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Dois instrumentos legais são referenciados neste âmbito para o assunto: a Portaria MINTER
n° 100, de 14 de julho de 1980 e a Portaria IBAMA n°85, de 17 de outubro de 1996.
Logo, a Portaria IBAMA n°85/96 seria o instrumento de controle. Esta Portaria surgiu
justamente desta necessidade de controle de frotas de veículos movidos a diesel. Porém, de
acordo com a coordenação do PROCONVE (Programa de Controle de Poluição do Ar por
Veículos Automotores), o IBAMA não possui a infraestrutura necessária para fiscalizar o
Programa. Ou seja, esta Portaria não está sendo exigida e nem fiscalizada pelo IBAMA.
O fato é que a portaria não foi revogada e acabou se tornando referência (e,
consequentemente, um requisito) para o desenvolvimento de um Programa Interno de
Autofiscalização da Correta Manutenção da Frota de empresas que buscam certificação
ambiental.
Assim sendo, não existe um plano de manutenção especificado pelo IBAMA, mas empresas
que pretendem adquirir ou manter a certificação ambiental devem desenvolver e executar
seu próprio plano, com base nas diretrizes estabelecidas pela Portaria IBAMA nº 85/96.
COMO PROCEDER?
“Art. 1º - Toda Empresa que possuir frota própria de transporte de carga ou de passageiro,
cujos veículos sejam movidos a óleo Diesel, deverão criar e adotar um Programa Interno de
Autofiscalização da Correta Manutenção da Frota quanto a Emissão de Fumaça Preta (...);”
Sem nos atermos à palavra “frota” (quantos elementos há em uma frota???), é aconselhável
o monitoramento sempre que se possua qualquer equipamento movido a Diesel, nem que
seja apenas um. Em uma auditoria de certificação, isto conta muito.
Como dito, a Portaria atualmente serve apenas como referência para empresas que desejam
se certificar. Então, a criação de um “Programa Interno de Autofiscalização da Correta
Manutenção da Frota quanto a Emissão de Fumaça Preta” não é necessária. É claro que,
se a empresa desejar implementar o Programa, isto será muito bem visto. Mas, o
que normalmente é verificado em auditorias, é se a empresa monitora suas emissões, e se
atende aos limites estabelecidos na Portaria.
LIMITES
De acordo com a Portaria IBAMA n°85/96, os limites de emissão de fumaça preta permitidos
são:
Uma vez observados equipamentos ou veículos com resultados acima dos permitidos por lei,
os mesmos devem ser encaminhados à manutenção.
"NÃO PRECISO ME PREOCUPAR, POIS TERCEIRIZO O SERVIÇO"
A Portaria IBAMA n°85/96 orienta que a medição seja realizada através da Escala de
Ringelmann. Vamos apresentar duas formas para realizar este monitoramento.
Escala de Ringelmann
Com o
veículo
parado,
em
“ponto
morto” e
o pedal
de
embreagem não pressionado, o acelerador deverá ser pressionado rapidamente até o final
do seu curso. Esta posição deve ser mantida por aproximadamente 5 segundos. Isto fará
com que a fumaça seja lançada pelo escapamento.
O observador deve segurar a Escala de Ringelmann com o braço esticado e avaliar o grau
de enegrecimento da fumaça através do orifício da escala, comparando-o com os tons
impressos.
Obtido o valor, o acelerador deve ser aliviado, até que o motor retorne à velocidade angular
de marcha lenta.
A sequência acima deve ser repetida por dez vezes, sendo que o período de marcha lenta
não deve ser inferior a 2 e nem superior a 10 segundos.
A partir da quarta aceleração, os valores observados devem ser registrados em uma tabela,
a qual deverá ser assinada e arquivada como evidência. Ela pode ser baixada neste link.
Apresentamos abaixo um exemplo de preenchimento:
O resultado final será a moda (o valor mais frequente) dentro das sete observações.
Como visto, o método exige 10 medições seguidas. Mas o bom senso deve sempre
prevalecer. Equipamentos novos normalmente possuem emissões praticamente incolores.
Então, se na terceira aceleração não for constatada nenhuma alteração na fumaça, não é
necessário efetuar todas as medições. Tenha bom senso e otimize seu tempo. Mas não
confunda bom senso com gambiarra. Faça o trabalho corretamente! Caso note alterações,
efetue as medições conforme o procedimento.
Opacímetro
O opacímetro é um equipamento eletrônico que permite, por meio de um feixe de luz, avaliar
a densidade da fumaça, coletada por meio de uma sonda introduzida no tubo de
escapamento, em um compartimento fechado.
NOSSA RECOMENDAÇÃO
Padrão Ringelmann 0 1 2 3 4
Densidade colorimétrica (%) 0 20 40 60 80
Espessura das linhas (mm) (branco) 1,0 2,3 3,7 5,5
Como você pode perceber, a escala é baseada em tonalidades. É importante que ela seja
composta pelas cores corretas, para que não sejam realizadas medições imprecisas.
Portanto, não é recomendável que a escala seja impressa em impressoras e papéis comuns,
pois a tonalidade do papel e a qualidade da impressão alteram a coloração.
No Brasil, as escalas podem ser adquiridas pelo site da CETESB (link abaixo). NÃO é
recomendado que as escalas sejam plastificadas, pelo mesmo motivo anteriormente descrito.
Por isso, nossa recomendação é o uso das escalas de Ringelmann para frotas menores.
Para o caso de frotas maiores, se a empresa tiver recursos para investir, o melhor é adquirir
o opacímetro.
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Você conhece o projeto World Air Quality Index? Este projeto tem como objetivo promover a
conscientização sobre a poluição do ar e prover informação unificada sobre a qualidade do
ar, em tempo real, pelos sites: https://aqicn.org e https://waqi.info.