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ISSN 2177-7993
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 Notas

Mobilize sua energia

mental e realize a
autocura
Energia Mental e Autocura é um
livro que visa proporcionar reflexões
acerca da vida subconsciente que
muitos de nós levamos, por meio da
qual se busca ser feliz pelo cultivo do
hedonismo (em que o prazer a qual-
quer custo tem primazia), resultando
em doenças mentais e físicas, como a
depressão, a ansiedade generalizada,
a síndrome do pânico, as doenças
degenerativas, etc.
Todos nós trazemos ínsito em nós
o potencial de mobilizar a energia superconsciência, isto é, a consciência
mental, proveniente de nossos pen- plena do espírito que se autoilumi-
samentos e sentimentos, em direção nou, transcendendo as dificuldades,
à autocura, bastando, para isso, que comuns na vida de todos nós.
busquemos a autoconsciência para
entrarmos em um movimento sau-
Energia Mental e Autocura
dável em relação à vida, porque a Por Alírio de Cerqueira Filho
nossa destinação como Seres criados Pedidos: (11) 2605-4651
por Deus para evoluir e crescer é a Loja virtual: www.rcespiritismo.com.br/loja

Vitrine

O que é a mente? Como se expli- O homem material aqui é cruci-

ca, hoje, o enigma da consciência?
Como produzimos os pensamentos?
Como funciona a memória? Por
que existem mentes que brilham?
Como entender as emoções e os
sentimentos? Conheça as respostas
para estas e outras dúvidas.
Os Poderes da Mente
Por Suely Caldas Schubert
Pedidos: (11) 2605-4651
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ficado para ressurgir como homem
não-material e entrar no grandioso
portão de conhecimento absoluto.
Assim, transpasse este limiar, úmi-
do com o suor de seu trabalho e
coroado com o sacrifício. Mais um
romance espírita consagrado.
Os Magos
Por Wera Krijanowskaia
Espírito J. W. Rochester
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5
Energia imanente e
Por Dalton Campos Roque
Quais são os tipos mais comuns
de energia e as diferenças entre a
energia imanente e a consciencial?
E mais: Por que certas pessoas lhe
são agradáveis e outras não?

6
e consciencial
M assa é matéria, e matéria é energia con-
densada. É um estado lento e denso da
manifestação da energia. É um agregado
denso de átomos que formam as moléculas.
Segundo a física, energia é a capacidade de
realizar trabalho. Existem diversas formas de ener-
gia conhecidas e que foram sendo descobertas aos
poucos, com o avanço da Ciência, da matemática
e da física. Algumas delas:
Energia hidráulica – força da água
Energia elétrica – força motriz dos elétrons
Energia cinética – força do movimento dos
corpos
Energia gravitacional – força da gravidade
Energia eólica – força dos ventos
Energia solar – força da luz
Energia térmica – força do calor
Energia nuclear – força das micropartículas do
núcleo do átomo
Algumas podem ser transformadas em outras,
mas, no final, são formas de energia. Muitas formas
de energia ainda serão descobertas, mas não pode
o homem se fechar para elas.
Desejo destacar duas formas de energia básicas
predominantes no Universo:
Energia imanente ou cósmica
A energia imanente está presente em todo o
cosmos, em todo o Universo. Ela permeia, nutre
e forma todo o Universo e todos os seres que nele
habitam. É também chamada de Shiva, pelos
Hindus.
Energia consciencial ou dos seres vivos
Todos os seres vivos são nutridos por esta ener-
gia imanente. Nós a absorvemos naturalmente e
a transformamos, aplicando nossas características
pessoais, e a exteriorizamos aonde vamos ou es-
tamos.
As movimentações mais comuns de energia são
a absorção e exteriorização.
Existem exercícios que ajudam a mobilizar
nossas energias, que também podem ser chama-
das de bioenergias. Há, ainda, exercícios físicos
e respiratórios que também auxiliam muito neste
processo, como vemos no yoga, no tai chi chuan
e na meditação. Ainda há a possibilidade de se
utilizar mantras. Mantras são sons que podem
ser entoados em voz ou mentalmente, e atuam
de duas formas: por um processo energético
chamado de ressonância ou por evocação de
uma ideia-sentimento. Esta ideia-sentimen-
to é chamada de egrégora ou holopensene.
Energia consciencial
Ouvimos tanto falar de energias, bioenergias e
energias conscienciais, mas o que é isto? Bem, na
medida do possível, vamos sempre tender para a
Ciência, que é uma corrente mais clara, objetiva
e de maior aceitação social.
O Universo é energia, e dentro desta vastidão
infinita existem muitas formas e manifestações
diferentes de energia. Einstein provou matematica-
mente que a matéria é energia condensada, e que a
luz é energia radiante (E=mc²). Pela física, energia é
algo capaz de realizar um trabalho, e assim, temos
diversas formas de energia: eólica (vento), cinética
(movimento), hidráulica (água), térmica (calor), quí-
mica, solar, nuclear, potencial, entre outros.
Basicamente, a energia do Universo pode ser
subdividida em duas formas: Energia imanente e
Energia consciencial. A energia imanente permeia
nente
Energia ima do o
e forma to
Permeia, nutre
os os seres
Universo e tod
gia co n sciencial
Ener e ida
anente absorv
É a energia im erísticas
a n sf o rm a d a , com as caract
tr
de cada ser
7
Energia imanente e consciencial
Veículos de manifestação
da Consciência
Evolução espiritual
Na ilustração, você vê um es-
quema simples do processo mul-
tidimensional e a manifestação de
nossos corpos em suas respectivas
dimensões. Evoluímos da dimen-
são mais densa para a mais sutil.
Observe a figura de baixo para
cima.
e forma todo o Universo e todos os espaços, até o
vácuo do espaço sideral. O “nada” é energia ima-
nente. Assim, a energia imanente é tudo aquilo que
não percebemos por vias diretas. São mais sutis,
são energias não formatadas.
Por outro lado, qualquer coisa que você perce-
ba, como: o corpo de seu amigo, o seu corpo, uma
mesa, um carro, uma caneta, uma planta, a sim-
patia de uma pessoa, o ódio de alguém, um passe,
uma aplicação de reiki, é tudo energia consciencial
ou energia formatada.
Ainda poderíamos subdividir a energia cons-
Segunda Lei de Newton
“Para cada ação corresponde uma reação
igual e contrária, ou seja, de mesmo sen-
tido e intensidade”.
F = m x a (onde f = força, m = massa, a =
aceleração)
Famosa equação de Newton: força é igual
à massa vezes aceleração.
Albert Einstein
Einstein acreditava que só a evolução
moral impediria uma catástrofe em nível
planetário.
Famosa equação de Einstein: Energia é
igual à massa vezes a velocidade da luz ao
quadrado.
E = m * C² (onde E = energia, m = massa e
C = velocidade da luz)
A noção de equivalência entre massa e ener-
gia, a do continuum quadridimensional e outras
descobertas de Einstein provocaram uma verda-
deira renovação no pensamento humano.
8
Consciência
Outras dimensões
Corpo Mental
6ª dimensão
Corpo Emocional - 5ª A consciência
dimensão ou Psicossoma é o seu “eu” mais
íntimo, profundo
Corpo Físico ‒ e puro onde não
3ª/4ª dimensões podemos sequer
imaginar.
ciencial em coletiva e individual.
Quando nos referimos aos corpos, seja de plan-
tas, animais ou homens, estamos nos referindo à
parte material e não à consciência que os habita.
Os corpos são feitos de matéria, e a consciência
não é matéria. A consciência cria tudo, inclusive
a matéria.
A energia consciencial individual é aquela ge-
rada por mim, por você, pelo cão, pelo gato. Ela é
gerada pelos pensamentos e formas-pensamento
humanos. Quando oro, desejo paz e amor ao mun-
do, emano uma energia consciencial individual
positiva em prol de algo ou alguém. Quando sinto
raiva, emano uma energia consciencial desequili-
brada contra algo ou alguém.
A título de curiosidade, um terapeuta, médico,
ou outro profissional de cura, se tiver boas energias
conscienciais, obterá melhores resultados que outro
profissional que não as tenha. Tendo pensamentos
bons e emoções equilibradas, teremos energias
conscienciais boas.
Por que certas pessoas lhe são agradáveis e
outras não? O campo de energia que algumas
pessoas exalam são muito positivos, enquanto
outras que são antipáticas têm um campo, uma
aura negativa. Para uma pessoa sensível à leitura
energética, você não esconde quem é, e assim é
fácil perceber até a idoneidade moral e o caráter
de outras pessoas.
Uma pessoa “azeda”, que vive reclamado, se
magoa com facilidade, está sempre sensível e in-
satisfeita, não pode ter uma energia boa. Qualquer
sentimento manifesta uma energia proporcional em
quantidade e qualidade, e não é difícil perceber
como as pessoas são, de fato, por dentro.
Planos ou dimensões
Multidimensionalidade ou muitas dimensões
são as dimensões existenciais da vida ou da cons-
ciência. Antes se acreditava que existiam apenas
três dimensões: comprimento, largura e altura.
Todos os seres vivos são nutridos por esta energia imanente.
Nós a absorvemos naturalmente e a transformamos em consciencial
Estas referências são relativas ao espaço físico
em que vivemos, mas, depois, através de Einstein,
veio a unificação pela relatividade. Então, o espaço
perdeu seu caráter isolado, e o tempo passou a ser
independente do referencial, criando o contínuo
espaço-tempo, ou entidade quadridimensional.
Os três eixos de um gráfico tridimensional (x; y; z)
estão limitados, necessitando-se de um quarto eixo (t)
para o tempo, pois os eventos acontecem no tempo. O
tempo não existe sem o espaço e o espaço não existe
sem o tempo. Na verdade, são a mesma coisa com
formas de manifestação diferentes. A Ciência, mes-
mo limitada a comprovações laboratoriais e a teorias
matemáticas lógicas, já admite a possibilidade da
existência de outras dimensões, e começam a surgir
livros de física com entonação espiritual.
As dimensões não são entidades isoladas umas
das outras, mas são continuamente interligadas
com infinitas subdimensões intermediárias. São
vários planos finos e sutis em superposição, como
a casca de uma cebola cósmica. Na verdade este
é um exemplo grosseiro, pois as dimensões não
apenas se superpõem, mas se permeiam também.
As dimensões crescem, evoluem ou se aperfeiçoam
da mais baixa para a mais alta ou da mais densa
para a mais sutil. Assim como existem frequências
da luz que nos são invisíveis aos olhos, também
existem dimensões invisíveis aos olhos.
Se Deus é a causa primária de tudo, e por isso
nada veio ou existiu antes dele, tudo foi criado por
Deus, que é Onipotente, Onisciente e Onipresente.
Deus não tem princípio nem fim. Na minha opinião,
o fato de estarmos restritos ou reencarnados em um
corpo físico nos impede de um melhor entendimen-
to deste processo. É algo como colocar uma CPU
ou processador de um computador superpoderoso
num brinquedo de corda de criança, onde ela (a
CPU) vai ficar subutilizada.
Se Deus não tem princípio nem fim, ou, se não
há princípio nem fim, então, não existe meio, só
existe o eterno e não existe o tempo. Se não existe
o tempo, mas o vivenciamos em nosso dia a dia e,
inclusive, usamos relógio, o tempo é uma sensação,
e a rigor não é real. Este é um processo transitório
da limitação multidimensional.
O tempo é relativo. Assim como há momentos
em nossas vidas quando duas horas se passam
rapidamente, parecendo ser cinco minutos, outros
cinco minutos parecem ser duas horas. Assim, é
fácil deduzir que o tempo é uma sensação men-
tal, e a sensação mental depende do nível de
consciência.
À medida que subimos nosso ponto de vista
para uma “dimensão” acima, a visão e o conceito
de tempo irá se modificando gradualmente, pois
estaremos aumentando o nível de consciência do
observador. Quanto mais acima, multidimensional-
mente falando, menor a sensação de tempo e maior
a sensação de eternidade instantânea, ou visão de
conjunto cósmica.
O autor é escritor, pesquisador e professor de temáticas
conscienciais. Pós-graduado (especialista) em Estudos da
Consciência com Ênfase em Parapsicologia e em Educação
em Valores Humanos, pelas Faculades Integradas Espírita
– Unibem. Site: www.consciencial.org.
9
 Campos e energias
Por Dalton Campos Roque Em nosso Universo, tudo é resultante das interações
energéticas. Dentro desse processo, a Consciência é o
princípio estruturador e organizador da matéria
O conceito de campo objetiva medir grandezas
não-mecânicas e foi utilizado por Faraday e
por Maxwell. Presente na descrição de fluidos
elaborada por Euler e Lagrange como uma aproxi-
mação, adquire consistência nas descobertas experi-
mentais de Faraday, formalizadas e completadas por
Maxwell, passando a corresponder a um elemento da
realidade. A mais sensacional consequência dessa
linha de pensamento foi a descoberta por Maxwell
da natureza da luz.
Campo é a região do ponto (unidimensional),
do plano (bidimensional), do espaço (tridimen-
sional), do espaço-tempo (tetradimensional) ou
do “espaço-situação” multidimensional, onde
podem atuar forças naturais ou artificiais não
físicas, onde podemos intuir, ponderar, mensurar
ou empirir as mesmas por meio de grandezas
físicas conhecidas ou desconhecidas, utilizando
hipóteses, teorias e evidências através de novas
analogias e metáforas.
Os fenômenos, quanto a seus componentes mi-
croscópicos básicos e suas interações mútuas, enfim,
toda variedade de forças (campos) do universo pode
ser compreendida em termos de apenas quatro
interações (ações entre os campos) fundamentais:
a gravitacional, a nuclear fraca, a eletromagnética
e a nuclear forte.
Ensina Einstein (lição corroborada cientifica-
mente pela física quântica):
“(...) consideramos a matéria como sendo consti-
tuída pelas regiões do espaço nas quais o campo é
extremamente intenso”, interpretando, em relação
à relatividade, que “neste novo tipo de física não
há lugar para campo e matéria, pois o campo é a
única realidade.”
Campo eletromagnético
Em qualquer condutor que seja atravessado por
uma corrente elétrica, cria-se em torno de si um
campo resultante, chamado de campo elétrico. De
toda bobina (fios enrolados em forma de espirais) per-
corrida por uma corrente elétrica emana um campo
eletromagnético. Esse campo é capaz de alterar o sen-
10
tido de uma bússola, conforme as circunstâncias. Não
atrai objetos de metal, mas os afeta eletricamente.
A interação eletromagnética é responsável pelas
propriedades gerais dos átomos e das moléculas,
dos sistemas em que átomos e moléculas aparecem
agregados em líquidos e sólidos, e pelas propriedades
químicas das substâncias. Na experiência cotidiana,
a interação eletromagnética aparece como o atrito, a
normal, a viscosidade e as forças elásticas.
Campo gravitacional
É uma propriedade material ou característica
inercial. Qualquer objeto exerce uma força gravita-
cional em torno de si, mas é uma força mínima para
ser percebida. Ela é perceptível em grande escala,
por exemplo, a planetária, pois os planetas, por serem
grandes em relação ao corpo humano, são percebidos
por nós. Qualquer objeto atirado para cima, voltará ao
planeta, a não ser que possua uma velocidade muito
grande (velocidade teórica de escape: 11,23 km/s
ou maior). A interação gravitacional é responsável
pelas estruturas muito grandes, como as galáxias,
sistemas planetários e estelares. Na experiência
cotidiana, a interação gravitacional aparece como o
peso dos corpos.
Campo nuclear (fraco e forte)
A interação nuclear fraca ou simplesmente
interação fraca é responsável pela transformação
espontânea de prótons em nêutrons (desintegra-
ção positiva) e de nêutrons em prótons (desinte-
gração negativa). A interação nuclear forte, ou
simplesmente interação nuclear, é responsável
por quase todas as propriedades dos núcleos
atômicos, mas não produz efeitos diretamente
observáveis na experiência cotidiana.
Campo bioenergético
Fizemos um longo rodeio para chegar até aqui. É
fato que antes do advento do microscópio, crer em
micro-organismos era misticismo; antes da desco-
11
Campos e energia
berta das ondas eletromagnéticas era loucura “crer
num receptor de rádio”. Quando falamos em campo,
citamos algo invisível para os olhos, mas seus efei-
tos são mensuráveis, portanto, detectáveis e assim,
“cremos” neles. Todos os campos-forças que citamos
nos itens anteriores são invisíveis aos olhos, mas já
constatados pela Ciência convencional.
O campo bioenergético é mais fino ou sutil e é
difícil de ser detectado por aparelhos. No entanto,
é fácil ser detectado por nós, pelos animais e pelas
plantas. Todo ser vivo possui à sua volta um campo
bioenergético. Até os vegetais o possuem.
Quando falamos em aura, chakras, bioenergias,
inevitavelmente estamos falando de campo, geral-
mente uma área indeterminada, onde atuam um
conjunto de energias imponderáveis pela ciência
acadêmica, mas, perceptíveis pela intuição e clari-
vidência do pesquisador sensitivo lúcido.
O homem integral
Corpo físico, corpo astral (interposto ao físico), campo
bioelétrico (duplo etérico, bioenergético) e a aura (resultante
dos pensamentos, emoções e, em um nível mais profundo,
dos sentimentos). Além destes, temos outros “corpos”
mais sutis, como o mental, o causal, etc., estudados nas
doutrinas orientais.
12
Se uma pessoa equilibrada
exterioriza energias conscienciais,
estas também serão boas, enquanto
o oposto também é verdadeiro.
A qualidade das bioenergias de uma
pessoa não depende da religião
O que é energia?
Energia é força, é a capacidade de gerar alguma
ação ou trabalho. No universo existem basicamen-
te dois tipos de energias: energia imanente (EI) e
energia consciencial (EC). A energia imanente é a
mesma coisa que a energia cósmica; é a mais pura
e permeia o tempo e o espaço. Todos nós estamos
contidos nela. A energia consciencial (EC) é fruto
da energia imanente (EI), que captamos do cosmos
através dos chakras e a formatamos com as carac-
terísticas pessoais através dos nossos pensamentos
e sentimentos.
Enquanto a energia imanente é impessoal e
totalmente neutra (nem boa, nem má), a energia
consciencial é pessoal e guarda características
próprias. Se uma pessoa equilibrada exterioriza
energias conscienciais, estas também serão boas,
enquanto o oposto também é verdadeiro. A quali-
dade das bioenergias de uma pessoa independe da
religião que ela frequenta, mas depende de seus
sentimentos (foro íntimo).
Quando a energia imanente atinge a atmosfe-
ra do planeta, ela já carrega as características do
ar, ou seja, se torna uma energia aérea. Quando
atinge a Terra, se torna energia telúrica e assim
por diante.
Na natureza tudo é energia, fato desvendado
por Einstein na famosa equação que correlaciona
matéria e energia: E=mc². A matéria é energia
condensada; a energia é matéria em estado radian-
te. Logo, “tudo” é energia em graus variados de
densidade. Desde o sutil até o mais denso, tudo é
energético e natural. No universo existem apenas
duas substâncias: a consciência (a causa ou prin-
cípio) e a energia (o efeito ou consequência). A
energia é derivada da consciência. A consciência
não é energia e é incognoscível.
 O ectoplasma
e a energia da natureza
Entenda por que a natureza constitui-se em fonte de equilíbrio, harmonização,
desintoxicação, assepsia e imantação energética
Por Templo de Fundamentos Umbandísticos Caboclo Ogum Beira-Mar
A natureza sempre fonte inesgotável de recur-
sos bioenergéticos para a criação, evolução
e sedimentação dos vários organismos que
a compõem. As antigas religiões orientais como o
Hinduísmo, Confucionismo, Budismo, além dos cul-
tos ameríndios e africanistas, sempre valorizaram
a natureza como essência catalisadora de energias
para equilibrar a psicofisiologia do ser humano.
É da natureza que se extrai os elementos ne-
cessários ao reajustamento das faculdades biopsi-
comotoras, tão importantes à mente, ao espírito e
a parte corpórea.
É na natureza que há uma maior interação entre
o plano material e o astral. Em contato com rios, flo-
restas, cachoeiras, mares, etc., absorvemos as vibra-
ções emanadas do Cosmo, que são recepcionadas
por estes sítios de captação fluidico-espiritual.
É na natureza que encontramos o habitat de
certas formas espirituais, de evolução diferente
dos seres humanos, chamados por alguns de gno-
mos, silfos, salamandras, ondinas, etc., o que na
Umbanda nomeamos como espíritos da Natureza.
Eles são os responsáveis pela manipulação etérea
dos materiais existentes nestes sítios vibracionais,
condensando partículas energéticas que muitas
vezes são utilizadas por caboclos, pretos-velhos,
exus e crianças, dentre outros, para trabalhos de
cura, desobsessão, neutralização de demandas e
assim por diante.
Tal importância têm estes seres na dinâmica
telúrico-cósmica que Allan Kardec, em O Livro
dos Espíritos, no capítulo destinado à categoria
e classe dos seres espirituais, cita a existência de
seres responsáveis pela proteção, cultivo e manipu-
lação de elementos atinentes aos diversos campos
vibratórios.
Com a anunciação da Umbanda no plano físico
14
em 15 de novembro de 1908, pelo Caboclo das Sete
Encruzilhadas, foram fixadas as diretrizes para o
correto e integral desenvolvimento desta corrente
astral. Dentre estas diretrizes, encontramos o culto,
o trato e o usufruto, por parte de médiuns e espí-
ritos, dos benefícios alojados nestes logradouros
naturais.
Contato com a natureza
O Caboclo das Sete Encruzilhadas sempre orien-
tava quanto a importância dos trabalhos efetuados
nos rincões da natureza, no tocante, principalmente,
à limpeza, reajustamento e fortalecimento dos cen-
tros de força (chakras) e plexos nervosos, desintoxi-
cação perispiritual e assepsia da aura.
Alguns pensam que as florestas, rios, mares,
pedreiras, etc. são lugares somente destinados a
louvação dos Orixás, o que é um engano. Em rea-
lidade, quando nos direcionamos a estes lugares,
somos nós, médiuns, que recebemos as graças e os
cuidados que todo aquele que serve de medianeiro
à ação dos espíritos bons necessita ter.
Durante uma gira ou sessão de Umbanda nos
campos vibratórios, somos ofertados por nossos
guias e protetores com uma contínua carga de
energias positivas, cujos elementos constitutivos
são retirados das flores, folhas, raízes, água doce,
água salgada, etc.
Neste aspecto, o trabalho de nossos amigos es-
pirituais é facilitado, pois estando seus médiuns em
contato direto com a natureza, e por isso, sujeitos à
influência das energias dali emanadas, a missão de
impregnação fluidica positiva torna-se mais eficaz,
o que seria difícil acontecer longe destes campos.
Devido ao acúmulo de cargas energéticas densa-
mente negativas sobre as cidades, produto do atual
estágio consciencial e comportamental das pessoas,
os fluidos dos sítios vibratórios sofrem, quando dire-
cionados a outro lugar, o ataque de energias nega-
tivas chamadas formas-pensamento e também de
espíritos de baixa vibração (kiumbas, magos negros),
que impedem, total ou parcialmente, que aquelas
energias cheguem ao seu destino.
Desta forma, a natureza constitui-se em fonte
de equilíbrio, reequilíbrio, harmonização, desin-
toxicação, assepsia, imantação e caridade, frente
aos trabalhos de Umbanda.
Um dos elementos bioenergéticos mais utiliza-
dos por caboclos, pretos-velhos, exus e crianças,
seja em atividades curativas, harmonizatórias
e, também, em neutralização de demandas, é o
ectoplasma.
O ectoplasma
O ectoplasma, que tem despertado um grande
interesse por parte das religiões mediúnicas e de
cientistas de todo o mundo, é uma substância ma-
terial, visível ou não, consoante sua quantidade
e densidade, absorvida e produzida pelo corpo
humano a partir da fusão e posterior metabolismo
de quatro fluidos: astrais (química astral); fluidos da
natureza (raios solares, raios lunares, gases, etc.);
e fluidos orgânicos e inorgânicos de nosso planeta
(minerais, vegetais e animais).
É de conhecimento também que o ectoplasma
localiza-se nas células humanas, constituindo-se
como uma parte etérica das mesmas. Esta matéria,
que em alguns casos de acúmulo excessivo e duran-
te as sessões de materializações apresenta-se como
15
O ectoplasma e a energia da natureza
uma geleia viscosa, de cor branca, semilíquida e
que sai através dos principais orifícios do corpo
humano (boca, narinas, ouvidos, etc.), é um dos
elementos integrantes de nosso corpo bioenergético
(duplo etérico), sendo o envoltório intermediário
entre o perispírito (corpo astral) e o corpo físico.
É o dinamizador da parte biofisiológica do ser hu-
mano encarnado. Dizem alguns que é encontrado
em maior quantidade na altura dos centros de
força (chakras) umbilical e básico. Não vamos nos
ater a discorrer sobre o emprego de ectoplasma na
materialização de espíritos e objetos, situações em
que deve haver um grande acúmulo de ectoplasma
nos doadores desta substância, mas sim, na sua
utilização por parte dos espíritos trabalhadores de
nossa elevada Umbanda.
Trabalhos de cura e magia
Os caboclos, crianças, exus e pretos-velhos (as
quatro formas fluidico-perispirituais de manifesta-
ção de espíritos na Umbanda) costumam utilizar o
ectoplasma de seus médiuns para os mais varia-
dos fins (lembre-se: espíritos não têm corpo vital,
logo não têm ectoplasma). Nos trabalhos de cura,
costumam aplicá-lo nos centros de força dos assis-
tentes, a fim de reequilibrar-se o fluxo energético
(absorção e emanação de energias).
Nos trabalhos direcionados ao desmanche de
baixa magia, as entidades potencializam a subs-
tância ectoplasmática, deslocando-a a lugares
onde está a origem material da feitiçaria (obje-
tos vibratoriamente magnetizados), passando a
manipular tais materiais, desmagnetizando-os e
16
As materializações
A materialização, de acordo com a Doutrina
Espírita, é o fenômeno mediúnico no qual
um espírito desencarnado ou um objeto
qualquer, não proveniente do mundo físico,
torna-se visível e tangível. É, portanto, uma
manifestação de efeitos físicos.
Afirmam as obras espíritas que, para que
um espírito desencarnado materialize o
seu perispírito ou um objeto inexistente
no mundo físico, ele tem que fazer uso
de uma substância semimaterial exalada
pelos seres vivos em geral e, em maior
quantidade, pelos médiuns de efeitos
físicos, chamada de ectoplasma.
neutralizando as demandas.
Devido aos espíritos utilizarem o ectoplasma
humano em algumas tarefas onde há a necessi-
dade deste fluido vital, muitos médiuns, ao tér-
mino de uma sessão ou gira, sentem-se fatigados,
cansados, exauridos de energia, e com apetite
aguçado. Esta situação ocorre em grande parte, e
em vários graus, conforme a quantidade sorvida,
em razão da retirada de parte do ectoplasma do
médium por parte dos espíritos trabalhadores. É
um acontecimento natural, facilmente dirimido
pela ingestão de líquidos como água pura, sucos,
comestíveis, e, se possível, um ligeiro repouso.
Após um curto espaço de tempo o ectoplasma
volta a seu nível normal. Este ainda é um assunto
a ser mais explorado. A cada dia surgem novas
informações sobre este nobre fluido que é de
suma importância para a humanidade. O que se
deve ter em mente, principalmente por parte dos
médiuns sérios, é que a maior qualidade do fluido
vital ectoplasmático está diretamente ligada aos
hábitos do indivíduo, enquanto membro de uma
sociedade heterogênea.
Portanto, é de suma importância que não se
abuse de bebidas alcoólicas, fumo e sexo, que,
se ingeridos ou praticados em demasia, poderão
influenciar na maior ou menor eficácia de deter-
minados trabalhos espirituais.
Texto elaborado pelo grupo de estudos do
Templo de Fundamentos Umbandísticos
Caboclo Ogum Beira Mar
Rua Hamilton Prado, 306. Vila Formosa, São Paulo. SP
Mais informações: www.ogumbeiramar.com.br
 Fitoenergética
e a transformação interior
As plantas, em todo seu contexto, possuem grande capacidade de oferecer
energia vital. Sua utilização deve ser aliada à busca pelo conhecimento da
causa das doenças, ou seja, uma expansão da consciência
A o entendermos que a maioria das doenças
deriva dos pensamentos e emoções em dese-
quilíbrio, passamos a ter uma maior noção de
conjunto com relação à missão das plantas para
a humanidade. Começamos, também, a perceber
que, se aprendermos a manter a harmonia de
nossas emoções, também descobriremos a cura,
assumindo a nossa responsabilidade nas dores e
doenças que adquirimos.
A realidade é que o ser humano vive um estilo
de vida que não lhe traz capacidade de enxergar
recursos e possibilidades que o Universo envia. O
curioso é que a maioria dessas opções é oferecida
abundantemente na natureza, e com simplicidade,
mas como não estamos conscientes tudo passa
despercebido.
As plantas, em todo seu contexto, possuem
grande capacidade de oferecer energia vital,
que é rapidamente assimilada pelos seres vivos.
Elas armazenam um padrão de força sutil, como
perfeitos veículos de manifestação da consciência
divina. Esse padrão energético, que assimilamos
com admirável facilidade, auxilia em nosso ree-
quilíbrio interior.
As plantas têm sido amigas de jornada, ofere-
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18
cendo emanações curativas e energizantes. Quan-
do nos alinhamos ao coração do Reino Vegetal e
sua missão, aproveitamos melhor essa dádiva e
começamos a descobrir um universo inimaginável
de beleza e transformação para o bem.
Energia das plantas
Quando falamos da ação curativa dos vegetais,
associamos essas propriedades ao efeito das compo-
sições químicas – elementos e compostos que atuam
sobre nosso organismo exercendo diversas funções.
Essa antiga medicina é conhecida como Fitoterapia.
No entanto, a Fitoenergética apresenta uma aborda-
gem totalmente diferente, que exalta o poder oculto
das plantas, relacionado às propriedades vibracio-
nais. Ou seja, à energia sutil contida nelas.
Assim como tudo no planeta, o corpo físico dos
seres vivos possui uma vibração energética própria.
Esse campo vibracional – campo bioelétrico, corpo
bioplasmático, anatomia sutil, campo energético,
duplo etérico, entre outros – é similar a um campo
de energia eletromagnética, que envolve e inter-
penetra a matéria.
Os eventos que ocorrem no corpo físico refletem
no corpo energético e vice-versa. É nesse campo
energético dos seres que a energia dos vegetais
atua – daí a sua eficiência.
A fitoenergética é um sistema natural de cura
e equilíbrio que fornece uma ferramenta simples,
acessível e eficiente contra as doenças da alma.
A terapia da energia das plantas atua além dos
campos da medicina tradicional, que é estrutura-
da apenas na questão orgânica e física, que, na
maioria dos casos, não pode explicar as verdadeiras
causas das doenças.
A fitoenergética não só propõe tratamentos
alternativos de eficiência comprovada, como esti-
mula a busca pelo conhecimento da causa, ou seja,
a expansão da consciência.

Os seres humanos se tornam sensíveis a todos os
tipos de influências negativas quando seus aspectos
mentais e emocionais estão fragilizados, tornando-
os extremamente vulneráveis. O uso adequado da
fitoenergética colabora com o equilíbrio em todos os
aspectos (físico, emocional, mental e espiritual).
Esta terapia pode ser usada amplamente para
complementar qualquer tratamento com remédios
alopáticos. Um exemplo prático é o uso comum de
medicamentos ansiolíticos (para tratar a ansieda-
de) e antidepressivos que, na verdade, não curam
a causa, são apenas paliativos, ou seja, apenas
controlam a doença, mas que podem gerar mais
de 200 efeitos colaterais já catalogados.
O uso desses remédios é indicado apenas em
casos agudos e, ainda assim, temporariamente, pois
não atuam na causa e nem estimulam a cura. Além
dos efeitos adversos, que “desligam” a pessoa
de sua realidade conflitante e criam um estímulo
“sintético” para enfrentar a vida. Se um problema
tem origem nos conflitos que uma pessoa vive em
sua realidade de emoções e pensamentos, esse é o
ponto desequilibrado e é neste mesmo ponto que
deve ser tratado.
Como, atualmente, o uso acentuado desses
medicamentos é uma realidade, vale a dica de
fazer tratamentos fitoenergéticos adequados,
utilizando-os em paralelo aos tratamentos médicos
convencionais, o que pode criar resultados rápidos,
com efeitos significativos, criando bem-estar em
todos os aspectos.
A fitoenergética não faz a pessoa anular a sua
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percepção de realidade, mas traz força e confian-
ça para ela evoluir no seu mundo de emoções e
sentimentos, enfrentando e vencendo os desafios
dessa sua realidade.
Esse conjunto de qualidades cria um estado de
espírito de proteção e paz, adjetivos mais do que
interessantes para que qualquer um consiga trilhar
por uma via harmoniosa e segura de transformação
interior, sem mistérios e sem complicações.
O nascimento da fitoenergética
A fitoenergética foi descoberta em 2002, como
fruto de uma extensa pesquisa realizada pelo pro-
fessor e terapeuta Bruno J. Gimenes. Em oito anos
de atendimento em consultório de terapia holística,
realizando mais de 3 mil consultas, Gimenes detec-
tou o uso indiscriminado dos remédios controlados,
além da intensificação das doenças emocionais,
comprovando que o ser humano estava longe de
entender a verdadeira origem dessas doenças e a
forma de tratá-las.
Estes acontecimentos motivaram o professor a se
tornar, também, um pesquisador, que hoje aplica esta
técnica inédita – que, além de aproximar o homem da
natureza e de sua verdadeira essência, proporciona
equilíbrio, saúde e transformação interior.
Saiba mais sobre esta técnica
com o livro Fitoenergética – A energia das plantas
no equilíbrio da alma. Mais informações em
www.luzdaserra.com.br.
19
 As quatro direções
e os
animais de poder
A sabedoria xamânica nos propôe a conscientização
Por Ernani Fornari
da nossa relação íntima e integrada com a Natureza
N as tradições xamânicas, assim como nas orien-
tais, a religião, a filosofia, toda a vida gira em
torno da ideia da Unidade. De que toda a
Criação é um só organismo, interagente e interde-
pendente. E absolutamente consciente!
Esta é uma ideia central do xamanismo (e do
oriente) – que toda a Criação é consciente. Os mine-
rais, animais, vegetais, seres humanos (e todos os ou-
tros que provavelmente existem), todos expressam,
cada um segundo sua natureza, a mesma eterna e
absoluta Consciência.
Dentro desta perspectiva, podemos dizer que todo
o Universo está dentro de nós, que não há nada fora
20
de nós que não tenhamos (ou que não saibamos) e
de que realmente necessitemos (até de comida tem
gente que já prescinde...). O que necessitamos é nos
(re)lembrarmos de nossa natureza real, a Unidade.
Quando a humanidade criou seus deuses
e símbolos, o que se estava fazendo, na ver-
dade, era colocar fora do homem o que ele já
tem dentro, mas não entra em contato, não
desenvolve. Poderes, talentos, qualidades, vir-
tudes. Então, criamos personagens-símbolo
que vão espelhar para nós o que pensamos que
não temos, e que pensamos que pode vir de
fora, que pode ser dado por alguém poderoso.
Quando eu adoro um deus, ou peço uma
qualidade de um animal de poder ou de uma
direção, estou, na verdade, puxando de dentro
de mim mesmo estas mesmas qualidades.
Considerando que toda a Criação é Consci-
ência e movimento (ou permanência e imper-
manência, ou ainda, absoluto e relativo), todas
as tradições se ocuparam em compreender e
codificar este complexo movimento universal
criando diversos sistemas dialéticos, e também
em entender e instrumentalizar o uso da energia
cósmica, produzindo diversas leituras, métodos
e técnicas.
O que vamos focar aqui é o sistema desen-
volvido pelas tradições nativas norte-ameri-
canas com a sabedoria das Quatro Direções e
dos Animais de Poder. A Roda de Cura é uma
roda de pedra com as 4 direções demarcadas.
Esta formação geométrica tem a capacidade
de funcionar, assim como acontece com as
pirâmides, captando e concentrando energia.
A Roda de Cura simboliza a roda da vida
com seus movimentos, fases e significados
característicos.
 Leste: Índio começa contando do Sul: É a direção da juventude, da alegria,
leste, que é de onde vem o Sol, a Luz.
do jogo de cintura, da criança interior. É
O Leste é o início. O início da vida na
a direção do elemento água, das emoções,
fase do nascimento e da primeira infância. É a
dos sentimentos. O sul está relacionado ao nível
primavera, o início do ciclo das estações. É o ele-
emocional e à cor vermelha. E também ao verão, a
mento fogo. A cor amarela. O Leste está relacio-
época da vida em que se está com mais energia, mais
nado ao nível espiritual, e ao princípio masculino.
calor. O sul tem como animais principais o coiote e
É a águia. A águia é o ser vivo que voa mais alto e
o golfinho. O coiote é o grande trapaceiro, sempre
chega mais perto do Sol (da Luz). A águia decola
pronto a nos dar uma rasteira quando nosso ego infla.
de dentro do burburinho dos eventos da vida, e de
É a chamada “ironia do destino”. O golfinho fala do
cima, observa de forma ampla e neutra estes even-
alegre fluir das emoções (da água), consciente da
tos. Sem envolvimento emocional, consciente da
impermanência da vida.
transitoriedade deles. E quando mira um objetivo,
mergulha nele, absolutamente concentrada, captura
a presa e volta para a perspectiva do alto. A medi- Oeste: É a direção que se relaciona
tação treina muito bem a mente para este tipo de com o inconsciente, com os processos
funcionamento. Aprender a observar sem julgar. terapêuticos e a cura, com a meditação,

21
As quatro direções e os animais de poder
O lobo representa o professor, aquele que ensina. Assim como o cão,
também tem uma forte relação com o coletivo, com a matilha, a alcateia
com os estados transpessoais, com o mergu-
lho interno. É a direção que expressa o prin-
cípio feminino. Fala do elemento terra e do
outono, a fase adulta da vida. O oeste está re-
lacionado também ao nível físico e à cor preta.
O animal desta direção é a ursa, que parte do tem-
po está na superfície, no mundo externo, e parte
do tempo entra na caverna, no silêncio do mundo
interno e no contato com as outras dimensões.
Norte: É a direção que tem a ver com
os mestres e com a ancestralidade. Tem a
ver com a sabedoria e com o conhecimen-
to. Com o elemento ar e com o inverno. O norte
está relacionado ao nível mental e à cor branca.
O animal do norte é o búfalo, com suas quatro patas
bem conectadas com a terra e os chifres conectados
com o céu.
Como utilizar na prática estas informações:
Sempre que você necessitar puxar de dentro de
você alguma qualidade, você pode meditar de frente
para a direção que você quer para liberar esta qua-
lidade, ou pode ainda dançar para a direção. Pode,
22
Alguns outros animais mais
representativos
Beija-flor: fala da alegria, do amor, de sugar o
néctar (captar a essência). O beija-for é o único pássaro
que para no ar e dá marcha-ré, expressando as “retiradas
estratégicas” que às vezes temos que empreender.
Cobra: a cobra fala do tato (a cobra não ouve nem
enxerga muito bem, mas sua sensibilidade táctil é impres-
sionante), da transformação (da troca de pele), do bote
certo no alvo, de administrar bem seu próprio veneno. A
cobra é o único animal, cujo corpo todo toca a terra.
Formiga: assim como o urso, a formiga fala da vida
na superfície (no exterior) e dentro da terra (no interior).
Mas enquanto o urso representa o individual, a formiga
representa o coletivo, a cooperação, as relações, a organi-
zação, a disciplina.
Lobo: representa o professor, aquele que ensina.
O lobo, assim como o cão, também tem uma forte relação
com o coletivo, com a matilha, a alcateia. O cão também
representa a fidelidade e o supremo desapego de dar a
própria vida por uma causa. É um animal do sul.
Gato: a flexibilidade, a paciência e a concentração
no objetivo, a independência.
Cavalo: a força e a capacidade de trabalho, a velo-
cidade, a virilidade e vitalidade.
Coruja: o mergulho no oculto, no inconsciente,
na sombra (na noite). A coruja também está relacionada
ao mestre, ao professor e, consequentemente, ao conheci-
mento e à sabedoria. É uma ave relacionada ao oeste.
ainda, vestir o manto do animal, imaginando que o
animal se sobrepõe à você vibrando aquelas quali-
dades desejadas.
Ernani Fornari é especializado em yogaterapia,
alinhamento energético e outras técnicas. Infor-
mações: (21) 2266-7286. www.ernanifornari.com.br
 Ouça as gravações antigas em
nosso canal no Youtube:
www.youtube.com/vivenciaespiritualista

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Envie-nos um e-mail:
editora.vivencia@hotmail.com
 Magia de
Umbanda
Por Géro Maita Quais são os elementos mais comuns utilizados e quais
são o seu poder de ação?
A ntes de abodarmos este tema tão pouco
compreendido e muitas vezes interpretado
de forma negativa, vejamos o que podemos
entender pela palavra magia
Magia (não confundir com mágica ou truque)
antigamente chamada de Grande Ciência Sagrada,
pelos magos, é uma ciência oculta que estuda os
segredos da natureza e a sua relação com o homem,
criando, assim, um conjunto de teorias e práticas
que visam ao desenvolvimento integral das facul-
dades internas, espirituais e ocultas do homem,
até que este tenha o domínio total sobre si mesmo
e sobre a natureza. A magia tem características
ritualísticas e cerimoniais que visam entrar em
contato com os aspectos ocultos do Universo e da
Divindade. A etimologia da palavra magia provém
da língua persa, magus ou magi, que significa
sábio. Da palavra magi também surgiram outras,
tais como magister, magista, magistério, magistral,
magno, etc.
Dentro do ritual umbandista, temos, ainda pou-
co estudadas e pesquisadas, uma série de magias
ligadas às forças dos orixás, que vemos diariamente
praticadas dentro dos centros de Umbanda.
Vale lembrar que muitas pessoas, ao lerem
este artigo, vão pensar no lado negativo desta
magia. Infelizmente, isso ocorre devido aos inú-
meros anúncios que temos hoje, disponibilizados
pelos “Pais e Mães de Postes”, onde comercia-
lizam amor, dinheiro e ilusões, usando indevi-
damente a imagem dos orixás, pouco estudados
em seus fundamentos sagrados, despertando do
leigo uma imagem negativa sobre a magia e sua
utilização dentro da Umbanda.
Nos atendimentos mediúnicos realizados em
centros de Umbanda, notamos, muitas vezes,
com os guias espirituais que lá se manifestam,
a utilização de determinados elementos que, do
24
lado magístico, tomam formas, cores e realizam
funções visando sempre o bem-estar e equilíbrio
energético do assistido e dos espíritos que neste
local são levados para serem tratados. Esta prá-
tica é necessária, ou seja, certos elementos são
utilizados, pois, em algumas situações, temos a
ativação do lado energético negativo de alguns
elementos, conhecidos por espíritos trevosos,
onde esta energia é acoplada no campo áurico e
chakras das pessoas atacadas, criando sensações
negativas, obsessões complexas e até podendo,
através de uma doença, conduzir o indivíduo à
morte. O tratamento para estes casos, além da
reforma moral do assistido, se processa com o
uso de certos elementos, da forma como abaixo
seguem relacionadas:
Defumação
A defumação pode ser composta por
ervas que são relacionadas como “purificado-
ras” ou “equilibradoras” ou com resinas como
olíbano, incenso, etc... A mesma atua em todo o
campo energético de casas, comércios e pessoas,
removendo todas as formas parasitárias, além de
energias densas lá existentes, promovendo o equi-
líbrio físico e emocional das pessoas que lá vivem.
Nas defumações, temos 3 elementos ativos: fogo
(brasa no carvão), ar (condutor das energias vege-
tais) e a erva utilizada.
Velas
As velas não dão luz a nenhum espírito,
como muitos pensam, mas, após uma consa-
gração, que podemos entender por “endereço
energético”, onde a mesma abre um portal ígneo,
energias emocionais ou mesmo o acúmulo energé-
tico de pensamentos são consumidos por esta força,
manipulada por espíritos peritos nesta prática.
A Umbanda não se utiliza do método de leitu-
ra do “choro” (maneira como a parafina escorre
nas laterais da vela), pois isso ocorre variando de
acordo com a corrente de ar no ambiente e, muitas
vezes, pela qualidade da parafina na composição
da vela.
O ato de se acender velas para anjo de guarda,
como já vimos, não é para dar luz ao mesmo, mas,
para que o espírito se utilize desta energia para
nosso benefício energético.
Fumo
O fumo, na Umbanda, não está
propriamente ligado ao ato de viciar
médiuns, lembrando que o guia não
fuma, ou seja, ele “pita”, pois coloca a fumaça
dentro da boca do médium sem deixar a mesma
ir para a garganta, somente para envolver este
fumo com o ectoplasma do médium, utilizando
este para agir também na purificação de chakras
e no equilíbrio dos mesmos. Esta prática, na
Umbanda, está ligada a lei dos “assopros”, onde
vemos, às vezes, sem o elemento, o guia fazê-los
no ambiente.
Azeite de oliva
O azeite funciona como um “ácido
vegetal” que promove a higienização
de “cascões espirituais”, ou seja, for-
mas parasitárias mais resitentes que
consomem o campo energético das
pessoas. Usa-se o azeite também para a entrada
de casas, centros e comércios, colocando-o dentro
de um copo com água, que, acredita-se, funciona
como um “para-raio”, onde energias densas no
ambiente são sugadas e purificadas no mesmo.
Bem, estes são alguns dos elementos utilizados
dentro da magia mais simples, na Umbanda, que de
forma rápida abordamos. Hoje, existem cursos que
orientam detalhadamente os rituais praticados dentro
da mesma e sua ação no plano espiritual. Antes de
qualquer mudança promovida pelos elementos, de-
vemos praticar a lei do bom senso, da reforma íntima
e acima de tudo, da fé, pois sem isso ficará difícil.
Os responsáveis pelos nossos problemas somos nós
mesmos, então, deve partir de nós a maior magia que
envolve a nossa transformação íntima.
Géro Maita é sacerdote umbandista do Centro
Espiritualista de Umbanda Esperança.
Avenida Melchert, nº1.000 A. Vila Matilde
São Paulo, SP. www.umbandadobem/ceu
25
 exus: agentes da
transformação
Por Wagner Borges Eles operam em climas pesadíssimos e são craques em
dissolver as energias pesadas emanadas pelo ódio
Ilustração: Marcelo Correia

26
E nquanto eu preparava o material para a
primeira aula do curso de Orientalismo e Es-
piritualidade (com ênfase nos ensinamentos
dos Upanishads, percebi uma certa manifestação
energética por fora do meu apartamento. Fechei
os olhos e concentrei-me para verificar o que era.
Pulsei luz no meu chakra frontal e nas mãos, en-
quanto erguia os pensamentos e sentimentos ao
Supremo Amor para sintonizar a consciência com
as energias elevadas.
Fora do apartamento (moro no quinto andar),
em pleno ar, surgiu uma fenda escura. Eu sabia
que era uma passagem interdimensional para o
plano extrafísico. Do outro lado da mesma, muito
embora eu não pudesse vê-los diretamente, esta-
va um grupo de exus que trabalha nos ambientes
pesados do Astral desmanchando as porcarias que
os encarnados encomendam aos seus asseclas de-
sencarnados que patrocinam certos processos de
magia trevosa.
Eles operam em climas pesadíssimos e são
craques em dissolver as energias pesadas emana-
das pelo ódio. Costumam trabalhar associados às
egrégoras afro-brasileiras, principalmente as da
Umbanda. São espíritos que não costumam apa-
recer ostensivamente e não são dados a floreios
espirituais. São bem diretos e falam na cara o que
for preciso, sem qualquer dose de concessão ao ego
de quem os escuta. Dentro de sua maneira direta
de agir, eles não suportam pessoas hipócritas nem
espiritualistas que complicam o serviço com os seus
problemas corriqueiros. Também não gostam de
pessoas que trabalham sem honra no caminho e
apenas voltadas para a resolução de suas proble-
máticas infantis.
Apesar de aparentarem um jeitão meio agres-
sivo (quem os critica não trabalha com as energias
pesadas que eles tem que aturar a toda hora nem
tem metade da raça desses amigos que operam
no Umbral e que tanto ajudam a humanidade sem
receberem o mínimo reconhecimento), respeitam
muito a quem trabalha verdadeiramente voltado
para a Espiritualidade Superior. Em muitas oca-
siões de minha vida, fui ajudado por esses exus e
27
Exus. agentes da transformação
outras entidades ligadas às atmosferas psíquicas
afro-brasileiras. Por diversas vezes, principal-
mente em projeções da consciência com resgates
extrafísicos dificílimos, esse pessoal me ajudou e
protegeu, sempre de forma limpa e sem me cobrar
coisa alguma.
Alguns desses grupos extrafísicos trabalham
ligados a diversos mestres espirituais que ajudam
invisivelmente a humanidade. Servem nos planos
densos sob o comando secreto dos mentores que
patrocinam o esclarecimento espiritual planetário.
São eles que seguram as barras pesadas nos am-
bientes crosta-a-crosta e nos planos extrafísicos
densos (umbralinos). São eles os amparadores
que descem as furnas malígnas para enfrentar o
mal que se esconde do olhar dos homens sem fé
e sem coragem.
Sim, são eles que se revestem de coragem e par-
tem para os combates com os agentes extrafísicos
patrocinadores e exploradores das trevas humanas
que se escondem aos olhos dos homens, mas que
são observadas por esses exus-amparadores. São
eles que ajudam muito a proteção de diversos gru-
pos espiritualistas e nunca são reconhecidos pelos
mesmos (muitos grupos estão mais preocupados
com a pureza doutrinária do que com a verdade
que se apresenta e precisa ser evidenciada de
forma universalista)
Nesse instante, enquanto escrevo essas linhas,
sinto a presença do Pai Joaquim de Aruanda,
amparador preto-velho ligado às vibrações da
Umbanda e que também já me ajudou em muitas
projeções. É ele que está patrocinando esse con-
tato espiritual com os exus amigos e permitindo a
manutenção das vibrações sadias que me inspiram
a escrever tudo isso.
Voltando ao relato com o qual iniciei esses es-
critos, os exus que estavam do outro lado da fenda
interdimensional me passaram uns toques espirituais
Recado aos simples de coração
Um dos exus ainda me disse o seguinte:
“Se você vai escrever mesmo o nosso recado, então vai
fundo. Escreve tudo mesmo.
Pode esperar que você será criticado por isso. Dane-se!
Faz com honra e verdade e dane-se o que os hipócritas de
plantão pensam.
Os obsessores deles que se entendam com eles. Se
você faz o seu serviço com convicção e é guiado pela Es-
piritualidade Superior, manda ver! O seu coração sabe o
quanto de verdade que há nesse nosso papo. E tem muita
gente que entenderá o recado sim. E não é aquela gente
que se acha espiritualizada não (se acham muito espertos,
mas dançam feio em muitas situações que só a galera do
invisível é que vê)
Quem entenderá esse recado são as pessoas simples
de coração e de mente. A elas o nosso respeito.”
28
importantes. Alguns deles são de cunho pessoal e
referem-se a um processo extrafísico pesado no qual
estão envolvidas algumas pessoas que estou tentando
ajudar. Porém, alguns dos toques são de cunho geral
e poderão ser úteis para a reflexão de outras pessoas
que estudam a Espiritualidade.
Aliás, esse foi o motivo que me fez correr aqui
para o computador e escrever logo para não es-
quecer posteriormente.
A lei de ação e reação
Vou colocar por tópicos para facilitar:
“Muitas pessoas que correm para os lugares
espiritualistas em busca de ajuda não merecem
ser ajudadas. Não fazem nada para melhorar, só
querem que alguém tire o peso de seus cangotes.
O ser humano é muito falso mesmo. Vai pedir
ajuda espiritual como se fosse um perseguido e
injustiçado, mas nem conta sobres os desejos cruéis
que carrega e que são a causa de sua desdita.
Os obsessores são tinhosos mesmo e perturbam
muito, principalmente se a pessoa lhes dá fartura
de pensamentos ruins na cachola e lhes dá a gua-
rida de suas energias.
Algumas porradas espirituais que as pessoas
levam são bem merecidas. Quem manda mexer
com o que não deve? Quem enfia a mão no vespeiro
quer ser ferroado. Depois não adianta reclamar!”
As pessoas olham muito para os defeitos dos
outros. Por isso não têm tempo de enxergarem suas
próprias mazelas. Mas os obsessores adoram vê-las,
ao vivo e em cores, direto dentro delas mesmas, de
preferência acoplados juntos e fazendo a festa.
Quem trabalha direito e segue seu caminho com
honra não precisa de proteção espiritual. A luz de
seus propósitos já lhe protege e inspira. Porém,
em alguma necessidade a mais, pode contar com a
gente mesmo. Nem precisa pedir. Quem é raçudo
no rala-rala da vida e ainda pensa no bem dos ou-
tros merece ser tratado com o devido respeito.
Tem muita gente fazendo coisa braba para os
outros. Problema delas! Vão se ferrar, mais cedo
ou mais tarde. Tudo o que elas mandarem na in-
tenção de alguém irá voltar para elas mesmas lá
na frente.
Quanto maior for a má-intenção de alguém,
maior será a chusma de espíritos perversos agar-
rados em suas energias.
Tem muita gente rezando para acabar com al-
guém ou para conquistar a força o que não merece.
Ah, eles vão se ferrar!
A maioria das pessoas não tem vergonha na
cara. Rezam pouco, pensam mal dos outros, estão
cheias de medo e ainda deixam a guarda aberta por
causa de seus rolos emocionais. Depois ainda ficam
se perguntando o porquê de tantas coisas ruins
Imagem: bigstockphoto.com
O dinheiro não é capaz de comprar uma noite de sono com a consciência tranquila.
E é durante o sono que muita gente se ferra no Astral
estourando em suas vidas pequenas e apagadas.
A grana que o pessoal paga em algum lugar
para fazer coisa braba para os outros poderia ser
usada para ajudar os pobres. Quem faz isso merece
as porradas espirituais que leva e os obsessores que
arrasta em sua companhia.
O dinheiro não é capaz de comprar uma noite
de sono com a consciência tranquila. E é durante
o sono que muita gente se ferra no Astral. Tem
espírito brabo doido para fungar em seus cangotes
e sugar suas energias. E tem gente que ainda acha
que é pesadelo.
Quem é justo tem a proteção que merece. Pode
sair do corpo sem susto. Está em casa e não tem o
que temer. Pode voar por aí e aproveitar as horas
de recreio espiritual. Os guias espirituais os orien-
tarão e os protegerão de qualquer coisa, desde que
sejam justos.
Muitos já nos chamaram de polícia do baixo as-
tral ou de lixeiros do Astral inferior. Pela parte que
nos toca, muito obrigado. Mas nós somos mesmo
é ajudantes de serviços gerais no Astral. Fazemos
o que é preciso e justo, sem passar dos limites que
os Maiorais da Espiritualidade nos determinaram.
Nenhum de nós é traíra! Somos o que somos.
Somos honrados e ninguém nos compra. E ai de
quem tentar nos enrolar com promessas falsas ou
intenções ruins.”
Enquanto finalizo esses escritos, também está
presente um dos amparadores do grupo de Ramatís
supervisionando tudo.
Um último esclarecimento: Como elemento
interdimensional consciente e que percebe outros
planos e seres espirituais, é minha tarefa passar
para o plano físico muito do que vejo como forma
de esclarecimento espiritual universalista. Alguns
entendem isso, outros não. Não importa. Não escre-
vo para agradar a doutrina ou o condicionamento
de ninguém mesmo. Só sei que apesar dos defeitos
que tenho, os propósitos que movem o meu traba-
lho são justos e que tento caminhar com honra na
tarefa que me foi designada pela Espiritualidade.
Agradeço muito ao Grande Arquiteto Do Uni-
verso pela oportunidade de viver na Terra e de
andar com a mente e o coração abertos a tudo
aquilo que seja positivo e criativo na manifestação
da vida. Na casa secreta do meu coração, há espaço
para todas as correntes de trabalho espiritual que
fazem o bem para a humanidade.
Wagner Borges realiza cursos e palestras no
Instituto de Pesquisas Projeciológicas
e Bioenergéticas, em São Paulo.
Mais informações: www.ippb.org.br ou (11) 2063-5381.
29
 Amparo, assédio
e possessão
Dependendo do seu padrão emocional e pensamentos,
Por Dalton Campos Roque
você poderá atrair espíritos assediadores ou
amparadores, que, neste caso, o auxiliarão
C onceituarei amparo como sendo o relaciona-
mento espiritual do amparado intrafísico (ser
ou consciência encarnada) com o amparador
extrafísico (ser ou consciência desencarnada).
O amparo positivo é o baseado na cosmoética (e
não nas boas intenções sem discernimento conscien-
cial). Visa à evolução das consciências (amparador
e amparado), ao fomentar o autoaperfeiçoamento,
baseado no esforço próprio, sem paternalismo e com
esclarecimento sadio.
Todos têm um amigo espiritual sadio ou podem
tê-lo, se o desejarem, por meios do empenho na
senda do comportamento cosmoético, ou seja,
desde que lutem efetivamente pelo melhoramento
íntimo, o amparo é providenciado. Seu amparador
é alguém (uma consciência extrafísica ou espírito
desencarnado) semelhante a você (talvez até um
pouco melhor) em cultura, ideal e potenciais bioe-
nergéticos, intelectuais e conscienciais.
O amparo negativo é baseado em interesses
bioenergéticos e de poder. Exemplo: os assediado-
res protegem um determinado mendigo (alcoólico
e toxicômano), de doenças e outros riscos à integri-
dade física, a fim de manterem vivo aquele negativo
portal interdimensional. Eles bebem, fumam, fazem
sexo e tomam drogas por meio daquele ser. Podem
proteger os negócios de um alto empresário que
faz muitas pessoas e funcionários sofrerem, para
vampirizarem aquelas energias de sofrimento.
Amparo positivo eventual
Quando você ajuda alguém, você faz as se-
guintes amizades: o encarnado que você ajudou
e o desencarnado, o amparador do ajudado, além
de membros da família extrafísica do encarnado
assistido, que podem eventualmente compor sua
oficina extrafísica de amigos sadios.
30
Amparo negativo eventual
Quando você tem qualquer sentimento negativo
contra alguém, os assediadores extrafísicos deste
captam imediatamente suas energias negativas,
vindo para cima de você em apoio. Incentivam
você a fim de que, cada vez mais, prejudique
(com seus pensamentos e sentimentos) a quem
eles odeiam.
Assédio eventual
Em determinados dias, horas e locais que você
não está muito bem quanto aos sentimentos e,
por consequência, mal, energeticamente, vendo
e sentindo suas energias com “fissuras”, os asse-
diadores que tiverem afinidade com você “vão cair
matando”, e quando ficarem satisfeitos (se ficarem
satisfeitos), irão embora.
Assédio constante
Eis aqui um dos mais graves fatos oriundo de
vidas passadas. Nossas vítimas do passado, man-
tendo intacto ódio visceral, nos perseguem inces-
santemente durante uma ou mais vidas inteiras,
a fim de procurar a vingança eterna. Costumam
não (querer) perceber que nós mudamos ao longo
dos séculos, de que já não somos a mesma pessoa
que as prejudicou (ou a mesma pessoa que elas
pensam que as prejudicou) em um momento do
passado, até remoto.
Existem grandes assédios que têm cura em
curto prazo; existem pequenos assédios que não
têm cura em curto prazo.
Possessão maligna
A possessão maligna é oriunda de erros graves
do passado, de sentimento de vingança e forte
afinidade bioenergética. A possessão consiste em
31
Ilustração: Marcelo Correia
 Amparo, assédio e possessão
domínio da vontade do desencarnado (espírito)
sobre o encarnado. Dessa forma, são muito comuns
crimes hediondos pelo mundo afora. Há deter-
minados casos de dupla personalidade que não
são frutos da esquizofrenia, mas da prevalência
da mente mais forte de ânimo, de desencarnado
obsessor sobre a mente de vontade mais fraca, do
encarnado obsidiado. O exercício das práticas de
assistência e da cosmoética fazem crescer a sadia
força de vontade e alimentam a autoestima e a
autoconfiança, para que o obsidiado se desven-
cilhe dessas consciências extrafísicas vingativas
lentamente.
“Semipossessão” benigna
É uma expressão metafórica. Não existe pos-
sessão ou semipossessão do amparado em relação
ao amparador. Privilégio de abnegados e operosos
trabalhadores espirituais, quando do desempenho
de suas tarefas de assistência maior a outras cons-
Ilustração: Marcelo Correia
32
Muitos palestrantes, sem se darem
conta, estão recebendo o apoio de
espíritos benfeitores que os inspiram,
seja no tema da palestra, seja durante
a mesma, sem ou com incorporação
ciências. Acontece nos trabalhos de assistência
espiritual regular, metódica e disciplinada, pessoal
e grupal; em trabalhos com bioenergias, tarefas
energéticas pessoais, cursos e palestras com bons
sensitivos, já com prática e bem-treinados para isso
desde o curso intermissivo.
O amparador, mentor do trabalho no momento,
acopla e “domina” o médium, e discreta-
mente faz todo um trabalho bioenergético,
e o médium, consciente, lúcido e de comum
acordo, cede o corpo e as energias em “se-
mipossessão” benigna, voltadas ao alcance
do melhor resultado para o universo (para o
bem de todos).
Outras formas de relacionamento bioener-
gético e acoplamento (obsessão ou amparo)
já bem conhecidas:
(a) Encarnado-encarnado
(b) Encarnado-desencarnado
(c) Desencarnado-encarnado
(d) Desencarnado-espírito
Essas formas de relacionamento podem
ser obsessões ou amparo, conforme a quali-
dade da energia que compõe o processo no
momento.
Realmente, somos uma espécie primária,
tendentes ao primitivismo comportamental.
Estamos mesmo em evolução lenta e gra-
dual. Este planeta é um “hospital-escola”,
“manicômio judiciário”, “colônia penal de
almas enfermas”, ou, simplesmente, “ralador
de egos”.
A evolução se dá de qualquer forma, por
bem ou por mal. O mal é relativo; serve de
instrumento do bem. Tudo pesa a favor da
evolução, até as piores “desgraças” coletivas.
Tudo está no seu devido lugar. A administração
da Justiça Cósmica é perfeita e infalível. Nela
não existem falhas. Dela não provêm acasos,
coincidências, fatalidade, injustiças ou eventos
inexplicáveis do destino.
NOVIDADES LÚMEN EDITORIAL
EMOÇÃO EM CADA LINHA!
APRENDIZADO EM CADA PÁGINA!
UMA LONGA
ESPERA
Romance de Alexandre Villas
Psicografia de Fátima Arnolde
Rodrigo recebeu nova
oportunidade para
aprender a amar. E
resgatar seu passado.

PONTE DAS
LEMBRANÇAS
Romance de Schellida
Psicografia de Eliana
Machado Coelho
Ciúme, orgulho e
vingança fazem sofrer.
Só o verdadeiro amor e o
perdão podem ser pontes
para uma vida feliz.

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LENTULUS - ENCARNAÇÕES DUDA, A REENCARNAÇÃO

DE EMMANUEL DE UMA CACHORRINHA
Pedro de Campos Tanya Oliveira

Não foram poucos os contatos Nada é mais “fofinho” do que um

mediúnicos feitos com o médium cãozinho em nosso lar. Amigos fiéis,
Chico Xavier que o informaram verdadeiros membros da família, eles
sobre o fato de Emmanuel, seu despertam nossos cuidados e amor
mentor, ter vivido na Roma Antiga, como a um filho. Os laços criados
em épocas distintas, movimentando entre homem e animal transcendem
dois personagens ilustres da o entendimento comum. Na maioria
família dos Lentulus. A primeira das vezes, só os que vivenciaram
personalidade teria sido cônsul experiências nessa área conseguem
da República, chamado Públio realmente compreender as nuances
Cornelius Lentulus Sura, em Roma. emocionais desta relação tão
A segunda teria sido seu bisneto, particular. Assim, não é por acaso
Públio Lentulus, senador romano que a questão da espiritualidade
que se deslocou para a Palestina, e dos animais tem despertado a
ali conheceu Jesus frente a frente. atenção de milhares de pessoas.
Lidando com energia
Portais interdimensionais, vampiros,
magia negra... que universo é este que
podemos encontrar no mundo espiritual?
Por Dalton Campos Roque

V ocê, leitor, poderá estranhar esta lista de per-

guntas, mas foi criada na vida real, por um
estudante, e divulgada na internet, em uma
lista de discussão de que participei. Eu a respondi
e guardei as respostas em meus arquivos. Agora, é
oportuna a divulgação de minhas respostas, para
ajudar outras pessoas.

O que são rituais e magia?

Existem rituais que evocam forças a fim de mani-
pular todo o tipo de energia, desde as mais densas,
até as mais sutis, com finalidades saudáveis ou
nefastas. Mesmo que nós não as entendamos, essas
manipulações existem. Qualquer forma que utilize a
energia para fins negativos, desequilibra o aparelho
gerador e causa a si e aos demais prejuízos sérios.
Existem muitas formas e exercícios de captar mais
energia utilizando muito mais o poder da mente e
da vontade, mas existem específicos rituais para
cada finalidade.Se você deseja saber se este ou
aquele ritual funciona, estude, leia e experimente
com prudência e intenções sãs.

Os espíritos desencarnados podem ler os pen-

samentos e emoções dos encarnados?
Depende! Assediadores comuns talvez não
consigam ler os pensamentos, mas, com relação
às energias e emoções, sim. É através disso que
o obsessor sintoniza com sua vítima energética, a

34
 as fora do corpo

35
Ilustração: Marcelo Correia
Lidando com energias fora do corpo
Os portais interdimensionais sadios são zonas ou perímetros
energéticos, monitorados por consciências superiores, a fim de
servirem como caminho ou estradas astrais para seus transeuntes
fim de vampirizar as energias por afinidade. Uma
pessoa carente sexualmente pode apresentar a
aura na cor laranja, sinal que o obsessor que a
detectou sabe que poderá vampirizar sexualmente
essa pessoa. Eles podem realizar esta psicometria
conosco durante a vigília, durante o sono comum,
durante o desprendimento sonambúlico (viagem
astral inconsciente) e ao longo do desprendimento
espiritual consciente, até certo ponto. Quando des-
crevi assediadores comuns, foi justamente isso que
quis dizer, pois existem assediadores de alto nível
técnico, também chamados de magos negros (e
outros técnicos de diversos níveis de conhecimento
intermediários), que são profundos conhecedores
de psicologia, parapsicologia e espiritualidade, mas
são maus por opção lúcida. Nossos amparadores
(que nos conhecem bem e a nossa ficha kármica),
estes sim, podem ler nossos pensamentos, pois
estão em íntima sintonia conosco.
Você já ouviu falar sobre as zonas astrais de
adaptação, lugares onde os recém-desencarnados
permaneceriam até tomar consciência plena da
própria morte? Como funcionam?
A forma que se encontra depois que se desen-
carna, depende do karma (mérito e/ou demérito) do
desencarnado, de suas ações durante a vida, de seu
conhecimento espiritualista, da capacidade bioener-
gética, de como ele aceita a desencarnação e pelo
grau de apego à matéria. Os maus ficam como que à
própria sorte, não por desamparo, mas, por estarem
densos, não conseguem ser acessados pelo amparo.
Muitos nem amparo mesmo merecem, e vão ser es-
cravizados por suas vítimas mais recentes ou remotas,
que habitam as dimensões densas do astral.
A rigor, não existe zona astral de adaptação
delimitada. Há os bons espíritos, conforme “n”
variáveis, que podem ser acolhidos em postos
intermediários, antes de chegarem a uma colônia
definitiva, mas muitos vão direto para a colônia
definitiva e lá recebem o melhor amparo. Estes
postos avulsos das colônias são chamados de postos
avançados. Alguns são móveis, conforme necessi-
dade dos resgates espirituais.
O cordão de prata, em uma pessoa saudável,
pode ser rompido por vontade própria? Esse
36
rompimento causa a morte imediata ou o corpo
entra em coma?
O cordão de prata só pode ser rompido por pes-
soas que tenham alto domínio bioenergético (alto
domínio da kundalini) e causa a morte imediata.
Este tipo de pessoa só romperá o cordão de prata no
momento certo, o momento exato do desencarne,
por possuir alto nível de consciência.
A saída definitiva do corpo ou projeção final, por
aquele que domina completamente as bioenergias,
se dá pelo chakra coronário, de forma lúcida, e faz
com que as energias mais densas permaneçam no
corpo, o que o protege por mais tempo.
O que acontece se o corpo astral for destruído
durante uma projeção?
O corpo astral ou psicossoma é indestrutível.
Como é vista a “caçada” aos vampiros astrais
e obsessores conscientes do mal que provocam
em suas vítimas? Se o corpo astral desses espíritos
inferiores for destruído, eles deixam de existir
definitivamente?
Todo obsessor ou assediador, como queira, é um
vampiro, e toda noite e durante o dia inteiro estão
em nossas casas, locais de trabalho, templos, igre-
jas e institutos, tentando sugar todos que puderem.
Todo assédio é um autoassédio, e por nossos assé-
dios somente nós somos responsáveis, pois o asse-
diador se vale de nossos defeitos e pontos fracos,
que eles sabem bem quais são, e são patrocinados
por assediadores maiores, que promovem cursos
no astral a fim de ensinar a assediar, vampirizar e
a acessar a ficha kármica, que não passa de leitura
energética da vítima.
Como tudo está previsto na lei de causa e efeito
ou karma, eles têm livre acesso à crosta do planeta,
pois é aí que habitam mesmo, embora sejam ab-
solutamente todos monitorados pelos assediadores
maiores, que a todo mal coordenam. Se você deixar,
eles o destroem literalmente e se puderem ainda o
desencarnam, algo muito raro, mas não impossível
de acontecer (eles podem assediar um motorista
em trânsito e causar um acidente fatal), mas se
acontecer, suas brechas kármicas permitiram.
Nenhum corpo astral pode ser destruído, seja
por amparador, seja por assediador. Somos cons-

ciências eternas e imortais. Nós jamais morremos,
nós nos transformamos e evoluímos, portanto essa
questão está fora de cogitação. Só perdemos o psi-
cossoma quando não precisamos mais reencarnar,
mas para chegar a esse ponto faltam milhares de
vidas para todos nós. Não nos iludamos.
Não existe caçada aos “vampiros astrais” como
você perguntou. Sejam obsessores, magos negros ou
qualquer outra consciência sofredora, o livre-arbítrio
de todos é respeitado pelos amparadores, que não
ferem a cosmoética, jamais. A própria lei natural
do karma se encarrega de administrar as reencar-
nações dessas consciências, no momento propício.
Até mesmo resgates compulsórios são planejados
dentro da cosmoética.
Numa projeção para fora do corpo, um mago
negro pode romper meu cordão de prata?
Nem os amparadores nem os obsessores podem
romper o cordão de prata. Você só desencarna
quando for a hora, designada por seu karma pes-
soal. Quando chega a hora de alguém desencar-
nar, não adiantam médicos, santos, amparadores,
tecnologia de ponta. Ainda hoje, em pleno século
XXI, gente teórica ensina o mito segundo o qual
Ilustração: Marcelo Correia
quem se projetar pode ter seu cordão de prata rom-
pido. Esse ensinamento é desinformação de quem
apenas teoriza (“projetor de livro”) e, por não ter
experiência (prática) com projeção da consciência,
incita as pessoas ao medo. Nenhum obsessor rom-
perá seu cordão de prata.
O que é portal dimensional ou simplesmente
túneis e portais?
Os portais interdimensionais (interdensionais)
sadios (sejam qual forem seus nomes e apelidos)
são zonas ou perímetros energéticos monitorados
por consciências superiores a fim de servirem como
caminho ou estradas astrais para seus transeuntes,
para níveis mais elevados e sutis ou densos e baixos
do astral. Há portais trevosos também, monitorados
por consciências malignas que levam a planos mais
densos. Pouco conhecidos por nós, pouco explora-
das, quase ausentes da literatura sobre temáticas
extrafísicas. Os tubos de luz, presentes nas EQM
– Experiências de Quase Morte, por exemplo, são
portais interdimensionais. Podem possuir vários
formatos: circulares, quadrados, triangulares,
trapezoidais, etc. Não há muita complicação, não
importa como os chamem.
37
Despertando nossas
Em entrevista exclusiva, Luiz Antonio Gasparetto, médium e psicoterapeuta,
fala sobre a reeducação da alma e o poder das sombras
Por Victor Rebelo
Q ual é o tema central dos seus
estudos, atualmente?
Gasparetto – Basicamente,
o ser humano e o seu funcionamen-
to interior. Exploro isso tudo.
Por exemplo... culpa é preten-
são. Quem é muito pretensioso
vive se culpando. Culpa é a doença
do pretensioso, do fantasioso.
O universo interior, como a fé...
O que as pessoas chamam de fé é
uma adoração aos elementos de
opressão da religião. Se você es-
tuda profundamente, se choca ao
saber como as coisas têm sido tão
mal colocadas... por que? Porque não houve uma
investigação.
Então, tenho feito isso até por uma questão de
querer ajudar as pessoas e isso está me levando
por um caminho maravilhoso, estudando e mer-
gulhando na natureza profunda do nosso espírito
e na descoberta de que existe um universo que
não é astral, físico e nem energético. É o universo
espiritual, em que nós também gravitamos. Por
exemplo, quando você perde um “pedaço” da sua
alma – e você perde; a depressão é a perda de um
pedaço da alma – a gente vai no mundo espiritual,
traz o “pedaço” de volta e a pessoa está curada.
Tenho feito isso, inclusive, nos meus programas,
com várias pessoas.
Uma experiência como a depressão é a perda de
um elemento interior que ela perde contato devido
a uma série de situações. Quando você volta a ter
contato, quando isso volta, você muda completa-
mente. Então, a descoberta, pra mim, de que o
universo espiritual é um universo a parte, que não
tem nada a ver com desencarnar, com o astral, me
levou a um interesse maior por este universo, que
os xamãs, mesmo, conhecem bem.
Ao entrar nestes elementos, os espíritos foram
38
me dando muito conhecimento
com relação a estrutura espiritual.
Somos seres de princípios, que são
uma espécie de unidades do mundo
espiritual, que tem potencial, tem
qualidade. Nosso espírito é como
um conjunto de dons, uma estrutura
como o DNA, com um potencial de
dar características, com uma divisão
entre dons de luz e de sombra. Dons
de luz são dons da inteligência, da
permanência, da sequência, da dife-
renciação, etc., enquanto os dons de
sombra são aqueles que produzem
as estruturas que a gente chama
de matéria, energia... são qualidades, tão da gente
quanto a genética.
Então, eu comecei a explorar isso e fui perce-
bendo que, ao longo da nossa evolução, temos
estruturas interiores, inconscientes, que compõem
o nosso espírito, que são forças da vida em nós.
São as sombras...
Temos cinco sombras importantes. Uma delas é
a que chamo de “bicho”. É a saúde, que lida com
a estrutura do corpo físico, do corpo astral... lida
com corpos.
Nós temos uma sombra que lida só com o senso-
rial, com os sentidos. É onde se expressa uma das
grandes forças do espírito que é a alma; onde se
expressa a mediunidade, enfim, onde se expressa
toda a sensação, onde a consciência acontece. É
um corpo sensório e é dirigido pela consciência
organizada do espírito. Então, o que chamo de
sombra é a energia organizada do espírito.
Temos uma, por exemplo, que lida com o ambien-
te. Ele não é considerado, pela estrutura espiritual,
como algo fora de nós, mas sim, como um “pedaço”
da gente. É a gente. Somos um centro que cuida do
nosso ambiente. Esse centro é o que faz a nossa vida,
o nosso destino e também cuida da nossa integridade.
forças interiores
O centro também é proteção. Faz com que, apesar truturas desenvolvidas, e para que teu espírito venha
da aventura da evolução, você se mantenha “você”, a todo, tem que ter estrutura avançada; estruturas de
que te regenera pra sempre, não importa o que você nível espiritual, e quanto mais desenvolvidas, mais a
passa. É um sistema extraordinário. consciência divina em nós se manifesta.
Ainda com relação a estas forças em nós, temos Então, os espíritos vêm me dão as ideias, mas
a mente. A mente é uma estrutura, também, de eu quero é prática. Por exemplo, tem a pomba-gira
sombra. É onde eu atuo com todas as outras. Naná, que, na verdade, é uma mulher, mas, a sombra
Eu comecei a estudar essas estruturas do ponto sensória dela, a sensualidade é muito desenvolvida,
de vista espiritual, não apenas do ponto de vista como todas as mulheres dessa linha espiritual.
físico ou energético.
Então, a energia vem de princípios espirituais.
Veja um átomo, por exemplo. O que faz com que
aquele átomo e partículas atômicas tenham de-
terminada característica? É o princípio espiritual.
“Magia é a arte de lidar com
Tudo tem princípio espiritual. Não falo da energia,
mas de onde vem a energia. Quando você atua no o mundo dos princípios...”
mundo espiritual – mundo dos princípios – você
está fazendo magia. Magia é a arte de lidar com o
mundo dos princípios.

Quando você começou a juntar isso tudo...

Gasparetto – Eu fui experimentar. Será que é
verdade? Vamos ver!
Porque eu sou assim, sou um homem de expe-
rimentar, não sou um homem de crer.
Então comecei a fazer experiências com as
pessoas, a conversar, a chamar e lidar com esses
centros de força. Eles vivem de acordo com seus
valores, suas crenças; se comportam de acordo
com seu esquema de crença e consciência. Se você
muda a consciência, eles mudam de comportamen-
to. E é assim que a gente cria a realidade.
Quando falamos que a realidade é criada
pelas nossas crenças, é porque os nossos siste-
mas manufaturam as nossas crenças e agem de
acordo com elas.

E a ajuda dos espíritos neste trabalho?

Gasparetto – Estou tendo experiências extraor-
dinárias com eles, em especial com uma classe de
espíritos que chamamos de guardiões, de exus. Quem
são eles? São pessoas que tem a sombra muito de-
senvolvida, que foram desenvolvendo seus poderes
ao longo das vivências. Por isso, eles têm um carisma
pra isso. Podem até não ter alguns aspectos da cons-
ciência mais amplo, mais luminoso, mas eles têm es-

39
Despertando nossas forças interiores
“Não vamos entender a doença, o destino, nada... se não entendermos o que
nós somos, como funcionamos. Não existe misticismo. O que existe é ciência
e consciência do funcionamento da estrutura humana”
A Naná costuma perguntar, em um auditório:
“Quem tem dor, aqui?” O pessoal, claro, levanta a
mão. Então, a Naná explica que quando você tem
medo de alguma coisa, a força do seu protetor, a
força que mantém sua integridade te segura, por-
que ela aprendeu que ter defesa é segurar.
Tem outros tipos de defesa, mas a sua aprendeu
que é segurar. Então, quando você tem uma vonta-
de, mas tem medo, a defesa segura. Aí vem a dor.
A Naná continua, falando para a pessoa: “Va-
mos tirar esse medo, por alguns instantes, que a
dor passa agora!”
O medo trava tudo...
Gasparetto – Trava, e quando trava você, tra-
va sua vida. E quando a defesa, que eu também
chamo de guardião, trava, ela também trava o
ambiente e segura você. Esse é o sistema. Então,
o medo está segurando você, mas também está
segurando sua vida.
Dependendo do local da dor, a pomba-gira
Naná sabe o tipo de medo que você tem. E, na
40
hora, a pessoa perde a dor. Se ela continuar na
mesma postura, cura aquela parte da vida, que
volta a funcionar. Quando você tem determinado
medo, algo na sua vida não funciona.
Não existe misticismo. O que existe é ciência e
consciência do funcionamento da estrutura huma-
na e como você interfere para obter um resultado
diferente.
Quando uma benzedeira cura, por exemplo, ela
está atuando nos princípios. Como eu disse, magia
é a arte de lidar com os princípios.
A existência, como nós a conhecemos, começa
a existir quando os dons do espírito estão prontos
para criar a realidade, a matéria, enfim, o mundo
energético. Princípio, neste sentido, não significa
somente “começo”, mas sim, o poder básico.
O poder do espírito?
Gasparetto – Princípio é espírito. Você é espírito.
Você é o verbo ser e não existe nada além do ser. Você
é vida, é tudo. Ser é mais que qualidade. É existir.
O espírito é sequência, é permanência e dife-
renciação. Essa é a base do universo. Tudo é dife-
renciado, senão, a sequência seria repetitiva e não
haveria movimento. A vida é movimento.
Esses são os princípios básicos do espírito: sequ-
ência, permanência e diferenciação. São princípios
fundamentais e apoiam todos os outros princípios
da vida. É do princípio que sai o mundo energéti-
co e os mundos materiais, visíveis e não-visíveis.
Tudo vem disso.
Então, este é o foco do seu projeto “Filhos da
Luz”?
Gasparetto – Isso. Eu passei grande parte da
minha vida me dedicando ao comportamento, ao
mundo mental, enfim, em devassar o universo inte-
rior, certas emoções e sentimentos... em rever isso
tudo, porque até hoje muita gente confunde emo-
ção com sentimento. Então, isso me levou a uma
compreensão do desenvolvimento do pensamento
e de como eu atuo nesse desenvolvimento. Por isso,
muitos dizem “Gasparetto, você faz terapia em dez
minutos!”. Sim, faço. Em dez minutos posso tirar
sua depressão e você vai embora, pois conheço o
funcionamento e já descobri a melhor maneira de
interferir quando acontece isso e quando acontece
aquilo... onde “mexer”.
 Não vamos entender a doença, o destino, nada,
se não entendermos o que nós somos, como fun-
cionamos.
Uma das leis da natureza é diferenciar constan-
temente. Ela não para de transformar e diferenciar o
que já é diferente. Você é uma “coisa” que é diferente
de tudo, e está ficando diferente de si mesmo a cada
instante. Você é diferente hoje, como é de ontem...
Na evolução inteira, não haverá nada igual ao que
você é ou já foi. As diferenças podem ser grandes ou
pequenas, mas elas acontecem. Então, diferenciar é
o natural.
Por que será que o ser humano tem tanta difi-
culdade em aceitar diferença?
Gasparetto – Por causa da ideologia. O homem
é imaginativo. Ele idealiza, mas jamais checa a
realidade. Ele está tão longe dela que o mais difícil
de se ver é o óbvio, porque ele fantasia. Ele mal
vê e já dispara a mente, que é um “aparelho” que
aprende e só se repete.
O ser humano quer alguma coisa, porque ele tem
anseios na alma, mas ele idealiza e ignora o real.
Ninguém gosta da realidade... Bom é sonhar, e
todos devem ser do jeito que “eu” sonhei, idealizei,
porque é o certo. O outro sempre é quem tem o
problema e não a nossa idealização.
Então, o nosso grande problema é que nós
idealizamos e não aceitamos, não vemos, não com-
preendemos e não lidamos com o real.
Para isso, nós temos que montar o equipamen-
to para investigar – uma mente investigativa, um
cientista, com uma metodologia de investigação.
E assim mesmo tem vindo gente com cada vez
mais observação que vai mudando a ciência, cons-
tantemente, pois ainda estamos apurando estas
faculdades de observação.
O problema é que é mais fácil aceitar as coisas
sem observação. Nossa cultura é ideológica e não
realista. A realidade, a natureza humana é até vista
como perversa.
Essa é a cultura humana... que julga. As pes-
soas têm suas fantasias, que se chama lei, que
elas inventaram. Ou você está dentro ou está fora.
Aí, merece castigo! E a natureza? E a pessoa, o
temperamento... o Ser?
Você não foi criado em uma cultura onde per-
guntam sobre os seus sentimentos. Se você, quando
criança, fez tudo direitinho, então você era uma
criança de ouro! E lá dentro, no Ser? E os seus an-
seios? Nunca ninguém, nem você olhou...
Então, essa é a grande doença social?
Gasparetto – Sim. Se pararmos de idealizar, e
realmente observarmos para tentar chegar perto
das razões da vida, da estrutura da realidade da
vida, como ela é, da verdade, claro que vai dar
certo, que as coisas vão mudar. Hoje, para nossa
cultura, morrer na UTI, de doença, é natural!
O grande tabu de mexer é o lado psicológico.
É quando cai toda estrutura.
Quando você mexe no psicológico, você encon-
tra opressão, medo, que é criado pelo mundo, não
é da natureza. O reflexo de proteção, o estado de
alerta, tudo bem, mas não essa coisa psicológica.
O medo é uma das coisas mais odientas do mundo,
uma das piores coisas. E é uma construção, algo
aprendido culturalmente.
E desconstruir isso é o trabalho que faço, já, há
muito tempo. Tive uma educação kardecista, meus
pais eram ligados à Federação Espírita... Então
quando comecei a lidar com minha mediunidade fui
bem orientado, mas, depois, me interessei muito em
explorar esse universo, por isso fui estudar psicologia
e fiz pós-graduação nos EUA, já trabalhando com a
pintura mediúnica. E quanto mais eu conhecia a na-
41
Despertando nossas forças interiores
Trabalhei dez anos com terapia e percebi que as pessoas têm problemas
porque não têm educação interior. Então, este é o foco do meu trabalho...
tureza e os problemas humanos, mais eu fui achando
extraordinário e me afastei de todo religiosismo. Mas
sempre contei com os espíritos, os pintores do além
e a turma toda, quebrando os tabus.
Trabalhei dez anos com terapia e percebi que as
pessoas têm problemas porque não têm educação
interior. Então, resolvi ensinar e lancei o projeto
chamado Vida e Consciência.
Comecei a ensinar. Perguntava para as pessoas
como elas sentiam, por exemplo, a ansiedade. Pedia
para descreverem as sensações e observar; questio-
nava como ela provocava aquela ansiedade. Neste
processo, a pessoa percebe que para provocar uma
ansiedade ela tem que “ir” para o futuro, na fanta-
sia, e pensar em alguma coisa negativa. Ela preferia
a fantasia que a realidade, e qual é a realidade? O
presente. Só temos o presente. Qualquer futuro ou
passado é fantasia.
Nosso aparelho consciencial, nossa percepção
é feita para o contato, para o agora.
Então, este é o foco do meu trabalho. Reeducar
as pessoas. Assim que comecei a fazer muita coisa
em grande escala, como rádio e televisão.
Para encerrar, você acha que as pessoas estão
42
Reeducar as pessoas
mais preparadas para a mudança?
Gasparetto – Olha, eu trouxe muita coisa para o
Brasil, assim como, comecei muita coisa aqui. Me
lembro que 30 anos atrás eu comecei a falar em
“se amar”. Eu era crucificado! Essa era uma ideia
proibida, visto como absoluto egoísmo. Ninguém
entendia nada! Aí eu tinha que explicar muito...
Hoje, eu percebi que se eu falo “Olha, se dê
mais consideração” ou algo do tipo, as pessoas já
aceitam, o que há 30 anos era inaceitável.
Então, a coisa andou... temos a TV, a educação,
que deixou de ser religiosa para ser mais científi-
ca... a comunicação fez com que muita coisa andas-
se e isso interferiu demais na estrutura interior das
pessoas, por isso elas estão mais abertas, sim.
Luiz Antonio Gasparetto realiza projetos ligados à
psicologia, autoajuda e espiritualidade, escrevendo livros
e ministrando cursos com o objetivo do desenvolvimento
do ser.
Apresenta o programa Gasparetto, conversando com
você, na Rádio Mundial FM 97.5, de São Paulo/SP, às
quartas-feiras das 10 às 11h.
Mais informações na internet:
http://luizgasparetto.blogspot.com
www.vidaeconsciencia.com.br
 Superando
o medo
Todos temos os nossos medos, mas, precisamos nos organizar
internamente para enfrentar esses medos, superá-los
Por Adriana Splendore
O maior inimigo do homem, afirmam, é o medo.
As pessoas têm medo de não conseguir, medo
de não ser aceito, medo de se arriscar, medo
do ridículo, medo de se frustrar, da solidão, do
futuro, da loucura, de perder... e o medo da morte.
O medo provoca fracassos, doenças e relações
problemáticas.
É inevitável que, ao longo da vida, passemos
por transformações, muitas mudanças, e preci-
samos desenvolver uma grande capacidade de
adaptação. Aqueles que fogem das mudanças,
evitam o novo, porque o desconhecido dá medo.
Sempre que um novo desafio aparece na vida,
aqueles que têm medo das mudanças, de sair da
zona de conforto, onde tudo já é conhecido e está
sob controle, sofrem mais do que o necessário.
O medo é um pensamento obsessivo que fica vol-
tando à mente, criando situações cada vez mais
trágicas. Comece a prestar atenção se você tem
medo dos pensamentos imagéticos, que são cria-
ções da sua mente.
Quanto mais criativa a pessoa for, mais possibi-
lidades, mais problemas serão criados nessa mente
imaginária.
Não temos como controlar os acontecimentos;
estamos sujeitos a novas situações e circuns-
tâncias, e se não estivermos conscientes dessa
realidade, as mudanças sempre nos provocarão
ansiedade e medo.
Por que algumas pessoas têm a tendência de
ver as possíveis mudanças sempre como uma
ameaça? Por que não enxergar isso como uma gran-
de oportunidade de crescimento? Nos falta clareza
de visão, por isso temos muito medo e sofrimento.
Se pudéssemos clarear nossa visão, saberíamos que
tudo o que acontece na vida é para o nosso bem.
44
Se olharmos nossa vida do alto e perguntarmos o
sentido de estarmos por aqui, com certeza veríamos
as oportunidades de superarmos nossas crenças
limitadoras, entendermos as emoções como um
caminho para a sabedoria interna, e nos permi-
tiríamos validar ou invalidar emoções nocivas,
vencendo a negatividade da mente.
O ego sempre quer ter tudo sob controle, e o
medo aparece quando nos deparamos com aqui-
lo que é subjetivo, aquilo que não depende de
nós, quando não acreditamos que somos capazes.
Só quando mergulhamos no nosso interior e busca-
mos nossa coerência interna, aquilo que realmente
acreditamos é que conseguimos forças para enfren-
tar os problemas, sejam eles quais forem. Sem isso,
somos perseguidos pela ansiedade, insegurança,
cobranças doentias que nós mesmos nos fazemos,
e caímos na postura de vítimas, reclamando das
injustiças que sofremos.
Viva com o “coração”
Precisamos nos conscientizar de que a questão
não é a ausência de medo. Todos temos os nossos
medos, mas, precisamos nos organizar internamen-
te para enfrentar esses medos, superá-los.
Observe, quando um novo desafio surgir e o medo
aparecer, como você organiza seus pensamentos.
Procure dar ênfase na confiança de que tudo vai
passar, e que você vai seguir em frente mais forta-
lecido e sábio por ter passado por essa experiência.
Gostaria de citar esse texto do Osho sobre como
podemos superar nossos medos.
“A palavra coragem é muito interessante. Ela
vem da raiz cor, que signfica coração. Portanto,
ser corajoso significa viver com o coração. E os
fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça;
receosos, eles criam em torno deles uma seguran-
ça baseada na lógica. Com medo, fecham todas
as janelas e portas – com teologia, conceitos,
palavras, teorias – e do lado de dentro dessas
portas e janelas fechadas, eles se escondem.
O caminho do coração é o caminho da coragem. É
viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é
enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para
trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas
perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes
podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos.
A pessoa que está viva, realmente viva, sempre
enfrentará o desconhecido. O perigo está pre-
sente, mas ela assumirá o risco. O coração está
sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é
um jogador. A cabeça é um homem de negócios.
Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca
calcula nada.
(...) Coragem significa enfrentar o desconhecido,
apesar de todos os medos. Coragem não significa
ausência de medo. A ausência de medo acontece se
você passa a ser cada vez mais corajoso. Essa é a ex-
periência máxima de coragem – a ausência de medo.
É esse o sabor quando a coragem tornou-se abso-
luta. Mas, de início, não há muita diferença entre
o covarde e o corajoso. A única diferença é que o
covarde dá ouvidos aos seus medos e os segue, en-
Fotomontagem
45
Superando o medo
quanto o corajoso os põe de lado e segue em frente.
O corajoso enfrenta o desconhecido apesar de todos
os medos. Ele conhece os medos, eles estão ali.
(...) Enfrentar o desconhecido dá a você certa
excitação. O coração começa a pulsar novamente,
volta a se sentir vivo, totalmente vivo. Cada fibra do
seu ser está vibrando porque você aceitou o desafio
do desconhecido. Aceitar o desafio do desconheci-
do, apesar de todo o medo, é coragem. Os medos
estão ali, mas se você aceita o desafio várias vezes
seguidas, devagarinho os medos desaparecem. A
experiência de alegria que o desconhecido traz,
o grande êxtase que começa a acontecer com o
desconhecido, torna você forte o bastante, lhe dá
certa integridade, aguça sua inteligência.
(...) Basicamente coragem é pôr em risco o
conhecido em favor do desconhecido, o familiar
em favor do estranho, o confortável em favor do
desconfortável – árdua peregrinação rumo a algum
destino desconhecido. Nunca se sabe se você será
capaz de fazer isso ou não. É um jogo arriscado,
mas só os jogadores sabem o que é a vida.” – do
livro Coragem, o prazer de viver perigosamente.
Ele termina esse texto falando em transformar
o desconhecido em conhecido, atravessar o caos
confiante de que estamos predestinados a aprender
com nossos problemas.
Desenvolva sua sensibilidade
Confie na sua jornada em direção a sua evolu-
ção. Pare com o vitimismo, com a falta de coragem
para assumir seus erros se escondendo atrás de
uma sensibilidade exagerada, antecipando os
problemas do futuro. Isso alimenta uma cadeia de
comportamentos que sabotam sua vida e impedem
o desenvolvimento da verdadeira sensibilidade.
Aliás, sensibilidade precisa ser utilizada no dia a
dia; sentir o momento antes de falar, perceber o que
46
está por trás das aparências, observar as reações
do seu corpo diante das mais variadas situações.
O corpo tem repercussões bioenergéticas como
arrepios, bocejos, lacrimejamento, sonolência
exagerada, tonturas, sudorese. Quem nunca en-
trou num local e imediatamente começou a sentir
bocejos incontroláveis, ou desligou um telefonema
e se sentiu mal imediatamente, como se tivesse tido
toda sua energia sugada.
Mas, infelizmente, o medo do desconheci-
do faz com que muitos não desenvolvam essas
capacidades bioenergéticas, como a intuição, o
sentir, a mediunidade... e sofrem muito por isso.
É comum encontrarmos entre conhecidos e
mesmo entre nossos familiares ideias errôneas,
medo até de falar sobre o assunto, muitos pre-
conceitos, ou uma resistência de se abrir para o
mundo subjetivo afirmando “Não mexo com essas
coisas” ou “Não acredito em nada disso”. Não
querem desenvolver sua mediunidade por medo.
E logo depois, na hora de uma discussão, perdem
totalmente o bom senso e ficam num descontrole
total sobre suas atitudes, palavras, ações.Uma
agressividade exagerada, com o rosto contorcido,
esbravejando palavrões, completamente trans-
tornados, falando o que não deviam. E depois se
questionam... “Como pude fazer isso...”.
Recentemente, no consultório, ouvi a história de
uma moça que não aceitava nem conversar sobre
energias e mediunidade. Tratava tudo com zom-
baria, mas que num momento de muita raiva saiu
descontrolada em direção a um cemitério e ficou
lá pendurada no portão durante horas falando coi-
sas que ninguém compreendia. Vários familiares
e amigos tentaram fazê-la descer do portão, mas,
ela se agarrava às grades com uma força imensa.
E quando voltou do transe não sabia o que estava
fazendo ali, e até hoje não acredita no que conta-
ram que ela havia feito.
“A palavra coragem é muito
interessante. Ela vem da raiz cor,
que signfica coração. Portanto,
ser corajoso significa viver com o
coração. E os fracos, somente os
fracos, vivem com a cabeça”
– Osho
Salvador Dali
“O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um
jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula”
A mediunidade desequilibrada promove esse
tipo de situação e tantas outras, mas somos nós
que entramos em sintonia com entidades pertur-
badas, zombeteiras ou entidades vingativas que se
aproveitam do momento de desequilíbrio e negati-
vidade mental para manipular e criar todo tipo de
confusão, às vezes projetando na tela mental da
pessoa pensamentos obsessivos e doentios.
O medo do desenvolvimento da mediunidade,
infelizmente, ainda é um tabu que causa grande
sofrimento. Entender o que está se passando com
você e controlar suas emoções é o primeiro passo
num momento de desequilíbrio. Sem isso, estamos
abertos e vulneráveis a essas influências sutis. E
isso pode acontecer quando menos esperamos: no
trabalho, durante uma discussão, num supermer-
cado lotado... tudo depende da sintonia vibracional
dos pensamentos e emoções para atrairmos para
nossa vida aquilo que está na mesma vibração.
Nossa medicina tradicional não reconhece a
existência do espírito e seus desequilíbrios, porém,
no passado, os espíritos eram apontados como
causa do problema. Em várias tradições temos
rituais para expulsar esses espíritos. O exorcismo,
da Igreja Católica, rituais xamânicos, mantras, no
Budismo, a desobsessão espírita, e tantos outros.
Hoje, essa integração do corpo, emoções e
bioenergia se faz necessária para entendermos
várias queixas, como cansaço sem causa aparente,
quebras de energia provocadas por ambientes ou
pessoas, alguns sintomas da síndrome do pânico,
mau humor constante, etc. Aliás, se torna impres-
cindível num tratamento de Síndrome do Pânico
integrarmos as emoções com a sensibilidade intuiti-
va, explicar o quanto os pensamentos doentios nos
deixam vulneráveis a entidades desequilibradas,
e pior: nossas ideias acabam tomando formas sus-
tentadas pela intensidade dos pensamentos.
Adriana Splendore é terapeuta ortomolecular, te-
rapeuta transpessoal, acupunturista e facilitadora dos
florais brasileiros.
Radialista da Rádio Mundial há 12 anos, com o
Programa Equilibrius, aos sábados, às 14h.
Mais informações: (11) 5539-2082
www.adrianasplendore.com.br
47
 Magia e
conexão espiritual
Nós, como espíritos, temos algo que nos coloca em contato mutuamente uns
com os outros e com a natureza. Isso é o que serve de base para toda magia
Transcrição e adaptação de palestra do prof. Alberto Cabral
Por Victor Rebelo
Q uando se fala em magia, cada um pensa em
algo diferente... para algumas pessoas, magia
é o que ocorre nas fábulas infantis, com a
varinha de condão... Para outros, magia é um ritual
espiritual ou esotérico; alguns ainda ligam a magia
a certos fenômenos da natureza.
Só no Google, podemos encontrar mais de 3
milhões de sites, em português, sobre o tema.
O interessante é que, em português, a gente
distingue a palavra magia de mágica. Em inglês,
isso não é muito claro. O máximo que o pessoal eso-
térico tentou fazer por lá foi colocar a letra “k” na
palavra magic... Então, em vez de magic (mágica),
temos magik. Isso por que? Porque quando se fala
em mágica, temos a ideia de truque, prestidigita-
ção. Em magia não. Magia é algo mais...
Então, um idioma, uma cultura como a nossa,
que tem uma palavra própria (magia) para designar
uma interação entre a vontade dos seres no mun-
do físico, que pressupõe não haver uma interação
direta é, realmente, muito interessante.
Quando falamos em magia, pensamos em um
efeito causado diretamente no mundo físico que
não tem uma estrutura de conexão entre a origem
do evento e o evento em si. É a vontade de alguém
que, para conseguir determinado resultado, não
interage pelos meios convencionais.
Portanto, se este conceito está em nosso idioma,
é porque ele é de uso comum e precisamos dessa
palavra. Se temos conceitos diferentes para mágica
e magia é porque no uso corrente temos o hábito
de distinguir essas duas palavras. O conceito de
magia já está arraigado em nossa cultura e se o
distinguimos é porque aceitamos a sua existência.
Se concebemos a diferença da magia em relação
à mágica, é porque concebemos a existência da
magia, mesmo que seja conceitualmente.
48
A magia é um fenômeno que a Ciência nem
sequer admite a existência, e quando admite a
existência, atribui este fenômeno a um tipo de
coincidência ou a algum fator não identificado, e
por não ser identificado, não pode ser estudado.
Nós, como espíritos, temos algo que nos co-
loca em contato mutuamente uns com os outros
e com a natureza, e não é apenas o meio físico
de comunicação que conta. Talvez haja algo que
ainda não foi decifrado pela Ciência e possa ser
mensurado, mas, como isso ainda não foi feito, não
pode ser teorizado adequadamente. Já consegui-
ram demonstrar a telepatia, em laboratório, mas
ainda não conseguiram entender como funciona,
porque não há transmissão de energia envolvida.
São usadas determinadas gaiolas isolantes, que
bloqueiam qualquer onda eletromagnética, mas,
se hoje a gente só consegue fazer comunicação
por ondas, fica difícil entender qualquer outro tipo
de comunicação.
Sentindo a existência do outro
Então, essa conexão que existe entre nós pa-
rece não ser muito óbvia, para a Ciência, mas, a
gente a sente, mesmo assim. Por exemplo, pessoas
da mesma família ou que estão juntas há muito
tempo conseguem perceber o pensamento uma
das outras, mesmo à distância; conseguem ter, até
mesmo, premonições... existe um tipo de conexão
entre as pessoas, o tempo todo. Acontece que não
estamos focados, uns com os outros, a ponto de
percebermos esta conexão. Estamos o tempo todo
preocupados em descobrirmos a nós mesmos,
tentando descobrir, na vida, quem nós somos, o
tempo todo. Nossa maior busca, quando olhamos
os outros, é mais em tentar entender a nós mesmos

que aos outros. Então, esse foco na autodescoberta
nos impede de perceber os outros, o tempo todo,
e se percebêssemos as presenças reais das outras
pessoas, e não somente a imagem que os olhos
nos mostram, as nossas construções mentais, nós
estaríamos em contato constante com elas. Então,
sentiríamos o que elas sentem... algo mais profundo
que a telepatia. É sentir a própria existência do
outro junto à sua. Mas não conseguimos. A gente
mal sente a própria existência! Alguns sentem
tão pouco a própria existência que entram em
depressão e se suicidam, pois falta o contato com
a própria essência.
Quando eu falo que não sentimos o outro, não
significa que o não sentir intelectual, o não sentir
direto, intelectível e perceptível não tenha efeitos
na gente.
Falar de magia evoca nossos medos. Contamos
com um mundo em que as relações entre causa e
efeito devem ser perceptíveis e inteligíveis. Quan-
do pensamos na possibilidade de estar à mercê da
vontade das pessoas sem que elas tenham que agir
diretamente para que as coisas que elas querem
aconteçam, isso nos causa medo, insegurança. Pra
uns, magia é sinônimo de uma representação de
poder; a pessoa até pode fazer magia, mas o tempo
todo ela tem medo de que possam fazer para ela,
Ilustração: Marcelo Correia
Se percebêssemos as presenças
reais das outras pessoas, nós
estaríamos em contato constante
com elas. Então, sentiríamos
o que elas sentem... algo mais
profundo que a telepatia
pois ela tem a postura do “atacar primeiro”. A
defesa dela é o ataque.
Já a maioria, felizmente, muito menos agres-
siva, mais tranquila, não pensa em atacar; só fica
inconformada com a possibilidade de haver algo,
não perceptível pelas vias normais, que possa
atacá-la, prejudicá-la, que possa mudar, enfim,
sua condição de ser.
Você pode ser a melhor pessoa do mundo, pode
não ter nenhuma ação, registrada em seu nome,
que possa ser considerada ruim, mas se você não
tem equilíbrio em algum aspecto, que você nunca
49
Magia e conexão espiritual
Essa conexão entre nós faz como se fôssemos a própria estrutura de
todo o espaço, de tudo o que existe. Fazemos parte da realidade
errou porque nunca experimentou, e esse aspecto
gera uma falha emocional em você que talvez você
não manifeste por falta de oportunidade, se este
for o campo de “aderência” de qualquer tipo de
intenção alheia, isso vai acabar interferindo na sua
vida. Então, não é que as boas ações te protejam...
elas só evitam que você exponha as falhas já co-
nhecidas na sua aura. Você pode até pensar “Puxa!
Demorei tanto tempo para demonstrar, pra mim
mesmo, que sendo bom eu não pego ‘uruca’...”,
mas não é assim que funciona.
Essa conexão que há entre nós é algo invisível,
instantâneo. Não é onda eletromagnética, não é
som, não é rádio, nem luz. Em termos mais profun-
dos, eu poderia dizer que é como se todas as nossas
almas, as nossas essências ou consciências, não
estivessem presas nos corpos, mas estivessem to-
das em todo lugar ao mesmo tempo. Como se tudo
fosse permeado por cada um de nós. Só que cada
um tem um ponto de contato com a realidade. O
meu ponto de contato, a minha lente de observação
está aqui, mas o meu Ser permeia tudo. O Ser de
Integração espiritual
O tempo todo temos intenções e pen-
samentos. O tempo todo você se conecta a
pessoas diferentes. Você faz parte de uma
rede integrada, espiritualmente, de ideias,
dimensões, percepções... Só não temos o
entendimento desta rede, desta integração.
O que temos são resquícios emocionais disso
tudo. Por isso, um determinado pensamento
evoca um estado emocional que, muitas vezes,
é estranho pra você. Por exemplo: alguém fala
algo e isso provoca uma reação muito mais
forte do que você esperava. Seja bom ou ruim...
você pode ter uma reação inesperada, sem
saber por que ficou tão alterado.
Muitas vezes é porque você entrou nessa
“onda” emocional em um momento em que
muitas pessoas estavam na mesma conexão,
tendo a mesma reação emocional que você.
Isso funciona como uma espécie de avalanche,
pois nossas emoções têm um efeito parecido.
Nós induzimos estados emocionais uns nos ou-
tros. É curioso que uma sensação local em torno
de uma ideia tenha este efeito de avalanche.
50
cada um permeia tudo. Mas como não temos essa
percepção, não temos a sensação de onipresença.
Só em estados alterados da consciência consegui-
mos sentir de outra maneira. Durante uma projeção
da consciência, por exemplo, é como se o foco de
atenção ficasse livre do corpo.
Essa conexão entre nós faz como se fôssemos a
própria estrutura de todo o espaço, de tudo o que
existe. Fazemos parte da realidade. Nossa atenção
é que fica focalizada, e o foco é tão fechado quanto
fechada é a nossa maturidade. Se você se torna
mais sábio, mais maduro, seu foco amplia e você
começa a perceber que você é mais que um corpo,
é mais do que apenas um espírito... que tem uma
abrangência maior.
Nós não conseguimos perceber essa abrangên-
cia, mas sentimos os efeitos. Quando sentimos?
Quando estamos dispostos, momentaneamente,
a sentirmos.
Quando estamos ligados emocionalmente a
alguém e algo acontece a essa pessoa, você sente
imediatamente. Por quê? Porque, na verdade, você
e essa pessoa permeiam o mesmo espaço o tempo
todo e sentem – em um nível não consciente, mas
sentem – como essência, um ao outro, mas, como
não há entendimento um do outro, não tem co-
municação. Somente quando algo atinge o campo
emocional você percebe o estímulo.
Este tipo de interação é a base para entender-
mos a magia. Essa percepção do outro é localizada,
nestes momentos, mas é coletiva em relação a um
conjunto de ideias.
Fazemos parte de toda a Criação
Quando falamos nesta integração, temos que
considerar que as nossas consciências integradas,
experimentando, não são apenas espectadoras
no mundo. Se todo espaço é permeado por todas
as consciências, parece plausível que as próprias
consciências tenham alguma relação com a própria
existência do espaço, como se fizessem parte do
material que constrói o espaço. Eu tenho a im-
pressão de que cada um de nós tem uma pequena
participação – mesmo que seja só dentro da nossa
ignorância, não com lucidez – que contribui para
a existência do espaço como ele é... o espaço em
si, o espaço onde existem as coisas... o espaço
onde é possível existir o vazio. Isso pode nos levar
a entender que estamos ligados, em essência, à
própria criação.
 Temos um potencial intelectual muito interessan-
te. Somos capazes de criar coisas por meio de asso-
ciação de outras coisas. Isso é um tipo de operação
muito peculiar. Nós não apenas reproduzimos, mas,
conseguimos modificar aquilo que fazemos, asso-
ciando com outras reproduções. De vez em quando
alguém consegue criar algo totalmente novo, que
não é reprodução de algo específico, mas é repro-
dução de partes tão dispersas, que essa criação tem
uma relação com tudo e não com algo específico.
A gente considera que isso é algo totalmente novo,
porque é uma maneira de ver totalmente nova.
Essa capacidade de criar pode muito bem de-
rivar da nossa conexão com o Universo, de fazer
parte de toda a Criação. Isso é só uma especulação
metafísica, mas o que quero colocar é a hipótese
de que temos, naturalmente, uma capacidade
infinita de criar. O que não temos é consciência
dessa capacidade, porque não entendemos essa
capacidade; não entendemos sequer essa possi-
bilidade. E isso que faz parte de nós, enxergamos
como algo externo.
Temos uma ligação com o próprio Universo,
com sua existência. Quando você quer algo, você
tem emoções... a emoção do querer... Você tem a
construção mental do que quer, assim como dos
meios de obter aquilo. São mentalizações, visua-
lizações, mas no Universo elas atingem um certo
grau de existência, só que não o bastante para a
coisa aparecer. Por exemplo: eu quero que uma
pedra apareça na minha mão. Esse querer não é
o bastante para a pedra aparecer aqui, mas em
um certo grau, se eu pensar nessa pedra, se eu
quiser essa pedra e se eu sentir esse meu querer,
essa pedra vai existir, em algum grau, mas não
em intensidade suficiente para acontecer no mun-
do físico. Espiritualmente, falamos que criamos
formas-pensamento, que quando eu penso em algo
com clareza, eu crio a forma real do pensamento
e que de alguma maneira existe uma parcela do
mundo, que chamamos de plano espiritual, ou se
for algo mais “rarefeito” costumamos chamar de
plano mental, onde a intensidade da existência é
menor. Mesmo a intensidade de sua existência sen-
do menor, ela é real... é real pra você. Quando falo
em intensidade é apenas para dar uma noção geral,
para que eu não precise usar termos técnicos.
A vontade criando a realidade
Nesta realidade do pensamento, do plano men-
tal, as coisas existem a partir da vontade e a partir
das emoções. E aqui no mundo físico só existem,
geralmente, a partir da matéria preexistente, e para
fazer algo você precisa do trabalho físico. Mas no
mental não é assim. Então, podemos dizer que há
algum diferencial entre essas realidades. Os sen-
tidos não identificam o mental e o espiritual, mas,
clarividentes conseguem ver o mundo espiritual.
Quem tem experiências fora do corpo consegue
trafegar pelo mundo espiritual conscientemente.
Já no mental só temos relatos distantes e não muito
nítidos...
Quando falamos em magia, falamos em conse-
guir resultados no mundo físico por um meio que
é comum no mundo espiritual. Para entendermos
como isso funciona, precisamos ver as maneiras
como o mundo espiritual e o físico interagem. Grosso
modo, nós, como consciências, como essa essência
que permeia tudo, não conseguimos criar matéria.
51
 Magia e conexão espiritual
Se conseguíssemos, não precisaríamos reencarnar
em um corpo pré-fabricado. Ou seja, só consegui-
mos existir aqui a partir de matéria preexistente e
em corpos que foram originados em uma estrutura
para sustentar a vida, uma estrutura funcional. Pre-
cisamos de algo pronto para encarnar, não geramos
o próprio corpo a partir do nada.
Então, o querer não é suficiente para que as
coisas aconteçam no mundo físico.
No mundo físico temos que ter uma certa con-
tinuidade e respeitar o que chamamos de leis da
física... temos alguns princípios de conservação
de energia, de conversão de energia em matéria e
matéria em energia que limitam a ação da essência,
da consciência àquilo que é o corpo. O corpo é o
foco de atenção do que, neste momento, fazer.
Algumas interações parecem não fazer parte
dessas regras da física. É a magia: uma pessoa
consegue influenciar a vontade da outra sem pro-
ferir palavras.
As pessoas estão em contato o tempo todo,
espiritualmente, em essência, mesmo que não
tenham noção disso. Se uma pessoa sente, não
uma conexão espiritual profunda que ela tem
com outra, mas, que ela é capaz de atingir a ou-
tra e alcançá-la na sua própria mente – ela tem a
impressão de que está em contato pontualmente
com uma pessoa só, embora esteja em contato com
Temos, todos, uma carga cultural semelhante.
Espiritualmente, estamos em um nível parecido de maturidade
52
CE15 magia e interação mental.indd 52
todo o universo – se ela focar bastante atenção
nisso, ela não vai criar algo completamente novo
na mente da outra pessoa, porque ela não está
sentindo o outro como ele é, mas sim, como um
reflexo de si mesma. Quando vemos uns aos ou-
tros, vemos somente aquilo que somos capazes de
ver nos outros. Não vemos o outro como essência,
mas, como algo fora de nós, como “outro”. Con-
seguimos enxergar no outro somente aquilo que
já temos como conceito. Mas, como eu ia dizendo,
uma pessoa com grande poder de concentração e
treino – o que pode levar algumas reencarnações
para a pessoa pegar prática – consegue trazer à
tona no outro coisas que ele não sabia que tinha
dentro de si. Intenções, desejos, processos de
ação... Então, a influência mental se limita ao que
o outro já tem nele, porque se eu vejo o outro como
um reflexo parcial de mim mesmo, quando eu
focalizo a minha atenção no outro, eu só consigo
focalizar no outro aquilo que eu tenho em mim,
e só a parcela daquilo que, em mim, for parecido
com o que há no outro pode gerar um estímulo
por semelhança. Só aquilo que existe em comum
ao que está sendo transmitido, o que está sendo
impresso na mente do outro, pode ser evocado.
Temos, todos, uma carga cultural semelhante.
Espiritualmente, estamos em um nível parecido
de maturidade; nossa história emocional é seme-
24/11/2010 12:36:23

lhante, devido à nossa estrutura social. Então, é
muito provável que os pensamentos e emoções
que geralmente são mais primais, neste processo
de tentativa de interferência, sejam similares o
bastante para haver interação.
Esse processo de interação é também chamado
de magia. É influência mental à distância. Uma
pessoa consegue fazer a outra pensar em uma
imagem, consegue fazer a outra mudar o estado
de espírito, mudar a postura, fazer determinada
escolha em uma certa condição...
Atraindo um “encosto”
Se essa conexão ocorre em um nível mais profun-
do, em nível da consciência, que vai além da mente,
não precisa do corpo para acontecer. Na verdade,
se o objetivo é instigar emoções é mais fácil não ter
o corpo, porque ele é um limitador emocional. Ele
limita a sensação de espaço e tempo, as sensações
emocionais. Se a pessoa não tem o corpo, para
refrear, se é um desencarnado, ela tem muito mais
possibilidades de influenciar alguém que tenha
grande afinidade com sua maneira de pensar. Ou
seja, se você tem um espírito próximo, chamado de
“encosto”, é porque vocês têm algo em comum.
Você pode pensar: “Puxa, me esforço tanto para
ser uma boa pessoa, como eu atraí um encosto?”
Simples! É porque você não tem controle sobre o
que não conhece direito. E se você não conhece,
não tem compreensão nenhuma. Boa parte das suas
emoções você nem conhece, e essas emoções, que
muitas vezes nem foram experimentadas direito
Ilustração: Marcelo Correia
ainda, podem ser o grande ponto de sintonia, por-
que elas se tornam emoções novas, que podem vir
de algum espírito ou de outra pessoa encarnada.
Podemos chamar a isso de processo de indução.
De desencarnado para encarnado ou vice-versa.
Ou, realmente, de encarnado para encarnado. Essa
é a base para entendermos os processos da magia.
E se uma experiência que você está vivendo,
induzida por alguém, não é o que você quer? Como
parar? Para isso, você tem que se conhecer muito
bem e questionar de onde vem os seus impulsos.
Alguém que age de maneira reativa, instantânea,
que cede a todos os impulsos instantaneamente,
não tem essa separação. Então, qualquer coisa que
induzem ela faz, pois pensa que é dela mesma. O
ideal é você achar o ponto de equilíbrio, o que hoje
é conhecido como ser pró-ativo, ou seja, refletir
antes de agir.
Vamos supor que uma pessoa faça uma en-
comenda de magia, para fazer alguém perder
o emprego. Uma entidade pode pegar a pessoa
mais suscetível, naquele ambiente de trabalho, à
agressividade, como o chefe ou a própria pessoa
a ser prejudicada, e começa a fazer com que ela
tenha desejo de agredir, para se queimar, profis-
sionalmente. Então, a pessoa pode ter reações
inesperadas...
Alguns espíritos são muito técnicos, como aqui.
Quando você vai construir uma casa, por exemplo,
você não contrata um médico, um padeiro... você
chama especialistas na área de construção. No plano
astral é igual, tanto para fazer quanto para desfazer
magia. Algumas entidades ficam seguindo os outros
53
Magia e conexão espiritual
na rua, como se fossem detetives, tomando nota,
fazendo um levantamento de dados para ver a me-
lhor maneira de derrubar a pessoa. Outros espíritos,
que desfazem magia, muitas vezes seguem os que
fazem, para saber o melhor método para desfazer.
A força da magia
Magia tem muito a ver com segurança. O que
sustenta o funcionamento de uma magia, muitas
vezes, é a continuidade da vontade ordenada.
Claro que existem magias que influenciam no
físico, que mexem com a matéria, mas, usando po-
tenciais de energia e matéria preexistente. Existe
magia com manipulação e materialização no plano
físico. Em geral, essas interações físicas ocorrem no
corpo das pessoas, que é um campo extremamente
plástico para a mente. Da mesma maneira que uma
pessoa consegue entrar em um processo emocional
de desordem e criar uma doença em si mesma, tam-
bém pode fazer surgir um objeto no corpo.
Algumas teorias da física quântica podem explicar
essas interações, onde o espaço seria formado por um
meio que pode ser qualquer coisa, chamado de Espu-
ma Quântica. Todo espaço vazio pode ser qualquer
coisa, e quando algo se define, é porque há a curva de
probabilidade, que quando atinge um determinado
valor pode se tornar uma realidade qualquer... como
ar, por exemplo. Um determinado ponto do espaço
vira um elétron, que formaria um átomo de oxigênio;
ao lado teria um de hidrogênio... e vai formando os
gases para compor o ar. Isso é uma maneira de como
a física quântica entende o espaço. Essas probabili-
dades seguem uma linha de causa e efeito, porém,
tem um princípio por trás das causas e efeitos da física
que torna o comportamento da matéria imprevisível,
que é o Princípio da incerteza, da indeterminação. É
como se toda a natureza estivesse montada em cima
de algo incerto, mas, que como conjunto, conside-
rando que as probabilidades atuam em harmonia,
tudo funciona. Lá no fundo é uma coisa turbulenta
e imprevisível, mas é uma turbulência mínima que,
em conjunto, faz a turbulência harmônica parecer
estável. Só que basta um pequeno desequilíbrio para
ter uma reação em cadeia.
54
Alguns sentem tão pouco a própria
existência que entram em depressão
e se suicidam, pois falta o contato
com a própria essência
O interessante é que ninguém sabe, na física
o que muda essas probabilidades, exceto causa e
efeito. É possível ser a nossa essência, nossas cons-
ciências o que interfere nas probabilidades. Mas se
é isso, porque não conseguimos fazer as coisas tão à
vontade? Porque a chave não é a vontade. Na verda-
de, ela funciona como uma espécie de antena, que
reúne vontades semelhantes, que agrupa seres de
vontades semelhantes, mesmo que estejam fisica-
mente distantes uns dos outros. O querer, o pensar,
o desejar, o focalizar, todas as ações do raciocínio,
da lógica e da emoção só são capazes de nos colocar
em contato com outros seres que têm similaridades
nestes quesitos.
Em busca da compreensão
Mas, para fazer algo acontecer, que não seja uma
construção dessa interação de uns com os outros
ou com o meio, temos que ter mais que o simples
querer. Temos que ter uma espécie de compreensão
diferente para fazer a realidade se modificar de
forma instantânea. Essa compreensão tem que ser
ampla e total; você tem que ser sábio e conscien-
te. Saber profundamente o que é aquilo, para, ao
pensar, aquilo já existir. Em todos os níveis... físico,
astral, mental... Isso é o resultado da compreensão,
de ter aquilo que você pensou como parte de si
mesmo, e não como um pensamento que é uma
dúvida, um querer. O querer é exatamente aquilo
que você não tem em si.
A esta explicação podemos atrelar uma interpreta-
ção emocional, o sentimento que chamamos de amor
e que dá origem às emoções. Um sentimento, como o
amor, é uma compreensão ampla. Não tem nada de
romântico, não é emocional, como a paixão. O amor
é a nossa capacidade de compreender, de tornar algo
externo não mais externo, mas, parte de você. Isso é
um sentimento profundo... quando algo passa a ser
parte de você. É raríssimo vermos alguém que atingiu
este ponto de compreensão. Isso é mais profundo do
que as magias onde há interação de energia através
das emoções. Isso vem do sentimento!
Alberto Cabral realiza cursos e palestras no
Centro de Estudos Filosóficos Laboratório Evolutivo -
CEFLE - em São Paulo. Mais informações:
www.cefle.org.br ou (11) 2958-2477
 O poder da prece
Para os que oram, a prece pode ter como objetivo vários pedidos, como força
para suportar e transpor as adversidades. Até que ponto a fé e a prece podem
intervir a nosso favor?

Por Laylla Toledo

C ercados pelas atribulações do dia a dia, passa-

mos a maior parte de nosso tempo ocupados
com nossas obrigações e não percebemos que
muitos dos desencontros e problemas do cotidiano
poderiam ser resolvidos ou, simplesmente, afasta-
Muitos pensam que a fé é apenas uma virtude
mística, mas, na realidade, trata-se de uma grande
força atrativa. Aliada ao poder de influenciação da
prece, é capaz de cessar imediatamente pertur-
bações que estão em processo de andamento. A
dos pela ação direta e efetiva da prece. oração é um sustentáculo para o equilíbrio da alma,
Envoltos com a agitação das circunstâncias, mas ela não basta: é preciso que esteja sempre
temos dificuldade em nos silenciar e elevar o pen- apoiada sobre uma fé viva, ou seja, na ação.
samento a Deus, pedindo assistência. É preciso Precisamos distinguir a diferença entre a fé
conhecer as propriedades da prece para que pos- cega e a fé racionada. A fé cega aceita o falso
samos fazer dela a fonte diária de refazimento de como verdadeiro e se choca constantemente com
forças e consolo que nos rejubila e eternece. a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo,
O homem é autor da maioria de suas aflições impondo-se sobre tudo e exigindo a abdicação do
e se pouparia de maiores angústias se agisse com raciocínio e do livre-arbítrio. A fé racionada, ao
sabedoria e prudência, pois essas misérias são o contrário, apoia-se sobre os fatos e a lógica, não
resultado de várias infrações das leis divinas. Se deixando obscuridade alguma para trás de si.
não ultrapassássemos o limite do necessário para
viver, não teríamos as consequências desastrosas
geradas pelos excessos. A fé promove a paz interior
A fé sincera é sempre calma, dá a paciência que
sabe esperar, porque tem seu ponto de apoio na com-
squeça:
Ja mais se e
preensão. Na fé incerta surge a ansiedade, revelando
uma insegurança diante da força de Deus e de suas
ria
r hu m an o é autor da maio leis. E quando é movida pelo interesse, a pessoa ten-
O se de a se tornar colérica e crê suprir suas necessidades
es
das suas afliçõ pela violência. Por exemplo: ao se sentir intranquila e
e a fé cega e fé
ansiosa, ela acredita que as coisas têm de acontecer
Distinguir entr segundo seus caprichos, da forma e no momento em
raciocinada que ela determina. A calma é sinal de confiança. Já
a violência é uma prova de fraqueza e dúvida sobre
sempre calma
A fé sincera é si mesmo e a Sabedoria Maior.
Se as pessoas fossem conscientes da força
forma
ção, e não de
Ore com o cora
que têm em si e quisessem colocar sua vontade a
corada serviço dela, seriam capazes de grandes realiza-
mecânica e de ções. Através de sua mente, o homem age sobre
rtar
rma de despe
o fluido universal, modificando suas qualidades
Ora r é um a fo e dando-lhe uma impulsão irresistível. Aquele
terior
nossa força in que junta ao fluido uma fé ardente, pode, apenas
pela vontade dirigida para o bem, operar “fenô-
menos” que não são senão a utilização das facul-
dades mentais e a ação de uma lei natural.

56
 A prece é uma invocação na qual podemos nos
colocar em comunicação mental com outro ser ao
qual nos dirigimos, estabelecendo uma “corrente
fluidica”. A energia da corrente surge em razão
do vigor do pensamento e da vontade. Como
o fluido universal é o veículo do pensamento,
essa substância primária (fluido) é impulsiona-
da pela vontade, transmitindo a ideia até o seu
destinatário.
Os espíritos nos auxiliam
As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos
espíritos encarregados de executá-las. Os espíritos
benevolentes nos inspiram com bons pensamentos,
para que possamos adquirir a força moral necessá-
ria para superarmos as dificuldades e voltarmos ao
caminho do bem. Exercendo uma ação magnética
sobre os homens, eles suprem, quando necessário,
a insuficiência daquele que ora, dando-lhe momen-
taneamente uma força excepcional, isto quando é
julgado digno desse favor.
O homem coloca em prática os bons conselhos
se assim o desejar, pode ou não aceitar a sugestão
oferecida. Com isso, através de seu livre-arbítrio,
ele tem a responsabilidade sobre seus atos e esco-
lhas, cabendo-lhe o mérito da decisão tomada.
Para os que oram, a prece pode ter como objeti-
vo vários pedidos, como força para suportar e trans-
por as adversidades, calma nos momentos críticos
e de decisão, perdão por faltas cometidas contra si
e contra os outros, proteção contra os pensamentos
maléficos, os maus espíritos e diante de um peri-
go iminente, saúde e equilíbrio físico, através da
ação magnética que ela exerce sobre as células,
recompondo aquelas que se encontram exaustas,
um favor especial, em particular, agradecimento
ou uma maneira de louvar a Deus.
Sem fraseologia inútil, cada palavra deve conter a
sua importância, fazer refletir e elevar o coração com
sentimentos nobres e sinceros. Algumas pessoas se
utilizam de palavras decoradas, rígidas e determi-
nadas, como se a oração fosse uma fórmula. Outras
rezam por dever ou mesmo por hábito. Murmurar
maquinalmente não é uma linguagem natural que
surja espontânea do coração. O que vale é o que
está no íntimo, na veracidade de cada palavra, não
o número de vezes que a prece é repetida.
Mesmo sabendo dos benefícios e qualidades da
prece, a solução de nossos problemas requer muito
mais do que vontade e fé ardente. É indispensável
o esforço no sentido da melhoria íntima.
Faça a sua parte!
Evocar a inspiração dos bons espíritos e pensar
que “eles resolvem tudo” é não assumir sua res-
ponsabilidade como parte do processo. Essa atitude
tende levar à acomodação. É necessário querer
mudanças e fazê-las acontecer de forma direta,
objetiva, consciente e responsável. Isto significa
colocar em prática a modificação de certas atitudes,
pensamentos e emoções negativas.
Revitalizar o ânimo e modificar as crenças que
carregam tristeza, rancor, ódio, mágoa e medo é
uma maneira de reorganizarmos essas emoções
que nos fazem tanto mal. Esse recondicionamento
íntimo não se refere apenas ao ganho de virtudes
interiores, como amar e perdoar, mas à conquista
do comando consciente de nós mesmos e à des-
coberta dos potenciais que temos na mente, na
vontade e na emoção.
57
 Viagem espiritual

Por Wagner Borges Uma experiência de expansão da consciência, fora do corpo,

fascinante, que contou com a ajuda de um espírito xamã

E m 2003, estava em casa à toa curtindo minhas

férias, escutando música e lendo bastante. Há
algumas horas que estou sentindo uma aber-
tura energética diferente nas costas, bem na boca
posterior do chakra cardíaco. Concentro-me nessa
região e percebo uma energia amarela brilhante
emanando dali e subindo para a parte posterior
da cabeça.
Como não fiz nada para isso acontecer, presu-
mo que durante o sono algum amparador mexeu
em minhas energias. Percebo que há um processo
anímico-mediúnico em andamento, e é só esperar
para ver o que rola nesse lance.
Passo a tarde assistindo a alguns vídeos legais.
Depois, falo com o Pablo por telefone e combina-
mos de jantar e assistir a um filme à noite, junto de
outros amigos. Porém, falo o seguinte para ele:
“Não tenho certeza se vou mesmo. Estou sentin-
do um lance rolando aqui no meu chakra cardíaco,
e se ele aumentar, vou ficar em casa para ver o
andamento disso. Dá uma ligada antes, ok?”
Por volta das 18h, sento no sofá do quarto para

58

ouvir alguns discos de vinil antigos. Escolho um
de música clássica repleto de violinos virtuosos.
Fecho os olhos e fico curtindo aquela maravilha
sonora e sentindo-me privilegiado de poder curtir
algo desse nível.
Sem perceber, cochilo profundamente. Desperto
com o ruído automático do fim do disco e o des-
locamento do braço do toca-discos para a posição
de desligado.
Percebo uma presença sutil no quarto, mas
não diviso sua aparência. Em minha tela mental
surge a figura de um xamã pele-vermelha idoso e
de cabelos longos e grisalhos, mas, rapidamente a
figura desaparece. Sinto que a sua presença tem a
ver com o lance do chakra cardíaco.
Coloco o disco para tocar novamente e vou
para o quarto de dormir. Deito-me e fico prestan-
do atenção naquela emanação amarela na costas.
Apago novamente.
Desperto às 19h45.
Levanto-me e tomo um banho. Persiste a sen-
sação de que algo está rolando nos bastidores
extrafísicos aqui do apartamento.
O Pablo liga e digo a ele que não posso sair.
A seguir, janto um sanduíche (na verdade, a
Ilustração: Marcelo Correia
outra metade dele que sobrou do almoço) e tomo
um suco.
Tento assistir a um pouco de televisão, mas não
consigo suportar a mesmice da programação. Vou
para o quarto escutar música novamente.
Coloco mais um disco de música clássica e sen-
to-me no sofá. Percebo que estou um pouco inquieto
por dentro, pois sinto que está para rolar algo muito
importante. Porém, a inquietude é só intelectual,
pois algo dentro do meu coração sabe, e me guia
intuitivamente, e confia no próprio espírito.
Fecho os olhos e relaxo. Mergulho na música
e me delicio.
Levo a atenção para a emanação de energia
amarela nas costas. Ela continua ascendendo por
fora das costas até a parte posterior da cabeça. Sin-
to que esse processo está chegando em seu ápice e
que é só esperar mais um pouquinho para que ele
se complete e me revele o que está rolando.
O disco chega ao fim do lado 1. Levanto-me e
troco para o lado 2. Aproveito e acendo um exce-
lente incenso de sândalo que recebi hoje. Ele é
forte e rapidamente enche o quarto de fumaça per-
fumada. Dou uma risada, pois lembro-me que esse
é o incenso preferido de Shiva, o Senhor dos iogues
59
Viagem espiritual
Vejo-me totalmente lúcido fora do corpo e acima dele, a cerca
de três metros no ar. Flutuo sentado no ar, na mesma posição
em que o meu corpo físico está sentado
e Divino transformador da vida e das energias.
Saio do sofá e sento-me no chão de pernas cru-
zadas. Escuto barulho de risadas e vozes altas lá
embaixo na rua. Tem uma turminha batendo papo
e se divertindo. Fico tentado a ligar para o Pablo e
o grupo de amigos que está se encontrando nesse
mesmo momento.
Fico tentado a ligar para alguém para compar-
tilhar esse algo espiritual que ainda não sei o que
é, mas que já me traz uma sensação de elevação
espiritual por dentro. Nessas horas gosto muito
de compartilhar o que está rolando e de propiciar
uma carona espiritual para que alguém também
possa viajar nessas energias maravilhosas da es-
piritualidade.
Talvez seja essa minha natureza de libriano,
mas, compartilhar algo bom com alguém me faz
muito contente.
Porém, sinto que o lance está para acontecer e
que não dá mais tempo de chamar ninguém.
A experiência fora do corpo
As experiências fora do corpo são chamadas por
vários nomes, dependendo da doutrina ou do con-
texto onde são abordadas: viagem astral, projeção
astral, projeção da consciência, desprendimento
espiritual, saída em astral, viagem da alma, proje-
ção do corpo psíquico, e outros.
Essa experiência parapsíquica é potencial de
todos os seres humanos, e permite o acesso es-
piritual direto a outros planos de manifestação,
incluindo nisso aquelas paragens espirituais onde
estão os entes queridos que foram morar “do lado
de lá” da vida. Enquanto o corpo físico permanece
adormecido, a consciência se projeta para fora dele
temporariamente, e viaja aos planos extrafísicos e
vivencia o contato direto com o invisível.
Essa experiência é mais normal do que se ima-
gina, mas muitas pessoas que passam por ela não sa-
bem do que se trata, e aí ficam apavoradas quando
sentem alguns sintomas que não compreendem.
E o legal disso tudo é que esses temas podem ser
abordados de uma maneira bem simples, humana
e universalista.
Nas minhas palestras explico a causa básica de
alguns desses sintomas projetivos e como fazer para
lidar tranquilamente.
60
Repercussões energéticas
Volto a atenção novamente para o chakra
cardíaco, e aí o lance finalmente se revela. Vejo
a energia passar do amarelo para o verde-limão
brilhante. A essa altura, percebo a boca posterior
do chakra umbilical se abrindo e jorrando energia
amarela suave para o cardíaco. Ao mesmo tempo,
a boca frontal do chakra laríngeo se abre e emana
para baixo um jorro de energia azul-clara. Então,
as duas energias, azul descendo e amarelo subindo,
se encontram no chakra cardíaco e ampliam aquela
luz verde brilhante.
Nesse momento todo o centro interno do peito
está cheio dessa luz esverdeada. E isso passa uma
sensação de alegria e de contentamento muito
grande. Ao mesmo tempo, sinto uma sensação
gostosa bem na base do pênis, e isso me revela as
energias da kundalini em ação nesse processo.
Enquanto tudo isso rola, continuo escutando a
música e o barulho da galera lá embaixo. Ainda
penso: “Que pena não ter dado tempo de chamar o
pessoal para dividir isso aqui in loco, no momento
em que está acontecendo.”
A seguir, a energia verde sobe e enche a mi-
nha cabeça com uma sensação maravilhosa que
não tenho palavras para descrever. O ponto onde
eu mais sinto ainda é na parte alta posterior da
cabeça. O meu corpo entorpece por inteiro e sinto
minha cabeça pender um pouco para baixo, quase
encostando no pescoço.
Em projeção astral
Daí, um turbilhão suave invisível (se é que posso
chamar assim) me arrebata abruptamente pelas
costas e para cima. Vejo-me totalmente lúcido fora
do corpo e acima dele, a cerca de três metros no ar.
Flutuo sentado no ar, na mesma posição em que
o meu corpo físico está sentado. Parece que estou
sentado num colchão de ar invisível.
Olho para baixo e vejo o meu corpo sentado com
a cabeça caída meio de lado. Parece uma pessoa
dormindo sentada.
Percebo que extrafisicamente sou como uma
cópia exata da aparência do corpo abaixo, inclusive
com o short azul e sem camisa. Entretanto, há um
brilho claro em torno de mim, e, no físico, só vejo
sua forma carnal mesmo, sem o brilho suave que o
corpo espiritual apresenta naturalmente.
 Presto atenção na cabeça física logo abaixo. transe e que sua mente está em estado alterado de
Apesar dos 41 anos de idade, na época, e de alguns consciência para outros planos de manifestação.
fios já grisalhos, até que o meu cabelo ainda estava A fumaça se intensifica. Dou uma risada e
bem pretinho. E mais: havia uma pequena calva penso:
bem na parte alta posterior (mas nada de tão de- “Aqui tem fumaça ectoplásmica, fumaça de
vastador quanto vejo em alguns amigos meus!...) cachimbo xamânico e fumaça de incenso de sân-
Como estou bem consciente mesmo (inclusive, dalo. Isso é uma mistura de projetor e médium com
ainda continuo ouvindo o pessoal lá na rua e a xamã e iogue. Acho que Manitu e Shiva devem
música aqui do quarto), aproveito para observar estar gostando.”
os detalhes do processo projetivo. Aprofundo a Lá na rua alguém colocou uma música alta.
paravisão (visão extrafísica) e vejo que estou den- Aqui dentro, rolando canto xamânico com música
tro de um campo de força esfumaçado (cúpula de clássica. Penso comigo mesmo:
atividade do cordão de prata). De várias partes “Isso é uma mistura de Pena Branca com Be-
do corpo físico para cima se desprendem vários thoven.”
filamentos branco-brilhantes, notadamente de três A seguir, sinto a aura do corpo espiritual
áreas: a boca posterior do chakra cardíaco, da base dilatar-se amplamente. Aos poucos, toda aquela
da coluna e da base da nuca. Mas o interessante é fumaça brilhante me envolve completamente. Lá
que eles não chegam até a mim, parecendo sumir embaixo o xamã canta mais alto. É interessante,
no ar a cerca de uns dois metros de altura, logo não sei o que ela significa, mas parte de mim re-
abaixo de onde estou sentado no ar. Porém, sinto conhece essa canção e sabe que é uma prece ao
que estou preso energeticamente por algo invisível Grande Espírito.
na base da nuca. Tento lembrar-me dela, mas não consigo. En-
tão, penso no Grande Espírito e sinto uma alegria
serena elevando minha consciência.
A presença do velho xamã E aí, acontece a maravilha consciencial: minha
Então, tenho uma surpresa: surge do meu lado lucidez se expande e fico absolutamente concen-
esquerdo, sentado no ar, o mesmo xamã que eu trado dentro da paratesta (testa extrafísica, local do
havia visto antes. Sua figura é suave e genero- parachacra frontal), como um ponto mental, uma
sa. Lembra aqueles mestres indígenas cheios consciência sem sensação de barulho, música ou
de sabedoria ancestral. Ele está vestido à moda corpo algum, nem físico ou astral.
indígena americana das tribos das terras quentes
da América do Norte. Em sua mão esquerda ele
segura um cachimbo aceso. Do mesmo escapa uma
tênue fumaça.
Ele me olha serenamente e faz um gesto de
saudação com a cabeça.
Por instantes, ele se concentra e do cachimbo
emana uma fumaça mais forte. Noto que quanto
mais forte ela é, mais o campo de força se es-
fumaça também, e os filamentos energéticos
ficam mais grossos e mais brilhantes. Penso
que tudo isso é resultado de uma ativação
kundalínica e de processos ectoplásmicos
anímicos-mediúnicos.
Então, ele desliza no ar para baixo e
senta-se de pernas cruzadas ao lado es-
querdo do meu corpo físico abandonado.
Eu continuo sentado no ar logo acima,
ligeiramente balançando de um lado
para o outro suavemente, porém sem
poder escapar de alguma força invisível
que me prende por trás da nuca.
O amparador-xamã começa a en-
toar um canto indígena e a manipular
energias com as paramãos. Em dado
instante, ele começa a bater no chão
com elas, como se o chão fosse um
tambor. Sinto que o cara entrou em

6161
Viagem espiritual
Consciência entre as estrelas
Abre-se algo ali (passagem interdimensional?
Portal espiritual? Sei lá, mas abriu-se alguma
coisa). Sinto-me passando por dentro dessa es-
pécie de passagem em minha própria paratesta e
adentrando o espaço sideral. Daí, desprendo-me
do corpo espiritual e mergulho nas estrelas com
a consciência expandida, e sinto-me como pura
consciência entre as estrelas. Pareço um cometa
pensante, uma centelha eterna consciente, sem
corpo algum, só consciência serena.
Ao mesmo tempo, também sou alegria e amor
pensante. Parece que estou sulcando o tecido este-
lar com a minha presença. Parece que estou lá na
ponta do universo, e aqui no começo dele também,
mas tudo isso sem sair de mim mesmo, e ao mesmo
tempo tendo consciência das estrelas em torno. E
sinto que está tudo em seu lugar na economia uni-
versal, não há nada parado, e tudo vibra na energia
do Todo. E o amor é o elã vital que une a tudo e a
todos. Os planetas, os sóis, as estrelas, as pessoas,
os grãos de areia, os átomos, tudo fruto desse amor.
Tudo sem fim e sem começo, apenas existindo, como
deve ser. Tudo vivo. Tudo vibrando.
Das bactérias aos centros galácticos, do grão
de areia aos buracos negros, da gotinha de água
ao Multiverso, das fossas abissais dos oceanos
aos turbilhões intergalácticos, dos corpos mortos
e transformados dentro da terra aos arquitetos
siderais, e do homem da Terra aos homens do
espaço, pulsa um mesmo amor incondicional. As
notas musicais do Grande Arquiteto do Universo
compõe a incomensurável sinfonia da vida. E sua
música viaja dentro de cada criatura.
No centro das estrelas, e no centro de mim mes-
mo, manifesta-se o mesmo Grande Espírito. Tudo
é Ele! Tudo é Ele! Tudo é Ele!
Imerso num oceano de ideias e sentimentos
elevados, percebo que é hora de voltar ao espaço/
62
Desprendo-me do corpo espiritual
e mergulho nas estrelas com a
consciência expandida
tempo convencional. Sinto que o meu corpo espi-
ritual requer minha consciência e que as malhas
vibracionais sutis do cordão de ouro estão exercen-
do a sua função de ancoragem astral.
Se é que posso expressar-me assim, em instantes
me vejo dentro daquela espécie de passagem cons-
ciencial na paratesta. A seguir, estou dentro do corpo
espiritual flutuando logo acima do corpo físico.
E, segundos depois, sou puxado abruptamente
para dentro do corpo físico sentado no chão do
quarto. Sinto uma pequena repercussão física
(aquela típica sensação de cair dentro do corpo
vindo de grande altura) e abro imediatamente os
olhos físicos, sem perder a lucidez em nenhum
instante.
À minha esquerda, o xamã está em pé e dan-
çando alegremente. Os seus olhos brilham muito, e
eu sinto que ele está grato ao Grande Espírito pela
experiência espiritual ter dado certo.
Estico o corpo e olho para o toca-discos. O
disco de vinil está na última música. Ou seja, se
passaram apenas uns 15 minutos, muito embora
para mim a sensação do tempo transcorrido pareça
bem maior.
Penso em correr para o computador para regis-
trar tudo. Olho para o lado e o xamã faz um gesto
positivo com a cabeça.
Recebi tudo isso como mais um presente da
Espiritualidade, por isso, quero compartilhar com
vocês essa alegria. E sei que fui fecundado com
muitas ideias elevadas que agora o meu cérebro
físico não aguenta registrar, mas que se transforma-
rão posteriormente em novos textos e mensagens
espirituais a serem veiculadas para as pessoas
interessadas em temas espirituais.
Lá embaixo, a galera ainda está na gandaia. Aqui
dentro, estou quieto e refletindo sobre tudo isso. Eles,
vocês e eu, todos frutos do mesmo amor. Todos nós
somos estelares. Somos viajantes espirituais apor-
tados temporariamente nos sítios da Terra, que nos
hospeda com generosidade por um tempo. Estamos
revestidos de corpos densos e sutis, mas somos pura
consciência. Somos o Eterno na carne e no Astral.
Somos imortais mesmo! Somos bem melhores do que
sabemos! Somos mais brilhantes do que supomos!
Wagner Borges realiza cursos e palestras no
Instituto de Pesquisas Projeciológicas
e Bioenergéticas, em São Paulo.
Mais informações: www.ippb.org.br ou (11) 2063-5381.
 O despertar da
consciência
Este despertar em relação à vida, às nossas escolhas e ao nosso caminhar
depende da proximidade com a nossa alma, com nossa realidade interior
Por Elizabeth de Freitas
D espertar é o ato de acordar para algo, para mo-
vimentos que nos permitam alcançar a nossa
plenitude. Somente pessoas plenas são capa-
zes de alçar voos que as levem ao mundo desejado.
Este despertar, que é único e muitas vezes solitário,
exige que acordemos para nossas necessidades e
disponibilidades e a capacidade de se despir de
certos valores, crenças e inquietações indesejadas.
É necessário se vestir do novo e se permitir a mo-
mentos de introspecção e contemplação diante dos
nossos mais íntimos e secretos anseios.
Quando percebemos a necessidade desse mo-
vimento, acordamos para o que batizei de “o des-
pertar da consciência”. Este movimento do acordar
é um chamado da alma, que, inquieta, nos alerta
para a nossa postura, para o nosso comportamento
diante da vida terrena, o qual, muitas vezes, pode
estar contribuindo para o insucesso da nossa vida
nos campos pessoal, profissional, da saúde ou na
sua totalidade.
O primeiro passo é se conscientizar de que o
homem possui uma alma, que é o seu “eu” real,
um ser divino e poderoso. Que o nosso corpo é
um templo dessa alma, que nos guia, nos protege;
e que nosso eu superior é uma centelha divina
imortal.
O segundo é que somos seres vindos à Terra
com a missão de obter conhecimento, desenvolver
virtudes e extinguir de dentro de nós o que não é
saudável.
Outro ponto é que devemos compreender que
a nossa estadia pela Terra – que chamamos de
vida – não é mais que um rápido curso na busca
da evolução. Quando a nossa alma está em paz,
em harmonia com a nossa missão na Terra, tudo
caminha tranquilo, em paz, feliz e saudável. O
conflito aparece quando somos atraídos para fora
da senda traçada pela alma, fruto dos nossos de-
64
sejos terrenos.
O despertar da consciência é a compreensão
da unidade das coisas. É a compreensão de que o
divino é o único conhecedor das nossas necessi-
dades e dos ditames da nossa alma. Este despertar
também nos dá a certeza de que, por mais dolorosos
e trágicos que possam parecer alguns acontecimen-
tos do mundo, é fundamental compreendermos
que eles são apenas instrumentos usados para a
evolução do homem e que mesmo o infortúnio age
sob a intervenção de certas leis, que nos estimulam
a evolução.
Quando adquirimos este nível de consciência,
sinônimo de maturidade, passamos a manter uma
comunhão com nosso eu. Passamos a desenvolver
a individualidade. Aprendemos a obedecer aos
desígnios divinos e, naturalmente, nos convertemos
em nossos próprios senhores, tomando posse da
nossa vida, governando as marés altas sem jamais
deixar nossas escolhas em mãos alheias.
Este despertar em relação à vida, às nossas esco-
lhas e ao nosso caminhar depende da proximidade
com a nossa alma. Quanto maior este encontro,
maior serão a paz, a tranquilidade, a harmonia e
o encontro com a “verdade” que nos libertará de
toda e qualquer inquietação.
Ouça a sua alma!
O despertar da consciência também nos propõe
a reservarmos momentos diários para pensar na
beleza da paz, no contentamento da alma e nos
benefícios da calma. Na infância e na adolescência,
quando ainda não estamos tão envolvidos com o
materialismo, ficamos mais próximos da nossa alma
e temos ideias mais claras quanto à nossa missão
nesta vida e uma consciência maior das tarefas que
precisamos desenvolver.

Façamos a nossa escolha! Despertemos a cons-
ciência, esta que nos remete a uma visão global e
espiritualizada do ser humano, com suas realidades
metafísicas e a necessidade do autodesenvolvimen-
to, individual em sua trajetória evolutiva.
Escrever uma nova página na história da nossa
vida depende de ter a consciência clarificada de
que toda dificuldade que surge em nosso caminho
é um desafio para ir além de si mesmo.
Imagem: Bigstockphoto
Que todos nós nos esforcemos a cada dia para
estimular o crescimento do eu superior e que
através do despertar da consciência possamos
verdadeiramente manter uma comunhão com a
nossa essência divina.
Elizabeth de Freitas é jornalista e escritora, autora do
livro O Despertar da Consciência, à venda nas livrarias
de todo o Brasil. Contato: eedefreitas@ig.com.br
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