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PROJETO EXPERIMENTAL
A REPRESENTAÇÃO DA PROFISSIONAL PUBLICITÁRIA NA FICÇÃO:
ANÁLISE DA PERSONAGEM PEGGY OLSON
RECIFE
2021
FOLHA DE QUALIFICAÇÃO
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OLGA SIQUEIRA
PROFESSOR(A) DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL.
(AVALIADOR(A) INTERNO)
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CARLOS EDUARDO DIAS DE ARAÚJO
PROFESSOR DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL.
(ORIENTADOR DA DISCIPLINA PROJETO EXPERIMENTAL)
RECIFE
2021
SUMÁRIO
Introdução 4
1. Delineamento Metodológico 5
1.1. Tema 5
1.2. Problema 5
1.3. Objetivos 5
1.3.1. Geral 5
1.3.2. Específicos 5
1.4. Hipóteses 6
1.4.1. Básica 6
1.4.2. Secundárias 6
1.5. Justificativa 6
1.6. Procedimentos Metodológicos 7
2.Fundamentação Teórica 7
2.1. Tópico nº 1 7
2.1. Tópico nº 2 8
3. Cronograma 9
4. Referências 9
INTRODUÇÃO
Criada e produzida por Mathew Weiner, Mad Men: Inventando A Verdade é uma série
de televisão dramática estadunidense, que foi transmitida de 2007 a 2015. A série se passa
na década de 60, em uma agência de publicidade fictícia chamada Sterling Cooper, localizada
em Nova York. A trama foca na agência de publicidade, na vida pessoal dos personagens, e
nas mudanças sociais ocorridas na época. Mais do que uma ficção televisiva, Mad Men
continua sendo uma das séries que consolidou um novo período de ouro na indústria do
entretenimento, tendo conquistado diversos prêmios, incluindo 15 (quinze) Emmys e 4
(quatro) Globos de Ouro. No Brasil, a série foi transmitida em canais como: TV Cultura, HBO e
FOX. Atualmente pode ser encontrada na plataforma de streaming Prime Video.
Em sua trajetória compondo 7 (sete) temporadas, o audiovisual retrata o ambiente machista
no qual a protagonista desta pesquisa trabalha, local onde os cargos de criação e liderança
são ocupados majoritariamente pelos personagens masculinos. É nesse cenário que iremos
apresentar o desenvolvimento profissional da personagem Peggy Olson (interpretada por
Elisabeth Moss), uma mulher que inicia seu trabalho na Sterling Cooper como secretária, e vai
trilhando seu caminho até se tornar a primeira mulher redatora em um ambiente
extremamente machista e abusivo.
Serão abordadas a importância da representação da figura feminina através dessa
personagem, e as dificuldades impostas para a sua ascensão profissional, além das
consequências deste feito. Iremos entender que uma das principais dificuldades encontradas
pela personagem é a discriminação, que pode ser identificada de várias maneiras ao longo da
trama, dentre elas: a desigualdade de remuneração, de acesso a empregos e permanência
nestes, e na falta de oportunidades de ascensão e formação profissional quando comparada
aos homens.
A relevância do tema parte de que mesmo sendo uma ficção ambientada nos anos 60, as
informações trazidas neste material poderão ser tratadas como uma realidade vivida
atualmente, desigualdade no mercado de trabalho. A metodologia definida foi uma pesquisa
explicativa, que através de pesquisas bibliográficas e documentais, faz-se possível contemplar
os objetivos.
4
1. DELINEAMENTO METODOLÓGICO
1.1 Tema
1.2 Problema
1.3 Objetivos
5
1.4 Hipóteses
A carência de capacitação para mulheres na área de criação, tem relação com a quantidade
de profissionais masculinos que ocupam os cargos.
1.5 Justificativa
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trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta” (BEAUVOIR, 1987, p.x), mas esse
modelo igualitário do mercado de trabalho ainda está distante.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O início da carreira de Olson foi tomada por escolhas características da sociedade dos
anos 60, como a falta de oportunidade de outras áreas profissionais em um escritório se não a
de secretaria. Observamos suas ideias ecoar nas reuniões, e aos poucos ganhando destaque
e admiração, a personagem leva para o universo dos publicitários um olhar feminino aos
projetos, por muito tempo os produtos produzidos para mulheres carregavam o pensamento
de homens já que não era visto os cargos decisivos sendo ocupados pela voz feminina da
época. Mesmo não se tratando de um audiovisual baseado em fatos reais, conseguimos linkar
grandes autores que já se dedicaram em estudar a vida das mulheres, é possível associar na
série grandes marcos atingidos pela personagem. Com base nas diferentes abordagens
encontradas no desenvolvimento da personagem, é possível notar semelhanças com
contextos da nossa sociedade da época ou até mesmo atuais.
“Ninguém é mais arrogante em relação às mulheres, mais agressivo ou desdenhoso do
que o homem que duvida de sua virilidade. ” Beauvoir (1949). Isso fica claro na série, ao
vermos que os demais personagens acreditam que Olson conseguiu credibilidade na sua área
de atuação apenas por se envolver amorosamente com personalidades de destaque da
própria agência, observando a linha de argumentação que Beauvoir trabalha, que para ela
“não se nasce mulher, torna-se” vermos a Peggy Olson tomando cada vez decisões mais
concisas na sua carreira e vida pessoal.
Diante dessa realidade, temos a Olson trilhando o seu caminho através das
dificuldades impostas pelos personagens masculinos Pete Campbell (interpretado por Vincent
Kartheiser), Harry Crane (interpretado por Rich Sommer), Kenneth Cosgrove (interpretado por
Aaron Staton), Rizzo e Kinsey (interpretados por Michael Gladis e Jay R. Ferguson
respectivamente), vale ressaltar que todos esses personagens possuem cargos na área de
criação, ou executivo de contas. Mas também é possível observar que a realidade imposta na
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sociedade não era exclusivamente culpa dos homens da época, as mulheres sendo espelho
da sociedade que cresceram, também impuseram dificuldades na nossa história. Na própria
agência onde a narrativa é trabalhada, percebemos as figuras femininas em cargos como
secretárias, telefonistas, entre outros cargos que eram vistos como “trabalho de mulheres”
Retomando ao olhar da autora aqui proposta "A representação do mundo é operação
dos homens; eles o descrevem do ponto de vista que lhes é peculiar e que confundem com a
verdade absoluta" Beauvoir (1949). As mulheres seguiam o pensamento e regras impostas
por quem comandava a realidade delas, sendo o marido, o pai ou qualquer representação do
masculino em suas vidas. Sendo assim, poucas eram as que fugiam da realidade proposta, e
que seguiam um curso diferente da vida. Com essa contextualização, iremos partir para a
questão que será aqui trabalhada, entender a representação da personagem Peggy Olson
como uma mulher, e profissional publicitária na série televisiva Mad Men.
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Seguindo a fala de VALEK, “Há muitas Peggys e Joans tentando se virar da melhor
forma possível em um ambiente bastante hostil para as mulheres – e talvez seja justamente
essa uma das coisas que o seriado tenta apontar: muitas agências parecem ter ficado
paradas na década de 60” (VALEK, 2015). A desigualdade ainda é uma realidade para a
nossa sociedade, saindo dos problemas morais transmitidos pela personagem o desfalque
em termos de remuneração é algo imenso na nossa cultura, cargos idênticos com
remuneração baixa não é algo vivido pela Peggy apenas nos anos 60, é uma realidade vivida
pelas diversas Peggys que existem atualmente. Visto isso, cabe refletirmos juntamente com
essa pesquisa, a relação de nós Peggys com a cultura do nosso ambiente.
3. CRONOGRAMA
Entrega Pré-projeto X
Qualificação Projeto
Experimental
4. REFERÊNCIAS
BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo – a experiência vivida; tradução de Sérgio Millet. 4 ed.
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São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1980.
VALEK, Aline. Por que a publicidade não gosta das mulheres. 2015. Disponível em:
<https://www.alinevalek.com.br/blog/2015/03/por-que-a-publicidade-nao-gosta-das-mulheres/>
. Acesso em: 02 jun. 2021.
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