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ALUNA: Natália Schroeder Henn CURSO: Psicologia

A lógica da padronização corpórea

A conjuntura social de reproduzir um padrão corporal é um problema que


perpassa séculos, podendo-se de observar já na antiga Grécia a objetificação do
corpo masculino,o qual deveria ser perfeito na visão daquela sociedade, fato que
inclusive era influenciado através dos pensamentos filosóficos que reverberam.
Referida lógica persiste até a atualidade e tem sido acentuada com o advento das
mídias sociais e persistência das propagandas difusoras de corpos padronizados e
por vezes irreais, visto que impossível de atingi-los naturalmente.
Entre as variadas adversidades que se originam da geometrização do corpo
humano dentro do mundo midiático, pode-se mencionar a negação de biotipos
físicos, na qual acarreta doenças psíquicas como anorexia, bulimia, vigorexia, entre
outras. Consigna-se ainda, a perspectiva distorcida no que se refere a pessoas
obesas, cuja a sociedade persiste no discurso em que afirma que elas são
descuidadas, não possuem disciplina e persistência, ademais, impedindo que estas
sigam os comportamentos cotidianos. Tais problemas são reforçados diariamente
dentro de redes sociais e anúncios publicitários que exaltam a magreza feminina e
musculosidade masculina, os quais utilizam de ferramentas como photoshop,
iluminação adequada, poses que favorecem a padronização e que fomentam a
perseguição de corpos irreais e causam diversas complicações em relação a saúde
física e mental dos usuários.
Diante de tantos obstáculos para frear as paranoias da beleza inatingível,
faz-se extremamente necessário a discussão dos corpos periféricos: “aquele que
tapamos porque foge da geometria da beleza, da esquadria da desenvoltura física”,
termo utilizado pelos autores Fernandes e Barboza. Nesse sentido, muito embora
complexo, é preciso que transformemos a mentalidade padronizada, já que vivemos
em uma sociedade heterogênea e amplamente imbuída de diversidade, não sendo
racional determinarmos um modelo homogêneo.

O texto foi baseado nos artigos:

FERNANDES, Luís; BARBOSA, Raquel. A construção social dos corpos periféricos.


Saude soc., São Paulo , v. 25, n. 1, p. 70-82, mar. 2016 . Disponível em
ALUNA: Natália Schroeder Henn CURSO: Psicologia

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902016000100070
&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 22 mar. 2021.

JATOBA, Vitor; FRANCO, Letícia. Analise reflexiva do corpo cultural. Buenos Aires,
jun. 2007. Disponível em:
<https://www.efdeportes.com/efd109/analise-reflexiva-do-corpo-cultural.htm> acesso
em 22 mar. 2021.

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