de
enriquecimento sem causa. Há de ser um meio judicial de reparação de dano efetivamente
ocorrido e provado. Analisando os autos, não há qualquer razoabilidade em concluir-se
por dever a Ré à parte Autora qualquer reparação de danos morais ou materiais.
Ainda que se fosse admitir uma potencial relação consumerista, vale assinalar que,
a verossimilhança das alegações lançadas pelo consumidor não se tem fulcro apenas na
simples narrativa dos fatos. Todavia, necessário se faz, que o Julgador se conversa de que
os argumentos do consumidor se assemelham aos que normalmente se verifica nas
relações regradas pela Lei nº. 8.078/90.
A propósito, sobre o tema, calha à transcrição de trechos do voto proferidos pela
Desembargadora Sandra de Santis, quando do julgamento da Apelação Civel
20030110457866, em 02 de maio de 2005:
Como já vimos acima, a inversão do ônus da prova não é automática, uma vez que
o código deixa a critério do juiz, quando houver uma das hipóteses legais, aplicar tal
inversão.
Diga-se, inicialmente que agir com critérios não tem nada de subjetivo. “Critério”
é aquilo que serve de base de comparação, julgamento ou apreciação, é o princípio que
permite distinguir o erro da verdade ou, em última instância, aquilo que permite medir o
discernimento ou a prudência de quem age sob esse parâmetro.
Não se pode olvidar que, para o “pobre” na acepção jurídica do termo, existe a
justiça gratuita, a qual permite ao beneficiário a isenção do pagamento das custas
jurídicas, o que não significa que ele está isento de provas o seu direito.
DOS REQUERIMENTOS:
Termos em que,
Pede deferimento.