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O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

O Skáldskaparmál ("Linguagem da Poesia") é a terceira parte da Edda em Prosa de


Snorri Sturluson e consiste de um diálogo entre o Jötunn Ægir e Bragi, o Deus poeta.
Bragi ensina os significados dos kenningar sobre várias coisas usadas na mitologia e na
arte poética dos escaldos para Ægir.

Skáldskaparmál 01-43

01-Ægir viaja para Ásgarðr.


Um homem era chamado Ægir ou Hlér. Ele habitava sobre a ilha que é chamada
Hlésey. Ele era profundamente versado em magia. Ele tomou o caminho para Ásgarðr,
mas os Æsir já tinha previsão de sua jornada e ele foi recebido com alegria, todavia
muitas coisas foram feitas através da mágica ilusória. No entardecer, quando era a hora
de beber, Óðinn tinha espadas tão brilhantes no salão que a luz irradiava delas e
nenhuma outra iluminação era usada enquanto eles se sentavam para beber.
Então os Æsir tinham instituído o banquete, e nos altos assentos se sentavam os doze
Æsir que eram designados para serem juízes e esses eram seus nomes: Þórr, Njörðr,
Freyr, Týr, Heimdallr, Bragi, Víðarr, Váli, Ullr, Hænir, Forseti, Loki. Igualmente as
Ásynjur: Frigg, Freyja, Gefjun, Iðunn, Gerðr, Sigyn, Fulla, Nanna. Para Ægir parecia
glorioso olhar sobre tudo isso [no salão]. Os revestimentos eram todos suspensos com
belos escudos. Ali havia também um forte hidromel e era bebido em grandes goles. O
homem sentado próximo a Ægir era Bragi, e eles tomavam bebida e ambos conversam.
Bragi contou a Ægir muitas novidades que tinha acontecido entre os Æsir.

02-O Jötunn Þjazi rapta Iðunn.


Ele começou a história no ponto onde três dos Æsir, Óðinn, Loki e Hænir, partiram do
lar e foram andar sobre as montanhas e desertos, e a comida era difícil de encontrar.
Mas quando eles chegaram num certo vale, eles viram um rebanho de bois, e pegaram
um deles, e o colocou para cozinhar no fogo. Mas, quando eles pensaram que já devia
estar cozinhado, eles apagaram o fogo e viram que não estava cozido. Uma segunda vez
depois dum certo tempo, eles viram que ainda não tinha sido cozinhado. Eles foram se
aconselhar juntos e perguntavam um ao outro como isso poderia acontecer.
Então eles ouviram uma voz saindo do carvalho acima deles, declarando que ele que se
sentava ali dizia era a causa que o fogo não cozinhava. Eles olharam para lá e ali se
sentava uma águia; e não era pequena.
Então a águia disse: "Se vocês me alimentarem com o boi, então ele cozinhará no
fogo".
Eles consentiram. Então ele desceu da árvore e sentou-se no fogo, e em seguida,
primeiro tomou para si muitas coxas do boi, e ambos os ombros.
Então Loki ficou furioso, agarrou uma vareta grande, brandiu com toda sua força, e a
conduziu no corpo da águia. A águia saltou violentamente com o bater das asas e voou.
Então a vareta ficou presa nas costas da águia, e a mão de Loki estava na outra
extremidade da vareta. A águia voou tão alto que os pés de Loki batiam contra as
montanhas, montões de pedra e árvores, e ele pensou que seus braços seriam cortados
fora de seus ombros. Ele berrou alto, pedindo a águia urgentemente por paz. Mas ele
declarou que Loki nunca seria solto, a menos que ele lhe desse a promessa de induzir
Iðunn para que saísse de Ásgarðr com suas maçãs, e Loki consentiu. Sendo então solto,
ele foi até seus companheiros, e nada mais é contado de sua jornada, até que eles tinham
chegado ao lar.
Mas no tempo marcado Loki atraiu Iðunn para fora de Ásgarðr num certo bosque,
dizendo que ele tinha encontrado maçãs que pareciam como as dela e de grande valor, e
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pediu que ela estivesse com as suas maçãs para compara-las com aquelas. Então Þjazi, o
Jötunn, veio ali em forma de águia e levou Iðunn e voou embora com ela, para
Þrymheimr o seu domicílio.

03-Loki obtém Iðunn e Þjazi morre.


Mas os Æsir estavam mal com o desaparecimento de Iðunn, e rapidamente eles se
tornaram grisalhos e velhos. Então os Æsir tiveram uma Þing, e cada um perguntava ao
outro quem tinha sido o último a estar com Iðunn, e o último que tinha sido visto
estando com ela e tinha saído de Ásgarðr era Loki. Logo depois Loki foi agarrado e
trazido para a Þing, e foi ameaçado de morte ou torturas. Mas quando ele ficou bem
amedrontado, então ele declarou que ele procuraria Iðunn em Jötunheimr, se Freyja
emprestasse a ele a plumagem de falcão que ela possuía.
E quando ele conseguiu a plumagem de falcão, ele voou ao norte para Jötunheimr, e
chegou num certo dia ao lar de Þjazi, o Jötunn. Ele (Þjazi) estava remando no mar, mas
Iðunn estava sozinha no lar. Loki a transformou em uma noz e agarrou em suas garras e
voou ao máximo que pode. Mas quando Þjazi chegou ao lar e Iðunn tinha sumido, ele
tomou sua forma de águia e voou atrás de Loki, fazendo um poderoso som com suas
asas em seu vôo com sua pressa. Mas quando os Æsir viram o falcão voando com a noz,
e onde a águia estava voando, eles foram para fora de Ásgarðr e colocaram uma pilha de
gravetos ali. E quando o falcão voou para dentro da fortaleza, ele se deteve no muro do
castelo. Então os Æsir atiraram fogo nos gravetos, mas a águia não conseguiu parar
quando ele perdeu o falcão. As penas da águia pegaram fogo, e imediatamente seu vôo
cessou. Então os Æsir foram para perto e mataram Þjazi, o Jötunn, dentro do Portão dos
Æsir, e essa morte é extremamente famosa.
Mas Skaði, a filha de Þjazi, pegou elmo e cota de malha e todas as armas de guerra e
viajou para Ásgarðr, para vingar seu pai. Mas os Æsir ofereceram a ela reconciliação e
compensação e o primeiro artigo era que ela deveria escolher para ela um marido entre
os Æsir e escolheria apenas pelo pé, não vendo mais nada deles.
Então ela viu os belos pés de um homem e disse: "Eu escolho esse. Em Baldr pouco
pode ser feio."
Mas esses eram de Njörðr do Nóatún.
Ela tinha esse artigo também em seu compromisso de reconciliação, que os Æsir
deveria fazer uma coisa que ela pensou que eles não seriam capazes de realizar, faze-la
rir. Então Loki fez isso, ele amarrou uma corda na barba de certo bode, e a outra
extremidade seriam em seus próprios órgãos genitais, e cada um puxava em sua direção,
e os dois berravam alto. Então Loki se deixou cair sobre os joelhos de Skaði, e ela riu.
Logo após, a reconciliação foi feita entre ela e a parte dos Æsir.

04-Da Família de Þjazi.


Assim é dito, que Óðinn fez isso por meio de reparação para Skaði, que ele pegou os
olhos de Þjazi e os atirou no alto do céu e fez deles duas estrelas.
Então Ægir disse: "Me parece que Þjazi era um homem poderoso, agora de que família
ele vem"?
Bragi respondeu: "Seu pai era chamado Ölvaldi e se eu disser dele para ti, tu acharas
essas coisas maravilhosas. Ele era muito rico em ouro. Mas quando ele morreu seus
filhos dividiram a herança, então eles estabeleceram o peso em ouro para dividir e
decidiram que cada um levaria tanto quanto conseguisse segurar num bocado e todos
levariam o mesmo número de bocados. O primeiro deles foi Þjazi, o segundo Iði, e o
terceiro Gangr. E nós temos isso como uma metáfora entre nós agora, para chamar o
ouro de o "conto do bocado" desses Jötnar, mas nós escondemos isso em termos
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secretos e na arte poética que nós chamamos de "discurso", ou "palavra", ou "conversa",


desses Jötnar".
Então Ægir disse: "Eu creio que oculta bem em termos secretos".

05-A Origem do Hidromel de Suttungr.


E Ægir disse: "De onde surgiu essa habilidade que tu chamas de poesia?"
Bragi respondeu: "A origem disso foi quando os Deuses estavam em guerra com o
povo chamado Vanir. Mas eles fizeram uma conferência de paz entre eles e
estabeleceram uma trégua então desse modo, eles foram a dois grupos até um vaso e
cuspiram sua saliva lá dentro. Mas quando se separaram então os Deuses guardaram e
não quiseram que o sinal de trégua se perdesse e criaram de fora dali um homem. Ele se
chamava Kvasir. Ele era tão sábio, que ninguém podia questiona-lo sobre qualquer coisa
que ele não pudesse responder.
Ele viajou amplamente pelo mundo para ensinar sabedoria aos homens, e então quando
ele chegou, a convite, ao lar de certos Dvergar, Fjalarr e Galarr, então eles o chamaram
para perto deles para conversar em particular e o mataram, deixaram o seu sangue correr
em dois vasos e um caldeirão; e que se chamava Óðrerir, enquanto os vasos se
chamavam Són e Boðn. Eles misturaram mel com sangue e criou daí o Hidromel que
qualquer um que bebesse se tornava um poeta e homem sábio. Os Dvergar contaram aos
Æsir, que Kvasir tinha sufocado na sua própria sabedoria, porque ninguém ali era tão
sábio, para lhe fazer questões de conhecimento.
Então esses Dvergar convidaram o Jötunn que era chamado Gillingr e sua esposa.
Então os Dvergar convidaram Gillingr para remar ao mar com eles. Mas quando eles
saíram da terra, os Dvergar remaram para as ondas de rebentação e o barco virou.
Gillingr não sabia nadar e morreu, enquanto os Dvergar levantaram o seu barco e
remaram até a terra. Eles contaram a esposa dele este evento, mas ela se sentiu mal e
chorava muito alto. Então Fjalarr perguntou a ela se ela seria confortada se ela olhasse
lá fora o mar onde ele tinha morrido, e ela desejou isso. Então ele falou com seu irmão
Galarr, que ele deveria ir subir em cima da porta, quando ela fosse para fora, e deixasse
uma pedra de moinho cair na cabeça dela, e disse que estava cansado do choro dela. E
assim ele fez.
Quando Suttungr, filho de Gillingr, soube disso, ele foi até lá e pegou os Dvergar e os
carregou para fora até o mar e os colocou então numa pedra, que seria submersa com a
maré alta. Eles imploraram a Suttungr por trégua e ofereceram a ele uma reconciliação
como pagamento por seu pai: o precioso Hidromel, e isso se tornou a reconciliação
entre eles. Suttungr carregou o Hidromel para o lar e guardou, no local chamado
Hnitbjörg, colocando ali sua filha Gunnlöð para vigiá-lo. Depois disso, nós chamamos a
poesia de "Sangue de Kvasir" ou "Bebida dos Dvergar" ou "Bebida" ou qualquer tipo de
líquido do "Óðrerir" ou "Boðn" ou "Són" ou "Barco dos Dvergar", porque inicialmente
esse Hidromel os salvou de perder a vida na pedra do mar, ou "Hidromel de Suttungr"
ou "Líquido do Hnitbjörg"."
Então Ægir disse: "Me parece obscuro chamar a poesia por estes nomes. Mas como os
Æsir conseguiram o Hidromel de Suttungr?"

06-Como Óðinn conseguiu o Hidromel.


Bragi respondeu: "Essa saga começa assim, após Óðinn sair do lar e ter chegado ao
local onde nove escravos cortavam feno. Ele perguntou, se eles desejavam que ele
afiasse suas foices. Eles concordaram. Então ele pegou uma pedra de amolar do seu
cinto e afiou as foices, e parecia a eles que as foices cortavam muito melhor e pediram
para comprar a pedra de amolar, mas ele deu tanto valor, que quem fosse comprar, teria
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que pagar consideravelmente. Mas todos disseram que queriam e pediram a ele que
vendesse, mas ele atirou a pedra de amolar para o alto. Mas como todos desejavam por
as mãos nisso, então eles se encontraram de tal modo, que cada um cortou o pescoço do
outro.
Óðinn procurou um quarto para passar a noite com esse Jötunn, que se chamava Baugi,
irmão de Suttungr. Baugi lamentou sua má situação financeira e disse, que seus nove
escravos tinham as cabeças decepadas, e falou que não sabia onde encontrar outros
trabalhadores. Mas Óðinn inicialmente se chamou Bölverkr. Ele se ofereceu para fazer o
trabalho dos nove homens para Baugi, mas estipulou que o pagamento seria um único
gole do Hidromel de Suttungr. Baugi disse não ter poder sobre o Hidromel, dizendo,
que Suttungr desejava tê-lo apenas para si próprio, mas ele disse que iria com Bölverkr,
e tentariam ver se eles conseguiriam o Hidromel.
Bölverkr fez, durante o verão, o trabalho dos nove homens que trabalhavam para
Baugi, mas no inverno ele pediu a Baugi seu pagamento. Então eles foram até Suttungr.
Baugi contou a Suttungr, seu irmão, sua barganha com Bölverkr, mas Suttungr negou
terminantemente mesmo uma gota do Hidromel. Então Bölverkr disse para Baugi, que
eles deveriam tentar algum truque, se caso eles pudessem obter o Hidromel, e Baugi
concordou com isso. Então Bölverkr puxou essa broca, que se chama Rati, e disse que
Baugi deveria perfurar a rocha, se a broca cortasse. Ele assim fez. Então Baugi disse que
a rocha estava perfurada, mas Bölverkr soprou o buraco perfurado pela broca, e lascas
voaram sobre ele. Então ele descobriu que Baugi queria enganá-lo, e mandou-o ir
perfurar a rocha. Baugi perfurou, mas quando Bölverkr soprou outra vez, então as lascas
voaram para dentro. Então Bölverkr se transformou na forma de serpente e deslizou
para dentro do buraco da broca, mas Baugi empurrou a broca atrás dele e ele errou.
Bölverkr foi até ali, onde Gunnlöð estava, e passou ali três noites ao lado dela, e então
ela permitiu que ele bebesse três goles do Hidromel. No primeiro gole ele bebeu todo o
Óðrerir, no segundo o Boðn, no terceiro o Són, e então ele tinha todo o Hidromel. Então
ele se transformou na forma de águia e voou impetuosamente.
Mas quando Suttungr viu a águia voando, ele tomou a forma de águia e voou atrás dele.
Mas quando os Æsir viram que Óðinn voava então eles colocaram para fora, no pátio,
seus recipientes, mas quando Óðinn chegou a Ásgarðr, então ele cuspiu do alto o
Hidromel nos recipientes, mas ele chegou tão perto de ser pego por Suttungr, que ele
deixou cair para trás algumas gotas do Hidromel, e isso não foi guardado. Qualquer um
poderia ter isso, se desejasse, e nós chamamos isso de "Porção do Poeta". Mas Óðinn
deu o Hidromel de Suttungr para os Æsir e para aqueles homens, que sabem compor
versos. Por isso nós chamamos a poesia de "Ganho de Óðinn" e "Achado" e "Sua
Bebida" e "Sua Dádiva" e "Bebida dos Æsir"."

07-A Marca da Poesia.


Então Ægir disse: "Quantos modos tu possui para expressar a poesia, e quantos são os
tipos de poesia?"
Então Bragi disse: "São de dois tipos que toda poesia é dividida."
Ægir perguntou: "Quais os dois?"
Bragi disse: "Dicção e métrica."
"Como a dicção é usada na poesia?"
"Tem três divisões a dicção poética."
"Quais?"
"Desse modo, chamando todas as coisas pelo seu nome. O segundo tem que chamar por
um pronome. O terceiro tipo de dicção é chamado Kenningr, e esse tipo são usados
assim, quando nós chamamos Óðinn e Þórr e Týr e qualquer um dos Æsir e Álfar, e
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cada um desses que eu mencionei, então eu coloco o nome de uma propriedade de outro
Æsir e eu relato certos trabalhos dele. Então ele é o dono do nome, e não o que foi
nomeado. Assim nós chamamos Sigtýr e Hangatýr e Farmatýr, que então são nomes de
Óðinn, e nós chamamos esse nome de Kenningr, assim também por chamar Reiðartýr
(Þórr)."

08-Outra ajuda para jovens Poetas.


Mas agora isso é para ser dito para jovens poetas, que desejam adquirir a dicção poética
e desempenhar maior vocabulário com nomes antigos e deseja que os seus
conhecimentos entenda isso, quando o que quer dizer está oculto, então ele distinguira
no livro a informação e entretenimento. Mas essas tradições não são para serem
esquecidas ou serem desacreditadas por tirá-las da poesia dos antigos Kenningar,
quando, eles, os grandes poetas tinham prazer em usa-los. Mas os homens cristãos não
devem acreditar em Deuses pagãos e nem na verdade dessas antigas sagas mais do que
o caminho encontrado aqui no começo do livro.
[Onde é dito o que aconteceu quando a humanidade se extraviou da verdadeira fé, e
depois como os Turcos, como pessoas da Ásia, conhecidos como Æsir, distorceram
contos dos eventos que aconteceram em Tróia tanto que as pessoas do país acreditavam
que eles eram Deuses.
O rei Príamo de Tróia era um grande governante sobre todas as tropas dos Turcos, e
seus filhos eram os mais altos no ranque de toda sua tropa. Esse magnífico salão que os
Æsir chamam de salão de Brimir ou salão de bebida, era o salão de Príamo. E eles dão
um longo relato de Ragnarökr, essa é a guerra de Tróia. A história diz que Öku-Þórr
usou uma cabeça de boi como isca e puxou a Serpente Miðgarðr para bordo do barco,
mas a Serpente sobreviveu afundando no mar. Essa história foi baseada sobre como
Heitor matou o esplêndido herói Volucrontes enquanto o grande Aquiles estava
olhando, e assim enganou Aquiles para a direção dele com a cabeça do homem morto
quem eles viram como correspondente ao boi de qual Þórr tinha tirado a cabeça. E
quando Aquiles tinha sido levado nessa perigosa situação por sua impetuosidade, então
o único jeito para ele salvar sua vida foi correr do golpe mortal de Heitor, embora ele
tenha sido ferido. É dito que Heitor continuou seu ataque tão violentamente e que seu
valor elevou a tal ponto quando ele viu Aquiles que nada ali era forte o suficiente para
resistir perante ele; e quando ele perdeu Aquiles que fugira, ele saciou sua fúria
matando o herói chamado Roddrus. Do mesmo modo que os Æsir disseram que Öku-
Þórr perdeu a Serpente, ele matou o Jötunn Hymir; e no Ragnarökr a Serpente Miðgarðr
virá com assustadora velocidade contra Þórr e soprara veneno sobre ele e o golpeara
para a morte; mas os Æsir não gostavam de admitir que Öku-Þórr tinha morrido e que
alguém estava em cima dele morto; embora tivesse acontecido assim, e eles exageraram
a história para além do que era verdade, quando eles disseram que a Serpente Miðgarðr
sofreu morte ali. Mas eles argumentaram que embora Aquiles ganhasse a vitória sobre
Heitor, ele ainda cairia morto no mesmo campo como resultado. Isso foi realizado por
Heleno e Alexandre (Páris); esse Heleno era chamado Áli pelos Æsir. Eles dizem que
ele vingou seu irmão e sobreviveu quando todos os Deuses estavam mortos e o fogo que
Ásgarðr e todas as posses dos Deuses foram queimadas, foi extinto. Quanto a Pirro, eles
o viam como correspondente do lobo Fenrir, ele matou Óðinn, e Pirro poderia ser
chamado de lobo na sua religião, por ele não mostrar nenhum respeito por lugares
sacros quando ele matou o rei no templo na frente do altar de Þórr (Júpiter). O que eles
chamam de fogo de Surtr era quando Tróia queimava. E os filhos de Öku-Þórr, Móði e
Magni, vieram para reivindicar terras de Áli e Víðarr, que era Eneias, ele escapou de
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Tróia e depois realizou grandes proezas. Também é dito que os filhos de Heitor
chegaram à terra da Frígia e estabeleceram nesse reino, quando expulsaram Heleno.]

09-Os Nomes de Óðinn e os Kenningar de Óðinn.


Agora vai ser apresentados exemplos de como os grandes poetas compunham versos
segundo esses nomes (metáforas) e kenningar, assim como Arnórr jarlaskáld disse
daquele que ele chamou Alföðr:

1.Agora eu direi aos homens,


que tempo levara para aliviar a minha dor;
a virtude do Jarl hostil,
o fluido (Hidromel dos Poetas) do Alföðr ressoava.

Aqui ele também chama sua poesia de "Fluido do Alföðr". Hávarðr halti disse assim:

2.Agora os troncos (Guerreiros) dos cavalos marinhos (Navios)


tem a águia sobrevoando o campo (Guerra);
eu creio que eles receberam convite (para o Valhöll)
e anéis de Hangagoð (Saque?).

Assim disse Víga-Glúmr:

3.O exército levava o capuz (Elmo)


de Hangatýr quando andavam,
eles pensavam no perigo
para descer as encostas.

Assim disse Refr:

4.Muitas vezes me trouxeram


a sagrada bebida de Hrafnáss (Hidromel dos Poetas),
Baldr (Homem) da terra da proa (Oceano) do relâmpago (Ouro)
está afastado do poeta (Morto).

Assim disse Eyvindr skáldaspillir:

5.E Sigurðr
ele que deu
a cerveja do corvo (Sangue)
dos Haddingjar mortos
para os cisnes (Corvos) de Farmatýr,
os governantes da terra
o privaram da vida
em Ögló.

Assim disse Glúmr Geirason:

6.Foi o próprio Sigtýr que estava lá


atacando o Álfr (Viking) das bestas de Atall (Navios),
havia Deuses que guiavam
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a viga do vento (Navio) de Beimi (do Viking).

Mas assim disse Eyvindr:

7.Gautatýr enviou
Göndul e Skögul
para escolher entre os reis
da linhagem de Yngvi
que deveria ir com Óðinn
e estar no Valhöll.

Assim disse Úlfr Uggason:

8.O muito famoso Hroptatýr


cavalgou para a poderosa e
ampla pira de seu filho (Baldr)
e de meus lábios fluem palavras de louvor.

Assim disse Þjóðólfr de Hvin:

9.Os caídos ali na areia (Mortos)


eram destinados para o Caolho
que habita no abraço de Frigg (Óðinn);
regozijamo-nos em tal conquista (a Morte).

Hallfreðr disse isso:

10.O forte dono (Jarl Hákon) do cavalo do vento (Navio)


atraiu para si (a Vitória)
com a verdadeira linguagem das espadas (Batalha)
a paciente esposa de cabelos de cevada (Jörð, Noruega) de Þriði.

Aqui é um exemplo de como Jörð (a Terra) é chamada de "esposa de Óðinn" na poesia.


Assim é dito aqui, o que Eyvindr disse:

11.Hermóðr e Bragi,
disse Hroptatýr,
vão ao encontro do rei,
porque um rei está chegando,
que se revela um herói
nesse salão.

Assim disse Kormákr:

12.O conquistador de terra,


que amarra o topo do mastro em linha reta,
homenageou o provedor (Poeta) dos Deuses do Fiorde com uma fita (usada na cabeça).
Yggr encantou (Seiðr) Rindr.

Assim disse Steinþórr:


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13.Estou imensamente orgulhoso


da minha antiga cascata do chifre (Hidromel dos Poetas)
da ousada carga do abraço de Gunnlöð (Óðinn),
embora isso seja pouco.

Assim disse Úlfr Uggason:

14.Lá eu percebo Valkyrjur e corvos


acompanhando a sábia árvore de batalha (Óðinn)
para beber da sagrada oferenda (Funeral de Baldr).
Lá dentro apareciam esses motivos.

Assim disse Egill Skalla-Grímsson:

15.Eu não adoro


o irmão de Vílir (Óðinn),
o Deus Altíssimo,
porque eu estou ansioso;
embora o amigo de Mímr (Óðinn) tenha
me concedido
uma dor amena
que eu conto melhor.

16.Me deu, também,


o inimigo do lobo (Óðinn)
acostumado a batalha,
arte sem defeito.

Aqui ele é chamado de "Deus Altíssimo" e "amigo de Mímr" e "inimigo do lobo".


Assim disse Refr.

17.A ti devemos
o copo de Falr (Hidromel dos Poetas), nobre Valgautr,
hábil controlador
do cavalo das ondas (Navio) do caminho da neve (Mar) do salão (Céu).

Assim disse Einarr skálaglamm:

18.Eu terei sucesso


em garantir um gole do vinho do vaso (Hidromel dos Poetas) de Hertýr
perante os impulsores de navio (Marinheiros),
eu não preciso persuadir por isso.

Assim disse Úlfr Uggason:

19.O esplêndido Heimdallr


cavalga para a pira levantada
pelos Deuses para o filho caído (Baldr)
do estranhamente sábio domador de corvo (Óðinn) sobre seu cavalo.
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Assim é dito no Eiríksmál:

20.Que tipo de sonho é esse, Óðinn,


eu sonhei que eu levantava no amanhecer
para limpar o Valhöll
para o povo morto;
eu acordava os Einherjar,
os convidava para levantar
para espalhar os bancos,
limpar os copos de cerveja,
as Valkyrjur serviam vinho
para a chegada do príncipe.

Kormákr disse isso:

21.Eu que sou jovem


peço ao excelente portador do poder
do povo de Yngvi que segure sobre mim sua tremenda terra
do arco (Mão). Hroptr foi com Gungnir.

Þórólfr disse isso:

22.Ele disse para si mesmo o que ele pensava


ao regente do Hliðskjálf,
quando as tropas de Hárekr foram derrubadas,
o tímido (relutante em usar) do escudo.

Assim disse Eyvindr:

23.Ele que saiu trazendo (Hidromel dos Poetas)


dos vales profundos de Surtr,
Farmaguðr,
voando.

Assim disse Bragi:

24.Isso foi mostrado para mim (sobre um escudo)


que logo o filho do Aldaföðr (Þórr)
quis testar sua força
contra a encharcada serpente da terra (Serpente Miðgarðr).

Assim disse Einarr:

25.Porque muitos governantes altamente ilustres


realizam muito menos coisas
contra o filho de Bestla (Óðinn) que tu,
eu tenho tentado um poema de guerra.

Assim disse Þorvaldr blönduskáld:


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26.Agora eu tenho tomado


muito do Hidromel (feito muita poesia)
do filho de Borr (Óðinn),
herdeiro de Búri.

10-Kenningar para a Poesia.


Aqui tu ouviras como os escaldos denominavam a arte poética segundo essas
denominações que foram recordadas antes, de modo que é chamado de "Sangue de
Kvasir" e "Barco dos Dvergar", "Hidromel dos Dvergar", "Hidromel dos Jötnar",
"Hidromel de Suttungr", "Hidromel de Óðinn", "Hidromel dos Æsir", "Tributo do Pai
dos Jötnar", "Líquido do Óðrerir" e "Boðn" e "Són" e ou seu "Conteúdo", "Líquido do
Hnitbjörg", "Ganho" e "Achado" e "Carga" e "Dádiva de Óðinn". Assim como é dito
aqui nas palavras de Einarr skálaglamm:

27.Eu peço que ouça


magnânimo guardião da terra,
ouça Jarl, o Sangue de Kvasir,
o fermento das ondas (Hidromel) dos homens (Dvergar) dos ossos do fiorde (Pedras).

E assim disse Einarr skálaglamm:

28.Sobre a madeira de freixo da tripulação de Ullr (Guerreiros com Escudos),


daquele que alimenta o desejo
de dor (a Espada) no abrigo da batalha (Escudo),
a água fluía da montanha dos Dvergar.

Assim disse Ormr Steinþórsson:

29.Que o corpo da viga da cerveja (Mulher)


e o meu sejam trazidos
para o aposento quando mortos,
deixe os homens receber a bebida de Dvalinn (Hidromel dos Poetas).

E Refr disse isso:

30.Eu ofereço a Þorsteinn a festa (Hidromel)


da terra do pensamento (Peito) dos homens das rochas (Gigantes);
nos Mærir da colina (Gigantes) a onda (Hidromel) colidia (poesia ressoava),
eu peço a humanidade que ouça.

Assim disse Egill:

31.O príncipe ofereceu-me hospitalidade,


o louvor é para mim um dever;
eu carrego o Hidromel de Óðinn
para a terra dos Ingleses.

E assim disse Glúmr Geirason:

32.Ouça, eu começo a festa (Poema ou Hidromel)


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do governante dos Deuses (Óðinn) para os príncipes;


nós imploramos silêncio,
porque nós sabemos sobre a perda de homens.

E assim disse Eyvindr:

33.Eu desejo silêncio


para a cerveja de Hárr (Hidromel ou Poesia)
enquanto eu levanto
o pagamento de Gillingr (Hidromel),
enquanto sua descendência
com o líquido do pote (Poesia ou Hidromel)
da carga da forca (Óðinn)
nós traçamos para os Deuses.

Assim disse Einarr skálaglamm:

34.A onda sempre corre diante o príncipe,


o trabalho (a Poesia) de Rögnir me beneficia,
do Óðrerir a onda ressoa,
ritmo do mar, contra as rochas do canto (os Dentes).

E ele disse mais:

35.Agora a onda de Boðn (Poesia)


começa aumentar,
deixe os homens do rei fazerem silêncio
no salão e ouvir o navio dos Saxões (Anões) das rochas.

E assim disse Eilífr Guðrúnarson:

36.Tu deves decidir


sobre os dons amáveis,
desde que a semente de Són (Hidromel dos Poetas) do alto parente (Hákon)
cresce em nosso campo da palavra (Língua).

Assim disse Völu-Steinn:

37.Ouça, Egill, meu riacho (Hidromel)


da montanha da alegria (Peito) do amigo de Mímr (Óðinn)
ecoa contra a pedra da gengiva (os Dentes),
o Achado de Þundr (Hidromel) me foi concedido.

Assim disse Ormr Steinþórsson:

38.Não há necessidade dos homens


nutrir medo por minha poesia,
eu uso o espólio de Viðurr sem rancor,
nós sabemos como trabalhar o louvor.
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

Assim disse Úlfr Uggason:

39.Eu trago o líquido (Hidromel) do fiorde da mente (Peito)


da alegria do coração
do fazedor de barulho da Hildr de Áleifi (Óðinn),
eu o saudarei com a Dádiva de Grímnir.

A poesia era chamada "mar" ou "líquido" dos Dvergar, porque o líquido do Óðrerir era
o sangue Kvasir antes do Hidromel ser feito, e isso foi feito no caldeirão, e que era
chamado por isso de Caldeirão do Líquido de Óðinn, assim disse Eyvindr e que foi
citado antes:

40.Enquanto sua descendência


com o líquido do pote (Poesia ou Hidromel)
da carga da forca (Óðinn)
nós traçamos para os Deuses.

Mas a poesia é [também] chamada de "Líð dos Dvergar". Líð é uma palavra para
cerveja, e líð é uma palavra para navio. Assim tomamos esse exemplo, por isso a poesia
é agora chamada de "Navio dos Dvergar", assim como é dito aqui:

41.Eu tenho pronto ambos


o aumento do vento da noiva (pensamento da Trollkona) do Jarl da rocha (Gigante)
e o inesquecível Navio dos Dvergar
para enviar ao mesmo caminho.

11-Referências para Þórr.


Quais são as referências para Þórr? Assim por chama-lo de Filho de Óðinn e Jörð, Pai
de Magni e Móði e Þrúðr, Marido de Sif, Padrasto de Ullr, Dono e Possuidor do
Mjöllnir e Megingjörð, Bilskirnir, Defensor de Ásgarðr, Miðgarðr, Adversário e
Matador de Jötnar e Trollkonur, Assassino de Hrungnir, Geirröðr, Þrívaldi; Senhor de
Þjálfi e Röskva, Adversário da Serpente Miðgarðr, Filho adotivo de Vingnir e Hlórá.
Assim disse Bragi, o escaldo:

42.A linha do herdeiro de Viðrir (Óðinn)


estava longe de afrouxar, quando estava na esteira,
no esqui (Barco) de Eynæfis (Jötunn),
quando Jörmungandr se desenrolou no mar.

Assim disse Ölvir hnúfa:

43.O circulo de todas as Terras (Serpente Miðgarðr)


e o filho de Jörð ficaram violentos.

Assim disse Eilífr:

44.O irmão de Röskva (Þjálfi) ficou enfurecido,


o pai de Magni (Þórr) deu um golpe vitorioso;
nem Þórr nem Þjálfi
abalaram a poderosa pedra (o coração) com terror.
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

E assim disse Eysteinn Valdason:

45.O pai de Þrúðr (Þórr) olhou fixamente


para o caminho íngreme (Terra) do anel (Serpente Miðgarðr)
até a habitação do peixe vermelho (Mar)
fluir sobre o barco.

Eysteinn disse mais:

46.O amado de Sif (Þórr) rapidamente


trouxe para fora o equipamento de pesca
com o velho companheiro, nós podemos
agitar o chifre que jorra (Hidromel) de Hrimnir (dos Jötnar).

E ele disse mais:

47.O peixe da terra (Serpente Miðgarðr) respondeu de tal modo,


que os punhos do parente de Ullr (Þórr)
bateram ruidosamente contra o barco,
que as amplas madeiras (do Barco) foram empurradas para frente.

Assim disse Bragi:

48.O amedrontador de Öflugbarði (Þórr)


levantou seu martelo com a mão direita
quando ele reconheceu o peixe
que liga todas as Terras (Serpente Miðgarðr).

Assim disse Gamli:

49.Enquanto o senhor do Bilskirnir,


que nunca nutriu traição em seu coração,
rapidamente destruiu o peixe do mar (Serpente Miðgarðr)
com o destruidor (Mjöllnir) de baleia do desfiladeiro (Jötnar).

Assim disse Þorbjörn dísarskáld:

50.Þórr com Yggr tinham mensageiros (Æsir)


que guardavam Ásgarðr com poder.

Assim disse Bragi:

51.E o feio anel (Serpente Miðgarðr) do caminho


do lado do barco a remo (Mar)
olhou de baixo fixamente com malevolência
para o destruidor da cabeça de Hrungnir (Mjöllnir).

Bragi disse mais:


O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

52.Tu fizeste bem, quebrando em pedaços


as nove cabeças de Þrívaldi,
conseguindo manter seus animais (os Bodes/ou Bois?)
com notoriedade no sumbel.

Assim disse Eilífr:

53.O opressor (Þórr) do povo (Trolls)


das mulheres que viajam ao anoitecer (Trollkonur)
abriu a boca dos seus braços (os punhos)
sob o ardente peso do joio da pinça (o Ferro).

Assim disse Úlfr Uggason:

54.O grosseiro robusto (Hymir) é dito ter pensado


no tremendo perigo,
no Senhor dos Bodes (Þórr)
estar puxando o enorme peso (Jörmungandr).

E mais isso:

55.O mais poderoso matador (Þórr) deixou


seu punho chocar-se no Gautr da montanha (Jötunn),
um poderoso ferimento isso foi na orelha
do explorador (Jötunn Hymir) do osso dos juncos (Rocha).

56.O Viðgymnir (Þórr) que atravessa o Vimur


arrancou fora, da brilhante serpente,
a terra da orelha (Cabeça), nas ondas.
Assim estava lá dentro (do salão) decorado com imagens.

Aqui ele é chamado de Jötunn que atravessa o Vimur. Vimur é o nome do rio, que Þórr
nadou, quando ele foi visitar a corte de Geirröðr. E o escaldo Vetrliði assim disse:

57.Tu quebraste as pernas de Leikn,


esmagou Þrívaldi,
derrubou Starkaðr,
ficou em cima de Gjalp morta.

E assim disse Þorbjörn dísarskáld:

58.Tu bateste na cabeça de Keila,


tu quebraste Kjallandi totalmente,
antes de tu matares Lútr e Leiði,
deixou Búseyra sangrando;
tu trouxeste um fim a Hengjankjöpta,
Hyrrokkin morreu anteriormente;
ainda foi antes do escurecer
que a vida de Svívör foi tomada.
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

12-Referências para Baldr.


Quais são as referências para Baldr? Assim por chama-lo de Filho de Óðinn e Frigg,
Marido de Nanna, Pai de Forseti, Possuidor do Hringhorni e Draupnir, Adversário de
Höðr, Companheiro de Hel, Deus das lágrimas. Úlfr Uggason, seguindo a história de
Baldr, tinha composto uma longa passagem no Húsdrápa, e exemplos antigos são
recordados com referência a isso, de como Baldr é assim chamado.

13-Referências para Njörðr.


Quais são as referências para Njörðr? Assim por chama-lo de Deus do Vanir ou
Descendência do Vanir ou Vanr e Pai de Freyr e Freyja, Deus da riqueza. Assim disse
Þórðr Sjáreksson:

59.Guðrún se tornou
a assassina de seus filhos;
a sábia noiva dos Deuses (Skaði)
não pode amar o Vanr (Njörðr);
Kjalar treinava
cavalos muito bem;
Hamðir é dito não ter
poupado o jogo das espadas.

Aqui é relatado isso, quando Skaði deixou Njörðr, como foi escrito antes.

14-Referências para Freyr.


Quais são as referências para Freyr? Assim por chama-lo de Filho de Njörðr, Irmão de
Freyja e também Deus Vanir e Descendência do Vanir e Vanr e Deus das Estações e da
Riqueza. Assim disse Egill Skalla-Grímsson:

60.Freyr e Njörðr
haviam dotado
Grjótbjörn
com o poder da abundância.

Freyr é chamado de inimigo de Beli, assim disse Eyvindr skáldaspillir:

61.Quando o inimigo do conde


desejou viver na
remota terra do
inimigo de Beli.

Ele é o dono do Skíðblaðnir e do javali chamado Gullinbursti, assim como é dito aqui:

62.Os filhos de Ívaldi


se adiantaram no início dos tempos
para fabricarem Skíðblaðnir,
o melhor de todos os navios
para Freyr,
o nobre filho de Njörðr.

Assim disse Úlfr Uggason:


O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

63.Primeiro cavalga Freyr,


o rei dos homens, sobre
seu javali com cerdas de ouro,
para a pira do filho de Óðinn (Baldr).

Ele também é chamado de Slíðrugtanni.

15-Referências para Heimdallr.


Quais são as referências para Heimdallr? Assim por chama-lo de Filho de Nove Mães
ou Guardião dos Deuses, como já foi escrito ou Deus Branco, Inimigo de Loki,
Procurador do colar de Freyja. A espada é chamada de Cabeça de Heimdallr: por isso é
dito que ele foi golpeado por uma cabeça de um homem. O conto disso é relatado no
Heimdallargaldri, e desde então a cabeça é chamada de Medida de Heimdallr. A espada
chama-se Medida do Homem. Heimdallr é Possuidor do Gulltoppr. Ele também é
Frequentador do Vágasker e Singasteinn, onde ele lutou com Loki pelo colar
Brísingamen, ele é também chamado de Vindhlér. Úlfr Uggason compôs uma longa
passagem no Húsdrápa sobre essa lenda e lá está escrito que eles estavam em forma de
focas. Heimdallr é filho de Óðinn.

16-Referências para Týr.


Quais são as referências para Týr? Assim por chama-lo de Deus Maneta e Criador do
Lobo, Deus das Batalhas, Filho de Óðinn.

17-Referências para Bragi.


Quais são as referências para Bragi? Assim por chama-lo de Marido de Iðunn, Primeiro
Fazedor da Poesia e Deus de Longas Barbas (depois de seu nome, um homem que tem
uma grande barba é chamado de barba de Bragi) e Filho de Óðinn.

18-Referências para Víðarr.


Quais são as referências para Víðarr? Ele pode ser chamado de Deus Silencioso,
Possuidor do Sapato de Ferro, Inimigo e Matador do Lobo Fenrir, Vingador dos Deuses,
Divino Habitante do Domicílio do Pai e Filho de Óðinn, Irmão dos Æsir.

19-Referências para Váli.


Quais são as referências para Váli? Assim por chama-lo de Filho de Óðinn e Rindr,
Enteado de Frigg, Irmão dos Æsir, Vingador de Baldr, Inimigo e Matador de Höðr,
Habitante do Domicílio do Pai.

20-Referências para Höðr.


Quais são as referências para Höðr? Assim por chama-lo de Deus Cego, Matador de
Baldr, Atirador do Visco, Filho de Óðinn, Companheiro de Hel, Inimigo de Váli.

21-Referências para Ullr.


Quais são as referências para Ullr? Assim por chama-lo de Filho de Sif, Enteado de
Þórr, Deus do Esqui, Deus do Arco, Deus da Caça, Deus do Escudo.

22-Referências para Hænir.


Quais são as referências para Hænir? Assim por chama-lo de Companheiro do Banco
ou Amigo de Óðinn e de Deus Ágil e de Longas Pernas e Rei da Argila.
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

23-Referências para Loki.


Quais são as referências para Loki? Assim por chama-lo de Filho de Fárbauti e Laufey
ou Nál, Irmão de Býleistr e de Helblindi, Pai de Vánargandr (lobo Fenrir) e
Jörmungandr (Serpente Miðgarðr) e Hel e Nari e Áli; Parente e Tio, Companheiro
Maligno e Companheiro de Banco de Óðinn e dos Æsir, Visitante e Adorno do Baú de
Geirröðr, Ladrão dos Jötnar, do Bode e do Brísingamen e das Maçãs de Iðunn; Parente
de Sleipnir, Marido de Sigyn, Inimigo dos Deuses, Malfeitor dos Cabelos de Sif,
Forjador do Mal, Deus Astuto, Caluniador e Trapaceiro dos Deuses, Planejador da
Morte de Baldr, Deus Acorrentado, Inimigo de Heimdallr e Skaði. Assim como Úlfr
Uggason disse aqui:

64.O hábil renomado (Heimdallr)


guardião do arco-íris (Bifröst)
combateu contra
o astuto filho de Fárbauti,
no Singasteinn,
antes o robusto filho de nove mães
ganhou o belo colar de pedras (Brísingamen).
Eu conheço seções de louvor.

Aqui está escrito que Heimdallr é filho de nove mães.

24-Sobre o Jötunn Hrungnir.


Agora devo falar mais, de como esses kenningar são, que agora são recordados, que
nunca foram contados antes, assim como Bragi disse a Ægir, que Þórr estava viajando
na direção leste matando Trolls, e Óðinn cavalgou sobre Sleipnir em direção a
Jötunheimr e chegou até esse jötunn, que era chamado Hrungnir. Então Hrungnir
perguntou quem era o homem com elmo de ouro, que cavalgava sobre o ar e água, e
disse que ele tinha um bom cavalo. Óðinn disse que desejava primeiro apostar sua
cabeça, e que não havia cavalo tão bom em Jötunheimr. Hrungnir disse que esse era um
bom cavalo, mas que ele possuía um melhor cavalo que dava grandes saltos. Que se
chamava Gullfaxi. Hrungnir estava furioso e montou seu cavalo e cavalgou junto dele e
pensou premiar-lo por suas palavras jactanciosas. Óðinn cavalgou tão grandiosamente,
que ele estava perante outra colina, e Hrungnir estava possuído de Jötunmóði, que ele
não notificou que havia chegado para além do portão dos Deuses.
E ele havia chegado perante a porta do salão, os Æsir o convidaram para beber. Ele foi
para dentro do salão e pediu para lhe trazerem bebida. Eles trouxeram então para o
salão, os jarros que Þórr estava acostumado a beber, e Hrungnir sorveu rapidamente um
por um. Quando ele ficou bêbado, então não faltaram jactâncias. Ele declarou que
arrancaria o Valhöll e levaria para Jötunheimr, e afundaria Ásgarðr, e mataria todos os
Deuses, menos Freyja e Sif que ele desejava ter no lar com ele, e Freyja foi a única que
ousou a servir bebida a ele, e ele declarou que iria beber toda a bebida dos Deuses.
Mas quando os Æsir se cansaram das jactâncias dele, então eles chamaram Þórr.
Imediatamente Þórr chegou ao salão e levantou no ar o martelo e estava furioso e
perguntou quem tinha falado e aconselhado que os cães dos Jötnar pudessem estar ali
bebendo, e quem concedeu proteção a Hrungnir para estar no Valhöll e por que Freyja
servia a ele na festa dos Æsir.
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

Então Hrungnir respondeu e não olhou com olhos amigáveis para Þórr, dizendo, que
Óðinn lhe ofereceu bebida e ele estava sob sua proteção. Então Þórr falou, que dessa
festa Hrungnir se arrependeria, antes que ele fosse embora.
Hrungnir disse que Ása-Þórr teria pouca fama por mata-lo desarmado. Que teria mais
coragem, se ele se atrevesse a lutar com ele nas bordas de Grjóttúnagarðr, - "e isso seria
grande loucura, "disse ele, "quando eu deixei pra trás no lar meu escudo e pedra de
amolar. Mas se eu tivesse aqui minhas armas, então saiba agora que nós provaríamos
um Hólmganga, mas eu declaro que tu serás culpado de vilania se tu me matares
desarmado."
Þórr estava ansioso para que ninguém o impedisse de ir ao duelo, quando ele foi
desafiado, porque ninguém tinha feito isso antes com ele. Então Hrungnir foi embora ao
seu caminho e galopou impetuosamente, quando ele chegou a Jötunheimr, e contou a
famosa jornada dele para os Jötnar e nisso, o compromisso que estava chegando entre
ele e Þórr. Embora os Jötnar tivessem muito em perigo, quem de ambos vencesse. Eles
estariam mal nas mãos de Þórr, se Hrungnir perdesse, primeiro porque ele seria o mais
forte de todos eles.
Então os Jötnar fizeram um homem de barro em Grjóttunagarðr, e ele tinha nove milhas
de altura, e três de largura abaixo dos braços, mas eles não encontraram um coração tão
grande, para se tornar dele, logo eles pegaram um de certa égua, e ele não estava ali bem
firme, quando Þórr chegou.
Hrungnir possuía um coração famoso, de pedra dura e com três pontas afiadas, tal
como o símbolo esculpido que tem sido feito desde então, que é chamado de Coração de
Hrungnir. Sua cabeça era de pedra. Seu escudo era de pedra, amplo e pesado, e ele tinha
o escudo na frente dele, quando ele estava em Grjóttatúnagarðr e esperava por Þórr, ele
tinha na frente dele a pedra de amolar como arma e brandia sobre seus ombros e não
estava gentil. Do outro lado dele estava o Jötunn de barro, que era chamado
Mökkurkálfi, e ele estava com muito medo. Assim é dito, que ele suava, quando ele viu
Þórr.
Þórr foi até o local de encontro do duelo e Þjálfi foi com ele.
Então Þjálfi correu até o local onde Hrungnir estava, e falou para ele: "Tu estás sem
segurança, Jötunn, tendo o escudo na frente de tu, mas Þórr te verá, e ele virá para cá
por baixo na terra, e ele virá por debaixo de ti."
Então Hrungnir colocou o escudo abaixo dos pés e ficou sobre ele, e segurava com as
duas mãos à pedra de amolar. Logo depois ele viu os relâmpagos e ouviu estrondos de
trovões. Então ele viu Þórr em Ásmoði. Ele chegou furioso e brandiu o martelo e o
atirou de longe em direção a Hrungnir. Hrungnir levantou com ambas às mãos a pedra
de amolar e atirou na mesma direção. A pedra de amolar encontrou-se com o martelo no
ar, e a pedra de amolar quebrou em pedaços. Uma parte caiu na terra, e dali vieram
todas as pedras afiadas. A outra parte estourou na cabeça de Þórr, assim ele caiu na
terra. Mas o martelo Mjöllnir bateu no meio da cabeça de Hrungnir e esmagou seu
crânio em pequenos pedaços, e ele caiu em cima de Þórr, de modo que sua perna ficou
sobre o pescoço de Þórr. E Þjálfi lutou com Mökkurkálfi, e ele caiu com pouca glória.
Então Þjálfi foi até Þórr e tentou tirar a perna de Hrungnir de cima dele e não encontrou
força suficiente. Então todos os Æsir foram até lá, quando eles ouviram que Þórr estava
caído, e tentaram tirar a perna de cima dele e não obtiveram sucesso.
Então veio Magni, filho de Þórr e Járnsaxa. Ele tinha três noites de vida nessa época.
Ele atirou a perna de Hrungnir de Þórr e falou: "Que pena, pai, que eu vim tão tarde. Eu
creio que eu teria enviado esse Jötunn para Hel com meu punho, se eu tivesse me
encontrado com ele."
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

Então Þórr se levantou e recebeu bem seu filho e disse que ele seria grandioso, - "E eu,"
disse ele, "darei a ti o cavalo Gullfaxi, que Hrungnir possuía."
Então Óðinn falou e disse que Þórr tinha errado, quando ele deu esse ótimo cavalo para
o filho de uma Gýgr, e não para seu pai.

25-Sobre a Völva Gróa.


Þórr foi para Þrúðvangr, e a pedra de amolar ficou na cabeça dele. Então veio essa
völva, que era chamada Gróa, esposa de Aurvandill, o valente. Ela cantava seus galdrar
sobre Þórr, para que a pedra de amolar se soltasse. Quando Þórr soube disso então
pareceu esperançoso, de que a pedra de amolar seria removida, então ele desejou
recompensar a medicina de Gróa e faze-la feliz, disse a ela às novidades, que ele tinha
nadado ao norte sobre Élivágar e tinha carregado numa cesta sobre as suas costas,
Aurvandill, do norte de Jötunheimr; e isso é até provado, depois que um dedo do pé dele
tinha ficado fora da cesta, e congelou assim Þórr tirou-o e atirou-o acima no céu e o
transformou em estrela desde então, chamada de Aurvandilstá. Þórr disse que não tinha
passado muito tempo que Aurvandill tinha voltado ao lar, mas Gróa estava tão feliz, que
ela não se lembrou dos galdrar, e a pedra de amolar não se soltou e ficou na cabeça de
Þórr; e depois disso foi proibido lançar uma pedra de amolar pelo solo, porque desde
então a pedra de amolar se move na cabeça de Þórr. Depois dessa saga, Þjóðólfr de Hvin
escreveu versos no Haustlöng.

65.Também pode ser visto sobre o círculo (do Escudo),


oh árvore (Homem) do fogo da caverna (Ouro),
como o terror dos Jötnar (Þórr)
fez uma visita à montanha de Grjótún;
e em direção ao jogo do ferro (a Batalha),
o filho de Jörð (Þórr) trovejava
no caminho de Máni (o Céu), abaixo dele,
- a fúria aumentava no irmão de Meili (Þórr) -.

66.Todos os santuários dos falcões (os Céus)


encontrava-se em chamas
por causa do padrasto de Ullr (Þórr),
a terra era sacudida pela tempestade de granizo,
o Ginnunga Vé (Santuário dos Deuses, os Céus) queimava
quando o Hofregin (Templo do Poder, Þórr) dos bodes
do dócil carro ia em direção ao encontro de Hrungnir;
- a viúva (Jörð) de Svölnir (Óðinn) praticamente partia em pedaços -.

67.O irmão de Baldr (Þórr) não poupou ali


o ganancioso inimigo dos homens (Hrungnir);
- as montanhas tremem, e as rochas se partem,
o alto do céu queimava -, eu ouvi
que a sentinela (Hrungnir) do osso
negro (Rocha) da terra (Mar) das carruagens (Navios)
de Haki se movia violentamente em oposição
quando ele viu seu bélico matador.

68.Rapidamente voou o pálido anel de gelo (Escudo)


debaixo das solas da sentinela da rocha (Gigante).
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

Os Bönd (Deuses) causaram isso,


as Dísir (Deusas, Valkyrjur) desejaram isso.
O senhor da rocha não teve que esperar muito
depois disso por um golpe veloz
do forte esmagador da multidão (Þórr) amigo
do martelo bico de Troll (Martelo Mjöllnir).

69.O ladrão da vida do Beli do fardo das tropas (Gigantes)


fez o urso (Gigante) do ruído da tempestade
do refugio secreto (Fortaleza da Montanha)
cair sobre a ilha do escudo.
Ali afundou o príncipe (Gigante) da terra da ravina (Montanha)
perante o forte martelo
e o quebrador do Danr da montanha (Þórr)
forçou para trás o poderoso desafiador.

70.E um sólido fragmento da


pedra de amolar do visitante (Gigante)
da mulher do povo de Vingnir (raça dos Gigantes)
zumbiu na cordilheira
do cérebro do filho da terra (Jörð),
de modo que a pedra-pomes do aço (Pedra de Amolar)
ainda penetrou no crânio do filho de Óðinn,
ficando ali salpicado com o sangue de Eindriði.

71.Até a Gefjon da cerveja (Gróa)


começar a encantar o fanfarrão vermelho
de ser o fardo da ferrugem (Pedra de Amolar)
da inclinada encosta da doadora
do ferimento no cabelo do Reiðitýr (Þórr).
Eu vejo claramente esses feitos sobre a barreira de Geitir (o Escudo).
Eu recebi aquilo que se move nas bordas do penhasco (Escudo)
decorado com horrores de Þorleifi."

Então Ægir disse: "Me parece que Hrungnir era muito poderoso. Þórr realizou mais
valorosas proezas, quando ele estava com os Trolls?"

26-A viagem de Þórr para a corte de Geirröðr.


Então Bragi respondeu: "Isso é muito digno de ser narrado, quando Þórr viajou para a
corte de Geirröðr. Dessa vez ele não tinha o martelo Mjöllnir e Megingjarðar e
Járngreipr, e por causa de Loki. Ele viajou com ele, porque tinha acontecido que Loki,
tinha ido voar, certa vez, por diversão, com as penas de falcão de Frigg, ele voou
adiante por causa da sua curiosidade, para a corte de Geirröðr e ali viu um grande salão,
se sentou e olhou através da janela. Geirröðr olhou na direção dele e ordenou que o
pássaro fosse capturado e trazido até ele. O mensageiro subiu o muro do salão sofrendo,
de tão alto que era. Isso parecia prazeroso para Loki, quando ele viu a dificuldade dele
em apanha-lo, e pensou em ficar e não voar, antes que ele tivesse terminado todo o
perigoso caminho. Mas quando o homem estava para captura-lo, então ele estendeu as
asas para voar e bateu com força, e ficou então com os pés presos. Loki foi pego ali e
levado ao Jötunn Geirröðr. Mas quando ele viu os olhos dele então suspeitou que
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

pudesse ser um homem, e ordenou que falasse, mas Loki ficou em silêncio. Então
Geirröðr encerrou Loki num baú e ele ficou ali faminto por três meses. Mas dessa vez
quando Geirröðr o tirou dali e mandou-o falar, então Loki disse quem ele era, e em troca
da sua vida ele jurou isso a Geirröðr, que ele viria com Þórr até Geirröðargarðr de modo
que ele não levasse nem o martelo nem o cinto Megingjarðar.
Þórr veio a passar a noite com a Gýgr, que era chamada Gríðr. Ela era a mãe de Víðarr,
o silencioso. Ela disse a Þórr a verdade sobre Geirröðr, que ele era um Jötunn astuto e
difícil de confrontar. Ela deu a ele um cinto de força e luvas de ferro, que ela possuía, e
seu cajado, que era chamado Gríðarvöllr.
Então Þórr viajou em direção a esse rio que é chamado Vimur, o maior de todos os rios.
Então ele afivelou o seu cinto de força e suportou a correnteza com o Gríðarvöllr,
enquanto Loki estava atrás segurando o cinto de força. E quando Þórr chegou ao meio
da correnteza, então o rio aumentou tanto, que subiu até os ombros dele. Então Þórr
disse isso:

72.Não aumente agora, Vimur,


porque eu desejo atravessar-te
para a corte dos Jötnar;
saiba, que se tu aumentar,
eu então aumentarei meu Ásmegin
tão alto como o céu.

Então Þórr viu no alto de uma ravina, que Gjálp, filha de Geirröðr, ali ficava com as
pernas em ambos os lados sobre o curso do rio, e ela fazia o rio aumentar. Então Þórr
levantou de fora do rio uma enorme pedra e atirou nela e disse assim: "Na sua fonte o
rio deve ser parado."
Ele não errou a direção onde ele havia atirado. E nesse momento ele foi para a costa e
segurou um ramo de sorveira-brava e assim saiu do rio. Por causa disso é dito, que a
sorveira-brava é a libertação de Þórr.
Mas quando Þórr chegou até Geirröðr, então a esses companheiros foi primeiro exibido
um quarto de hóspede como acomodação, e ali estava uma cadeira para sentar, e Þórr se
sentou ali. Então ele ficou ciente disso, que a cadeira se movia debaixo dele subindo
para o teto. Ele pressionou o Gríðarvöllr no teto e forçou a cadeira pra baixo. Foi um
grande estouro, e em seguida um altíssimo berro. Ali debaixo da cadeira estavam às
filhas de Geirröðr, Gjálp e Greip, e ele tinha quebrado a coluna de ambas. Então Þórr
disse:

73.Uma vez
eu usei todo o meu Ásmegin
na corte dos Jötnar
quando Gjálp e Greip,
filhas de Geirröðr,
queriam me levantar até o céu.

Então Geirröðr chamou Þórr no salão para jogar jogos. Ali estava uma enorme fogueira
de uma extremidade a outra do salão. Mas quando Þórr entrou no lado oposto de
Geirröðr, então Geirröðr pegou com a tenaz uma barra de ferro ardente e atirou em Þórr,
mas Þórr pegou do outro lado com as luvas de ferro e levantou no ar, enquanto Geirröðr
pulou atrás de uma coluna de ferro para se salvar. Þórr atirou a barra ardente que
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atravessou a coluna e atravessou Geirröðr e atravessou o muro e assim foi para dentro
da terra."
Depois dessa saga Eilífr Guðrúnarson tinha escrito o Þórsdrápa.

74.Encorajou (Loki) o abatedor da linha


dos Deuses que voam das rochas (Þórr),
rico era Loptr (Loki) em mentir,
o pai da linha do mar (Jörmungandr), para deixar o lar;
o tentador da mente (Þórr) disse que os verdes
caminhos, ao guerreiro do trovão de Gautr (Þórr),
aquele que não é fiel (Loki), levariam em direção ao muro
do cavalo (Casa) de Geirröðr.

75.O bravo (Þórr) viajou


com o caminho do urubu (Loki), por poucas vezes
é necessário convidar Þóarr (Þórr), eles estavam ansiosos em oprimir
os descendentes de Þorn (Ymir);
quando o domador do cinto
de Gandvikr (Þórr), mais poderoso que os Skotum (Escoceses),
novamente tinha ido em direção ao povo de Ymsi (Ymir),
da habitação de Iði (Jötunheimr), [saindo] de Þriði (Óðinn, Ásgarðr).

76.Pronto estava para viajar (Þjálfi),


antes do perjuro (Loki) fardo dos braços da Hapt da mágica (Sigyn?),
com o veloz guerreiro
movedor dos exércitos (Þórr), o Rögnir da batalha (Þjálfi);
eu recito o fluxo dos lábios (Poesia) de Grímnir:
o sedutor das donzelas dos salões (Þórr) daquela que berra ruidosamente (Montanha)
passou as solas dos pés (Nadou) sobre
a charneca de Endill (Oceano).

77.E andaram os Vanir da batalha (Þórr e Þjálfi),


o primordial diminuidor (Þórr)
das donzelas do inimigo da Fríð do escudo celestial (Sköll),
até chegarem ao sangue de Gangr (Oceano);
quando o ágil,
veloz em temperamento, poupador das maldades (Þórr) de Loki,
desejou opor-se a noiva (Giganta)
dos parentes do bode do junco (Lobo).

78.E o diminuidor (Þórr) da reputação


da Nanna (Giganta) da saliência do mar (Rocha)
atravessou a pé o glacial fluxo da correnteza,
que rola ao redor do mar do lince (Terra);
o furioso dispersador (Þórr) do vilão das rochas da montanha (Gigante)
conseguiu um rápido progresso sobre
o amplo caminho da estrada do cajado (Oceano),
onde a poderosa correnteza jorrava veneno (Mar Glacial ou Jörmungandr?).

79.Ali eles colocaram


O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

a serpente que é atirada (Lança ou Gríðarvöllr) na rede da floresta (Oceano)


contra o alto som do vento (Corrente Oceânica) [da rede] da floresta (Oceano),
os escorregadios ossos redondos não dormiram (Rochas Submarinas);
a ruidosa lima (Lança ou Gríðarvöllr) entrou em conflito contra os seixos,
enquanto o impetuoso rugido que cai da montanha (Cachoeira),
era golpeado pela tempestade de neve,
junto com a bigorna de Feðja (Rio com pedras ou gelo).

80.O patrocinador da pedra (Espada ou Sílex) da terra (Þórr)


deixou altas ondas caírem sobre ele,
o homem que usou o cinto (Þjálfi) [do poder],
não sabia curso melhor de ação para si;
o diminuidor das crianças (Þórr) de Mörn (Giganta)
declarou que seu poder aumentaria
até o teto da terra (Céu), a menos que o jorro de sangue
da garganta de Þorn (Sangue de Ymir, Oceano) diminuísse.

81.Os gloriosos (Þórr e Þjálfi), guerreiros sábios na batalha,


vikings prometidos em juramento da residência de Gauti (Óðinn e Ásgarðr),
nadaram com dificuldade,
enquanto o pântano das espadas (Oceano) fluía;
a terra da onda de neve (Oceano),
soprada pela tempestade,
investiu poderosamente contra
o multiplicador do infortúnio (Þórr) do habitante do quarto da terra do tergo (Gigante).

82.Até Þjálfi, acompanhando


o amigo dos homens (Þórr), pular no ar
na correia do escudo do senhor do céu (Þórr),
isso foi uma prova de força;
as viúvas (Gjálp e Greip) do perverso Mímir (Gigante)
fizeram uma forte correnteza contra o cajado
do furioso derrubador (Þórr) dos golfinhos do precipício (Gigantes),
que avançou com o Gríðarvöllr.

83.A bolota profunda da hostilidade dos homens (Coração)


que fortemente resiste ao mal,
não se esqueceu de bater
na onda da correnteza (Oceano) do covil de Glammi (Gigante);
o herdeiro da terra (Þórr) foi presenteado com a mente corajosa
maior que a ameaça do Fjörðr (Rio que cai da Montanha ou Gjálp),
nem Þórr nem Þjálfi
abalaram a poderosa pedra (Coração) com terror.

84.Os bandos das montanhas que são inimigos (Gigantes)


do escudo do contínuo fogo abrasador (Sól)
fizeram um estrondo na tábua da espada (Escudo),
contra os apertadores da Gleipnir (Þórr e Þjálfi);
adiante os atravessadores das profundezas (Þórr e Þjálfi),
os destruidores do povo da praia do mar (Gigantes),
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

contra os parentes dos Bretar (Gigantes) da caverna


conduziram o jogo da vasilha da risca do cabelo de Héðínn (Batalha).

85.O povo (Gigantes) da gelada


rocha do mar da Svíþjóð (Jötunheimr) inimiga,
fugiram procurando ir para seus santuários (Montanha),
seguidos pelo destruidor do povo do cabo (Þórr);
os Danir da costela do mar (Gigantes),
do santuário distante (Jötunheimr),
caíram primeiro quando
os agitadores do fogo (Guerreiros) da família de Jólnir (Æsir) resistiram firmemente.

86.Quando os Hersir (Þórr e Þjálfi), dotados


de mente corajosa foram para
a casa de Þorn (Ymir, Jötunheimr), um estrondo ocorreu
na caverna de muro circular dos Kumrar (Gigantes);
o destruidor relutante em fazer paz (Þórr)
da rena do pico de Lista (Gigante ou Rena?)
foi colocado fixado ali, sobre o cruel,
malicioso chapéu (Cadeira) da esposa de Risar (Gigantes).

87.Elas forçaram o alto do céu (Cabeça)


da flama da sobrancelha da lua (Olho)
contra o caibro do salão da rocha (Teto da Caverna),
e elas foram esmagadas contra as nozes de pedra da planície (Chão);
o controlador do casco [de navio] (Þórr),
do carro flutuante da tempestade,
quebrou a antiga quilha (Coluna) do navio do riso (Peito)
das duas mulheres das cavernas.

88.O filho de Jörð (Þórr)


ensinou uma lição incomum,
mas os homens do covil da terra (Gigantes) da maçã (Rocha) do Fjörðr
não encerraram sua celebração de cerveja;
o assustador da corda do olmo (Geirröðr),
parente de Suðri (Gigante), com a tenaz atirou um pedaço
cozinhado na forja (Barra de ferro ardente),
na boca do ladrão da tristeza de Óðinn (Þórr).

89.E assim o veloz impetuoso na batalha (Þórr),


amigo de muito tempo de Þröng (Freyja?),
gananciosamente bebeu a bebida de pedaço derretido (Barra de ferro ardente) levantada
no ar com a veloz boca de suas mãos (Apanhou com as Mãos);
quando a escória sibilante (Barra de ferro ardente)
voou do hostil peito do agarro (Palma da Mão),
do furioso amante (Geirröðr) da donzela de Hrímnir (Giganta),
em direção a aquele quem fortemente tem saudades de Þrúðr (Þórr).

90.O salão de Þrasir (Gigante Geirröðr) tremeu,


quando a larga cabeça de Heiðrekr (Geirröðr)
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

foi trazida abaixo


da antiga perna do muro (Pilar) do solo do urso (Casa);
o esplendido padrasto de Ullr (Þórr)
atirou o nocivo broche (Barra de ferro ardente)
com grande força no meio do cinto (Abdome)
do vilão do dente do caminho da linha de pesca (Geirröðr).

91.O furioso (Þórr) matou os descendentes de Glaumr (Gigantes)


com seu martelo sangrento (Mjöllnir);
o assassino (Þórr) do frequente visitante (Gigante)
do salão (Caverna) da Syn de pedra (Giganta) saiu vitorioso;
aquele que não falta suporte (Þjálfi) não embaraçou
o mastro do arco (Arqueiro Guerreiro), Deus do Carro (Þórr),
aquele que promove (Þórr) a tristeza
sobre os guerreiros dos bancos (Gigantes) do Jötunn (Geirröðr).

92.O adorado agressor de Hel (Þórr)


matou os bezerros das florestas (Gigantes)
do refugio subterrâneo (Caverna) da brilhante Álfheimr
com o fácil esmagador (Mjöllnir), junto com o Álfr (Þjálfi);
os Rúgios (Gigantes) de Lista do covil do falcão (Montanha)
foram incapazes de causar mal
ao firme suporte (Þjálfi) do diminuidor do tempo de vida (Þórr)
dos homens (Gigantes) de Ella da rocha (Geirröðr).

27-Referências para Frigg.


Quais são as referências para Frigg? Assim por chama-la de Filha de Fjörgynn, Esposa
de Óðinn, Mãe de Baldr, Rival de Jörð e Rindr e Gunnlöð e Gerðr, Sogra de Nanna,
Rainha dos Æsir e Ásynjur, de Fulla e das Penas de Falcão e de Fensalir.

28-Referências para Freyja.


Quais são as referências para Freyja? Assim por chama-la de Filha de Njörðr, Irmã de
Freyr, Esposa de Óðr, Mãe de Hnoss, Dona dos Mortos e de Sessrúmnir e dos Gatos, de
Brísingamen, Deusa dos Vanir, Vanadís, A Bela Deusa que Chorou, Deusa do amor.
Todas as Ásynjur podem ser referidas assim: por chama-las por outro nome e se referir
a elas pelas suas posses ou façanhas ou família.

29-Referências para Sif.


Quais são as referências para Sif? Assim por chama-la de Esposa de Þórr, Mãe de Ullr,
Deusa dos Lindos Cabelos, Rival de Járnsaxa, Mãe de Þrúðr.

30-Referências para Iðunn.


Quais são as referências para Iðunn? Assim por chama-la de Esposa de Bragi e Guardiã
das Maçãs, e as maçãs de Elixir da Vida dos Æsir. Ela foi espólio do Jötunn Þjazi, assim
como foi dito antes, quando ele a levou dos Æsir.
Depois dessa saga, Þjóðólfr de Hvin escreveu versos no Haustlöng.

93.Como eu posso dar uma retribuição


para a ponte do muro da guerra (Escudo)?
< Eu recebi um bem decorado... >
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

penhasco da voz (Escudo) de Þorleifi.


Eu posso ver a incerta situação
de três Deuses corajosos
e Þjazi sobre o brilho terminado
no lado da folha de batalha (Escudo).

94.O lobo da Senhora (Þjazi)


voou ruidosamente para
encontrar os companheiros das hordas (os Æsir),
não muito tempo atrás na velha antiga forma (Águia).
Há muito a águia acendeu onde
os Æsir colocaram sua carne num forno na terra.
O Deus que refugia (Caverna) na Gefn da rocha (Giganta)
não foi considerado culpado de covardia.

95.Mediocremente livre de fraude,


ele era um lento provedor do serviço dos Tívar (Deuses).
O encapuzado educador com elmo dos Hapta (Deuses)
declarou que havia algo por trás disso.
O muito sábio do ouro da onda (Sangue)
do montão de corpos (Águia)
começou a falar de um antigo abeto.
O amigo de Hænir (Loki) não estava bem disposto para ele.

96.O lobo da montanha (Gigante)


pediu ao Meili do passo (Hænir)
para compartilhar com ele seu alimento
de sua mesa sagrada.
O amigo (Loki) do Hrafnáss (Óðinn)
tinha soprado (o fogo).
O Rögnir (Óðinn) corajoso em batalha da terra das baleias (Gigantes)
deixou-se cair (se Sentou) onde o sincero defensor dos Deuses estava sentado.

97.O gracioso Senhor da Terra (Óðinn)


mandou o filho de Fárbauti rapidamente
compartilhar a baleia (Boi)
da corda do arco da Vár (Skaði)
entre os companheiros.
Mas o astuto e inflexível oponente
dos Æsir (Þjazi) logo em seguida apanhou
quatro partes do boi da mesa ampla.

98.E o esfomeado pai da Mörn (Gigante Þjazi)


estava então comendo horrivelmente
o urso da canga (o Boi) nas raízes
de um carvalho - que foi há muito tempo -
o Deus da mente profunda do estorvo
do espólio de guerra golpeou
com uma vara o mais terrível
inimigo da terra (Gigante) entre os ombros.
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

99.Então a carga dos braços de Sigyn (Loki),


quem todos os Regin (Deuses) olham de suas amarras,
ficou presa no florestal [pai] (Þjazi)
da divindade do esqui (Skaði).
A vara ficou presa no poderoso
frequentador do Jötunheimr
e as mãos do bom amigo
de Hænir (Loki) no fim do bastão

100.O pássaro de sangue (Águia),


feliz com seu espólio,
voou a longa distância com o sábio Deus,
de modo que o pai do lobo (Loki)
estava prestes ser rasgado em dois.
Então o amigo de Þórr - Loptr estava lentamente caindo -
ele foi forçado a implorar ao companheiro de Miðjungr (Gigante)
tão duramente quanto ele pudesse por misericórdia.

101.O parente da raça de Hymir (Gigantes)


instruiu o guia da horda,
enlouquecido de dor, para trazer até ele
a donzela que conhecia a cura da velhice dos Æsir (Iðunn).
O ladrão do cinto de Brísingr (Brísingamen)
depois causou a ida da Dís dos Deuses (Iðunn)
para a corte do Níðuðr da rocha (Gigante)
nos bancos de Brunnakr.

102.Os habitantes do escudo brilhante (Gigantes)


não estavam infelizes depois disso,
agora Iðunn estava entre os Jötnar,
recém-chegada do sul.
Toda a família de Ingi-Freyr (Æsir)
tornou-se velha e grisalha
na sua Þing; os Regin
estavam com a forma muito feia,

103.Até que eles descobriram que a Gefn da cerveja (Iðunn)


tinha fluido do mar do corpo (Sangue) do cão (Loki)
e capturaram o ladrão, que é a árvore da decepção,
que tinha levado a Gefn da cerveja para fora.
"Tu serás capturado, Loki," assim disse o furioso,
"a menos que por algum esquema
tu tragas de volta a renomada donzela,
que aumenta (Iðunn) a alegria dos Hapta (Deuses)."

104.Eu tenho ouvido isso,


que o tentador da mente de Hænir (Loki)
depois levou de volta a mulher dos Æsir
com a ajuda de uma pele de falcão;
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

e com a mente enganosa o pai de Mörn (Gigante),


jogou com a folha da pluma (Bater de Asas)
com poderosa energia, direcionando um vento de tempestade
contra a descendência do falcão (Loki transformado).

105.Varas logo começaram a queimar,


porque os Ginnregin tinham cortado isso;
e o filho do pretendente de Greip (Gigante) se queimou.
Há um desvio súbito em sua viagem.
Isto estava descrito na minha
sola da ponte (Escudo, Pedestal) do Finnr da montanha (Gigante).
Eu recebi aquilo que se move nas bordas do penhasco (Escudo)
decorado com horrores de Þorleifi.

Essa é a maneira correta de se referir aos Æsir, por chama-los pelo nome de outro e se
referir a ele por suas façanhas ou posses ou família.

31-Referências para o Céu.


Quais são as referências para o Céu? Assim por chama-lo de Crânio de Ymir e então
Crânio do Jötunn e Trabalho e Carga dos Dvergar, e Elmo de Vestri e Austri, Suðri,
Norðri, Terra da Sól e da Lua e dos Astros do Céu, do Carro e Vento, Elmo e Casa do
Ar e da Jörð e da Sól. Assim diz Arnórr jarlaskáld:

106.Jamais tão generoso jovem governante


andara sobre a prancha do escudo (Navio),
a magnificência desse príncipe era ampla
abaixo do velho crânio de Ymir (Céu).

E ele disse mais:

107.A Sól se tornara negra,


a Terra afundara no mar,
o trabalho de Austri (Céu) será destruído,
o mar rugira sobre as montanhas.

Assim disse Böðvarr balti:

108.Nenhum governante da terra


sob o solo da Sól (Céu) será mais excelente
ou melhor que o irmão de Ingi
no campo de batalha.

E assim disse Þjóðólfr de Hvin:

109.E em direção ao jogo do ferro (a Batalha),


o filho de Jörð (Þórr) trovejava
no caminho de Máni (o Céu), abaixo dele,
a fúria aumentava no irmão de Meili (Þórr).

Assim disse Ormr Barreyjarskáld:


O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

110.No entanto, oh Dís do anel Draupnir (Senhora),


eu sei que o senhor é poderoso,
ele governa seu reino,
o governante do caminho das constelações (Céu) me receberá bem.

Assim disse o escaldo Bragi:

111.Ele atirou no recipiente


dos amplos ventos (Céu) os olhos
do pai de Öndurdís (Skaði) sobre
a habitação da multidão de homens.

E assim disse Markús:

112.Dificilmente nascera
um nobre defensor sobre o suporte (Céu) do tonel
da tempestade (Terra) confinada no oceano,
todo homem elogia a vida elevada do atirador de anéis (Governante generoso).

Assim disse Steinn Herdísarson:

113.Eu agradeço o sagrado governante


da alta tenda do mundo (Céu) com essa poesia,
elogio é levado adiante, mais do que para os homens,
para ele que é o mais digno.

E assim disse Arnórr jarlaskáld:

114.Ajude, oh querido rei do solo


do dia (Céu), o querido Hermundr.

E Arnórr disse mais:

115.Verdadeiro governante das tendas da Sól (Céu),


proteja o bravo Rögnvaldr.

E assim disse Hallvarðr:

116.Knútr governa a terra como o esplêndido senhor


de todo (defende) o salão das montanhas (Céu).

Como disse Arnórr:

117.Miguel, cheio de sabedoria,


pesa o que parece mal e tudo que é bom;
o governante do elmo da Sól (Céu)
então divide os homens sobre
seu assento de julgamento.
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

32-Referências para Jörð.


Quais são as referências para a Terra? Assim por chama-la de Carne de Ymir e Mãe de
Þórr, Filha de Ónarr, Noiva de Óðinn, Rival de Frigg e Rindr e Gunnlöð, sogra de Sif,
Chão e Fundo do Salão do Tempo, Mar dos Animais, Filha de Nótt, Irmã de Auðr e
Dagr. Assim disse Eyvindr skáldaspillir:

118.Agora a Álfröðull do rio (Ouro)


está escondido no corpo
da mãe (Terra) do inimigo dos Jötnar (Þórr),
poderosos são os empreendimentos de um povo poderoso.

Assim disse Hallfreðr vandræðskáld:

119.A união ocorreu quando


o sábio regente de confiança do rei (o Jarl)
depois teve por esposa (Tomou posse) a única filha
de Ónarr (Jörð, a Terra, País da Noruega), de florestas verdes.

E ele disse mais:

120.A esposa (Jörð, a Terra, Noruega) da ampla face


de Báleygr (Óðinn) ele conseguiu possuir,
o líder (Jarl) do corvo do porto (Navio),
ao falar sobre armas.

Compare o verso escrito antes, "Dificilmente nascera um nobre...". Assim como


Þjóðólfr disse:

121.Aquele que alegra os senhores (Rei)


amarrou os navios dos homens
no mar do alce (a Terra) profundamente
sobre a pura baia do casco a remo.

Assim disse Hallfreðr:

122.Assim eu creio que o famoso distribuidor (Governante),


a terra está sob o doador de tesouros (Generoso governante),
relutou muito em deixar
a esplêndida filha de Auðr (a Terra) solitária.

Assim disse Þjóðólfr:

123.O tímido da lança (Aquele que não é guerreiro)


miseravelmente se manteve longe quando o brilho (Espada) da batalha
do impulsionador (Guerreiro, Governante) uma vez tomou
a rival de Rindr (Jörð, a Terra) sem preço de noiva (pela Violência).

33-Referências para o Sær.


Quais são as referências para o Oceano? Assim por chama-lo de Sangue de Ymir,
Visitante dos Deuses, Marido de Rán, Pai das filhas de Ægir, cujos nomes são:
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

Himinglæva, Dúfa, Blóðughadda, Hefring, Uðr, Hrönn, Bylgja, Bára, Kólga; Terra de
Rán e das Filhas de Ægir, dos Navios e dos nomes de Navios, da Quilha, da Proa, das
Tábuas, das Suturas, dos Peixes, do Gelo; Caminho e Estrada dos Reis Costeiros,
também de Anel das Ilhas, Casa da Areia e das Algas e dos Recifes; Terra dos
Equipamentos de Pesca, das Aves Marinhas, e do Bom Vento. Assim disse Ormr
Barreyjarskáld:

124.Lá fora, nas margens dos vasos tranquilos (Barcos)


ecoa o sangue de Ymir (Oceano).

Assim disse Refr:

125.A domada besta do topo do mastro (Navio)


carregava as ondas prensadas nos ombros a leste do mar,
eu espero sobre a terra da proa (Oceano),
a residência da baleia (Ondas) ondulava.

Assim disse Sveinn:

126.Quando as duras rajadas da pálida


montanha (Vento?) passavam soltas
e entrelaçavam com as filhas de Ægir (Oceano)
que se alegram em tempestade, geravam a geada.

E assim disse Refr:

127.A onda gelada da völva (Esposa) de Gymir


frequentemente trazia o urso da corda retorcida (Navio)
na boca de Ægir (Abaixo das Ondas)
onde as ondas quebram.

Aqui é dito, que todos são um: Ægir e Hlér e Gymir. E ele disse mais:

128.Mas a crista do Sleipnir do Mar (Navio),


conduzido pelas ondas,
estourou seu peito, coberto com tinta vermelha,
na boca branca de Rán (o Agarro do Oceano).

Assim disse Einarr Skúlason:

129.Uma dura tempestade de vento


tinha levado o navio rapidamente da terra,
o cavalo do banco do cisne (Navio)
fez se afundar na onda (Abaixo do Horizonte) da terra da neve (Islândia).

E ele disse mais:

130.Muito firme o tolete (Cavilha que Movimenta o Remo) levantava


e ressoava na praia do equipamento de pesca (Mar),
conduzindo em curvas, na costa;
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

as vezes a direção era feita pelas mãos dos homens.

E ele disse mais:

131.A proa do navio de guerra do rei


tinha ornamentos de ouro,
essa expedição foi gloriosa para o príncipe,
a corrente da ilha (Oceano) puxava em direção ao corvo de Heiti (Navio).

Ele disse mais:

132.O frio Outono do círculo da ilha (Oceano)


empurrava o gelado esqui de neve (Navio).

E mais isso:

133.O fresco cinto das terras (Oceano) ressoava


no lado de fora das proas.

Assim disse Snæbjörn:

134.Eles dizem que as nove noivas


do recife (Filhas de Ægir, Ondas) transformavam
rapidamente o terrível moinho da ilha
de Grótti (Agitar o Mar) para além da extremidade da terra,
elas que há muito tempo moviam
o licor do malte de Amlóði (o Mar);
o diminuidor do anel (Generoso governante) cortou
com a proa do navio a habitação (o Mar)
das encostas (Ondas) dos navios.

Aqui o Mar é chamado de moinho de Amlóði. Einarr Skúlason disse mais isso:

135.O firme condutor flexiona a unha (Navio)


na direção da corrente onde move
o esbranquiçado solo de Rakni (Oceano);
o inimigo da vela (Vento) empurra a corda do mastro contra o recife.

34-Referências para a Sól.


Quais são as referências para a Sól? Assim por chama-la de Filha de Mundilfari, Irmã
de Máni, Esposa de Glenr, Fogo do Céu e do Ar. Assim disse Skúli Þorsteinsson:

136.A divina alegria da companheira


de Glenr (Sól) anda para seu divino
santuário (Céu) com brilho;
em seguida desce a boa luz de Máni (Lua) com camisa cinza.

Assim disse Einarr Skúlason:

137.Onde quer que a flama errante (Sól)


O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

do alto salão do mundo (Céu) paira


sobre nosso precioso amigo, mais cruel (Generoso)
é para a flama (Ouro) da fortaleza de Beiti (o Mar).

35-Referências para o Vindr.


Quais são as referências para o Vento? Assim por chama-lo de Filho de Fornjótr, Irmão
de Ægir e Eldr, Destruidor da Lenha, Perjúrio e Ruína ou Cão ou Lobo do Bosque ou
Vela ou Cordame. Assim disse Sveinn no Norðrsetudrápa:

138.Os horríveis filhos de Fornjótr


começaram a enviar a neve.

36-Referências para o Eldr.


Quais são as referências para o Fogo? Assim por chama-lo de Irmão de Vindr e Ægir,
Ruína e Destruidor da Floresta e Casas, Ruína de Hálfr, Sól das Casas.

37-Referências para o Vetr.


Quais são as referências para o Inverno? Assim por chama-lo de Filho de Vindsvalr e
Ruína das Serpentes, Estação da Tempestade. Assim disse Ormr Steinþórsson:

139.Eu ofereço alegria para


esse homem cego no filho de Vindsvalr (Inverno).

Assim disse Ásgrímr:

140.O promotor da batalha generoso


em ouro estava então afligindo
a serpente (Inverno) em Þrándheimr;
o mundo sabe suas verdadeiras realizações.

38-Referências para o Sumarr.


Quais são as referências para o Verão? Assim por chama-lo de Filho de Svásuðr e
Conforto da Serpente e Colheita dos Homens. Assim disse Egill Skalla-Grímsson:

141.Pintado pelo dente do lobo (Sangue do Guerreiro),


vamos acenar nossas espadas a Sól,
temos algo a alcançar na misericórdia (Verão)
do peixe do vale (Serpente).

39-Referências para Homem e Mulher.


Quais são as referências para o homem? Ele será referido por suas ações, o que ele doa
ou recebe ou faz. Ele pode também ser referido por sua propriedade, o que ele possui e
também se ele doa, também pela linhagem familiar que ele descende, também aqueles
que descendem dele. Como se referir por essas coisas? Assim por chama-lo
Empreendedor e Realizador de suas Expedições ou Atividades, de suas matanças, de
suas viagens marítimas, de suas caçadas ou por sua arma ou seu navio. E por isso ele é
um testador [reynir] das armas e fazedor [viðr] de mortes, que é a mesma coisa que
empreendedor - viðr é também uma palavra para árvore, há uma árvore chamada reynir
[bosque, árvore] - com base nesses termos os poetas chamava os homens de "freixo",
"bordo", "lund [bosque, árvore]" ou outros nomes masculinos de árvores; e faziam
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

referência a mortes ou navios ou riqueza. Isso é também normal se referir a um homem


usando todos os nomes dos Æsir. Nomes dos Jötnar também são usados, e esse é
principalmente tanto uma sátira como uma crítica. Usar nomes dos Álfar é pensado ser
um elogio. Uma mulher seria referida por todos os adornos femininos, ouro e joias,
cerveja ou vinho ou outra bebida que ela serve ou doa, também por copos de cerveja e
por todas as coisas que são adequadas para ela fazer ou providenciar. É adequado
referir-se a ela por chama-la doadora [selja] ou consumidora [lóg] do que ela distribui,
mas selja [salgueiro] e lóg [tronco] são árvores. Portanto a mulher é chamada em
kenningar por todos os nomes femininos de árvores. E a razão pela qual uma mulher é
referida por pedras preciosas ou pérolas é porque na antiguidade um adorno feminino
era chamado "corrente de pedra" que elas usavam ao redor de seus pescoços. Agora isso
é transformado em kenningr, que agora é referido em termos de todas as Ásynjur ou
Valkyrjur, Nornir ou Dísir [Senhoras Divinas]. Isso também é normal se referir a
mulher por qualquer uma de suas atividades ou por suas posses ou descendência.

40-Conhecimento Para Ouro.


Como o ouro seria referido? Assim por chamar isso de Fogo de Ægir e Agulhas de
Glasir, Cabelos de Sif, Fita de Fulla, Lágrimas de Freyja, Fala e Voz e Palavra dos
Jötnar, Gotas de Draupnir e Chuva ou Chuvisco de Draupnir e Olhos de Freyja,
Pagamento de Otr; Pagamento forçado dos Æsir, Semente de Fýrisvellir, Monumento
funerário de Hölgi, Fogo de todas as Águas e Mãos, Pedra e Rocha ou Brilho das Mãos.

41-Os Æsir Recebem Uma Festa De Ægir.


Por que o ouro é chamado de fogo de Ægir? A saga relata isso, que antes tinha sido
narrada, que Ægir foi para uma festa em Ásgarðr, mas quando ele estava para retornar
ao lar, então ele convidou Óðinn e todos os Æsir para visita-lo no tempo de três meses.
Para essa jornada foram primeiro Óðinn e Njörðr, Freyr, Týr, Bragi, Víðarr, Loki, e
também as Ásynjur Frigg, Freyja, Gefjun, Skaði, Iðunn, Sif. Þórr não estava ali. Ele
estava percorrendo o caminho leste matando Trolls. Quando os Deuses se sentaram em
seus assentos, então Ægir deixou trazerem ouro brilhante para o pavimento do salão,
isso era exibido e iluminava o salão igual fogo, e isso ali era a luz perante eles no
banquete, que no Valhöll eram espadas em vez de fogo. Então Loki discutiu ali com
todos os Deuses e matou o servente de Ægir, aquele que é chamado Fimafengr. O outro
servente dele era chamado Eldir. Rán era o nome da esposa dele, e suas filhas eram
nove, assim como foi escrito antes. Nessa festa tudo se fazia sozinho, ambos os
alimentos e cervejas e todos os serviços, que eram necessários para a festa. Então os
Æsir se tornaram cientes disso, que Rán possuía uma rede, que ela apanhava todos os
homens, quando viessem ao mar.
Agora há essa saga, de onde isso vem que o ouro é chamado de fogo ou luz ou brilho
de Ægir, Rán ou das filhas de Ægir. E dessas descrições que agora estão estabelecidas, o
ouro é chamado de Fogo do Mar e todos os nomes, assim como Ægir e Rán tinham
nomes associados com o mar e por isso o ouro é agora chamado de Fogo das Águas ou
dos Rios e de todos os nomes de rios. Mas esses nomes possuem passagens com outras
referências, que os jovens escaldos tinham composto depois exemplos de velhos
escaldos, ainda que estejam em seus poemas, eles aumentaram, mas isso, porém se
parece com isso, que antes foi escrito, assim como os lagos são os mares, os rios são os
lagos, os riachos são os rios. Por isso tudo que são chamados de figura de linguagem,
quando os nomes se encontram maiores que antes, e tudo se parecem tão bem com isso,
e com forma natural. Assim disse o escaldo Bragi:
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

142.Fogo (Ouro) eu recebi do rei,


do mar com bebida;
isso me deu o Fjölnir da montanha,
para mim a abundância do rei.

42-Do Bosque Glasir.


Por que o ouro é chamado de agulhas ou folhas de Glasir? Em Ásgarðr perante as
portas do Valhöll fica um bosque, que é chamado de Glasir, e suas folhas são todas de
ouro vermelho, assim que é cantado aqui:

143.Glasir fica,
com folhas de ouro,
perante o salão de Sigtýr.

Esse é o mais belo bosque entre os Deuses e homens.

43-Dos ferreiros filhos de Ívaldi e o Dvergr Sindr.


Por que o ouro é chamado de Cabelo de Sif? Loki Laufeyjarson fez isso por astúcia,
cortou todo o cabelo de Sif. Mas quando Þórr soube disso, ele agarrou Loki, e teria
quebrado todos os ossos dele, logo ele jurou isso, que ele conseguiria dos Svartálfar,
que eles fariam cabelos de ouro para Sif, e que deveria crescer como outro cabelo.
Depois disso, Loki viajou até os Dvergar, chamados de filhos de Ívaldi, e eles fizeram o
cabelo e Skíðblaðnir e a lança, que Óðinn possuía que é chamada Gungnir. Então Loki
apostou sua cabeça com o Dvergr, chamado Brokkr, que o irmão dele, Sindri, não seria
capaz de fazer três outros tesouros igualmente tão bons como àqueles eram. Mas quando
eles vieram para a forja, então Sindri colocou uma pele de suíno na forja e pediu para
Brokkr sopra-la e não parasse antes que ele a tirasse da forja, o que ele tinha colocado
ali. Em seguida ele saiu da forja, enquanto o outro soprava, então pousou uma mosca
sobre sua mão e picou, mas ele soprava como antes, até que o ferreiro tirou da fornalha,
e era um javali, e tinha as cerdas de ouro. Depois disso ele colocou ouro na forja e pediu
para ele não parar de soprar até que ele voltasse. Ele saiu. Mas então veio a mosca e
pousou sobre o pescoço dele e picou depois mais forte que antes, mas ele soprava, até
que o ferreiro tirou da forja um anel de ouro, chamado Draupnir. Então ele colocou
ferro na forja e ordenou a ele que soprasse e disse que a forma seria inútil, se o sopro
falhasse. Então pousou a mosca entre os olhos dele e picou sua pálpebra, mas o sangue
correu para o olho, assim ele não pode ver então ele passou a mão rapidamente,
enquanto o sopro do fole diminuía, e espantou a mosca e então chegou ali o ferreiro e
disse que chegou perto de toda forma ser inútil, que estava na forja. Então ele pegou um
martelo da forja. Então ele colocou todos os tesouros na mão de seu irmão Brokkr e
pediu para ele viajar para Ásgarðr e reclamar a aposta. Mas quando ele e Loki
trouxeram adiante as riquezas, então os Æsir se sentaram em seus assentos de
julgamento e a sentença disso seria determinada por Óðinn, Þórr e Freyr. Então Loki
deu a lança Gungnir para Óðinn, o cabelo para Þórr, o qual Sif usaria, mas o Skíðblaðnir
para Freyr e disse todo o conhecimento dos tesouros; a lança nunca seria parada quando
arremessada, os cabelos ficariam crescendo na carne, logo que eles viessem à cabeça de
Sif, o Skíðblaðnir teria ventos favoráveis, logo que a vela fosse levantada, para onde
quer que fosse a direção, mas poderia ser dobrado como um guardanapo e ser carregado
numa pequena bolsa, se desejar. Então Brokkr trouxe adiante seus tesouros. Ele deu à
Óðinn o anel e disse que a cada nove noites cairiam dele oito anéis de peso igual a ele.
À Freyr ele deu o javali e disse que ele podia correr através do ar e água, de noite e de
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

dia, mais rápido que qualquer outro cavalo, e nunca haveria noite tão escura ou em
Myrkheimr, que não houvesse luz suficiente, onde ele fosse; tal era o brilho de suas
cerdas. Então ele deu o martelo à Þórr e disse que ele poderia golpear com quanta força
que ele desejar tudo que estivesse na frente dele e o martelo não quebraria; e se ele o
atirasse, então ele nunca se perderia e nunca voaria tão longe, que não pudesse retornar
a mão dele, e se ele desejar então ele ficaria tão pequeno, que poderia ser usado na
camisa dele. Mas isso tinha uma falha, o cabo era bastante curto. Essa foi à decisão
deles, que o martelo era o melhor de todos os tesouros e a melhor defesa contra os
Hrímþursar, e na decisão deles, o Dvergr tinha ganhado a aposta. Então Loki ofereceu
um resgate por sua cabeça, mas o Dvergr disse que não havia esperança para isso.
"Pegue-me então," disse Loki, mas quando ele desejou pega-lo, então ele estava muito
longe. Dessa vez Loki tinha os sapatos, que podia correr sobre o ar e água. Então o
Dvergr pediu a Þórr, para pega-lo para ele, e ele assim o fez. Então o Dvergr desejou
cortar a cabeça dele, mas Loki disse que ele tinha sua cabeça, mas não seu pescoço.
Então o Dvergr tomou uma correia e faca e desejou fazer um buraco no lábio de Loki e
desejou amarrar junto a sua boca, mas a faca não furava. Então ele disse que era melhor
que seu irmão furador estivesse ali, e imediatamente ele foi chamado, então ali o furador
estava, e furou os lábios dele. Ele amarrou os lábios juntos, e costurou as extremidades
de Loki. Essa correia, que na boca de Loki estava amarrada, se chamava Vartari.

Essa tradução foi feita por Marcio Alessandro Moreira (Vitki Þórsgoði). Tentei manter-
me fiel na tradução e em preservar os nomes originais contidos no poema. ® 2009,
2010, 2011, 2013
E-mail: asatruar42@hotmail.com
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

Notas do Skáldskaparmál:

Capítulo 01
Hléssey é provavelmente a ilha Læsø, em Kattegat, na Dinamarca. Læsø parece
significar "Ilha de Hlér (Ægir)". Þórr havia dito ter enfrentado noivas Berserkers nessa
mesma ilha no Hárbarðsljóð 37. No Nafnaþulur Ægir é um Jötunn.
Os Deuses Æsir possuem o poder de prever o futuro.
Os doze grandes Deuses juízes são: Þórr, Njörðr, Freyr, Týr, Heimdallr, Bragi, Víðarr,
Váli, Ullr, Hænir, Forseti e Loki, porém Loki pode ter perdido este posto porque ele foi
acorrentado pelos Deuses em Hverlundr. Hænir parece ter voltado do Vanaheimr junto
com a cabeça de Mímir, já que ele é citado como um dos juízes.

Capítulo 02
Ao que tudo indica Óðinn, Hænir e Loki viajavam em Jötunheimr. Loki é chamado de
Lóðurr nos poemas Lokrur e Þrymlur.
Þrymheimr está situado em Jötunheimr.

Capítulo 03
Os Deuses envelheceram sem Iðunn e suas maçãs, mas não morreram.
Þing é a assembleia dos povos nórdicos.
Þórr clama ser o destruidor de Þjazi e o criador das estrelas "Olhos de Þjazi" no
Hárbarðsljóð 19.
Skaði parece confirmar que Baldr é um dos mais belos Deuses.
Loki e o bode faziam cabo de guerra, ou seja, cada um puxava do lado oposto.

Capítulo 04
O poema Hárbarðsljóð conta que foi Þórr que criou as estrelas "Olhos de Þjazi" e
Snorri diz que foi Óðinn, mas o Hárbarðsljóð parece ser mais antigo já que é datado
entre o final do século 10 e meados do século 11, enquanto a Edda em Prosa é do século
13. Ou havia duas versões para a criação dessa estrela ou Snorri colocou Óðinn como
criador dela no lugar de Þórr, porque Óðinn era o Deus Criador (e pode ter feito isso
influenciado pela sua fé cristã onde apenas um deus poder criar). Ou talvez ele possa ter
si confundido.
Provavelmente o bocado era pego com os dois braços.

Capítulo 05
Além de Heimdallr, Kvasir também ensinou sabedoria aos homens.
Fjalarr e Galarr eram Anões.

Capítulo 06
Óðinn na verdade recuperou o Hidromel para os Deuses. Kvasir era criação dos
Deuses, que foi morto pelos Anões que criaram o Hidromel e estes deram o Hidromel
ao Gigante Suttungr, que Óðinn por fim recuperou.

Capítulo 07
Kenningr significa "Conhecimento".
Reiðartýr significa "Deus do Carro".

Capítulo 08
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

Snorri sendo um cristão deixa claro que a arte poética deve ser preservada, mas que não
se deve acreditar nos antigos Deuses nórdicos. O começo do livro que ele cita é o
Prólogo da Edda em Prosa onde ele relata que os homens se esqueceram do deus
cristão, para venerar a natureza e que os antigos Deuses eram na verdade heróis antigos
que conseguiram ser venerados como Deuses (evemerismo).
A Völuspá diz que o salão Brimir ficava em Ókólnir e Snorri diz que esse salão ficava
em Tróia, mas com certeza ele quis dizer Ásgarðr (porque ele compara Ásgarðr com
Tróia). Porém, como Brim significa "Mar" talvez seja uma referência ao salão de Ægir
onde os Deuses costumavam beber. Contudo Brími pode significar também (na poesia)
tanto "Fogo" quanto "Espada" e ambas as referências correspondem ao salão de Óðinn
onde é dito que espadas brilhavam e essa era a luz do salão (Skáldskaparmál 01). Snorri
diz que esse salão pertence à Príamo e ele identificou Príamo com Óðinn.
Snorri (talvez a mando da igreja) alterou todo o relato mítico nórdico sobre Ásgarðr
quando a comparou com Tróia, assim os Deuses se tornam mortais. Ele identificou Þórr
com Heitor, Váli com Heleno, Pirro com Fenrir, Æsir com Ásia por causa da
proximidade dos nomes, porém a etimologia prova que são falsas essas
correspondências.
Þórr significa "Trovão" na antiga língua nórdica e Heitor (Hektor) significa "Aquele que
Possui" em grego.
Váli parece significar "Escolhido" na língua nórdica e Heleno parece significar
"Brilhante como o Sol".
Fenrir significa "Aquele que habita no Pântano" na antiga língua nórdica e Pirro
significa "Ruivo" em grego.
Æsir significa "Deuses" na antiga língua nórdica e Ásia parece significar "Ascender" em
grego (derivado do acadiano).
Na era medieval por causa da influência romana todos os europeus ocidentais
pensavam que eram descendentes dos Troianos.
Snorri diz que Heleno ajudou Páris a matar Aquiles e a vingar a morte de Heitor
(inspirado no mito grego) e Heleno era Váli, Aquiles era Jörmungandr e Heitor era Þórr.
Mas é claro que isso é pura fantasia de Snorri até porque a batalha de Þórr e
Jörmungandr aparece em estelas e runestones e em fragmentos escáldicos da era pagã e
provam que isso não é verdade. Além disso, Váli vingou a morte de Baldr não à de Þórr.
Snorri identifica Þórr com o deus romano Júpiter.
Snorri diz que o fogo de Surtr era Tróia queimando.
Snorri diz que os filhos de Þórr (Heitor) expulsaram Váli (Heleno) e Víðarr (Eneias) de
suas terras, mas isso é invenção de Snorri porque ele próprio diz que todos eles (Magni,
Móði, Váli, Víðarr) eram Æsir. Snorri com certeza confundiu o mito grego com os
relatos nórdicos.

Capítulo 09
O escaldo Arnórr jarlaskáld chamou Óðinn de Alföðr ("Pai de Tudo") no século 11 e
esse nome comprova que esse Deus era o Deus supremo muito antes do que vemos no
século 13.
O escaldo Þjóðólfr de Hvin chamou Óðinn de Caolho no século 10 e isso comprova a
antiguidade do relato do sacrifício do olho da fonte de Mímir.
O escaldo Hallfreðr associou o cabelo de Jörð com a cor da cevada indicando que ela
seria loura. A esposa de Þórr, Sif, possui cabelos de ouro.
O escaldo Eyvindr skáldaspillir contou no século 10 que Bragi e Hermóðr recebiam os
mortos recém-chegados ao Valhöll. O Sögubrot af nokkurum fornkonungum í Dana ok
Svíaveldi datado de 1300 diz que Hermóðr é o mais corajoso dos Æsir.
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

O escaldo Úlfr Uggason no século 10 chamou a morte de Baldr de "sagrada oferenda".


O escaldo Bragi no século 9 chamou Óðinn de Aldaföðr ("Pai dos Homens") e isso
comprova que esse Deus era o criador dos homens muito antes do que vemos no século
13.

Capítulo 10
O escaldo Einarr skálaglamm no século 10 menciona o Hidromel dos Poetas como
fabricação dos Anões.

Capítulo 11
O escaldo Ölvir hnúfa no século 9 chamou Jörmungandr de "O circulo de todas as
Terras" talvez querendo indicar que a serpente estivesse enrolada nos nove mundos.
O escaldo Eysteinn Valdason no século 10 dá a entender que Jörmungandr é da cor
avermelhada.
O escaldo Bragi no século 9 chamou Þórr de "O amedrontador de Öflugbarði", porém
nada se sabe sobre esse ser que provavelmente era um Gigante e Þórr deve tê-lo
afugentado (ou mesmo matado) numa de suas aventuras no Jötunheimr. Bragi ainda diz
que Þórr usa a mão direita para manejar o Mjöllnir. Bragi também chamou Jörmungandr
de "O peixe que liga todas as Terras", talvez indicando que o monstro estivesse
enrolado nos nove mundos.
O escaldo Gamli no século 10 disse que Þórr matou Jörmungandr com o Mjöllnir.
O escaldo Þorbjörn dísarskáld no século 10 ou 11 contou que os filhos de Þórr e Óðinn
defendiam Ásgarðr.
O escaldo Bragi diz que Þrívaldi tinha nove cabeças. Esse fragmento escáldico de Bragi
parece indicar que Þrívaldi tentou roubar os bodes de Þórr e acabou sendo morto.
O escaldo Úlfr Uggason diz que Jörmungandr é muito pesada. Úlfr também diz que
Þórr matou Jörmungandr arrancando-lhe a cabeça fora.

Capítulo 12
O poema Húsdrápa é do século 10 e foi escrito por Úlfr Uggason. O Sögubrot af
nokkurum fornkonungum í Dana ok Svíaveldi diz que todos os Regin choraram por
Baldr.

Capítulo 13
A Ynglinga Saga conta que Skaði logo após deixar Njörðr ela teve vários filhos com
Óðinn. O poema Sólarljóð conta que Njörðr possui nove filhas que tinham
conhecimento rúnico, porém apenas dois nomes são recordados: Ráðveig a mais velha e
Kreppvör a mais nova.

Capítulo 14
Freyr sempre é associado a seu pai Njörðr. É estranho que Snorri não mencionou a
esposa de Freyr, Gerðr e o filho deles Fjölnir.

Capítulo 15
O Sörla Þáttr conta que Loki roubou o colar de Freyja, mas não menciona Heimdallr.
Ou havia duas versões para o roubo do colar de Freyja ou Loki roubou o colar duas
vezes (na primeira vez ele é impedido por Heimdallr e na segunda ele leva a joia para
Óðinn). A versão mais antiga desse roubo é a que se encontra no poema Húsdrápa que é
do século 10.
A Espada (de Heimdallr) é chamada de Höfuð na língua nórdica e significa "Cabeça".
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

O poema Heimdallargaldri infelizmente foi perdido e provavelmente contava as


façanhas desse Deus.
Snorri diz que Heimdallr foi golpeado com uma cabeça de homem e talvez seja a
cabeça de Mímir. Como Heimdallr é o guardião de Ásgarðr é provável que os Vanir
houvessem jogado a cabeça de Mímir nele quando a enviaram de volta pra Óðinn.
Heimdallr é o dono do Gjallarhorn (Gylfaginning 27) e Mímir bebe no Gjallarhorn
(Gylfaginning 15).
O Sögubrot af nokkurum fornkonungum í Dana ok Svíaveldi diz que Heimdallr é o
mais tolo dos Deuses, porém isso pode ser invenção já que Heimdallr é descrito como
sábio.

Capítulo 16
O poema Hymiskviða menciona que a mãe de Týr é Frilla, que significa "Bela
Senhora".
Loki no Lokasenna diz que Týr tinha uma esposa e um filho, mas não nos diz seus
nomes.

Capítulo 17
O poema Sigrdrífumál diz que Bragi possui runas na língua.

Capítulo 18
Víðarr é um Deus da força e era o mais forte dos Deuses depois de Þórr. Mas quando a
perna de Hrungnir caiu sobre Þórr todos os Deuses foram até lá para liberta-lo e não
conseguiram fazer nada então Magni é chamado e ele liberta Þórr, assim tudo indica que
Magni se tornou o Deus mais forte depois de Þórr e suplantou Víðarr. Desse modo Þórr
é o Deus mais forte, seguido por Magni e Víðarr.

Capítulo 19
Váli é chamado de Boe/Bous por Saxo Grammaticus, que ainda diz que esse Deus
adorava a guerra.

Capítulo 20
Höðr não é cego nem irmão de Baldr na versão de Saxo Grammaticus.

Capítulo 21
Saxo Grammaticus disse que Ullr governou Ásgarðr por quase dez anos na ausência de
Óðinn. Ele é descrito como um poderoso feiticeiro.

Capítulo 22
O Sögubrot af nokkurum fornkonungum í Dana ok Svíaveldi diz que Hænir é o mais
tímido dos Æsir.

Capítulo 23
O Sörla Þáttr confirma que Loki é filho de Fárbauti e Laufey, e diz que Loki tinha
língua afiada, era ágil e veloz, e superava os outros na astúcia. Desde jovem Loki era
um grande trapaceiro e era magro. Laufey é descrita como magra e pequena. Quando
ficou adulto Loki foi para Ásgarðr e se tornou serviçal de Óðinn. Ele também era
conselheiro de Óðinn.
Os irmãos de Loki Býleistr e Helblindi podem ser derivações dos nomes de Óðinn:
Helblindi e Bileygr/Báleygr.
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

O bode que Loki roubou é a história de Þjálfi, que quebrou os ossos do bode do Þórr.

Capítulo 24
Jötunmóði significa "Fúria de Gigante".
Freyja parece ser a mais corajosa das Deusas.
É interessante notar que Þórr falou que um Gigante só pode entrar em Ásgarðr se
estiver sob a proteção de alguma divindade.
Hólmganga significa "Ir à Ilha", mas no sentido de ir duelar.
O coração de Hrungnir parece ser esse símbolo:

Ásmóði significa "Fúria Divina".


Magni foi o único dos Deuses que teve força suficiente para libertar Þórr da perna de
Hrungnir. Os manuscritos Konungsbók e Uppsalabók da Edda em Prosa dizem que
Magni libertou Þórr da perna de Hrungnir quando tinha três dias de vida, já os
manuscritos Trektarbók e Ormsbók dizem que ele tinha três anos quando realizou essa
proeza. Contudo o manuscrito mais antigo é o Uppsalabók, assim Magni tinha três dias
de vida quando salvou Þórr e não três anos.
Gýgr significa "Giganta".

Capítulo 25
Galdrar significa "Encantamentos".
Aurvandilstá significa "Dedo de Aurvandill".
É curioso que o poema Haustlöng dá a entender que a pedra de amolar foi retirada da
cabeça de Þórr com sucesso, enquanto Snorri diz que não. Contudo a versão do
Haustlöng é mais antiga que a versão de Snorri, pois é do século 10. Alguns
encantamentos escandinavos de 1600 a 1900 usavam uma figura chamada de "Cabeça
de Þórr" para as mais variadas finalidades. Þórr também era associado aos Reginnaglar
("Pregos dos Deuses") sobre o Öndvegissúlur ("Pilares do Alto Assento") segundo a
Eyrbyggja Saga. No século 17 os Lapões adoravam Horagalles, que é uma versão de
Þórr, cujo ídolo tinha um prego de ferro, aço ou sílex na cabeça e podia produzir fogo
com uma pederneira. A Kjalnesinga Saga menciona o fogo sagrado no templo de Þórr.
Já foram encontrados amuletos vikings que tinham ambos o martelo de Þórr e uma
pederneira e este último provavelmente era usado para produzir fogo.

Capítulo 26
Ao que parece Frigg e Freyja possuem formas de falcão.
Loki se caba de comer depressa nos desafios de Útgarðr-Loki e ele ficou três meses
preso no baú de Geirröðr, talvez seja essa a razão dele conseguir fazer isso, já que ele
ficou muito tempo sem comer.
A Giganta Gríðr parece ser amiga de Þórr. Embora não esteja claro, é provável que Þórr
já possuísse luvas de ferro e cinto da força, mas ele ganhou outros itens iguais de Gríðr.
Ou Snorri sabia da existência dessas armas de Þórr antes delas serem dadas ao Deus
pela Giganta (ou seja, ele já tinha, mas ganhou outras idênticas) ou essas armas eram as
mesmas e presentes de Gríðr e Snorri confundiu a origem desses objetos.
Ásmegin significa "Força Divina" ou "Poder Divino". Þórr ameaçou aumentar seu
tamanho até ficar tão alto como o próprio céu.
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

A sorveira-brava é conhecida como rowan (sorbus aucuparia) e ela cresce em locais


frios, no outono suas folhas se tornam avermelhadas.
Saxo Grammaticus diz que Þórr matou três Gigantas e Snorri diz que foram duas: Gjálp
e Greip. É interessante notar que a Eyrbyggja Saga capítulo 10 conta que vítimas eram
sacrificadas para Þórr e tinham as costas quebradas.
Þórr jogou a barra de ferro ardente tão forte que ela atravessou a coluna de ferro,
Geirröðr, o muro da casa dele e foi parar no fundo da terra.
Snorri disse que Þórr não levou o martelo quando foi até Geirröðr enquanto Eilífr disse
que Þórr levou o martelo. Snorri disse que Loki foi com Þórr até Geirröðr enquanto
Eilífr disse que Þjálfi foi com Þórr até Geirröðr.

Capítulo 27
O manuscrito original tem o nome Gerðr, porém é possível que seja um erro de Snorri e
o nome real seria Gríðr, porque ela foi amante de Óðinn e mãe de Víðarr. Não existe
relato algum onde Gerðr seja amante de Óðinn. Óðinn é chamado de primeiro esposo de
Frigg pelo escaldo Hallfreðr vandræðaskáld em meados do século 10 ou início do
século 11.

Capítulo 28
Frigg e Freyja possuem muitas semelhanças: Frigg chorou por Baldr; Freyja chorou por
Óðr, Frigg e Freyja possuem formas de falcão; as duas eram invocadas na hora do parto;
ambas gostavam de joias; Frigg é esposa de Óðinn e Freyja é esposa de Óðr; ambas são
associadas com a fertilidade; Frigg é a Deusa mais importante dos Æsir e Freyja é a
Deusa mais importante dos Vanir e a sexta-feira era dedicada a ambas. Embora ambas
possam ser parecidas há uma evidência de que elas eram duas divindades distintas. A
Ynglinga Saga capítulo 03 conta que Frigg já era esposa de Óðinn antes da guerra Æsir-
Vanir então ela não pode ser Freyja porque esta última foi enviada ao Æsir depois da
guerra entre esses clãs. A Ynglinga Saga ainda conta que Ásgarðr já tinha doze Æsir
juízes (mas não menciona seus nomes e que talvez fossem: Þórr, Hænir, Mímir, Týr,
Bragi, Heimdallr, Höðr, Víðarr, Ullr, Forseti, Loki e Hermóðr) antes da chegada de
Njörðr e seus filhos. O trio Vanir foi posteriormente aceito entre os mais importantes
Deuses: Njörðr tomou o lugar de Hænir como juiz e Freyr tomou o lugar de Mímir em
Ásgarðr e Freyja se tornou uma das mais poderosas Deusas; Hænir e Mímir foram
enviados ao Vanaheimr. Mímir parece ter retornado a Ásgarðr e Mímir foi decapitado
no Vanaheimr. A Ynglinga Saga conta que Kvasir era Vanir, mas no Skáldskaparmál
ele foi descrito como sendo criação dos Æsir e Vanir que cuspiram num recipiente de
onde ele surgiu. Se a guerra Æsir-Vanir durou muito tempo então significa que ambos
os lados tinham numerosos descendentes. Desse modo Óðinn já era pai da maioria dos
Deuses Æsir e já era esposo de Frigg.

Capítulo 29
Sif aparece como um dos nomes de Jörð no Nafnaþulur.
Sif é a mãe de Þrúðr (por Þórr) e Ullr (por Óðinn segundo os manuscritos tardios NKS
1867 4to e SÁM 66).

Capítulo 30
Iðunn aparece como uma Elfa e filha mais nova de Ívaldi no poema Hrafnagalðr Óðins.
O escaldo Þjóðólfr de Hvin identifica os Deuses Æsir com os Ginnregin.

Capítulo 31
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

O Carro é a constelação da Ursa Maior.


O Céu foi feito do crânio de Ymir.
Austri e seus irmãos Norðri, Suðri e Vestri seguram o Céu nos ombros.
O último trecho do escaldo Arnórr é uma referência ao anjo Miguel e é interessante
porque mostra que Arnórr descreve Miguel como o anjo que julga os homens e isso no
século 11. Isso mostra que os escandinavos do final do século 10 e meados do século 11
acreditavam no final dos tempos inspirados pela Bíblia. Será que isso não prova que o
Ragnarökr é uma invenção cristã? Essa citação de Arnórr é muito semelhante ao da
Völuspá 65.

Capítulo 32
Jörð é associada com a Noruega em Kenningar.
Þjóðólfr no século 10 mostra que Jörð e Rindr eram divindades distintas e diferentes.

Capítulo 33
A Hversu Noregr byggðist confirma que Ægir é filho de Fornjótr e irmão de Logi e
Kári.
Bára também é chamada de Dröfn.
As nove filhas de Ægir eram relacionadas com as ondas.
A boca de Rán e Ægir significa os perigos dos mares ou seu terrível abraço.

Capítulo 34
A Sól é associada com o ouro e Máni com a cor cinza.

Capítulo 35
Vindr também é chamado de Kári.

Capítulo 36
Eldr também é chamado de Logi.

Capítulo 37
Vindsvalr aparece como um Gigante no Nafnaþulur.

Capítulo 38
Svásuðr aparece como um Jötunn no Nafnaþulur, mas é difícil saber se é o mesmo
personagem, já que os Gigantes são relacionados com o frio e o gelo, embora haja o
povo do Múspell.

Capítulo 39
Os homens eram chamados por nomes de árvores masculinas e as mulheres por árvores
femininas segundo a tradição escandinava.
Os kenningar usando o nome dos Deuses e Elfos era elogio, mas com nomes de
Gigantes era gozação.

Capítulo 40
O poema Bjarkamál datado ao redor do ano 1000 menciona a floresta Glasir, o cabelo
de ouro de Sif, o trabalho de Fenja, o gotejamento de Draupnir, o pagamento de Otr e as
lágrimas de Mardöll. Isso comprova a antiguidade desses relatos e mostra que eles não
são invenção do século 13 ou de Snorri.
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

Capítulo 41
Essa visita dos Æsir até Ægir que foi citada por Snorri aparece no Lokasenna. Mas
muitos outros Deuses e Elfos participaram dela.

Capítulo 42
Sigtýr é outro nome de Óðinn e significa "Deus da Vitória".

Capítulo 43
Snorri identificou os Svartálfar com os Dvergar.
Sindri também é chamado de Eitri.
Não fica claro se os filhos de Ívaldi são Brokkr e Sindri ou outros Anões, o texto é
ambíguo. O texto parece indicar que os filhos de Ívaldi são Brokkr e Sindri que fizeram
os três primeiros tesouros então Loki aposta com eles que eles não seriam capazes de
fazerem outros melhores tesouros e quando Loki viu a genialidade deles ele resolveu
atrapalha-los mordendo um deles na forma de mosca. Porém, pode ser que eles não
sejam os mesmos seres.
Os três primeiros tesouros são o cabelo de Sif, a lança Gungnir e o navio Skíðblaðnir;
os três outros tesouros são o javali Gullinbursti, o anel Draupnir e o martelo Mjöllnir.
Gungnir não pode ser parada, ou seja, seu golpe não pode ser bloqueado.
Os cabelos de ouro de Sif se tornaram como cabelos naturais.
Skíðblaðnir sempre tinha ventos favoráveis onde quer que fosse e podia ser dobrado e
guardado num bolso.
Draupnir podia se replicar oito vezes a cada nove noites.
Gullinbursti podia iluminar a mais escura das trevas onde quer que ele fosse e podia
voar e era mais rápido que qualquer cavalo.
Mjöllnir praticamente possuía força infinita já que Þórr sendo o Deus da força podia
usar o poder que quisesse para golpear (além de tudo os Æsir possuem o poder do
desejo, Gylfaginning cap. 02), o martelo era indestrutível, nunca errava o alvo e sempre
retornava as mãos do Deus, e podia ficar pequeno e ser guardado dentro da camisa. O
único problema era que o cabo do martelo era pequeno e provavelmente por isso Þórr
usava as luvas de ferro para poder agarra-lo com mais firmeza. Alias, quando Brokkr
presenteou Þórr ele deu apenas o martelo, pois as luvas e o cinto de força nem são
mencionados, sendo assim fica claro que o Deus não precisa desses artefatos para
levantar o martelo senão ele não teria recebido o Mjöllnir.
Myrkheimr significa "Mundo da Escuridão".

Essa tradução foi feita por Marcio Alessandro Moreira (Vitki Þórsgoði). Tentei manter-
me fiel na tradução e em preservar os nomes originais contidos no poema. ® 2009,
2010, 2011, 2013
E-mail: asatruar42@hotmail.com
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

As citações Poéticas do Skáldskaparmál (Por Capítulo)

Skáldskaparmál 09 - 1. Arnórr jarlaskáld (Þorfinnsdrápa)


Skáldskaparmál 09 - 2. Hávarðr halti
Skáldskaparmál 09 - 3. Víga-Glúmr Eyjólfsson
Skáldskaparmál 09 - 4. Refr Gestsson
Skáldskaparmál 09 - 5. Eyvindr skáldaspillir (Háleygjatal)
Skáldskaparmál 09 - 6. Glúmr Geirason
Skáldskaparmál 09 - 7. Eyvindr skáldaspillir (Hákonarmál)
Skáldskaparmál 09 - 8. Úlfr Uggason (Húsdrápa)
Skáldskaparmál 09 - 9. Þjóðólfr de Hvin (Haraldskvæði ou Hrafnsmál)
Skáldskaparmál 09 - 10. Hallfreðr Óttarson vandræðaskáld
Skáldskaparmál 09 - 11. Eyvindr skáldaspillir (Hákonarmál)
Skáldskaparmál 09 - 12. Kormákr Ögmundarson
Skáldskaparmál 09 - 13. Steinþórr
Skáldskaparmál 09 - 14. Úlfr Uggason (Húsdrápa)
Skáldskaparmál 09 - 15. Egill Skalla-Grímsson (Sonatorrek)
Skáldskaparmál 09 - 16. Egill Skalla-Grímsson (Sonatorrek parcial)
Skáldskaparmál 09 - 17. Refr Gestsson
Skáldskaparmál 09 - 18. Einarr skálaglamm (Vellekla)
Skáldskaparmál 09 - 19. Úlfr Uggason (Húsdrápa)
Skáldskaparmál 09 - 20. Poema Eiríksmál
Skáldskaparmál 09 - 21. Kormákr Ögmundarson
Skáldskaparmál 09 - 22. Þórálfr (ou Þórólfr ou Þorvaldr dependendo do manuscrito)
Skáldskaparmál 09 - 23. Eyvindr skáldaspillir (Háleygjatal)
Skáldskaparmál 09 - 24. Bragi Boddason o Velho (Ragnarsdrápa)
Skáldskaparmál 09 - 25. Einarr skálaglamm (Vellekla)
Skáldskaparmál 09 - 26. Þorvaldr blönduskáld
Skáldskaparmál 10 - 27. Einarr skálaglamm (Vellekla)
Skáldskaparmál 10 - 28. Einarr skálaglamm (Vellekla)
Skáldskaparmál 10 - 29. Ormr Steinþórsson
Skáldskaparmál 10 - 30. Refr Gestsson
Skáldskaparmál 10 - 31. Egill Skalla-Grímsson (Höfuðlausn)
Skáldskaparmál 10 - 32. Glúmr Geirason
Skáldskaparmál 10 - 33. Eyvindr skáldaspillir (Háleygjatal levemente diferenciado)
Skáldskaparmál 10 - 34. Einarr skálaglamm (Vellekla)
Skáldskaparmál 10 - 35. Einarr skálaglamm (Vellekla)
Skáldskaparmál 10 - 36. Eilífr Guðrúnarson
Skáldskaparmál 10 - 37. Völu-Steinn
Skáldskaparmál 10 - 38. Ormr Steinþórsson
Skáldskaparmál 10 - 39. Úlfr Uggason (Húsdrápa)
Skáldskaparmál 10 - 40. Eyvindr skáldaspillir (Háleygjatal)
Skáldskaparmál 10 - 41. ?
Skáldskaparmál 11 - 42. Bragi Boddason o Velho (Ragnarsdrápa)
Skáldskaparmál 11 - 43. Ölvir hnúfa
Skáldskaparmál 11 - 44. Eilífr Guðrúnarson (Þórsdrápa)
Skáldskaparmál 11 - 45. Eysteinn Valdason
Skáldskaparmál 11 - 46. Eysteinn Valdason
Skáldskaparmál 11 - 47. Eysteinn Valdason
Skáldskaparmál 11 - 48. Bragi Boddason o Velho (Ragnarsdrápa)
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

Skáldskaparmál 11 - 49. Gamli gnævaðarskáld


Skáldskaparmál 11 - 50. Þorbjörn dísarskáld
Skáldskaparmál 11 - 51. Bragi Boddason o Velho (Ragnarsdrápa)
Skáldskaparmál 11 - 52. Bragi Boddason o Velho
Skáldskaparmál 11 - 53. Eilífr Guðrúnarson (Þórsdrápa)
Skáldskaparmál 11 - 54. Úlfr Uggason (Húsdrápa)
Skáldskaparmál 11 - 55. Úlfr Uggason (Húsdrápa)
Skáldskaparmál 11 - 56. Úlfr Uggason (Húsdrápa)
Skáldskaparmál 11 - 57. Vetrliði Sumarliðason
Skáldskaparmál 11 - 58. Þorbjörn dísarskáld
Skáldskaparmál 13 - 59. Þórðr Sjáreksson
Skáldskaparmál 14 - 60. Egill Skalla-Grímsson
Skáldskaparmál 14 - 61. Evindr skáldaspillir (Háleygjatal)
Skáldskaparmál 14 - 62. Poema Grímnismál
Skáldskaparmál 14 - 63. Úlfr Uggason (Húsdrápa)
Skáldskaparmál 23 - 64. Úlfr Uggason (Húsdrápa)
Skáldskaparmál 25 - 65-71. Þjóðólfr de Hvin (Haustlöng)
Skáldskaparmál 26 - 72. ?
Skáldskaparmál 26 - 73. ?
Skáldskaparmál 26 - 74-92. Eilífr Guðrunarson (Þórsdrápa)
Skáldskaparmál 30 - 93-105 Þjóðólfr de Hvin (Haustlöng)
Skáldskaparmál 31 - 106. Arnórr jarlaskáld (Magnúsdrápa)
Skáldskaparmál 31 - 107. Arnórr jarlaskáld (Þorfinnsdrápa)
Skáldskaparmál 31 - 108. Böðvar balti (ou Kolli inn Prúði dependendo do manuscrito)
Skáldskaparmál 31 - 109. Þjóðólfr de Hvin (Haustlöng)
Skáldskaparmál 31 - 110. Ormr Barreyjarskáld
Skáldskaparmál 31 - 111. Bragi Boddason o Velho
Skáldskaparmál 31 - 112. Markús Skeggjason (Eiríksdrápa)
Skáldskaparmál 31 - 113. Steinn Herdísarson
Skáldskaparmál 31 - 114. Arnórr jarlaskáld
Skáldskaparmál 31 - 115. Arnórr jarlaskáld (Rögnvaldsdrápa)
Skáldskaparmál 31 - 116. Hallvarðr Háreksblesi
Skáldskaparmál 31 - 117. Anórr jarlaskáld
Skáldskaparmál 32 - 118. Eyvindr skáldaspillir
Skáldskaparmál 32 - 119. Hallfreðr vandræðskáld
Skáldskaparmál 32 - 120. Hallfreðr vandræðskáld
Skáldskaparmál 32 - 121. Þjóðólfr Arnórsson (Sexstefja)
Skáldskaparmál 32 - 122. Hallfreðr vandræðskáld
Skáldskaparmál 32 - 123. Þjóðólfr Arnórsson (Sexstefja)
Skáldskaparmál 33 - 124. Ormr Barreyjarskáld
Skáldskaparmál 33 - 125. Refr Gestsson
Skáldskaparmál 33 - 126. Sveinn
Skáldskaparmál 33 - 127. Refr Gestsson
Skáldskaparmál 33 - 128. Refr Gestsson
Skáldskaparmál 33 - 129. Einarr Skúlason
Skáldskaparmál 33 - 130. Einarr Skúlason
Skáldskaparmál 33 - 131. Einarr Skúlason
Skáldskaparmál 33 - 132. Einarr Skúlason
Skáldskaparmál 33 - 133. Einarr Skúlason
Skáldskaparmál 33 - 134. Snæbjörn
O Skáldskaparmál por Marcio Alessandro Moreira

Skáldskaparmál 33 - 135. Einarr Skúlason


Skáldskaparmál 34 - 136. Skúli Þorsteinsson
Skáldskaparmál 34 - 137. Einarr Skúlason
Skáldskaparmál 35 - 138. Sveinn (Norðrsetudrápa)
Skáldskaparmál 37 - 139. Ormr Steinþórsson
Skáldskaparmál 37 - 140. Ásgrímr Ketilsson
Skáldskaparmál 38 - 141. Egill Skalla-Grímsson
Skáldskaparmál 41 - 142. Bragi Boddason o Velho
Skáldskaparmál 42 - 143. ?

Essa tradução foi feita por Marcio Alessandro Moreira (Vitki Þórsgoði). Tentei manter-
me fiel na tradução e em preservar os nomes originais contidos no poema. ® 2009,
2010, 2011, 2013
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