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Físico-Química II

Ivonete Oliveira Barcellos

Experimento 04: Cinética da Reação do Cristal Violeta com NaOH.

Método Espectrofotômetro.

Aluna: Tatiana Cristine de Amorim

Data: 27/03/2012

Temperatura: 26 °C

Pressão: 758 mmHg

OBJETIVOS

Determinar a ordem da reação bimolecular entre o cristal violeta e o hidróxido de sódio por meio da
técnica espectrofotométrica, bem como determinar o valor da constante de velocidade “kps”.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O experimento 04, cujo objetivo principal foi a determinação, por meio da técnica espectrofotométrica, da
ordem da reação bimolecular entre as espécies iônicas cristal violeta, fortemente colorido, e o hidróxido de
sódio, incolor, esteve embasado na ideia de que, ao passo que a reação ocorre, a intensidade da cor
diminui (produtos incolores) e esta grandeza pode ser medida com o amparo do espectrofotômetro. No
processo, à medida que a concentração de corante era reduzida, a absorbância também o era.

cristal violeta (corante) + hidróxido de sódio (OH -)  produto incolor

v = – d[corante] / dt = K.[corante] n.[OH-]0

log A0 / At = Kps.t / 2,303 ou log At = log A0 – Kps.t / 2,303

Procedimento: Calibração

Inicialmente, preparou-se 5 soluções aquosas, em balões volumétricos de 50 mL, a partir da solução 0,03
g/L de cristal violeta. Os balões continham, respectivamente, os volumes de corante: 5, 6, 7, 8 e 9 mL,
completados com água destilada, conforme tabela a seguir. Em seguida, mediu-se as absorbâncias das
soluções. Vale ressaltar que o espectrofotômetro estava ajustado ao comprimento de onda de 583 nm
(máximo de absorção do cristal cloro-hexametilenopararosanilina).

Tabela 01 – Curva analítica: Absorbância x V (mL de corante)


Balão V (mL de corante) Absorbância
1 5 0,207
2 6 0,221
3 7 0,262
4 8 0,316
5 9 0,384

0.45

0.4

0.35 f(x) = 0.04 x − 0.04


R² = 0.95
0.3

0.25

0.2

0.15

0.1

0.05

0
4.5 5 5.5 6 6.5 7 7.5 8 8.5 9 9.5

Figura 01 – Gráfico: Absorbância x V (mL de corante)

Equação da reta: 0,0449x – 0,0363

Coeficiente angular: 0,0449

Coeficiente linear: – 0,0363

A0 = 0,0449.9 = 0,4041

Procedimento: Cinética da Reação

Colocou-se, num balão volumétrico de 25 mL, 12 mL de solução 0,03 g/L de corante completado com água
destilada e, num segundo balão volumétrico de 25 mL, 9,6 mL de solução 0,1 mol/L de NaOH completado
também com água destilada. Misturaram-se as soluções dos dois balões em um erlenmeyer com
capacidade para 250 mL e acionou-se o cronômetro imediatamente. Agitou-se a mistura para que esta se
tornasse homogênea e se transferiu parte dela para uma cubeta (que fora fechada instantaneamente não
permitindo a ação do gás carbônico com o NaOH) para que se pudesse medir em intervalos de 1,5 minutos
as absorbâncias durante o processo da reação em função do tempo, em segundos. Os resultados de
medida estão expressos na tabela abaixo.
Tabela 02 – Tomada da absorbância em função do tempo (s)

Leituras Tempo (s) At log At


1 270 0,163 -0,788
2 360 0,152 -0,818
3 450 0,129 -0,889
4 540 0,115 -0,939
5 630 0,106 -0,975
6 720 0,102 -0,991
7 810 0,094 -1,027
8 900 0,090 -1,046
9 990 0,087 -1,060

0
200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo (s)

f(x) = − 0 x − 0.7
R² = 0.95
-1

Log At

Figura 02 – Gráfico: log At x tempo (s)

Equação da reta: – 0,0004x – 0,7031

Coeficiente angular: – 0,0004

Coeficiente linear: – 0,7031

Comparando-se a equação da reta com a equação da velocidade, temos:

log At = – kps.t / 2,303 + log A0 y = – 0,0004x – 0,7031

Kps = – 0,7031.2,303 = 1,619

log A0 = – 0,7031, logo A0 = 0,198

O experimento 04 permitiu que se determinasse a constante de velocidade da reação, K ps = 1,619, bem


como a absorbância inicial no primeiro (A 0 = 0,4041) e segundo (A 0 = 0,198) procedimentos. Pelo fato de os
gráficos em ambos os processos terem sido lineares, os valores de A 0 deveriam ter sido iguais ou muito
próximos, o que, experimentalmente, não ocorreu.

CONCLUSÃO

A partir da prática 04, conseguiu-se determinar a ordem da reação bimolecular entre o cristal violeta e o
hidróxido de sódio por meio da técnica espectrofotométrica, bem como a constante de velocidade K ps,
impondo-se um excesso da base em relação ao corante. O valor da constante de velocidade encontrado
experimentalmente foi de Kps = 1,619.

A partir de cálculos que tiveram como base a construção dos gráficos “Absorbância x Volume (mL de
corante)” e “log At x tempo (s)” encontraram-se os valores iniciais de absorbância para os procedimentos
de calibração e cinética da reação, respectivamente, A 0 = 0,4041 e A0 = 0,198. Como já discutido
anteriormente, os valores de A0 deveriam ser iguais ou bastante próximos, porém este resultado não fora
encontrado no experimento realizado em laboratório.

FONTES DE ERRO

Diversas condições podem nos limitar em laboratório quanto ao resultado ser próximo ou não do esperado,
dentre elas: vibração e oscilação nas bancadas nos momentos de leitura pelo espectrofotômetro;
calibração ruim do instrumento ou aparelho medidor de absorbância (espectrofotômetro); não repetição
do experimento (exemplo: triplicata) etc. Os cuidados na hora do preparo das soluções também são
indispensáveis uma vez que qualquer variação na quantidade e/ou concentração do corante ou hidróxido
de sódio poderia deslocar o equilíbrio da reação para direita ou esquerda alterando o resultando esperado.
Vale ressaltar o cuidado que se deve ter na hora de fazer a rinçagem da cubeta (para que a leitura pelo
espectrofotômetro seja a mais fiel possível) e lembrar que as medições de absorbância na segunda etapa
do processo devem respeitar os intervalos de tempo (a cada 1,5 minutos) para que exista coerência na hora
do tratamento dos dados.

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