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Teste de avaliação 4 • Matriz Versão A

Escola

Matriz do teste de avaliação 4 (versão A)

Data do teste Disciplina: Português, 6.º ano Duração do teste

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.º de itens Cotação

Texto biográfico. Itens de seleção:


Leitura Sentido global. – associação; 2 20
Recursos expressivos. – escolha múltipla.

Texto narrativo. Itens de construção:


Descrição. – resposta restrita;
Educação – resposta curta.
Sensações. 5 30
Literária Itens de seleção:
Recursos expressivos.
– ordenação;
Resumo. – associação.

Interjeição.
Verbo copulativo.
Itens de seleção:
Funções sintáticas: – verdadeiro / falso;
sujeito, predicativo do – associação.
Gramática sujeito, complemento direto, 5 20
complemento indireto, Itens de construção:
complemento oblíquo, – resposta curta;
modificador. – resposta restrita.

Frase ativa e frase passiva.

Narrativa, com descrição.


Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
sinais auxiliares de escrita; Item de construção:
Escrita 1 30
construção frásica – resposta extensa.
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) Turma

Livro aberto, 6.º ano – Testes de avaliação


Teste de avaliação 4 Versão A

Nome N.º Turma Data

Avaliação Professor

Grupo I

Lê o seguinte texto biográfico. Se necessário, consulta as notas.

Mark Twain – O escritor aventureiro


Samuel Langhorne Clemens era o nome verdadeiro do escritor americano que
ficou conhecido para sempre como Mark Twain (o seu pseudónimo) e que escreveu
As Aven- turas de Tom Sawyer e depois Huckleberry Finn.
Samuel nasceu na pequena localidade de Florida, no Missouri, a 30 de novembro de
5 1835, sendo o mais novo dos seis filhos de Jane e John Marshall Clemens. Quatro
anos depois, a família mudou-se para a cidade de Hannibal, nas margens do
Mississipi, o grande rio que muito inspirou o escritor para as suas histórias.
O pai de Samuel morreu em 1847, quando o rapaz tinha apenas 11 anos e por isso
1
ele teve de ir trabalhar. O primeiro emprego foi como aprendiz de tipógrafo no jornal
local,
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10 para o qual começou também a escrever. Depois de uma incursão pelas grandes
cidades de Nova Iorque e Filadélfia, voltou a casa e, aos 21 anos, a paixão pelo grande
rio levou-o a tornar-se condutor dos barcos a vapor que navegavam no Mississipi […].
Terá sido desta experiência que nasceu o nome literário que Samuel adotou em
1863, quando se tornou escritor. “Mark Twain” era o grito que os condutores dos
barcos davam para assi-
15 nalar que o rio tinha profundidade suficiente para passarem em segurança.
Em 1861, começou uma guerra civil nos Estados Unidos da América e a
navegação no rio Mississipi foi interrompida, o que levou o jovem Samuel a partir
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para outras paragens, mais desérticas – o velho Oeste –, de diligência ,
acompanhando o seu irmão Orion rumo ao Nevada, onde trabalharia nas minas de
prata. Mas o único material
20 precioso que lhe aparecia nas mãos eram os artigos e histórias que escrevia. E foi a
es- crita, através da qual começou a ter sucesso e a tornar-se conhecido, que o levou a
viajar pelo mundo.
Em 1870, Mark Twain casou-se com Olivia Langdon, de quem teve quatro filhos,
um rapaz e três raparigas, e foram viver para Hartford, no Connecticut. Mas a
tragédia não
25 tardaria a marcar a vida do escritor. Três dos seus filhos morreram ainda jovens, o
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que muito o entristeceu, claro, e além disso o seu pouco tino para os negócios levou-o
a acu- mular imensos problemas financeiros. […] Morreu aos 76 anos, a 21 de abril de
1910.

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Terra do Nunca, 20-09-2009 (com supressões)

1. tipógrafo: aquele que trabalha numa tipografia (oficina onde se imprimem os textos). 2. incursão: passagem. 3. diligência: car-
ruagem puxada por cavalos, destinada antigamente ao transporte de pessoas ou correio. 4. tino: vocação.

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1. Associa cada uma das frases que referem uma situação ou acontecimento da vida do escritor (co-
luna A) a uma época da sua vida (coluna B).

Escreve, em cada espaço da coluna A, a letra correspondente da coluna B, de acordo com a


informa- ção dada no texto. Cada letra pode ser usada mais do que uma vez.

Coluna A Coluna B
Mudou de residência para Connecticut.

Mudou de residência para Hannibal.

Regressou a Hannibal. a. Infância

O pai morreu.
b. Jovem adulto solteiro
Trabalhou nas minas de prata.
c. Adulto casado
Trabalhou numa tipografia.

Trabalhou como condutor de barcos no rio Mississipi.

Tornou-se escritor.

2. Assinala com , de 2.1. a 2.5., a opção que completa cada frase de acordo com o sentido do texto.

2.1. Este texto é uma biografia de Mark Twain,


a. que, na realidade, se chamava Samuel Langhorne Clemens.
b. o verdadeiro nome do autor de As Aventuras de Tom Sawyer.
c. que, mais tarde, mudou de nome para Samuel Langhorne Clemens.

2.2. O nome “Mark Twain” foi escolhido


a. quando o escritor viveu com os pais em Hannibal, nas margens do rio Mississipi.
b. porque Samuel Langhorne Clemens não era um bom nome literário.
c. pois, quando o escritor conduziu barcos, usava-se “Mark Twain” como um código.

2.3. O rio Mississipi foi muito importante para o escritor, porque


a. lhe permitiu ganhar a vida, dando-lhe trabalho.
b. pôde deixar o trabalho de aprendiz de tipógrafo.
c. lhe serviu de inspiração para as suas histórias.

2.4. Na linha 8, a expressão “por isso” é utilizada para


a. apresentar um exemplo.
b. indicar uma consequência.
c. explicar uma ideia.
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2.5. A frase “Mas o único material precioso que lhe aparecia nas mãos eram os artigos e
histórias que escrevia.” [linhas 19-20] contém uma

a. comparação.
b. metáfora.
c. enumeração.

Grupo II

Lê a nota prévia e o texto. Se necessário, consulta as notas.

Nota prévia: O narrador é Huckleberry Finn, um rapaz aventureiro que todos julgam ter morrido.
Acompanhado de Jim, um escravo foragido, ambos viajam, escondidos, ao longo do rio Mississipi.

Vida de fugitivo
Dois ou três dias passaram a voar, acho que até se pode dizer que passaram a nadar, desli-
zando silenciosamente, tranquilos e agradáveis. Passámos os dias assim: ali o rio era mons-
truosamente largo – de vez em quando chegava a ter uma milha e meia de largura; à noite
avançávamos e de dia parávamos e escondíamo-nos. Assim que a noite começava a chegar
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5 ao fim, deixávamos de navegar e prendíamos a jangada à margem, quase sempre nas águas
paradas perto de um banco de areia; depois cortávamos choupos pequenos e salgueiros e
tapávamos a jangada com eles. A seguir montávamos as linhas de pesca. Depois dávamos
um mergulho no rio para nos reanimar e refrescar, e sentávamo-nos onde a água nos dava
pelos joelhos a ver chegar o dia. Não se ouvia um único som – estava tudo perfeitamente
10 calado, como se o mundo inteiro estivesse a dormir, tirando às vezes o chapinhar de uma
rã-touro.
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A primeira coisa que se vê, ao longe, por cima da água, é uma espécie de traço opaco , que
3
é a floresta do outro lado, e mais nada. A seguir aparece uma luz mortiça no céu, e cada vez
mais luz a espalhar-se por toda a parte; e depois o rio abre-se até lá ao longe, e passa a ser
15 cinzento em vez de negro; veem-se manchinhas pretas por toda a parte, até muito longe,
que são barcaças e coisas assim, e também pequenos riscos pretos, que são jangadas. Às vezes
4
ouve-se um leme ranger, ou vozes confusas – está tudo tão silencioso que se ouvem sons
vindos de muito longe. […] Depois levanta-se uma brisa suave que vem de longe despentear-
-nos, muito fresca e agradável de cheirar, por causa da floresta e das flores – embora nem
sempre
5
20 seja assim, porque acontece eles deixarem peixes mortos por aí, e é um grande pivete .
Depois é dia, todas as coisas sorriem ao sol e os pássaros começam a cantar.
De certeza que ninguém ia notar um fiozinho de fumo a esta hora, por isso tirávamos
peixes das linhas e fazíamos um pequeno-almoço quente. Depois ficávamos a ver a solidão
do rio, preguiçando por ali, até que por fim a preguiça se transformava em sono. Passado
algum
25 tempo acordávamos, levantávamo-nos para ver o que nos tinha acordado, e víamos um
vapor tossicando pelo rio acima, tão afastado de nós que só a custo se conseguia perceber
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se era dos que têm a roda de lado ou na popa; depois, durante mais ou menos uma hora,

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não havia nada que ver nem que ouvir – só uma solidão maciça . A seguir passava uma
jangada, deslizando ao longe, provavelmente com um marinheiro lá em cima a cortar toros,
30 porque há quase sempre um em cada jangada: vê-se o machado luzir e cair, e não se ouve
nada; vê-se o machado subir outra vez, e, quando já está à altura da cabeça do homem, é que
se ouve o “Tchlunk!”: demora esse tempo todo a percorrer a distância da água. Assim
passávamos o dia, a preguiçar, ouvindo o silêncio. Uma vez pôs-se um nevoeiro cerrado, e as
jangadas e outras coisas que iam passando batiam em panelas para que os vapores não lhes
pas-
35 sassem por cima. Uma barcaça passou tão perto de nós que os ouvíamos perfeitamente rir
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e praguejar , mas não víamos o mais pequeno sinal deles: era uma coisa arrepiante, como se
houvesse espíritos a passear pelos ares. O Jim disse que acreditava que eram espíritos, mas eu
disse:
– Não, um espírito não havia de dizer “Maldito seja este nevoeiro dos diabos”.

Mark Twain, As Aventuras de Huckleberry Finn (trad. Sara Serras Pereira),


Relógio D’Água Ed., 2009 (págs. 142-143, com supressões)

1. jangada: armação feita com tábuas ou troncos que serve para transportar pessoas ou coisas sobre a água. 2. opaco: espesso,
compacto. 3. mortiça: fraca, sem brilho. 4. leme: aparelho colocado na frente das embarcações e que serve para as dirigir. 5. pivete:
mau cheiro. 6. maciça: enorme. 7. praguejar: falar em voz alta de forma irritada.

1. As frases abaixo apresentadas correspondem às rotinas do narrador e do seu companheiro Jim,


quando a noite chegava ao fim.

Numera as frases de 1. a 7., de acordo com a ordem das ações habitualmente realizadas pelas duas
personagens. A primeira frase já se encontra numerada.

Preparavam e comiam o pequeno-almoço.


Preparavam as linhas para pescarem.
Dormiam.
Escondiam a jangada.
Observavam o nascer do dia.
1 Deixavam de navegar.
Davam um mergulho no rio.

2. No primeiro parágrafo [linhas 1-11], são utilizadas várias expressões temporais que indicam o mo-
mento ou a ordem da realização de diferentes ações.

Por exemplo: “à noite” [linha 3].

Transcreve mais três exemplos.

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3. No segundo parágrafo [linhas 12-21], o narrador descreve aquilo que observa durante o nascer do dia,
referindo algumas sensações.

Associa as expressões do texto (coluna A) às sensações que elas sugerem (coluna B).

Coluna A Coluna B
a. “luz mortiça no céu” (linha 13)

b. “manchinhas pretas” (linha 15) 1. sensação olfativa

c. “um leme ranger” (linha 17)


2. sensação visual
d. “vozes confusas” (linha 17)
3. sensação tátil
e. “brisa suave […], muito fresca” (linhas 18-19)

f. “agradável de cheirar” (linha 19) 4. sensação auditiva

g. “um grande pivete” (linha 20)

a. b. c. d. e. f. g.

4. Transcreve do terceiro parágrafo [linhas 22-33] uma onomatopeia, justificando a sua utilização.

5. Relê o episódio que o narrador apresenta nas últimas linhas do texto e que começa com a expressão
“Uma vez” [linha 33].

De seguida, conta, resumidamente, este episódio.

Grupo III

1. Jim pensava que as vozes que ouviram pertenciam a espíritos. Imagina que, assustado, ele disse a
frase seguinte: Estas vozes são arrepiantes!…

Acrescenta à frase uma interjeição que exprima o medo da personagem.

Estas vozes são arrepiantes!…

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2. Observa a frase seguinte:


O narrador e o companheiro eram fugitivos.
Assinala com as alíneas que contêm afirmações corretas em relação à frase acima.
a. O sujeito da frase é composto.
b. O verbo da frase é um verbo transitivo.
c. O verbo da frase é um verbo copulativo.
d. A palavra sublinhada desempenha a função sintática de predicativo do sujeito.
e. A palavra sublinhada desempenha a função sintática de complemento direto.

3. Transcreve, da frase seguinte, a expressão que desempenha a função sintática de complemento


oblíquo.

Os dois amigos gostavam daquela rotina.

4. Associa as expressões sublinhadas nas frases (coluna A) à função sintática que desempenham
(coluna B).

Escreve, em cada espaço da coluna A, a letra correspondente da coluna B. Cada letra da coluna B
pode ser utilizada mais do que uma vez.

Coluna A Coluna B

O rapaz e o escravo navegavam à noite.

Eles escondiam a jangada, perto da margem.


a. Complemento direto
Depois, eles ocupavam-se da sua alimentação.
b. Complemento indireto
O narrador tomava banho no rio. c. Complemento oblíquo

Os dois interessavam-se pela paisagem. d. Modificador

O Jim revelou os seus medos ao rapaz.

Ele acreditava em espíritos.

5. Transforma a seguinte frase ativa numa frase passiva, fazendo as alterações necessárias.
O nevoeiro cerrado ocultou a barcaça.

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Grupo IV

Imagina que, certo dia, Huckleberry Finn e Jim descobrem algo muito valioso, que lhes causa uma
grande alegria.
O teu texto, com um mínimo de 140 e um máximo de 200 palavras, deve incluir:

• uma situação inicial, o seu desenvolvimento e um desfecho;


• um momento de descrição;
• um título adequado.

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