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DOSSIÊ DO PROFESSOR ENTRENÓS 7

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Guiões de Leitura

GUIÃO DE LEITURA 1 | O CAVALEIRO DA DINAMARCA, de Sophia de Mello Breyner Andresen


[páginas 36-37]

1. Floresta no inverno: há muito frio (invernos longos e rigorosos), neve que cobre a terra e os telhados, os rios gelam,
os pássaros partem e as árvores ficam despidas. Os pinheiros são as únicas árvores que se mantêm verdes no meio
das florestas geladas.
Floresta na primavera: as bétulas cobriam-se de jovens folhas, leves e claras, que estremeciam à menor aragem, as
águas do rio recomeçam a cantar noite e dia. A floresta renascia, com flores, cogumelos e os animais (pássaros que
regressam, esquilos, abelhas) e a brisa sussurrava nas ramagens.
Floresta no verão: as manhãs são verdes e doiradas, colhem-se os frutos e as flores, relvas finas sob a sombra
luminosa e trémula dos carvalhos e das tílias.
2. A festa do ano e de maior alegria era a do Natal. Toda a família, amigos e criados do Cavaleiro ajudavam a manter as
tradições que se repetiam todos os anos: a preparação da comida, a limpeza da casa, a organização da mesa, a
partilha, a narração de histórias.
2.1. Num certo Natal, o Cavaleiro anunciou à família, aos amigos e aos criados que iria partir em peregrinação à Terra
Santa, pois queria passar o Natal seguinte na gruta onde Jesus Cristo nasceu.
3. Em Jerusalém, o Cavaleiro visitou todos os lugares santos, nomeadamente o Monte do Calvário, o Jardim das
Oliveiras, o rio Jordão e o Lago Tiberíade.
4. Na Gruta de Belém, o Cavaleiro rezou pelo fim das misérias, das guerras, pela paz e pela alegria no mundo. Pediu a
Deus que o tornasse um homem bom, honesto, justo e capaz de amar os outros. Pediu, ainda, que os Anjos o
protegessem na viagem de regresso a casa.
5. O Cavaleiro manteve-se na Palestina dois meses.
6.1. Entre a Palestina e Veneza, o Cavaleiro passou pelo Porto de Jafa, viajou pelo mar, e chegou à cidade de Ravena.
7. a. pequenas ilhas; uma das cidades mais poderosas; barcos finos e escuros; Aérea e leve, a cidade (…); fantástica,
irreal. b. Os palácios cresciam das águas; as águas trémulas dos canais. c. Não se cansava de olhar os degraus de
mármore, os mosaicos de oiro, as solenes estátuas de bronze; se refletiam as leves colunas dos palácios cor-de-rosa,
as pontes, os muros cobertos de sumptuosas pinturas, as igrejas e as torres.
8. Quem contou a história de Vanina e Guidobaldo ao Cavaleiro foi o Mercador.
8.1. Vanina, a menina mais bela de Veneza, era órfã e tinha como tutor Orso. Este
tinha-a prometido em casamento ao “velho, feio e maçador” Arrigo. Como
Vanina recusa este casamento, Orso prendeu-a em casa. A menina só à noite
abria a janela do seu quarto para pentear os seus perfumados cabelos loiros e
compridos. Muitos pretendiam namorar Vanina, mas receavam o seu tutor. Um
dia, um jovem capitão de um navio, Guidobaldo, ao sentir o cheiro dos cabelos
de Vanina, falou-lhe e ofereceu-lhe um pente de oiro. Começaram a namorar
às escondidas, contudo Veneza depressa ficou a saber deste amor.
Passado um mês, Guidobaldo pediu a mão de Vanina a Orso e este
ameaça-o, ordenando que saísse da cidade. Nessa noite, Vanina
fugiu com o seu amor, casam e desaparecem. Orso e Arrigo
queixaram-se à Senhoria de Veneza e ao doge, que
mandam navios à procura dos fugitivos, mas nunca os
encontraram.
9. O Cavaleiro chega a Florença no princípio de maio e
instala-se na casa do banqueiro Averardo.
10. A cidade de Veneza estava ligada ao comércio, com mercados onde se vendiam todo o tipo de
mercadorias. Florença é uma cidade mais artística, intelectual, cultural. Note-se que na casa do banqueiro falava-se
de matemática, astronomia, filosofia, pintura, poesia, arquitetura e música.
11. E havia tanto amor, tanta verdade e tanta beleza no seu desenho…; Giotto tornou-se assim o pintor mais célebre
daquele tempo.

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12. Filippo narrou a história de Dante ao Cavaleiro.


13. Dante escreveu A Divina Comédia a pedido de Beatriz, a sua amada.
13.1. Nesse livro é relatada a viagem de Dante ao Reino dos Mortos para falar com Beatriz. Seguindo a sombra de Virgílio,
Dante atravessa os nove círculos dos condenados, passa pelo Purgatório e chega ao Paraíso, onde se encontrava
Beatriz. Esta recomenda-lhe a escrita do livro para que os homens aprendessem a detestar o mal e a desejar o bem.
13.2. O Cavaleiro considerou aquela história a “mais extraordinária” que tinha ouvido em toda a sua vida e considerou
Dante um homem de grande autoridade respeitado e escutado por todos.
14. No convento dos frades, o Cavaleiro, doente e febril, delirava e receava nunca mais chegar a casa e cumprir a sua
promessa.
15. Em Génova, o Cavaleiro sentiu-se frustrado pois não conseguiu chegar a tempo de seguir num navio para a Flandres.
Como era fim de setembro, todos tinham partido. Dado que não conseguia arranjar transporte, o desespero apoderou-
se dele.
15.1. Ali, o Cavaleiro decide seguir viagem por terra, a cavalo, até Bruges, mesmo tendo que atravessar os Alpes.
16. O Cavaleiro seguiu para a cidade de Antuérpia, na Flandres, para tentar encontrar um navio que o leve para Norte e,
para isso, pede ajuda a um amigo banqueiro Averardo, o negociante flamengo.
17. Na casa do negociante, o Cavaleiro ficou espantado com o paladar da comida, temperada com especiarias para ele
desconhecidas, entre elas a pimenta.
17.1. A história de Pêro Dias impressionou o Cavaleiro pelo modo como este português conseguiu dialogar pacificamente
com os negros até ao momento em que se desentenderam e acabaram por morrer em combate; pelo facto da cor do
sangue ser igual nos brancos e nos negros; e pela coragem dos portugueses.
17.2. Por exemplo, diálogo entre os povos de raças diferentes; a igualdade; o respeito e a coragem.
18.1. Durante a travessia da floresta, o Cavaleiro teve que enfrentar o frio, o silêncio e a solidão. A neve cobrira todos os
rastos e a floresta tornou-se um labirinto. Além disso, teve que lidar com os lobos e um urso.
18.2. No regresso a casa, o Cavaleiro sentiu-se sobressaltado, cansado, com medo e receio, mas, simultaneamente,
ganhava ânimo e confiança ao pensar na sua família; acreditava que chegaria junto dos seus, pois tinha fé e rezou.
19.1. Razões que poderão ser apresentadas: o Cavaleiro era um homem de fé; o protagonista tinha realizado uma
peregrinação difícil e tinha aprendido imenso; era um homem diferente do que tinha partido, culto, crente, curioso,
determinado, um homem com valores.

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