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Art.

45 § 2º É vedado à autoridade judiciária aplicar nova medida de internação (NOVA


SENTENÇA), por atos infracionais praticados anteriormente, a adolescente que (1) já
tenha concluído cumprimento de medida socioeducativa dessa natureza, ou (2) que tenha
sido transferido para cumprimento de medida menos rigorosa, sendo tais atos
absorvidos por aqueles aos quais se impôs a medida socioeducativa extrema.

2 opções de UNIFICAÇÃO:

(1) medida de mm natureza

(2) passou para medida menos gravosa

Obs.: a medida socioeducativa mais GRAVE/EXTREMA é a internação (art. 42 $3º). Se


houver uma NOVA sentença, novo ato infrac, impondo Tb INTERNAÇÃO, na prática não
haverá o cumprimento dessa medida por que a primeira internação que já foi cumprida
ABSORVE o segundo cumprimento.

Percebeu que pouco importa se o ato infrac posterior foi MAIS ou MENOS grave? O artigo
fala da MEDIDA SOCIOEDUCATIVA MAIS GRAVE, e não do ato infrac mais grave.

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STJ

Súmula nº 605:

“A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional


nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade
assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.”

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Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de
brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento. (...)

§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção


ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.

§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.

§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente deverá ser


liberado, colocado em regime de semi-liberdade ou de liberdade assistida.

§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.

Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, inclusive os


relativos à execução das medidas socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da Lei
no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), com as seguintes
adaptações:

I - os recursos serão interpostos independentemente de preparo;


II - em todos os recursos, salvo o de agravo de instrumento e de embargos de declaração,
o prazo para interpor e para responder será sempre de dez dias;

III - os recursos terão preferência de julgamento e dispensarão revisor;

IV a VI (Revogados pela Lei n.º 12.010, de 2009)

VII - antes de determinar a remessa dos autos à superior instância, no caso de apelação,
ou do instrumento, no caso de agravo, a autoridade judiciária proferirá despacho
fundamentado, mantendo ou reformando a decisão, no prazo de cinco dias;

VIII - mantida a decisão apelada ou agravada, o escrivão remeterá os autos ou o


instrumento à superior instância dentro de vinte e quatro horas, independentemente de
novo pedido do recorrente; se a reformar, a remessa dos autos dependerá de pedido
expresso da parte interessada ou do Ministério Público, no prazo de cinco dias, contados
da intimação”.

Das medidas de proteção previstas no art. 101 do ECA, o conselheiro tutelar


somente NÃO PODE APLICAR o acolhimento familiar, o acolhimento institucional e a
colocação em família substituta (guarda, tutela e adoção) (art. 136, I, ECA), por estarem
sujeitas à reserva de jurisdição.

Por outro lado, em caso de caráter excepcional e urgente, o conselheiro pode aplicar as
medidas de acolhimento familiar e institucional sem autorização judicial, devendo
comunicar o fato ao juiz da Vara da Infância e da Juventude em até 24 horas, sob pena de
responsabilidade (art. 93 do ECA).

Gostei (204)
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Advertência e obrigação de reparar o dano são medidas socioeducativas (art. 112) e não
medidas de proteção (art. 103).

Medidas socioeducativas são aplicadas aos adolescentes que cometem atos


infracionais.

Medidas de proteção são aplicadas a crianças que cometem atos infracionais.

DICA: Nos crimes puníveis com pena de DETENÇÃO no ECA:

--> se dolosos: SEMPRE punidos de 6 meses a 2 anos.

--> se culposos: SEMPRE punidos de 2 a 6 meses.

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