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MATERIAL DA

FACILITADORA

CIDADE DE ELEFANTES
Decidimos pedir uma
licença ao português
e colocamos todos
os coletivos no
feminino. Entenda
como uma escolha,
não um erro.

NOTA
Material do Facilitadora 3
Jogo do Executivo........................ 27
  Informações básicas ............................ 28

ÍNDICE
  Hora de começar .....................................30
  Etapas ........................................................... 31
  É hora de refletir .....................................39
  Como usar na escola? ...........................40
  Possibilidades de projetos
a partir do jogo ........................................ 41
Apresentação.................................. 5
  Material para copiar..............................46
 De onde veio essa história? .................6
 Como me preparar
Jogo do Legislativo..................... 48
para aplicar o jogo? .................................. 7
  Informações básicas .............................49
  Hora de começar .................................... 50
Sistema Político ........................... 8
  Etapas ........................................................... 51
Por que existe essa separação? ...... 9
 
  É hora de refletir .....................................59
  Como usar na escola ............................ 60
Poder Executivo............................ 10
  Possibilidades de projetos
  Como o orçamento municipal a partir do jogo ........................................ 61
é aprovado? ................................ 12
  Material para copiar..............................67

Poder Legislativo......................... 14 Jogo do Judiciário........................ 76


  Qual caminho um projeto
  Informações básicas .............................77
percorre antes de virar lei?............... 16
  Componentes .......................................... 78
  Hora de começar .....................................79
Poder Judiciário............................ 18
  Etapas .......................................................... 80
  Quais são os órgãos que
  Glossário jurídico .................................. 88
compõe o Judiciário?........................... 20
  É hora de refletir..................................... 90
  Como usar na escola?............................ 91
Os Três Poderes............................ 22
  Possibilidades de projetos
a partir do jogo ........................................92
Por que usar na Escola?............ 23   Material para copiar..............................93
Eixos cognitivos do ENEM................ 24
 
 Leia antes de começar...........................25 Créditos........................................... 96
Apresentação
E ste é o Jogo da Política, uma série com três metodologias que
tem o objetivo de abordar temas relacionados à política de forma
simples, divertida e participativa com o público jovem. Ele pode ser
aplicado em escolas, faculdades, ONGs, associações de bairro ou
na mesa do almoço com a família, no domingo. A partir de perguntas
como: “o que é um julgamento?”, “como é dividido o orçamento de
uma cidade?” e “como as leis são criadas?”, o jogo instiga o público
a descobrir interesses dentro da política, a pesquisar soluções
para problemas e, assim, a se tornar mais crítico e participativo.

Para jogá-lo, uma pessoa deve assumir o papel de facilitadora, que


vai ler as cartas de instrução, controlar o tempo que o grupo terá para
jogar cada parte e, principalmente, preparar o jogo. A facilitadora
não precisa ser mais velha ou ser especialista em política. Pode
ser tanto uma professora ou educadora quanto uma jovem.

Este manual serve para apoiar a facilitadora. Nele, você encontrará


explicações sobre o conceito de cada poder do sistema político,
dicas e sugestões de como trabalhar com cada um dos jogos –
incluindo disciplinas e temas relacionados ao jogo e suas dinâmicas
–, assim como possibilidades de projetos complementares aos jogos
que podem ser usados em sala de aula, caso esse seja o objetivo.

Material do Facilitadora 5
DE ONDE VEIO ESSA HISTÓRIA?
Em 2014, a pesquisa Sonho Brasileiro da Política foi a campo
para entender como a jovem pensa e atua politicamente. Entre
muitas descobertas, uma em especial chama a atenção: 65%
das entrevistadas acham que política deveria ser discutida na
escola. A partir desse e de outros resultados, decidimos criar
uma ferramenta de reflexão e educação política para as jovens.
Mas, em vez de fazer por elas, fizemos com elas. Mediado pela
Énois | Inteligência Jovem e pelo LabHacker, O Jogo da Política foi
construído junto com um grupo de 60 jovens interessadas em fazer
e aprender política.

HACKEAR
SAIBA MAIS entender tão bem
SONHO BRASILEIRO DA POLÍTICA o funcionamento
sonhobrasileirodapolitica.com.br
de um sistema e
ÉNOIS | INTELIGÊNCIA JOVEM: seus códigos a
enoisconteudo.com.br
ponto de conseguir
LABHACKER
labhacker.org.br transformá-lo.

De forma prática, o jogo simula experiências reais em uma cidade,


chamada Elefantes, com os três poderes (Executivo, Legislativo
e Judiciário) e tem como objetivo final plantar uma semente na
jogadora: e agora, por onde começo a hackear o sistema político?

No Legislativo, ela criará uma nova lei para Elefantes. No Executivo,


o objetivo é entender como é distribuído o orçamento da cidade.
E no Judiciário, a jogadora participará de um julgamento, assumindo
funções de juiza, promotora, júri ou imprensa.

6 Jogo da Política
Em todas as experiências, a jovem irá aprender sobre política.
Queremos que, após esse jogo, ela sinta a necessidade de ser mais
participativa. E esse é o primeiro passo para começar a trabalhar
pela mudança necessária para criarmos o país que sonhamos.

Compartilhe com a gente como foi sua experiência postando


nas redes sociais com a hashtag #jogodapolitica. A ideia é que
essa seja uma metodologia aberta e mutante, que cada um pode
adaptar e aperfeiçoar como quiser. Siga a gente no Facebook, em
Jogo da Política.

COMO ME PREPARAR PARA APLICAR O JOGO?


O Jogo da Política é formado por três jogos, cada um relacionado
a um dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Cada
um está cuidadosamente explicado neste manual. Sugerimos que
você leia todas as instruções para entender como o jogo funciona,
o material necessário e o tema debatido. É liberada a consulta na
internet durante todo o jogo.

Para o caso de surgirem dúvidas, este livreto também traz algumas


informações mais detalhadas sobre o sistema político brasileiro.
Esta leitura não é obrigatória, mas recomendamos fortemente, pois
pode ajudar a tirar dúvidas dos participantes e a fazer com que o
grupo aproveite mais o jogo. Por exemplo, é interessante saber as
atribuições de cada esfera (municipal, estadual e federal) para, no
jogo do Poder Executivo, entender como o dinheiro da prefeitura é
gasto. Este manual traz também várias dicas para você, que está
na escola, aplicar com suas turmas! Vamos lá?

Material do Facilitadora 7
Conhecimentos gerais

SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO: OS TRÊS


PODERES
Se você já deu uma olhada no material deste jogo, percebeu
que ele está dividido em três partes. Cada uma corresponde a
um dos poderes que, segundo a Constituição Brasileira de 1988,
compõem a República Federativa do Brasil. São eles: o Legislativo,
o Executivo e o Judiciário.

O Jogo da Política foi dividido assim para possibilitar que as


participantes compreendam a divisão de poderes, a função de cada
um dos três e a relação entre eles. Entendendo esses aspectos, é
possível participar da política de forma mais intensa e efetiva.

Porque, se pensarmos que presidenta, prefeita e deputada “é


tudo a mesma coisa”, não conseguimos cobrar nossos direitos
para as pessoas e instituições certas. Por isso, nas próximas
páginas, vamos explicar um pouco sobre as características e
responsabilidades de cada poder.

8 Jogo da Política
POR QUE EXISTE
ESSA SEPARAÇÃO?

A separação entre Executivo, Legislativo e Judiciário existe para


que não haja concentração de poder nas mãos de apenas uma
pessoa ou um grupo. Essa questão foi posta por Aristóteles, na
Antiguidade, mas foi sistematizada pelo filósofo Montesquieu,
em 1748, e hoje é adotada pela maioria das nações modernas
e democráticas.

Os três poderes são citados no segundo artigo da Constituição


Brasileira como independentes e harmônicos entre si.

A independência é essencial para que o sistema funcione, porque


cada poder deve fiscalizar o outro. Assim, uma juíza (membro
do Poder Judiciário) que julga uma deputada (membro do Poder
Legislativo) acusada de corrupção deve ser completamente
independente para tomar a decisão que julgar mais correta.
Da mesma forma, vereadoras e deputadas (Legislativo) podem
criar comissões parlamentares de inquérito (CPIs) para investigar
membros do Poder Executivo.

Ao mesmo tempo, eles devem ser harmônicos, ou seja, todos


devem trabalhar com um objetivo principal: o bem-estar comum da
população brasileira.

Material do Facilitadora 9
Poder Executivo  
RESPONSABILIDADES: Poderíamos
resumir a função do Executivo em
“administrar o Estado”. Isso significa uma
série de coisas bem complexas, como:
analisar as necessidades da população
e criar serviços para atendê-la, fazer a
manutenção dos serviços já prestados
(como escolas, hospitais, iluminação
pública), recolher impostos (cujo valor será
revertido para esses serviços), decidir onde
esse dinheiro será gasto, etc. Para isso, a
governanta eleita monta uma equipe com ministras ou secretárias
para cada área (como educação, saúde, transporte, agricultura)
para que elas a ajudem nessa tarefa.

QUEM EXERCE: presidenta, ministras, governadoras, prefeitas


e secretárias, dependendo da esfera. Entenda melhor na tabela
Os Três Poderes, na página 22, que traz um resumo de todos eles.  

HÁ ELEIÇÕES DIRETAS? Sim.  

BOM TER EM MENTE QUE:


1. O Poder Executivo também tem diferentes esferas, como você
pode ver na tabela da página 22. Em cada nível – municipal,
estadual e federal – ele é exercido por pessoas diferentes. Mas
não é só isso: cada um deles tem responsabilidades específicas.

10 Jogo da Política
Por exemplo, a prefeitura de uma cidade é responsável por asfaltar e
iluminar as ruas, administrar o Ensino Fundamental I e II e oferecer
serviços de saúde e assistência social. Por outro lado, a prefeitura
não tem responsabilidade sobre as escolas de Ensino Médio nem
sobre a Polícia Militar, que são administradas pelo Estado. A lista
de responsabilidades – e de orçamentos designados – de cada
esfera é bem grande, mas o importante é lembrar que há diferenças
– e pesquisar, sempre que necessário, quando surgirem dúvidas
durante o jogo.

2. Como o orçamento é aprovado (veja o infográfico na página


seguinte) Apesar de ser responsabilidade do Poder Executivo,
o Legislativo também participa de sua elaboração. O orçamento
aparece em três projetos de lei que passam pela apreciação de uma
comissão específica, formada por deputadas e senadoras. São as
leis: Plano Plurianual (PPA), que reúne as diretrizes orçamentárias
para os próximos quatro anos; a Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO), que define metas e prioridades para o orçamento do ano
seguinte; e a Lei Orçamentária Anual (LOA), que é o orçamento
em si, aponta como o governo vai arrecadar e gastar os recursos
públicos e tem validade de um ano.

3. No Brasil, o orçamento é autorizativo, e não obrigatório. Quer


dizer que o governo pode prever que vai gastar os recursos de
uma forma, mas não fazer na prática. Por isso, muitas vezes
ouvimos que determinado Ministério ou pasta não executou todo
o orçamento.

Material do Facilitadora 11
COMO O ORÇAMENTO
MUNICIPAL É APROVADO?

A Prefeitura elabora o
1 Orçamento e envia para
PR
R$ 56
EF
EIT
a Câmara Municipal. bilhões
(orçamento da cidade O

de São Paulo em 2018)


VEREADORAS

RELATORA

2 A comissão de Finanças
recebe o orçamento.
A presidenta do colegiado
escolhe um relator.

PRESIDENTA
DO COLEGIADO

3 Durante o processo é
necessáriaa realização EDUCAÇÃO
de ao menos duas
audiências públicas. Nelas, SAÚDE SEGURANÇA
a população pode opinar
e sugerir mudanças. Além
das audiências públicas,
poderão ser enviadas
propostas pela internet.

12 Jogo da Política
4 Discutido na comissão
e nas audiências
+ ILUMINAÇÃO
- TRANSPORTE públicas, o projeto recebe
+ GESTÃO AMBIENTAL sugestões que podem ser
incorporadas pela relatora.
O relatório é aprovado pela
comissãode Finanças e o
parecer é encaminhado ao
Plenário.
RELATORA
ORÇAMENTO

PLENÁRIO

COMISSÃO
DE FINANÇAS

5 O projeto é votado em Plenário. Após esse processo, as demais


vereadoras podem entregar suas emendas em duas reuniões ordinárias.
A comissão de Finanças discute novamente o relatório e aprova novo
parecer que é levado para segunda votação.

6 Caso não haja consenso com o


parecer da comissão, as vereadoras
podem pedir destaque de emenda.
ORÇAMENTO
Nesse caso, o ponto em questão é
APROVADO
reavaliado no Plenário. Não existindo
mais pontos divergentes, o orçamento é
encaminhado para votação definitiva.

RESERVA
TRANSPORTE
SEGURANÇA
7 O prazo para aprovação
do orçamento é até31
CULTURA de dezembro. Se não for
aprovado até essa data,
SANEAMENTO
passará a valer o projeto em
EDUCAÇÃO vigência no ano anterior.
SAÚDE

Material do Facilitadora 13
Poder Legislativo     
RESPONSABILIDADES Você já parou
pra pensar de onde surgem e como são
feitas as leis? Da proibição do fumo em
lugares públicos ao Estatuto da Criança e
da Adolescente, todas as regras que regem
o funcionamento de uma cidade, estado ou
país devem estar descritas e publicadas
em leis. Quem elabora, altera e aprova
essas leis, na maior parte das vezes, é o
Poder Legislativo, no Congresso Nacional
(formado pelo Senado e pela Câmara das
Deputadas), nas Assembleias Legislativas dos estados e nas
Câmaras de Vereadoras dos municípios. O Legislativo também é
responsável por fiscalizar o Poder Executivo.  

QUEM EXERCE? Senadoras, deputadas federais e estaduais


e vereadoras, dependendo da esfera. Entenda melhor na tabela
Os Três Poderes, na página 22, que traz um resumo de todos eles.    

HÁ ELEIÇÕES DIRETAS? Sim.  

14 Jogo da Política
BOM TER EM MENTE QUE:
1. Em um sentido bem amplo, uma lei é uma norma que pode estar
escrita ou não; nesta metodologia, porém, lei diz respeito às regras
jurídicas escritas, produzidas pelo Poder Legislativo, em um sistema
que segue determinadas regras e do qual todas as cidadãs podem
participar, de diferentes formas.

2. Um país pode ter milhares de leis. Imagine: leis ordinárias,


leis complementares, decretos, medidas provisórias, estatutos,
códigos (penal, civil, florestal, de trânsito, ufa!), etc. Dentro de
cada um desses grupos, existem centenas e centenas de regras e
punições para quem não as cumprir. Mas, se todas dizem respeito
a uma só nação, é importante que elas mantenham algum tipo de
unidade. Ou seja: elas não podem se contradizer. Além disso, há
leis mais importantes que outras, superiores, como a Constituição,
que abarca as leis base de um país. A Constituição Brasileira, de
1988, passou por um longo processo para ser criada e aprovada e
contém coisas tão importantes como o direito à vida, à igualdade
e à livre expressão. Então, não é possível criar uma lei que
desrespeite o que é dito na Constituição. Ela também contém a
forma como o próprio governo será organizado e, é claro, como as
leis poderão ser criadas.

3. No Brasil, o processo de criação e aprovação de uma lei é


bastante longo e complexo. Mas isso não é necessariamente uma
coisa ruim, se levarmos em conta o impacto que uma lei pode
ter. Ela pode mudar a vida de milhões de pessoas, pode criar
novos gastos para o poder público ou implicar na contratação de
funcionários tanto no setor público quanto no privado.

Material do Facilitadora 15
QUAL CAMINHO UM PROJETO
DE LEI PERCORRE ANTES
DE VIRAR LEI?

Vamos exemplificar com o Congresso Nacional, mas o processo é


parecido nas Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadoras.

1 Primeiro, o projeto deve ser proposto por uma deputada ou


senadora, comissões da Câmara ou do Senado, pela presidenta
da República, pelo Poder Judiciário, pela Procuradora Geral da
República e, por fim, por iniciativa popular (nesse caso, deve
respeitar algumas regras, confira na página 61).

1
2 DEPUTADA
SENADORA

3
COMISSÃO
DA CÂMARA PROJETO 8 INICIATIVA POPULAR
DE LEI
4 7
COMISSÃO PROCURADORA
DO SENADO GERAL
DA REPÚBLICA
5 6
PRESIDENTA
PODER
DA REPÚBLICA
JUDICIÁRIO

16 Jogo da Política
2 Depois, o projeto passa pela comissão
de Constituição e Justiça e também
PROJETO
DE LEI

por comissões de mérito, que dizem


respeito a temas específicos, como
educação, saúde e seguridade social. COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO
E JUSTIÇA

3 Alguns projetos podem ser


PROJETO aprovados já nas comissões, PROJETO
outros necessariamente
DE LEI D O passam por votação na plenária DE LEI
A
O V da Câmara das Deputadas.
R
A P

4 Depois de aprovado na Câmara, o texto vai para o Senado, onde


ocorre um processo semelhante.

PROJETO
DE LEI
CÂMARA SENADO
5 Se houver alguma mudança no texto, o projeto volta para a Câmara.

6 Se não, ele segue para avaliação da presidenta da República, que


pode aprovar a lei, vetar ou vetar parcialmente. Se o projeto for
vetado, o Congresso pode derrubar o veto.

Material do Facilitadora 17
Poder Judiciário
RESPONSABILIDADES: O Judiciário
tem, com exclusividade, o poder de aplicar
a lei nos casos concretos submetidos à sua
apreciação. Ou seja, a justiça só se manifesta
quando uma cidadã, uma empresa ou um
órgão público pede que ela julgue um caso.
Um órgão público pode processar uma
política acusada de desviar dinheiro, uma
mulher pode abrir um processo contra sua
empregadora, etc. Em qualquer um dos casos,
as juízas devem garantir que cada uma das partes interessadas se
manifeste (com a ajuda de defesa e acusação) e depois dar, sempre
com base nas leis, seu veredicto.

QUEM EXERCE: juízas de várias instâncias. Entenda melhor


Os Três Poderes na página 22, que traz um resumo de todos eles.  

HÁ ELEIÇÕES DIRETAS? Não. 

18 Jogo da Política
BOM TER EM MENTE QUE:
1. As regras do sistema judiciário brasileiro são extremamente
extensas, complexas e permitem diferentes interpretações. Então,
é essencial lembrar que a simulação proposta nesta metodologia é
bastante simplificada e não pretende abarcar o real funcionamento
de um processo criminal. A ideia do jogo é aproximar as participantes
da importância e complexidade de um julgamento, mas, se surgirem
dúvidas e interesse a respeito de detalhes jurídicos, pode ser bacana
propor uma pesquisa mais profunda sobre o poder judiciário e/ou
até uma conversa com uma advogada.

2. O artigo 5º da Constituição Brasileira garante o princípio do


contraditório e da ampla defesa, o que significa que toda cidadã,
quando envolvida em um processo judicial, tem direito a ser ouvida,
usando todos os meios a seu alcance para se defender de quaisquer
acusações.

3. Pessoas que precisarem de assessoria jurídica e não puderem


pagar uma advogada podem recorrer à defensoria pública de seu
estado. Este é um direito de toda cidadã brasileira, a despeito do tipo
de acusação que ela sofrer.

4. Converse com as participantes sobre o Ministério Público, órgão


independente que não faz parte de nenhum dos três poderes e
cuida de casos que ameacem os direitos previstos na Constituição
e nas leis. Ou seja, se há uma situação em que o interesse
público está sendo desrespeitado – por exemplo, desvio de verbas
em uma instituição –, qualquer cidadã ou pessoa jurídica
pode fazer uma denúncia ao Ministério Público, por escrito ou
prestando depoimento.

Material do Facilitadora 19
QUAIS SÃO OS ÓRGÃOS QUE
COMPÕEM O JUDICIÁRIO?

STF
Supremo Tribunal Federal
É o órgão máximo do Judiciário, composto por 11 ministras indicadas
pela presidenta da República, que também devem ter a aprovação do
Senado. Essas são as únicas ministras que fazem parte do Judiciário
e do Executivo, por não ser um cargo concursado e, sim, de confiança.
O Supremo deve zelar pelo cumprimento da Constituição e dar voz
final em conflitos que envolvam normas constitucionais.

STJ
Superior Tribunal de Justiça
Está abaixo do STF e julga causas criminais que envolvam
pessoas que estão em cargos com o foro privilegiado. São elas:
desembargadoras, governadoras estaduais, juízas de tribunais
regionais, federais, eleitorais e trabalhistas, ministras e outras
autoridades.

20 Jogo da Política
Justiças Estaduais

Cada estado tem o seu Tribunal de Justiça (TJ) e as juízas estaduais.


As integrantes do TJ são chamadas desembargadoras (juízas de
segunda instância) e podem contestar e avaliar a decisão de juízas
estaduais (primeira instância).

Fonte: http://geekiegames.geekie.com.br/blog/entenda-as-responsabilidades-de-cada-
um-dos-3-poderes-no-brasil-5/

Material do Facilitadora 21
Os Três Poderes

ESFERA PODER EXECUTIVO PODER LEGISLATIVO PODER JUDICIÁRIO

FEDERAL PRESIDÊNCIA CONGRESSO NACIONAL, JUSTIÇA FEDERAL


DA REPÚBLICA FORMADO PELA COMUM E
CÂMARA DOS DEPUTADAS JUSTIÇA FEDERAL
QUEM EXERCE: E O SENADO ESPECIALIZADA
PRESIDENTA,
VICE-PRESIDENTA, QUEM EXERCE:
MINISTRAS SENADORAS E
DEPUTADAS
FEDERAIS

ESTADUAL GOVERNO ASSEMBLÉIAS TRIBUNAL DE JUSTIÇA


QUEM EXERCE: LEGISLATIVAS E JUÍZAS ESTADUAIS
GOVERNADORAS,
VICES E QUEM EXERCE:
SECRETÁRIAS DEPUTADAS ESTADUAIS

MUNICIPAL PREFEITURA CÂMARAS DE


QUEM EXERCE: VEREADORAS NÃO HÁ
PREFEITAS, VICES QUEM EXERCE:
E SECRETÁRIAS VEREADORAS

http://migre.me/wAqv8

22 Jogo da Política
Por que jogar na escola?
O Jogo da Política, além de ensinar sobre política e os três
poderes de forma lúdica, instigante e ativa, é um recurso didático
completo que está em sintonia com os Quatro Pilares da Educação
da UNESCO:

1. APRENDER A CONHECER: aprender sobre o sistema político


e o funcionamento dos três poderes – Legislativo, Executivo
e Judiciário; aprender sobre a influência da mídia; sobre a
Constituição e projetos de lei; sobre como se compõe o orçamento
de uma cidade, estado e país, etc.

2. APRENDER A FAZER: neste jogo a jovem participa ativamente,


propondo projetos para o Poder Executivo; apresentando propostas
de alteração de projetos de leis reais ou criando um projeto de lei
a ser apresentado à instância devida; aprendendo a elaborar o
orçamento de uma cidade; escrevendo manchetes de jornais, etc.

3. APRENDER A SER: permite à aluna aprender a exercer sua


cidadania, a expressar suas ideias, argumentos e propostas,
possibilitando o seu desenvolvimento como pessoa e como
membro de uma comunidade.

4. APRENDER A CONVIVER: o jogo requer que a aluna aprenda a


ouvir opiniões diferentes da sua e a lidar com posições que podem,
muitas vezes, ser contrárias aos seus valores e ideais, levando-a a
desenvolver o espírito do convívio pacífico com o diverso, de modo
a possibilitar o desenvolvimento de projetos comuns.

O Jogo da Política também possibilita o desenvolvimento de várias


habilidades e competências, pois trabalha de modo bastante
completo todos os eixos cognitivos da matriz de referência do
ENEM.

Material do Facilitadora 23
EIXOS COGNITIVOS DO ENEM:
I . Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da língua portuguesa
e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica e das
línguas espanhola e inglesa – as alunas precisam escrever e expor suas
ideias, manchetes e projetos, portanto esse eixo é trabalhado em todos
os jogos. A linguagem matemática, em especial, é bastante explorada
no Jogo do Executivo, na forma de porcentagem, gráficos e tabelas.

II . Compreender fenômenos (CF): construir e aplicar conceitos das várias


áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de
processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações
artísticas – especialmente trabalhado no Jogo do Judiciário, quando elas
precisam lidar com provas, evidências, indícios, etc.

III . Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, organizar, relacionar,


interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para
tomar decisões e enfrentar situações-problema – no uso das evidências,
no Jogo do Judiciário; nos projetos desenvolvidos nos Jogos do Executivo
e Legislativo; na definição e compreensão do problema e na elaboração e
apresentação de soluções.

IV . Construir argumentação (CA): relacionar informações, representadas em


diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para
construir argumentação consistente – em todos os jogos a argumentação é uma
habilidade fundamental: para acusar ou defender, para justificar as escolhas no
orçamento, para justificar os projetos de lei criados ou alterados.

V . Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na


escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade,
respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural – na
criação de projetos, tanto no Jogo do Legislativo quanto no Jogo do Executivo.

24 Jogo da Política
Ao longo do Material da Facilitadora, faremos observações
de como aplicar o conteúdo em sala de aula, como controlar o
tempo de jogo e apresentar materiais que podem apoiar seu uso
educacional.

LEIA ANTES DE COMEÇAR A JOGAR


Uma pessoa deve assumir o papel de facilitadora, que vai ler as
cartas de instrução, controlar o tempo que o grupo terá para jogar
cada parte e, principalmente, preparar o jogo. A facilitadora não
precisa ser mais velha ou ser especialista em política. Pode ser
tanto uma professora ou educadora quanto uma jovem.
As instruções de cada jogo são numeradas, trazem o tempo
de duração de cada atividade e devem ser lidas apenas pela
facilitadora.

?! O que não fazer:


É importante ressaltar que este jogo não é um jogo competitivo,
de ganhar e perder! As jovens irão representar papéis que um
dia poderão vir a desempenhar na vida real. Não é objetivo deste
material estimular a competição ou determinar quem chega mais
perto do orçamento “correto”, nem transformá-lo em uma espécie
de bingo. Também não é objetivo usar a metodologia para dar
nota ou pontos às jogadoras.

Como controlar o tempo e por onde começar?

A melhor maneira de jogar esse jogo é ter períodos inteiros (uma


manhã ou uma tarde) para cada um dos três poderes. Desse
modo, cada jogo pode ser jogado sem interrupções.

Material do Facilitadora 25
O jogo pode começar por qualquer um dos três poderes e de
forma independente. Você escolhe de acordo com o objetivo.
Nossa sugestão é começar pelo Poder Legislativo, onde os
grupos elaboram a Constituição de uma cidade que acabou de
se declarar independente, seguindo para o Poder Executivo, onde
eles elaboram o orçamento para a cidade; e, por fim, o Poder
Judiciário, com a simulação do julgamento de um suposto crime
ocorrido na mesma cidade.

Se você estiver jogando em uma escola, o Jogo da Política pode


se transformar num grande projeto envolvendo várias turmas e
disciplinas e que pode durar um bimestre, um semestre ou até
todo o ano letivo.

Ele também pode ser jogado em horário de aula regular. Nesse


caso, ele terá que ser dividido em etapas que caibam em uma
aula.

Você encontrará dicas de como dividir cada um dos jogos,


disciplinas relacionadas ao tema, dinâmicas do jogo e sugestões
de como ir além e criar projetos com seus alunos no decorrer
deste manual, no final da discussão do jogo de cada Poder.

26 Jogo da Política
1
JOGO DO
EXECUTIVO

Material do Facilitadora 27
INFORMAÇÕES BÁSICAS

6 A 18 JOGADORAS
em grupos de, no mínimo, 3 pessoas

IDADE INDICADA
preferencialmente entre

15 e 24 anos

DURAÇÃO MÍNIMA DE 3 HORAS que podem ser divididas em


dois ou mais dias de atividades

COMPONENTES
29 fichas plastificadas com as funções e subfunções do orçamento
folhas para preencher o orçamento

MATERIAL NECESSÁRIO
Lápis ou caneta
Borracha
Material Dourado

28 Jogo da Política
HORA DE
COMEÇAR!

Material do Facilitadora 29
ETAPA 1
DEBATE SOBRE O ORÇAMENTO Todo o grupo 20 min Sem internet

O Jogo do Executivo é sobre dinheiro, parte importante da gestão de


uma cidade. Pergunte a todas qual é, na opinião delas, o orçamento do
município em que vivem*. Deixe elas chutarem! Aqui vão alguns valores
de referência, de 2016:

31
cidade do R$
Rio de Janeiro
bilhões MATERIAL NECESSÁRIO
Fichas de função
54 bilhões
cidade de R$
São Paulo

3
R$

Brasil trilhões
(valores aproximados)

* VOCÊ VAI PRECISAR TER ESSA RESPOSTA ANTES DE COMEÇAR A JOGAR.


Idealmente, essa informação pode ser encontrada no site da sua
prefeitura. Se não estiver lá, você pode ligar para a prefeitura e solicitar
essa informação, assim como a divisão desse orçamento por funções
(educação, saúde, etc.), com base na Lei de Acesso à Informação.
OU: Se você não conseguir encontrar essa informação, pode
usar o orçamento de São Paulo para o ano de 2018. Lembrando
que São Paulo é uma cidade com 12 milhões de habitantes,
aproximadamente.

Depois dos chutes, converse um pouco sobre o significado desse


valor. O que é possível fazer, por exemplo, com o orçamento da
cidade de São Paulo? Pra ter uma ideia, com essa quantia é
possível construir 50 estádios de futebol e mais de um milhão de
casas populares!

30 Jogo da Política
Aqui, listamos alguns preços de coisas caras e baratas. Passe
esses valores às participantes e façam as contas sobre o que é
possível fazer com o orçamento de seu município:

Salário mínimo = aproximadamente R$ 950


Carro popular = R$ 30 mil
Construção de uma casa popular = R$ 50 mil
Construção de 1 km de metrô = R$ 270 milhões
Reforma do Estádio do Maracanã = R$ 1,2 bilhão

Também vale pensar em coisas que estejam mais próximas da


realidade das participantes ou da cidade, como um hospital ou
uma ponte.

b) Depois, pergunte para as participantes como elas acham que a


prefeitura gasta o dinheiro de sua cidade, em que áreas esse valor é
investido. Em um orçamento de governo, essas áreas são chamadas
de funções (no material, há fichas de cada uma delas). Faça um
jogo de adivinhação. Dê dicas. As participantes vão se lembrar de
várias, mas provavelmente vão se esquecer de algumas, como
Encargos Especiais, que é a dívida do município, ou Legislativa,
que é a quantia gasta com a Câmara de Vereadores. Mostre as
fichas com as funções. Importante: cada esfera (municipal, estadual
e federal) tem autonomia para gastar dinheiro com essas funções.
Em alguns municípios, por exemplo, não se gasta nada com a
função de Defesa Nacional, já que isso é atribuição da esfera
federal. Sugerimos que, na preparação do jogo, consulte no
seu município quais são as funções designadas e quais as
responsabilidades acordadas para cada uma. Por exemplo: a
coordenação de transportes públicos municipais está dentro na
função Urbanismo. Cada município tem autonomia para definir
suas funções e atribuições de acordo com a Lei Orçamentária.

Material do Facilitadora 31
ETAPA 2
DIVISÃO DO ORÇAMENTO Em grupos 30 min Sem internet

Agora que todas já conhecem o valor do orçamento da cidade e as


funções, é hora de imaginar como isso é dividido no mundo real.
Para isso, sugerimos que você utilize o Material Dourado. Cada
grupo recebe as peças que compõem 100% do valor do orçamento
e deve fazer a divisão desse montante entre as funções. O ideal é
trabalhar com porcentagens. Veja o exemplo:

2,92%
ASSISTÊNCIA SOCIAL
7,96%
TRANSPORTE

M ATE R I A L D O U R A D O
É uma ferramenta pedagógica muito utilizado nas aulas de
Matemática. Ele é composto de placas, fileiras e cubinhos
para se trabalhar volume e proporção. Para o jogo, sugerimos
que você monte kits de 100% do orçamento, usando:
3 PLACAS, 60 FILEIRAS, 100 CUBOS.

10% placa

1% fileira

0,1% cubo

32 Jogo da Política
Sugira que os grupos organizem as funções na mesa para que
fiquem em ordem numérica e com cinco fileiras. Aqui, começa uma
pequena história para orientar as atividades.

LEIA PARA OS GRUPOS:


“Você acabou de ganhar a eleição como
prefeita, está assumindo o mandato desta cidade e a prefeita
anterior fez o seu orçamento – com o qual você vai trabalhar.
Quando uma prefeita assume, no primeiro ano ela tem que
trabalhar com o orçamento desenhado pela prefeita anterior.
Como você acha que, atualmente, está organizado o orçamento
de sua cidade? Quanto de dinheiro vai para cada uma das
funções? Divida agora esse orçamento!”

  AT E N Ç Ã O !
PERGUNTAS FREQUENTES NESTA ETAPA:

O que são encargos especiais?


São a dívida pública. Para o município, essa dívida é com estado e federação.

O que está incluso em cada função?


Isso varia. Cada município/estado tem autonomia para definir o que cabe
como gasto em cada função – desde que respeitada uma lógica. Portanto,
vale buscar no seu município como essa discriminação de gastos é feita.

Qual é a divisão entre as esferas?


Checar a tabela da página 22.

MATERIAL NECESSÁRIO:
Fichas de função;
Folhas de orçamento
Material Dourado

Material do Facilitadora 33
ETAPA 3
DEBATE SOBRE A DIVISÃO
Todo o grupo 20 min Sem internet
DO ORÇAMENTO
Cada grupo apresenta sua divisão e todas podem questionar a
divisão das outras.

PERGUNTAS QUE PODEM AJUDAR NA DISCUSSÃO:


1. Quais as três áreas que receberam mais dinheiro? Por quê?
2. Quais as três áreas que receberam menos dinheiro? Por quê?
3. O que elas acharam interessante ou estranho na divisão dos outros
grupos? Por quê?
4. Vocês acham que essas escolhas representam as escolhas da
prefeita atual?

FUNÇÕES VALORES VALORES VALORES


DO ORÇAMENTO IMAGINADOS (%) IDEAIS (%) REAIS (%)

01 - LEGISLATIVA
02 - JUDICIÁRIA
03 - ESSENCIAL À JUSTICA
04 - ADMINISTRAÇÃO
05 - DEFESA NACIONAL
06 - SEGURANÇA PÚBLICA
07 - RELAÇÕES EXTERIORES
08 - ASSISTÊNCIA SOCIAL
09 - PREVIDÊNCIA SOCIAL
10 - SAÚDE
11 - TRABALHO
12 - EDUCAÇÃO
MATERIAL NECESSÁRIO
13 - CULTURA
Folhas de orçamento
14 - DIREITOS DA CIDADANIA
15 - URBANISMO
16 - HABITAÇÃO
34 Jogo da Política
17 - SANEAMENTO
18 - GESTÃO AMBIENTAL
19 - CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Além disso, peça para os grupos preencherem a folha do orçamento
com a porcentagem destinada a cada área, na coluna Valores
Imaginados, para que ao final do jogo elas possam comparar a
divisão que fizeram com o orçamento real.

ETAPA 4
DIVISÃO DO ORÇAMENTO IDEAL
Agora, os grupos terão a chance de
imaginar o orçamento da cidade em
Em grupos 30 min Sem internet que gostariam de viver. Com o mesmo
material, farão a redistribuição das
porcentagens.

LEIA PARA OS GRUPOS:


“Agora é hora de redistribuir o orçamento
de acordo com o que é prioridade para o governo de vocês.
Como é dividido o orçamento da cidade ideal?”

FUNÇÕES VALORES VALORES VALORES


DO ORÇAMENTO IMAGINADOS (%) IDEAIS (%) REAIS (%)

01 - LEGISLATIVA
02 - JUDICIÁRIA
03 - ESSENCIAL À JUSTICA
04 - ADMINISTRAÇÃO
05 - DEFESA NACIONAL
06 - SEGURANÇA PÚBLICA
07 - RELAÇÕES EXTERIORES
08 - ASSISTÊNCIA SOCIAL
09 - PREVIDÊNCIA SOCIAL
10 - SAÚDE
11 - TRABALHO
12 - EDUCAÇÃO
13 - CULTURA Saúde
ação
14 - DIREITOS DA CIDADANIA
10
Habit
15 - URBANISMO
16 - HABITAÇÃO
16 17 - SANEAMENTO
18 - GESTÃO AMBIENTAL
19 - CIÊNCIA E TECNOLOGIA

MATERIAL NECESSÁRIO:
20 - AGRICULTURA
21 - ORGANIZAÇÃO AGRÁRIA
22 - INDÚSTRIA
23 - COMÉRCIO E SERVIÇOS

Fichas de função; 24 - COMUNICAÇÕES


25 - ENERGIA
26 - TRANSPORTE

Folhas de orçamento e
27 - DESPORTO E LAZER
28 - ENCARGOS ESPECIAIS
29 - RESERVA DE CONTINGÊNCIA

Material Dourado

Material do Facilitadora 35
ETAPA 5
DEBATE SOBRE A DIVISÃO
Todo o grupo 20 min Sem internet
DO ORÇAMENTO IDEAL
Cada grupo apresenta sua divisão e todos podem questionar a
divisão do outro grupo.
PERGUNTAS QUE PODEM AJUDAR NA DISCUSSÃO:
1. O que mudaram de mais significativo? Por quê?
2. O que deu mais briga entre o grupo? Por quê?
3. O que acharam interessante ou estranho na divisão dos outros
grupos? Por quê?
4. Alguém quis economizar ou deixou de gastar dinheiro?

FUNÇÕES VALORES VALORES VALORES


DO ORÇAMENTO IMAGINADOS (%) IDEAIS (%) REAIS (%)

01 - LEGISLATIVA
02 - JUDICIÁRIA
03 - ESSENCIAL À JUSTICA
04 - ADMINISTRAÇÃO
05 - DEFESA NACIONAL
06 - SEGURANÇA PÚBLICA
07 - RELAÇÕES EXTERIORES
08 - ASSISTÊNCIA SOCIAL
09 - PREVIDÊNCIA SOCIAL
10 - SAÚDE
11 - TRABALHO
Além disso, peça para os grupos preencherem a folha do orçamento
12 - EDUCAÇÃO
com a porcentagem destinada a cada área, na coluna Valores
13 - CULTURA
Ideais, paraDAque
14 - DIREITOS ao final do jogo elas possam comparar com o
CIDADANIA
orçamento real.
15 - URBANISMO
16 - HABITAÇÃO MATERIAL NECESSÁRIO
17 - SANEAMENTO Folhas do orçamento
18 - GESTÃO AMBIENTAL
19Jogo
36 - CIÊNCIA E TECNOLOGIA
da Política
20 - AGRICULTURA
21 - ORGANIZAÇÃO AGRÁRIA
22 - INDÚSTRIA
ETAPA 6
APRESENTAÇÃO DO ORÇAMENTO
Todo o grupo 40 min
REAL E DEBATE

Apresente o orçamento real – pode ser como um bingo: cada grupo


diz em voz alta quanto colocou e você revela o valor correto! Para
visualizar melhor os resultados, peça para os grupos preencherem
a folha do orçamento com a porcentagem destinada a cada área,
na coluna Valores Reais, e compare as três colunas. Nesta caixa
trazemos como exemplo o orçamento da cidade de São Paulo para
2018, mas o ideal é que você tenha o da sua cidade.

ELEFANTES- EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA
POR FUNÇÃO
FUNÇÕES DO ORÇAMENT
O
VALOR EM R$
ADMINISTRAÇÃO % DO ORÇAMENT
O
R$ 14,784,145.99
AGRICULTURA 13.61%
R$ 2,964,626.74
ASSISTÊNCIA SOCIAL 2.73%
R$ 3,339,322.65
COMÉRCIO E SERVIÇOS 3.07%
R$ 658,043.31
COMUNICAÇÕES 0.61%
R$ 446,855.57
CULTURA 0.41%
R$ 827,944.43
DESPORTO E LAZER 0.76%
R$ 1,372,552.49
EDUCAÇÃO 1.26%
R$ 37,207,935.62
ENCARGOS ESPECIAIS 34.25%
R$ 3,035,582.06
ENERGIA 2.79%
R$ 1,520,926.94
GESTÃO AMBIENTAL 1.40%
VALORES
R$ 374,335.8
VALORES VALORES
HABITAÇÃO FUNÇÕES 4 REAIS (%)
IDEAIS (%) 0.34%
IMAGINADOS (%)
DO ORÇAMENTO R$ 867,437.77
INDÚSTRIA 0.80%
A R$ 3,680,706.71
01 - LEGISLATIV
LEGISLATIVA 3.39%
R$ 2,367,824.19
02 - JUDICIÁRIA
SANEAMENTO 2.18%
R$ 1,004,928.44
SAÚDE 03 - ESSENCIAL À JUSTICA 0.93%
R$ 21,650,586.65
04 -
SEGURANÇA PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO 19.93%
R$ 652,827.71
TRANSPORTE
05 - DEFESA NACIONAL 0.60%
R$ 5,143,960.92
URBANISMO
06 - SEGURANÇA PÚBLICA 4.73%
S
07 - RELAÇÕES EXTERIORE R$ 6,737,025.34 6.20%
TOTAL
08 - ASSISTÊNCIA SOCIAL R$ 108,637,638.79
100%
09 - PREVIDÊNCIA SOCIAL
10 - SAÚDE
11 - TRABALHO
12 - EDUCAÇÃO
13 - CULTURA
14 - DIREITOS DA CIDADANIA
15 - URBANISMO
16 - HABITAÇÃO
17 - SANEAMENTO
L
18 - GESTÃO AMBIENTA
IA
19 - CIÊNCIA E TECNOLOG
20 - AGRICULTURA
AGRÁRIA
21 - ORGANIZAÇÃO

MATERIAL NECESSÁRIO:
22 - INDÚSTRIA
23 - COMÉRCIO E SERVIÇOS
24 - COMUNICAÇÕES
25 - ENERGIA
26 - TRANSPORTE

Folhas de orçamento
27 - DESPORTO E LAZER
28 - ENCARGOS ESPECIAIS
CIA
29 - RESERVA DE CONTINGÊN

Material do Facilitadora 37
É HORA DE
REFLETIR
1. Quais foram os três maiores
orçamentos?
Como o orçamento real mudou
2.
sua percepção dos gastos feitos
na sua cidade?
3. Aproveite o momento para discutir
notícias atuais dos jornais da sua
cidade, como: rombo da previdência,
orçamento da merenda, salário dos
professores, dívidas e juros no banco,
redução da dívida dos municípios,
pedalada fiscal, etc.
Também serve como exercício
4.
comparar os orçamentos da prefeita
atual aos da anterior.

38 Jogo da Política
Como usar na escola
JOGO DO EXECUTIVO
Esse jogo pode ser facilmente dividido em duas ou três aulas.

AULA 1: introdução ao jogo, ao tema e à distribuição, pelos grupos, do


orçamento imaginado (o que elas acham que a atual prefeita fez).

AULA 2: os grupos fazem a distribuição do orçamento como acham que


seja ideal (aqui cabe uma ampla discussão sobre visão de cidade e as
escolhas realizadas pelas jovens).

AULA 3: apresentação do orçamento real e comparação entre o que elas


imaginaram e o ideal de cada grupo.

DISCIPLINAS RELACIONADAS
• Matemática • Ciências
• Sociologia e Filosofia • Português (argumentação)
• Geografia (Urbanismo) • Educação e Cultura
• História

TEMAS
• Unidade de medidas e escala; • Questões ambientais, educacionais,
proporção; construção e leitura de de saúde e saneamento básico
gráficos • O que é prioridade e como se
• Visão de mundo e urbanismo: define o que é prioridade? Como
qual cidade queremos? O que são chegamos a um consenso e como
cidades sustentáveis? tomamos decisões?

• Os 17 Objetivos do • Como se constitui um orçamento?


Desenvolvimento Sustentável e Impostos e taxas; funções de
os Eixos da Plataforma Cidades governo; dívida pública.
Sustentáveis (ODS)

Material do Facilitadora 39
Possibilidades de projetos
a partir do jogo

I. Orçamento da escola
Em vez de trabalhar o orçamento da cidade, você pode usar a
estrutura do jogo para entender como são gastos os recursos
da escola onde estudam. Comece perguntando qual o montante.
Depois entendam como ele é distribuído. Questione as alunas
como podem propor (e executar) mudanças e melhorias com
esse orçamento. A partir disso, elas podem, em grupos, elaborar
projetos e apresentá-los para a diretoria e, caso o projeto seja
aprovado, podem distribuir tarefas para a sua realização. A questão
a ser resolvida pelo projeto pode também estar relacionada a um
problema real da escola ou a algo que seja o sonho dos alunas
(uma boa metodologia para isso é a do Criativos da Escola: http://
criativosdaescola.com.br/).

II. Emenda parlamentar


Depois de desenhar o orçamento do município, uma ideia de projeto
que pode ser usada após o jogo é transformar cada jogadora em
uma vereadora ou de sua cidade para trabalhar com problemas
reais e locais. Como vereadoras, elas deverão apresentar uma
emenda parlamentar que resolva um dos problemas diagnosticados
pelo grupo durante a discussão do orçamento.

40 Jogo da Política
O QUE É UMA VEREADORA? No Brasil, uma vereadora é um
membro da Câmara Legislativa de um município e tem a função de
criar e votar leis com base no interesse público, além de fiscalizar o
trabalho da prefeita e de sua equipe. Ela é eleita por voto direto pela
população da cidade.

EMENDA PARLAMENTAR É um instrumento que permite


às vereadoras participarem da elaboração do orçamento anual
e trabalharem para que investimentos sejam feitos nas regiões ou
causas que elas representam. Normalmente, as vereadoras usam as
emendas para cumprir compromissos com as eleitoras. O valor das
emendas é determinado na votação do orçamento e varia de cidade
para cidade e de ano para ano.

Como fazer isso?

LEIA PARA OS GRUPOS:


“Agora que vocês elencaram os maiores
problemas da cidade, é o momento de pensar
em soluções para um deles! Escolham o problema que querem
resolver. Agora, vamos usar a técnica do brainstorm, que significa
algo como “chuva de ideias”. A regra é a seguinte: dentro do grupo
ou individualmente, escrevam 20 linhas de ideias que poderiam
solucionar o problema. Uma ideia por linha e vale QUALQUER
IDEIA, por mais mirabolante que pareça. A intenção aqui é soltar a
imaginação e não se censurar.”

Material do Facilitadora 41
ETAPA 1
APRESENTAÇÃO DAS IDEIAS
Essa ideia será detalhada em um projeto, que pode custar de R$
50 mil a R$ 400 mil.

LEIA PARA OS GRUPOS:


“Agora vocês devem escolher, por meio de
votação dentro do grupo, uma das ideias para
ser transformada em um projeto concreto, que possa ser viabilizado
através de uma emenda parlamentar. Cada membro do grupo tem
direito a três votos e a ideia mais votada ganha. Você pode dar seus
três votos para uma mesma ideia, se quiser.”

ETAPA 2
BRAINSTORM DE SOLUÇÕES
PARA OS PROBLEMAS
CHEGOU O MOMENTO DE DESENHAR O PROJETO

Em um papel, responda:

• Qual o objetivo do projeto?

• Que público o seu projeto vai atender?

• Onde ele vai acontecer?

• Descreva o passo a passo para realizar seu projeto e o tempo


de execução

• Como vocês vão avaliar se o projeto deu certo?

42 Jogo da Política
ETAPA 3
DESENHO DO PROJETO
LEIA PARA OS GRUPOS:
“Agora, transforme o projeto em uma emenda
parlamentar, que deve ser proposta com a seguinte estrutura:
• O que é este projeto?
• Justificativa (por que ele precisa existir?)
• Orçamento (quanto vai custar em materiais e pessoas para
executar?)
• Órgão executor (procure no seu município qual secretaria é
responsável por executá-lo)”

Para isso, separe materiais como sucata, lixo reciclável, lápis de


cor, massinha, canetinhas, tesoura e cola.

ETAPA 4
TRANSFORMAR O PROJETO EM EMENDA
PARLAMENTAR

Peça a cada grupo para apresentar sua proposta e protótipo


e abra para o debate. Algumas perguntas norteadoras:
• O que esse projeto tem de relevante?
• Como impacta o orçamento da cidade?
• Pode ser executado na nossa cidade?
• Existem melhorias a fazer nele?

Material do Facilitadora 43
ETAPA 5
ENCONTRAR A VEREADORA ADEQUADA PARA
APRESENTAR A EMENDA PARLAMENTAR E O
PROJETO

LEIA PARA OS GRUPOS:


“Vocês pensaram em projetos super-
interessantes, que poderiam de fato ajudar
a população de nossa cidade. Que tal tentar transformá-los em
realidade? Pesquisem na internet uma vereadora que se identifique
com a causa do projeto e entrem em contato com ela, para que ela
possa adotá-la e tentar implementá-la.”

ALGUMAS DICAS PARA VOCÊ ENCONTRAR A VEREADORA:


• Acesse o site da Câmara de sua cidade e procure os projetos
propostos e/ou defendidos por cada uma delas. Veja quais têm o
perfil mais próximo do seu projeto. Lembre-se: se essa informação
não estiver no site, ligue!

• Uma boa forma de conferir se a vereadora tem relação com


seu projeto é pesquisar suas páginas nas redes sociais, como
Facebook e Twitter. Veja o que ela posta por lá, quais são suas
posições políticas. Ou, no caso de cidades menores, sua vereadora
pode estar mais próxima do que você imagina. Pode ser a dona da
padaria, a professora da sua escola, a cabeleireira. Procure saber.

44 Jogo da Política
• Se seu projeto estiver relacionado com alguma região específica,
você pode perguntar às moradoras em quem elas votaram nas
últimas eleições. Uma vereadora popular naquele lugar pode se
interessar em apoiar sua ideia.

• Na campanha para o projeto granhar mais força, faça textos,


vídeos e memes explicando e defendendo a proposta. Lembre-
se de usar seu protótipo para apresentar a ideia para a sua
comunidade (online – pelas redes sociais e em projetos como a
rede Nossas Cidades, Avaaz e Change – e abordando as pessoas
nas ruas). Mande esse material para a vereadora e também
publique nas redes sociais.

Para saber mais sobre orçamento, pesquise sobre a a auditoria


cidadã da dívida pública e a lei de responsabilidade fiscal. Agora,
o legislativo vai aprovar essa proposta de orçamento.

Links Importantes
EXECUTIVO NO BRASIL
http://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_Executivo_do_Brasil

POLITIZE
http://www.politize.com.br/temas

PORTAL DA TRANSPARÊNCIA DA PREFEITURA DE SÃO PAULO


http://transparencia.prefeitura.sp.gov.br/Paginas/home.aspx

TRANSPARÊNCIA BRASIL
http://www.governoaberto.cgu.gov.br

ORÇAMENTO FEDERAL: http://www.orcamentofederal.gov.br/orcamentos-anuais/


orcamento-2016/orcamentos_anuais_view?anoOrc=2016

Material do Facilitadora 45
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46 Jogo da Política
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ADO
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FUNÇÕES VALORES VALORES VALORES


DO ORÇAMENTO IMAGINADOS (%) IDEAIS (%) REAIS (%)

01 - LEGISLATIVA
02 - JUDICIÁRIA
OVAD O
03 - ESSENCIAL À JUSTICA
04 - ADMINISTRAÇÃO
05 - DEFESA NACIONAL
06 - SEGURANÇA PÚBLICA
07 - RELAÇÕES EXTERIORES
08 - ASSISTÊNCIA SOCIAL
09 - PREVIDÊNCIA SOCIAL
10 - SAÚDE
11 - TRABALHO
12 - EDUCAÇÃO
13 - CULTURA
14 - DIREITOS DA CIDADANIA
DO:
15 - URBANISMO
16 - HABITAÇÃO
17 - SANEAMENTO
18 - GESTÃO AMBIENTAL
19 - CIÊNCIA E TECNOLOGIA
20 - AGRICULTURA
21 - ORGANIZAÇÃO AGRÁRIA
22 - INDÚSTRIA
23 - COMÉRCIO E SERVIÇOS
24 - COMUNICAÇÕES
25 - ENERGIA
26 - TRANSPORTE
27 - DESPORTO E LAZER
28 - ENCARGOS ESPECIAIS
29 - RESERVA DE CONTINGÊNCIA

Material do Facilitadora 47
2
JOGO DO
LEGISLATIVO

48 Jogo da Política
INFORMAÇÕES BÁSICAS

9 A 18 JOGADORAS
separadas em 3 grupos

IDADE INDICADA
preferencialmente entre

15 e 24 anos

DURAÇÃO DE APROXIMADAMENTE 4 HORAS que podem ser


divididas em dois ou mais dias de atividades

COMPONENTES
8 fichas com os nomes e descritivos de cada comissão
Exemplos de leis para alteração
Ficha de alteração de projeto de lei
3 imagens do Jogo das 7 Leis
Fichas dos partidos

MATERIAL NECESSÁRIO
Lápis ou caneta Constituição
Cartolina ou A3 Post-its

Material do Facilitadora 49
HORA DE
COMEÇAR!

50 Jogo da Política
ETAPA 1
O JOGO DAS 7 LEIS Em grupos 20 min Sem internet

Dê para cada grupo uma ilustração do Jogo das 7 Leis. A missão delas
é encontrar na imagem sete leis, no mínimo, que revelam a existência
de regras ou mesmo o desrespeito a elas.

As participantes vão escrever as respectivas leis em post-its e colocar


sobre a imagem. Ao fim de 10 minutos, você pede que comentem as
leis encontradas. As imagens não possuem gabarito, a ideia é que esse
seja um aquecimento para discutir a importância de estabelecermos
regras e também o que acontece quando elas não existem.

MATERIAL NECESSÁRIO:
Imagens do Jogo das 7 Leis
Post-its
Material do Facilitadora 51
ETAPA 2
CRIAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO Em grupos 30 min Sem internet

DA CIDADE DE ELEFANTES
Agora, cada grupo terá um tempo para criar a Constituição da sua
cidade ideal.

LEIA PARA OS GRUPOS:


“Vocês, agora legisladoras, foram transportadas
para uma cidade de 30 mil habitantes chamada
Elefantes, que declarou independência do país. Em grupo, vocês devem
pensar quais leis são mais importantes para o bom funcionamento de
uma cidade e, então, escolher dez leis que serão a Constituição do novo
município. Pensem que a Constituição de um país ou de um estado e a lei
orgânica de um município são as principais leis daquele lugar, que não
podem ser alteradas por outras leis. Tudo que não é proibido é permitido.
Por exemplo: se não colocar “não matar”, as pessoas vão poder matar.

MATERIAL NECESSÁRIO: Cartolina (ou A3) e caneta

ETAPA 3
APRESENTAÇÃO E TROCA DAS Em grupos 20 min

CONSTITUIÇÕES
Cada grupo tem 2 minutos para apresentar aos outros a sua
Constituição e como chegou a essas leis. Nesse momento, as
participantes não devem fazer perguntas, porque as leis serão alvo
de debate na próxima etapa.

Os grupos devem trocar suas constituições e terão o tempo restante


para avaliar as leis que receberam, levando em conta questões como:
essas leis fazem sentido? Que polêmicas levantam? Como afetam
a vida das moradoras? São importantes o bastante para estarem
na Constituição?

52 Jogo da Política
ETAPA 4
CRIE UMA CENA Em grupos 20 min

Peça às participantes que reflitam e problematizem um artigo


da Constituição do outro grupo. Elas devem pensar sobre o que
poderia dar errado na cidade caso aquela regra fosse realmente
uma lei, imposta a todos as habitantes. A partir disso, cada grupo
terá 5 minutos para criar uma encenação que represente uma
situação onde uma – ou mais – das leis criadas tenha um furo ou
falha. As participantes de cada grupo serão as personagens da
história. Cada grupo terá até 5 minutos para apresentar sua cena.

I M PO RTA N T E !
Antes de seguir, é importante conversar com o grupo sobre o
funcionamento do processo legislativo. No Brasil, quando um
projeto de lei (PL) é criado na Câmara de Vereadoras, na Assembleia
Estadual ou na Câmara Federal, ele deve passar por um processo
de aprovação. De forma geral, as parlamentares se dividem em
comissões que avaliam – de acordo com suas especificidades – os
problemas e furos dessa lei. Assim como as jogadoras fizeram no
exercício anterior. Depois de avaliados, os PLs podem ser alterados
por essas comissões e, só então, seguem para votação na plenária.
Se aprovados, viram lei. O sistema foi desenhado para que não
haja possibilidade de um projeto criado ser inconstitucional.
Ou seja, que desrespeite ou vá contra a lei magna criada para
garantir os princípios e direitos básicos da nação.

Material do Facilitadora 53
ETAPA 5
DISTRIBUIÇÃO DOS PARTIDOS Em grupos 5 min

Cada participante assume o papel de vereadora de Elefantes e


irá receber da facilitadora uma ficha com o nome de um partido.
A ideia aqui não é criar estereótipos, mas provocar uma reflexão
sobre papéis políticos e o imaginário popular. Os partidos aqui
listados foram selecionados com base na expressão simbólica dos
mesmos em território nacional.

MATERIAL NECESSÁRIO: Fichas dos partidos

LEIA PARA OS GRUPOS:


“Para as próximas etapas, vocês devem agir
de forma a defender os interesses desse
partido na Câmara.”

Distribua as Fichas dos Partidos de acordo com o número total de


jogadoras e guarde as fichas restantes. A facilitadora pode incluir
ou trocar partidos de acordo com conjuntura política do momento.

Partidos Número de cartas distribuídas conforme os jogadores


PSOL 1 1 2 2 2
PT 1 2 2 3 3
MDB 2 3 3 4 5
PSDB 1 2 3 3 3
REDE 0 0 0 0 1
PMB 0 0 0 0 1
DEM 0 0 0 1 1
PSC 1 1 2 2 2
Total de até 6 7a9 10 a 12 13 a 15 16 a 18
jogadores

54 Jogo da Política
ETAPA 6
DISTRIBUIÇÃO E ALTERAÇÃO Em grupos 60 min

DE PROJETOS DE LEIS
Os grupos receberão da facilitadora um projeto de lei (que deve ser o
mesmo para todos os grupos).

MATERIAL NECESSÁRIO: PLs e fichas de alteração

LEIA PARA OS GRUPOS:


“A tarefa de vocês agora, como vereadoras
de Elefantes, será assumir a função da
comissão designada ao seu grupo, lembrando também do partido
político que vocês representam. Essa comissão, dentro do
sistema Legislativo, avalia a legalidade de um projeto de lei e se
ela apresenta incoerências de acordo com a sua comissão. Cada
vereadora deve fazer, individualmente, três propostas de alteração
no PL (adeque o número de alterações com o tempo e quantidade
de participantes. Se o tempo for curto ou o grupo grande, peça
uma ou duas alterações por participante). Essas propostas serão
encaminhadas à relatora da comissão, que deve selecionar até
quatro alterações, no total, para serem apresentadas na Plenária.”

Neste jogo, você encontra dois exemplos de projetos de lei, adaptados


de projetos reais para facilitar o jogo. Eles se encontram no final do
manual, junto com Materiais para Copiar. Cada participante deve
receber uma cópia para agilizar o trabalho. Nossa sugestão é para
que você, facilitadora, busque na Câmara Municipal de sua cidade por
um projeto de lei que esteja em discussão no momento do jogo, pois
assim você cria uma conexão com questões reais e, pode, inclusive,
sair com ótimas sugestões para encaminhar aos vereadores de sua
cidade!

Material do Facilitadora 55
ETAPA 7
COMISSÕES DE MÉRITO Em grupos 10 min

COMO ESCOLHER AS DIVISÕES DE MÉRITO - A facilitadora deve dividir a turma


em grupos e definir para cada grupo uma comissão de Mérito, descritas
nas fichas. Na Câmara das Deputadas, em Brasília, os projetos de lei
passam, obrigatoriamente, pela comissão de Constituição e Justiça,
pela comissão de Finanças e por comissões de Mérito, que são
especializadas em determinados assuntos, como educação, saúde,
segurança e previdência. Cabe a cada comissão analisar um projeto
de lei de acordo com sua especificidade. As comissões têm também
uma relatora, que pode ser designada pela facilitadora ou pelo próprio
grupo. A relatora é quem irá receber as sugestões de alteração na lei e
deverá avaliar quais passam para a próxima etapa do jogo.

LEIA PARA OS GRUPOS:


Para o jogo, nós criamos comissões fictícias,
baseado numa pesquisa em diferentes cidades do país. Embora
fictícias e agrupadas em temas afins para simplificar o jogo, elas
se relacionam com comissões reais. Pesquise na sua cidade para
saber como elas são chamadas e, se quiser, trabalhe com peças ao
invés de usar as nossas. Para isto, crie novas fichas com os nomes
das comissões da sua cidade.

MATERIAL NECESSÁRIO: Fichas das comissões

CCJ - Comissão de Constituição e Justiça


CECEL - Comissão de Educação, Cultura, Esportes e Lazer
CSMA - Comissão de Saúde, Saneamento Básico e Meio Ambiente
CSP - Comissão de Segurança e Patrimônio Público
CDHAS - Comissão de Direitos Humanos e Assistência Social
CPU - Comissão de Política Urbana e Habitação
CAEC - Comissão de Atividade Econômica, Comércio, Indústria e Turismo
CFOG - Comissão de Finanças, Orçamento e Gestão Pública

56 Jogo da Política
ETAPA 8
PLENÁRIA Em grupos 10 min

As versões finais das leis vão para a Plenária (onde os grupos


menores viram um grande grupo de vereadoras). Na Plenária, as
relatoras entregam suas sugestões de emendas para a presidenta
(que pode ser a própria facilitadora ou uma jogadora). A presidenta
agrupa as alterações por artigo ou afinidade. Chega o momento da
votação. Em voz alta, a presidenta lê as emendas, que são votadas,
uma a uma. Vereadoras podem se manifestar, contra ou a favor,
individualmente e no limite de uma por partido, por um minuto cada,
antes da votação de cada emenda proposta. Cabe à presidenta
autorizar ou não a fala. Vence o que for decidido pela maioria. No
caso de empate, a presidenta tem o voto de Minerva.

Se emendas do mesmo artigo tiverem sugestões de IMPORTANTE!


texto diferentes, vale sempre a primeira alteração
aprovada. Nesse caso, as outras alterações não são votadas. Quando uma
emenda não é aprovada em votação, a presidenta pode colocar para votação
outra sugestão de emenda no mesmo artigo, caso ela exista.

No fim do processo, a presidenta recolhe apenas as alterações


aprovadas e faz a releitura do projeto de lei, que é votado
novamente, agora por inteiro, por maioria simples.

MATERIAL NECESSÁRIO:
Fichas de alteração preenchidas

Material do Facilitadora 57
Atenção: as sugestões de alteração devem ser claras. A vereadora
pode suprimir um artigo de lei, modificar um artigo de lei ou acrescentar
um novo artigo.
Essas alterações seguem para a relatora nos últimos 20 minutos. Ela
será a última a analisar a lei, considerando as sugestões de emenda das
vereadoras de seu grupo, e vai decidir quais levar para a Plenária.

58 Jogo da Política
É HORA DE
REFLETIR

1. O que você aprendeu sobre o processo


legislativo?

Como isso mudou sua percepção


2.
sobre a produção de leis e sobre alianças
entre partidos?

3. Você imagina um funcionamento


melhor para esse sistema?

Material do Facilitadora 59
Como usar na escola
Jogo do Legislativo
Esse jogo pode ser dividido em três aulas:

•  AULA 1: elaboração da constituição de Elefantes.


•  AULA 2: elaborar as alterações de um projeto de lei.
•  AULA 3: apresentar e votar as alterações propostas

Disciplinas relacionadas
• Sociologia e Filosofia
• Geografia
• História
• Português

Temas
• Ética, moral e Justiça; • Legal e ilegal;

• Leis: o que são e para que • Direitos e deveres;


servem?; • Regimento interno da escola;
• Constituições: o que diz a • Códigos de honra;
nossa e para que servem?; • Cidadania e protagonismo.
• Construção de texto e de
argumentação;

60 Jogo da Política
Possibilidades de projetos a
partir do jogo

I. Conheça a Câmara
Você pode levar suas alunas para conhecer a Câmara das Vereadoras
de sua cidade. Muitas têm programação especial para escolas,
pesquise como funciona a da sua cidade e agende uma visita!

Se você estiver na cidade de São Paulo, você também pode participar


do projeto Gabinete 56 (http://gabinete56.com.br) e passar o dia em
uma visita guiada, participando das sessões programadas para o dia e
entendendo o que acontece “nos bastidores” da Câmara Municipal de
São Paulo.

II. Proponha um Projeto de Iniciativa Popular


No momento em que aplicar o jogo, você pode propor a criação de
um projeto de lei ou a alteração de um projeto existente que esteja
em tramitação na esfera municipal, estadual ou federal. Por exemplo,
quando este jogo foi criado, o Projeto Escola sem Partido era um dos
projetos em discussão, e uma das aplicações foi exatamente estudá-lo
e propor modificações. Abaixo, você encontra um roteiro detalhado que
explica como propor modificações a um projeto e levá-lo adiante, ou
seja, protocolá-lo na Câmara da sua cidade.

Material do Facilitadora 61
ETAPA 1
DIVISÃO DOS GRUPOS PARA CRIAÇÃO
DE PROJETO DE LEI
1. Faça um brainstorm (chuva de palpites) das leis que as alunas
conhecem. Utilize post-its para cada lei e agrupe-as por temas.

2. Cada participante volta ao quadro dos post-its com as leis e


vota nos três temas que mais lhe interessa.

3. As participantes se dividem entre os três temas mais votados.


A divisão pode ser feita por afinidade, mas o ideal é que os
grupos tenham até seis integrantes.

ETAPA 2
RODADA DE SOLUÇÕES PARA CRIAÇÃO DE
PROJETO DE LEI
Essa fase tem três momentos, que serão desenvolvidos em grupos.

LEIA UMA INSTRUÇÃO DE CADA VEZ

1. Quais são os três principais problemas dentro desse tema?

Por exemplo: educação não é um problema, é uma grande área.


O problema pode ser a falta de professoras, mas ainda assim é preciso
especificar onde, em quais séries e as causas do problema. Será que
faltam professoras porque não há profissionais ou porque o salário é muito
baixo? Dê 20 minutos para essa etapa.

2. Agora, as integrantes do grupo escolhem um desses problemas para


pensar em uma solução para ele.

62 Jogo da Política
3. Por fim, elas devem fazer uma rodada de ideias que possam resolvê-
lo. Nesse momento, o objetivo é estimular a imaginação. Por isso, vale
qualquer coisa, por mais absurda que possa parecer. Não é o momento
e discutir nem de censurar ideias, o importante é quantidade e não
qualidade. Liste as ideias em um papel – uma ideia por linha!

ETAPA 3
CRIAÇÃO DE UM PROJETO DE LEI
Os grupos devem apresentar seus projetos para toda a turma,
que pode fazer comentários e sugestões.

LEIA PARA O GRUPO:


“Com a lista de ideias, é hora de cada grupo
refletir: qual dessas poderia se tornar uma lei em sua cidade? É
possível juntar mais de uma das ideias em uma só lei? Agora é
hora de redigir a lei. Pensem em tudo que vocês aprenderam no
começo deste exercício e escrevam a lei de forma clara e objetiva
na ficha Projeto de Lei, que se encontra na página 72, junto aos
Materiais para Copiar.”

Veja abaixo algumas perguntas que as integrantes devem fazer


sobre a lei que estão criando. Algumas das respostas (por
exemplo, exceções à lei) devem estar presentes no texto:
1. Essa lei afeta todo mundo? Quem ela afeta?
2. Existe alguma exceção pra essa lei?
3. O que acontece quando você não cumpre a lei?
4. Quem fiscaliza e como?
5. Quem paga essa conta? Ela gera alguma despesa?
6. Quem executa essa lei?

Material do Facilitadora 63
ETAPA 4
COMO PROTOCOLAR SEU PROJETO DE LEI

As participantes se esforçaram para entender o funcionamento do


Legislativo e escrever um projeto de lei. Agora, é o momento de
tentar transformar esse projeto em realidade, apresentando-o para
as Câmaras que podem discutir e aprovar leis no país. Veja o passo
a passo para protocolar ou sugerir esses projetos em cada instância.

Se for um projeto para sua cidade: em um município, um projeto


de lei pode ser proposto por uma vereadora, pela prefeita ou por
uma cidadã, como você. Para propor um projeto para a Câmara
de Vereadoras, você deve procurar outras cidadãs que apoiem
sua ideia. Segundo a Constituição, é preciso ter assinaturas de
5% do eleitorado da cidade. Por exemplo, em uma cidade com

10 mil eleitoras, você precisaria de 500 assinaturas para protocolar


o projeto. Não é fácil, mas também não é tão difícil, né? Depois
que conseguir as assinaturas, é preciso protocolar o projeto na
Câmara da cidade. Outra forma de fazer seu projeto ser debatido é
pedir que uma vereadora o proponha. Para isso, você pode entrar
em contato com a vereadora que mais se aproximar da causa de
seu projeto e fazer uma campanha nas redes sociais para que ela
saiba que a causa é importante.

Se for estadual: em um estado, um projeto de lei pode ser proposto


por uma deputada, pela governadora ou por uma cidadã, como
você. Para propor um projeto para a Assembleia Legislativa, você
deve procurar outras cidadãs que apoiem sua ideia.

64 Jogo da Política
É preciso ter assinaturas de 1% do eleitorado do estado. Mas, nesse
caso, é necessário obedecer algumas regras, como, por exemplo,
ter assinaturas de um determinado número de cidades. Você deve
verificar como funciona em seu estado. Outra forma de fazer seu
projeto ser debatido é pedir que uma deputada o proponha. Para
isso, você pode entrar em contato com a deputada que mais se
aproximar da causa de seu projeto e fazer uma campanha nas
redes sociais para que ela saiba que a causa é importante.

Se for federal: assim como em um estado, para propor um projeto


de lei que valha para todo o país é preciso ter assinaturas de 1%
do eleitorado. Está na Constituição Federal: “A iniciativa popular
pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não
menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.”
E tanto o Senado como a Câmara têm mecanismos para facilitar
essa participação.

O Senado criou o E-Cidadania, em que você pode propor uma


nova lei ou sugerir uma alteração em uma lei que já existe. Para
isso, é preciso conseguir o apoio de pelo menos 20 mil pessoas.

No site da Câmara dos Deputados (http://www2. camara.leg.


br/participe/sua-proposta-pode-virar-lei), também há mais
informações sobre como protocolar um projeto e um exemplo de
formulário para colher as assinaturas.

Além disso, recentemente, criou-se o aplicativo Mudamos+ (https://


www.mudamos.org/), que facilita a criação de projeto de lei de iniciativa
popular, possibilitando a assinatura digital. Vale a pena conferir!

Material do Facilitadora 65
P

TÍ T
EM E

III. Debatendo o regimento interno da sua


ARTI

escola
Você pode aproveitar a estrutura desse jogo para trabalhar com, ASSI NA
TU RA :

por exemplo, o regimento interno da escola: qual sua função? *FIC HA


PROJ ETO
DE LEI.

Como foi criado? O que pode ser melhorado? Quais regras não
fazem sentido? E quais fazem?
PROJ

O passo a passo para propor alterações no regimento pode ser o TÍ TU LO
EM EN TA

mesmo usado para o projeto de lei. E as propostas de mudanças


ARTI GO
S

podem ser apresentadas à diretoria da escola.

Links Importantes
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA: http://www. ASSI NA
*FIC HA
TU RA :
PROJ ETO

planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/
DE LEI.

Constituicao.htm

CÓDIGO CIVIL: http://www.planalto.gov.br/


ccivil_03/leis/2002/L10406.htm

CÓDIGO PENAL: http://www.planalto.gov.br/


ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.
htm

CÓDIGO FLORESTAL: http://www.planalto.


gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/
l12651.htm

MUDAMOS +: https://www.mudamos.org/
LEI MARIA DA PENHA: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/
l11340.htm

LEI DA FICHA LIMPA: http://www.planalto. E


T

gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp135.htm A RT

E-CIDADANIA: https://www12.senado.leg.br/
ecidadania/principalideia

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/
L8069.htm AS S
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66 Jogo da Política
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Material do Facilitadora 67
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MUNICIPAL

68 Jogo da Política
PROJETO DE LEI
Nº 1913/2013, DE 11 DE OUTUBRO DE 2013

EMENTA: DISPÕE SOBRE A CONSTRUÇÃO DE CALÇADAS O DISQUE CALÇADA

ARTIGOS: Art. 1º Os responsáveis por imóveis, edificados, que estejam em frente a vias ou logradouros
públicos dotados de guias e sarjetas, são obrigados a executar, manter e conservar as respectivas calçadas na
extensão correspondente a seu imóvel.

Art. 2ºA instalação de imobiliário urbano nas calçadas, tais como telefones públicos, caixas de correio
e lixeiras, não poderá bloquear, obstruir ou dificultar o acesso de veículos, o livre acesso de circulação
de pedestres, em especial das pessoas com deficiência, ou a visibilidade de pedestres e motoristas, na
confluência das vias, observada a normatização específica expedida pelo Executivo, sob pena de aplicação
de multa prevista no anexo 1.
Parágrafo único. Qualquer que seja a largura da calçada, deverá ser respeitada a faixa livre mínima de
1,20m (um metro e vinte centímetros), destinada exclusivamente à livre circulação de pedestres.
Art. 3º No caso de calçada em mau estado de manutenção e conservação em decorrência da existência de
árvores ou quaisquer plantas, o responsável ficará dispensado do cumprimento da obrigação prevista no
“caput” d art. 1º desta lei que o corte ou a supressão seja providenciado pela Administração Municipal, nos
termos da legislação vigente.

§ 1º A partir do corte ou supressão, o responsável terá o prazo de 30 (trinta) dias para providenciar a
regularização do passeio público.

Art. 4º Consideram-se responsáveis pelas obras e serviços previstos nos arts. 1º a 3º desta lei:

I - o proprietário, o titular do domínio útil ou da sua propriedade, o condomínio ou o possuidor do imóvel;

II - a união, o estado, o município e os órgãos e entidades da respectiva Administração Indireta, quando o


terreno for de seu domínio, posse, guarda ou administração.

Art. 5º O descumprimento das disposições desta lei acarretará em multa e de intimação para regularizar a
limpeza ou reforma da calçada, conforme o caso, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias.

Art. 6º Os autos de multa e intimação serão dirigidos ao responsável ou seu representante legal, assim
considerados o mandatpario, o administrador ou o gerente, pessoalmente ou por via postal com aviso de
recebimento, no endereço constante do Cadastro Imobiliário Fiscal, nos termos da Lei nº 10.208, de 5 de
dezembro de 1986.
§ 1º Presumir-se-á o recimento de autos de multa e de intimação quando encaminhados ao endereço

Material do Facilitadora 69
constante do Cadastro Imobiliário Fiscal.
Art. 7º O responsável fica obrigado a comunicar, diretamente à Prefeitura do Município de São Paulo, que
as irregularidades constatadas foram sanadas, até o termo final do prazo para atendimento da intimação.

70 Jogo da Política
Parágrafo único. A comunicação poderá ser feita na Prefeitura, na internet ou por outro meio meio
eletrônico disponibilizado pelo Executivo, mediante regulamentação.

Art. 8º Na hipótese do não atendimento da intimação nos prazos estabelecidos no art. 5º desta lei, nova
multa será aplicada por irregularidade constatada.
Paragráfo único. A multa prevista no “caput” deste artigo será renovada a cada 30 (trinta) dias até que haja
a comunicação do saneamento da irregularidade ou a constatação da regularização pela Administração
Municipal.

Art. 9º Os valores das multas previstas no art. 5º desta lei serão os constantes do Anexo Único integrante
desta lei.

Art. 10º O Executivo criará um Disque-Calçadas, disponibilizando o respectivo número de telefone para
atendimento das reclamações e prestação de informações.
Paragráfo único. Para a finalidade prevista no “caput” deste artigo, poderá também ser disponibilizado
atendimento eletrônico.
Anexo - 1

Natureza da Dispositivos Multas


Irregularidade Violados

R$ 4,00 (quatro reais) para cada metro


a) falta de limpeza Artigo 1º
quadrado ou fração da área total do terreno

R$ 200,00 (duzentos reais) por metro


b) fechamento inexistentes Artigo 2º e 6º
linear de testada do imóvel

R$ 300,00 (trezentos reais) por metro


c) passeio inexistente ou Artigo 7º e respectivo § 2º
linear de testada do imóvel
em mau estado de conservação

d) mobiliário urbano do passeio,


bloqueando, obstruindo ou
R$ 300,00 (trezentos reais)
dificultando o acesso de veículos, Artigo 8º e § 1º do artigo 20
o acesso e a circulação de pedestres ou a por equipamento
visibilidade dos motoristas e pedestres

Material do Facilitadora 71
CÂMARA
MUNICIPAL

72 Jogo da Política
PROJETO DE LEI
Nº 1910/2010, DE 11 DE OUTUBRO DE 2010
EMENTA: DISPÕE SOBRE A CONCESSÃO DE PASSAGEM GRATUITA NO TRANSPORTE
COLETIVO URBANO E RURAL NO MUNICÍPIO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS

NO USO DAS ATRIBUIÇÕES QUE NOS CONFERE O REGIMENTO INTERNO DESTA CASA, ESTAMOS SUBMETENDO À
APRECIAÇÃO DO PLENÁRIO O SEGUINTE PROJETO DE LEI.
ARTIGOS: Art. 1º Fica instituída a passagem gratuita às mulheres gestantes à partir da décima sexta semana de
gravidez, portadoes de necessidades especiais, cidadãos comprovadamente desempregrados e estudantes com bom
desempenho escolar, no transporte coletivo urbano e rural do município.
Art. 2º Para fazer jus ao benefício concedido pela Lei, a mulher gestante ou portadores de necessidades especiais
deverão comparecer à prefeitura municipal, munidos de atestado médico emitido por profissional da Rede pública de
Saúde.
Paragráfo único. Fica a critério do município, através da secretaria componente, deferir no próprio atestado médico
ou mediante emissão de documento próprio a concessão do benefício de que trata esta Lei.
Art. 3º A presente Lei será regulamentada, no que couber, por Decreto do Chefe do Executivo, no prazo de 30
(trinta) dias a contar de sua data de publicação.
Art. 4 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário
PARTIDO:
LEI Nº
ARTIGO: INCISO:

ALTERAÇÃO

APROVADO REPROVADO

Material do Facilitadora 73
CÂMARA

74 Jogo da Política
MUNICIPAL
PROJETO DE LEI
N° , DE
TÍTULO:
EMENTA:

ARTIGOS:
ASSINATURA:

Material do Facilitadora 75
*FICHA PROJETO DE LEI.
3
JOGO DO
JUDICIÁRIO

76 Jogo da Política CIDADE DE ELEFANTES


INFORMAÇÕES BÁSICAS

9 A 18 JOGADORAS
em grupos de, no mínimo, 3 pessoas

IDADE INDICADA
preferencialmente entre

15 e 24 anos
DURAÇÃO DE, APROXIMADAMENTE, 3 HORAS

MATERIAL NECESSÁRIO
Lápis ou caneta
Borracha

Material do Facilitadora 77
COMPONENTES

Pacote de evidências e depoimentos com


perfis das personagens

Réu Vítima
.Silvio Nascimento .Renato Oliveira
.brasileiro .brasileiro
.41 anos .16 anos

5 cópias da história do caso, com perfis do


.branco
.negro
.solteiro
.viúvo

CASO Nº DESCRIÇÃO DO CASO:

réu e da vítima
391-04 Renato Oliveira, 16 anos, foi encontrado morto na manhã
Caso nº 9.71
Criminal
de 11 de abril de 2013 na Escola Estadual Professor Ermano Junqueira,
3ª VAR A
tes na cidade de Elefantes. A causa da morte foi traumatismo craniano
de Elefan
(a vítima tinha um ferimento na parte de trás da cabeça) e o corpo foi
***
2015 encontrado em uma das entradas da escola, onde há escadas que levam
Pasta *2*
para os outros três andares do edifício. Renato foi encontrado por
Madalena Silva, bedel da escola, que ligou para a polícia.

A suspeita é de que Renato tenha sofrido uma queda do segundo andar e


batido a cabeça. A única pessoa que ficava no prédio durante a madrugada
era Sílvio Nascimento, 41 anos, que trabalhava como segurança da escola.
5 envelopes pardos para as evidências
Ele é acusado pela morte de Renato e hoje realizaremos seu julgamento.

Réu
.Silvio Nascimento
.brasileiro
.41 anos
.negro
9 pares de evidências e 17 depoimentos
.viúvo

CASO Nº DEPOIMENTO:
391-04 ““Eu não fiz nada. Eu só tava cumprindo meu dever. Ele era
Caso nº 9.71
Criminal um drogado racista, devia tá na cadeia”.
3ª VAR A
tes
de Elefan
***
2015
Pasta *2*

5 descrições das funções:


Defesa, acusação, júri, imprensa e juíza

4 displays de 4 displays de 5 displays de 3 displays de 2 displays


mesa mesa mesa de júri mesa de mesa
de defesa de acusação de imprensa juíza

Réu
NOME:
A. ACUSAÇÃO D. DEFESA

VOCÊ ACHA QUE O RÉU É:


CARGO:

ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO?


CASO Nº

Nº EVIDÊNCIA

Vítima
INÍCIO

A. INOCENTE CULPADO
D. INOCENTE CULPADO

VOCÊ ACHA QUE O RÉU É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO?

A. INOCENTE CULPADO
RODADA 1

D. INOCENTE CULPADO

VOCÊ ACHA QUE O RÉU É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO?
D.

.Renato Oliveira
INOCENTE CULPADO

.Silvio Nascimento
A. INOCENTE CULPADO

VOCÊ ACHA QUE O RÉU É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO?
IMPRENSA

A. INOCENTE CULPADO
D. INOCENTE CULPADO

.brasileiro
VOCÊ ACHA QUE O RÉU É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO?

.brasileiro
D. INOCENTE CULPADO
RODADA 2

A. INOCENTE CULPADO

VOCÊ ACHA QUE O RÉU É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO?
A. INOCENTE CULPADO

.16 anos
D. INOCENTE CULPADO

.41 anos Ficha Tabuleiro


1 imagem de réu .branco
.negro Culpada x Inocente da juíza
.solteiro
.viúvo
78 Jogo da Política

º DESCRIÇÃO DO CASO:

91-04 Renato Oliveira, 16 anos, foi encontrado morto na manhã


HORA DE
COMEÇAR!

Material do Facilitadora 79
ETAPA 1
PREPARAÇÃO E ORIENTAÇÕES Em grupos 10 min

PARA O GRUPO
As participantes devem ser separadas em: defesa e acusação, juíza,
imprensa e júri. O jogo começa com a divulgação do caso que será julgado
e depois, a cada rodada, um envelope com evidências é entregue, pela
facilitadora, para um desses grupos: acusação e defesa, que têm falas
sobre o caso; e imprensa, que deverá publicar manchetes e frases sobre
o andamento do julgamento.

A seguir, estará descrito o fluxo do jogo, quem recebe evidências e quais


os tempos de fala para cada grupo. Mas, antes, separe os depoimentos e
evidências nos envelopes. Coloque nos 5 envelopes: uma descrição do
caso e, aleatoriamente, evidências e depoimentos, num total de 4. OBS:
as evidências devem ser sempre aos pares, os depoimentos não. As
evidências vão aos pares, pois uma fica com quem a recebeu e a outra
é entregue à juíza.

A ideia é dividir esses documentos aleatoriamente, não é necessário


controlar qual evidência entra em qual momento do jogo. Assim, cada
“partida” se desenrolará de forma diferente.

Sugerimos que, na preparação do jogo, você também use elementos de


caracterização para que o grupo entre no clima do julgamento.

MATERIAL NECESSÁRIO:
Crachás
Evidências e depoimentos
Envelopes
Ficha Culpado x Inocente

80 Jogo da Política
ETAPA 2
DEBATE SOBRE
Todo o grupo 30 min Sem internet
JUSTIÇA E MÍDIA
Antes de começar a simulação do tribunal, é importante debater
com as participantes algumas questões relacionadas ao poder
judiciário. Comece a conversar a partir das seguintes perguntas:
• Pra que serve o poder judiciário?
• Quem pode condenar uma pessoa?
• Como são estabelecidas as penas?
• Com base no que se estabelece a justiça?
• Todas são julgadas da mesma forma? Por quê?

Também é importante refletir: como, normalmente, o público em geral


se informa sobre processos jurídicos, especialmente os penais?
Pergunte às jovens, por exemplo, se elas se lembram de notícias
relacionadas a julgamentos. O que elas acharam? Entenderam
sobre o que era o julgamento?

Mesmo antes do julgamento, é comum que a população condene a


ré e que as suspeitas sejam chamadas de “marginais”, “bandidas”
e “assassinas” enquanto ainda são julgadas pela Justiça. Mas, e
se elas forem inocentes? Chamar alguém assim já não pode ser
considerado um tipo de condenação?

Isso acontece porque quem escreve as notícias são pessoas e


veículos que têm interesses e visões de mundo diversos – e, é
claro, produzem conteúdo com base nisso. Cada notícia publicada,
cada palavra utilizada é uma escolha e envolve esses interesses,
que podem ser comerciais, religiosos e/ou políticos. Por isso, é
preciso sempre ler essas notícias com uma pulga atrás da orelha,
se perguntando: “Será que foi assim mesmo que aconteceu?”

Material do Facilitadora 81
Um exemplo interessante de como a mídia pode dar uma notícia de
diferentes formas e conduzir a leitora a determinada interpretação
são as matérias sobre as manifestações de junho de 2013, nos
materiais de apoio.

Em uma manchete, o
foco são as bombas e a
depredação causada pelas
manifestantes. A foto mostra
justamente isso, com um
ônibus em chamas.

Fonte: O Estado de S. Paulo, 12.jun.2013.

Na manchete do dia 14, a


palavra “manifestantes” foi
substituída por “paulistano”
e, no texto, por “pessoas”.

Fonte: O Estado de S. Paulo, 12.jun.2013.

Por que será que as palavras usadas são tão diferentes, se o


veículo é o mesmo? Para quem não lembra, houve uma mudança
muito grande na noite do dia 13, quando a polícia atacou fortemente
as manifestantes e até as jornalistas que estavam cobrindo o
protesto. Ocorreu uma mudança na opinião pública, que viu como
exagero a ação policial. E aí, então, as palavras também mudaram.
Como vocês fariam essa manchete (problematizar as escolhas das
jogadoras)? Sugerimos que a discussão sobre mídia seja pautada
em matérias de jornais locais e sobre eventos atuais.

82 Jogo da Política
ETAPA 3
ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL Todo o grupo 10 min Sem internet

Organize a sala desta forma:

Depois, sorteie as funções.


O número de componentes por
grupo vai depender do número
total de participantes. São no
mínimo nove e no máximo 18
pessoas, organizadas da seguinte
forma:

Juíza: 1 pessoa
Defesa: de 2 a 4 pessoas
Acusação: de 2 a 4 pessoas
Júri: de 3 a 6 pessoas
Imprensa: de 1 a 3 pessoas

  AT E N Ç Ã O !
É importante que defesa e acusação estejam em número igual

Distribua os displays de mesa e entregue para cada grupo a


descrição da função que elas vão desempenhar. Distribua
também para todas as participantes a ficha Culpado x Inocente.

MATERIAL NECESSÁRIO:
Displays e ficha
Culpada x Inocente

Material do Facilitadora 83
ETAPA 4
REGRAS Todo o grupo 5 min Sem internet

LEIA PARA O GRUPO


1. TODAS as participantes devem preencher a
ficha Culpado x Inocente individualmente, com sua opinião sobre a
ré e o motivo (evidência, depoimento ou argumento) que as levou a
acreditar naquilo a cada nova evidência apresentada. É Importante
que o julgamento seja feito de forma autônoma, sem conexão com
a sua posição no jogo. Exemplo: a participante pode achar a ré
culpada mesmo sendo defesa.

2. Acusação, defesa e imprensa podem não utilizar evidências


ou depoimentos que receberem, caso decidam dessa forma. No
entanto, toda evidência ou depoimento utilizados devem ser
entregues à juíza para averiguação. Os depoimentos utilizados
devem ser lidos na íntegra, em voz alta.

3. A juíza pode, a qualquer momento durante o jogo, solicitar a


evidência apresentada pela defesa ou pela acusação. Cabe à
facilitadora deixá-la com a juíza e também com a defesa e acusação
que não a receberam para averiguação.

4. As cartas de objeção podem ser usadas pela defesa e pela


acusação em qualquer momento do jogo, com limite de três cartas
para cada lado. Cabe à juíza decidir o momento da fala do pedido
de objeção.

5. Caso a ré seja julgada culpada, a juíza pode utilizar o Código


Penal, na Constituição, para definir a pena.

6. Todas as jogadoras terão acesso ao glossário de palavras


jurídicas e poderão utilizá-las da forma que quiserem.

84 Jogo da Política
ETAPA 5
TABULEIRO DA JUÍZA
O tabuleiro da juíza auxilia o andamento do jogo durante o
julgamento, dando maior controle à juíza e monstrando a ela qual
ação deve tomar e onde se encontra no panorama geral do jogo.

ENTENDENDO O TABULEIRO

JUÍZA OU ARGUMENTAÇÃO IMPRENSA RECEBIMENTO OU


O JÚRI ACESSO A EVIDÊNCIAS

FALA DA ÍCONE DA ÍCONE DA ÍCONE DA


JUÍZA IMPRENSA ACUSAÇÃO DEFESA

1min

ÍCONE DA ÍCONE DDO INDICATIVO


JUÍZA JÚRI DE TEMPO

Material do Facilitadora 85
juíza imprensa acusação

1min 1min 4min


INÍCIO
lê o caso em voz publica manchete argumenta
alta

acusação defesa imprensa

10min 10min RODADA 2 1min

tem acesso às recebe evidências e nova manchete


RODADA 3

evidências da argumenta
defesa e
argumenta

imprensa imprensa acusação

10min 1min 10min

recebe evidências nova manchete argumenta

defesa acusação imprens

10min 10min RODADA 5

tem acesso às recebe evidências e nova manch


evidências da argumenta
FINAL

acusação e
argumenta
imprensa acusação defesa júri

1min 4min 4min 4min

nova manchete argumenta argumenta dá veredicto

86 Jogo da Política
sação defesa imprensa

todas as jogadoras devem marcar na ficha Culpada x Inocente a cada fala da defesa e da acusação.

o tempo é apenas uma sugestão.


4min 4min 1min

RODADA 1
menta argumenta nova manchete

imprensa defesa acusação

1min 10min 10min

nova manchete tem acesso às recebe evidências e


evidências da argumenta

todas têm direito a duas cartas de objeção.


acusação e
argumenta

defesa imprensa

10min 10min 1min


RODADA 4

a argumenta nova manchete

imprensa acusação defesa

1min 10min 10min

nova manchete argumenta recebe evidências e


argumenta

júri juíza imprensa

4min 4min 1min


FIM
veredicto dá sentença última manchete

Material do Facilitadora 87
Glossário Jurídico
Absolvição: Decisão de uma magistrada, proferida por meio
de uma sentença de que a ré não é culpada. Enquanto não
houver o trânsito em julgado, poderá ainda haver recurso
contra a absolvição da ré.

Acusada: Ré da ação penal pública. Esse termo só deve ser


usado para se referir à suspeita depois que a juíza defere o
pedido do Ministério Público para que a suspeita seja julgada.

Agravante: Fatos que, quando ocorrem, fazem com que o


crime se torne mais grave e, portanto, passível de punição mais
severa.

Antecedente: Vida pregressa de uma pessoa.


Autoria: Responsabilidade por cometer de um delito.
Autos:É o nome que se dá ao conjunto das peças que
compõem um processo, incluindo todos os anexos e volumes.

Crime culposo: É o crime que teve como causa a


imprudência, negligência ou imperícia do agente, se prevista e
punida pela lei penal (artigo 18, II, do Código Penal - Decreto-
Lei 2.848/40).

Crime doloso: É o crime voluntário, isto é, aquele em que


a agente teve a intenção maldosa de produzir o resultado ou
assumiu o risco de produzi-lo (artigo 18, inciso I, do Código
Penal).

88 Jogo da Política
Denúncia: É uma acusação formal contra alguém pela prática
de um crime. É apresentada pelo Ministério Público à Justiça.

Falso testemunho: É a afirmativa consciente de uma pessoa


a respeito de fatos inverídicos ou contrários à verdade, prestada
perante autoridade judiciária que a convocou para depor.

Negligência: É a indiferença da agente que, podendo tomar as


devidas cautelas exigíveis, não o faz por displicência, relaxamento
ou preguiça mental.

Promotoria: Responsável pela defesa da ordem jurídica, do


Regime Democrático, e dos interesses sociais e individuais. É,
portanto, responsável pela acusação durante o julgamento.

Questão de ordem: É toda dúvida sobre a interpretação


do regimento, na sua prática exclusiva ou relacionada com a
Constituição Federal. Deve ser resolvida antes do julgamento
final.

Ré: Denominação dada à pessoa contra a qual se move processo


civil ou criminal.

Material do Facilitadora 89
É HORA DE
REFLETIR
Com o fim do julgamento, é interessante debater com as
participantes algumas questões.

1. Vocês mudaram de opinião durante julgamento


(faça uma contagem das marcações de culpada e
inocente durante todo o jogo para criar uma análise
de como a opinião coletiva mudou e se houve algum
padrão)? Como e por que a opinião mudou?

2. Para defesa e acusação: como foi atuar com


um objetivo pré-determinado, independente da
opinião de vocês sobre a ré?

3. O que vocês aprenderam com esse processo?

4. Como foi o papel da imprensa ao longo do


julgamento? Como, normalmente, ela interfere na
opinião pública nesses casos? Como deveria ser?

90 Jogo da Política
Como usar na escola
Jogo do Judiciário:
Talvez a melhor maneira de dividir este jogo em aulas seja interromper
o jogo após a apresentação de cada prova utilizada (por parte da
acusação ou da defesa, seguida de réplica e da manchete da mídia).
Como em um julgamento real, que muitas vezes é interrompido até
o dia seguinte. Deixe uma aula para a explicação do jogo, a divisão
dos grupos e a distribuição das evidências com a primeira manchete
escrita. E uma aula final para as conclusões da defesa, da acusação
e do júri, além da decisão final da juíza.

Disciplinas relacionadas
• Sociologia e Filosofia
• Português
• Ciências

Temas
• O que é ética, moral e justiça; evidência ou fato e uma
suposição ou opinião (método
• O poder da imprensa,
científico, por exemplo, trabalha
manipulação da informação na
fortemente com evidências
formação da opinião pública;
e fatos para a construção de
• Como se dá a construção de seus modelos e teorias);
argumentação;
• Análise e detecção de
• Qual a diferença entre uma substâncias (Ciência Forense).

Links Importantes
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA https://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=265255

Material do Facilitadora 91
P

TÍ T
EM E

ARTI G

Possibilidades de projetos a
partir do jogo
ASSI NA

I. Leitura na Mídia
TU RA :
*FIC HA
PROJ ETO
DE LEI.

Você pode trabalhar com notícias de jornais e revistas da sua


cidade para avaliar o que nelas é prova, indício, evidência ou
PROJ

convicção (fonte: Nexo, artigo de João Paulo Charleaux de N°


TÍ TU LO
EM EN TA

15set2016). Selecione matérias e reportagens que envolvam ARTI GO


S:

o processo jurídico para que o material renda mais discussões.

PROVA – É o que tanto a defesa quanto a acusação apresentam à


juíza com a intenção de construir uma determinada tese. É por
meio das provas apresentadas pelas partes que a juíza formará ASSI NA
TU RA :

sua convicção a respeito do fato que está sendo julgado. As provas


*FIC HA
PROJ ETO
DE LEI.

podem ser orais (a partir de depoimentos), periciais e documentais.

INDÍCIO – É uma prova indireta e secundária em relação ao fato


criminoso. Assim como as provas principais, os indícios também
ajudam a juiza do caso a formar sua convicção a respeito do
ocorrido. Defesa e acusação apresentarão, portanto, indícios que
corroborem suas narrativas, na tentativa de convencer a juíza. Em
relação às provas, os indícios têm força menor.

EVIDÊNCIA – É um elemento mais frágil em relação às provas e aos


indícios de um caso – não tem sequer descrição legal. É remota
a chance de que uma juíza chegue a condenar uma ré apenas
com base em evidências que não estejam respaldadas por provas
orais, documentais e periciais. E
T

A RT

CONVICÇÃO – “Convicção” não é um termo técnico-jurídico, como


“prova” ou “indício”. A palavra se refere a uma percepção pessoal
sobre um fato. O advogado criminalista Edson Knippel afirma que
“só há convicção com base em provas. Ter convicção é diferente
de ter impressão”. AS S
*FI CHA
PRO
IN AT
JET
URA
:
O DE
LEI .

92 Jogo da Política
A
CÂMAR AL
IP
CÂMA M U N IC
M U N IC R A CÂM
PROJET IPA L MUN ARA
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Material do Facilitadora 93
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A. ACUSAÇÃO D. DEFESA

VOCÊ ACHA QUE A RÉ É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO? Nº EVIDÊNCIA

A. INOCENTE CULPADA

INÍCIO
D. INOCENTE CULPADA

VOCÊ ACHA QUE A RÉ É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO?
A. INOCENTE CULPADA

RODADA 1
D. INOCENTE CULPADA

VOCÊ ACHA QUE A RÉ É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO?
A. INOCENTE CULPADA

RODADA 2
D. INOCENTE CULPADA

VOCÊ ACHA QUE A RÉ É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO?
A. INOCENTE CULPADA
D. INOCENTE CULPADA
VOCÊ ACHA QUE A RÉ É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO?
A. INOCENTE CULPADA

RODADA 4 RODADA 3
D. INOCENTE CULPADA

VOCÊ ACHA QUE A RÉ É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO?
A. INOCENTE CULPADA

RODADA 5
D. INOCENTE CULPADA

NOME: CARGO: CASO Nº


RO
D. INOCENTE CULPADA

NOME: CARGO: CASO Nº


A. ACUSAÇÃO D. DEFESA

VOCÊ ACHA QUE A RÉ É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO? Nº EVIDÊNCIA

A. INOCENTE CULPADA

INÍCIO
D. INOCENTE CULPADA

VOCÊ ACHA QUE A RÉ É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO?
A. INOCENTE CULPADA

RODADA 1
D. INOCENTE CULPADA

VOCÊ ACHA QUE A RÉ É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO?
A. INOCENTE CULPADA

RODADA 2
D. INOCENTE CULPADA

VOCÊ ACHA QUE A RÉ É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO?
A. INOCENTE CULPADA
D. INOCENTE CULPADA
VOCÊ ACHA QUE A RÉ É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO?
A. INOCENTE CULPADA

RODADA 4 RODADA 3
D. INOCENTE CULPADA

VOCÊ ACHA QUE A RÉ É: ALGUMA EVIDÊNCIA EM ESPECÍFICO FAZ VOCÊ TER ESTA OPINIÃO?
A. INOCENTE CULPADA

RODADA 5
D. INOCENTE CULPADA
CRÉDITOS

CRIADO POR
Labhacker, Énois Inteligência Jovem
e Sonho brasileiro da política.
www.enoisconteudo.com.br
www.labhacker.org.br
www.sonhobrasileirodapolitica.com.br

ILUSTRAÇÕES POR
Estúdio Pum!

REVISÃO PEDAGÓGICA
Denise Curi

DIAGRAMAÇÃO POR
Gustavo Alencar
Amanda Pina
-- ELEFANTES --
96 Jogo da Política
MATERIAL DA FACILITADORA
-- ELEFANTES --

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