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Criterio de Avaliaao de Isoladores em Servio
Criterio de Avaliaao de Isoladores em Servio
ISOLADORES EM SERVIÇO
1. OBJETIVO ..................................................................................................................... 2
2. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 2
3. TIPOS DE INSPEÇÃO .................................................................................................. 2
3.1. Inspeção Terrestre ............................................................................................... 3
3.1.1. Inspeção Terrestre Visual......................................................................... 3
3.1.1.1 Inspeção Minuciosa .................................................................... 3
3.1.1.2 Inspeção Expedita ....................................................................... 3
3.1.1.3 Inspeção Específica ..................................................................... 4
3.1.2. Inspeção Terrestre por Instrumento.......................................................... 4
3.2. Inspeção Aérea ......................................................................... .......................... 8
3.2.1. Inspeção Aérea Visual.............................................................................. 8
3.2.2. Inspeção Aérea por Instrumento............................................................... 9
4. AVALIAÇÃO E AÇÕES PARA SANAR DEFEITOS EM ISOLADORES ................ 9
5. RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS .................................................. .......................... 10
6. REFERÊNCIAS ................................................................................... .......................... 10
ANEXO I - Critérios utilizados na Coelba ................................................................................. 11
ANEXO II - Critérios Utilizados na Eletrosul ........................................................................... 13
ANEXO III - Critérios Utilizados na Cemig .............................................................................. 14
ANEXO IV - Fotos de Isoladores com Problemas ..................................................................... 16
.
1. OBJETIVO
Esta publicação tem por finalidade divulgar as técnicas de avaliação de isoladores de linhas. de
transmissão em serviço que são habitualmente usadas por diversas empresas concessionárias de
energia elétrica no Brasil bem como apresentar as técnicas em desenvolvimento.
2. INTRODUÇÃO
Os isoladores são, sem dúvida, as partes mais frágeis de uma linha de transmissão (LT) e por isso
merecem cuidados especiais da manutenção.
As empresas desenvolvem programas para prevenir ocorrências envolvendo isoladores sendo os
mais importantes os de inspeções periódicas, lançando mão de tecnologias desenvolvidas para tal.
3. TIPOS DE INSPEÇÃO
As inspeções se dividem em basicamente dois grandes grupos: terrestre e aérea.
Rotineiramente as inspeções em isoladores são efetuadas juntamente com a inspeção nos demais
componentes da linha.
O objetivo das inspeções é detectar defeitos. Como defeito entende-se qualquer alteração física ou
química no estado de um componente ou instalação, não causando o término de sua habilidade em
desempenhar sua função requerida, porém podendo, a curto ou longo prazo, acarretar sua
indisponibilidade.
Os defeitos podem ser classificados como:
Defeito de Evolução Lenta - originado geralmente pelo envelhecimento natural, ou com aceleração
por fatores externos, dos elementos constituintes das estruturas e pode aparecer entre médio e longo
prazos após a energização da instalação. A detecção prematura permite a intervenção antes que
atinja um grau que coloque a instalação em risco. Como exemplo: poluição em isoladores, oxidação
em ferragens, fissuras e ou deterioração da cimentação.
Defeito de Evolução Rápida - causado principalmente por atuações humanas e/ou causas pontuais.
Em geral as conseqüências podem ocorrer em um prazo curto. Requer uma intervenção mais rápida.
Como exemplo: árvore próxima dos cabos e isoladores danificados por vandalismo.
Os inspetores devem estar especialmente atentos para os seguintes aspectos dos isoladores,
conforme a sua constituição:
ƒ em isoladores cerâmicos e de vidro:
Ɠ sinais de fissuras ou trincas (nos cerâmicos),
Ɠ deterioração da cimentação,
Ɠ peças quebradas ou com pedaços arrancados,
Ɠ marcas de queima,
Ɠ sinais de poluição e
Ɠ pontos de corrosão em suas ferragens integrantes.
ƒ em isoladores poliméricos:
Ɠ marcas de trilhamento e outras alterações no revestimento,
Ɠ marcas de queima,
Ɠ sinais de poluição,
Ɠ pontos de corrosão em suas ferragens integrantes,
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Ɠ danos nas interfaces,
Ɠ rasgos nas saias e
Ɠ exposição do núcleo. .
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3.1.1.3. Inspeção Específica
A inspeção específica é realizada apenas para trechos da linha onde um determinado defeito ou
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situação tem sido detectado com freqüência, constituindo assim um ponto crítico. Neste tipo
também se encaixam inspeções para investigação de ocorrências repetidas, sem identificação da
causa e suspeitas de isoladores com defeito.
Não existe uma periodicidade estabelecida como regra geral, pois o que determina a existência de
ponto crítico pode ser de natureza diversa e de evolução diferenciada entre os vários pontos
identificados em uma linha. Como por exemplo: trecho com vandalismo é tratado de forma
diferente de trecho com poluição severa (esta severidade varia de local para local e determina a
periodicidade da inspeção).
(a) (b)
Figura 1 – (a) imagem com visualização de pontos quentes e (b) exemplo de termovisor
ƒ Detector de ultravioleta (UV) – equipamento que detecta atividade de corona e de outras
descargas superficiais que emitem radiação luminosa, transformando em imagem esta atividade.
Os aparelhos atuais são compostos por uma câmera de imagem visível e outra de imagem UV,
com filtro, combinadas eletronicamente, que viabiliza seu uso à luz do dia. A inspeção com
detector de UV é adotada em trechos urbanos e específicos, nos mesmos moldes de inspeção com
termovisor. Sua aplicação combinada com o uso do termovisor permite uma melhor identificação
de isoladores poliméricos com defeitos internos. Também pode ser aplicada para avaliação da
presença de poluição. Neste caso deve ser utilizado em inspeções noturnas já que a presença de
umidade é necessária para que haja descargas superficiais. A figura 2 apresenta exemplos
de imagem gerada e equipamento;
4
.
(a) (b)
Figura 2 – (a) imagem de UV e (b) exemplo de equipamento
Os próximos três instrumentos foram desenvolvidos com base na distribuição de tensão elétrica em
cadeias de isoladores, conforme mostrado na figura 3 abaixo:
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indícios de descarga nas peças ou quando se investiga desligamentos temporários sem explicação
aparente, em linhas com este tipo de isolamento. A figura 4 apresenta um exemplo deste
equipamento e a forma de utilização; .
6
isoladores sem ruído característico passar para a etapa 2;
Etapa 2: inicia-se a seqüência curto-circuitando cada isolador com o garfo e girando o bastão
.
universal para desencostar uma das pernas, surgindo assim o ruído, comprovando que o isolador
está bom. Se o ruído não acontecer, significa que o isolador está vazado. O teste é feito na
direção condutor para terra. Encontrando mais de 1/3 dos isoladores sem ruído o teste deve ser
interrompido;
ƒ Positron - este aparelho mede e armazena a distribuição do campo elétrico na cadeia de
isoladores, permitindo a identificação de unidades defeituosas através da análise de gráficos
traçados por software que acompanha o equipamento. A distribuição do campo é tal que um
gráfico normal mostra um decréscimo na direção do condutor para lado terra e uma
descontinuidade - diminuição brusca indica peça com defeito. O equipamento é utilizado quando
das intervenções com linha viva em cadeias de porcelana ou mistas, quando há indícios de
descarga nas peças ou quando se investiga desligamentos temporários sem explicação aparente,
em linhas com este tipo de isolamento ou com isoladores poliméricos. Existem modelos
diferentes desenvolvidos para cadeias convencionais e poliméricas. A figura 6 mostra sua
aplicação e o detalhe do equipamento e a figura 7 apresenta resultados de medição em cadeias
com isoladores perfeitos e com a presença de isolador danificado.
(a) (b)
Figura 6 – (a) aplicação do equipamento e (b) detalhe
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Os três equipamentos seguintes estão sendo usados ainda de forma incipiente pelas concessionárias.
ƒ Binóculo de Visão Noturna – equipamento que tem como objetivo permitir a visualização de
objetos no escuro, a partir da captura de ondas eletromagnéticas na faixa do infravermelho, .que
caracterizam o aquecimento, e são imperceptíveis ao olho humano. Sua aplicação principal é no
campo militar. Como também permitem a amplificação de fluxo luminoso gerado por fontes
naturais ou artificiais de luz, a utilização para inspeção de instalações elétricas que estejam
produzindo algum tipo de descarga, como efeito corona ou semelhantes, é possível, sob o ponto
de vista qualitativo, pois facilita a identificação de sua existência. Há que se considerar o cuidado
com fontes de radiação luminosa intensa, já que alguns dispositivos deste tipo não possuem
filtros, o que pode causar danos irreversíveis ao olho humano. Quando são adaptados
dispositivos aproximadores de imagens, como as lentes, melhoram a nitidez dos objetos
visualizados. Podem ser monoculares ou do tipo binóculo. Tem sido usado ainda de forma
experimental.
ƒ Ultra-som – em laboratório o ultra-som tem sido usado para identificar vazios entre o núcleo e a
cobertura em isoladores poliméricos. Em campo, o instrumento desenvolvido detecta os ruídos
produzidos por descargas parciais. O uso em campo ainda não está bastante desenvolvido que
aconselhe o uso rotineiro. A dificuldade é detectar o ponto exato onde está ocorrendo a atividade
devido a outros ruídos existentes;
ƒ Raios-X – tecnologia que faz uma radiografia digital da peça em estudo, indicando defeito
interno que não são facilmente detectados pelos métodos convencionais. Atualmente usada com
sucesso e precisão em laboratório e em desenvolvimento para uso em campo, a partir de
dispositivos portáteis e automatizados.
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inspeção terrestre expedita.
O helicóptero também tem sido usado para inspeções específicas, com periodicidade nos moldes da
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terrestre específica, isto é, depende do objeto que está sendo investigado. Estes casos ocorrem
quando a aeronave pertence à empresa concessionária.
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de 5 até 9 isoladores quebrados (linha viva); c) 230 kV - acima de 8 quebrados (linha morta), de
5 até 7 (linha viva). Ação: substituir isoladores. Prazo: logo após constatação.
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Nos Anexos I, II e III são apresentados exemplos de critérios usados pelas empresas concessionárias
mencionadas acima.
No Anexo IV são mostradas fotos de isoladores com problemas que devem ser objeto de inspeção.
5. RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS
A aplicação crescente de isoladores poliméricos exige das empresas uma maior atenção quanto sua
manutenção, além de cuidados na armazenagem e no manuseio.
As dificuldades de identificação de problemas nas partes constituintes exige mais atenção nas
inspeções, normalmente realizadas com auxílio de instrumentos.
O seu desempenho está intimamente relacionado à sua correta aplicação, sendo portanto necessário
identificar a correta presença de anéis de equalização de potencial, quando indicados pelo
fabricante, também considerar o impedimento de utilizá-los como acesso aos cabos condutores para
qualquer tipo de serviço.
A identificação de presença de trilhamento ou de núcleo exposto são motivos de ação imediata de
substituição.
Mudanças de natureza superficial, como presença de fungos, poluição, “gizamento” etc. indicam a
necessidade de acompanhamento.
Normalmente a mudança de cor não caracteriza problema, mas faz parte do processo de
envelhecimento, o que é natural para este tipo de isolador.
6. REFERÊNCIAS
1 - COELBA - MTL 00.02 - Inspeção em Linhas de Transmissão
2 - FURNAS - Inspeção de Linhas - Critérios de Periodicidade
3 - Tourreil, Claude de - Curso Sobre Isoladores Poliméricos (2002)
4 - Positron - Catálogos de produtos
5 - X-Spector - Catálogo de produtos
6 - OFIL - Catálogo de produtos
7 - FLIR - Catálogo de produtos
8 - Ritz Chance - Catálogo Isolômetro
9 - Meloni, Alexandre - Notas sobre teste de Ruído e isolômetro
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ANEXO I
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Critérios utilizados pela Coelba
Prioridade Prazo Ação
0 Imediato Preferencialmente, correção logo após sua constatação
1 3 meses Caso seja pendência, deve ser corrigido no primeiro mês do
trimestre
2 6 meses Idem acima, se o prazo estiver vencido
3 12 meses Programados caso haja disponibilidade de HH
A - Acompanhar a evolução
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ƒ Ações devidas a condições anormais relativas às ferragens de cadeias
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ANEXO II
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Critérios utilizados pela Eletrosul
Prioridade Prazo Ação
0 Imediato Preferencialmente, correção logo após sua constatação
1 Programado Realizar de acordo com a programação da equipe
2 - Acompanhar a avolução
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ANEXO III
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Critérios utilizados pela Cemig
Prioridade Prazo Ação
U Imediato Preferencialmente, correção logo após sua constatação
A 1 mês Caso seja pendência, deve ser corrigido no primeiro mês do
trimestre
B 3 meses Idem acima, se o prazo estiver vencido
C Programado Programados caso haja disponibilidade de HH
Obs. - Acompanhar a evolução
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ƒ Ações devidas a condições anormais relativas às ferragens de cadeias
Prioridade Ação .
C Aprumar cadeia
U Substituir ferragens trincada
C Substituir ferragens – sinais de descarga
C Substituir contrapino (concha olhal ou similar)
C Reapertar grampo de suspensão
A Colocar grampo de suspensão no lugar
A Substituir grampo suspensão oxidado
Obs. Grampo suspensão oxidado
B Substituir contrapino do grampo suspensão
B Colocar contrapino grampo suspensão
B Colocar porca grampo suspensão
B Colocar parafuso grampo suspensão
B Apertar grampo de ancoragem
B Substituir grampo ancoragem oxidado
Obs. Grampo ancoragem oxidado
B Substituir contrapino grampo ancoragem
B Colocar contrapino grampo ancoragem
C Colocar porca grampo ancoragem
C Colocar parafuso grampo ancoragem
C Encaixar contrapino grampo suspensão
C Encaixar contrapino grampo ancoragem
C Encaixar contrapino manilha
A Retirar corpo estranho na cadeia
A Substituir parafuso fixação cadeia oxidado
C Encaixar contrapino (concha olhal ou similar)
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ANEXO IV
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Fotos de Isoladores com Problemas
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