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Leitura básica
• CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: linguagem e método. 8. ed. São Paulo:
Noeses, 2021, Itens 2.9.8 e 2.9.9 do Capítulo 2, da segunda parte.
• CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 31 ed. São Paulo: Noeses,
2021, Itens 8 e 9, Capítulo XIV.
Leitura complementar
• CARVALHO, Aurora Tomazini de. Regras para fixação do critério temporal das normas de
decadência e prescrição no direito tributário. In: CARVALHO, Aurora Tomazini (Org.).
Decadência e prescrição em direito tributário. São Paulo: MP.
• PEIXOTO, Daniel Monteiro. Prescrição intercorrente e a lei complementar 118/05. In: II
Congresso Nacional de Estudos Tributários. São Paulo: Noeses.
• SANTI, Eurico Marcos Diniz de. Decadência e prescrição no direito tributário. São Paulo:
Max Limonad. Capítulos 8, 9 e 10.
• SILVA, Renata Elaine. Curso de decadência e prescrição no direito tributário – regras do
direito e segurança jurídica. São Paulo: Noeses. Livro II, capítulo VI a X.
• TOMÉ, Fabiana Del Padre. Restituição do indébito tributário nos tributos sujeitos ao
lançamento por homologação e o art. 3º da lei complementar n. 118/05. In: CARVALHO,
Aurora Tomazini de (Org.). Decadência e prescrição em direito tributário. São Paulo: MP,
2006.
• ZOMER, Silvia. O tempo jurídico e a homologação tácita. São Paulo: Noeses, 2018,
Capitulo 4.
Questões
1. Defina o conceito “decadência” no âmbito do direito tributário.
(a) Com base na bibliografia indicada para desenvolvimento deste seminário
apresente as diferentes acepções do conceito “decadência”.
De acordo com Paulo de Barros Carvalho, em sua obra “Direito Tributário:
linguagem e método”, existem ao menos seis acepções no campo tributário para a
expressão “decadência”, quais sejam:
(...) (i) “decadência” como norma geral e abstrata; (ii) como
hipótese dessa norma, descrevendo o termo final de um lapso
de tempo; (iii) como o consequente da norma geral e abstrata,
tipificando o efeito extintivo; (iv) como norma individual e
concreta que constitui o fato de haver decorrido o tempo
referido na regra geral e abstrata, no mesmo instante em que
determina, no consequente, o efeito fulminante de desconstituir
uma relação existente; (v) como o antecedente desta última
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(b) Construa a respectiva estrutura normativa para cada acepção (ex. NGA, NIC,
antecedente, consequente...), indicando quai(is) dessa(s) estrutura(s) normativa(s))
são norma em sentido estrito.
(d) Quanto aos efeitos da decadência em relação ao crédito tributário (arts. 150 e
173, do CTN), pode-se afirmar que sejam: (i) extintivos ou (ii) impeditivos?
Justifique sua resposta.
Conforme o art. 156, V, do CTN, a decadência tem o condão de extinguir o
crédito tributário. De acordo com Paulo de Barros Carvalho, o efeito extintivo da
decadência é “o desaparecimento do direito da Fazenda, consistente em exercer
sua competência administrativa para constituir o crédito tributário”. Ainda segundo
o autor, “a decadência não extingue a relação jurídica tributária, mas tão somente a
competência para que os agentes do Poder Tributante celebrem o ato de
lançamento.
4. Como deve ser interpretado o parágrafo único do art. 173 do CTN? Que se entende
por “medida preparatória indispensável ao lançamento”? Tal medida tem apenas o
condão de antecipar o termo inicial da contagem do prazo prescrito no inciso I ou
pode também postergá-lo? Trata-se de causa de interrupção do prazo decadencial?
(Vide anexo V e VI).
O parágrafo único do art. 173 do CTN deve ser interpretado como regra que
antecipa a contagem do prazo decadencial, haja vista que o marco inicial da
contagem é deslocado do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado para a data da providência preparatória de
constituição do crédito tributário.
Entende-se por “medida preparatória indispensável ao lançamento”, os atos
realizados pela autoridade fiscal que são necessários à constituição do crédito
tributário.
É pacífico o entendimento de que a regra do parágrafo único somente tem o
condão de antecipar o termo inicial da contagem do prazo prescrito no inciso I, do
art. 173, do CTN, não gerando efeitos sobre a contagem de prazo que já teve sua
fluência iniciada, seja de postergação ou de interrupção dele. No tocante à
interrupção do prazo decadencial, o CTN previu como única hipótese a regra da
anulação de lançamento por vício formal, disposta em seu art. 173, II.
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poderia ser reaberto o prazo para repetição de indébito, o que poderia subitamente
gerar um gigantesco passivo aos cofres públicos com grande repercussão econômica
e social.
Anexo I
RE n. 559.943/RS (REPERCUSSÃO GERAL)
DJ 26/09/2008
CONSTITUCIONALIDADE FORMAL DOS ARTIGOS 45 E 46 DA LEI N.
8.212/1991. ARTIGO 146, INCISO III, ALÍNEA B, DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA TRIBUTÁRIAS. MATÉRIA
RESERVADA À LEI COMPLEMENTAR. ARTIGOS 173 E 174 DO CÓDIGO
TRIBUTÁRIO NACIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO. 1. A Constituição da República de 1988 reserva à lei complementar o
estabelecimento de normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre prescrição e decadência, nos termos do art. 146, inciso III, alínea b, in fine, da
Constituição da República. Análise histórica da doutrina e da evolução do tema desde
a Constituição de 1946. 2. Declaração de inconstitucionalidade dos artigos 45 e 46 da
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Anexo II
REsp n. 973.733/SC
DJe 18/09/2009
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543-
C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR
HOMOLOGAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INEXISTÊNCIA DE
PAGAMENTO ANTECIPADO. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO
CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. TERMO INICIAL. ARTIGO 173, I, DO CTN.
APLICAÇÃO CUMULATIVA DOS PRAZOS PREVISTOS NOS ARTIGOS 150, § 4º, e
173, do CTN. IMPOSSIBILIDADE.
1. O prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário
(lançamento de ofício) conta-se do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em que a lei não prevê o pagamento
antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem
a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração
prévia do débito (Precedentes da Primeira Seção: REsp 766.050/PR, Rel. Ministro Luiz
Fux, julgado em 28.11.2007, DJ 25.02.2008; AgRg nos EREsp 216.758/SP, Rel.
Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 22.03.2006, DJ 10.04.2006; e EREsp
276.142/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 13.12.2004, DJ 28.02.2005).
2. É que a decadência ou caducidade, no âmbito do Direito Tributário, importa no
perecimento do direito potestativo de o Fisco constituir o crédito tributário pelo
lançamento, e, consoante doutrina abalizada, encontra-se regulada por cinco regras
jurídicas gerais e abstratas, entre as quais figura a regra da decadência do direito de
lançar nos casos de tributos sujeitos ao lançamento de ofício, ou nos casos dos
tributos sujeitos ao lançamento por homologação em que o contribuinte não efetua o
pagamento antecipado (Eurico Marcos Diniz de Santi, “Decadência e Prescrição no
Direito Tributário”, 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 163/210).
3. O dies a quo do prazo quinquenal da aludida regra decadencial rege-se pelo
disposto no artigo 173, I, do CTN, sendo certo que o “primeiro dia do exercício
seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado” corresponde,
iniludivelmente, ao primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato imponível,
ainda que se trate de tributos sujeitos a lançamento por homologação, revelando-se
inadmissível a aplicação cumulativa/concorrente dos prazos previstos nos artigos 150,
§ 4º, e 173, do Códex Tributário, ante a configuração de desarrazoado prazo
decadencial decenal (Alberto Xavier, “Do Lançamento no Direito Tributário Brasileiro”,
3ª ed., Ed. Forense, Rio de Janeiro, 2005, págs. 91/104; Luciano Amaro, “Direito
Tributário Brasileiro”, 10ª ed., Ed. Saraiva, 2004, págs. 396/400; e Eurico Marcos Diniz
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Anexo III
AgRg no REsp n. 1.448.906/MG
DJe 05/02/2016
TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR
HOMOLOGAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL. PAGAMENTO A MENOR. APLICAÇÃO DO
ART. 150, § 4º, DO CTN. EXEGESE DO ENTENDIMENTO FIRMADO NO RESP
PARADIGMA 973.733/SC. SÚMULA 83/STJ.
1. A Primeira Seção, no julgamento do REsp 973.733/SC, Rel. Min. Luiz Fux,
submetido ao rito dos recursos repetitivos (art. 543-C do CPC), firmou entendimento
no sentido de que, nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, para a fixação
do prazo decadencial para a constituição do crédito tributário, considera-se apenas a
existência, ou não, de pagamento antecipado, pois é esse o ato que está sujeito à
homologação pela Fazenda Pública, nos termos do art. 150, e parágrafos, do CTN.
Súmula 83/STJ.
2. “Não importa, para efeitos da contagem da decadência, perquirir as
circunstâncias apresentadas pelo contribuinte para justificar o pagamento a menor. A
dedução aqui considerada (creditamento indevido) nada mais é do que um crédito
utilizado pelo contribuinte decorrente da escrituração do tributo apurado em
determinado período (princípio da não cumulatividade), que veio a ser recusada
(glosada) pela administração”, de modo que “houve pagamento a menor de débito
tributário em decorrência de creditamento indevido. Dessa forma, deve-se observar o
disposto no art. 150, § 4º, do CTN” (AgRg nos EREsp 1.199.262/MG, Rel. Ministro
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/10/2011, DJe
7/11/2011.).
Agravo regimental improvido.
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Anexo IV
AgRg no REsp n. 1.523.619/MG
DJ 13/11/2015
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. ICMS.
TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PAGAMENTO A
MENOR. OCORRÊNCIA DE FRAUDE. TERMO INICIAL. ART. 173, I, DO CTN.
DECADÊNCIA NÃO CARACTERIZADA. CDA. VALIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
7/STJ.
1. Nos casos de tributos sujeitos a lançamento por homologação não declarados
e não pagos, o prazo decadencial conta-se nos moldes determinados pelo art. 173, I,
do CTN, impossível, assim, a sua acumulação com o prazo determinado no art. 150, §
4º, do CTN.
2. Contudo, uma vez efetuado o pagamento parcial antecipado pelo contribuinte,
a decadência do direito de constituir o crédito tributário é regida pelo art. 150, § 4°, do
CTN, salvo os casos de dolo, fraude ou simulação.
3. No caso em apreço, entendeu a Corte de origem que ocorreu fraude, razão
pela qual, mesmo havendo pagamento a menor, afastou a aplicação do art. 150, § 4º,
do CTN, fazendo incidir o art. 173, I, do mesmo diploma legal.
4. Não está caracterizada a decadência, já que não transcorreram mais de 5 anos
entre primeiro dia do exercício seguinte (01/01/2002) àquele em que os lançamentos
poderiam ter sido efetuados e a constituição definitiva do crédito (24/11/2006).
5. Quanto ao alegado vício de lançamento, a irresignação não comporta
conhecimento ante o óbice da Súmula 7/STJ.
Agravo regimental improvido.
(AgRg no REsp 1523619/MG, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA,
julgado em 05/11/2015, DJe 13/11/2015)
Anexo V
AgRg no REsp n. 1.231.334/DF
Julgamento: 22/03/2011
EXAME DE DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO STF.
FUNDAMENTO NÃO IMPUGNADO. SÚMULA 283/STF. DL 406/1968. LISTA DE
SERVIÇOS. TAXATIVIDADE. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA DE CADA ITEM.
RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C DO CPC.
1. O exame de violação de dispositivos constitucionais é de competência
exclusiva do STF, conforme dispõe o art. 102, III, do permissivo constitucional.
2. O recorrente não atacou o fundamento utilizado pelo Tribunal de origem, de
que a notificação de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento
implicará antecipação da fruição do prazo decadencial, de sorte que aquele ato
representará o marco inicial para contagem do prazo de cinco anos. Aplicação, por
analogia, da Súmula 283/STF.
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Anexo VI
TST – RR n. 3673320145030096
DEJT 06/11/2015
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA LEI Nº
13.015/2014. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL - NOTIFICAÇÃO PESSOAL DO
CONTRIBUINTE - PRAZO DECADENCIAL DE 5 ANOS. Ante a razoabilidade da tese
violação do artigo 173, caput e inciso I, do Código Tributário Nacional, recomendável o
processamento do recurso de revista, para exame da matéria veiculada em suas
razões. Agravo provido. RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA LEI Nº 13.015/2014.
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL - NOTIFICAÇÃO PESSOAL DO CONTRIBUINTE
- PRAZO DECADENCIAL DE 5 ANOS . A jurisprudência desta Corte e do Superior
Tribunal de Justiça vem entendendo que o respeito à determinação trazida no artigo
606 da CLT é imprescindível para a ciência do contribuinte de sua obrigação e para a
sua constituição em mora. Trata-se, portanto, de pressuposto processual específico
para a cobrança da contribuição sindical rural, sendo, inclusive, insuficiente a
publicação em diário oficial, por presumir o legislador que os jornais de grande
circulação possuem maior abrangência. Entretanto, o artigo 173 do Código Tributário
Nacional dispõe acerca do prazo para constituição do crédito tributário, in verbis: “Art.
173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5
(cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão
que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo
único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso
do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do
crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória
indispensável ao lançamento”. Desse modo, restando claro que foi realizada a prévia
notificação pessoal do sujeito passivo na data de 17/03/2014, acerca do vencimento
da contribuição sindical rural dos exercícios de 2011, 2012 e 2013, em conformidade
com o prazo decadencial de cinco anos previsto no artigo 173 do Código Tributário
Nacional, tem-se por constituído referido crédito tributário. Recurso de revista
conhecido e provido. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
Anexo VII
Súmula do CARF n. 11
“Não se aplica a prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal.”
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Anexo VIII
CARF - Acórdão n. 1402-001.761
Julgamento: 31/07/2014
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. 1. Do fato gerador até o
lançamento tem-se prazo decadencial. Do lançamento à execução o prazo é de
natureza prescricional. O lançamento resulta formalizado com a notificação do sujeito
passivo. Apresentada impugnação, há suspensão de exigibilidade e, por consequência
do prazo prescricional. A circunstância do exame da impugnação e do recurso não
serem apreciados no prazo de 360 (trezentos e sessenta dias) não se constitui em
hipótese que tenha reflexo no prazo prescricional. Ademais, em conformidade com a
Súmula 11 do CARF não se aplica a prescrição intercorrente no processo
administrativo fiscal. (...) Recurso Voluntário Parcialmente Provido. CARF, Ac. 1402-
001.761, julg. 31/07/2014.
Anexo IX
AgRg no AI n. 1.064.643/SP
DJ 02/12/2013
EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. CUMPRIMENTO DE
TODOS OS TRÂMITES PREVISTOS NO ART. 40 DA LEF. PRESCRIÇÃO
RECONHECIDA. DESNECESSIDADE, IN CASU, DE AGUARDAR O JULGAMENTO
DO RECURSO REPETITIVO RESP 1.340.553/RS, UMA VEZ NÃO OCORRENTE
QUALQUER DAS HIPÓTESES CONTROVERTIDAS SOBRE O TEMA INDICADAS
NO REFERIDO RECURSO. 1. A Corte de origem salientou que foram seguidas todas
as etapas para o reconhecimento da prescrição intercorrente: não foram encontrados
bens penhoráveis, foi suspensa a execução e determinado o arquivamento após um
ano, tudo com a prévia ciência da Fazenda Nacional, que foi ouvida antecipadamente
antes da sentença, sem apontar qualquer causa impeditiva para a fluência do prazo
prescricional, insurgindo-se apenas quanto ao procedimento, sem razão, todavia. 2.
Nesse contexto, revela-se desnecessário aguardar o julgamento do RESP
1.340.553/RS, alçado a condição de recurso representativo de controvérsia, uma vez
que nenhuma das questões controvertidas que levaram o ilustre Relator a identificá-lo
como repetitivo, encontram-se presentes no caso concreto, quais sejam (a) qual o
pedido de suspensão por parte da Fazenda Pública que inaugura o prazo de 1 (um)
ano previsto no art. 40, § 2º. da LEF; (b) se o prazo de 1 (um) ano de suspensão
somado aos outros 5 (cinco) anos de arquivamento pode ser contado em 6 (seis) anos
por inteiro para fins de decretar a prescrição intercorrente; (c) quais são os obstáculos
ao curso do prazo prescricional da prescrição prevista no art. 40 da LEF; (d) se a
ausência de intimação da Fazenda Pública quanto ao despacho que determina a
suspensão da execução fiscal (art. 40, § 1º.), ou o arquivamento (art. 40, § 2º.), ou
para sua manifestação antes da decisão que decreta a prescrição intercorrente (art.
40, § 4º.) ilide a decretação da prescrição intercorrente. 3. Agravo Regimental
desprovido. AgRg no AI 1.064.643 – SP, DJ 02/12/2013.
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Anexo X
REsp 1.340.553
DJe 16/10/2018
Anexo XI
AgRg no AREsp n. 88.249/SP
Julgamento: 08/05/2012
EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. CITAÇÃO DA EMPRESA. INTERRUPÇÃO
DA PRESCRIÇÃO EM RELAÇÃO AOS SÓCIOS. PRAZO SUPERIOR A CINCO
ANOS. PRESCRIÇÃO CONFIGURADA.
Firmou-se na Primeira Seção desta Corte entendimento no sentido de que, ainda
que a citação válida da pessoa jurídica interrompa a prescrição em relação aos
responsáveis solidários, no caso de redirecionamento da execução fiscal, há
prescrição se decorridos mais de cinco anos entre a citação da empresa e a citação
dos sócios, de modo a não tornar imprescritível a dívida fiscal. Agravo regimental
improvido.
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Anexo XII
AgRg no Ag n. 1.297.255/SP
DJ 27/03/2015
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. REDIRECIONAMENTO AOS SÓCIOS.
NECESSIDADE DE OBSERVAÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL DE CINCO ANOS
QUE SE INICIA COM A CITAÇÃO DA SOCIEDADE PARA A EXECUÇÃO.
ENTENDIMENTO FIRMADO COM O ESCOPO DE PACIFICAÇÃO SOCIAL E
SEGURANÇA JURÍDICA A SER TUTELADO NO PROCESSO, EVITANDO-SE A
IMPRESCRITIBILIDADE DAS DÍVIDAS FISCAIS. PRECEDENTES. O
SOBRESTAMENTO DO JULGAMENTO DE PROCESSOS EM FACE DE RECURSO
REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC) SE APLICA APENAS AOS TRIBUNAIS DE
SEGUNDA ESTÂNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DA FAZENDA DO ESTADO DE SÃO
PAULO DESPROVIDO.
1. Permitir que a pretensão de redirecionamento dependa de situações
casuísticas conduziria, na prática, a uma quase imprescritibilidade da dívida tributária.
Essa solução repugna ao ordenamento pátrio, pois traz, a reboque, a indesejável
insegurança jurídica, já que o prazo prescricional dependeria de incontáveis fatos, nem
sempre claros e, no mais das vezes, da apreciação subjetiva desses acontecimentos
pelo Julgador.
2. O Superior Tribunal de Justiça possui o firme entendimento de que a citação da
sociedade executada interrompe a prescrição em relação aos seus sócios-gerentes
para fins de redirecionamento da execução fiscal, que deverá ser promovida no prazo
de cinco anos, prazo esse estipulado como medida de pacificação social e segurança
jurídica, com a finalidade de evitar a imprescritibilidade das dívidas fiscais.
3. No caso concreto, a citação da pessoa jurídica ocorreu em abril de 1999 e o
pedido de redirecionamento foi feito apenas em maio de 2008, após 9 anos, estando,
ao meu sentir, induvidosamente prescrita a pretensão fazendária.
4. A Corte Especial firmou entendimento de que o comando legal que determina a
suspensão do julgamento de processos em face de recurso repetitivo, nos termos do
art. 543-C, do CPC, somente é dirigido aos Tribunais de segunda instância, e não
abrange os recursos especiais já encaminhados ao STJ.
5. Agravo Regimental da Fazenda do Estado de São Paulo desprovido.
Anexo XIII
REsp 1.371.128/RS
DJe 17/09/2014
3.078/19 E ART. 158, DA LEI N. 6.404/78 - LSA C/C ART. 4º, V, DA LEI N. 6.830/80 -
LEF.
1. A mera afirmação da Defensoria Pública da União - DPU de atuar em vários
processos que tratam do mesmo tema versado no recurso representativo da
controvérsia a ser julgado não é suficiente para caracterizar-lhe a condição de amicus
curiae. Precedente: REsp. 1.333.977/MT, Segunda Seção, Rel. Min. Isabel Gallotti,
julgado em 26.02.2014.
2. Consoante a Súmula n. 435/STJ: “Presume-se dissolvida irregularmente a
empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos
competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente”.
3. É obrigação dos gestores das empresas manter atualizados os respectivos
cadastros, incluindo os atos relativos à mudança de endereço dos estabelecimentos e,
especialmente, referentes à dissolução da sociedade. A regularidade desses registros é
exigida para que se demonstre que a sociedade dissolveu-se de forma regular, em
obediência aos ritos e formalidades previstas nos arts. 1.033 à 1.038 e arts. 1.102 a
1.112, todos do Código Civil de 2002 - onde é prevista a liquidação da sociedade com o
pagamento dos credores em sua ordem de preferência - ou na forma da Lei n.
11.101/2005, no caso de falência. A desobediência a tais ritos caracteriza infração à lei.
4. Não há como compreender que o mesmo fato jurídico “dissolução irregular” seja
considerado ilícito suficiente ao redirecionamento da execução fiscal de débito tributário e
não o seja para a execução fiscal de débito não-tributário. “Ubi eadem ratio ibi eadem legis
dispositio”. O suporte dado pelo art. 135, III, do CTN, no âmbito tributário é dado pelo art.
10, do Decreto n. 3.078/19 e art. 158, da Lei n. 6.404/78 - LSA no âmbito não-tributário,
não havendo, em nenhum dos casos, a exigência de dolo.
5. Precedentes: REsp. n. 697108 / MG, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino
Zavascki, julgado em 28.04.2009; REsp. n. 657935 / RS, Primeira Turma, Rel. Min. Teori
Albino Zavascki, julgado em 12.09.2006; AgRg no AREsp 8.509/SC, Rel. Min. Humberto
Martins, Segunda Turma, DJe 4.10.2011; REsp 1272021 / RS, Segunda Turma, Rel.
Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 07.02.2012; REsp 1259066/SP, Terceira
Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJe 28/06/2012; REsp.n. º 1.348.449 - RS, Quarta
Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 11.04.2013; AgRg no AG nº 668.190 -
SP, Terceira Turma, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 13.09.2011; REsp.
n.º 586.222 - SP, Quarta Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 23.11.2010;
REsp 140564 / SP, Quarta Turma, Rel. Min. Barros Monteiro, julgado em 21.10.2004.
6. Caso em que, conforme o certificado pelo oficial de justiça, a pessoa jurídica
executada está desativada desde 2004, não restando bens a serem penhorados. Ou
seja, além do encerramento irregular das atividades da pessoa jurídica, não houve a
reserva de bens suficientes para o pagamento dos credores.
7. Recurso especial provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC
e da Resolução STJ 08/2008. Acórdão Vistos, relatados e discutidos esses autos em
que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da PRIMEIRA SEÇÃO do
Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas, o
seguinte resultado de julgamento: “A Seção, por unanimidade, deu provimento ao
recurso especial e indeferiu os pedidos de intervenção no feito formulados pela
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Fazenda Nacional, Banco Central do Brasil e Defensoria Pública da União, nos termos
do voto do Sr. Ministro Relator.”
Anexo XIV
REsp n. 672.962/CE
Julgamento: 14/06/2005
TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TRIBUTO SUJEITO A
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRESCRIÇÃO. NOVA ORIENTAÇÃO
FIRMADA PELA 1ª SEÇÃO DO STJ NA APRECIAÇÃO DO ERESP 435.835/SC. LC
118/2005: NATUREZA MODIFICATIVA (E NÃO SIMPLESMENTE INTERPRETATIVA)
DO SEU ARTIGO 3º. INCONSTITUCIONALIDADE DO SEU ART. 4º, NA PARTE QUE
DETERMINA A APLICAÇÃO RETROATIVA. ENTENDIMENTO CONSIGNADO NO
VOTO DO ERESP 327.043/DF. COMPENSAÇÃO. TRIBUTOS DE DIFERENTES
ESPÉCIES. SUCESSIVOS REGIMES DE COMPENSAÇÃO. APLICAÇÃO
RETROATIVA OU EXAME DA CAUSA À LUZ DO DIREITO SUPERVENIENTE.
INVIABILIDADE. JUROS.
1. Não viola o artigo 535 do CPC, nem importa negativa de prestação
jurisdicional, o acórdão que, mesmo sem ter examinado individualmente cada um dos
argumentos trazidos pelo vencido, adotou, entretanto, fundamentação suficiente para
decidir de modo integral a controvérsia posta.
2. A 1ª Seção do STJ, no julgamento do ERESP 435.835/SC, Rel. p/ o acórdão
Min. José Delgado, sessão de 24.03.2004, consagrou o entendimento segundo o qual
o prazo prescricional para pleitear a restituição de tributos sujeitos a lançamento por
homologação é de cinco anos, contados da data da homologação do lançamento, que,
se for tácita, ocorre após cinco anos da realização do fato gerador – sendo irrelevante,
para fins de cômputo do prazo prescricional, a causa do indébito. Adota-se o
entendimento firmado pela Seção, com ressalva do ponto de vista pessoal, no sentido
da subordinação do termo a quo do prazo ao universal princípio da actio nata (voto-
vista proferido nos autos do ERESP 423.994/SC, 1ª Seção, Min. Peçanha Martins,
sessão de 08.10.2003).
3. O art. 3º da LC 118/2005, a pretexto de interpretar os arts. 150, § 1º, 160, I, do
CTN, conferiu-lhes, na verdade, um sentido e um alcance diferente daquele dado pelo
Judiciário. Ainda que defensável a “interpretação” dada, não há como negar que a Lei
inovou no plano normativo, pois retirou das disposições interpretadas um dos seus
sentidos possíveis, justamente aquele tido como correto pelo STJ, intérprete e
guardião da legislação federal. Portanto, o art. 3º da LC 118/2005 só pode ter eficácia
prospectiva, incidindo apenas sobre situações que venham a ocorrer a partir da sua
vigência.
4. O artigo 4º, segunda parte, da LC 118/2005, que determina a aplicação
retroativa do seu art. 3º, para alcançar inclusive fatos passados, ofende o princípio
constitucional da autonomia e independência dos poderes (CF, art. 2º) e o da garantia
do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada (CF, art. 5º, XXXVI).
Ressalva, no particular, do ponto de vista pessoal do relator, no sentido de que
cumpre ao órgão fracionário do STJ suscitar o incidente de inconstitucionalidade
perante a Corte Especial, nos termos do art. 97 da CF.
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cumulada, porém, com qualquer outro índice, seja de atualização monetária, seja de
juros, porque a SELIC inclui, a um só tempo, o índice de inflação do período e a taxa
de juros real.
13. Recurso especial adesivo não conhecido.
14. Recursos especiais a que se nega provimento.
Anexo XV
RE n. 566.621/RS (REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO)
DJ 11/10/2011
DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA
DA LEI COMPLEMENTAR N. 118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À
SEGURANÇA JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS
– APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE
INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção
do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o
prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu
fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou
inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para
5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em
verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de
violação à autonomia e independência dos poderes, porquanto a lei expressamente
interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à
sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo
para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então
aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento
quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam
ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as aplicações
inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da norma, permite-se a
aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis,
conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do
Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas
que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações
necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil,
pois, não havendo lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se
trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a
inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerando-se válida a
aplicação do novo prazo de 5 anos tão somente às ações ajuizadas após o decurso da
vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art.
543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido.
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Anexo XVI
REsp n. 1.110.578/SP
Julgamento: 21/05/2010
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C,
DO CPC. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA. TRIBUTO
DECLARADO INCONSTITUCIONAL. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. TERMO INICIAL.
PAGAMENTO INDEVIDO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO DE OFÍCIO.
1. O prazo de prescrição quinquenal para pleitear a repetição tributária, nos tributos
sujeitos ao lançamento de ofício, é contado da data em que se considera extinto o
crédito tributário, qual seja, a data do efetivo pagamento do tributo, a teor do disposto no
artigo 168, inciso I, c.c artigo 156, inciso I, do CTN. (Precedentes: REsp 947.233/RJ,
Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 23/06/2009, DJe 10/08/2009;
AgRg no REsp 759.776/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 17/03/2009, DJe 20/04/2009; REsp 857.464/RS, Rel. Ministro TEORI
ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/02/2009, DJe 02/03/2009;
AgRg no REsp 1072339/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA,
julgado em 03/02/2009, DJe 17/02/2009; AgRg no REsp. 404.073/SP, Rel. Min.
HUMBERTO MARTINS, Segunda Turma, DJU 31.05.07; AgRg no REsp. 732.726/RJ,
Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, Primeira Turma, DJU 21.11.05).
2. A declaração de inconstitucionalidade da lei instituidora do tributo em controle
concentrado, pelo STF, ou a Resolução do Senado (declaração de inconstitucionalidade
em controle difuso) é despicienda para fins de contagem do prazo prescricional tanto em
relação aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, quanto em relação aos
tributos sujeitos ao lançamento de ofício. (Precedentes: EREsp 435835/SC, Rel. Ministro
FRANCISCO PEÇANHA MARTINS, Rel. p/ Acórdão Ministro JOSÉ DELGADO,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/03/2004, DJ 04/06/2007; AgRg no Ag 803.662/SP,
Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/02/2007, DJ
19/12/2007).
3. In casu, os autores, ora recorrentes, ajuizaram ação em 04/04/2000, pleiteando
a repetição de tributo indevidamente recolhido referente aos exercícios de 1990 a
1994, ressoando inequívoca a ocorrência da prescrição, porquanto transcorrido o
lapso temporal quinquenal entre a data do efetivo pagamento do tributo e a da
propositura da ação.
4. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do
CPC e da Resolução STJ 08/2008.
Anexo XVII
CARF - Acórdão n. 1402-000.481
Julgamento: 29/03/2011
DECADÊNCIA – RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO – NORMA SUSPENSA POR
RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL – CSL DO ANO DE 1988 – RESOLUÇÃO
11/95 – Nos casos de declaração de inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal
Federal, ocorre a decadência do direito à repetição do indébito depois de 5 anos da
data de trânsito em julgado da decisão proferida em ação direta ou da publicação da
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Resolução do Senado Federal que suspendeu a lei com base em decisão proferida no
controle difuso de constitucionalidade. Somente a partir desses eventos é que o valor
recolhido torna-se indevido, gerando direito ao contribuinte de pedir sua restituição.
Assim, no caso da CSL do ano de 1988, cuja norma legal foi suspensa pela Resolução
n. 11/95, o prazo extintivo do direito tem início na data de sua publicação, 4 de abril de
1995. Recurso Voluntário Provido em Parte.