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PROVA PERICIAL CONTÁBIL - ASPECTOS GERAIS E

PROCESSUAIS

PROVA PERICIAL CONTÁBIL - ASPECTOS GERAIS E PROCESSUAIS


Revista dos Tribunais | vol. 812/2003 | p. 64 - 72 | Jun / 2003
Doutrinas Essenciais de Direito Civil | vol. 5 | p. 1235 - 1245 | Out / 2010
Doutrinas Essenciais de Processo Civil | vol. 4 | p. 631 - 641 | Out / 2011
DTR\2003\672

Paulo Antônio Kretzmann


Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

Área do Direito: Processual


Sumário:

1. Introdução - 2. Perícia como prova - 3. Características da prova pericial - 4. Sujeito da


perícia - 5. Pressupostos de realização da perícia - 6. Da capacidade para a realização da
prova pericial e procedimento do perito - 7. O perito-contador - 8. Da escusa,
impedimentos e suspeição do perito - 9. O rito processual - 10. Desenvolvimento dos
trabalhos - 11. Bibliografia

1. Introdução

Adotou a legislação pátria o sistema da prova relacionada, isto é, a lei indica quais são
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os meios de prova admitidos, seguindo a linha do direito francês e italiano, mas não
impede outros que não os relacionados. Ao contrário do sistema adotado por Portugal e
Chile, que determina de forma taxativa quais são as provas cabíveis, não admitindo
outros.
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E é no Código Civil (LGL\2002\400), portanto no direito substantivo, em seu art. 136,
que vamos encontrar a determinação dos meios, de forma limitativa. Contudo, não
proíbe, ou mesmo impede, sejam aceitos outros meios de prova.

O antigo Código de Processo Civil (LGL\1973\5), datado de 1939, não enumerava as


provas admitidas, mas dispunha que seriam bem-vindas "todas as espécies de provas
reconhecidas nas leis civis e comerciais".

Já o Código de Processo Civil (LGL\1973\5) vigente, que é datado de 1973, ao tratar das
provas no capítulo VI, na seção I, nas Disposições Gerais, diz em seu art. 332 que:
"Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados
neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a
defesa".

Delineados vemos assim, com elementos objetivos e normativos - moralmente legítimos


- os meios de prova permitidos pelo direito positivo, não se relegando ao oblívio que a
especificação exaustiva seria impossível e improvável, mormente ante o grande leque de
meios e técnicas que são apresentados pelo desenvolvimento científico atual. O que
antes parecia impossível de ser comprovado, hoje não o é (v.g.: exame de DNA, na ação
investigatória de paternidade).

2. Perícia como prova


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Perícia, segundo José Frederico Marques, "é a prova destinada a levar ao juiz elementos
instrutórios sobre algum fato que dependa de conhecimentos especiais de ordem
técnica".

A prova pericial, genericamente tratada no Código de Processo Civil (LGL\1973\5), no


art. 420, consistente em três espécies, a saber: exame, vistoria e avaliação.

Exame é a inspeção realizada por perito para cientificar-se da existência de algum fato
ou circunstância que interesse a solução do litígio. O exame pode ter por objeto coisas
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móveis, semoventes, livros comerciais, documentos e papéis em geral, e até mesmo


pessoas (como verbi gratia, no exame médico).

Vistoria é a perícia que recai sobre bem imóvel. Por fim, avaliação é o exame destinado
a verificar o valor em dinheiro de alguma coisa ou obrigação. Também é denominada
arbitramento, vocábulo utilizado pelo CPC (LGL\1973\5) nos arts. 18, § 2.º, 606, 607,
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627, § 1.º, e 1.206.

3. Características da prova pericial

A prova pericial possui função supletiva, com o que se caracteriza, e tem por finalidade,
ante a falta de aptidão pessoal do juiz, ante a falta de conhecimentos técnicos, fazer
uma apreciação dos fatos e suas conseqüências, verificando se existentes ou ocorrentes.
Denota a necessidade de aptidão especial, de percepção técnica de especialista. No
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entanto, não substitui o juiz, e tampouco o vincula. Portanto, não é substitutiva ou
vinculativa do juiz. O perito na verdade não passa de um auxiliar do juízo (art. 139, CPC
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(LGL\1973\5)).

4. Sujeito da perícia

O perito - aquele que experimenta, que sabe porque é experiente - é o sujeito ativo da
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perícia. É aquele que vem a ser o auxiliar do juiz no ato de prestar a jurisdição.

Essa assistência ele a presta como perito percipiendi, ou como perito deducendi,
conforme as tarefas que lhe foram cometidas (declaração de ciência ou afirmação de um
juízo). É na segunda função, sobretudo, que ele atua de maneira predominante como
técnico; já na primeira, o seu papel é o de substituir o juiz em diligências de que este se
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subtrai por motivos de conveniência ou exigências do serviço judiciário.

Como tal constitui uma declaração de ciência, é um ato fato jurídico, a afirmação de um
juízo, traduzindo o meio de prova específico.

5. Pressupostos de realização da perícia

A realização da prova pericial está condicionada à necessidade, em vista da inexistência


de outras provas produzidas, elucidativas dos fatos a serem comprovados, bem como à
exigência de percepção técnica, hipótese em que será indeferida quando não depender
de conhecimento especial de técnico, e, por fim, da possibilidade de sua realização.

Portanto, não se fará perícia nas hipóteses em que a prova do fato não depender de
conhecimento técnico, podendo a percepção dos fatos, a verificação, ser feita pelo
próprio juiz. Assim vem a ocorrer quando o objeto da prova não demanda mais do que o
conhecimento ordinário.

De outra banda, se já estiverem comprovados os fatos - entenda-se os fatos da causa -,


por outros meios de prova, então está não será necessária. Por fim, tampouco será
realizada a prova pericial quando esta for reconhecidamente impraticável, como na
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hipótese de perecimento do objeto.

Daí resulta que o juiz pode, e deve, indeferir o pedido de perícia, quando esta se mostrar
desnecessária ao deslinde da questão.

Em sua forma de realização, poderá consistir apenas na inquirição pelo juiz do perito e
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dos assistentes, o que se dará por ocasião da audiência de instrução e julgamento.

6. Da capacidade para a realização da prova pericial e procedimento do perito

Ao nomear o perito deverá o juiz, além de atentar para os aspectos de confiabilidade e


capacidade técnica, observar atentamente a competência legal para a realização da
prova.

Se o perito nomeado carecer de conhecimento técnico ou científico, será substituído (art.


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424, I, CPC (LGL\1973\5)). Também o será se, sem motivo justificado, deixar de
cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado. No caso estará o juiz, antes de tudo,
velando pela celeridade do processo, já que, necessária a perícia, não podem as partes
ficar esperando a apresentação das conclusões de forma indefinida, o que causaria
evidente atraso no julgamento.

Verificada tal hipótese - excesso de prazo - o juiz comunicará a ocorrência à corporação


profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, cujo montante terá como
determinante o valor da causa e o possível prejuízo ao processo que do atraso se
verificar.

Exige a lei que o perito cumpra com escrúpulos o encargo que lhe foi confiado (art. 422,
CPC (LGL\1973\5)), isto é, deverá desempenhar sua função de forma meticulosa, com
cuidado e retidão, independentemente de prestar compromisso por termo próprio. A
exigência quanto à forma de realização do trabalho encontra-se na própria lei
processual. Não raro, é também observada nos códigos de ética que regem todas as
atividades profissionais devidamente organizadas.

7. O perito-contador

A perícia contábil é mister de competência privativa de contador (e guarda-livros)


devidamente habilitado perante o Conselho Regional de Contabilidade da respectiva
jurisdição, segundo dispõe o Dec.-lei 9.295, de 27.05.1946, em seus arts. 25, alínea c, e
26, além do disposto no § 1.º, do art. 3.º, da Resolução 560-83, e no art. 20 da
Resolução 825-98, do Conselho Federal de Contabilidade.

Estabelecendo o referido diploma as atribuições do contador e do técnico em


contabilidade, em seu art. 25, considera trabalhos técnicos de contabilidade, dentre
outros, a realização de:

"c) perícias judiciais ou extrajudiciais, revisão de balanços e de contas em geral,


verificação de haveres, revisão permanente ou periódica de escritas, regulações judiciais
ou extrajudiciais de avarias grossas ou comuns, assistência aos Conselhos Fiscais das
sociedades anônimas e quaisquer outras atribuições de natureza técnica conferidas por
lei aos profissionais de contabilidade".

Mais adiante diz:

"Art. 26. Salvo direitos adquiridos ex vi do disposto no art. 2.º do Dec. 21.033, de
08.02.1932, as atribuições definidas na alínea c do artigo anterior são privativas dos
contadores diplomados".

Dentre os trabalhos relacionados à perícia contábil, citam-se:

"- avaliação de acervos patrimoniais e verificação de haveres e obrigações, para


quaisquer finalidades, inclusive de natureza fiscal;

- avaliação dos fundos do comércio;

- apuração do valor patrimonial de participações, quotas ou ações;

- reavaliações e medição dos efeitos das variações do poder aquisitivo da moeda sobre o
patrimônio e o resultado periódico de quaisquer entidades;

- regulações judiciais ou extrajudiciais, de avarias grossas ou comuns;

- revisões de balanços, contas ou quaisquer demonstrações ou registros contábeis;

- quando decorrentes de trabalho pericial: apuração de haveres e avaliações de direitos


e obrigações, do acervo patrimonial de quais-quer entidades, em vista de liquidação,
fusão, cisão, expropriação no interesse público, transformação ou incorporação dessas
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entidades, bem como em razão de entrada, retirada, exclusão ou falecimento de sócios,


quotistas ou acionistas;

- levantamentos de balanços especiais para fins de determinação do patrimônio líquido,


em decorrência de trabalho pericial;

- magistério de disciplina de Perícia Contábil, nos Cursos de Ciências Contábeis;

- assistência aos comissários nas concordatas, aos síndicos nas falências, e aos
liquidantes de qualquer massa ou acervo patrimonial".

8. Da escusa, impedimentos e suspeição do perito

A lei processual (art. 146, CPC (LGL\1973\5)) prevê que o perito nomeado pelo juízo
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possa escusar-se do encargo ao qual foi nomeado se alegar motivo legítimo.

Assim ocorrendo, caberá ao perito nomeado pelo juiz postular sua substituição,
mediante petição nos autos, traduzindo, mesmo que de forma sumária, mas
convincente, o motivo alegado. Para tanto dispõe de cinco dias, que serão contados da
data em que for intimado e tomar ciência de sua designação como perito do juízo, ou,
noutra hipótese, da data da ocorrência de fato impediente superveniente. Se assim não
o fizer, perderá a oportunidade de alegar, pois a lei reputa que renunciou a tal direito.

O vocábulo escusa aqui utilizado não possui outro sentido que não o de dispensa.
Acolhido o motivo pelo juiz, dar-se-á a pronta substituição do perito nomeado (art. 423,
CPC (LGL\1973\5), última parte).

Mas há também os casos de afastamento do perito do processo por impedimento ou


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suspeição, quando verificadas quaisquer das hipóteses previstas na Lei (art. 183, III,
do CPC (LGL\1973\5)), recusa esta que cabe ser dirigida não só ao perito, como também
aos assistentes técnicos, e deve ser veiculada, pena de preclusão, pela parte, e em
petição devidamente fundamentada, na primeira oportunidade em que couber falar nos
autos (art. 138, § 1.º, CPC (LGL\1973\5)), a partir da respectiva indicação, se os
motivos já forem conhecidos, ou então a partir da ciência da circunstância de fato que
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autorize a suspeição ou o impedimento.

A forma de processamento do incidente encontra-se no § 1.º do art. 138 do CPC


(LGL\1973\5). Apresentada a argüição, esta será autuada em separado,
oportunizando-se o contraditório. O perito então poderá, em cinco dias de sua intimação,
apresentar sua resposta. Decidirá o juiz o incidente, com ou sem a produção de provas.

Ressalta claro que o impedimento ou a suspeição deve vir em petição devidamente


fundamentada e instruída, sob pena de indeferimento de pronto. O processamento e
julgamento do incidente, quando argüido perante o tribunal, caberá ao relator (§ 2.º).
De tudo resulta que a substituição do perito e assistentes cabe ser feita pelo juiz, por
iniciativa própria, nas hipóteses legais, e também por provocação das partes.

Também refere o tema a NBC P2 (Normas Brasileiras de Contabilidade), nos itens 2.2.3
(escusa por motivo legítimo ou foro íntimo) e 2.4.1, quando trata dos impedimentos.

9. O rito processual

A prova pericial pode ter sua realização determinada de ofício pelo juiz, ou mesmo a
requerimento das partes e do Ministério Publico. Há casos em que a própria lei
determina a realização de perícia ( e.g., apuração de haveres do sócio de sociedade por
cotas de responsabilidade limitada).
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Ao nomear o perito o juiz assinará prazo para a realização dos trabalhos, variando este
em conformidade com a complexidade dos mesmos, o local de sua realização, o tempo
necessário à prática das diligências, a preparação de elementos técnicos etc.

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As partes serão, então, intimadas do despacho de nomeação, cabendo-lhes, em 5


(cinco) dias (1) indicar assistente técnico e (2) apresentar quesitos.

Poderão, também, apresentar as partes quesitos suplementares durante a diligência.

Observando o princípio do contraditório e o crivo da admissibilidade, serão admitidos ou


não, dando-se ciência, através do escrivão, à parte contrária - art. 425, CPC
(LGL\1973\5).

Em qualquer hipótese caberá ao juiz indeferir os quesitos impertinentes e mesmo


formular os quesitos que entender necessários ao esclarecimento da prova.

Ao indeferir quesitos caberá ao juiz agir prudentemente, já que muitas vezes perecem
eles desnecessários quando não o são, já que contém elementos técnicos de
desenvolvimento da própria perícia.

Ordinariamente o magistrado, ao determinar a realização da prova pericial, nomeando o


perito, de pronto formulará seus quesitos.

Também fixará o prazo para a realização da prova, bem como a data de seu início e
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local, o que também caberá ao perito indicar.

A perícia é ato complexo que envolve atos de preparação e os da efetiva realização.

10. Desenvolvimento dos trabalhos

Ao desenvolver o trabalho para o qual foi nomeado, deverá o perito - e mesmo o


assistente técnico indicado - observar a confiança nele depositada pelo magistrado,
desempenhando o seu mister de forma imparcial, mantendo sigilo, atuando com
responsabilidade e zelo.

Para tanto, no desempenho da função, poderão o perito e os assistentes técnicos


utilizar-se de todos os meios necessários, cabendo-lhes ouvir testemunhas, obter
informações, solicitar documentos que estejam em poder das partes, ou mesmo em
poder de repartições públicas, o que se fará diretamente ou por intermédio do juiz, em
especial naqueles casos em que os elementos, pela sigilosidade, requeiram intervenção
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judicial na sua apresentação.

Aqui cabe salientar a igualdade de direitos que a lei processual confere tanto ao perito
quanto aos assistentes técnicos no tocante ao desempenho de suas funções, o que tem
fundamento no princípio da igualdade das partes, já que não seria admissível que a
prova pudesse ser produzida com tais meios pelo perito do juízo, deles ficando afastados
os assistentes.

E na utilização dos meios necessários entende-se que são somente aqueles destinados à
prova reclamada, descabendo aos experts desbordarem do tema de prova, indo além,
utilizando meios de informação que se encontrem fora dos limites da perícia.

Por outro lado, se as circunstâncias do caso concreto, ou mesmo a legislação específica


determinar a utilização de tais ou quais métodos científicos de realização da perícia,
então não poderão o perito e assistentes técnicos outros utilizar, sob pena de se ver
maculado todo o trabalho, tornando-se, assim, imprestável. Por fim, tudo será relatado
no laudo, que será instruído com a documentação pertinente, e mesmo com plantas,
fotografias, mapas, etc.

Antigamente o perito reunia-se com os assistentes técnicos das partes, combinando local
e hora para a verificação dos elementos da prova. Quando havia acordo em relação à
conclusão dos trabalhos, lavravam laudo único, firmado por todos. No caso de
divergência, lavravam cada qual seu laudo - perito e assistentes -, fundamentando suas
razões.

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Tal procedimento foi revogado pela Lei 8.455, de 24.08.1992, que determinou na nova
redação ao art. 433 do CPC (LGL\1973\5), que o perito apresentará o laudo em cartório,
no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e
julgamento.

Muitas vezes a perícia é determinada, com o designar do perito, sem que a data de
audiência seja desde logo aprazada. Não importa.

Cabe ao perito a apresentação do laudo no prazo fixado pelo juiz. Se verificar que não
poderá concluir os trabalhos no prazo fixado, e havendo motivo justificado, o juiz, a
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pedido do perito, prorrogará o prazo, segundo seu prudente arbítrio.

Já os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres no prazo comum de 10 (dez) dias,


após intimadas as partes da apresentação do laudo.

A intimação será feita pelo cartório, às partes, na forma da lei processual.

Atualmente não mais existe a previsão de intimação do perito e assistentes para prestar
o compromisso legal, o que antecedia a realização dos trabalhos. A dispensa de
compromisso é prevista no art. 422 do CPC (LGL\1973\5).

Com a nova redação do artigo citado, observa-se que a obrigação do perito de cumprir
"escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido" deriva da própria lei, respondendo
este pelos seus atos, tanto na esfera civil, como na esfera penal e administrativa,
independentemente de compromisso.

Já os assistentes, porque são considerados técnicos de confiança da parte, não estão


sujeitos a impedimento ou suspeição. Isso não dispensa os assistentes de apresentarem
as condições técnicas e legais ao desempenho do trabalho, sem o que seus resultados
sequer serão considerados.

11. Bibliografia

AMARAL SANTOS, Moacyr. Comentários ao Código de Processo Civil (LGL\1973\5). 2. ed.


Rio de Janeiro: Forense, 1977, vol. IV.

_____. Direito processual civil. Rio de Janeiro: Max Limonad, 1969, vol. II.

_____. Prova judiciária no cível e comercial. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 1983, vol. I.

BURGARELLI, Aclibes. Tratado das provas cíveis. Juarez de Oliveira, 2000.

BUSSADA, Vilson. A prova pericial cível interpretada pelos tribunais. 1. ed. Edipro, 1994.

MARQUES, José Frederico. Manual de direito processual civil. São Paulo: Saraiva, 1977.
vol. 2.

(1) AMARAL SANTOS, Moacyr. Prova judiciária no cível e comercial. São Paulo: Saraiva,
vol. 1, n. 48.

(2) "Art. 136. Os atos jurídicos, a que se não impõe forma especial, poderão provar-se
mediante: I - confissão; II - atos processados em juízo; III - documentos públicos ou
particulares; IV - testemunhas; V - presunção; VI - exames e vistorias; VII -
arbitramento."

(3) Manual de direito processual civil - Da prova pericial , vol. 2, § 71.

(4) Idem, n. 487.


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(5) CPC (LGL\1973\5), art. 436: "O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo
formar a sua convicção com outros elementos ou fatos provados nos autos".

(6) CPC (LGL\1973\5), art. 139: "São auxiliares do juízo, além de outros, cujas
atribuições são determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o oficial
de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete".

(7) CPC (LGL\1973\5), art. 145: "Quando a prova do fato depender de conhecimento
técnico ou científico, o juiz será assistido por perito, segundo o disposto no art. 421".

(8) Manual de direito processual civil - Da prova pericial, vol. 2, n. 488, op. cit., n. 3.

(9) art. 420, parágrafo único, CPC (LGL\1973\5): "O juiz indeferirá a perícia quando: I -
a prova do fato não depender do conhecimento especial de técnico; II - for
desnecessária em vista de outras provas produzidas; III - a verificação for impraticável".

(10) art. 421, § 2.º, CPC (LGL\1973\5) (Redação da Lei 8.455, de 24.08.1992).

(11) CPC (LGL\1973\5), art. 146: "O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo
que lhe assina a lei, empregando toda a sua diligência; pode, todavia, escusar-se do
encargo alegando motivo legítimo. Parágrafo único. A escusa será apresentada, dentro
de cinco dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob pena de se
reputar renunciado o direito a alegá-la (art. 423). (Redação dada ao parágrafo pela Lei
8.455, de 24.08.1992)".

(12) Art. 134. "É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou
voluntário: I - de que for parte; II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou
como perito, funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como
testemunha; III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido
sentença ou decisão; IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o
seu cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na linha
colateral até o segundo grau; V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de
alguma das partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau; VI - quando for
órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa. Parágrafo
único. No caso do n. IV, o impedimento só se verifica quando o advogado já estava
exercendo o patrocínio da causa; é, porém, vedado ao advogado pleitear no processo, a
fim de criar o impedimento do juiz". Art. 135. "Reputa-se fundada a suspeição de
parcialidade do juiz, quando: I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;
II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de parentes
deste, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau; III - herdeiro presuntivo,
donatário ou empregador de alguma das partes; IV - receber dádivas antes ou depois de
iniciado o processo; aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou
subministrar meios para atender às despesas do litígio; V - interessado no julgamento
da causa em favor de uma das partes. Parágrafo único. Poderá ainda o juiz declarar-se
suspeito por motivo íntimo". Art. 138. "Aplicam-se também os motivos de impedimento
e de suspeição: (...). III - ao perito; (...) § 1.º A parte interessada deverá argüir o
impedimento ou a suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na
primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos; o juiz mandará processar o
incidente em separado e sem suspensão da causa, ouvindo o argüido no prazo de 5
(cinco) dias, facultando a prova quando necessária e julgando o pedido. § 2.º Nos
tribunais caberá ao relator processar e julgar o incidente".

(13) NBC P 2 - Normas Profissionais do Perito, n. 2.2.3, 2.4, 2.4.2.

(14) CPC (LGL\1973\5), art. 421: "O juiz nomeará o perito, fixando de imediato o prazo
para a entrega do laudo".

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(15) art. 431-A, CPC (LGL\1973\5).

(16) art. 429, CPC (LGL\1973\5).

(17) art. 432, CPC (LGL\1973\5).

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