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SEMINÁRIO DE CASA
Questões
[...] (i) “decadência” como norma geral e abstrata; (ii) como hipótese dessa
norma, descrevendo o termo final de um lapso de tempo; (iii) como
consequente da norma geral e abstrata, tipificando o efeito extintivo; (iv)
como norma individual e concreta que constitui o fato de haver decorrido o
tempo referido na regra geral e abstrata, no mesmo instante em que
determina, no consequente, o efeito fulminante de desconstituir uma relação
existente; (v) como o antecedente desta última norma individual e concreta;
e (vi) tão só como o consequente também desta última regra.
1
CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: linguagem e método. 6. ed. rev. São Paulo : Noeses, 2015,
p. 583-584
2
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 28. ed. São Paulo : Saraiva, 2017, p. 460
contrapartida, também se extingue o débito do sujeito passivo, desintegrando se o
laço obrigacional”3. Assim, resta evidente que o legislador estabeleceu a decadência
como hipótese que extinção do crédito tributário, nos termos do artigo 156, V, do
Código Tributário Nacional.
3
Ibidem.
Estados, Distrito Federal e aos Municípios, disciplinarem, por lei ordinária, prazo
diverso para os institutos da decadência e da prescrição dos constantes no Código
Tributário Nacional.
O parágrafo único do artigo 173, trata dos casos em que, no período entre a
ocorrência do fato gerador e o termo inicial de contagem do prazo para prática do
ato constitutivo do crédito tributário, a autoridade administrativa competente adota
procedimento preparatório de lançamento, a exemplo, termo de início de
fiscalização, e científica o sujeito ativo.
Da leitura do Anexo VI, o entendimento exarado pelo Tribunal Superior do
Trabalho, é no sentido de que o a medida ora debatida apenas tem o condão de
antecipar o termo inicial de que cuida o inciso I, do art. 173, do CTN, de modo que a
estipulação de termo inicial em momento posterior ao disposto no inciso I do mesmo
artigo, resultaria em indevida prorrogação do prazo em benefício da Fazenda
Pública.
4
Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou
encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de
prescrição.
§ 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de
ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de
imediato.
5
AgRg no AREsp. n. 148.729 - RS, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado
em05.06.2012.
PREVISTA NO ART. 40 E PARÁGRAFOS DA LEI DE EXECUÇÃO
FISCAL (LEI N. 6.830/80).
1. O espírito do art. 40, da Lei n. 6.830/80 é o de que nenhuma execução
fiscal já ajuizada poderá permanecer eternamente nos escaninhos do
Poder Judiciário ou da Procuradoria Fazendária encarregada da execução
das respectivas dívidas fiscais.
2. Não havendo a citação de qualquer devedor por qualquer meio
válido e/ou não sendo encontrados bens sobre os quais possa recair
a penhora (o que permitiria o fim da inércia processual), inicia-se
automaticamente o procedimento previsto no art. 40 da Lei n.
6.830/80, e respectivo prazo, ao fim do qual restará prescrito o crédito
fiscal. Esse o teor da Súmula n. 314/STJ: "Em execução fiscal, não
localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano,
findo o qual se inicia o prazo da prescrição qüinqüenal
intercorrente".
(...)
4.2.) Havendo ou não petição da Fazenda Pública e havendo ou não
pronunciamento judicial nesse sentido, findo o prazo de 1 (um) ano
de suspensão inicia-se automaticamente o prazo prescricional
aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo) durante o
qual o processo deveria estar arquivado sem baixa na distribuição,
na forma do art. 40, §§ 2º, 3º e 4º da Lei n. 6.830/80 - LEF, findo o qual
o Juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício,
reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato;
(... )
5. Recurso especial não provido. Acórdão submetido ao regime dos arts.
1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 543-C, do CPC/1973).
(REsp 1340553/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/09/2018, DJe 16/10/2018) (grifos não
originais)
Por fim, entendimento firmado pelo STJ sobre a dissolução irregular como
ilícito bastante ao redirecionamento da execução fiscal de crédito não tributário
propõe que a dissolução irregular deve ser considerada como ilícito suficiente ao
redirecionamento da execução fiscal de débito não tributário. A Corte Superior
considerou como dispositivos análogos ao art. 135, III, do CTN, na esfera tributária,
o artigo 10, do Decreto n. 3.078/19 e o art. 158, da Lei 6.404/78, aplicáveis nos
casos de redirecionamento em execuções de créditos não tributários.