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ESCOLA DE LEVITAS

QUEM ERAM OS LEVITAS?

LEVI: foi o terceiro filho de Jacó e Lia (Gn 29:34) e sua tribo foi eleita por Deus para ocupar-se
das questões de culto em Israel. Moisés e Arão eram da tribo de Levi (Ex 2:1, 4:14, 6:16-27).
A tribo de Levi foi separada por Deus das outras e designada com as responsabilidades de
conduzir os sacrifícios (Arão e seus filhos – Nm 3:10) e de desmanchar, transportar e erigir o
tabernáculo, durante o tempo da peregrinação (Nm 1:47-54).

Os levitas foram dedicados a um ministério de auxílio aos sacerdotes (Nm 3:5ss). Cada levita
substituía o primogênito de cada família das outras tribos de Israel, que Deus poupara por
ocasião da primeira Páscoa, no Egito (Ex 13:2 e 13). Conforme Nm 3:40ss, face o número de
primogênitos de Israel ter ultrapassado em 273 o número de levitas, de 22.000, foi estipulada
por Deus uma taxa remidora de cinco ciclos por primogênito.
Cada uma das três famílias de Levi tinha deveres especiais. Os filhos de coate (que em Nm
4:36 somavam 2.750 homens de idades entre 30 e 50 anos) estavam incumbidos de
transportar os móveis, depois que os mesmos fossem cuidadosamente cobertos pelos
sacerdotes. Os filhos de Gérson (2.630, segundo Nm 4:40) cuidavam das cobertas, cortinas e
véus. Os filhos de Merari (3.200, segundo Nm 4:4) tinham a tarefa de transportar e erguer a
armação do tabernáculo e seu átrio. Esta divisão de tarefas está detalhada em Nm 3 e 4.
O serviço dos levitas começava quando atingiam a idade de vinte e cinco anos e continuava
até os cinqüenta anos (Nm 8:24-26). Quando Davi estabeleceu um local permanente para a
arca da aliança, a idade do serviço foi baixada para os vinte anos, visto não haver mais
necessidade de levitas maduros como carregadores (I Cr 23:24).
Os levitas não possuíam herança na terra; nenhuma porção da Terra Prometida lhes coube por
sorte para seu uso exclusivo (Nm 18:23, 24; Dt 12:12ss). Eles eram sustentados pelos dízimos
do povo, enquanto que os sacerdotes recebiam as porções das ofertas não consumidas pelos
sacrifícios, os primogênitos do rebanho bovino e ovino, e o dízimo levítico (Nm 18:2ss, Dt
18:1-4). Os levitas tinham permissão para residir em quarenta e oito cidades separadas para
seu uso (Nm 35:1ss; Js 21:1ss). Cercando cada uma destas cidades era assinalada uma área de
pastagem que estava reservada para os levitas (Lv 25:32-34). O livro de Deuteronômio dá
grande ênfase na responsabilidade dos israelitas para com os filhos de Levi (12:12, 18 e 19;
14:28, 29).
A frase “os sacerdotes levitas” (Dt 17:9, 18; 18:1; 24:8; 27:9; Js 3:3; 8:33) lembra que, ainda
que o ofício sacerdotal fosse desempenhado pela família de Arão, este era, antes de qualquer
coisa, levita. A estes, a lei atribuía numerosos deveres em adição ao cuidado do santuário:
servir como juízes (Dt 17:8 e 9); regular o controle dos leprosos (Dt 24:8); guardar o livro da lei
(Dt 17:18).

Nos livros de Crônicas há diversos detalhes do ministério dos levitas (vide I Cr 6). Neste
capítulo há um destaque para os cantores levíticos, Hemã, Asafe e Etã, bem como seus
respectivos filhos, encarregados por Davi da música do templo (I Cr 6:31ss; 15:16ss). Há
referências ao trabalho levítico também nos capítulos 9, 15, 23 de I Crônicas e em II Crônicas
5-8, 17, 24, 29 e 35. Encontramos relação entre o oficio levítico e o ofício profético. Jaaziel,
um levita dos filhos de Asafe, profetizou a vitória de Josafá (2 Cr 20:14). Jedutum, o levita, é
chamado de vidente do rei (2 Cr 35:15).
Os profetas maiores fazem algumas referências ao papel dos levitas. O profeta Isaías falou
acerca de Deus reunir os israelitas dispersos (ou talvez gentios convertidos) para servi-lo na
qualidade de sacerdotes e levitas: vem o dia em que ajuntarei todas as nações e línguas; e elas
virão, e verão a minha glória. (…) E também deles tomarei alguns para sacerdotes e para
levitas, diz o Senhor. (Is 66:18 e 21).
O profeta Jeremias descreve uma nova aliança que o Senhor fará, a partir de um “Renovo de
justiça” que brotaria da descendência de Davi (Jer 33:16). No verso 18, o profeta acrescenta:
“nem aos sacerdotes levíticos faltará varão diante de mim para oferecer holocaustos, e
queimar ofertas de cereais e oferecer sacrifícios continuamente”.
O profeta Ezequiel descreve uma aguda separação entre os sacerdotes levíticos, a quem
denomina filhos de Zadoque, e os levitas infiéis (Ez 40:46; 43:19). Os filhos de Zadoque são os
sacerdotes levitas que permaneceram fiéis a Deus (Ez 44:15 e 48:11). Os levitas infiéis são
denunciados como idólatras e, face sua infidelidade, não poderiam mais se aproximar do altar,
nem manusear as coisas sagradas (Ez 44:10-14).
No livro de Esdras encontramos diversas referências aos levitas. Eles desempenharam uma
parte proeminente no lançamento dos alicerces do novo templo (Ed 3:8ss) e quando da
dedicação do mesmo (Ed 6:16ss). O mesmo Esdras prezou por coibir o casamento com
estrangeiros, engano no qual sacerdotes e levitas também vinham incorrendo (Ed 9:1ss;
10:5ss).
Em Neemias encontramos os levitas envolvidos na reconstrução dos muros em Jerusalém (Ne
3:17) e, após seu término, na instrução da Lei ao povo (Ne 8:7-9), tendo uma participação
preponderante na vida da nação (Ne 11:3ss, 12:27 ss). Este mesmo livro conta que durante a
ausência de Neemias de Jerusalém, o ministério levítico sofreu acentuado declínio. Um certo
Tobias, amonita, recebeu permissão para se instalar num dos aposentos do templo, reservado
para guardar os dízimos dos levitas (Ne 13:4ss). Quando Neemias retornou, encontrou os
levitas dispersos, longe do ofício para o qual eram separados (Ne 13:10ss).
O livro de Malaquias parece descrever exatamente este período de ausência de Neemias. O
profeta denuncia o descaso com que os sacerdotes tratavam seu ofício e como colocavam
seus interesses pessoais acima dos do Senhor dos Exércitos (Ml 2:4ss).
No Novo Testamento, Barnabé é mencionado como um levita (At 4:36).
2ª Lição
O LEVITA MINISTRANDO O PERFEITO LOUVOR
Introdução
O Louvor uma arma poderosíssima arma contra as forças do inimigo, se ministrado de forma
bíblica pode trazer realmente libertação para todos que dele estiverem dispostos de coração,
é uma batalha espiritual intensa, pois desafiamos o poder das trevas e declaramos que Deus é
exaltado acima de todo nome.
É preciso entender que Deus merece ser Louvado por aquilo que Ele é, e por aquilo que Ele
faz, pois Deus se alimenta do Louvor do seu povo e dos anjos para todo o sempre.
No decorrer da escola de levitas vamos analisar profundamente a forma bíblica e sincera de
adorarmos ao Senhor em qualquer circunstância, pois, Deus é Deus, independente do que
você esteja sentindo ou da situação que esteja passando á Ele cabe todo Honra, Louvor e
Glória.
Vamos analisar alguns temas de nossos dias, tais como, “Louvor Congregacional – o que
cantamos atualmente em nossas igrejas”, “Há necessidade de evangelizar através do Louvor?
”, “A música que agrada á Deus”, entre outros.
O que Deus tem revelado ao seu povo nestes últimos dias é realmente tremendo, Deus
guardou algo para esta geração e está pronto á revelar á qualquer pessoa capaz de
reconhecer o propósito Dele para salvar, curar, libertar, e operar milagres através do Louvor.
Vamos estabelecer desde já que somos livres para Louvar, pois Deus é ilimitado, Ele não nos
coloca barreiras culturais ou denominacionais para ministrarmos perante Ele, antes nos deixa
livres para usarmos com inteligência nossos dons e talentos, cabe á nós discernimos o que é
Santo, Justo e agradável ao Senhor.
Se pudermos entender o quanto Deus está interessado em sua obra, talvez poderíamos
entender a necessidade de unirmos nossas igrejas, nossos pastores e nossos membros para
estarmos perante Ele já nesta terra, pois para todo sempre vamos estar dizendo: Santo, Santo,
Santo é o Senhor dos exércitos.
Nosso maior objetivo é compartilhar o que Deus têm revelado ao seu servo, sem preconceitos
e sem julgar o que achamos justo perante nosso Pai, somos livres para tudo, menos para
pecarmos perante Deus.
LOUVOR CONGREGACIONAL
Por ser um assunto muito extenso o louvor congregacional requer que dividamos em tópicos
específicos á respeito do assunto:
I – O que cantamos atualmente em nossas igrejas
É difícil dizermos o que realmente agrada á Deus em relação á certos ritmos, timbres,
posturas, desempenhos, apelos, letras, regulagens, entre outras, durante o louvor na Igreja.
Algumas igrejas adotam um estilo de trabalho, diferentes das demais, muitas dão mais ênfase
em músicas que retratem a adoração e a Santidade de Deus, outras em músicas que retratem
batalha espiritual e júbilo. Outras dão muita atenção para os instrumentos de sopro e hinários
num caráter mais tradicional, outras buscam nas últimas paradas musicais o sucesso para o
louvor de domingo. Porém todas igrejas evangélicas têm como objetivo agradar á Deus
através dos cânticos congregacionais, músicas que nos conduzam ou reflitam a Glória de Deus.
Mas o que a bíblia nos diz á respeito do que devemos ou não devemos cantar? Qual estilo
musical agrada á Deus? Muitas dessas perguntas têm colocado irmãos em verdadeiras
contradições, dando lugar á discórdia e descontentamento no meio evangélico. É preciso
estabelecer que o Louvor Congregacional pertence á um Culto, ou seja, o louvor é um
elemento fundamental e introdutor para o operar de Deus durante a mensagem.
Respondendo á primeira pergunta acima vamos olhar o que diz em
Isaías 42:10:
“Cantai ao SENHOR um cântico novo e o seu louvor até às extremidades da terra, vós, os que
navegais pelo mar e tudo quanto há nele, vós, terras do mar e seus moradores”.
2 Samuel 6:14
Davi dançava com todas as suas forças diante do SENHOR; e estava cingido de uma estola
sacerdotal de linho.
Lucas 7:32 São semelhantes a meninos que, sentados na praça, gritam uns para os outros: Nós
vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não chorastes.
1Corintios 14:26 “Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina,
este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja tudo feito para
edificação. ”
Na parte “A” do versículo diz, cantai ao Senhor um cântico novo, sempre que pudermos
devemos oferecer ao Senhor um cântico novo, pois as misericórdias do Senhor se renovam á
cada manhã, então porque ficarmos estacionados e nos contentarmos em somente louvarmos
ao Senhor com hinos que nos lembram da nossa infância na Igreja, ou porque achamos difícil
aquele cântico ou aquela melodia, não servirá para a igreja.
Já no segundo versículo podemos ver que o rei Davi introdutor do cântico congregacional usou
o que é reprovada por muitos líderes dançar diante do Senhor, é bom atentarmos que Davi
dançou diante do Senhor com vestes sacerdotais, ou seja, dançar de forma digna e coração
quebrantado.Cuidado irmão ou irmã, a sua dança nunca pode induzir ao sensualismo ou
provocações. Dance de maneira pura diante do Senhor com trajes sacerdotais e com sua vida
no altar de Deus.

Quanto á escolha das músicas, seja moderado, além de agradar primeiramente á Deus a
mesma deve também agradar aos irmãos, raramente conseguimos agradar á todos, mas de
um modo geral podemos agradar á uma grande quantidade de irmãos sem despertar um
gosto amargo na outra parte, sendo assim conseguiremos administrar com sabedoria. Procure
músicas que tenham valores melódicos e harmônicos, que a congregação possa cantar sem
gritar, músicas que tenham letras inspiradas por Deus, músicas que retratam a realidade do
homem e o livramento do Senhor, veja:
Jó 8:21 Ele te encherá a boca de riso e os teus lábios, de júbilo.
Salmos 33:3 Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbilo”.
De uma forma geral a música congregacional é sinônimo de música que agrada a congregação
ou os membros de uma igreja, não vejo razão para descriminarmos alguns ritmos musicais ou
incluirmos outros. Deus é o criador de tudo o que há, e sem Ele nada do que foi feito se fez,
todas as coisas foram criadas por intermédio Dele:
Jeremias 51:19 “ Não é semelhante a estas aquele que é a Porção de Jacó; porque ele é o
criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; SENHOR dos Exércitos é o seu
nome. ”
Quando falamos de ritmos musicas falamos em gostos pessoais, o diabo foi um grande
deturpador e tem escravizado pessoas através dos ritmos que ele manipulou. Não dá para
negar que verdadeiros ritmos têm sons infernais, algo criado pelo diabo para afrontar o nome
do Cordeiro de Deus, criado exclusivamente para esse propósito. Estes ritmos, e músicas
seculares, nunca devem estar no Santuário de Deus ou no Templo do Espírito Santo.
Pessoalmente nunca usaria músicas seculares em letras evangélicas, sei que Deus é suficiente
para dar ao autor a inspiração do Trono sem que precisamos buscar em outras fontes.
Todo ritmo ou música deve inspirar e engrandecer ao Deus verdadeiro, trazer acordes e notas
que exaltem a grandeza de Deus, nunca em tempo ou momento algum devemos transferir a
Glória de Deus e centralizarmos em nós mesmos, Deus não divide sua Glória com ninguém.

Gálatas 5:13 Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade
para dar ocasião à carne; se de, antes, servos uns dos outros, pelo amor.
Uma grande barreira que observamos quando vamos ministrar em lugares diferentes é a de
que muitos líderes de louvor acreditam estar com a fórmula ideal para ministrarem em cultos,
ou seja, estão certos de que Deus se agrada deste ou daquele ritmo ou estilo, estão sempre
criticando quando algum outro componente tenta colocar sua expressão, ritmo ou música no
contexto, caracterizando-a como inadequada.
Se nunca compreendermos que Deus é ilimitado, sempre vamos nos contradizer em relação
ao que Ele tem de melhor para nós e do que a palavra nos fala á respeito do rei Davi. Vamos
sempre criticar a maneira de louvar de cada igreja ou ministro julgando aquilo serve, ou que
não serve. Podemos estar nos colocando como juízes do que é bom ou do que é mau para
Deus.
1Corintios 4:5 “Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não
somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios
dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus. ”
Sendo assim nunca diga que:
“Deus se agrada somente de como você O serve”.
Deus se agrada somente do seu estilo de vida
Deus se agrada somente da música que você toca ou canta
Seu jeito de louvar é o ideal
Deus está somente abençoando sua igreja
Pense que: Deus é ilimitado
Somos livres para adorá-lo
Deus está sempre interessado em Sua obra. ”
Colocando pessoas certas
Mateus 24:14 Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.

Romanos 8:28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a
Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.

Mateus 24:22 Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa
dos escolhidos, tais dias serão abreviados.
Inúmeras passagens bíblicas citam que Deus sempre escolhe as pessoas certas para sua obra,
pessoas dedicadas e capazes de levar seu evangelho aonde andarem. Porém aprendemos que
Deus sempre capacita seus escolhidos e muitas vezes não escolhe os capacitados, isto ocorre
porque pessoas capacitadas têm dificuldade de entender o operar de Deus, não conseguem
discernir porque Jesus ensinou e praticou tanto a humildade como o melhor caminho para a
Glória. Pessoas capacitadas tendem a confiar nelas mesmas, muitas das vezes são crentes até
naturais, difíceis de obedecer á líderes e principalmente ao Senhor, são guiados pela própria
intuição.

Por isso é imprescindível que o vaso escolhido seja moldado de acordo como o Oleiro quer,
um vaso capaz de reconhecer as dificuldades e limitações, mas disposto a saltar uma muralha.
Se você é um escolhido de Deus, sabe do que estamos falando, pois você é uma pessoa que já
teve um chamado específico e uma ou várias confirmações de Deus para Seu propósito.

Certo autor colocou a escolha e chamado, respondendo várias questões importantes e


diretas;
a) . Quando o Senhor te chamou?
b) Como o Senhor te chamou?
c) . Para que o Senhor te chamou?
d) . Quando você deverá exercer o ministério?
São perguntas que devemos responder com sinceridade, pois quando Deus escolhe alguém
para o ministério, o chamado é inconfundível, não traz dúvidas.

O que estamos relatando entre “chamados e escolhidos” nada tem á ver com salvação e sim
de pessoas especialmente escolhidas por Deus para realizar uma tarefa ou trabalho específico
seja no Louvor, em Missões, Evangelismos, Mestres, Pastorado, entre outros. Um escolhido de
Deus é uma pessoa dotada de capacidade e preparação acima dos outros membros, olhe o
exemplo de Moisés, foi chamado ainda jovem para libertar seu povo das mãos do Faraó,
porém passou muitos e muitos anos se preparando para a libertação. Quando Deus nos molda
de acordo com sua vontade Ele trata do nosso corpo, alma e espírito, age em nosso caráter,
emoções e sentimentos, muitas vezes é difícil para aceitar esta correção, mas é necessária
para nossa missão. O aprendizado é imprescindível para o sucesso com Deus.

Além disso, Jesus fez menção em diversas abordagens bíblicas, umas das mais importantes
está em Mateus 24: 22, onde o próprio Deus abreviou o fim dos tempos por amor aos
escolhidos desde a fundação do mundo. É algo maravilhoso, Deus escolhe pessoas com as
mesmas dificuldades das outras, propensas aos mesmos pecados e dá graça aos humildes.

Não podemos deixar de abordar que também é muito importante ser chamado, pois Jesus
precisou de apenas doze apóstolos para que seu evangelho fosse anunciado no mundo inteiro,
é verdade que Judas Iscariotes teve a mesma graduação de Discípulo, porém seu coração foi
incapaz de aceitar o amor de Deus. Judas foi efetivamente chamado por Jesus, porém não
pode entender ou prosseguir, seus pensamentos e coração eram reprovados diante de Deus.
Além disso Jesus conhecedor do coração de cada discípulo confiou em cada um deles para
exercerem esta tarefa, mesmo não sendo ainda convertidos. Alcance os teus irmãos.”

Esta foi uma palavra dita por Jesus á Pedro seu discípulo antes de ser preso, pois Jesus sabia
que nenhum dos doze eram realmente convertidos, apenas estavam convencidos de que
Jesus era o Messias, mas não entendiam porque Ele deveria morrer, nem compreendiam o
sacrifício de Jesus. É bom lembrar que os mesmos discípulos expulsaram demônios, curaram
enfermos e participaram da ceia do Senhor.

Outro caso bastante interessante. Entrego os midianitas nas tuas mãos; pelo que a outra
gente toda que se retire, cada um para o seu lugar. ” Expressivo narrado na bíblia é o de
Gideão: “ Apregoa, pois, aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for tímido e medroso, volte

Certamente quem já leu á respeito sabe o que aconteceu, de trinta de dois mil guerreiros,
apenas trezentos homens foram capazes de guerrear e vencer os midianitas. Talvez você
esteja pensando, isto aconteceu á muitos anos, hoje não precisamos mais guerrear, nem
matar alguém, falso engano, pois a nossa luta hoje não é contra a carne ou sangue e sim
contra os principados e potestades, ao longo, veremos que o louvor nos introduz á uma
Batalha Espiritual intensa contra as potestades.
Podemos enumerar algumas características muito importantes para o verdadeiro Levita;
1- Salvo em Jesus -muitos líderes de igrejas costumam colocar músicos ou cantores não
crentes para ministrar perante a igreja, há vários motivos que levam para isso. Certamente o
objetivo de todo homem, justo ou ímpio é de louvar á Deus, é um auto dependência o homem
preencher o vazio do seu interior;

Romanos 14:11 “Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará
todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus. ”
Mas não podemos negar que é sempre um problema colocar pessoas á direção que ainda não
passaram pelo novo nascimento. Acredito que uma pessoa dotada de qualquer talento ou
capacidade deve primeiro passar pelo novo nascimento e somente após esse, colocar em
algum cargo na igreja. Muitos músicos quando se convertem tocam, porém não louvam,
cantores que cantam, porém não ministram. Falta a unção derramada dos altos céus sobre
aquela vida, muito mais do que tocar e cantar é saber ministrar, para isso é necessário tempo
de preparação e disposição perante o altar. Além disso, o verdadeiro levita sempre está
preparado, em sua vida diária acumulando reservas e orações, sempre pronto para a batalha
espiritual.
2- Conhecedor da Bíblia – mais adiante veremos que é muito importante saber o que
cantamos, o teor espiritual da letra dos louvores. Pois em alguns casos podem estar fora do
contexto bíblico. Para isso é necessário conhecermos profundamente a Palavra de Deus;

(2TM 2:15) “ Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. ”
(SL 149:6) “ Nos seus lábios estejam os altos louvores de Deus, nas suas mãos, espada de dois
gumes, ”
Estar sempre aprovado perante Deus implica em estarmos também manejando muito bem
Sua palavra, saber o que estamos oferecendo á igreja e colocando nos lábios dos irmãos
palavras que tenham fundamento bíblico e espiritual.
3-Um levita de oração – Levitas que tem dificuldade de orar em público revelam na maioria
das vezes que é deficiente na sua comunhão com Deus. O líder deve sempre orar pelos outros
componentes do grupo e até mesmo interceder por alguém que precise de oração. Estar
sempre disposto em seu coração á falar com Deus, interceder pelo louvor, pela mensagem,
pelo enfermo entre outros casos.
Marcos 13:33 “Estai de sobreaviso, vigiai [e orai]; porque não sabeis quando será o tempo”.
1Corintios 14:15 “Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente;
cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente”.
Orar é estabelecer um elo íntimo com Deus, pois o sucesso de qualquer trabalho implicará em
dois fatores essenciais: vigiar e orar.
4- Caráter de Cristo – talvez este seja o mais difícil de todos os requisitos acima para o
ministro, pois ele envolve uma conduta de vida e testemunho fiel que Jesus nos deixou. É
tratado sempre de acordo com as necessidades de cada pessoa, um caráter cristão envolve
renuncias e egos crucificados. Os que ocupam cargos nas igrejas e não dão testemunho são
pessoas que necessitam ser tratadas e moldadas de acordo com o Oleiro.
Além disso, todo ministro de Deus deve esvaziar-se de seu ego, ele atrapalha nossa comunhão
com Deus e irmãos. Ser humilde é saber que tudo que os artistas seculares e até alguns
evangélicos fazem diante das platéias é contrario á palavra de Deus. Não estamos dizendo que
é errado estar ministrando diante do público e sim da postura errada e valores invertidos,
cheios de auto-estima, auto-suficiência, orgulho, altivez. Como poderemos estar diante do Pai
sem vestes sacerdotais?

Muitas vezes estamos diante de pessoas que tentam manipular os irmãos durante os cultos,
são verdadeiros “animadores”, forçam o que não tem para oferecer, procuram sempre
palavras e frases bíblicas que causam impacto, são pessoas vazias que não entendem que
louvor abençoado é vinte e quatro horas no altar de Deus. Outros ainda confundem
autoridade com falta de educação (toda autoridade é dada contra as forças satânicas e não
contra subordinados), unção com entoação de voz (jeito aveludado de falar) ou estrelismo.
5- Habilidades Musicais- todo levita deve saber tocar ou cantar bem, no tempo de Davi
esse era um dos fatores imprescindíveis para ser levita;
1Crônicas 25:7 “O número deles, juntamente com seus irmãos instruídos no canto do
SENHOR, todos eles mestres, era de duzentos e oitenta e oito.

Salmo 33:3 “Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbilo. ”

Colocar uma pessoa á frente do louvor sem a mínima capacitação resulta em igreja
acomodada com membros satisfeitos e conformada com o que é oferecido á Deus. É um grave
erro pensar que somos espirituais o bastante para não darmos nosso tempo á ensaios e
estudos da música. Deus quer pessoas no louvor que compreendam e dediquem seu tempo
ao contínuo e sistemático estudo de acordes e notas, pois riquezas musicais trazem a
perfeição de Deus nos louvores. Deus é perfeito e importa que o adoremos com perfeição, dar
o melhor á Deus no meu consentimento é nunca se conformar com o que sabemos, é sempre
traçar novos objetivos musicais.
1Timoteo 4:14 “ Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido
mediante profecia, com a imposição das mãos do presbitério”.

Jeremias 48:10 Maldito aquele que fizer a obra do SENHOR relaxadamente! Maldito aquele
que retém a sua espada do sangue! ”
Além disso, todo levita deve observar estes requisitos:

1– Dedicação
2- Humildade
3- Organização
4- A paciência
5- A persistência
6- Companheirismo entre equipes
7- O respeito á cada integrante da equipe
8- Disposição de tempo á sós com Deus
9- O respeito ao templo do Espírito Santo
10- Temor á Deus
6- Submisso às autoridades- quando ocupamos algum cargo ou serviço devemos ser
submissos ás autoridades, seja eles líderes ou pastores. Devemos ter em mente que todo líder
é levantado pelo Senhor, pois tudo ocorre porque Ele permite, em tudo Deus tem um
propósito.
Um verdadeiro levita nunca deve estar cheio de orgulho e incapaz de discernir o que é bom
para a obra. O levita entende quando sua vontade fica sempre abaixo da vontade de Deus e
abaixo da vontade de seus líderes.

1Pedro 2:18 “Servos, sede submissos, com todo o temor ao vosso senhor, não somente se for
bom e cordato, mas também ao perverso; ”

ADORAÇÃO?
É relativamente difícil expressarmos em palavras algo abstrato, que pode ser sentido, mas não
tocado, ou seja, todos nossos sentimentos á Deus ou tentamos converter em palavras atos e
ações que representam a Santidade.
Porém vamos analisar cada um desses sentimentos e aplica-los de uma forma bastante clara
para que possamos entender.
1- O Louvor – no dicionário Brasileiro, “ato de louvar, elogio, glorificação, apologia”,
aparentemente louvar resulta em dar um tributo á alguém por uma graça ou favor alcançado.
O louvor é algo que todo ser que respira pode e deve fazê-lo;
Salmo 150:6 “Todo ser que respira louve ao SENHOR. Aleluia! ”
Mateus 21:16 Ouves o que estes estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes: Da
boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor?
Romanos 15:11 “E ainda: Louvai ao Senhor, vós todos os gentios, e todos os povos o louvem.”
A bíblia declara que todo ser que respira deve louvar ao Criador quer seja aves, animais, ou
seres humanos, todos devem tributar e declarar que os juízos do Senhor são retos. Porém
poucos podem entrar num caráter mais profundo, numa íntima comunhão com Deus, para
estes o salmista diz;
Salmo 33.3 “ Exultai, ó justos, no SENHOR! Aos retos fica bem louvá-lo. ”
Louvar á Deus reflete um espírito de gratidão pelo que Deus é, fez e fará. É exaltar Sua
Majestade, Sabedoria, Misericórdia e livramento. Em muitos casos bíblicos podemos ver que o
louvor foi uma arma imbatível contra os inimigos, Deus simplesmente os destruiu com o sopro
de sua boca.
O Pastor Gerald Foster coloca alguns exemplos básicos quando louvamos:
a) Instrumentos sem unção= Música
b) Cantar sem unção= Barulho
c) Cantar e tocar sem unção= Exposição de homens
d) Vozes ungidas= Louvor
e) Instrumentos e vozes ungidas= Exaltação a Cristo
f) O Talento nunca deve substituir a Inspiração
É uma grande verdade amados, instrumentistas e cantores fora da comunhão estão apenas
mostrando suas capacidades e valores técnicos. Estão retendo a glória que deveria ser do
Criador e concentrando-as neles mesmos. Músicos e cantores sem a unção de Deus são
pessoas que necessitam ser moldadas e preparadas para o ministério, tentam pelos seus
próprios esforços alcançar o reconhecimento de Deus para seus trabalhos. Existe um antigo
ditado entre os crentes que diz: “Muitos cantam, porém, poucos Louvam”.
“Louvor é algo que você precisa expressar através de atos como abrir a boca e cantar, tocar,
dançar ou aplaudir, ofertar, ajoelhar. É demonstrar em gestos que Deus é Deus acima de todas
as coisas”.
Salmo 26:7 “para entoar, com voz alta, os louvores e proclamar as tuas maravilhas todas.
Salmo 22:25 De ti vem o meu louvor na grande congregação; cumprirei os meus votos na
presença dos que o temem.”
O louvor é pessoal, é você com Deus e nada mais, nunca deve depender de estímulos ou
situações específicas para o fazê-lo.
2- A adoração – no dicionário brasileiro, “amor profundo, veneração, amar ao extremo”.
Como sempre digo, “adorar é um sentimento de íntima comunhão com Deus”,
Romanos 2:29 “Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do
coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de
Deus.
Deuteronômio 5:9 Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu, o SENHOR, teu Deus,
sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração
daqueles que me aborrecem,
João 4:23 Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores”.
Adoração é algo que o diabo vem tentando tirar de Deus. Foi o mesmo que fez á Jesus ao
tentá-lo no deserto. A maior revolução que temos para nossa geração foi à morte de Jesus lá
no calvário. Desde então podemos adentrar no Santo dos Santos, lugar especialmente
reservado para os sacerdotes oferecerem holocaustos pelo pecado do povo. Diz as escrituras
que o véu do templo se rasgou de alto á baixo, nos levando ao Trono de Deus, já não era
necessário nenhum sacerdote para introduzirmos nossos corações ao Pai, tivemos livre
acesso.
Jesus sabiamente traduz o que estamos estudando, sem deixar dúvidas. A mulher samaritana
interroga a Jesus á respeito de um local ou espaço físico para adorar, porém Ele lhe responde:
nem neste monte, nem em Jerusalém. Reflitamos, Jesus queria mostrar que adorar não é
estar em uma igreja, templo, local, e sim estar com o coração dirigido ao Pai onde quer que
estejamos.
Outro ponto bastante importante é o de estarmos preparados para adorá-lo em Espírito e em
Verdade, adoração é um ato interior, deve fluir dentro do homem. O melhor de tudo é que
Deus procura tais adoradores para estarem diante da sua obra ou igreja. Saiba que se você
não é um adorador, nunca conseguirá levar a igreja à adoração. É muito séria a condição que
Jesus coloca, é uma responsabilidade muito grande.
A vida diária de cada ministro deve ser motivada de íntima comunhão com Deus, um buscar e
um crescer contínuo desta plenitude. Viver uma vida diária de adoração não é cantar ou tocar
ou dançar vinte e quatro horas por dia, é estar sempre com o pensamento ligado nas coisas lá
do alto, uma busca particular em agradar á Deus acima de todas as coisas.
Como dissemos anteriormente é impossível descrevermos em palavras algo que sentimos em
relação á nosso Deus. O verdadeiro adorador produz frutos, pois reconhece em seu caráter a
vontade de Deus.
Salmo 148:5 “Louvem o nome do SENHOR, pois mandou ele, e foram criados.
Apocalipse 5:12 Proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o
poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.
Salmo 96.9 Adorai o SENHOR na beleza da sua santidade; tremei diante dele, todas as terras”.
É realmente maravilhoso o que a palavra nos diz á respeito da adoração. Alguns Pastores
trazem ao nosso conhecimento algo de profundo e revelador referente á existência do
homem em relação á Deus, o louvor e adoração sempre existiu e sempre existirá. O homem,
toda criação, os Anjos, os Seres Viventes, os Anciãos, a música, os instrumentos, foram criados
para louvor e adoração á Deus, tudo destinado á um único propósito. Poucas coisas serão
eternas do ponto de vista celestial, veja o que Paulo nos fala:
1Corintios 13:8 O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo
línguas, cessarão; havendo ciência, passará;

1Corintios 16:14 Todos os vossos atos sejam feitos com amor.


O apóstolo Paulo nos adverte quanto ás coisas espirituais, apenas uma dentre todas as outras
serão eternas e jamais acabarão, o amor. Tudo passará, mas o amor jamais. No versículo
quatorze ele nos diz que todos nossos atos devem ser feitos com amor, nosso louvor e
adoração.
Já o profeta Ezequiel nos dá uma visão do que Lúcifer era antes de cair;
Ezequiel 28:13 “Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o
sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de
ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles
preparados.
Ezequiel 28:14 Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte
santo de Deus, no brilho das pedras andavas.
Ezequiel 28:17 Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua
sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te
contemplem. ”
Deus criou tudo inclusive á Lúcifer, anjo caído de destituído da Glória, lhe deu poder e
autoridade, era chefe do Louvor. A palavra diz que no princípio da criação ele adorava a Deus
no Monte Santo, Lúcifer era um adorador de Deus.

Quando o diabo e seus anjos rebeldes foram destituídos da glória Deus nomeou alguém para
que esteja perante Ele em adoração:
Salmo 15:1,5 “Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo
Monte?
O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade;
O que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu
vizinho;
O que, a seus olhos, tem por desprezível ao réprobo, mas honra aos que temem ao SENHOR; o
que jura com dano próprio e não se retrata;
O que não empresta o seu dinheiro com usura, nem aceita suborno contra o inocente. Quem
deste modo procede não será jamais abalado. ”
Amado, você foi chamado para estar a habitar do Monte Santo de Deus, o diabo foi destituído,
porém Deus te confiou esta missão. Portanto adore a Deus pelo que Ele é, fez, e fará, em todo
tempo.
Porém nem todos crentes estão preparador para adorarem e ministrarem no Monte Santo,
veja as descrições e qualidades requeridas por Deus:
a) Íntegro
b) Pratica a justiça
c) De coração fala a verdade
d) Não difama
e) Não faz mal ao próximo, nem injúria.
f) Não perde tempo com pessoas irresponsáveis.
g) Não muda de palavra, ainda com dano.
h) Não empresta dinheiro com juros altos
i) Não aceita suborno
j) Quem deste modo procede não será jamais abalado.
Adorar implica em estarmos com nossas vidas no altar, se praticamos algo destes itens acima,
não estamos aptos para entrar na presença do Pai para o adorar, estaremos simplesmente
louvando, não adorando.
Se já sabemos das perspectivas do homem em relação ao caráter na adoração, o princípio da
criação e dias atuais, vejamos o que teremos para o futuro:
Apocalipse 15:3,4 “ e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro,
dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e
verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações!

Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas
as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos.
Isaias 6:3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos
Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.
Sofonias 3:9,14-19,20 Então, darei lábios puros aos povos, para que todos invoquem o nome
do SENHOR e o sirvam de comum acordo.
Dalém dos rios da Etiópia, os meus adoradores, que constituem a filha da minha dispersão, me
trarão sacrifícios.
Naquele dia, não te envergonharás de nenhuma das tuas obras, com que te rebelaste contra
mim; então, tirarei do meio de ti os que exultam na sua soberba, e tu nunca mais te
ensoberbecerás no meu santo monte.
Mas deixarei, no meio de ti, um povo modesto e humilde, que confia em o nome do SENHOR.
Os restantes de Israel não cometerão iniqüidade, nem proferirão mentira, e na sua boca não
se achará língua enganosa, porque serão apascentados, deitar-se-ão, e não haverá quem os
espante.
Canta, ó filha de Sião; rejubila, ó Israel; regozija-te e, de todo o coração, exulta, ó filha de
Jerusalém.
O SENHOR afastou as sentenças que eram contra ti e lançou fora o teu inimigo. O Rei de Israel,
o SENHOR, está no meio de ti; tu já não verás mal algum.
Eis que, naquele tempo, procederei contra todos os que te afligem; salvarei os que coxeiam, e
recolherei os que foram expulsos, e farei deles um louvor e um nome em toda a terra em que
sofrerem ignomínia.
Naquele tempo, eu vos farei voltar e vos recolherei; certamente, farei de vós um nome e um
louvor entre todos os povos da terra, quando eu vos mudar a sorte diante dos vossos olhos,
diz o SENHOR. ”.
Um fato que tocou bastante no meu coração é o que Deus nos manda para nossos dias,
estarmos com nossas atitudes voltadas para a santidade e sempre prontos a habitar no seu
Santo Monte conforme Salmos 15. Porém se nesta terra não formos capazes por causa da
nossa natureza pecaminosa, Deus tirará de nós toda maldade que cometemos, observamos
Sofonias 3:11. É maravilhoso saber o quanto Deus nos quer puros e santos diante Dele.
Concluindo, o que escrevemos no início deste tópico sobre “adoração” é algo que Deus
sempre quis, que o todo homem voltasse seus olhos para o Criador. Por estes motivos muitos
líderes e pastores colocam como objetivo principal da igreja aqui na terra é louvar á Deus num
caráter de adoração.
No entanto, adorar pode resultar em efeitos visíveis na vida de qualquer adorador. Em
primeiro lugar traz uma:
Íntima Segurança: pois o adorador sabe que Deus é fiel para cumprir o que prometeu.
Salmo 74:21 Não fique envergonhado o oprimido; louvem o teu nome o aflito e o necessitado.
Busca a Santificação: pois somente através dela podemos adentrar em Sua presença.
Salmo 93:5 Fidelíssimos são os teus testemunhos; à tua casa convém a santidade, SENHOR,
para todo o sempre.
Salmo 50:5 Congregai os meus santos, os que comigo fizeram aliança por meio de sacrifícios.
Comunhão com os Irmãos: é impossível amar á Deus odiando nosso irmão.
Marcos 12:33) E que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a
força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios.
Evangelizar, obedece ao “ide”que Jesus mencionou na palavra de Deus.

Romanos 15:11 E ainda: Louvai ao Senhor, vós todos os gentios, e todos os povos o louvem
2Samuel 22:50 Celebrar-te-ei, pois, entre as nações, ó SENHOR, e cantarei louvores ao teu
nome.

3ª Lição
A VIDA DEVOCIONAL DE UM LEVITA
Pela manhã ouves a minha voz, ó Senhor; pela manhã te apresento a minha oração e vigio.
(Salmo 5:3)
I. O Levita e a Oração
A Bíblia não apresenta uma definição de oração. O conceito em si pode ser extraído das
muitas experiências dos personagens bíblicos e das exortações de Deus. Eis uma lista de
exemplos de orações na Bíblia:
a) Abraão Pediu a Deus um herdeiro. Gn 15:2 e 3
b) Ana Pediu a Deus um filho. I Sm 1:9-13
c) Ezequias Intercedeu por Jerusalém. II Rs 19:14-19
d) Moisés Pediu para ver a glória de Deus. Ex 33:18
e) Salomão Pediu sabedoria a Deus. I Rs 3:5-9
f) Paulo Pediu que Deus removesse sua limitação. II Co 12:7-10
g) Davi Louvou a Deus pela sua bondade. Sl 100
h) Maria Louvou a Deus por ter sido escolhida para dar à luz o Messias. Lc 1:46-55
i) Paulo e Silas Louvaram a Deus mesmo no sofrimento. At 16:25
j) Simeão e Ana Louvaram a Deus por conhecerem Jesus. Lc 2:25-38
l) Moisés Abriu seu coração num momento de crise. Nm 11:10-15
Há muitos outros exemplos de oração nas Escrituras, afinal, uma das principais características
de um Homem ou Mulher de Deus é a prática da oração. À luz destes e de outros textos
bíblicos, aliste abaixo algumas observações suas do que é a oração para a vida do cristão:
Quanto tempo diário um Levita deve investir em sua vida devocional?
Vamos terminar este tópico sobre a oração sugerindo que você medite nas promessas que o
Senhor nos faz nos seguintes textos: Jeremias 33:3, Isaías 55:6, Jeremias 29:13 e Salmo 50:15.
Jeremias 33:3
Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes.
Isaías 55:6 Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
Jeremias 29:13 E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso
coração.
Salmos 50:15 E invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.

II. O Levita e o Jejum


Um cristão deve jejuar? Claro que sim! O próprio Senhor Jesus jejuava – em Mateus 4:2
lemos que Ele passou em jejum um período de quarenta dias. O mesmo Senhor incluiu o
jejum em suas recomendações no Sermão da Montanha (Mateus 6:16-18) e garantiu que o
jejum praticado com a correta motivação trará resultados: “e teu Pai, que vêm em secreto, te
recompensará” (Mateus 6:18).
Sobre o jejum, em Lucas 5:35, Jesus afirmou que após a sua partida os seus discípulos teriam a
necessidade de jejuar. O mesmo texto mostra que os discípulos de João Batista faziam
freqüentes jejuns. Também o jejum foi citado por Jesus na explicação que deu aos discípulos
que não conseguiram lidar com o menino que era atormentado por um espírito demoníaco:
“esta casta não pode sair senão por meio de oração e jejum” (Marcos 9:29).

O livro de Atos dos Apóstolos relata a prática do jejum pela liderança da Igreja em Antioquia:
“E servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora a Barnabé e a
Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e impondo sobre eles
as mãos, os despediram. ” (Atos 13:2 e 3).
No mesmo livro de Atos, no relato acerca da primeira viagem missionária de Paulo e Barnabé,
lemos que antes de escolherem os presbíteros para as Igrejas, os apóstolos promoviam jejuns
e orações (Atos 14:23). Além destes apóstolos, a Bíblia nos apresenta uma galeria de homens
e mulheres de Deus que praticaram jejuns e orações: Moisés (Êxodo 34:28; Deuteronômio
9:9, 18), Davi (2 Samuel 12:16), Esdras (Esdras 8:21-23), Neemias (Neemias 1:4), Ester (Ester
4:16), Daniel (Daniel 9:3), Ana (Lucas 2:37), dentre outros.
Por tudo isto não resta dúvidas que o jejum, junto com a oração, é prática necessária para os
crentes poderem crescer espiritualmente e para que a Igreja alcance excelência no exercício
de seus ministérios.

III. O Levita e a Palavra de Deus


Leia e transcreva nas linhas abaixo o Salmo 119:18 (esta deve ser a sua oração constante):
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Como servos do Senhor temos a necessidade de conhecer o nosso Deus e a sua vontade para
as nossas vidas. Por isso é tão fundamental a leitura, estudo, meditação e aplicação da
Palavra de Deus.

Depois de uma leitura atenciosa e de uma interpretação correta, o Levita deverá aplicar a
Palavra de Deus à sua própria vida (sem este passo ele não poderá se dedicar à ensinar a
Palavra e ministrar o louvo).
Leia I Samuel 15:22 e 23 e explique por que é tão importante conhecer e aplicar a vontade de
Deus:
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Quando nós conhecemos a Palavra e colocamos em prática seus ensinamentos, estamos
trazendo sobre nossas vidas as bênçãos da obediência. Faça uma pesquisa na Palavra acerca
das BÊNÇÃOS DA OBEDIÊNCIA e prepare-se para compartilhar com os irmãos da classe.

4ª Lição
O LEVITA, UM ADORADOR DE VERDADE
Joâo 4:23 Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
É Jesus quem nos torna verdadeiros adoradores. O termo usado em Jo 4:23 é proskineo e
significa “prostrar-se”. Outra palavra usada no grego é latréia, que significa “servir”. Assim,
podemos definir que um adorador de verdade é alguém que vive uma vida consagrada, de
serviço a Deus.
O Salmo 95:6 contém os diversos termos que descrevem as atitudes de um adorador: Oh,
vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou.
Estas atitudes devem ser tomadas somente para com Deus (Ex 20:4 e 5). O Apocalipse nos
apresenta algumas maravilhosas visões, tanto dos remidos (Ap 7:9-17), como dos seres
celestiais (Ap 4:8-11).
A perversão da adoração é alvo de Satanás. Em Mt 4:9 encontramos o nosso inimigo
propondo obter aquilo que pertence apenas a Deus – vide as preensões diabólicas descritas
em Ap 13:4-8.
a) Adoração vã e adoração verdadeira:
Leia Mt 15:8 e 9 e descreva o que tornava a adoração dos judeus vã aos olhos do
Senhor:
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Leia Gn 4:1 a 7 e aponte:


Os motivos da recusa da oferta de Caim:
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Os motivos da aceitação da oferta de Abel:


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b) A adoração como uma arma de guerra:
Em II Co 10:4 e 5, o apóstolo Paulo comenta sobre as armas que dispomos na luta contra o
reino das trevas: Pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para
demolição de fortalezas; derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o
conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo”.

E quais são as nossas armas de guerra?


*O Nome de Jesus: (Jo 14:13, 15:16, 16:23, Fp 2:9-11);
*O Sangue de Jesus: (Mt 26:28, At 20:28, Ef 1:7, Cl 1:20, Hb 2:14, 9:12-14, 10:19 e 29, I Pe
1:19, Ap 1:5, 5:9, 7:14 e 12:11);
*A Palavra de Deus: (Ef 6:17, II Tm 2:15 e 3:16 e 17);
*Os Anjos (arma de apoio): Sl 103:20 e 21, Dn 3:28 e Hb 1:14, Ap 5:11).
*A Adoração.
Aprendemos em II Crônicas 20 que podemos fazer da Adoração uma arma de guerra. Basta
seguirmos os passos que o rei Jeosafá percorreu, junto ao seu povo.
1o. passo: Reconhecer quem são os nossos inimigos (vs. 1 e 2);
2o. passo: Consagrar-se ao Senhor (vs. 3 e 4);

3o. passo: Declarar a Palavra (vs. 6 a 12);


4o. passo: Cingir-se de humildade (v. 12);
5o. passo: Colocar os olhos no Senhor (v. 12 – o diabo quer que tiremos os olhos de Deus e
que os fixemos nas circunstâncias).
Ao final destes cinco passos, o Espírito de Deus se manifestou em meio ao povo de Judá de
uma maneira maravilhosa e o próprio Senhor concedeu as estratégias para que Seu povo
enfrentasse aquela guerra. Leia II Cr 20:14-17 e descreva a “estratégia” que Deus deu ao Seu
povo:
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_____________________________________________________________________________
__________

A reação diante do povo de Jeosafá diante da manifestação do Espírito de Deus nos é


inspirativa. Descreva-a (vs. 18 e 19):
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Os judeus colocaram em prática a estratégia dada pelo Senhor, e O adoraram (vs. 20 a 22).
Descreva os resultados (vs. 22 a 30):
____________________________________________________________
c) adorando como os filhos de Zadoque:
O nome Zadoque significa “justiça”. A referência aos levitas da família de Zadoque, aprovados
pelo Senhor como sacerdotes, está em Ezequiel 44. No verso 15, o Senhor os reputa como
fiéis, mesmo quando os filhos de Israel se corromperam, os levitas da família de Zadoque se
mantiveram na presença do Senhor.
I Cr 6:1 e 50 nos informa que Zadoque era filho de Aitube, descendente de Eleazar, terceiro
filho de Arão. Zadoque foi sacerdote no reinado de Davi, juntamente com Abiatar (II Sm 8:17)
e era incumbido da arca da aliança (II Sm 15:24). Tomou parte na unção de Salomão como
sucessor de Davi, enquanto Abiatar preferiu dar seu apoio a Adonias (I Rs 1:7). Zadoque e
seus descendentes se desincumbiram dos deveres sacerdotais no templo de Salomão até que
o mesmo foi destruído, em 587 AC.
Reflita em Ez 44:15-31 e procure encontrar as características dos falsos adoradores (ou falsos
levitas) e dos verdadeiros adoradores:
– Os Falsos Adoradores:
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– Os Verdadeiros Adoradores:
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5ª Lição
O LEVITA E A MORDOMIA CRISTÃ
TEXTO BASE: MALAQUIAS 1.6-14 - 6 – O filho honrará o pai, e o servo, ao seu senhor; e, se eu
sou Pai, onde está a minha honra? E, se eu sou Senhor, onde está o meu temor? Diz o SENHOR
dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome e dizeis: Em que desprezamos
nós o teu nome? 7 – Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e dizeis: Em que te havemos
profanado? Nisto, que dizeis: A mesa do SENHOR é desprezível. 8 – Porque, quando trazeis
animal cego para o sacrificardes, não faz mal! E, quando ofereceis o coxo ou o enfermo, não
faz mal! Ora, apresenta-o ao teu príncipe; terá ele agrado em ti? Ou aceitará ele a tua pessoa?
Diz o SENHOR dos Exércitos. 9 – Agora, pois, suplicai o favor de Deus, e ele terá piedade de
nós; isto veio da vossa mão; aceitará ele a vossa pessoa? Diz o SENHOR dos Exércitos.10 –
Quem há também entre vós que feche as portas e não acenda debalde o fogo do meu altar?
Eu não tenho prazer em vós, diz o SENHOR dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a
oblação. 11 – Mas, desde o nascente do sol até ao poente, será grande entre as nações o meu
nome; e, em todo lugar, se oferecerá ao meu nome incenso e uma oblação pura; porque o
meu nome será grande entre as nações, diz o SENHOR dos Exércitos. 12 – Mas vós o profanais,
quando dizeis: A mesa do SENHOR é impura, e o seu produto, a sua comida, é desprezível. 13
– E dizeis: Eis aqui, que canseira! E o lançastes ao desprezo, diz o SENHOR dos Exércitos: vós
ofereceis o roubado, e o coxo, e o enfermo; assim fazeis a oferta; ser-me-á aceito isto de vossa
mão? diz o SENHOR. 14 – Pois maldito seja o enganador, que, tendo animal no seu rebanho,
promete e oferece ao SENHOR uma coisa vil; porque eu sou grande Rei, diz o SENHOR dos
Exércitos, o meu nome será tremendo entre as nações.

INTRODUÇÃO
O texto a ser estudado, trata-se de uma profecia de Malaquias por volta de 430 a.C., cerca de
cem anos após os primeiros exilados terem voltado de Babilônia. Naquela época, o povo havia
perdido o zelo e dedicação que inicialmente tinham pelo Senhor, e em total desobediência à
lei, desagradavam-NO, oferecendo-LHE animais aleijados ou doentes. De igual forma, muitos
atualmente negligenciam sua obrigação de restituir ao Senhor parte do que Ele nos tem
concedido, sem atentar-se ao fato de que é uma verdadeira bênção para nós cristãos,
podermos honrar ao Senhor com o dízimo, colocando à Sua disposição, a primazia todos os
nossos bens materiais e de toda a nossa vida. Como devemos honrar ao Senhor?

I – DEVEMOS HONRÁ-LO COM A NOSSA VIDA E BENS


Genesis 28:22 “E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto
me deres, certamente te darei o dízimo“.
Quando chegamos à compreensão de que todas as coisas materiais que nos cercam, não
fazem parte da natureza eterna para a qual fomos chamados, mas são destinadas apenas para
um determinado tempo, até irmos fazer parte de um mundo incorruptível, podemos honrar
ao Senhor com os nossos dízimos da mesma maneira que Abraão o fez, em gratidão a Deus
pela sua misericórdia e graça (Gn 14.20). Vejamos então, à luz da Palavra de Deus, como
devemos honrar ao Senhor com os nossos dízimos:
Mantendo a fidelidade
“Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua
do teu coração” (Pv 3.3). A fidelidade para com o Senhor é um dos principais atributos da
nossa vida cristã. E em relação ao dízimo, a nossa fidelidade vem acompanhada de ricas
bênçãos por parte do Senhor
Provérbios 3:9,10 “Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua
renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus
lagares”
A promessa de Deus é muito clara para os dizimistas, devemos honrá-lo com as “primícias de
toda a nossa renda”, isso significa que o Senhor deve ter prioridade em nossas vidas, pois para
Deus, o dízimo é muito mais que a verba para a manutenção da Sua casa, mas é uma ação de
fidelidade do servo para com o Seu Senhor.
Mantendo a voluntariedade
“Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje voluntariamente ao
Senhor?” (1 Cr 29.5) Servimos a um Deus onisciente que sonda o coração do homem; a Bíblia
nos diz que Ele sabe discernir até entre nossos pensamentos e nossas intenções (Hb 4.12). Ao
nosso Deus importa que O restituamos com o nosso dízimo, com alegria e regozijo,
agradecendo e louvando por tão grande amor e misericórdia
1Cronicas 29:9 “E o povo se alegrou do que deram voluntariamente; porque, com coração
perfeito, voluntariamente deram ao Senhor”
Mantendo o compromisso
Malaquias 1:7 “Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e dizeis: Em que te havemos
profanado?”
Mais do que as palavras, todas as nossas ações refletem o que pensamos e o que somos. De
nada adianta dizermos que o Senhor é dono de tudo o que temos, se oferecemos a Ele
somente o sobejo de nossas vidas. Restituir ao Senhor a primazia do que Ele nos concede é
um ato de fé e de compromisso com aquele a quem tudo pertence:

2Samuel 24:24 “Porque não oferecerei ao Senhor meu Deus, holocaustos que me não custem
nada.”

II – DEVEMOS HONRÁ-LO COM O NOSSO TEMPO


“Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para
oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (1 Pe 2.5)
Muitos acreditam que o dízimo deve ser dado somente em relação aos nossos bens materiais,
no entanto, quando não tiramos parte do nosso tempo para o Senhor, também estamos
usurpando de algo que Ele nos concedeu. Afinal, todos nós fomos criados por Ele e a Ele
devemos o fôlego da vida (Gn 2.7). Portanto àquele que nos concedeu tudo o que somos e
temos, devemos restituir também o tempo: “porque nele vivemos, e nos movemos, e
existimos…” (At 17.28).
A quantidade de tempo
Se considerarmos para o tempo a mesma porcentagem atribuída ao dízimo de bens materiais,
deveríamos honrar ao Senhor das 24 horas que Ele nos concede, com exatamente 2 horas e
40 minutos por dia para nos dedicar exclusivamente ao Senhor, através da oração, lendo e
meditando em Sua Palavra, etc…. Infelizmente, muitos cristãos gastam todo o seu tempo
envolvidos com sua vida secular e esquecem do quanto somos ricamente abençoados em
todas as áreas da nossa vida, quando dedicamos ao Senhor o tempo que lhe é devido. Então
que possamos orar assim como Davi, entregando o nosso tempo ao Senhor: “Mas eu confiei
em ti, Senhor; e disse: Tu és o meu Deus. Os meus tempos estão nas tuas mãos.” (Sl 31.14,15).
A qualidade do tempo
É imprescindível que o tempo oferecido ao Senhor seja um momento de total adoração e
devoção à Ele, (Sl 69.13) pois o tempo destinado ao Senhor não deve estar preso a um mero
ritual, mas deve ser para honrá-LO com sinceridade e alegria em Sua presença (Sl 100.2,3). O
Novo Testamento fala acerca dos escribas e fariseus que pareciam honrar ao Senhor com o
seu tempo e seus lábios, mas não o honravam com o seu coração (Mc. 7.5-7). Para todos os
que assim o fazem, o Senhor diz em I Sm 2.30: “Porque aos que me honram honrarei, porém
os que me desprezam serão envilecidos“.
III – DEVEMOS HONRÁ-LO COM O NOSSO CORPO

“Porque fostes comprados por bom preço, glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso
espírito, os quais pertencem a Deus.” (1 Co 6.20)
Davi diz no salmo 103 que a nossa alma e tudo o que há em nós deve bendizer o santo nome
do Senhor. Assim, porque fomos feitos por Ele e escolhidos para sermos o Seu povo, devemos
também honrá-lO com o nosso corpo. Vejamos então, como podemos faze-lo:
Com abnegação das coisas mundanas
“… apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei…” (2 Co 6.17).
Oferecer-se em sacrifício a Deus é sobretudo manter-se íntegro e afastado das coisas
mundanas que podem denegrir ou corromper o corpo que o Senhor nos concedeu. No Antigo
Testamento só eram aceitos sacrifícios de animais que não tinham qualquer defeito ou
mancha, (Lv 22.19,20) da mesma forma para honrarmos ao Senhor com o nosso corpo,
devemos mantê-lo puro e sem mácula para que o nosso sacrifício chegue ao Senhor como
aroma agradável.
Com um bom testemunho
“… segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo
vosso procedimento.“ (1Pe 1.15)
Segundo a Palavra de Deus, todo servo tem o compromisso de dar um bom testemunho do
seu senhor; e como servos de Cristo, o nosso corpo deve refletir a imagem Daquele a quem
pertence. Antigamente, quando um escravo optava por permanecer com o seu dono, furava a
sua orelha para que proclamasse a todos que o fazia por escolha própria, o nosso testemunho
é também uma marca que testifica a nossa opção por Cristo; e honra ao Senhor quando
procedemos de modo justo e santo.
“Desde agora, ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus“
(Gl 6.17)
Com trabalho dedicado ao Senhor
“Eu de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas…” (2 Co. 12.15)
Se o nosso corpo e o nosso tempo são do Senhor, nada mais justo e certo que oferecê-los para
a Sua obra. Desta forma, o trabalho para o Senhor não deve ser realizado para receber algo
em troca, mas deve ser colocado como uma prioridade em nossas vidas, pois estamos
restituindo somente parte daquilo que nos foi concedido. Entretanto, o Senhor em sua infinita
misericórdia ainda nos recompensa por oferecermos a Ele, o que já LHE pertence: “O ceifeiro
recebe desde já a recompensa e entesoura o seu fruto para vida eterna; e, destarte se
alegram, tanto o semeador como o ceifeiro.” (Jo 4.36).
CONCLUSÃO

Quer seja com os nossos bens, quer seja com o nosso tempo ou nosso corpo, tudo o que
fizermos deve ter o Senhor como prioridade em nossa vida; devemos honrá-lo com gozo e
alegria, com o dízimo de todas essas bênçãos que Ele nos tem concedido, pois Àquele a quem
todas as coisas pertence, sejam dadas toda a honra e toda a glória.
1. Você tem colocado o Senhor como prioridade em sua vida?
2. Você tem honrado ao Senhor com o dízimo do seus bens, do tempo e do seu corpo?
3. O que você tem colocado como prioridade em sua vida?
6ª Lição
O levita e os dízimos e ofertas
Texto Base: MALAQUIAS 3.7-11 7 – Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus
estatutos e não os guardastes; tornai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o SENHOR dos
Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar? 8 – Roubará o homem a Deus? Todavia,
vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. 9 – Com
maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, vós, toda a nação. 10 – Trazei todos os
dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de
mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre
vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança. 11 – E, por causa de vós,
repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não
vos será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.

INTRODUÇÃO

A Bíblia tem orientação para todas as áreas da vida, inclusive a financeira, como melhor
aplicarmos e administrarmos nossos bens. A principal lição sobre o assunto é quanto à
fidelidade que devemos exercer na entrega dos dízimos e ofertas. Nesta lição estudaremos
verdades bíblicas sobre os dízimos e ofertas, ordenança dada por Deus para que a cumpramos
com total responsabilidade.
I – O DÍZIMO E AS OFERTAS PERTENCEM SENHOR (V 7-8)
Deus é o dono de tudo, e é importante termos a consciência e o conhecimento de que tudo o
que julgamos possuir, pertence a Ele. O princípio mais importante quanto aos dízimos e
ofertas é o de que estamos devolvendo a Deus uma parte do que é seu, não como obrigação,
mas em atitude de gratidão e com alegria.
Deus requer restituição (tornar)
Deus requer que nos voltemos para Ele de todo o coração e alma. A restituição do dízimo é
apenas uma pequena parte do que já recebemos D’Ele, em vida, em graça, em abundância de
bens. (Jo. 3.27) Somente por Ele é que temos alcançado tantas bênçãos; Deus ao nos criar
estabeleceu regras e limites e uma dessas regras é a restituição de parte do que temos
recebido e isto inclui o que possuímos.
Deus chama de infiel o que não restitui
Infiel porque se apossa do que não é seu. Trazer o dízimo é ordenança de Deus a seu povo em
Lv 27.30 e aquele que não o faz está sendo infiel. E ainda perguntamos em que te roubamos?
Se conhecemos o ensinamento de que devemos tornar a Deus uma parte do que nos confiou,
porque não faze-lo? Ao infiel jamais será concedida a responsabilidade pela guarda das coisas
de Deus. O Senhor espera que prestemos conta do que nos confiou.
Deus permite que o cristão sofra as conseqüências danosas
O Senhor permite que sofra o dano àquele que se apossar do que não é seu. O dízimo
pertence a Deus que o quer receber de boa vontade, com gratidão nos corações. Através do
profeta Ageu Deus exorta-nos para priorizarmos mais a sua obra. Espera que lhe sejamos fiéis,
pois o não cumprimento dessa lição nos trará grandes privações. A fome, a sede e o frio não
serão saciados, pois estamos sempre olhando para nós mesmos e nunca nos dedicamos à obra
de Deus, e a causa dos mais necessitados. Se assim procedermos, nossas despensas, bolsos,
contas bancárias serão sempre como sacos furados. (Ag. 1.6)
II – O DÍZIMO E AS OFERTAS SÃO UMA BÊNÇÃO PARA A OBRA DO SENHOR (V 10)
A Casa de Deus e os obreiros que nela trabalham necessitam de mantimentos e isto só é
possível quando nos dispomos a ofertar. A exemplo do que aconteceu na época de Moisés,
Joás e Ezequias que as ofertas destinadas ao santuário eram trazidas com prazer e em grande
quantidade, até que Moisés mandou que parassem de ofertar, devemos hoje praticar este
ensino e exemplo daqueles que ofertavam com prazer. (Êx. 36.6,7)
Deve ser entregue com integridade (todos)
A integridade é imprescindível, não temos que dar grandes ofertas, além da nossa condição,
mas se Deus é fiel em nos entregar todas as coisas porque não lhe devolver o que nos pede.
Certa vez os apóstolos viveram um episódio que nos serve de lição. Barnabé vendeu suas
propriedades e depositou aos pés do Senhor; Ananias e Safira também venderam suas
propriedades, mas não foram fiéis, tendo declarado que estavam entregando tudo o que
haviam recebido pelo negócio que fizeram, sendo que esta não era a verdade. A consequência
foi à morte imediata dos dois. Deus exige em primeiro lugar a verdade.
Deve ser entregue à tesouraria (casa do tesouro)
O destino dos dízimos e ofertas é a casa do tesouro, ou a tesouraria. Pois é ali que será
empregado na obra do Senhor. Atendendo o compromisso com missões, evangelismo, ajuda
aos necessitados. Desviar dízimos e ofertas com a desculpa de que vai ajudar A ou B, é
desacreditar no amor e misericórdia de Deus. Se não devesse ser entregue na tesouraria o
Senhor já teria orientado nesse sentido. Mas lemos: “trazei todos os dízimos à casa do
tesouro“.
haverá fartura na casa do Senhor
A benção da fartura na casa de Deus está intimamente vinculada à nossa fidelidade nos
dízimos e ofertas. De Deus é o ouro e a prata, e Ele não tem necessidade de nada, pois tudo é
Seu (Sl 50). Ele porém, nos confiou a manutenção de sua casa, de forma que nunca venha
faltar, mas que a igreja tenha sempre em abundância. Se retivermos nossas ofertas, haverá
necessidade na igreja e a benção sobre nós certamente será reduzida.
III – O DÍZIMO E AS OFERTAS SÃO UMA BÊNÇÃO PARA O DIZIMISTA (V 10-11)
A promessa de bênçãos está vinculada a fidelidade na entrega dos dízimos e ofertas na
tesouraria. Deus nos desafia a que o provemos, sendo-lhe fiéis e experimentemos bênçãos tão
grandes que todos a nossa volta se admirarão.
Bênçãos lhes serão derramadas do céu
Em várias ocasiões somos instados a sermos fiéis ao Senhor (Dt. 28), para que possamos
desfrutar de bênçãos. No versículo 10 do texto básico a condicional para a desfrutarmos é a
diligência na entrega dos dízimos. Pelo que lemos na história de Israel, Deus não tem
compromisso de abençoar a quem não lhe é fiel. Assim como foi com Israel será conosco, nos
dará a proteção, nos iluminará, nos suprirá as necessidades básicas.
Dela lhes virá a maior abastança (vida sem privações)
Nossa oferta servirá para abastecer nossas dispensas materiais, aumentar nossa fé e tempo e
dinamizará nosso serviço. A abundância aqui prometida é para que multipliquemos nossas
boas obras. Através da contribuição nos dedicamos mais a Deus, que nos abençoa nos
assuntos financeiros.
A presença do devorador no meio do povo de Deus pode ser uma forma de acordar-nos para
nossa infidelidade (Am 4.9,10). Lembremos como Deus usou várias nações pagãs para levar
Israel ao arrependimento e reavivamento (Jz 6.3). Aqui o povo se desviou e o devorador
(midianitas, Amalequitas e outros) foi usado para fazer o povo voltar a Deus, mesmo que
como último recurso.
A promessa de Deus aqui no versículo 11 é de que se formos fiéis a Ele o inimigo será abatido.
Da mesma forma como abateu os Amalequitas e Midianitas e tantos outros, ainda está ao
nosso lado para destruir o devorador. Quem é o devorador na nossa realidade? Podem ser os
juros bancários, a má administração na economia doméstica, o exagero nas compras.
CONCLUSÃO
Entregar os dízimos e ofertas deve ser para nós uma prova do nosso amor e devoção a Deus e
testemunho de nossa satisfação em servi-lo. O cristão que não dizima o seu tempo e seus
bens e finanças ao Senhor não pode ser um levita.
O que o dízimo significa para você?
2. Tu já provaste a fidelidade de Deus através dos dízimos?
Você tem sido fiel a Deus na mordomia cristã?
7ª Lição
O LEVITA E A SUA POSTURA ESPIRITUAL
Há alguns requisitos de comportamento que todo levita no culto deve ter diante de seus
colegas, diante da igreja e na direção do Espírito Santo.
Há requisitos para a igreja e para os levita e pastores que se resumem essencialmente numa
palavra: Vida. Se não há vida na igreja, o louvor não flui nos cultos. Entretanto, se quisermos
cultos com um fluir de Deus, o dirigente do culto deve ser o primeiro a esquadrinhar sua vida
espiritual à luz dos seguintes pontos:
Quanto a sua Vida Pessoal:
Em primeiro lugar: ele deve ter uma experiência bíblica clara, indiscutível e marcante do novo
nascimento. Isto é, ele tem que ser convertido, comprometido com Jesus Cristo. A Pessoa de
Jesus é mais importante para ele, acima de qualquer outra pessoa ou atividade. Jesus falou
sobre isto para Nicodemos (Jo 3.1-8). Pedro fala desta mudança de vida, de um outro
redirecionamento espiritual, de uma mudança de curso (At 3.19). Fala de um abandono total
ao estilo de vida mundano que nossos pais nos legaram (1Pe 1.17-23), estilo de vida marcante,
que Paulo resume em poucas palavras: “Se alguém está em Cristo, é nova criatura” (2 Co
5.17).
Em segundo lugar: ele deve ter uma revelação e uma experiência pessoal do poder remissor
do sangue de Jesus Cristo. O sangue de Jesus Cristo é que nos comprou para Deus (At 20.28; 1
Pe 1.19,20; Ap 5.9). O sangue nos justificou de nossos pecados, (Rm 5.8,9; Ap 1.5),
purificando-nos de nossa má consciência, (Hb 9.11-14). O sangue de Cristo nos garante acesso
à presença de Deus (10.19-22), fazendo-nos viver em perfeito relacionamento com nossos
irmãos, (1 Jo 1.7). A honra que o Filho recebe, a exaltação cantada pelos anjos e pelos
redimidos tem uma marca: o sangue. Ele recebe a honra por que é o Cordeiro de Deus que foi
morto e com o seu sangue comprou para Deus… O sangue de Cristo tem que ser
experimentado na vida de todo adorar (Ap 7.14).
Em terceiro lugar: todo dirigente ou músico tem que ter uma experiência bíblica, pessoal e
visível do Espírito Santo em sua vida( batismo com Espírito Santo). Recomendo que todo
dirigente de culto estude o livro de Atos sublinhando todas as vezes em que o Espírito Santo
aparece em ação. É ele que nos capacita e nos enche de poder (At 1.8). Examine esses textos
cuidadosamente: At 2.4,11, 15 ; 4.8, 31; 5.32; 6.3,5, 10; 8.15-18; 8.39; 9.17, 31; 10.19,44;
11.12, 15, 24; 13.2). Ele está sempre atento ao culto da Igreja e quer participar na exaltação a
Deus e ao Seu Filho Jesus Cristo.
Em quarto lugar: uma vida de santificação refletida no seu viver diário. A vida de santificação
produz resultados visíveis por toda a igreja e pela sociedade. Pedro fala em “santificação do
Espírito” (1 Pe 1.2), em vida santa e irrepreensível (Ef 1.4;) enquanto Paulo fala em “andar no
Espírito” (Gl 5.16-26). Uma vida santificada produz resultados ainda maiores pois o louvor flui
no culto a Deus resultante de uma vida santificada. Numa igreja santa o louvor é perene,
vívido, belo, poético, etc. Numa igreja em pecado o louvor não pode fluir!
Em quinto lugar: faz-se necessário que todo dirigente tenha um entendimento bíblico da vida
cristã. O Que quero dizer com isto? É simples:
a) Ele deve ter em mente que a igreja é uma família: e que o viver comunitário tem as suas
implicações. Exemplo disto são as mutualidades da vida cristã, como: amar uns aos outros;
perdoar, ajudar, suportar, carregar os fardos, etc. São mais de 30 as mutualidades para a vida
cristã.
b) Ele deve também ter um conhecimento e uma experiência da batalha espiritual e suas
dimensões: Temos que entender que no reino de Deus não há reservistas: todos são
automaticamente alistados à batalha. Há uma luta no nível pessoal (o indivíduo luta consigo
mesmo numa guerra pela verdade, Espírito contra a carne). Há uma luta travada no âmbito
familiar (o indivíduo é perseguido no âmbito familiar por sua decisão em seguir a Cristo). Há
também uma luta no meio social (quando ele é perseguido na sociedade por causa de seu
testemunho cristão) e a batalha adquire contornos políticos quando nossa vida não mais se
encaixa nos moldes das leis que governam a sociedade. Paulo foi para Roma como prisioneiro
e João foi exilado em Patmos. O texto de Efésios dá uma dimensão perfeita dos quatro níveis
onde esta guerra se trava (Ef 6. 10-20).
c) deve também entender que a submissão uns aos outros e às autoridades: na vida da igreja
são requisitos importantes para a vida de adoração. Os músicos e dirigentes de louvor,
especialmente, são uma raça caracteristicamente rebelde e têm que aprender o caminho da
obediência pela submissão (1 Pe 5.5,6; Hb 13.7,17; 2 Pe 2.10-12). Nos dias de Davi todos
estavam submissos aos seus mestres que por sua vez se submetiam ao rei (1 Cr 25.6). Na área
do louvor e adoração, temos que entender que nossa função é a de ministrar sob autoridade.
O caminho da submissão é o caminho do perfeito louvor (Ef 5.18-21; Cl 3.16).
Em sexto lugar: todo músico ou dirigente de culto deve ter uma vida cristã disciplinada uma
vida disciplinada na oração, no louvor e na adoração. Disciplinado no duro trabalho de treinar
sua habilidade musical: ele tem que ser o melhor para Deus! (se é músico, tem disciplina no
aprendizado e na execução de seu instrumento). A Bíblia fala sobre isto: (Sl 33.3; 1 Cr 25.8; 15,
20-22;)

Em sétimo lugar: um bom dirigente de culto lê e estuda tudo o que a Escritura tem a dizer
sobre adoração, louvor, música, etc. Os cânticos do Apocalipse devem fazer parte de seu
Espírito, alma e corpo. Ele deve transpirar louvor e adoração dia e noite! E é claro, pesquisa o
que outros autores têm a dizer sobre o tema. Muitos irmãos têm escrito sobre o assunto
ultimamente.
Quanto à sua Vida Comunitária
Quanto à sua vida comunitária há também alguns requisitos que devem ser preenchidos.
Em primeiro lugar: deve ser reconhecido pela igreja como uma pessoa em cuja vida está a
unção de Deus. Como isto ocorre? Pelo testemunho da vida comunitária: a igreja vê o seu
zelo, dedicação e fidelidade a Deus. Como Samuel em quem o povo de Israel viu a graça de
Deus (1 Sm 3.18-21) ou como Josué que o povo viu como homem de Deus (Js 1.1,2). Ele deve
ser um homem de raízes na vida da igreja, conhecido no tempo e na atividade da igreja (At
1.21; 6.3; 15.22, etc).
Em segundo lugar: (unção de Servo) – O dirigente de louvor deve ter uma vida de serviço:
como discípulo ele vive para servir ao próximo e a Deus. Seu testemunho de vida é maior do
que sua habilidade na direção do louvor ou na execução do seu instrumento.
Em terceiro Lugar: (Fugir da aparência do mal) – “Abstende-vos de toda aparência do mal”.1
Tessalonicenses 5:22, O levita jamais deve permitir que o diabo encontre brecha na sua vida,
jamais deve fazer ou receber visita quando o sexo aposto estiver sozinho, ou estar em lugares
sozinho como sexo oposto das quais levantam a aparência do mal, sua postura no púlpito
também pode levantar a aparência do mal, tais como: o levita subir o púlpito para ofertar ao
Senhor o seu louvor, e estar magoado com alguém, seja do grupo de levitas ou do corpo de
membros da igreja. E chegando no púlpito expressa uma má aparência facial, dando mal
testemunho demonstrando isto para toda congregação, quanto a isto a palavra de Deus nos
ensina:
“Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma
coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta e vai reconciliar-te primeiro com teu
irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta”. Mateus 5:23 e 24

Quanto à Sua Função no Culto a Deus:


Há vários fatores que influenciam e determinam quanto ao fluir no culto a Deus. Poderíamos
resumir em alguns pontos:

Primeiro. É necessário um entendimento do que é o culto a Deus. Temos que varrer de nossa
mente todo o conceito adquirido de nossa tradição histórico\religiosa e aprender tudo de
novo à luz de um mover claro e dinâmico do Espírito Santo. As formas de cultos que nossos
pais nos legaram nem sempre servem para o tempo de hoje.

Em segundo lugar é necessário entender o que é uma liturgia. Liturgia não é um ritual, é antes
de tudo, o serviço do povo, criado pelo povo conforme o estilo de vida das pessoas em todas
as épocas. Felizmente a Escritura não nos legou nem um modelo de culto. Não há onde copiar
um culto. Ele é dinâmico. Aquela maneira de cultuar dos primeiros cristãos não serviria para
os nossos dias. Por isto o Espírito Santo não deixou um “modelito” universal. O estilo e a
maneira de viver das pessoas em cada cultura e em cada época produzirá uma liturgia própria.
O Espírito Santo não impõe e não copia. Ele pode entrar na contramão da história e da cultura
e produzir o que Ele quer. Um culto no interior do Brasil é bem diferente de um culto numa
grande cidade como São Paulo.
Quanto a Pessoa do Espírito Santo
Todo dirigente deve ter um entendimento, uma experiência e uma vida sensível ao Espírito
Santo. Por que?

Em primeiro lugar: ele deve saber e experimentar que o Espírito Santo é uma Pessoa e não um
fluído. A teologia criou uma idéia do Espírito Santo apresentando-o como se fosse um fluído,
um vento, uma idéia, apenas. Mas Ele é uma Pessoa, terceira da Trindade, enviado do Pai (Jo
14.16,17, 26; 15.26; 16.7-14).
Em segundo lugar: deve aprender a andar no Espírito. A luta constante entre “carne e
Espírito” resulta num conhecimento prático da vida cristã (Rm 8.4-17; Gl 5.16-25).
Em terceiro lugar: deve aprender a ser sensível à voz do Espírito de Deus. Geralmente a
sensibilidade é algo que se adquire com o tempo, com a experiência de se viver guiado pelo
Espírito. Este aprendizado vem através das provações e dos testes de Deus. As tribulações
tornam o nosso espírito mais sensível à voz do Espírito de Deus (Dt 8.2-5; Hb 12.6; Pv 3.12).
Também uma vida disciplinada nos habilita a cultivar a comunhão com Deus e a discernir a voz
do Espírito (Is 50.4,5)
Em quarto lugar: essa sensibilidade no Espírito nos permite conhecer e ver de “olhos abertos”,
o que se passa durante as reuniões da igreja (At 5.1-5). Aprendemos a desenvolver a
capacidade de “discernir” os espíritos numa reunião da igreja.
Quinto lugar: o dirigente do culto pode enfrentar alguns problemas com a congregação que
freqüenta.
Costumo fazer as seguintes indagações: a igreja é renovada? Se é, até que ponto é renovada?
Os líderes ou pastores são avivados e totalmente comprometidos com o Reino de Deus? Até
que ponto esta renovação mexeu com suas estruturas pessoais e ministeriais e até que ponto
colidiu com a estrutura da igreja? Todo avivamento colide com as estruturas exigindo algumas
mudanças! A hinologia da igreja foi renovada? A igreja tem vida comunitária durante a
semana ou não? Isto tudo determinará se o louvor fluirá ou não nas reuniões da igreja. Um
dirigente avivado jamais se dará bem com uma igreja fria. Não pode esperar um fluir de Deus
no louvor quando a igreja é fria e demasiadamente estrutura em suas reuniões.
Princípios para a adoração de acordo com os levitas
Textos: 1 Crônicas 15.16-21; 16.37-43; 25.1-7; 2 Crônicas 5.12-14 Israel desconhecia, como
nação, o verdadeiro louvor e Davi fez três coisas essenciais:
a) Escolheu líderes habilitados para o exercício ministerial;
b) Forneceu a razão ou base inspiracional para todo o louvor e adoração, e (
c) Instruiu o povo na arte de louvar e adorar!
A) A escolha dos líderes
Líderes da ordem levítica: Ele escolheu três líderes que representavam três famílias de Levitas
descendentes de Arão:
Asafe, da família dos Gersonitas (Gerson, 1 Cr 6.43; levavam as cortinas, as cordas, etc,
conforme (Números 4.22-28).
Hemã, da família dos coatitas (1 Cr 6.33, cujo cargo era levar o material do santuário, cf
Números 4.2-20); Hemã era neto de Samuel, 1 Cr 15.17.
Jedutum, era merarita (1 Cr 6.47, cuja família tinha o encargo de levar o material pesado,
tábuas, etc, do tabernáculo, cf. Números 4.29-33). 1) Observe os termos que ele usa:
“constituir”, “designar” e “separar” (1 Cr 15.16,17, 41,42; 25.1). O tabernáculo ficou dividido:
o Santo dos Santos ao lado da casa de Davi, numa tenda, ( 1 Cr 16.37) e o resto do tabernáculo
em Gibeon ( 1 Cr 16.38-40).
Davi foi específico na questão da autoridade: Davi era o chefe e os demais chefes sobre seus
filhos ( 1 Cr 25.6-8). A autoridade é o principal problema com os músicos da igreja, porque
todos nós somos por natureza rebeldes, e quando músicos, mais ainda. O líder dos músicos no
reino das trevas é Satanás!
Ele tinha um chefe de louvores: Quenanias, devido a sua capacidade “porque era entendido
nisso” (1 Cr 15.27). Na igreja, também, temos que saber quem é quem em cada área de
trabalho.
Davi pensou numa pluralidade de homens, de talentos e de instrumentos. Era uma equipe
com vários talentos ou dons. Hemã, Asafe e Jedutum, “se faziam ouvir com címbalos de
bronze” (1 Cr 15.19; 25.1-8). (Os címbalos eram dois meio globos como os nossos pratos de
bateria hoje).
No vs. 20 temos a equipe que louvava com “alaúdes em voz de soprano“(1 Cr 16.5). Alaúde é
uma espécie de violão ou cítara.
No vs. 21 temos aqueles que participavam “com harpas em tom de oitava, para conduzir o
canto”.
No vs. 22 temos Quenanias como especialista na área da música e do cântico.
No vs. 24 há um grupo de sacerdotes que “tocavam as trombetas perante a arca de Deus” (1
Cr 16.6 e 2 Cr 5.13).
B) O Motivo do Louvor.
Ele estabelece a misericórdia) e tudo o que segue: fidelidade, benignidade) como a motivação
principal. Isto é visto em textos como 1 Crônicas 16.34,41; 2 Cr 5.13; 7.3; 20.21. Parece-nos
que este foi um dos pontos restaurados na volta do exílio nos dias de Neemias (Ne 12.24).

C) Alegria
A alegria e o louvor cantados bem alto, era o que Davi ensinava ao povo através de
Quenanias! (1 Cr 15.16; 2 Cr 23.18; 29.25-30; 30.21; Ed 3.11; Ne 12.27,43).

Entendemos que os levitas formavam corais responsivos conforme Neemias 12.24,31,37-38.


A celebração diante do Senhor é vista em vários salmos.
No Salmo 95 ele fala em celebrar, vitoriar, prostrar-se, ajoelhar-se, etc.
No Salmo 96: cantar, proclamar, anunciar, tributar, adorar, alegrar-se, folgar, regozijar-se.
No Salmo 99, Deus é Santo e merece ser celebrado com alegria.
No Salmo 42,4, Deus é celebrado com “gritos de alegria e louvor”.
No Salmo 98.6, ele sugere a celebração ao “som de buzinas”, juntamente com os outros
instrumentos.
D) Conceitos Errados a Respeito do Louvor na Igreja.
Que o louvor é um ministério de alguns líderes, de conjuntos, grupos corais, etc. Muitos
pastores não entendem isto e deixam o louvor a cargo de grupos e eles próprios não
participam de nada. São bombeiros e múmias.
Que o louvor e adoração estão ligados a grupos especiais de instrumentos musicais, de
técnicas corais, etc. Pode-se também louvar e adorar sem qualquer música.
Que o louvor e adoração são blocos dentro do culto e das reuniões da igreja. Sempre vem
aquela frase: “agora, vamos à parte mais importante de nosso culto…. a pregação”.
Esquecemo-nos que o louvor é também um tipo de proclamação.
Que o louvor é somente uma preparação do ambiente para a pregação da Palavra de Deus.
Estes são basicamente os quatro conceitos errados sobre o louvor na igreja.
E) Conceitos Errados nos Membros das Igrejas.
Adoração ligada ao conceito de lugar. A mulher samaritana pensava assim (Jo 4.19,20). Não é
necessário um templo adornado de vitrais coloridos nem um órgão clássico para despertar em
nós a adoração a Deus.
Que o templo é um prédio, único lugar de adoração. A verdadeira casa de Deus somos nós (2
Co 6.17\6; 1 Co 6.19; 3.16,17).
Que o louvor são apenas cânticos e música. Louvor é vida! Se o povo não tem motivo de
louvor, se não usufrui diariamente das bênçãos de Deus, se não tem vida, não tem louvor!
Podemos cantar 50 minutos sem louvar e adorar.
F) Cada Adorador Deve Ter:
Uma visão da soberania de Deus. Temos que ver a Deus governando sobre a terra, sentado
em seu trono de autoridade (Ap 4.2,3; 7.9-17; 20.11,12; 21.3; Is 66.1; 1 Rs 22.19; Hb 1.8, etc.)
A questão da soberania de Deus transcende a nossa vontade e aos nossos planos.
Nabucodonosor, Esaú, Jacó, Faraó e Moisés viram isto com clareza (Dn 4.1-4, 34-37; Rm 9).
Uma visão da imutabilidade de Deus e do seu caráter. Ele jamais muda. Ele é sempre o que é
(Jó 42.2; Ex 3.13,14; Ap 4.8; Hb 1,11,12; Ml 3.6, etc)
Ter uma visão da misericórdia de Deus (1 Cr 21.13; Ex 33.17-23; 34.5-8; Dt 32.2-4).
Revelação e experiência do poder remissor do sangue de Cristo. É por seu sangue e apenas
pelo mérito de Cristo que podemos estar diante de Deus (Hb 10.19-22; 9.13,14, 19-22; 10; 1 Jo
1.7,9; Ap 1.5, etc).
Precisamos adquirir percepção do mundo espiritual como Eliseu e Aías (2 Cr 5.26, Eliseu e
Geazi; 6.12-23, Eliseu e o rei da Assíria; 1 Rs 14.4,5 o profeta Aías e Jeroboão). João via a tudo
o que acontecia nos céus (Ap 4 e 5); Paulo via a natureza sofrendo e gemendo (Rm 8.21-23).

Maneiras Práticas de Louvar e Adorar


Há sete palavras no hebraico para louvor que podem ser usas de maneiras diferentes em
nossas reuniões.
Halal. Jactar-se, entusiasmar-se. Alegria explosiva na hora do louvor (a palavra aleluia vem de
halal). Há no Talmude a alusão de “lançar fora o iníquo” (Sl 117.1).
Yadah. Agradecer, reconhecer a alguém publicamente, estender a mão, adorar com as mãos
levantadas (2 Cr 20.19-21).
Baraque. Abençoar, inclinar-se, ajoelhar-se em adoração (Sl 103.1,2).
Zamar. Dedilhar cordas, fazer musicas para Deus. É um verbo musical para louvor.
Shabach. Falar bem, adequadamente em alto estilo. Significa discursar num alto tom, gritar,
dar ordens de triunfo (Sl 117.1).
Tefilah. Interceder por alguém, súplicas, hino (Is 56.7).
Towdah. Ações de graça. Tem o sentido de erguer as mãos em agradecimento; sacrifícios de
louvor (Sl 50.23).
Há muitas outras maneiras de louvar. Eis algumas delas:
Caminhando e Marchando: “Todo lugar que pisar a planta de vosso pé vo-lo tenho dado,
como eu prometi a Moisés” (Js 1.3).
A marcha que Josué e o seu exército fizeram ao redor de Jericó é um tipo de intercessão. É
exemplo de persistência na intercessão. Quantos de nós paramos de orar, quando faltava
apenas mais uma volta para derrubar os muros?
Marchar assim ainda é eficaz em nossos dias como antigamente. Marchando em Sta. Maria.
Um outro versículo que fala de marchar é o Salmo 48.12: “Percorrei a Sião, rodeai-a toda”.
Pisando: “Em Deus faremos proezas, porque ele mesmo calca (pisa) aos pés os nossos
adversários” (Sl 108.13).
“Eis ai vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões, e sobre todo poder do
inimigo, e nada absolutamente vos causará danos” (Lc 10.19).
Pisar é como marchar só que de maneira mais agressiva. Se quando marchamos marcamos
nosso território, ao pisarmos detemos a ação do inimigo. Naquela reunião de oração que
acabei de mencionar, eles não apenas marchavam, pisavam! O Salmo 44.5, diz: “Com o teu
auxílio vencemos os nossos inimigos: em teu nome calcamos (pisamos) aos pés os que se
levantam contra nós”.
Cantando: “Um cântico haverá entre vós, como na noite em que se celebra festa santa; e
alegria de coração, como a daquele que sai ao som da flauta para ir ao monte do Senhor, à
Rocha de Israel. O Senhor fará ouvir a sua voz majestosa, e fará ver o golpe do seu braço, que
desce com indignação de ira, no meio de chamas devoradoras chuvas torrenciais,
tempestades e pedras de saraiva” (Is 30.29,30).
Batendo Palmas: “Batei palmas, todos os povos; celebrai a Deus com vozes de júbilo” (Sl 47.1).
A palavra “bater” nesta passagem é tecae: tinir, bater, golpear. Ezequiel 6.11, diz: “Assim diz o
Senhor Deus: Bate as palmas, bate com o pé”.
Bater palmas na Bíblia não somente está associado ao louvor mas à guerra. Esta é também
uma maneira de quebrarmos as cadeias.
Gritando: “Gritai contra ela, (Babilônia) rodeando-a; ela já se rendeu…” (Jr 50.15). “Os homens
de Judá gritaram; quando gritavam feriu Deus a Jeroboão e a todo o Israel diante de Abias e
de Judá” (2 Cr 13.15).
“E sucedeu que, na sétima vez, quando os sacerdotes tocavam as trombetas, disse Josué ao
povo: Gritai; porque o Senhor vos entregou a cidade” (Js 6.16).
O que teria acontecido se o povo não gritasse? Certamente os muros ficariam intactos e o
povo não teria vitória.
A tradução de “regozijar-se-á em ti com júbilo” é que o próprio Deus fica dando voltinhas de
alegria ao seu redor sob forte emoção!
Nossa idéia de alegria é diferente do que esta passagem quer dizer. Estamos acostumados
àquela alegria silenciosa, não nos expomos nem fazemos barulho. A alegria que sentimos
durante a intercessão pode variar de uma explosão de gritos de prazer a momentos de
reverência silenciosa!
Jesus alegrou-se no Espírito com a vitória que os discípulos tiveram sobre os demônios:
“Naquela hora exultou-se Jesus no Espírito Santo” (Lc 10.21). Tal regozijo é pular de alegria
com exultação! A alegria afasta o espírito pesado liberando-nos de toda opressão.
CONCLUSÃO: O Fazer a escola de levitea não o qualifisrca a estar participando do grupo de
levita ou ser um levita, mais sim o aplicar todos os ensinamentos da palavra de Deus,
ensinados nesta escola, seus professores estarão avaliando de todos os ângulos o seu
crescimento, compromisso e desempenho no ministério a qual Deus o colocou. Portanto, há
duas possibilidades a se considerar, o aluno pode ser aprovado ou reprovado. Desejamos que
você meu querido irmão em Cristo seja aprovado. Esforce-se, lute, guerreie, batalhe e você
conseguirá.

EXCELÊNCIA, POR QUE? Técnica e Unção


por ciadancaevida | ago 1, 2020 | Arte no contexto cristão, Dança | 1 Comentário
EXCELÊNCIA, POR QUE? Técnica e Unção
Prof. Ms. José Guilherme de A. Almeida

INTRODUÇÃO

Falar de técnica e de unção no mesmo texto soa como uma tentativa de unir duas coisas
opostas. Muitos cristãos olham para esses termos como qualidades que não podem conviver
juntas, ou que, quando convivem, uma parece ser mais importante do que a outra. Mas como
a Bíblia encara isso? Como nossos antepassados olhavam para a técnica e para a unção?

Neste texto vou trazer algumas breves reflexões a fim de nos ajudar a pensar se e como esses
dois termos, essas duas perspectivas, podem caminhar juntos nos ministérios de arte, bem
como, em todos os demais ministérios e na vida cristã.

O CONCEITO DE TÉCNICA

Eis que chamei pelo nome a Beseleel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá. Eu o enchi
com o espírito de Deus em sabedoria, entendimento e conhecimento para toda espécie de
trabalho (Êxodo 31:2-3 – BJ).

O primeiro artista reconhecido na Bíblia foi Beseleel (ou Bezalel) que, segundo Êxodo 31:1-5,
foi escolhido pelo próprio Deus para realizar toda espécie de trabalho, constituindo-se como o
artesão chefe que fez e comandou a produção do Tabernáculo.

Quando a Bíblia nos descreve para quê Bezalel foi cheio do Espírito, ela diz que foi para todo
tipo de “trabalho” (versão BJ), de “artifício” (versão ARC e NAA) ou com plena “capacidade
artística” (versão NVI). Esses termos apontam para um tipo de trabalho diferente da ideia que
temos hoje. Moisés não descreveu esse episódio pensando em um tipo de trabalho para pagar
as contas, mas sim de um trabalho especializado, um fazer cheio de conhecimento, que exige
uma habilidade especial. Não é à toa que a sua execução demandava “sabedoria,
entendimento e conhecimento”.

No comentário de Cox (2017, p.222) sobre esta passagem, o autor nos diz que:
Para fazer com precisão os muitos detalhes exigidos na construção do Tabernáculo e de todas
as suas mobílias e acessórios, Moisés precisava de trabalhadores especializados. Deus não ia
produzir este lugar de adoração mediante um ato milagroso do seu poder, mas por meio de
homens capacitados para o seu trabalho (…). Deus não faz para suas criaturas o que elas
podem fazer por si mesmas.

Na mesma direção, Schaeffer (2010, p.23) comenta:

Às vezes é tentador lermos a Bíblia como um “livro sagrado”, tratando os relatos históricos
como se fossem situações celestiais sem relação com a realidade terrena. Entretanto, quando
Deus ordenou que estas obras fossem construídas, algum artista teve de fazer isso (…). Os
querubins da arca não caíram do céu. Alguém precisou sujar as mãos; alguém teve de resolver
os problemas técnicos.

Podemos então entender a técnica como um “saber fazer”, como um conjunto de caminhos,
de formas de trabalho que já foram criadas, testadas e organizadas por alguém. Técnica então
é diferente de excelência. Excelência é quando eu dou o meu melhor para Deus, quando uso
tudo o que está a minha disposição para honrar ao nome dEle.

Quanto mais técnica eu tiver, quanto melhor desenvolvidas forem as minhas habilidades,
melhores coisas eu poderei fazer para honrar a Deus. Por isso eu preciso buscar a técnica, não
para ser mais excelente do que aquele que não tem, mas dar o melhor que eu posso para
Deus.

Excelência então é algo que eu preciso buscar, e a técnica é uma das dimensões da excelência
que eu preciso adquirir. Como Cox (2017) afirma, Deus não vai assumir uma responsabilidade
que é minha enquanto ser humano. Isso indica que eu preciso imprimir algum esforço, algum
investimento para poder fazer, ou para poder fazer ainda melhor aquilo que Deus deseja de
mim. Quem tem a oportunidade de adquirir mais técnica e escolhe não ter, comete o pecado
da negligência.

A NOSSA TÉCNICA NÃO VEM DE DEUS


Bezalel fez obras de uma dificuldade técnica muito elevada, como por exemplo, a Arca da
Aliança, cuja estrutura era de madeira de acácia, uma árvore espinhosa e de madeira rígida, e
foi coberta de ouro puro (Êxodo 25:10-22). Ele fez ainda candelabros, bacias, mesas, véus,
tecidos… Todas obras de arte que demandam uma habilidade apurada. Contudo, é
interessante pensar que nenhuma dessas técnicas chegou até Bezalel por revelação divina. Ele
certamente investiu tempo estudando e treinando para poder dominar tais técnicas.

Vale lembrar que a Bíblia cita trabalhos em madeira (Gênesis 6:14; Êxodo 7:19) e ouro
(Gênesis 24:35 e 41:42) muito antes de Bezalel ser chamado para construir o tabernáculo e
seus utensílios, assim como, a história revela que os conhecimentos técnicos para usar metais
preciosos, madeira e tecidos se desenvolveram junto a própria humanidade, muito antes de
Bezalel nascer (HARRISON, 2010).

Isso indica que as técnicas foram construídas ao longo da história da humanidade e passadas
de pai para filho, de mestre para aprendiz. Assim como Bezalel e Aoliabe foram impulsionados
pelo Espírito para ensinar outros (Êxodo 35:34), alguém os ensinou. Ainda que eles tenham
aperfeiçoado ou criado novas técnicas, só poderiam melhorar algo a partir do que
aprenderam com seus antepassados.

Essa capacidade criativa, de produzir conhecimento, de inventar e aperfeiçoar técnicas é parte


da essência do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:27), e faz parte
do nosso chamado no Éden para desenvolver a criação (Gênesis 1:28-30). Nós criamos
técnicas para poder trabalhar na terra, para criar animais, para cozinhar, para manifestar a
criatividade inserida em nós por Deus. Não foi Deus quem fez, mas graças a Ele nós podemos
produzi-las.

Deus pode dar conhecimento técnico para alguém que nunca estudou? Sim. Ele pode todas as
coisas, porém, não foi este o caminho que o Soberano Criador estabeleceu como padrão para
a humanidade. A Bíblia valoriza o ensino de pai para filho (Provérbios 1:8-19, 22:6, 23:22),
valoriza a sabedoria dos anciãos e das autoridades instituídas (Levítico 19:32; Deuteronômio
17:12; Provérbios 22:17) e critica os mestres que falham em sua tarefa de ensinar (Oséias 4:6;
2 Pedro 2).

Podemos ainda afirmar que não há nada de errado em aprender as técnicas desenvolvidas
pelos seres humanos (sejam eles cristãos ou não), ainda que elas também sejam usadas para
propósitos errados, como é o caso do bezerro de ouro, construído com as mesmas técnicas
usadas para fazer os utensílios do Tabernáculo de Moisés (Êxodo 32). O que fazemos com a
técnica que temos, quem adoramos através delas é que faz toda a diferença. Não é forma de
fazer, é quem faz.

Melhor ainda é observarmos que grande parte dos homens e mulheres de Deus relatados na
Bíblia foram excelentes em suas atividades terrenas: Abraão foi um rico fazendeiro, Moisés
um grande líder, Bezalel um grande artesão, José um renomado administrador, Salomão um
sábio admirado entre as nações…

Como abordei em um trabalho anterior, Deus é o primeiro artista (ALMEIDA, 2017), e ao criar
o Universo, também demonstrou técnicas diferentes. Ao separar a luz das trevas, ao criar os
astros e estrelas, ao dar vida às plantas e animais, Ele simplesmente ordenou (Gênesis 1:2-25).
Deus usou a técnica do falar: “Deus disse haja… e houve”. Contudo, ao criar o ser humano,
mudou a técnica, colocou a mão na massa e, ao invés de ordenar que houvesse vida, Ele a
soprou (Gênesis 2:7). Deus é criativo por excelência.

O CONCEITO DE UNÇÃO

Agora, se Deus não ensinou as técnicas a Bezalel, qual então foi o Seu papel quando o
chamou? Capacitá-lo de forma sobrenatural, não ensinando técnicas, mas aprimorando algo
que ele já tinha, elevando as obras de Bezalel para um nível de qualidade que apenas o poder
do Espírito poderia fazer, e ainda, direcionando-o para os propósitos do Reino de Deus. Aí
entra a unção.

No Antigo Testamento, a unção era um ato simbólico de derramar óleo sobre pessoas e coisas
para consagrá-las a Deus. Assim aconteceu com o Tabernáculo. Logo que Moisés o armou,
óleo foi derramado em todos os seus utensílios e nos sacerdotes escolhidos para que fossem
separados para o Senhor:

Pegue o óleo da unção, e unja o tabernáculo e tudo o que nele está, e consagre-o com todos
os seus pertences; e será santo. Vista Arão com as vestes sagradas, unja e consagre-o para que
me sirva como sacerdote. Faça com que também os filhos de Arão se aproximem, vista-os com
as túnicas, e unja-os assim como você ungiu o pai deles, para que me oficiem como
sacerdotes; sua unção lhes será por sacerdócio perpétuo de geração em geração (Êxodo 40:9,
13-15 – NAA).

Os reis de Israel, a começar por Saul, Davi e Salomão, foram ungidos antes de assumir o trono
(1 Samuel 10:1, 16:12-13 e 1 Reis 1:28-40). Elias ungiu Eliseu como profeta e seu sucessor (1
Reis 19:16). Da mesma forma, Jesus é identificado como o ungido de Deus, pois Messias (em
hebraico) e Cristo (no grego) significam “Ungido”. E por meio de Jesus nós também somos
ungidos de Deus:

Ora, é Deus que faz que nós e vocês permaneçamos firmes em Cristo. Ele nos ungiu, nos selou
como sua propriedade e pôs o seu Espírito em nossos corações como garantia do que está por
vir (2 Coríntios 1:21-22 – NVI).

Youngblood (2004) correlaciona a unção do Antigo Testamento com o Espírito Santo


derramado no Novo Testamento. Veja que Jesus foi ungido pelo Espírito Santo (Lucas 4:18-
19), e da mesma forma, a unção que recebemos de Jesus é através do derramar do Espírito (1
João 2:20, 27). É Ele ainda que nos permite ser efetivamente santos, ao completar a obra de
Cristo em nossos corações (Atos 1:8, Romanos 8:29). Não à toa, o óleo é um dos símbolos do
Espírito (CHO, 2007).

A partir destes textos podemos entender que a unção não é algo passageiro, não é algo que
simplesmente ocorre em um momento de poder, de ação do Espírito. Unção é um estado de
vida, é ser um cristão verdadeiro, que recebeu o Espírito Santo dentro de si e que vive a partir
dEle. É ser separado para Deus, é ser santo porque Ele é santo (Levítico 11:45). O Espírito
Santo não vai embora, então uma unção momentânea não é excelente. O cristão verdadeiro é
sempre casa de Deus, e Sua unção permanece em nós para sempre e em tudo o que nós
fazemos (1 João 2:27).

De modo nenhum isso significa que não possa existir algum momento em que o Espírito Santo
vá se mover de forma mais intensa, mais aparente. Existem momentos em que Ele “derrama
uma unção específica”, como costumamos dizer no jargão cristão, porém, este mover
momentâneo não é referência da nossa qualidade enquanto cristãos. Afinal, o Espírito já usou
Sansão que, de servo verdadeiro de Deus não tinha nada (Juízes 13-16), e até mesmo uma
jumenta (Números 22:27-33).
Na verdade, o Espírito age onde quer, da forma que quer e com quem quer (João 3:8). Pouco
podemos influenciar neste tipo de derramar, pois depende do desejo do Senhor, dos Seus
planos. A nós cabe estar disponíveis para que Ele faça o que planejou em Sua soberana
sabedoria. Esta é a nossa unção: a consagração diária e verdadeira, a separação do pecado,
vivendo uma vida conforme a vontade do Pai que reflete o caráter de Jesus.

Então, ser excelente enquanto cristão demanda ser, primeiramente, um cristão verdadeiro,
um ungido de Deus que está apto para fazer a obra do Evangelho conforme a Lei do Senhor.
Unção é, portanto, a outra dimensão da excelência.

TÉCNICA E UNÇÃO ANDAM JUNTAS

Agora chegamos na grande verdade do Evangelho: não existe separação entre a vida cristã e a
vida secular (SCHAEFFER, 2008). Não podemos simplesmente separar algumas formas de fazer
como espirituais, e outras formas de fazer como do mundo. Somos cristãos o tempo todo, seja
na igreja, em casa, no trabalho, etc. Todas as áreas da nossa vida são espirituais.

Nas palavras de Rookmaaker (2018, p.184) “a Bíblia ensina que confessamos com a boca o que
cremos com o coração. Há um aspecto interior e um aspecto exterior de nossa fé e os dois são
um”.

Jesus morreu na cruz para restaurar o nosso ser por inteiro, e é somente por conta do poder
do Messias e da amplitude do Seu sacrifício que todas as áreas da nossa vida estão submetidas
ao Seu senhorio. É somente por Ele que podemos ser seres humanos integrais novamente
(SCHAEFFER, 2010; ROOKMAAKER, 2018).

Assim sendo, não podemos separar a forma de fazer (técnica) de quem nós somos (ungidos de
Deus, cristãos). A nossa excelência depende de conjugarmos a qualidade no fazer e no ser, a
excelência na técnica e na unção.

O Espírito Santo nos ajuda, nos capacita a adquirir ainda mais qualidade na técnica que
conhecemos. Foi isso que Ele fez a Bezalel e a tantos outros na Bíblia. Essa capacitação é um
presente, um dom, mas também deve ser aprimorada, como nos diz a Parábola dos Talentos
(Mateus 25:14-30).

Da mesma forma, ter unção não é fazer com uma técnica diferente do mundo, mas usar a
mesma técnica, o mesmo conhecimento da melhor forma que eu posso, para um propósito
mais elevado, direcionado conforme os princípios do Reino de Deus e com subsídios do
Espírito Santo. Por exemplo, eu escrevo este texto em português, não porque é uma língua
ungida, mas porque é a língua que eu e você (que lê o meu texto) falamos em comum.
Adiantaria escrever este texto em hebraico? Você o leria se estivesse em grego?

A Bíblia foi escrita predominantemente em hebraico (Antigo Testamento) e em grego (Novo


Testamento) porque eram as línguas usadas no tempo em que seus livros foram escritos, não
porque eram línguas ungidas. Respeitando a língua e o pensamento de cada época, há um
grande conhecimento técnico aplicado nos vários livros do Cânon. Há poesias das mais
diversas, há histórias, parábolas, cânticos, biografias, genealogias… Uma riqueza de estilos e
formas de escrita que não descarta a unção.

Ao mesmo tempo, a unção não está na técnica de escrita da Bíblia, mas nos autores que foram
inspirados por Deus para esta tarefa. Contudo, a aplicação deles para cumprir esse chamado
com qualidade, encontrando a melhor forma, a melhor técnica para escrever o texto bíblico,
teve como resultado a riqueza literária que temos em nossas mãos hoje. A Bíblia é uma obra
de arte, rica em técnica e em unção.

Quando eu, um ungido do Senhor, uso toda a técnica que adquiri associada a capacitação
sobrenatural do Espírito Santo que habita em mim, tenho a possibilidade de fazer coisas
incríveis, aos olhos de Deus e dos homens. E ao fazer qualquer obra sob a direção e a unção
de Deus, para honrar e glorificar o Seu nome, é como se Ele próprio estivesse fazendo.

ASSISTA AOS VIDEOS RELACIONADOS A ESTE TEMA

#2 – Excelência e Mordomia
#4 – Técnica e Unção
#5 – Qual o limite da busca pela Técnica?
UNÇÃO x TÉCNICA
Unção ou técnica, o que é mais importante para um ministério de música? Você alguma vez já
se fez esta pergunta? Existem pessoas hoje que valorizam e priorizam mais a técnica, outros
alegam que a unção é mais importante, afinal de contas, quem está correto?
Interessante é que a unção fala da parte espiritual do Ministério, enquanto a técnica diz
respeito as questões de aperfeiçoamento da habilidade natural que cada músico possúi.
Diante dito seria possível unção e técnica andarem juntas numa apresentação?
Minha resposta para esta pergunta não é somente que podem, mas devem andar juntas.
Acredito que o grande problema está em diminuir ou excluir a importância de um ou outro,
chegando-se assim à uma posição extremista.
Temos na Bíblia um ótimo exemplo de unção e técnica caminhando juntas:

Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia
em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a
Ramá.
E o Espírito do Senhor se retirou de Saul, e atormentava-o um espírito mau da parte do
Senhor.
Então os criados de Saul lhe disseram: Eis que agora o espírito mau da parte de Deus te
atormenta;
Diga, pois, nosso senhor a seus servos, que estão na tua presença, que busquem um homem
que saiba tocar harpa, e será que, quando o espírito mau da parte de Deus vier sobre ti, então
ele tocará com a sua mão, e te acharás melhor.
Então disse Saul aos seus servos: Buscai-me, pois, um homem que toque bem, e trazei-mo.
Então respondeu um dos moços, e disse: Eis que tenho visto a um filho de Jessé, o belemita,
que sabe tocar e é valente e vigoroso, e homem de guerra, e prudente em palavras, e de gentil
presença; o Senhor é com ele.
E Saul enviou mensageiros a Jessé, dizendo: Envia-me Davi, teu filho, o que está com as
ovelhas.
Então tomou Jessé um jumento carregado de pão, e um odre de vinho, e um cabrito, e enviou-
os a Saul pela mão de Davi, seu filho.
Assim Davi veio a Saul, e esteve perante ele, e o amou muito, e foi seu pajem de armas.
Então Saul mandou dizer a Jessé: Deixa estar a Davi perante mim, pois achou graça em meus
olhos.
E sucedia que, quando o espírito mau da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa,
e a tocava com a sua mão; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito mau se
retirava dele.

1 Samuel 16:13-23

Antes de tocar no assunto de unção e técnica, gostaria de esclarecer o que está escrito no
versículo 14 deste mesmo capítulo que diz que um espírito maligno da parte do Senhor
atormentava Saul. Não foi Deus quem enviou espírito maligno à Saul, o fato é que os
escritores do Antigo Testamento não tinham a revelação completa de quem era Deus, Jesus
ainda não havia vindo para de fato revelar quem era o Pai, assim, tudo que era sobrenatural
lês atribuíam como sendo vindo de Deus. Quando estiver lendo o Antigo Testamento, perceba
que pouco se fala no diabo.
Continuando o assunto, no versículo 16 vemos Davi sendo ungido e a Bíblia diz que daquele
dia em diante o Espírito Santo, se apoderou de Davi. Já nos versos 15 e 16 os servos de Saul
sugerem que se busque alguém que toque harpa afim de que o rei Saul se achasse melhor
daquele tormento causado pelo espírito mal. Gostaria de frisar o que o rei Saul diz no
versículo 17: “Então disse Saul aos seus servos: Buscai-me, pois, um homem que toque bem, e
trazei-mo.”
Não deveria ser alguém que apenas alguém que tocasse, mas teria de ser alguém que tocasse
bem e todo sabem que para se tocar bem é necessário dedicação ao instrumento, estudar,
ensaiar, se aprimorar, é necessário que se tenha técnica. Se lermos os versículos seguintes
veremos que Davi cumpria esses requisitos, Davi era tanto alguém ungido, quanto talentoso
em seu instrumento, ou seja, percebemos muito claramente nesse texto das Escrituras a
unção e a técnica caminhando juntas. A técnica abre portas naturais e a unção portas
sobrenaturais, a técnica de Davi em seu instrumento fez com que se abrissem as portas do
Palácio do rei Saul, enquanto que a unção abria as portas para que o espírito maligno se
retirasse de Saul.
Saiba que o mundo está acostumado com boa música, são horas e horas de ensaio,
equipamentos caros, tudo para proporcionar o melhor som que se possa ouvir numa canção,
porém nós possuímos algo que o mundo não tem que é a unção do Espírito Santo para
ministrar e a Palavra de Deus, nossas canções podem quebrar jugos na vida de pessoas,
podem atingir corações e abençoar vidas, contudo, antes de chegar ao espírito, a música terá
de atravessar o corpo e a mente (alma) da pessoa, daí está a necessidade da técnica, por mais
ungido que alguém possa ser ao cantar, se este desafina por exemplo, ficará difícil para
alguém “receber” aquilo que está sendo cantado, será uma luta com a sua alma, esta irá
tentar distrair o ouvinte, a concentração se tornará difícil, porque a desentonação chamará
mais a atenção da alma do que o que está sendo cantado, ao contrário disso, uma música
tocada e cantada com técnica e unção encontrará menores obstáculos a serem quebrados e
assim a ministração da música surtirá mais efeitos.
Caro leitor, não deixe de aperfeiçoar o dom que Deus lhe deu, estude, se dedique, porém,
não deixe de lado a unção, consagre-se ao Senhor, tire tempo a sós com o Pai em oração e
meditação da Palavra. Seja um ministro de música equilibrado, se algo for feito para o Senhor
que seja com excelência. Lembre-se a unção abre portas sobrenaturais e a técnica portas
naturais.

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