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Durante o nosso trabalho, teremos ocasião de fazer algumas referências

à Psicologia de Jung, por


isso, achamos por bem explicar os conceitos fundamentais da Psicologia
Analítica para favorecer
àqueles que não estão familiarizados com este tipo de Psicologia. Não se
trata, exatamente, de um
glossário de Psicologia Analítica, mas de uma tentativa de,
preliminarmente, apresentar alguns conceitos
com que trabalharemos no livro como um todo. Este capítulo, entretanto,
não nos exime de criarmos, no
decorrer de nosso estudo, outros capítulos onde esses conceitos (pelo
menos alguns deles) deverão ser
estudados com um pouco mais de detalhes.
1. Alma
Este termo será usado por Jung no lugar da palavra mente, aparelho
anímico, aparato anímico e outros
termos análogos. Em Jung o termo alma equivale à palavra grega psiké.
Não possui um sentido religioso
ou transcendente. A alma é, então, para ele, o mesmo que psiquismo.
2. Anima
Jung considera anima como um arquétipo que personifica a figura
feminina que se encontra no interior
do inconsciente masculino. Assim, se um homem é tomado por sua
anima, torna-se extremamente
motivado e nele se desenvolve as potencialidades criadoras.
3. Animus
Esta é uma contrapartida da anima, ou seja um arquétipo masculino que
existe no interior de cada
inconsciente feminino. Se uma mulher for radicalmente tomada por seu
animus, torna-se decidida, forte,
máscula, capaz de ter opiniões próprias e de ser independente. A anima e
o animus são responsáveis pela
inspiração, tanto em um caso como em outro.
4. Complexo
Este conceito possui para nós uma importância considerável como
veremos na leitura deste livro. Foi
um termo criado por Jung e que o próprio Freud adotou. O que é, porém,
um complexo? Segundo Jung os
complexos seriam grupos fortemente carregados de energia e, por
conseguinte detentores de grande força
emotiva. São formados por associações, isto é, imagens, percepções,
idéias, fantasias que se encadeiam e
se agrupam em torno de um núcleo ou arquétipo.
Os complexos, muitas vezes, possuem atividade autônoma,
independente, portanto do Ego. Ainda
segundo a maneira de ver junguiana, os arquétipos funcionam como uma
estrada privilegiada para o
inconsciente e, nesse caso, atuam como construtores dos nossos sonhos.
Existe, explica Jung, em cada
personalidade, um número considerável de complexos que se relacionam
e interagem. As relações entre
os complexos e o Ego, acontecem do seguinte modo: se o complexo
dominar o Ego de maneira que o
segundo perca o controle sobre o primeiro, estamos frente a uma psicose;
entretanto, caso o complexo e o
Ego vivam em um processo de identificação, estamos diante de uma
possessão. Consoante a opinião de
Jung, as comunicações mediúnicas estariam incluídas nesse caso.

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