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29/06/2016 107) 

CÁLCULO E EXECUÇÃO DE TIRANTES ANCORADOS NO TERRENO ­ NARESI ­ FUNDAÇÕES E GEOTÉCNIA

NARESI ‑ Pesquisar o site

FUNDAÇÕES E
GEOTÉCNIA
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100) Caso de Obra 1 -
107) CÁLCULO E EXECUÇÃO DE
TIRANTES ANCORADOS NO TERRENO
Estaca Raiz - Sítio
Pimental de Belo
Monte
101) Projeto, Reforço,
Reabilitação e
Recuperação de Túnel
Ferroviário O Futuro Sustentável do Brasil passa
102) Entendendo a
Norma de Tirantes
por Minas
103) Prova de Carga
104) RESINA ROCSOLO COBRAMSEG 2016 – Cong. Brasileiro
105) Cortina de
injeção de barragens
Mec. dos Solos e Eng. Geotécnica – 19-
106) Fck o que
aconteceu que não
22 Outubro, Belo Horizonte, Minas
deu o valor esperado ?
107) CÁLCULO E
Gerais, Brasil
EXECUÇÃO DE
TIRANTES ANCORADOS
NO TERRENO © ABMS, 2016
108) TERRAPLENAGEM
NO FUNDO DE LAGOA
COM ESGOTAMENTO
DE ÁGUA
(CÁLCULO E EXECUÇÃO DE TIRANTES ANCORADOS NO
109) Artigo -
Especificação e TERRENO. OBRAS REAIS.)
procedimentos de
sondagem à
percussão de simples
reconhecimento - SPT
99) Reportagem -
Tunnel Liner Luiz Antonio Naresi Junior (Apresentador)
Sitemap
PROGEO, BELO HORIZONTE, BRASIL, naresi@naresi.com /
naresi@progeo.com.br

RESUMO:

Este trabalho aborda em detalhes as questões de contenção

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com utilização de tirantes, através da execução das cortinas


atirantadas e prevenção de danos de deslizamento e ao
meio ambiente, focado nos serviços de contenção o
cuidado com a segurança do trabalho de seus
colaboradores pela e as leis vigentes exigidas no Brasil.
Um tirante é um dispositivo de obra de engenharia
especializada utilizado para ancorar estruturas de concreto
armado ao terreno de forma a conter uma encosta, iremos
descrever alguns métodos executivos para a construção de
uma cortina atirantada. É uma de contenção ativa de
solução e uso global para estabilização de taludes e
encostas, pela introdução de uma força correspondente a
um empuxo estabilizante que reage de contra massas
instáveis.
A execução de um tirante, assim como cortinas de concreto
armado fazem parte da solução estabilizante de maciços e
envolve vários serviços de engenharia como perfuração em
solo, alteração de rocha e rocha, injeção de calda de
cimento sob pressão, execução de forma, armação e
concretagem e finalmente a protensão dos tirantes,
trabalhos geralmente executados sobre andaimes
concomitantes a escavações manuais e mecânicas. Todo o
serviço presente na execução de tirantes envolve sérios
riscos à segurança do trabalhador.
Na maioria das situações, as condições dos locais envolvem
outros riscos de engenharia tais como; trabalho em altura,
escavações de vala e maciços em processo de
deslizamento.
Neste trabalho o autor, que é Engenheiro Civil, Engenheiro
de Segurança do Trabalho e Analista Ambiental, e
trabalhando desde que se formou com a arte da Geotécnia
conseguiu abordar em detalhes todos os procedimentos
executivos e a correspondente abordagem concomitante à
segurança do trabalho e danos ao meio ambiente e será de
grande utilidade para os profissionais envolvidos nesta
arte; engenheiros geotécnicos, projetistas, executores,
engenheiros de segurança do trabalho e seus respectivos
SESMT’s e técnicos de segurança do trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: CÁLCULO, EXECUÇÃO, TIRANTE,


ANCORADO, TERRENO, OBRAS.

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Obra descida da Serra - Br - 040 - Serra de Petrópolis - RJ

1. APRESENTAÇÃO DO TIRANTE

1.1. Protensão

Se a gente quiser levar uma porção de livros de uma vez só,


nós “os apertamos” como mostra a Figura 01 e assim
transportamos para o lugar que a gente quer. Se a gente
não apertar os livros uns contra os outros, como mostra a
Figura 02, eles cairão no chão.

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Figura 1: O Forte - Esforço horizontal

Figura 2: O Fraco - Esforço Horizontal

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Fonte: Acervo próprio

Este aperto, nós chamamos de "protensão".

É como se a gente fizesse um furo em todos os livros,


passando um parafuso rosqueado e colocasse uma porca
em cada lado e apertasse, como mostra a Figura 04.

Figura 3: O forte impressionado

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Figura 4: Esforço horizontal

Fonte: Acervo próprio

Esse parafuso nada mais é do que um tipo de tirante.

2.2 Tirante

O tirante dá um pouco mais de trabalho, mas a idéia é a


mesma.

Vocês sabem por que o nosso pé é para frente?

Figura 5: Apoio do Pé – Esforços que atuam.

Fonte: Acervo próprio.

Se nós cortarmos a ponta do nosso pé, nós iremos cair


porque perdemos a nossa sustentação.

Numa montanha, acontece a mesma coisa. Se escavarmos o


pé da montanha, ela perde a sustentação, e escorrega: à
parte de cima desmorona sobre a parte de baixo. Se logo
depois de cortarmos a montanha, a gente conseguir fazer
pressão contra ela (como nos livros sobre a mesa), a

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montanha não vai cair.

Figura 6: Desmoronamento de Talude

Fonte: Acervo Próprio

Mas, como fazer este aperto, se do outro lado não tem


ninguém para segurar?

Aí alguém teve uma idéia: fez um furo no barranco,


inclinado para baixo, encheu o furo com uma mistura de
água e cimento e colocou uma barra de ferro dentro.

Quando o cimento endureceu, ele “puxou” a barra de ferro


para fora, como se quisesse arrancá-la: o trecho aderente,
não deixou a barra sair. Aí ele fez um assoalho (fogueira)
de madeira, ou de perfis de aço ou de concreto, e embutiu
um dispositivo que não deixasse a barra voltar para a
posição original, e soltou a barra. Quando a barra se soltou,
ela “empurrou” o barranco, com uma força na direção
contrária ao do deslizamento não deixando o barranco ou
montanha escorregar.

Esta operação de “arrancamento” da barra do terreno


chama-se “protensão”, e quando solicitamos a barra, ela
“pressiona” o terreno (como nos livros sobre a mesa).

Esta força que aplicamos na barra chama-se “tração” ou


“tensionamento” e a barra (pode ser uma só, ou várias
agrupadas entre si) chama-se tirante.

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Figura 7: Princípio da Cortina Atirantada

Fonte: Acervo Próprio

2. PARA QUE SERVE UM TIRANTE

Como vimos acima, tirantes, são, portanto, elementos que


suportam forças de tração e servem para equilibrar as
forças exercidas por maciços de terra.

Como nós vimos, não podemos demorar na sua execução:


em geral os terrenos são fracos (se comparados com a
resistência do aço e do concreto) e com a ajuda da água,
que sempre está presente, desmoronam com facilidade.

Portanto, a rapidez e perfeição na execução de um tirante,


em todas as suas fases (perfuração do terreno, montagem e
instalação dentro do furo, injeção de calda de cimento e
pretensão) são condições indispensáveis, tanto para a obra
como para a segurança das pessoas que estão executando
a mesma.

3. Tipos de tirantes

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Hoje em dia existe uma enorme variação de tipos de


tirantes, citamos a seguir os mais usuais que podem ser
resumidos em :

3.1.1 Tirantes de fios

3.1.2 Tirantes de cordoalha

3.1.3 Tirantes de barras

Figura 8: Esquema de um tirante de barra

Fonte: Acervo Próprio

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Figura 9: Tirante de barra

Fonte: Acervo Próprio

Figura 10: Titantes de Fios / Cordoalhas

Fonte: Acervo Próprio

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Figura 11: Tirante de 8 fios Ф 8 mm

Fonte: Acervo Próprio

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Figura 12: Detalhe do trecho livre Fonte: Acervo Próprio

Figura 13: Entre trecho ancorado e livre

Fonte: Acervo Próprio

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Figura 14: Detalhe da proteção coletiva

Fonte: Acervo Próprio

Figura 15: Final do trecho ancorado

Fonte: Acervo Próprio

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Figura 16: Tirante de Cordoalha

Fonte: Acervo Próprio

Figura 17: Tirante com injeção de bancada

Fonte: Acervo Próprio

4. ELEMENTOS QUE DEVEM ESTAR NA

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OBRA

Para a execução de tirantes, devemos estar de posse na


obra, obrigatoriamente dos elementos que dizem respeito à
execução.

4.1. O relatório da sondagem

Diz o tipo de solo ou rocha que iremos perfurar, se é mole


ou duro, se tem água e se tem matacão, etc.

Este relatório de sondagem é muito importante para nos


dizer, que tipo de equipamento vamos empregar, que broca
ou martelo iremos usar e, se temos ou não que revestir o
furo, a maneira de injetar o tirante, as pressões a serem
aplicadas, os cuidados a serem tomados para que não se
danifiquem as construções vizinhas, etc.

4.2. Desenho de locação do tirante

Mostra onde devemos iniciar a perfuração: a tantos metros


do topo, a tantos metros do chão.

Colocar o tirante numa posição errada poderá trazer


transtornos mais tarde. Para isso é muito importante saber
em que posição fica a cabeça do tirante em relação ao
barranco.

4.3. Desenho informando a


característica do tirante

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a) Se, é de barra, de fios ou de cordoalhas;

b) Quantas barras, fios ou cordoalhas;

c) Qual o comprimento do tirante: livre, de ancoragem e de


sobra (para fora do terreno);

d) Qual a inclinação a ser dada na perfuração?

e) Qual o tipo de proteção anticorrosiva:

a. pintura: tipo de tinta, quantas demãos;

b. bainha: individual e/ou coletiva.

4.4. Boletins de execução

Os boletins de execução registra a história de cada tirante.

Por isso é fundamental o preenchimento correio e completo


que são: perfuração, montagem, injeção e pretensão.

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Figura 18: Boletim de montagem, perfuração e injeção de


Tirantes

Fonte: Acervo Próprio

Figura 19: Boletim de protensão

Fonte: Acervo próprio

5. MONTAGEM DE UM TIRANTE

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PROCEDIMENTO EXECUTIVO

Primeiro, vamos relacionar os materiais que comporão o


tirante: os fios de aço; os espaçadores; as bainhas; as
massas plásticas; as tintas; o tubo central, com válvulas de
injeção; o arame.

5.1. Os fios de aço

Tem que chegar na obra com certificado. O certificado


mostra a resistência dele, que devemos comparar com a
resistência marcada no projeto.

5.2. Espaçadores

A função dos espaçadores é montar os fios ou cordoalhas


separadas entre si, para que por ocasião da injeção, a calda
envolva uniformemente os mesmos na zona de ancoragem.
Eles são colocados a cada 0,5 metro de fio/cordoalha ou
2,5 metros em tirante de barra.

5.3. Bainhas

A bainha pode ser individual, coletiva ou conjunta. A bainha


vai isolar os fios ao longo do trecho livre, do contato com a
calda de cimento. A bainha individual é um tubo de plástico
que colocamos em cada barra ou em cada fio do tirante.

A bainha coletiva é um tubo ou mangueira que envolve o


conjunto de todos os fios simultaneamente.

A bainha conjunta é a utilização das duas bainhas,


individual e coletiva, ao mesmo tempo.

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A bainha também não pode rasgar. Por isso o tirante deve


ser manuseado com cuidado, principalmente quando for
colocado dentro do furo.

5.4. Massas plásticas

São colocadas na passagem da zona livre para a zona de


ancoragem em todos os tirantes, sejam eles definitivos ou
provisórios. No pé do tirante, colocar a massa plástica
somente quando o tirante é definitivo. Em tirante provisório
não é necessário.

5.5. As tintas

Antes da pintura, os fios ou cordoalhas devem ser limpos


cuidadosamente em toda a superfície para a remoção de
áreas de oxidação, pontos de ferrugem, gorduras e resinas.
A limpeza deve ser feita por escovamento manual ou
escova circular elétrica de chicote, até a remoção total dos
resíduos citados. Imediatamente após a limpeza, os
fios/cordoalhas deverão receber a primeira demão de tinta.
Essa tinta é composta por dois componentes, mais o
solvente. Este solvente, após a mistura dos componentes A
e B deverá ser adicionado na quantidade mínima e
gradativamente, o necessário e suficiente, para permitir a
aplicabilidade na superfície dos fios/cordoalhas. Não se
esquecer de retocar os pontos de apoio dos elementos na
bancada. Após a lixada leve, quando a tinta da primeira
demão demonstrar pega suficiente, ou seja, ela não
desgrudar da superfície do aço, deverá ser aplicada à
segunda demão.

Deve-se ler a instrução de uso da tinta constante na parte


externa da lata para verificar o tempo de cura recomendado
entre as demãos.

Nunca um tirante definitivo deverá ser montado sem que a


barra, fios ou cordoalhas estejam pintadas e curadas.

5.6. O tubo central

O tubo central, de PVC é a “coluna” ou “espinha dorsal” do


tirante. É ao redor dele que tudo vai ser feito. Ele deve ter o
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comprimento do tirante mais uma sobra para fora. Na zona


livre, ele é liso. Na zona de ancoragem, ele é furado com
furadeira elétrica, a cada 500 mm. São 8 furos de 6,3 mm.
Estes furos vão ser cobertos por um tubete de borracha de
100 mm de comprimento por 2 mm de espessura, com
batentes (colarinhos) laterais para evitar o seu
deslocamento ao longo do tubo.

Esse tubete é que chamamos de válvula manchete.

A sequência de montagem é:

1. cortar os fios do tamanho que o projeto manda. Prestar


atenção para acrescentar (aumentar) o comprimento em
mais 1 metro ou quanto o projeto exigir;

2. lixar os fios com lixa ou com escova de aço. Se for


cordoalha, limpar bem as frestas;

3. pintar os fios com duas demãos de tinta, conforme


descrito;

4. passar a barra, fios ou cordoalhas pêlos espaçadores


distanciados a cada 50 cm ou 2,5 metros na barra. Instalar
o tubo de injeção (PVC central) com o tampão de fundo e
fixar o conjunto com o arame. Em seguida, instalar as
bainhas individuais no trecho livre do tirante, fixando-as
firmemente com o arame. Se o tirante for definitivo, colocar
a bainha coletiva. A última etapa consiste em fixar e vedar a
ponta do tirante e a região que separa a zona livre da zona
de ancoragem.

6. INJEÇÃO DE TIRANTE
PROCEDIMENTO EXECUTIVO

A injeção de tirante serve para transferir a carga por


aderência das barras / fios / cordoalhas ao terreno, além de
criar uma capa de proteção adicional à pintura para que
eles não se oxidem com o tempo em contato direto com a
água do subsolo.

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Essa etapa de trabalho é executada em duas fases.

7. PROTENSÃO DE TIRANTE
PROCEDIMENTO EXECUTIVO

Passados 7 (sete) dias completos da cura do cimento


injetado (CP-II-E-32) ou 3 (três) dias completos quando se
utiliza o cimento de alta resistência inicial (CP-V-ARI), o
tirante poderá ser pretendido.

Todo tirante deverá ser testado com uma carga maior que
aquela na qual efetivamente ele vai trabalhar.

8. CÁLCULO DA ESTABILIDADE DO
TALUDE:

Para o cálculo e dimensionamento do sistema de


contenção, levaremos em consideração o trecho da cortina
atirantada que possui uma altura de 5,00 m e compreende
20,00 m de comprimento.

Cálculo dos empuxos ativos atuantes:

Solo 1: γ (kN/m³) = 1,8

C (kPA) = 2,0

∅ (º) = 26

Coeficiente de empuxo ativo:

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Ka = 0,390
√Ka = 0,625

sha = γ.Z.Ka – 2.C.√Ka + q.Ka

Pressões na cota EL. 99,30 (topo da contenção)

sh = – (2 x 2,0 x 0,625) + (8,0 x 0,390)

sh = 0,624 tf / m²

Pressões na cota EL. 94,30 (pé da contenção)

sh = (1,8 x 5,0 x 0,390) – (2 x 2,0 x 0,625) + (8,0 x 0,390)

sh = 4,138 tf / m²

Diagrama das Pressões atuantes:

Figura 44: Diagrama de pressões atuantes

Fonte: Acervo Próprio

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Empuxos na Contenção:

E1 = 0,624 x 5,00 = 3,120 tf / ml

E2 = 3,514 x 5,00 = 8,785 tf / ml

2,0

Empuxo Total Atuante:

3,120 + 8,785 = 11,905 tf / ml

Comprimento da Cortina: 20,00 m

Empuxo Total:

11,905 tf/m x 20,00 m = 238,10 tf

Para utilização de tirantes da SAS Protensão – CT= 35 tf,

238,10 tf : 35 tf/tirante = 6,80 tirantes

Adotado 16 tirantes - FS= 2,35 - ok!

9. CONCLUSÃO

Concluímos que a solução apresentada possui coeficiente


de segurança acima do recomendado na Estabilidade Global
e da Contenção.

Na Estabilidade Global, o sistema de contenção possui um


fator de segurança de 1,656, após a inserção dos
elementos resistentes aos esforços atuantes, como tirantes
e estacas. Os parâmetros de solo adotados foram os
descriminados acima.

Na Estabilidade da Contenção, os tirantes estão


dimensionados com fator de segurança de 2,35, também
acima do recomendado que é 2,0. O trecho analisado foi os
20,00 m de contenção que possui 5,00 m de altura com 16
da SAS Protensão de Ø 32 mm de diâmetro CT= 35 tf nos
comprimentos indicados no projeto.
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10. AGRADECIMENTOS

A todos que direta ou indiretamente participaram da


execução deste trabalho, especialmente SAS e a Progeo
Engenharia Ltda pela colaboração.

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NARESI JR, Luiz Antônio. Cortinas com tirantes. 2014.


Disponível em: www.naresi.com. Acesso em: 07/04/2015.

NARESI JR, Luiz Antônio. TRINDADE, Sérgio. Contenção de


Encosta. Revista Fundações e Obras Geotécnicas. Em foco.
Editora Rudder. Edição 55. Ano 6. p. 66-77, mai. 2015.

NARESI JR, Luiz Antônio.Segurança do trabalho em Obras de


Contenção com Utilização de Tirantes, (2008) Dissertação
de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Engenharia
de Segurança do Trabalho, Departamento de Engenharia
Civil, Universidade Federal de Juiz de Fora, 150 p.

Luiz Antonio Naresi Júnior é engenheiro civil com
ênfase na área de Saneamento, possui pós­graduação em
https://sites.google.com/site/naresifundacoesegeotecnias/107­calculo­e­execucao­de­tirantes­ancorados­no­terreno 24/25
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Engenharia de Segurança do Trabalho, Analista
Ambiental pela UFJF (Universidade Federal de Juiz de
Fora), e em Engenharia Geotécnica pela UNICID
(Universidade Cidade de São Paulo). É especialista em
obras de Fundação Profunda, Contenções de Encosta,
Obras de Artes Especiais, Projetos de Contenção,
Infraestrutura Ferroviária e Rodoviária. Atualmente é
sócio da ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos
Solos e Engenharia Geotécnica), diretor do Clube de
Engenharia de Juiz de Fora (MG) desde 2005, participa
como voluntario pela ABMS como apoio a defesa civil de
Belo Horizonte, Professor da Escalla Cursos para Mestre
de Obras (CEJF / CREA/MG), consultor de fundação
pesada e geotecnia, comercial e assessor da diretoria da
Empresa Progeo Engenharia Ltda. 

Endereços para contato:

LAN CONSULTORIA GEOTECNIA E FUNDAÇÕES - RPA


RUA DELFIM MOREIRA, 85 - SALA 701 - 2o andar
CEP. 36.010-570 - JUIZ DE FORA - MG - BRASIL

TEL.: (31) 99230-1333 - TIM


TEL.: (32) 98895-0837 - OI
 
www.naresi.com

 www.consultoria.naresi.com

naresi@naresi.com

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