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LENDAS E CONTOS DO ALTO MINHO

Índice
Lenda de Egas Moniz 1

Lenda da Senhora da Peneda


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Lenda O Descanso Eterno 3

Lenda da Coca 4

Carolina Reis
8º C / Nº 4
Lendas e tradições do Alto Minho

Webgrafia 5

Lenda de Egas Moniz

A batalha de Valdevez entre os exércitos de D. Afonso Henriques e Afonso VII de Castela não teve um
resultado decisivo para nenhuma das hostes envolvidas. D. Afonso Henriques retirou-se para
Guimarães com o seu aio Egas Moniz e com os outros chefes das cinco famílias mais importantes do
Condado Portucalense, interessadas na independência.

O monarca castelhano pôs cerco ao castelo de Guimarães mas o futuro rei de Portugal preferia
morrer a render-se ao primo. Egas Moniz, fundamentado na autoridade que a posição e a idade lhe
conferiam, decidiu negociar a paz com Afonso VII a troco da vassalagem de D. Afonso Henriques e
dos nobres que o apoiavam.

O rei castelhano aceitou a palavra de Egas Moniz de que D. Afonso Henriques cumpriria o voto de
vassalagem. Mas um ano depois, D. Afonso Henriques quebrou o prometido e resolveu invadir a
Galiza, dando origem a um dos momentos mais heróicos da nossa história. Vestido de condenado e
com corda ao pescoço, Egas Moniz apresentou-se com toda a sua família na corte de D. Afonso VII,
em Castela, pondo nas mãos do rei as suas vidas como penhor da promessa quebrada.

O rei castelhano, diante da coragem e humildade de Egas Moniz, decidiu perdoá-lo e presenteá-lo
com favores. Este ato heroico impressionou também D. Afonso Henriques, que concedeu ao seu
velho aio extensos domínios.

Pensa-se que esta terá sido uma estratégia inteligente por parte de Egas Moniz para que o primeiro
rei de Portugal pudesse ganhar tempo. Ao entregar-se, Egas Moniz ressalva a sua honrae também a
de Afonso Henriques, assegurando através da sua astúcia a futura independência de Portugal.

Carolina Reis
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Lenda da Senhora da Peneda

Reza a lenda que enquanto uma criança pastoreava as suas cabras, a Senhora apareceu-lhe em forma
de uma pomba branca voando ao redor dela e, pediu-lhe que dissesse aos do seu lugar da Gavieira
para lhe edificarem naquele lugar uma ermida. A pastorinha foi ter com os seus pais e falou da
aparição da Senhora, mas sem efeito, porque não lhe deram crédito, não acreditando nas palavras
dela.

Noutro dia, voltando a pastorinha com as suas cabras por aquelas mesmas paragens, tornou- lhe a
aparecer a mesma Senhora na mesma lapa, não como na primeira vez, em forma de pomba (como
ela referia) mas na forma em que hoje se vê, e lhe disse:
- "Filha, já que te não querem dar crédito ao que eu mando, vai ao lugar de Roussas (que fica na
mesma freguesia de Gavieira) onde está uma mulher entrevada há dezoito anos e diz aos moradores
do lugar que tragam à minha presença, para que ela fique de perfeita saúde, e assim te darão crédito
ao que eu te ordeno."

Assim o fez a venturosa pastorinha, e trouxe a mulher que se chamava Domingas Gregório. Tanto que
esta chegou à vista daquela Sagrada Imagem da Rainha dos Anjos, logo alcançou uma perfeita saúde
e ficou livre e sã de todos os males que padecia, louvando a Virgem Senhora pelo singular benefício
que lhe havia feito.

Nos dias de hoje, são muitos os devotos que louvam a Nossa Senhora da Peneda, tornando-se um
local de peregrinação e culto para milhares de fiéis.

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Lenda O Descanso Eterno

Conta quem tem muita fé e acredita na vida após a morte que, depois de o coração parar e o corpo
for encaixilhado e enterrado sete palmos abaixo da terra, muitas vezes o espírito volta à vida. Isto
deve-se ao facto de nem sempre as almas conseguirem ter o descanso eterno, pois, por algum
motivo, ficaram em dívida na vida terrena.

Conta a D. Etelvina que lá na sua terra havia muitos casos de almas penadas. Recorda, ainda muito
nova, de a sua tia lhe contar que uma vizinha apanhara um susto de morte com uma visão.

Um dia, andando a trabalhar na leira, a vizinha deixara-se ficar até ao lusco-fusco. Quando se
preparava para regressar a casa, viu uma senhora, já de uma certa idade, sentada numa das estacas
que delimitava a leira. Curiosa, a vizinha aproximou-se da senhora e perguntou-lhe se ela estava
bem, pois a cor que apresentava não era muito normal. Estava pálida como a cal.

A senhora disse para a vizinha que não estava nada bem, pois não encontrava o descanso que tanto
ansiava. Explicou então que precisava que a estaca onde se encontrava sentada fosse mudada cinco
metros para o lado, uma vez que a leira delimitada pelas estacas tinha tamanho a menos, pois um
dia, com a avareza, ela mudara a estaca de sítio.

A vizinha aceitou então fazer o favor à pobre senhora e mudou a estaca de sítio. Quando se voltou
para saber se estava bem colocada, descobriu que a pobre mulher tinha desaparecido
misteriosamente.

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Lenda da Coca

Era uma vez um jovem moço de gentil disposição e de grandes forças que nasceu de pais novos e
ricos, lá para os lados do oriente e a quem deram o nome de Jorge.

Desde novo se dedicou às armas, servindo o imperador Diocleciano no seu exército. O grande valor e
coragem que demonstrava nas batalhas fizeram-no ser estimado por todos os companheiros que o
nomearam seu tribuno e mestre de campo. Mas o Imperador que servia moveu uma impiedosa
perseguição aos cristãos, o que levou o valente guerreiro a descobrir a força que levava aquela gente
a preferir a morte a negar o seu Deus. Converteu-se a Cristo e jurou servir a sua vontade, dando
proteção e auxílio aos que dele necessitavam.

Andava um dia S.Jorge nas terras da Líbia quando escutou um grito e desesperado. Acorreu o jovem
guerreiro àquele apelo de ajuda. Quando chegou junto ao local de onde viera o grito deparou-se com
um terrível animal e uma jovem donzela. Era esse monstro um enorme dragão que tentava devorar a
jovem. S. Jorge não hesitou um segundo e, avançando de lança em punho, feriu de morte a fera
assassina.

Perante tal ato de bravura, a jovem, que S. Jorge vem a saber ser uma princesa filha do rei da Líbia,
impressionada pela heroicidade do cavaleiro, descobre a fé do santo, vindo também ela a
converter-se.

Muitos foram ainda os feitos de este santo guerreiro, desejoso de vencer o mal e fazer reinar o bem.
Por esta razão o povo de Monção celebra a vitória de S. Jorge sobre Coca no dia da sua maior festa, a
festa do Corpo de Deus. Assim celebram a luta contra o mal e o triunfo do bem.

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Webgrafia

- https://www.altominho.pt/pt/viver/lendas-e-tradi%C3%A7%C3%B5es/

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