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Nesta quarta aula do curso "O Segredo do Rosário", você irá descobrir o poder e a
imensa riqueza contida numa só Ave-Maria, à qual a Mãe de Deus, assunta em
corpo e alma à glória do Céu, responde com um eterno "Magnificat" em favor dos
que a invocam piedosamente.
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Dando continuidade ao nosso curso sobre O Segredo Admirável do Santíssimo
Rosário, de São Luís Maria Grignion de Montfort, estudaremos na aula de hoje a
segunda parte ou dezena do livro, em que se explicam as orações vocais de que
o Rosário está constituído: o Credo, o Pai-Nosso e a Ave-Maria. Não percamos
de vista, como dito anteriormente, que esta devoção, para ser completa e dar
todos os frutos de que é capaz, compõe-se essencialmente de dois tipos de
oração, de forma que a meditação (ou seja, a oração mental) dos mistérios da
vida de Cristo e de sua Mãe Santíssima deve perpassar e "preencher"
a repetição (isto é, a oração vocal) das fórmulas que a acompanham. Por isso, é
importante que a recitação do Rosário seja feita num ritmo tranquilo e sereno,
favorável a "uma certa demora a pensar" [1], a fim de que a inteligência e a
imaginação possam fixar-se nos mistérios contemplados, saboreando-os,
degustando-os e, a exemplo de Maria, conservando-os e ponderando-os no
coração (cf. Lc 2, 19.51).
Mesmo que nada sintamos, fatigados sob o peso de distrações ou do tédio deste
desterro, não tenhamos dúvida alguma de que cada Ave-Maria nossa,
prolongando os louvores de Santa Isabel à Mãe de seu Senhor, há de alegrar
tanto o Coração Imaculado de Nossa Senhora que ela, assunta em corpo e alma
à glória do Paraíso, prolonga por sua vez o cântico do Magnificat que
prorrompera outrora de seus lábios em louvor dAquele que fez nela maravilhas.
Creiamos com firmeza que o nosso humilde Rosário, ainda que recitado com
dificuldade, ressoa no Céu e move nossa Mãe querida a clamar de júbilo: "Minha
alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador,
porque olhou para sua pobre serva" (Lc 1, 46ss). E como aceitou o de Isabel, ela
aceita também o nosso modesto elogio e o refere Àquele "que é poderoso e cujo
nome é Santo" (Lc 1, 49). Com as contas do Terço em mãos, saibamos que o
pobre amor que pomos em cada Pai-Nosso, em cada Saudação Angélica, tem
como resposta os louvores e súplicas, ardentes de caridade, que em nosso favor
a Mãe de Cristo dirige a Deus, amando-O com um amor que nós, degredados
filhos de Eva, não somos capazes de Lhe dar.
Referências
3. Id., p. 24.