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AFP Gastro Feline
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TRATAMENTO DIETÉTICO
DA DIARREIA E/OU DOS
VÓMITOS EM FELINOS
I. Jeusette, PhD, DVM; A. SALAS, PHD, DVM; C. Torre, PhD, DVM; L. Vilaseca, MSC, DVM; Departmento I+D de Affinity Petcare.
1. INTRODUÇÃO São várias as doenças que podem outras doenças com sintomatologia
Os vómitos são considerados um dos provocar vómitos e/ou diarreia gastrointestinal semelhante
sinais clínicos mais frequentemente em gatos. Alguns dos transtornos (Tabela 1) (Bergoph e Steiner, 2011).
reportados em gatos examinados em mais frequentes estão incluídos na
clínicas veterinárias privadas (Lund et Tabela 1. Dada a natureza reservada
al., 1999). Num estudo recente realizado dos gatos, estes sinais clínicos podem
em gatos por uma empresa de seguros passar despercebidos pelo dono
na Suécia, as três principais causas de até que o processo patológico já se
morbilidade felina foram traumatismos, encontre num estádio avançado.
doenças gastrointestinais e doenças Além disso, os donos de alguns gatos
do trato urinário inferior (Figura 1). podem aceitar a doença crónica como
Também um inquérito realizado a uma situação normal, o que parece
donos de gatos nos EUA e na Austrália ser particularmente comum nos casos
revelou que as três doenças mais de vómitos crónicos ou intermitentes.
reportadas foram dentárias, do trato No entanto, nos gatos com sinais
urinário inferior e gastrointestinais/ gastrointestinais, especialmente
hepáticas (Freeman et al., 2006). As com perda de peso e vómitos e/ou
principais causas dentro da categoria diarreia crónicos ou recorrentes,
gastrointestinal foram semelhantes devem ser sempre realizados exames
entre a Suécia e os EUA , onde 4% dos diagnósticos adequados (Northworthy
diagnósticos especificavam problemas et al., 2013). Antes de se avaliar
inespecíficos, como “vómitos” e o doente para detetar um
“diarreia” (Egenvall et al., 2010; Lund transtorno gastrointestinal
et al., 1999). primário, é crucial descartar
UM RELATÓRIO CLÍNICO DA AFFINITY PETCARE PARA O VETERINÁRIO
Transtornos gastrointestinais
secundários
por exemplo, transtornos
hepáticos, pancreáticos,
renais, suprarrenais, tiróideos;
cetoacidose; hipercalcemia;
hiperpotassemia, etc.
Corpo estranho
Bolas de pelo
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A mediana e a média de idade dos Este estudo mostra que os transtornos Cada caixa representa os quartis centrais
100 gatos era de 11 anos (intervalo de 1 gastrointestinais são um problema (percentis do 25 ao 75), a linha horizontal
a 18 anos; intervalo interquartil de 10 a frequente em gatos de idade avançada, em cada caixa representa a mediana e
os “bigodes” representam o intervalo
14 anos). Dos gatos, 34% tinham 12 o que é coerente com as observações
(Northworthy et al., 2013).
a 14 anos e 13% tinham 15 a 18 anos; feitas no estudo com gatos segurados
portanto, quase metade dos gatos com da Suécia, em que a taxa de incidência *DCID: diarreia crónica do intestino
sinais crónicos tinha > 12 anos. A perda de transtornos gastrointestinais delgado.
de peso e os vómitos >2 vezes por mês aumentou com a idade (Figura 4).
Figura 2. Diagnóstico histopatológico de gatos com sinais clínicos de enteropatia crónica (Northworthy et al., 2013).
Diagnóstico baseado nos resultados da exploração histológica das amostras do intestino delgado obtidas por biópsia em 100 gatos com
sinais clínicos de enteropatia crónica (Northworthy et al., 2013).
O número total de gatos é superior a 100 devido à redundância de diagnósticos (ou seja, alguns gatos foram classificados como gatos com
enterite linfoplasmocitária e com enterite eosinofílica).
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2. TRANSTORNOS GASTROINTESTI-
NAIS FREQUENTES EM GATOS Figura 4. Taxas de incidência (TI) específicas por idade e sexo, com limites superior e
inferior do intervalo de confiança a 95% de forma alternativa, de, pelo menos, um AAV
por categoria de diagnóstico de, pelo menos, um AAV por 10.000 GAER (média anual de
2.1. DOENÇA INFLAMATÓRIA
126.627 GAER) (Northworthy et al., 2013).
INTESTINAL (DII) E LINFOMA
ALIMENTAR FELINO. Gastrointestinal Fêmeas Machos
Em gatos, a doença do intestino delgado 500
crónica está associada a vómitos
crónicos, perda de peso, diarreia crónica 400
do intestino delgado ou uma combinação
TI por 10.000 CYAR
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Fatores: Temas:
- Reações adversas a alimentos - Inflamação crónica imunomediada
- Enteropatia que responde a antibióticos - Contribuição da microbiota intestinal
- Linfoma alimentar Função - Resposta terapêutica à dieta e fármacos
da
Transtornos: barreira Imunidade
- Sinais gastrointestinais
- Lesões histológicas
inata e DII felina
- Células imunes adaptativa
- Expressão de MHC II
- Citocinas da mucosa
- Desequilíbrios na microbiota
A inflamação intestinal crónica na DII felina implica uma interação complexa entre o sistema imunitário da mucosa e a microbiota entérica
num hospedeiro geneticamente suscetível. Os possíveis fatores genéticos que afetam a função da barreira ou a imunidade inata e adaptativa
podem predispor os gatos suscetíveis a apresentar sinais gastrointestinais (GI), respostas aberrantes do hóspede e desequilíbrios microbianos
(disbiose). É provável que os fatores ambientais (fatores dietéticos, componentes, exposição a agentes enteropatogénicos, administração de
AINE ou de antibióticos, etc.) controlem o início ou a reativação da inflamação (reagudizações da doença).
relativamente à importância clínica maioria dos gatos com pancreatite O diagnóstico definitivo de triadite
dos achados histopatológicos da não se consegue determinar a baseia-se na avaliação histopatológica
inflamação do pâncreas em gatos, causa subjacente e a pancreatite é de cada órgão. No entanto, continuam
especialmente quando são ligeiros considerada idiopática (Xenoulis e por ser definidas as condições específicas
(DeCock et al., 2007). Os dados Steiner, 2008). de cada órgão que constituem um
clínicos indicam que a maioria dos A pancreatite em gatos ocorre diagnóstico de triadite. De momento,
casos de pancreatite felina estão por frequentemente com uma doença desconhece-se que doença surge
diagnosticar, possivelmente devido a concomitante em outros órgãos, primeiro e que papel desempenha na
um baixo nível de suspeita clínica de aparelhos ou sistemas. As doenças patogenia nos outros 2 transtornos.
doença e das limitações dos exames concomitantes incluem lipidose
diagnósticos. Em gatos, a pancreatite hepática, hepatopatia inflamatória,
crónica tem sido tradicionalmente obstrução biliar, diabetes mellitus,
considerada como uma afeção mais doença inflamatória intestinal, A pancreatite em gatos
frequente do que a pancreatite aguda, deficiência de vitaminas (B12/ ocorre frequentemente
tendo sido detetada em 65-89% de cobalamina, folato ou vitamina K),
todos os casos de pancreatite. Foram linfoma intestinal, nefrite,
com uma doença
reportados dados concomitantes de tromboembolismo pulmonar e concomitante em outros
pancreatite aguda e crónica no mesmo derrames pleural e peritoneal. A
pâncreas (pancreatite ativa crónica) pancreatite em gatos coexiste muitas
órgãos, aparelhos
em 9,6-44% dos casos. Na vasta vezes com a doença inflamatória ou sistemas.
intestinal (DII), menos frequentemente
com a doença do ducto biliar
(denominada colangite) e em algumas A infeção bacteriana e os mecanismos
Foi detetada triadite ocasiões com ambas. A doença idiopáticos e mediados pelo sistema
em 50-56% dos gatos inflamatória multiorgânica, também imunitário são considerados possíveis
denominada “triadite”, corresponde à causas da inflamação em cada órgão
com diagnóstico de inflamação concomitante do pâncreas, que pode estar relacionada com o
pancreatite e em 32-50% do fígado e do intestino delgado. Foi desenvolvimento de triadite. Dada
dos gatos com colangite/ detetada triadite em 50-56% dos gatos a coexistência frequente destas
com diagnóstico de pancreatite e em 3 patologias, os gatos com DII e/ou
hepatopatia inflamatória. 32-50% dos gatos com colangite/ doença biliar devem ser considerados
hepatopatia inflamatória. em risco de desenvolver pancreatite.
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No geral, recomenda-se a adminis- Advance Veterinary Diets Gastroenteric Tal como mencionado anteriormente,
tração da dieta de eliminação durante Sensitive Feline Formula não contém nos gatos, a pancreatite crónica pode
4-8 semanas. No entanto, os gatos ingredientes que possam causar reações associar-se a DII e/ou colangite e os
que respondem melhoram geralmente adversas ou intolerâncias alimentares em gatos com estas doenças normalmente
mais depressa (por vezes, em 2-3 dias) gatos, como milho, trigo, vitela, borrego, respondem bem a dietas com proteínas
(Trepanier, 2009; Northworthy et al., frango, ovo, peixe, lactose ou glúten. novas e/ou hidrolisadas, o que faz com
2013). que uma restrição rigorosa seja pouco
3.2. NÍVEL MODERADO DE GORDURAS útil (Zoran, 2006).
No caso da pancreatite crónica, as dietas A redução da quantidade de gorduras
de proteínas novas e/ou hidrolisadas alimentares como tratamento da A gordura é uma fonte de calorias
também são de grande interesse, má digestão em gatos foi proposta concentradas, permitindo a ingestão
já que a pancreatite crónica pode principalmente nas doenças de quantidades mais pequenas de
associar-se a DII e/ou colangite e estes pancreáticas felinas para reduzir as alimentos para manter o aporte de
gatos normalmente respondem bem secreções pancreáticas. No entanto, energia, o que minimiza o trabalho GI e
às fontes de proteína citadas (Zoran, esta abordagem implica normalmente ajuda a controlar os sinais clínicos, como
2006). As fontes de proteínas novas são um aumento dos hidratos de carbono o restabelecimento da condição física.
selecionadas para minimizar a exposição alimentares, o que contradiz a dieta A gordura também pode melhorar a
a possíveis alergénios. Os alergénios felina normal (Zoran, 2006). palatabilidade, o que é importante em
frequentes em gatos incluem laticínios, doentes com transtornos digestivos:
vitela e peixe (90% dos casos) e, em a ausência de palatabilidade de uma
menor grau, ovo de galinha, frango, Os gatos com pancreatite dieta baixa em gorduras poderá ser
porco, milho, borrego, coelho, carne alimentados com níveis contraproducente, se os animais
de baleia e trigo (Reedy, 1994; White e doentes se recusarem a comê-la (Zoran,
Sequoia, 1989; Verlinden et al., 2006; elevados de hidratos de 2008). Até 23% de gordura (matéria
Roudebusch, 2013). carbono tornam-se seca) é bem tolerado em gatos com
diarreia crónica do intestino delgado ou
A Advance Veterinary Diets hiperglicémicos e grosso de origem desconhecida ou com
Gastroenteric Sensitive Feline Formula desenvolvem diarreia, ao DII (Laflamme 2011, Zoran, 2008).
contém proteína de peru e ervilhas como A Advance Veterinary Diets
fonte de proteína nova. Estas proteínas passo que as dietas com Gastroenteric Sensitive Feline Formula
novas foram selecionadas tendo em um nível superior de contém 14% de gordura, um nível
conta a sua baixa alergenicidade, a equilibrado que proporciona energia para
sua elevada digestibilidade, a sua
gorduras são bem compensar a redução na ingestão de
elevada palatabilidade e o seu bom toleradas (Michel, 2002). comida, sendo também adequada para
perfil de aminoácidos. As proteínas gatos com doenças pancreáticas.
hidrolisadas também são uma
alternativa às proteínas novas. As
proteínas hidrolisadas são péptidos de Figura 6. Digestibilidade média de nutrientes e classificação fecal da Advance
Veterinary Diets Gastroenteric Sensitive Feline Formula.
tamanho pequeno que não produzem
reação imunológica em comparação 100% 93,7 92,7
com a proteína intacta. As proteínas 90% 86,5
89,7 88,2 89,2
hidrolisadas também são acrescentadas
80%
devido à sua elevada digestibilidade. A
70%
60%
Lípidos
50%
40%
30%
20%
10%
0
Matéria seca Matéria Proteína Gordura Hidratos de Classificação
orgânica carbono fecal*
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A alta digestibilidade
continua a ser um pilar 11,5
B
E. coli
fundamental no
Bactéria, log 10 CFU/g de MS fecal
10,5
C. Perfringens
tratamento dos transtornos 9,5 C. Perfringens
gastrointestinais felinos 8,5 E. coli
responsáveis pela má 7,5
má absorção. 5,5
4,5
0 0,2 0,4 0,6 0,8
scFOS puros,% na dieta
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de cobalamina é 1500
da saúde da mucosa do 0
intestino delgado. Período basal Depois do tratamento
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