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O Porquê Deus Mandou Destruir as Nações Cananeias?

Antes dos Israelitas entrarem na terra prometida, Deus tinha dado instruções rigorosas quanto ao que deviam
fazer com os moradores dali — deviam ser totalmente destruídos.

“Porém, das cidades destas nações, que o Senhor, teu Deus, te dá em herança, nenhuma coisa que tem fôlego
deixarás com vida. Antes, destrui-las-ás totalmente: aos heteus, e aos amorreus, e aos cananeus, e aos
fereseus, e aos heveus, e aos jebuseus, como te ordenou o Senhor, teu Deus” (Dt 20.16,17; cf. Nm 33.51-53).

Quando Abrão chegou em Canaã, era mais um semita que vinha somar-se à população camita da terra de
Canaã. A região era ocupada por diversas tribos conhecidas sob o nome geral de cananeus (Gn 12:6, 24:3,37),
por ter origens na descendência do filho mais novo de Cão (neto de Noé), chamado Canaã.

Povos de Canaã

HETEUS: Descendentes de Hete, filho de Canaã, filho de Cão (Cam), filho de Noé.

– Mulheres de Esaú eram Hetéias (Trouxeram amargura e tristeza à Isaque e Rebeca – Gn 26:34,35).

– Abrão os encontrou em Hebrom (Gn 23).

– Durante a peregrinação dos Hebreus, quando Moisés enviou os doze espias para o reconhecimento da terra
que haviam de ocupar, os Heteus são citados entre outros povos presentes nas montanhas do sul da Palestina
(Nm 13:29), também fizeram parte de uma aliança contra os Hebreus sob o comando de Josué a leste de
Jerusalém (Js 9.1,2).

– Quando da volta do cativeiro, nos dias de Esdras, por volta de 450 a.C., os israelitas encontram os Heteus na
Palestina e casam-se com suas filhas, cometendo abominação contra o Senhor (Ed 9:1,2).

AMORREUS: No tempo da conquista os Amorreus habitavam as regiões sul e leste de Jerusalém e a


Transjordânia (Nm 13:30).
– Foi o povo que ofereceu mais resistência ao avanço dos israelitas na Terra Prometida, conforme o relato
sobre a batalha de Gibeom, quando Josué pediu a Deus que o Sol e a Lua se detivessem (Js 10:4,5).

CANANEUS: Conforme a ordem divina, os Cananeus, como os demais povos da Terra Prometida, deveriam ser
exterminados por causa de seus pecados (Dt 9:5).

GIRGASEUS: Segundo Gn 10:16, os Girgaseus eram camitas, também descendentes de Canaã. Foram citados
várias vezes na Bíblia, e provavelmente ocuparam alguma área na margem ocidental do Jordão, ou a oeste de
Jericó.

FERESEUS: No tempo de Abraão eles estavam entre os Cananeus na região de Betel (Gns 13:7).

– Nos dias de Jacó havia uma colônia deste povo nas proximidades de Siquém (Gn 34:30) e logo após a morte
de Josué, travaram batalha com as tribos de Judá e de Simeão (Jz 1:1-5).

HEVEUS: Este povo de origem camita, descendentes de Canaã (Gn 10: 15-17), aparece no tempo de Jacó,
próximo a Siquém, onde um Heveu violentou Diná, filha de Jacó (Gn 34).

– Aparece também uma comunidade em Gibeom, que escapou de ser exterminado por Josué através de um
tratado de paz, que os tornou rachadores de lenha e tiradores de água para os israelitas (Js 9).

– Ocupavam uma área a oeste do monte Hermom (Js 11:3 e Jz 3:3).

JEBUSEU: Este povo habitava em Jerusalém.

– Resistiram aos ataques de Josué e de seus exércitos (Js 10:23,24).


– Somente mais tarde, em 993 a.C., quando Jerusalém foi proclamada capital do reino de Israel (2 Sm 5:6-9) é
que os Jebuseus foram expulsos de seu lugar. No entanto, não foram exterminados, pois a área em que
Salomão mais tarde edificou o templo, foi comprada por Davi de um Jebuseu chamado Araúna (2 Sm 24:18-25).

Porque será que DEUS “não queria” que a nação de Israel tivesse qualquer contato com os povos o redor deles?
O cuidado de DEUS para com Seu povo.

Em escavações em Gezer, arqueólogos (Palestine Exploration Fund), encontraram ruínas de um “lugar alto”,
correspondente à época dos Cananeus (1500 a.C) que tinha sido um templo, no qual adoravam seu deus baal e
sua deusa astorete.

Era uma superfície de 50 m por 40m, cercada de muro, sem cobertura, onde os habitantes celebravam suas
festas religiosas. Dentro do muro havia 10 colunas de pedra bruta as quais se ofereciam sacrifícios.

Sob os detritos, neste lugar alto, os arqueólogos encontraram grande quantidade de jarros contendo os
despojos de crianças recém-nascidas, que tinham sido sacrificadas.

Outra prática horrível era o que chamavam de sacrifícios dos alicerces era quando iam construir uma casa,
sacrificava-se uma criança, cujo corpo era metido no alicerce, a fim de trazer felicidade para o resto da família.

Muito disso foi encontrado em Gezer e também em Megido, Jericó e outros lugares.

Outrossim, nesse lugar alto, debaixo do entulho, havia grandes quantidades de imagens e placas ornamentais,
de asterote, exibindo, grosseiramente exagerados os órgãos sexuais, destinados à provocação de desejos
sensuais.

Era assim, praticando a licenciosidade como rito, que os povos cananeus prestavam seu culto aos deuses, e
também assassinando seus primogênitos, como sacrifício aos mesmos deuses.

Parece que em grande escala, a terra de Canaã tornou-se uma espécie de Sodoma e Gomorra de âmbito
nacional.
Seria ainda assim de estranhar que DEUS ordenasse a Israel o extermínio dos cananeus?

Teria o direito de continuar a existir por mais tempo uma civilização de tão abominável imundície e
brutalidade?

Temos aí um dos exemplos da história de como a ira de DEUS se revelou contra a perversidade de certas
nações. Muitos arqueólogos que têm estudado e escavado as ruínas das cidades dos cananeus admiram-se de
DEUS não os haver destruído há mais tempo.

O objetivo de DEUS em mandar exterminar os cananeus, além de ser o de castigá-los, foi preservar Israel da
idolatria e das suas práticas vergonhosas.

Desde a década de quarenta, a arqueologia tem possibilitado conhecer cada vez mais sobre os povos antigos do
oriente, principalmente o povo cananeu e sua religião.

Descobertas arqueológicas mostraram centenas de placas de barros pertencentes ao templo de Ras Sharma.

Esses textos religiosos provam que a oposição contra a qual Moisés e os Israelitas tiveram que lutar não eram
doutrinas de pequenos cultos de fertilidade presididos por insignificantes deuses e deusas, mas, pelo contrário,
um dos mais elaborados sistemas religiosos do mundo antigo.

A religião dos cananeus já era bem difundida e já estava estabelecida na Palestina antes da conquista israelita.
Era uma religião com ritos já bem elaborados e se identificava com os interesses de uma população agrícola.

Divindades Pagãs dos povos Cananeus:

BAAL– O supremo deus dos cananeus, correspondendo a Bei, Senhor, dos babilônios. O título por extenso, do
Baal cananeu, era Baal-Semaim, isto é senhor do céu. Baalins (Jz 2:11) é a forma plural; cada lugar tinha seu
próprio Baal.
Assim havia Baal-Hazor, Baal-Hermom, Baal-Peor, etc.Baal era o deus do sol, responsável pela germinação e
crescimento da lavoura, o aumento dos rebanhos e a fecundidade das famílias.

Em tempos de seca e de peste, sacrificavam lhe vítimas humanas para apaziguar a sua ira, 2 Rs 16:3; 21:6; Jr
19:5.

Nesses holocaustos, a família geralmente oferecia o primogênito, a vítima sendo queimada viva.

Baal era a divindade masculina e Astarote a feminina entre os fenícios e os cananeus. A adoração a Baal, no
tempo de Moisés, passara para os amonitas e os moabitas, Nm 22:41.

No tempo de Acabe e Jezabel, o culto a Baal permeou a maior parte da nação, l Rs 18:22;

MOLOQUE (MOLEQUE): a divindade nacional dos amonitas. Também chamava-se Milcom e Melcã, conforme se
vê em 1 Rs 11:5 e Jr 49:3. Moloque era adorado com sacrifícios humanos e prova de fogo.

O rei Acaz queimou a seus filhos no fogo, 2 Cr 28:3, e o rei Manasses ofereceu o seu próprio filho em sacrifício a
Moloque, 2 Rs 21:6. Esse é o deus da crueldade e do sadismo.

MAMOM, esta é uma palavra aramaica que se traduz por riqueza.

Ela aparece em Mt 6:24 e Lc 16:13, nestas palavras de Jesus: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou
há de se aborrecer de um, e amar ao outro; ou se devotará a um e desprezará a outro.”

“SANTOS SEREIS PORQUE EU O ETERNO VOSSO DEUS SOU SANTO” (Lv 19:2)

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