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MÓDULO: EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

SEMINÁRIO DE CASA

SEMINÁRIO III - DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA

Aluno: LUCIELLE SILVA NEVES

Questões

1. Defina o conceito “decadência” no âmbito do direito tributário.


(a) Com base na bibliografia indicada para desenvolvimento deste
seminário apresente as diferentes acepções do conceito “decadência”.
(b) Construa a respectiva estrutura normativa para cada acepção (ex.
NGA, NIC, antecedente, consequente...), indicando quai(is) dessa(s)
estrutura(s) normativa(s)) são norma em sentido estrito.
(c) É correta a afirmação de que a decadência opera-se automática e
infalivelmente? Justifique sua resposta.
(d) Quanto aos efeitos da decadência em relação ao crédito tributário
(arts. 150 e 173, do CTN), pode-se afirmar que sejam: (i) extintivos ou (ii)
impeditivos? Justifique sua resposta.
(e) Diferençar, se possível: (i) decadência do direito de lançar, (ii)
prescrição do direito do Fisco cobrar o crédito tributário, (iii) decadência do
direito do contribuinte pleitear a restituição do indébito tributário e (iv)
prescrição do direito de ação do contribuinte repetir o indébito tributário.

Paulo de Barros Carvalho trata na obra Direito Tributário, linguagem e


método, a qual é indicada como bibliográfica obrigatória para o desenvolvimento do
presente seminário, averigua-se a existência de, ao menos, seis acepções
diferentes, na esfera do direito tributário, para a expressão “decadência”. Nesse
sentido, estabelece diferentes significações de decadência, de norma geral e
abstrata a norma individual e concreta, como colaciona-se a seguir1:

[...] (i) “decadência” como norma geral e abstrata; (ii) como hipótese dessa
norma, descrevendo o termo final de um lapso de tempo; (iii) como
consequente da norma geral e abstrata, tipificando o efeito extintivo; (iv)
como norma individual e concreta que constitui o fato de haver decorrido o
tempo referido na regra geral e abstrata, no mesmo instante em que
determina, no consequente, o efeito fulminante de desconstituir uma relação
existente; (v) como o antecedente desta última norma individual e concreta;
e (vi) tão só como o consequente também desta última regra.

Na condição de norma, o autor explica que a decadência consiste de um


antecedente, ou hipótese e de um consequente ou tese.

Equivocada a afirmação de que a decadência se opera automática e


infalivelmente, vez que, no âmbito do direito tributário, diferentemente do direito
privado, há causa interruptiva da prescrição prevista no art. 173, II, do CTN2, que
determina a interrupção da contagem do prazo decadencial “[...] na data em que se
tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento
anteriormente efetuado”. Assim, extrai-se que, nas hipóteses de vícios formais que
afetem a validade do lançamento, concede-se à Fazenda Pública, de certo modo,
prorrogação do prazo decadencial, com mais 5 anos para constituição do crédito
tributário, a partir da decisão que anulou o lançamento invalidado judicialmente.

Em relação aos efeitos da decadência em relação ao crédito tributário,


assevera “[...] desaparecer o direito subjetivo de exigir a prestação tributária e, em

1
CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: linguagem e método. 6. ed. rev. São Paulo : Noeses, 2015,
p. 583-584
2
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 28. ed. São Paulo : Saraiva, 2017, p. 460
contrapartida, também se extingue o débito do sujeito passivo, desintegrando se o
laço obrigacional”3. Assim, resta evidente que o legislador estabeleceu a decadência
como hipótese que extinção do crédito tributário, nos termos do artigo 156, V, do
Código Tributário Nacional.

Por fim, no que concerne a diferenciação de (i) decadência do direito de


lançar; (ii) prescrição do direito do Fisco cobrar o crédito tributário, (iii) decadência do
direito do contribuinte pleitear a restituição do indébito tributário e (iv) prescrição do
direito de ação do contribuinte repetir o indébito tributário, Eurico Marco Diniz define
a primeira como a perda da competência administrativa do Fisco para constituir o
crédito tributário, em decorrência do decurso de certo período de tempo sem que o
tenha exercitado; a segunda, como a perda do direito do fisco de ingressar com o
processo de execução fiscal, em decorrência do decurso de certo período de tempo
sem que o tenha exercitado; a terceira como a perda da legitimidade do contribuinte
de repetir o indébito na esfera administrativa, em decorrência do decurso de certo
período de tempo sem que o tenha exercitado; e a quarta, e última, como a perda do
direito do contribuinte de pleitear o seu débito tributário, indébito na esfera judicial,
em decorrência do decurso de certo período de tempo sem que o tenha exercitado.

2. Conjugando o art. 146, III, “b”, da CF e o princípio da autonomia


dos entes federativos, responda: A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, por meio de lei ordinária, podem estabelecer prazo diverso do
constante no CTN para a decadência e prescrição de seus créditos? E
mediante lei complementar estadual ou municipal? (Vide anexo I e Súmula
Vinculante n. 8 do STF).

O artigo 146, III, “b” da Constituição Federal de 1988, estabelece que as


normas gerais em matéria tributária relativas à prescrição e decadência são
reservadas à Lei Complementar, de modo que não é autorizado à União, aos

3
Ibidem.
Estados, Distrito Federal e aos Municípios, disciplinarem, por lei ordinária, prazo
diverso para os institutos da decadência e da prescrição dos constantes no Código
Tributário Nacional.

Sobre a possibilidade de estabelecimento de prazo diverso por meio de lei


complementar estadual ou municipal, destaca-se o previsto no artigo 24, caput,
inciso I, bem como o §1º do mesmo artigo, todos da Constituição Federal de 1988. O
mencionado artigo trata da competência ordinária da União para edição de normas
gerais em matéria tributária, e, em caso de inexistência de norma geral, a
competência residual dos Estados e do Distrito Federal para legislar.

Todavia, apesar da previsto na CFRB, ressalta-se, nesse ponto, que o


Código Tributário Nacional foi recepcionado com status de Lei Complementar com a
promulgação e vigência da Constituição Federal de 1988, motivo pelo qual as regras
gerais sobre prescrição e decadência restam fixadas, não podendo ser alteradas por
pelos Estados, Distrito Federal e/ou Municípios.

3. Quando começa a contar o prazo de decadência para o Fisco


lançar nos tributos sujeitos ao lançamento de ofício? E nos tributos sujeitos
ao “lançamento por homologação”? Se não houver o que homologar, o prazo
passa a ser o dos tributos sujeitos ao lançamento de ofício (vide anexos II e
III)? E no caso de fraude (vide anexo IV)?

Nos tributos sujeitos a lançamento de ofício e por declaração, a contagem do


prazo decadencial está prevista no artigo 173, incisos I e II, do CTN, que estabelece:
“[…] I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia
ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver
anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.”. Além disso, o §1º
do mesmo artigo consagra outro termo inicial, nas hipótese de ciência do sujeito
passivo acerca da adoção, pela autoridade administrativa, de procedimento
preparatório indispensável ao lançamento, ocasionando na antecipação do termo
inicial, que deverá ser contado a partir da data que o contribuinte tomou efetiva
ciência do procedimento.
Quanto aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, o prazo
decandecial aplicado, para esses casos, tem previsão no artigo 150, §4º, do Código
Tributário Nacional:

§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a


contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a
Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o
lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a
ocorrência de dolo, fraude ou simulação. (grifos não originais)

Ressalta-se, nesse ponto, que na ocorrência de dolo, fraude ou simulação,


aplica-se o previsto no artigo 173, I, do CTN, tendo como termo inicial o primeiro dia
útil do ano seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.

4. Como deve ser interpretado o parágrafo único do art. 173 do


CTN? Que se entende por “medida preparatória indispensável ao
lançamento”? Tal medida tem apenas o condão de antecipar o termo inicial
da contagem do prazo prescrito no inciso I ou pode também postergá-lo?
Trata-se de causa de interrupção do prazo decadencial? (Vide anexo V e VI).

O parágrafo único do artigo 173, trata dos casos em que, no período entre a
ocorrência do fato gerador e o termo inicial de contagem do prazo para prática do
ato constitutivo do crédito tributário, a autoridade administrativa competente adota
procedimento preparatório de lançamento, a exemplo, termo de início de
fiscalização, e científica o sujeito ativo.
Da leitura do Anexo VI, o entendimento exarado pelo Tribunal Superior do
Trabalho, é no sentido de que o a medida ora debatida apenas tem o condão de
antecipar o termo inicial de que cuida o inciso I, do art. 173, do CTN, de modo que a
estipulação de termo inicial em momento posterior ao disposto no inciso I do mesmo
artigo, resultaria em indevida prorrogação do prazo em benefício da Fazenda
Pública.

Portanto, não é possível interpretar a medida como causa interruptiva do


prazo decadencial, posto que resultaria em verdadeiro arbítrio da autoridade
administrativa, quanto à determinação do termo inicial do prazo decadencial,
podendo postergar o envio da notificação ao sujeito ativo, com a finalidade de
dilação de prazo.

5. A Lei n. 11.051/04 trouxe previsão de prescrição intercorrente no


processo judicial. Quanto ao processo administrativo fiscal, existe prescrição
intercorrente no seu curso? E no decorrer do processo executivo fiscal? Qual
é o tratamento mais adequado em caso de falta de intimação da Fazenda
Pública sobre o despacho que determina sua manifestação antes da decisão
que decreta a prescrição intercorrente? É possível que a decretação da
prescrição intercorrente seja ilidida? Justificar (vide anexos VII, VIII e IX e X).

No âmbito o processo administrativo fiscal, esclarece a Súmula nº 11, do


CARF: “Não se aplica a prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal”.

Já no âmbito do processo executivo fiscal, haverá sim a aplicação da


prescrição intercorrente, que ocorrerá quando houver decorrido o prazo de 5
(cinco) anos, contados da decisão de arquivamento exarada pelo juízo – ou do
decurso do prazo de 1 (um) ano da suspensão da execução sem que tenha sido
localizado o devedor ou da não localização de bens passíveis de penhora – com
fundamento no art. 40, § 4º, da Lei nº 6.830/804.

No que concerne ao tratamento adequado em caso de falta de intimação


da Fazenda Pública sobre o despacho que determina sua manifestação antes da d
ecisão que decreta a prescrição intercorrente, bem como do ato de arquivamento,
o posicionamento do STJ é no sentido de considerar desnecessária tal intimação,
eis que tal suspensão ocorre de forma automática5.

Sobre o termo inicial para contagem do prazo de 1 (um) ano de suspensão


do processo, estabelecido no artigo 40 da LEF, e, respetivamente, do prazo
prescricional previsto no §2º do mesmo artigo, tem-se início automaticamente na
data da ciência da Fazenda Pública a respeito da não localização do devedor ou,
caso citado, da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido.

Trata-se, inclusive, de entendimento consolidado na jurisprudência do


Superior Tribunal de Justiça, pela sistemática de Recursos Repetitivos, implicando
na reprodução obrigatória dessa orientação pelos demais órgãos do Poder
Judiciário. Vejamos:

RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. ARTS. 1.036 E SEGUINTES DO


CPC/2015 (ART. 543-C, DO CPC/1973). PROCESSUAL CIVIL.
TRIBUTÁRIO. SISTEMÁTICA PARA A CONTAGEM DA PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE (PRESCRIÇÃO APÓS A PROPOSITURA DA AÇÃO)

4
Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou
encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de
prescrição.

§ 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de
ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de
imediato.
5
AgRg no AREsp. n. 148.729 - RS, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado
em05.06.2012.
PREVISTA NO ART. 40 E PARÁGRAFOS DA LEI DE EXECUÇÃO
FISCAL (LEI N. 6.830/80).
1. O espírito do art. 40, da Lei n. 6.830/80 é o de que nenhuma execução
fiscal já ajuizada poderá permanecer eternamente nos escaninhos do
Poder Judiciário ou da Procuradoria Fazendária encarregada da execução
das respectivas dívidas fiscais.
2. Não havendo a citação de qualquer devedor por qualquer meio
válido e/ou não sendo encontrados bens sobre os quais possa recair
a penhora (o que permitiria o fim da inércia processual), inicia-se
automaticamente o procedimento previsto no art. 40 da Lei n.
6.830/80, e respectivo prazo, ao fim do qual restará prescrito o crédito
fiscal. Esse o teor da Súmula n. 314/STJ: "Em execução fiscal, não
localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano,
findo o qual se inicia o prazo da prescrição qüinqüenal
intercorrente".
(...)
4.2.) Havendo ou não petição da Fazenda Pública e havendo ou não
pronunciamento judicial nesse sentido, findo o prazo de 1 (um) ano
de suspensão inicia-se automaticamente o prazo prescricional
aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo) durante o
qual o processo deveria estar arquivado sem baixa na distribuição,
na forma do art. 40, §§ 2º, 3º e 4º da Lei n. 6.830/80 - LEF, findo o qual
o Juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício,
reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato;
(... )
5. Recurso especial não provido. Acórdão submetido ao regime dos arts.
1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 543-C, do CPC/1973).
(REsp 1340553/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/09/2018, DJe 16/10/2018) (grifos não
originais)

6. Qual o marco inicial da contagem do prazo para


redirecionamento da execução fiscal contra os sócios? Trata-se de prazo
decadencial ou prescricional? É possível compreender que o mesmo fato
jurídico “dissolução irregular” seja considerado ilícito suficiente ao
redirecionamento da execução fiscal de débito tributário e não o seja para a
execução fiscal de débito não-tributário. (Vide anexos XI, XII e XIII)

Na ocasião do julgamento do REsp nº 1.201.993, a 1ª Seção do Superior


Tribunal de Justiça firmou entendimento no sentido de considerar duas situações
para fixação do termo inicial do prazo prescricional para redireccionamento da
execução fiscal contra os sócios, a saber, (i) cinco anos contados da citação da
pessoa jurídica quando o ato ilícito previsto no art. 135, III, do CTN, for anterior a
esse ato processual; ou (ii) não havendo o aludido ilícito ao tempo da citação, a data
da prática de ato inequívoco indicador do intuito de inviabilizar a satisfação do
crédito tributário já em curso de cobrança executiva promovida contra a empresa
contribuinte, vez que inexistente a pretensão contra o sócio gerente ao tempo da
citação.

Trata-se de prazo prescricional, vez que ocorre no curso de processo


executivo fiscal em face da pessoa jurídica.

Por fim, entendimento firmado pelo STJ sobre a dissolução irregular como
ilícito bastante ao redirecionamento da execução fiscal de crédito não tributário
propõe que a dissolução irregular deve ser considerada como ilícito suficiente ao
redirecionamento da execução fiscal de débito não tributário. A Corte Superior
considerou como dispositivos análogos ao art. 135, III, do CTN, na esfera tributária,
o artigo 10, do Decreto n. 3.078/19 e o art. 158, da Lei 6.404/78, aplicáveis nos
casos de redirecionamento em execuções de créditos não tributários.

7. Sobre a decadência/prescrição do direito de repetir o indébito


tributário pergunta-se:

a) Quais indébitos estão sujeitos ao art. 3º da LC n. 118/05: todos,


independente da data do pagamento indevido; aqueles cuja restituição seja
requerida depois do termo inicial de sua vigência; ou somente os
pagamentos efetuados após iniciada sua vigência? Justificar (vide anexos
XIV e XV).

O entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, o artigo 3º da Lei


Complementar 118/05, aplica-se apenas aos indébitos cuja restituição tenha sido
requerida após a sua vigência, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005, como se
observa dos anexos XIV e XV.

O STJ sustentou que aplicação retroativa da referida Lei Complementar


ofenderia o princípio da autonomia e independência dos poderes, da garantia do
direito adquirido, do ato jurídico perfeito, da coisa julgada e, por fim, da segurança
jurídica.
b) No caso de lei tributária julgada inconstitucional em ADIN (sem
modulação de efeitos), como fica o prazo para repetir o indébito tributário?
Conta-se do pagamento indevido ou o termo inicial seria a “data da
declaração de inconstitucionalidade da lei que fundamentou o gravame”?
(Vide anexos XVI e XVII).

Há divergência doutrinária e jurisprudencial acerca do termo inicial do


prazo prescricional para repetição de indébito relativo à lei tributária julgada
inconstitucional em sede de controle concentrado de inconstitucionalidade.

O Superior Tribunal de Justiça, quando do julgamento do REsp


n.1.110.578/SP, manifestou-se no sentido de considerar como termo inicial do
prescricional para que o sujeito passivo pleiteie a restituição dos valores pagos
indevidamente ou a maior, ainda que diante de lei tributária julgada
inconstitucional, a data do efetivo pagamento, com fundamento no artigo 168, I,
cumulado artigo 156, I, do CTN.

De outro lado, como se observa no anexo XVII, o


Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, a 1ª Seção, 4ª Câmara, 2ª Turma,
sustentou, no acórdão de n. 1402-000.481, posicionamento diverso do firmado pelo
STJ, ao considerar como termo inicial do prazo prescricional a data do trânsito em
julgado da decisão proferida em ADI que declare a inconstitucionalidade de lei
tributária.

Todavia, alinhado ao entendimento do Superior Tribunal de Justiça, na


ocasião do julgamento do REsp n.1.110.578/SP, deve-se considerar como termo
inicial prescricional a data do efetivo pagamento. Isto porque, em regara, as
decisões de mérito proferidas nas ações declaratórias de inconstitucionalidade de
lei produzem efeito erga omnes e ex tunc, ou seja, retroativos.

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