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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SUL

FÁBIO LUIS WEICH

GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PARA INSTALAÇÃO,


OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE
GERADORES À DIESEL

Ijuí – RS
2016
FÁBIO LUIS WEICH

GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PARA INSTALAÇÃO,


OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE
GERADORES À DIESEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Engenharia de Segurança do
Trabalho, como requisito parcial para obtenção
do título de Especialista em Engenharia de
Segurança do Trabalho.

Orientador: Fernando Wypyszynski

Ijuí – RS
2016
FÁBIO LUIS WEICH

GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PARA INSTALAÇÃO,


OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE
GERADORES À DIESEL

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de
Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e aprovado em sua forma final pelo
professor orientador e pelos membros da banca examinadora.

Prof. Fernando Wypyszynski


Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela URI – Orientador

Profª Cristina Eliza Pozzobon


Coordenadora do Curso de Engenharia de
Segurança do Trabalho/UNIJUÍ

BANCA EXAMINADORA

Profª Cristina Eliza Pozzobon (UNIJUÍ)


Mestre em Engenharia Civil pela UFSC

Prof. Fernando Wypyszynski (UNIJUÍ)


Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela URI

Ijuí, maio de 2016


AGRADECIMENTOS

Aos meus pais Walter e Irene pela força e paciência,


pelo qual me ajudou a contribuir pelo meu
conhecimento e dedicação.
As minhas irmãs Micheli e Patricia pelo carinho e
confiança.
Ao meu orientador Fernando Wypyszynski pela
dedicação e auxílio nos momentos de maior
dificuldade.
“Aprenda a viver dentro das suas possibilidades.
Buscar uma vida de aparências, fora da sua
realidade, só o levará para um abismo sem volta.
Construa a sua vida aos poucos, lutando a cada dia
e extraindo da vida o que ela tem de melhor – a
simplicidade”.

Chico Xavier
WEICH, Fábio Luis. Gerenciamento de Segurança para Instalação, Operação e
Manutenção de Geradores à Diesel. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso. Pós-Graduação
em Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Regional do Noroeste do Estado do
Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2016.

RESUMO

A geração de energia por geradores a diesel tem um papel importante no desenvolvimento e


independência de indústrias em relação à rede de energia elétrica convencional das
concessionárias, pois ele opera de forma contínua, na emergência ou no horário de ponta.
Devido ao aumento de vendas no mercado nacional de geradores a diesel, faz-se necessário
desenvolver um gerenciamento de segurança para os riscos envolvidos em trabalhar com estes
equipamentos. A maioria das indústrias não possui um sistema de documentação e controle
eficaz dos agentes ambientais como: ruído, vibração e emissão de gases, nem mesmo para os
momentos de instalação, operação e manutenção do gerador. Como medidas de segurança, o
mapa de riscos tem o papel importante na identificação de risco e perigo, do tanque de
combustível através da área delimitada e identificada. O desenvolvimento de um
gerenciamento de segurança ajudará as empresas, independente de seu porte, com informação
e com isso, identificar e exigir que operadores usem os equipamentos de proteção nas áreas
classificadas para que façam seu trabalho com segurança sem afetar sua saúde. Para
desenvolver o gerenciamento foi criada uma modelagem que envolve o mapa de riscos,
análise preliminar de riscos, what-if que identifica os perigos e a metodologia OHSAS que
visa a seguir uma rotina de análises e documentos do gerenciamento e uma melhoria continua
para estas ficarem sempre atualizadas. De uma forma prática desenvolveu-se um check-list
para as operações de instalação, operação e manutenção de equipamentos geradores em uma
organização.

Palavras-chave: Geradores. Risco. Ruído. Vibração. Gases.


WEICH, Fabio Luis. Security Management Installation, Operation and Maintenance
Generators Diesel. 2016. Work Completion of Course. Postgraduate degree in Occupational
Safety Engineering, Regional State University of Northwestern Rio Grande do Sul – UNIJUÍ,
Ijuí, 2016.

ABSTRACT

The generation by diesel generators has an important role in the development and
independence of industries compared to conventional electricity network of dealers because it
operates continuously in emergency or peak hours. Due to increased sales in the domestic
diesel generators market, it is necessary to develop a security management for the risks
involved in working with these devices. Most industries do not have a system of
documentation and effective control of environmental agents such as noise, vibration and
emissions, even to the time of installation, operation and maintenance of the generator. As
security measures, the risk map has an important role in identifying risk and danger, the fuel
tank through the defined and identified area. The development of a security management
helps companies, regardless of size, with information and thereby identify and require
operators to use protective equipment in hazardous areas to do their job safely without
affecting your health. To develop the management it created a modeling that involves risk
map, preliminary risk analysis, what-if which identifies the dangers and OHSAS methodology
that aims to follow a routine analysis and management documents and an improvement
continues to get these always updated. In a practical way we have developed a checklist for
the installation operations, operation and maintenance of generating equipment in an
organization.

Keywords: Generators. Risk. Noise. Vibration. Gases.


LISTA DE SIGLAS

5S Seleção, Ordenação, Limpeza, Padronização, Disciplina


ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
APR Análise Preliminar de Riscos
CA Certificado de Aprovação
CHECK-LIST Lista de Verificação de Conformidades
EPC Equipamento de Proteção Coletiva
EPI Equipamento de Proteção Individual
F.E.M Força Eletromotriz
GMG Grupo Motor Gerador
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
N/A Não Analisado
NR Norma Regulamentadora
OHSAS Série de Avaliação da Segurança e Saúde Ocupacional
PDCA Planejar, Implementar, Verificar e Atuar
PGR Programa de Gerenciamento de Riscos
SSO Segurança e Saúde Ocupacional
SST Saúde e Segurança do Trabalho
WI What-If/E Se
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Grupo motor gerador Stemac .................................................................................... 15


Figura 2: Alternador síncrono................................................................................................... 17
Figura 3: Exemplo de motor diesel........................................................................................... 19
Figura 4: Acidente com gerador na cidade de Niterói .............................................................. 23
Figura 5: Acidente com Gerador na Cidade de Tabatinga ....................................................... 28
Figura 6: Divulgação/Filipe Augusto ....................................................................................... 28
Figura 7: Relé de proteção do grupo gerador DSE 7310 .......................................................... 37
Figura 8: Pirâmide de gerenciamento dos riscos do grupo gerador ......................................... 41
Figura 9: Mapa de riscos da planta baixa do grupo gerador ..................................................... 43
Figura 10: Mapa de riscos da vista lateral do grupo gerador.................................................... 44
Figura 11: PDCA do gerenciamento de riscos do grupo gerador ............................................. 55
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Análise preliminar de riscos ..................................................................................... 31


Tabela 2: EPIs usados para trabalhos com geradores ............................................................... 38
Tabela 3: Plano de manutenção preventive da Stemac............................................................. 39
Tabela 4: Análise preliminar de riscos ..................................................................................... 41
Tabela 5: Identificação dos riscos e perigos ............................................................................. 45
Tabela 6: Identificação dos riscos e perigos na instalação e operação ..................................... 47
Tabela 7: Identificação dos riscos e perigos na operação e manutenção .................................. 49
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 12
1.1 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 13
1.2 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS ............................................................................ 13
1.3 METODOLOGIA NO GERENCIAMENTO DE RISCOS ............................................... 13

2 GRUPO MOTOR GERADOR À DIESEL.................................................. 14


2.1 GENERALIDADES DO GRUPO GERADOR NA INDÚSTRIA .................................... 14
2.1.1 Utilização de Geradores à Diesel .................................................................................. 14
2.1.2 Definição de Grupo Motor Gerador ............................................................................ 14
2.1.3 Acionamento e Classificação Conforme Aplicação .................................................... 15
2.2 FUNCIONAMENTO DE GERADOR E MOTOR ............................................................ 16
2.2.1 Geradores ....................................................................................................................... 16
2.2.2 Alternador Síncrono ...................................................................................................... 17
2.2.3 Motor à Combustão ....................................................................................................... 18
2.2.4 Motores à Diesel ............................................................................................................. 18
2.3 FUNCIONAMENTO DO GRUPO MOTOR GERADOR ................................................ 20
2.3.1 Componentes de Supervisão e Controle ...................................................................... 20

3 ANÁLISE DE RISCOS E RELATOS DE ACIDENTES........................... 21


3.1 ACIDENTES PROVOCADOS COM GERADORES À DIESEL .................................... 21
3.1.1 Relatos e Notícias de Acidentes com Gerador............................................................. 21
3.1.1.1 Acidente com Gerador na Cidade de Tapiratiba .......................................................... 21
3.1.1.2 Acidente com Gerador na Cidade de Niterói ............................................................... 22
3.1.1.3 Acidente com Gerador no Ministério do Esporte ......................................................... 24
3.1.1.4 Acidente com Gerador na Serra.................................................................................... 26
3.1.1.5 Acidente com Gerador na Cidade de Tabatinga ........................................................... 27
3.1.1.6 Acidente com Gerador na Cidade de Barras ................................................................ 29
3.2 TÉCNICA DE ANÁLISE DE RISCOS ............................................................................. 30
3.2.1 Análise Preliminar de Riscos (APR) ............................................................................ 30

4 PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA ..................................................... 32


4.1 INSTALAÇÃO E PROTEÇÃO DO GRUPO GERADOR À DIESEL ............................. 32
4.1.1 Instalação e Proteção Contra o Risco de Contato ...................................................... 32
4.1.2 Proteção do Trabalhador no Serviço de Instalação ................................................... 33
4.1.3 Procedimentos de Operação e Manutenção ................................................................ 33
4.2 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO COM GRUPO GERADOR À DIESEL ....................... 35
4.2.1 Componentes de Proteção na Operação do GMG ...................................................... 36
4.2.2 Sistema de Proteção Digital e Telecomando ............................................................... 36
4.2.3 Situações de Emergência ............................................................................................... 38
4.2.4 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) .............................................................. 38
4.3 MANUTENÇÃO DE GRUPOS GERADORES À DIESEL ............................................. 39
4.3.1 Manutenção Preventiva ................................................................................................ 39

5 METODOLOGIA DE GERENCIAMENTO DOS RISCOS..................... 40


5.1 GERENCIAMENTO OHSAS E MAPA DE RISCOS ...................................................... 40
5.1.1 Mapa de Riscos .............................................................................................................. 41
5.2 TÉCNICA DE IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS WHAT-IF ........................................... 44
5.2.1 What-If dos Riscos e Perigos ........................................................................................ 45
5.2.2 What-If na Instalação e Operação do Grupo Gerador .............................................. 46
5.2.3 What-If na Operação e Manutenção do Grupo Gerador .......................................... 48
5.3 MODELAGEM DO GERENCIAMENTO ........................................................................ 50
5.3.1 Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional ............................................. 51
5.3.2 Entendimento e Ciclo da Melhoria Contínua PDCA ................................................. 55
5.3.3 Check-List na Instalação, Operação e Manutenção ................................................... 56

6 CONCLUSÃO ................................................................................................ 57
7 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 58

8 ANEXOS ......................................................................................................... 60
12

1 INTRODUÇÃO

O gerenciamento de segurança envolvendo trabalhos com fontes geradoras de


energia é fundamental para diminuir riscos de acidentes com profissionais que trabalham
nesta atividade dentro de uma organização e que dependem de eletricidade. Devido ao
aumento da carga tributária nas contas de energia, vem aumentando consideravelmente a
quantidade de indústrias adquirindo sua autonomia de energia, assim, a carga de consumo
para seus equipamentos se mantém constante para a realização das atividades.
Os geradores a diesel conseguem manter uma demanda constante de energia para as
indústrias, mas para isso, dependem do combustível para tocar o motor e fazer girar seu
alternador ou gerador de energia. Com o aumento da venda deste tipo de equipamento, cresce
também a responsabilidade ter segurança ao manuseá-lo.
Os agentes de risco à saúde dos operadores envolvendo geradores a diesel são: ruído,
vibração, gases tóxicos e acidentes nas atividades de instalação, operação e manutenção de
seus equipamentos mecânicos. Sabendo disso, o desenvolvimento de uma gestão de riscos
facilita à manutenção e controle dos agentes nocivos a saúde na operação ou testes destes
equipamentos, sem esquecer do manual de instrução, treinamento e o uso dos equipamentos
de proteção individual e coletivo.
A metodologia de gerenciamento envolve um amplo sistema de informações,
partindo da análise de riscos até o controle de informações e dados. Através da análise
preliminar de riscos é elaborado o mapa de riscos, que auxilia na limitação e classificação das
áreas. A metodologia what-if/e se, tem a função de identificar os perigos através de um
questionário antes da realização das tarefas na instalação, manutenção e operação de
geradores a diesel. Com tudo, após todas estas análises e metodologias, foi criada a
modelagem do gerenciamento de segurança para atividades que envolvam grupos geradores
de energia elétrica movidos a diesel, para ser mais eficiente, deve possuir um ciclo de
melhorias contínuas, que fique atualizado com o cotidiano da organização. Por fim, a
elaboração do check-list visa a identificação dos riscos e perigos de uma forma prática no
decorrer dos processos de instalação, operação e manutenção dos geradores.

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1.1 OBJETIVOS

Neste capítulo, serão abordados os objetivos de elaboração da análise de riscos e o


gerenciamento com metodologias conhecidas. A análise de riscos identifica os agentes
nocivos a saúde do trabalhador, com isto, é desenvolvido o mapa de riscos, que localiza o
equipamento de geração de energia e determina os riscos para delimitação da área. O
gerenciamento de riscos visa a controlar de uma forma segura os riscos envolvidos na
máquina geradora através da modelagem e métodos que serão envolvidos neste trabalho.

1.2 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS

A identificação dos agentes que prejudicam a saúde dos trabalhadores tem por
finalidade expor estes riscos para que possam ser eliminados ou tratados de modo a manter
controlada a segurança e a saúde dos trabalhadores. A análise preliminar é fundamental para a
identificação dos riscos, é através desta que será dimensionado o mapa de riscos.

1.3 METODOLOGIA NO GERENCIAMENTO DE RISCOS

No geral, a metodologia deve atender as normas de segurança fazendo um


gerenciamento dos riscos encontrados e que possa servir de modelo para pequenas, médias e
grandes indústrias que utilizam geradores a diesel.
O objetivo específico é de gestar os riscos através de métodos ministrados em sala de
aula e dar uma solução para minimizar a ação destes agentes encontrados para que não
causem danos à saúde dos trabalhadores a médio e longo prazo. O método what-if/e se, tem a
função de identificar através de um questionário os perigos ao realizar tarefas de instalação,
manutenção e operação com gerador, já, através da OHSAS 18.001 de gerenciamento de
segurança, será aplicado procedimentos e documentações desta metodologia em uma área e
local especifica, neste caso será uma subestação com equipamento gerador de energia elétrica.
Para uma melhor compreensão de forma prática, será elaborado um check-list de instalação,
operação e manutenção de geradores a óleo diesel.

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Gerenciamento de Segurança para Instalação, Operação e Manutenção de Geradores à Diesel
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2 GRUPO MOTOR GERADOR À DIESEL

Os geradores a diesel tem sua contribuição para suprir a demanda de energia quando
o sistema elétrico não tiver presente ou para situações de emergência. Pode-se dizer também
que os geradores a diesel tem importante finalidade, de entrar em operação na forma
emergencial no caso de falta de energia ou quando estiver no horário de ponta, para o
consumidor não pagar multas ou valores de demanda elevada.

2.1 GENERALIDADES DO GRUPO GERADOR NA INDÚSTRIA

O grupo gerador possui muitas aplicações na indústria, traz benefícios em manter


uma fonte de enegia auxiliar sem a interrupção das atividades e trabalhos na empresa. A
emissão de gases através da queima de combustível é minimizada usando sistemas de
purificação com filtros de ar, instalados no duto do escapamento.

2.1.1 Utilização de Geradores à Diesel

Os grupos geradores de energia elétrica foram projetados para operar em diversos


locais de trabalho principalmente nos que requerem constantes movimentos e em ambientes
severos. Os grupos geradores a diesel são comumente usados em sistema de
telecomunicações, estradas e sistemas ferroviários, empresas de engenharia, construções,
obras, sistemas financeiros, hotéis, aeroportos, hospitais, edifícios comerciais, fábricas e
muitos outros campos.

2.1.2 Definição de Grupo Motor Gerador

Grupo Motor Gerador (GMG) é um equipamento que possui um motor (Diesel,


Gasolina ou Gás) de reconhecida performance, acoplado a um gerador de moderna tecnologia
e montado sobre base metálica, com acionamento manual ou automático. Esse equipamento
pode ser usado de forma singela ou em paralelo com outros grupos geradores, formando
usinas de até 30MVA. O GMG possui proteção opcional contra intempéries, possuindo ou

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não, carenagem silenciada, sendo este, disponível tanto em unidades móveis como
estacionárias, assim como na Figura 1.
Um GMG a diesel, por exemplo, é composto de: motor diesel, base horizontal,
radiador, alternador de energia (gerador solteiro), bateria, painel manual de partida com
frequencímetro, voltímetro, disjuntor, horímetro, medidor de temperatura, tanque
combustível, purificador de ar, cabine sonorizada com espuma anti-chamas.
A característica principal é transformar energia mecânica em energia elétrica, com
voltagem estável independente da variação de carga e velocidade. A energia elétrica
produzida pelo GMG é controlada por instrumentos de medições e diversas proteções, tais
como fusíveis, disjuntores, contatores, chaves e o quadro de comando (APOSTILA GRUPO
MOTOR GERADOR 1, 19 abril de 2015).

Figura 1: Grupo motor gerador Stemac

Fonte: www.stemac.com.

2.1.3 Acionamento e Classificação Conforme Aplicação

Um gerador pode ser acionado por um motor, por uma turbina hidráulica
(hidrogeradores), por uma turbina a gás ou a vapor (turbogerador) ou por força eólica, entre
outros, produzindo uma corrente alternada (AC) ou corrente contínua (CC). O Grupo Motor
Gerador, em particular, é acionado por um motor de combustão movido a diesel, gasolina ou
gás.
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Segundo sua aplicação os GMGs podem ser usados como:


- emergência: para suprir a falha da rede elétrica local;
- economia: substituir a rede elétrica local em horários sazonais.

2.2 FUNCIONAMENTO DE GERADOR E MOTOR

O gerador (alternador) e motor de combustão interna a diesel possuem muitas


características e aplicações. No entanto, o gerador possui um alternador específico para a
aplicação na geração de energia elétrica envolvendo a frequência de rotação, esta deve ser
estável e não tem influencia na carga. Já o motor a diesel, foi desenvolvido um sistema
especial para aplicar motores de grande porte no eixo do alternador, e com isso, girar em
velocidade síncrona.

2.2.1 Geradores

O gerador consiste, basicamente, de um eletroímã que se movimenta dentro de uma


espira, provocando o aparecimento de uma força eletromotris (f.e.m). Essa movimentação é
uma das formas de variação necessária ao surgimento de tensão elétrica. A base física dessa
conversão eletromecânica de energia é a variação de fluxo magnético. Com base nisso,
podemos definir geradores como máquinas que convertem energia mecânica em energia
elétrica utilizando o princípio de conversão eletromecânica.
Os principais dispositivos que utilizam este princípio são as máquinas rotativas, nas
quais as tensões podem ser geradas em enrolamentos ou grupos de bobinas através de três
formas básicas:
- rotação mecânica dos enrolamentos num campo magnético;
- campo magnético girante atravessando um enrolamento;
- variação da relutância do circuito magnético devido a rotação de uma das partes
do circuito.
Em qualquer destas formas, o fluxo concatenado com uma bobina específica varia
ciclicamente gerando-se uma tensão.
Três tipos de máquinas rotativas aparecem como mais importantes:
- máquinas síncronas;
- máquinas de corrente contínua;
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- máquinas de indução.
2.2.2 Alternador Síncrono

Os alternadores síncronos das linhas G i-Plus e AG10 foram desenvolvidos para


utilização em geração de energia elétrica nas mais variadas aplicações, pode ser observado na
Figura 2. Desde as mais simples, como acionamentos por tomada de forca, utilizando tratores
em pequenas propriedades, ate as mais complexas, como operação em paralelo, sistemas de
transferência em rampa e aplicações remotas em navios e plataformas de petróleo.
As principais maquinas acionantes são os motores de combustão interna (eletrônicos
ou mecânicos) a diesel, gás, biogás, biodiesel e etanol. Também estão aptos a operar com
turbinas a vapor ou hidráulicas. Operam nos regimes de serviço de emergência, horário de
ponta ou serviço contínuo (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR
GERADOR, 20 abril de 2015).
Características técnicas: dados técnicos do alternador no Anexo A.
- potências: até 1.160 kVA;
- carcaças: 160 a 315 (IEC);
- baixa tensão: 190 a 600 V;
- frequência: 50 e 60 Hz;
- grau de proteção: IP21 e IP23;
- classe de isolação: 180 (H);
- passo do enrolamento: 2/3;
- número de polos: 4 polos.

Figura 2: Alternador síncrono

Fonte: www.stemac.com.

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2.2.3 Motor à Combustão

O motor à combustão transforma explosão (energia química) em energia mecânica,


então, o motor a combustão é uma máquina térmica, ou seja, transforma energia térmica em
energia mecânica através da combustão e explosão. Esses motores são chamados de máquinas
térmicas a pistão ou motores de combustão interna. Seu objetivo é a obtenção de trabalho
através da liberação da energia química da combustão.
Os motores a combustão podem ser classificados de várias maneiras, entre as quais
podemos citar: motores otto e diesel; motores 2 e 4 tempos; motores a pistão rotativos ou
alternativos; número de cilindros.

2.2.4 Motores à Diesel

Os motores, a pistão de combustão interna, mais utilizados em GMGs são os motores


diesel. Nos motores otto, a mistura combustível e comburente é preparada fora do motor pelo
carburador e injetada no cilindro, nos motores diesel o ar é admitido no cilindro, comprimido,
e o combustível é injetado na massa de ar comprimida através de um circuito independente
ocasionando assim a inflamação espontânea. Assim, o ciclo de trabalho do motor a diesel de
quatro tempos é:
- admissão;
- compressão;
- injeção, combustão e expansão;
- escape.
O ciclo de funcionamento do motor diesel é a quatro tempos onde a combustão
ocorre com pequena variação de pressão a volume constante sendo sua maior parte
desenvolvida a pressão constante. Tal fato é uma característica única dos motores a diesel. Na
figura 3 podemos observar os componentes de um motor de combustão da empresa Cummins.
No motor diesel, a regulação de velocidade é feita a partir da injeção de combustível
no motor, tal como é feita nos motores a diesel convencionais. Lembrando, que a regulação da
velocidade é fundamental para manter a frequência do grupo gerador constante, independente
da variação da carga. (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR,
20 abril de 2015)

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Os GMGs a diesel são utilizados para potências de até 40MW, apesar de sua
limitação de potência, ruído e vibração. Eles são compactos, entram em carga em um tempo
muito pequeno, são de fácil operação e apresentam um plano de manutenção de fácil
execução.
Os sistemas que compõe o motor diesel são:
- sistema de admissão de ar;
- sistema de combustível;
- sistema de lubrificação;
- sistema de arrefecimento;
- sistema de exaustão;
- sistema de partida.

Figura 3: Exemplo de motor diesel

Fonte: Curso técnico manutenção de ferrovia – Grupo motor gerador.

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2.3 FUNCIONAMENTO DO GRUPO MOTOR GERADOR

Para o bom funcionamento do gerador ao todo, deve-se ter cuidado com alguns itens
como os componentes do equipamento. Os cuidados principais para ter o equipamento em dia
sem causar danos e riscos a segurança e saúde do trabalhador são de realizar uma rotina de
controle no sistema operacional e checagem em todos os componentes do grupo gerador.

2.3.1 Componentes de Supervisão e Controle

Os componentes de supervisão e controle são responsáveis por manter o GMG


funcionando automaticamente sem a intervenção humana. Caso haja alguma deficiência de
funcionamento do sistema, o motor pode sofrer sérias avarias, por isso, para prevenir essas
falhas os grupos geradores são dotados de sistemas de proteção e controle, como podemos ver
abaixo:
- pressostato de óleo lubrificante: comanda a parada do motor quando a pressão do
óleo cair abaixo de um valor predeterminado;
- termostato para água de refrigeração: comanda a parada do motor quando a
temperatura do meio refrigerante ultrapassa um valor predeterminado;
- sensor de sobrevelocidade: comanda a parada do motor quando a velocidade
ultrapassar, geralmente 20%, do valor nominal;
- sensor de nível do líquido de refrigeração: Utilizado para acionar um dispositivo
de alarme, que indicará a necessidade de completar o nível do sistema de
refrigeração;
- sensor de ruptura de correia: comanda a parda do motor em caso de ruptura da
correia, evitando a elevação da água;
- sensor de frequência: usado para controlar a frequência do gerador e da rede. Nos
GMG equipados com partida automática, este comanda as comutações;
- outros: painel de instrumentos, quadro de comandos e sensores de tensão da rede e
do grupo (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20
abril de 2015).

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3 ANÁLISE DE RISCOS E RELATOS DE ACIDENTES

Neste capítulo, serão abordadas algumas informações sobre acidentes provocador por
geradores a diesel, com vários relatos, constatando que este tipo de equipamento pode se
tornar perigoso se não forem tomadas medidas de controle e gerenciamento dos riscos
envolvidos. Com isto, será elaborado a APR, análise preliminar dos riscos encontrados ao
utilizar geradores de energia a óleo diesel.

3.1 ACIDENTES PROVOCADOS COM GERADORES À DIESEL

Os acidentes com explosão envolvendo geradores não é tão comum, mas pode
acontecer por descuido do operador ou pessoa não habilitada para realizar trabalho
envolvendo estes equipamentos. Em alguns casos abaixo a explosão acabou ocasionando
acidentes graves e fatais ao trabalhador que fazia a manutenção de grupos geradores.

3.1.1 Relatos e Notícias de Acidentes com Gerador

3.1.1.1 Acidente com Gerador na Cidade de Tapiratiba

O acidente aconteceu na cidade de Tapiratiba no estado de São Paulo quando dois


trabalhadores estavam realizando manutenção em um dos grupos geradores nas dependências
da indústria. A inspeção com o resumo do acidente está no Anexo B deste trabalho.
No dia do acidente, a usina estava parada, sem moer cana-de-açúcar, devido ao
excesso de chuva na região. Entretanto, naquele dia, estava programado o início da moagem
da cana na usina, o que demandaria a inicialização do processo de geração de energia para a
caldeira, através dos turbos-geradores de energia. O acidente ocorreu no gerador número um
(01), envolvendo dois trabalhadores.
No dia 13/07/2012, próximo das 12:50 horas o acidente ocorreu e vitimou um dos
trabalhadores que eram eletricista de manutenção. O rapaz vitimado tinha 19 anos e estava a
um mês na função, o outro trabalhador tinha 47 anos de idade e a 29 anos na função, este foi
internado em estado grave.

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Conforme observação do analista constatou-se que houve falha na detecção de riscos


e perigo, falta ou inadequação de analise de risco da tarefa, falhas na coordenação entre
membros de uma equipe, ausência e insuficiência de supervisão, falha no sistema de
segurança e o descumprimento da empresa ao descumprir as normas de segurança.
De acordo com a inspeção do acidente no Anexo B. “As infrações iniciaram em
deixar de elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos
empregados por comunicados, e/ou cartazes e/ou meios eletrônicos. Deixar de submeter os
trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas a treinamento específico sobre os
riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais medidas de prevenção de
acidentes em instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no Anexo II da NR-10”.
Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A48EC2EA40149E840 D72676
53/Morte%20e%20acidente%20grave%20em%20raz%C3%A3o%20de%20explos%C3%A3o
%20em%20gerador%20durante%20acionamento.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2015.

3.1.1.2 Acidente com Gerador na Cidade de Niterói

Gerador de energia a óleo diesel pega fogo em camboinhas, Niterói.


Niterói, 22 de setembro de 2011. Ontem dia 21 de setembro de 2011, o gerador de
energia a óleo diesel que alimenta a já embargada obra da PDG em Camboinhas pegou fogo.
As fotos anexas são por sí só explicativas. A reserva da mata Atlântica poderia ter sido
incendiada se os bombeiros não chegassem a tempo. O que não se compreende é que uma
obra embargada no dia 13 de abril de 2011, continua com um gerador de energia a óleo diesel
(motor de caminhão) poluindo 24 horas o meio ambiente. A fadiga deste motor, a falta de
manutenção, a falta de extintores de incêndio no estand de vendas da PDG, poderia levar a um
acidente de maiores proporções. Eu, Roberto Guimarães Azevedo, signatário desta
correspondência eletrônica, assumo toda e qualquer responsabilidade pela veracidade das
fotos anexas. Autorizo a publicação e a divulgação em qualquer meio. Memória:
O Inea (Instituto Estadual do Ambiente) embargou nesta quarta-feira (13) as obras do
empreendimento imobiliário Oásis Resort de Morar, em Camboinhas, em Niterói, na região
metropolitana do Rio. O motivo seria a falta da autorização para retirada da vegetação. O
Ministério Público Federal entrou na terça-feira (12) com uma ação de embargo para impedir
a implantação de um empreendimento imobiliário. A Promotoria pediu, em liminar, a
imediata paralisação do projeto do empreendimento. Dezenas de unidades já foram vendidas,
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Fábio Luis Weich (fweich8@yahoo.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2016
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sem que o consumidor saiba que todo o empreendimento está inserido na Faixa Marginal de
Proteção onde são proibidas novas edificações. As fotos abaixo demonstram o ocorrido.
Disponível em: <http://www.desabafosniteroienses.com.br/2011/09/gerador-de-energia-oleo-
diesel pega.html>. Acesso em: 3 jun. 2015.

Figura 4: Acidente com gerador na cidade de Niterói

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Gerenciamento de Segurança para Instalação, Operação e Manutenção de Geradores à Diesel
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3.1.1.3 Acidente com Gerador no Ministério do Esporte

Acidente aconteceu no início da tarde. Outra pessoa ficou ferida com explosão do
gerador.
A explosão de dois transformadores no subsolo do Ministério do Esporte deixou uma
pessoa morta e outra ferida nesta quinta-feira (15), na Esplanada dos Ministérios. Os dois são
funcionários da Companhia Energética de Brasília (CEB) e trabalhavam no local quando
houve a explosão.
Wilson de Pádua Pires, de 54 anos, chegou a ser levado para o Hospital de Base, mas
não resistiu. Ele teve queimaduras e trauma cranioencefálico. Os bombeiros tentaram
reanimá-lo no local do acidente, mas não conseguiram. Ele estava a seis meses da
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Fábio Luis Weich (fweich8@yahoo.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2016
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aposentadoria. O outro funcionário é José Pereira dos Santos, de 53 anos, que foi levado para
o Hospital Regional da Asa Norte.
De acordo com a Assessoria de Comunicação da CEB, a energia do local foi
desligada. Logo após o acidente, assessores da companhia informaram que, assim que
possível, técnicos da empresa se aproximariam do gerador para tentar identificar qual foi o
problema no equipamento.
A Assessoria de Imprensa do Ministério do Esporte divulgou nota, há pouco,
informando que a subestação da CEB fica na garagem do prédio e passava por manutenção
programada.
Segundo a nota, a explosão foi por volta das 15h. Bombeiros que passavam pela
Esplanada dos Ministérios no momento viram a fumaça e prestaram socorro. Eles tentaram
reanimar Wilson de Paiva, mas não conseguiram. O princípio de incêndio foi controlado e não
passou do subsolo. O major Wesley da Costa, do Corpo de Bombeiros, informou que existe
uma rotina de manutenção periódica no local. Segundo ele, ainda não é possível dizer o que
provocou a explosão. O militar disse também que o sistema de controle de incêndio não
funcionou, o que significa que as baterias de pó químico não foram acionadas como deveriam
ter sido.
O diretor de Operações da CEB, Manoel Clementino, informou que a subestação
passava por uma obra de melhoria do sistema. Segundo ele, cada prédio da Esplanada tem
uma subestação como essa, formada por três tranformadores. Ele informou que assim que a
falha ocorreu a energia foi desligada preventivamente. A estimativa da CEB é que a
Esplanada tenha ficado sem energia por 20 minutos.
“Não temos informação correta da causa do incendio”, disse Clementino. Ele
explicou que os funcionários acidentados trabalhavam na recomposição do sistema. “Eles
vieram reenergizar e houve o problema. Os dois tecnicos estavam de plantão para fazer
manobras que são rotineiras. Qualquer apontamento de falha neste instante consideramos
precipitado”, ressaltou o diretor da CEB.
Segundo ele, a CEB é responsável pela subestação e o Ministério do Esporte, pelo
sistema contra incêndio que não foi acionado. “O trabalho da perícia é que vai indicar se
houve falha. Tão logo a Polícia Civil libere o local, a CEB vai entrar e fazer os reparos. Não
dá para tirar nenhuma conclusão agora.”. Disponível em:

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<http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/explosao-de-gerador-deixa-um-morto -
no-predio-do-ministerio-do-esporte-27gviu grfs9fqgqggjt3sb1am>. Acesso em: 3 jun. 2015.

3.1.1.4 Acidente com Gerador na Serra

Gerador de energia explode e atinge funcionário de empresa na Serra 31/10/2014 -


11h25 - Atualizado em 31/10/2014 - 15h28.
Os bombeiros disseram que um quadro elétrico pegou fogo na empresa Viminas e
atingiu um funcionário.
Um gerador de energia explodiu, informou que o colaborador Handerson Batista
passava e atingiu um funcionário dentro de uma empresa de vidros, na manhã desta sexta-
feira (31), em Civit II, na Serra. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação
do Corpo de Bombeiros.
Os bombeiros disseram que um quadro elétrico pegou fogo na empresa Viminas e
atingiu um homem que logo foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(Samu).
Por meio de nota, a empresa Viminas por cirurgia na tarde desta sexta-feira (31), sem
risco de morte. Ele teria escorregado ao ligar uma autoclave que havia sido desligada no dia
anterior, em função da forte chuva, encostando em uma barra de cobre e sofrendo uma
descarga elétrica.
Veja nota na íntegra:
A Viminas Vidros Especiais, beneficiadora e transformadora de vidros localizada no
Bairro Civit II, na Serra, informa que o colaborador Handerson Batista, de 37 anos, está sendo
submetido a procedimentos cirúrgicos, neste início de tarde, mas não corre risco de morte,
segundo informações iniciais repassadas por profissionais do Hospital Doutor Jayme dos
Santos Neves.
Nesta sexta-feira (31), por volta das 9h30, Handerson, que trabalha há cerca de 15
anos na Viminas e exerce a função de gerente de Manutenção, foi até um dos galpões da
empresa para religar uma autoclave que havia sido desligada ontem em função da forte chuva.
Ao abrir o painel de controle do maquinário, ele escorregou, encostou em uma barra de cobre
energizada e sofreu uma descarga elétrica, em uma rede de baixa tensão. Foi o próprio
colaborador quem contou o que ocorreu, pois ele se manteve consciente após o acidente.

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Handerson Batista foi socorrido pelo Samu e levado imediatamente para o Hospital
Doutor Jayme dos Santos Neves, referência no tratamento de queimados. De acordo com
informações iniciais repassadas por profissionais do hospital, o colaborador sofreu
queimaduras de primeiro e segundo graus pelo corpo e não inalou fumaça. Houve um
princípio de incêndio no painel de controle da máquina, mas foi logo controlado, O Corpo de
Bombeiros foi acionado, mas quando chegou ao local não havia mais risco. Diante da
movimentação, os colaboradores ficaram agitados, porque ontem houve um treinamento da
Brigada de Incêndio na empresa.
Em solidariedade a Handerson Batista, a Viminas liberou todos os funcionários dos
turnos da manhã e da tarde, totalizando aproximadamente 250 colaboradores, e só retomará as
atividades no turno da noite. A Viminas Vidros Especiais está prestando e vai prestar todo o
apoio ao colaborador e à família dele, para que a recuperação ocorra da melhor forma
possível, e vai realizar todos os procedimentos necessários para apurar os detalhes do
incidente. O Corpo de Bombeiros vai realizar a perícia. Disponível em:
<http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2014/10/noticias/cidades/1500995-gerador-de-ener
gia-explode-e-atinge-funcionario-de-empresa-na-serra.html>. Acesso em: 3 jun. 2015.

3.1.1.5 Acidente com Gerador na Cidade de Tabatinga

O acidente aconteceu na cidade de Tapiratiba no estado do Amazonas.


Tabatinga sem luz durante 2h após explosão de gerador da Amazonas Energia.
A causa do acidente se deu em decorrência a um curto-circuito. Parte do município
ficou sem fornecimento de energia, até o problema ser solucionado.
Manaus (AM), 21 de Março de 2015.

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Figura 5: Acidente com Gerador na Cidade de Tabatinga

Técnicos da Eletrobras Amazonas Energia desligaram tudo e agiram rapidamente


para controlar a situação (Divulgação). Um dos grupos geradores da concessionária Eletrobras
Amazonas Energia do município de Tabatinga, a 1.108 quilômetros de distância de Manaus,
explodiu na noite desta sexta-feira (20), por volta das 20h30, e deixou parte da cidade sem o
fornecimento de energia.
Segundo assessor de comunicação da concessionária de Manaus, Humberto Amorim,
técnicos da empresa no município agiram rapidamente após o acidente, na tentativa de
diminuir ao máximo as consequências do blecaute. Ainda segundo ele, o município ficou sem
energia elétrica até as 22h30, quando tudo foi normalizado. A causa do acidente se deu em
decorrência a um curto-circuito no gerador. A presença do Corpo de Bombeiros não foi
necessária, segundo o assessor da Amazonas Energia.

Figura 6: Divulgação/Filipe Augusto

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“Os técnicos desligaram tudo e agiram rapidamente para controlar a situação”,


afirmou Humberto.
Na manhã deste sábado (21), a fornecedora de geradores da concessionária deverá
substituir a máquina que explodiu por uma nova. A equipe do Portal A Crítica não conseguiu
entrar em contato com a equipe do Corpo de Bombeiros. Disponível em: <http://acritica.
uol.com.br/noticias/Gerador-Eletrobras_Amazonas_Energia-explode-moradores-Tabatinga-
sem-fornecimento-energia-eletrica-apagao-amazonas_0_1324667531.html>. Acesso em: 3
jun. 2015.

3.1.1.6 Acidente com Gerador na Cidade de Barras

Escrito por Saraiva Qui, 16 de Janeiro de 2014, 22:58.


Empresário morre no PI ao tentar ligar gerador em sua empresa após faltar energia.
O empresário conhecido por “Carlos da Puro Sabor”, de 45 anos, casado, morreu
tragicamente vítima de uma descarga elétrica, por volta das 18h40min da última quarta-feira
(15 de janeiro de 2014), na cidade de Barras-PI, a 126 km da Capital do Piauí (Teresina),
quando tentava ligar um gerador em sua Panificadora Puro Sabor, após faltar energia elétrica
na cidade.
Com a forte chuva que caiu no Município, a energia da Eletrobrás como sempre,
faltou e no momento em que o empresário foi tentar ligar o gerador da panificadora, acabou
sofrendo a forte descarga elétrica.
Carlos ainda foi socorrido e levado para o Hospital Leônidas Melo, no Município,
aonde ele já chegou sem vida. O corpo do empresário “Carlos da Puro Sabor”, que era muito
conhecido na Região de Barras foi removido para o Instituto Médico Legal, em Teresina-PI,
onde foi submetido a exames e depois liberado para a família. O velório do empresário
ocorreu na casa da família em Teresina, sendo que o sepultamento ocorreu nesta quinta-feira
(16 de janeiro de 2014). Disponível em: <http://www.saraivareporter.com/index.php?option=
com_content&view=article&id=10356:empresario-morre-no-pi-ao-tentar-ligar-gerador-em-
sua-empresa-apos-faltar-energia &catid=39:quentinhas&Itemid=57>. Acesso em: 3 jun. 2015.

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3.2 TÉCNICA DE ANÁLISE DE RISCOS

Os riscos envolvidos foram descritos em tabelas conforme os agentes analisados. A


análise tem como referência as normas especificas de cada agente envolvido no estudo. A
APR tem o objetivo de identificar, avaliar e minimizar os riscos no caso de não conseguir a
eliminação dos riscos ao realizar trabalhos com geradores a diesel.

3.2.1 Análise Preliminar de Riscos (APR)

Ao analisar vários casos de acidentes envolvendo geradores a diesel no item 4.1


anterior, pode-se observar a necessidade de fazer uma análise mais aprofundada a APR. Esta
tem a finalidade de identificar todos os agentes de risco ao trabalhar com este tipo de
equipamento.
A determinação da exposição do tempo de trabalho é conforme os testes e operação
do grupo motor gerador a diesel. A característica operacional do equipamento fica dentro de
alguns minutos ou até quatro horas por dia ligado, conforme a necessidade, o operador não
fica presente o tempo todo no ambiente, apenas quando necessita ligar manualmente ou testar
o equipamento. Os riscos encontrados são de natureza física, química, ergonômica e de
acidentes, sendo este último o mais perigoso dos demais, devido ao risco de explosão caso a
manutenção preventiva não estiver em dia, pode acontecer vasamento de combustível na
instalação.
A Tabela 1 a baixo mostra os diversos riscos ambientais presentes ao trabalhar com
grupos geradores de energia elétrica. A fonte geradora dos agentes analisados é referente a
instalação, operação e manutenção do gerador a diesel.

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Tabela 1: Análise preliminar de riscos


Riscos Ambientais Presentes – NR-15/Atividades e Operações Insalubres
Risco Físico
Intensidade/ EPI/EPC –
Agente Exposição Recomendações
Concentração Recomendado
Ruído De uma a 4 horas Intermitente Protetor Auricular tipo Utilizar o protetor auricular sempre que
ao dia. Quando Concha CA 3378. trabalhar com instalação, manutenção e testes
necessário. do grupo gerador diesel.
Vibrações De uma a 4 horas Não Exposto O gerador deve possuir A base de concreto do gerador deve ser
ao dia. Quando amortecimento. reforçada e o mesmo deve possuir molas para
necessário. amortecimento no chassi.
Calor De uma a 4 horas Não Exposto O gerador deve possuir Dentro da subestação geradora deverá ser
ao dia. Quando radiador de refrigeração instalada refrigeração forçada ou natural por
necessário. eficiente. janelas.
Riscos Ambientais Presentes – NR-15/Atividades e Operações Insalubres
Risco Químico
Intensidade/ EPI/EPC –
Agente Exposição Recomendações
Concentração Recomendado
Gases De uma a 4 horas Não Exposto A descarga de gases do Os gases produzidos pelo motor a combustão
ao dia. Quando gerdaor deve ser voltado deve ser direcionado para fora da sala, ao ar
necessário. para fora. livre, sem obstaculos.
Poeiras De uma a 4 horas Não Exposto Máscara Respiratória 3M Utilização efetiva de máscara respiratória para
(incômodas) ao dia. Quando CA 9356. poeiras incômodas, e ambiente deve ser
necessário. Óculos de Segurança ventilado ou que tenha sistema de exaustão.
CA 3457
Riscos Ambientais Presentes – NR-17/Ergonomia
Risco Ergonômico
Situação: Intensidade/ EPI/EPC –
Exposição Recomendações
Concentração Recomendado
Monotonia e De uma a 4 horas Intermitente Não sera necessário. Nas atividades diárias os colaboradores deverão
Repetitividade ao dia. Quando realizar exercícios de alongamento e
necessário. relaxamento de modo a evitar sobrecargas
Postura inadequada De uma a 4 horas musculares ou dores, recomenda-se
ao dia. Quando revezamento da postura sentado/em pé.
necessário. Procurar não levantar e carregar sozinho peso
Jornada de Trabalho De uma a 4 horas excessivo; Treinamento periódico sobre as
Prolongada ao dia. Quando maneiras e procedimentos corretos de
necessário. levantamento e transporte manual de cargas. Na
Estresse físico e/ou De uma a 4 horas movimentação de pesos, dobrar os joelhos ao
psíquico ao dia. Quando invés da coluna, sempre respeitando o limite
necessário. individual de esforço físico;
Riscos Ambientais Presentes – NR-16/ Atividades e Operações Perigosas
NR-20/ Liquidos Combustíveis e Inflamáveis
NR-11/ Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR-12/ Máquinas e Equipamentos
Risco de Acidentes
Intensidade/ EPI/EPC –
Situação: Exposição Recomendações
Concentração Recomendado
Probabilidade de De uma a 4 horas Intermitente Óculos de Segurança Fazer uso constante de óculos de proteção ou
Incêndio/Explosão ao dia. Quando CA 3457 protetor facial durante a operação das máquinas
necessário. ou outras atividades que ofereçam risco de
Arranjo físico De uma a 4 horas Protetor facial CA 14969 projeção de fagulhas e faíscas;
inadequado ao dia. Quando As partes móveis devem estar providas de
necessário. Capacete de segurança proteção;
Máquina sem De uma a 4 horas CA: 29638 (Classe B – Fazer uso de calçado de segurança para riscos
Proteção ao dia. Quando Potencial Elétrico) de origem mecânica, impermeável e
necessário. antiderrapante.
Ferramentas De uma a 4 horas Periodicamente fazer inspeções nas ferramentas
inadequadas ou ao dia. Quando manuais, para verificar suas condições e
defeituosas necessário. desgaste, providenciando sua substituição
Iluminação De uma a 4 horas sempre que necessário;
inadequada ao dia. Quando As ferramentas e máquinas elétricas devem ser
necessário. inspecionadas diariamente, para verificar
Trabalhos com De uma a 4 horas possíveis fontes de choque elétrico.
Eletricidade ao dia. Quando Ter cuidado e atenção na realização de suas
necessário. atividades.
Armazenamento De uma a 4 horas Identificação e isolamento de área quando for
Inadequado ao dia. Quando realisar movimentação de cargas pesadas e
necessário. perigosas no caso da máquina geradora e do
Transporte/ De uma a 4 horas tanque de combustível.
Movimentação ao dia. Quando Aterramento nos equipamentos para ter
irregular pode causar necessário. equipotencialização, garantindo a segurança no
esmagamento trabalho.
Fonte: Autoria própria.

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4 PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

O procedimento de instalação do grupo gerador deverá seguir as normas vigentes


para que não aconteça nenhum acidente com o trabalhador ou para outras pessoas que por
ventura estejam próximo no local. O risco de acidente deve ser controlado de maneira que os
responsáveis pela instalação ou manutenção possam executar suas tarefas com a maior
segurança possível, através do uso de EPC e de EPI conforme o agente de risco.

4.1 INSTALAÇÃO E PROTEÇÃO DO GRUPO GERADOR À DIESEL

O procedimento de segurança que protege o operador e o grupo gerador deve seguir


as normas adotadas pelo fornecedor e pela NR-12 sobre manutenção em máquinas e
equipamentos. Os operadores, antes de fazer qualquer manutenção ou testes deverá isolar a
área em primeiro lugar, em seguida, com os equipamentos de proteção individual, realizar
suas atividades da forma mais segura possível.

4.1.1 Instalação e Proteção Contra o Risco de Contato

Todas as partes da instalação elétrica deve ser projetada e executada de modo que
seja possível prevenir, por meios seguros, o perigo de choque elétrico e todos os outros tipos
de acidentes. As partes de instalações elétricas a serem operadas, ajustadas ou examinadas,
devem ser dispostas de modo a permitir um espaço suficiente para trabalho seguro.
As partes das instalações elétricas, não cobertas por material isolante, na
impossibilidade de se conservarem distâncias que evitem contatos casuais, devem ser isoladas
por obstáculos que ofereçam, de forma segura, resistência a esforços mecânicos usuais.
Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos circuitos elétricos, mas
que, eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser aterrada, desde que esteja em local
acessível a contatos.
O aterramento das instalações elétricas deve ser executado obedecendo às normas
técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na falta destas, as normas
internacionais vigentes.

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As instalações elétricas que estejam em contato direto ou indireto com a água e que
possam permitir fuga de corrente devem ser projetadas e executadas, obedecendo às normas
técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na falta destas, as normas
internacionais vigentes, em especial quanto à blindagem, estanqueidade, isolamento e
aterramento. (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de
2015)

4.1.2 Proteção do Trabalhador no Serviço de Instalação

No desenvolvimento de serviços em instalações elétricas, devem ser previstos


Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC, através de isolamento físico de áreas, sinalização,
aterramento provisório e outros similares, nos trechos onde os serviços estão sendo
desenvolvidos.
Quando, no desenvolvimento dos serviços, os sistemas de proteção coletiva forem
insuficientes para o controle de todos os riscos de acidentes pessoais, devem ser utilizados
equipamentos de Proteção Coletiva - EPC e Equipamentos de Proteção Individual - EPI, tais
como varas de manobra, escadas, detectores de tensão, cintos de segurança, capacetes e luvas,
observadas as prescrições previstas nas normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos
competentes e, na falta destas, as normas internacionais vigentes.
As ferramentas manuais utilizadas nos serviços em instalações elétricas devem ser
eletricamente isoladas, merecendo especiais cuidados as ferramentas e outros equipamentos
destinados a serviços em instalações elétricas energizadas. (MANUTENÇÃO DE
FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015)

4.1.3 Procedimentos de Operação e Manutenção

Os grupos geradores não devem operar com carga muito abaixo da sua capacidade
nominal, sob risco de trazer danos ao motor e também reduzir sua vida útil.
Os motores diesel são projetados com seus componentes internos normalmente
dimensionados para condições de carga próximas da nominal, ocasião em que seus sistemas
internos atingem temperaturas cujas dilatações térmicas permitem vedações mais eficientes,
como é o caso dos anéis de vedação dos cilindros do motor. Com cargas reduzidas, os

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Gerenciamento de Segurança para Instalação, Operação e Manutenção de Geradores à Diesel
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sistemas de água de arrefecimento, óleo lubrificante e outros, trabalham em temperaturas mais


baixas, caracterizando uma anomalia às condições do equipamento. (MANUTENÇÃO DE
FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015)
Muito embora dar-se ênfase de que cargas inferiores a 30% são proibitivas, outras
cargas reduzidas, mesmo que superiores a indicada, igualmente podem implicar nos seguintes
problemas:
- maior consumo específico de óleo lubrificante;
- maior consumo específico de óleo combustível;
- surgimento de óleo na tubulação de gases de descarga;
- desgaste prematuro de anéis e espelhamento de camisas.
Os riscos de problemas e intensidade dos desgastes no motor, estarão diretamente
associados ao tempo de operação que o grupo gerador ficar submetido a estas condições de
baixa carga. Em particular, além de danos ao motor, a operação com baixa carga também
pode provocar acúmulo de óleos não queimados pelo motor no interior do silencioso da
tubulação de gases de descarga.
O acúmulo de óleo não queimado pode trazer risco de explosão ao silencioso, caso o
motor passe a operar com cargas elevadas e consequentes altas temperaturas no interior desse
acessório:
- durante a construção ou reparo de instalações elétricas ou obras de construção
civil, próximas de instalações sob tensão, devem ser tomados cuidados especiais
quanto ao risco de contatos eventuais e de indução elétrica. Quando forem
necessários serviços de manutenção em instalações elétricas sob tensão, estes
deverão ser planejados e programados, determinando-se todas as operações que
envolvam riscos de acidente, para que possam ser estabelecidas as medidas
preventivas necessárias;
- toda ocorrência, não programada, em instalações elétricas sob tensão deve ser
comunicada ao responsável por essas instalações, para que sejam tomadas as
medidas cabíveis. É proibido acesso e permanência de pessoas não autorizadas em
ambientes próximos a partes das instalações elétricas que ofereçam riscos de
danos às pessoas e às próprias instalações;
- os serviços de manutenção ou reparo em partes de instalações elétricas que não
estejam sob tensão, só podem ser realizados quando as mesmas estiverem
liberadas;
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- entende-se por instalação elétrica liberada para estes serviços, aquela cuja
ausência de tensão pode ser constatada com dispositivos específicos para esta
finalidade;
- para garantir a ausência de tensão no circuito elétrico, durante todo o tempo
necessário para o desenvolvimento destes serviços, os dispositivos de comando
devem estar sinalizados e bloqueados, bem como o circuito elétrico aterrado;
- os serviços de manutenção e ou reparos em partes de instalações elétricas, sob
tensão, só podem ser executados por profissionais qualificados, devidamente
treinados, em cursos especializados, com emprego de ferramentas e equipamentos
especiais. Observar os requisitos tecnológicos e as prescrições previstas nas
normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na falta destas,
as normas internacionais vigentes;
- as instalações elétricas devem ser inspecionadas por profissionais qualificados,
designados pelo responsável pelas instalações elétricas nas fases de execução,
operação, manutenção, reforma e ampliação;
- devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e
demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco das
instalações elétricas sob tensão, sujeitas a risco de contato durante os trabalhos de
reparação, ou sempre que for julgado necessário.
Os localizados próximos as partes elétricas expostas, não devem ser utilizados como
passagem:
- é proibido guardar objetos estranhos próximos às partes condutoras da instalação;
- devem ser utilizados cordões elétricos alimentados por transformador de
segurança ou por tensão elétrica não superior a 24 volts quando da realização de
serviços em locais úmidos ou encharcados, bem como quando o piso oferecer
condições propícias para condução de corrente elétrica.(MANUTENÇÃO DE
FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015).

4.2 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO COM GRUPO GERADOR À DIESEL

A segurança é fundamental ao trabalhar com estes equipamentos. Todos os


trabalhadores devem estar treinados, capacitados e usando o equipamento de proteção

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Gerenciamento de Segurança para Instalação, Operação e Manutenção de Geradores à Diesel
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individual conforme a sua tarefa. As instruções de emergência devem ser executadas o mais
rápido possível conforme as recomendações do fabricante.

4.2.1 Componentes de Proteção na Operação do GMG

- Capacitores de rede: É comum, em instalações elétricas, a existência de banco de


capacitores nos circuitos de carga para correção de fator de potência. Assim,
quando o grupo gerador assumir a carga, deve-se ter o cuidado para que ele não
venha atender, num primeiro instante apenas ao banco de capacitores, por eles
causarem uma sobre excitação no gerador, abalando dessa forma, a regulagem da
tensão.
- Aterramento: A carcaça do gerador deverá ser interligada à malha de aterramento
disponível. A barra de terra da USCA deverá ser interligada à malha de
aterramento disponível. A base metálica dos GMG’S são interligadas a barra de
terra da USCA/QTA. Em instalações com transformadores elevadores
estrela/triângulo o neutro dos geradores deve ser aterrado. Em instalações de
grupos em paralelo com transformadores elevadores, os neutros dos geradores
deverão ser interligados entre eles e aterrados. Estas ligações devem ser efetuadas
utilizando-se cabos de cobre nu na bitola especificada em tabela fornecida pelo
fabricante.
- Para-raios: Usado em regiões muito propensas a distúrbios atmosféricos, é
recomendável a instalação de para-raios de baixa tensão e supressores de surto
(varistores), na entrada da rede da chave de transferência.
- Disjuntor: Cada gerador em particular possui um disjuntor de proteção contra
sobre corrente. Este é instalado no módulo de controle, geralmente fixado junto ao
gerador, o manual do fabricante deve ser consultado para maiores detalhes e
procedimentos de substituição (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO
MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015).

4.2.2 Sistema de Proteção Digital e Telecomando

Os GMGs possuem módulos que foram projetados para possibilitar ao operador


partir e parar o gerador e, se necessário, transferir a carga para o gerador de forma manual ou
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automática. Em modo automático os módulos irão comandar a partida e parada do grupo


gerador, a partir da disponibilidade da fonte principal (normalmente a rede da concessionária
de energia). O operador tem também a facilidade de visualizar todos os parâmetros
operacionais do sistema através do display LCD. O equipamento de comando digital pode ser
visualizado na Figura 7.
Alguns desses módulos monitoram o motor, indicando todas as condições
operacionais. Em caso de falha, será emitido um alarme sonoro e o motor será desligado
automaticamente. O módulo irá informar a real causa da falha através no display LCD.
Alguns GMGs utilização software de configuração para PC (Configuration Suite)
permite a configuração das sequências de operação, temporizadores e alarmes.
Esses módulos, geralmente, são acomodados em um gabinete plástico resistente
projetado para a montagem na parte frontal do painel. Todas as conexões são realizadas por
meio de plugues e soquetes.
O esquema de ligação dos bornes deste módulo de comando e proteção do gerador
está no Anexo C. Pode ser visualizado a ligação dos transformadores de corrente,
responsáveis pela leitura da corrente produzida pelo gerador e também a demanda. Os valores
ficam registrados a cada ocorrência de desligamento ou falta na rede, os registros são em
torno de vinte ocorrências ou conforme o fabricante. (MANUTENÇÃO DE FERROVIA –
GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015)

Figura 7: Relé de proteção do grupo gerador DSE 7310

Fonte: Manual da STEMAC Grupos Geradores.


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4.2.3 Situações de Emergência

Os equipamentos automáticos são providos de Botoeira/Botão de Emergência e


deverão ser prontamente acionados, por pessoal responsável em casos de emergência.
Os equipamentos automáticos também são providos de controladores lógicos
programáveis que monitoram a performance do equipamento. Em caso de funcionamento
irregular do equipamento, automaticamente ocorrerá seu desligamento.
Os equipamentos manuais são providos de Botões de Parada ou Chave, que deverão
ser prontamente acionados por pessoal responsável em casos de emergência.
(MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015)

4.2.4 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Devem ser utilizados quando da instalação, entrega técnica, limpeza, manutenção ou


movimentação do(s) grupo(s) gerador(es), seja por parte do cliente ou de funcionário da
instaladora os equipamentos de proteção aplicáveis a cada situação. Uma sugestão em forma
de tabela pode ser visualizada na Tabela 2. (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO
MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015)

Tabela 2: EPIs usados para trabalhos com geradores

Fonte: Manual da STEMAC Grupos Geradores.

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Fábio Luis Weich (fweich8@yahoo.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2016
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4.3 MANUTENÇÃO DE GRUPOS GERADORES À DIESEL

Manter a manutenção dos equipamentos em dia, evita o desgaste de peças de forma


prematura e futuros defeitos decorrente do mau uso do gerador. Sempre deverá solicitar a
empresa responsável do equipamento que forneça uma planilha de manutenção e que esta seja
de uso diário para os operadores.

4.3.1 Manutenção Preventiva

Consiste na verificação periódica das condições do equipamento, seguindo


recomendações do fabricante, de forma a manter uma boa condição de funcionamento. Na
Tabela 3 abaixo apresentamos um exemplo de plano de manutenção preventiva:
(MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015)

Tabela 3: Plano de manutenção preventive da Stemac

Fonte: Manual da STEMAC Grupos Geradores.


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5 METODOLOGIA DE GERENCIAMENTO DOS RISCOS

O processo de gerenciamento de riscos não deve ser apenas para seguir protocolos e
sim para identificar, avaliar e evitar que acidentes aconteçam. A modelagem do
gerenciamento é muito amplo, envolvendo em primeiro modo o mapa de riscos, que deve ser
posicionado em local de fácil visualização para todas as pessoas que por ventura passem por
locais de riscos. A análise dos riscos acrescenta os pontos principais de onde devem ser
focado com mais intensidade o gerenciamento e controle dos agentes encontrados. A
elaboração de procedimentos e instruções é fundamental para gerenciar as atividades com
geradores a diesel e o mais importante é seguir protocolos.

5.1 GERENCIAMENTO OHSAS E MAPA DE RISCOS

A implementação do sistema de gestão inclui a realização dos estudos de riscos de


processo e operacional. A partir deste ponto, deve ser organizado um sistema de
documentação, que inclui a elaboração de procedimentos e instruções bem como a atualização
de documentos e catálogos técnicos. (OHSAS 18.001, 1999).
A organização poderá implementar a OHSAS 18.001 apenas para uma parte do
processo ou atividade operacional. Neste caso, as políticas e procedimentos existentes para
outros setores podem ser empregados, desde que se apliquem à área ou atividade operacional
especifica a ser avaliada. (OHSAS 18.001, 1999)
O processo de gerenciamento deste estudo visa em aplicar o gerenciamento da
OHSAS 18.001 em um processo operacional especifico na instalação, manutenção e operação
de geradores a diesel com segurança. Desta forma foi avaliado os riscos e processos para
aplicar técnicas especificas de identificação e procedimentos de avaliação dos riscos.
(OHSAS 18.001, 1999)
As ferramentas para o gerenciamento na identificação e avaliação dos riscos que
envolvem o processo são: mapa de riscos; análise preliminar de riscos – APR; what-if/e se;
modelagem do gerenciamento. Esta metodologia aplicada visa o melhor entendimento do
processo de gerenciamento que envolva segurança e minimizar os riscos decorrentes do
trabalho ou serviço com geradores a diesel. A Figura 8 abaixo demonstra através de uma
pirâmide como é organizado o gerenciamento de segurança em um todo.

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Figura 8: Pirâmide de gerenciamento dos riscos do grupo gerador

Fonte: Autoria própria.

5.1.1 Mapa de Riscos

O mapa de riscos tem a função de identificar os riscos presentes no local de trabalho.


Através da análise preliminar de riscos, poderá ser identificado e avaliado todos os agentes
nocivos ou não a saúde, desta forma qualquer trabalhador consegue identificar os riscos
presentes no local de trabalho. No item 4.2 deste trabalho foi constituído o APR – analise
preliminar de riscos. A Tabela 4 a baixo constitui a classificação dos riscos de uma forma
resumida, com a identificação do grupo de risco e cores designadas para cada uma.

Tabela 4: Análise preliminar de riscos


Tabela de Classificação dos Riscos Ambientais
Grupo I: Grupo II: Grupo III: Grupo IV: Grupo V:
Verde Vermelho Marrom Amarelo Azul
Risco Físico Risco Químico Risco Biológico Risco Ergonômico Risco de Acidentes
Ruído Gases Não tem Monotonia e Probabilidade de Incêndio ou
Repetitividade Explosão
Vibrações Poeiras Postura inadequada Arranjo físico inadequado
(incômodas)
Calor Jornada de Máquina sem Proteção
Trabalho
Prolongada
Estresse físico e/ou Ferramentas inadequadas ou
psíquico defeituosas
Iluminação inadequada
Trabalhos com Eletricidade
Armazenamento Inadequado
Fonte: Autoria própria

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Em um ambiente que possua geradores de energia elétrica a diesel pode conter


agentes de riscos a saúde do trabalhador. O mapa de riscos apresentado a seguir tem a
identificação e localização dos riscos e o seu grau de risco. Na Figura 9 e 10 o grupo gerador
está representado com instalação abrigada em alvenaria, podendo ser visualizado na planta
baixa e na vista lateral.
Conforme a NR-16 os tanques que contem líquidos inflamáveis devem ser
armazenados dentro de uma bacia de segurança e contenção. O tanque é instalado a céu aberto
ao tempo mas sempre com a bacia para conter toda a capacidade de armazenagem do líquido,
no caso do diesel e a capacidade do tanque geralmente é de 450 litros de combustível.
Quando existe armazenamento de líquidos inflamável, deve-se ter cuidado com
prédios próximos para garantir a segurança de pessoas que circulam no local. Conforme a
atividade aplicada no armazenamento é classificada a área de risco com a distância segura pra
a instalação. Para um grau de risco baixo, a distância segura é de três metros até o prédio mais
próximo ou área segura pra circulação.
A classificação do grau de risco para líquidos inflamáveis deve ser observado o
grupo de embalagens: no grupo I tem alto risco; grupo II tem risco médio; e no grupo III
possui baixo risco. Nos tanques de armazenamento de diesel para GMG a embalagem é
externa com tambores de plástico e tem grupo de embalagem III, neste caso, o grau de risco é
baixo.

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Figura 9: Mapa de riscos da planta baixa do grupo gerador

Fonte: Autoria própria.

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Figura 10: Mapa de riscos da vista lateral do grupo gerador

Fonte: Autoria própria.

5.2 TÉCNICA DE IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS WHAT-IF

Trata-se de uma técnica de análise qualitativa e geral, de simples aplicação, cuja


utilidade e possibilitar uma primeira abordagem para identificação de riscos. Pode ser
utilizada no projeto, na fase pré-operacional, na produção ou identificação de riscos e perigos
que possam estar presentes as atividades relacionadas a grupos geradores de energia.
O What-If tem como objetivo identificar, através de fluxogramas ou tabelas, os
perigos presentes nas instalações, em projetos ou estruturas existentes, identificar problemas
operacionais relacionar as diferentes ações de melhorias complementares que permitam obter
um nível de segurança aceitável e pesquisar possíveis desvios.

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5.2.1 What-If dos Riscos e Perigos

Através da análise What-If foram identificados os riscos e perigos, através de tabelas


e através da realização de um questionário sobre os agentes encontrados na análise preliminar
de riscos. O objetivo do método é perguntar o que aconteceria se ocorrer tal perigo ou tivesse
tal risco e com isso analisar as causas, as consequências e por fim fazer recomendações que
venham a evitar acidentes. Na Tabela 5 a baixo consta todos os riscos identificados conforme
o grupo.

Tabela 5: Identificação dos riscos e perigos


Identificação de Perigos e dos Riscos What-If
Grupo I: O que aconteceria Observação e
Causas Consequências
Risco Físico se? recomendação
Ruído Tivesse ruído acima Motor a combustão Perda da audição, Usar EPI
de 80db. e alternador. estresse. recomendado.
Vibrações Tivesse vibrações Falta de Dificuldade de Verificar a montagem
acima do permitido. amortecimento e exercer as tarefas do grupo gerador e
fundação. necessárias. instalar molas de
amortecimento
Calor O calor dos Trabalho excessivo Queimaduras ao Desligar o motor e
equipamentos do e falta de ventilação. realizar os esperar esfriar a
gerador for alto. trabalhos. máquina antes das
atividades.
Grupo II: O que aconteceria Causas Consequências Observação e
Risco Químico se? recomendação
Gases O monóxido de Possível Intoxicação dos Verificar no manual do
carbono liberado entupimento nos trabalhadores e fabricante os períodos
não fosse filtrado e canos de saída de possibilidade de de troca e revisão do
liberado na gás ou filtro de ar problemas no filtro de ar.
atmosfera. com defeito. gerador.
Poeiras Poeiras vindas de Falta de filtro de ar Pode causar o Limpar os
(incômodas) fora acumulasse dentro da subestação desgaste equipamentos antes da
resíduos no grupo do grupo gerador prematuro dos manutenção e usar
gerador. equipamentos. mascara para poeira no
tempo em que estiver
realizando as
atividades.
Grupo IV: O que aconteceria Causas Consequências Observação e
Risco Ergonômico se? recomendação
Monotonia e A repetitividade na Falta de Pode causar ler Ter 15 minutos de
Repetitividade retirada e conexão aprimoramento no dort conforme o descanso a cada 4
de parafusos. desenvolver o tempo de trabalho. horas continuas de
projeto. trabalho.
Postura Inadequada A postura de O equipamento é Dores nos joelhos Fazer paradas de
trabalho tivesse baixo. e pernas. descaço e verificar
inadequada. outra metodologia da
atividade.
Jornada de Trabalho A jornada de Pressão por parte do Pode causar Verificar a real
Prolongada trabalho se cliente ou empresa estresse e cansaço necessidade de
prolongue. para terminar as físico e mental prolongar a jornada e
atividades previstas. para o incluir um técnico
trabalhador. ajudante.

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O que aconteceria Observação e


Causas Consequências
se? recomendação
Estresse físico e/ou O trabalhador Jornadas de trabalho Pedido de Organização nas
psíquico tivesse estresse prolongadas e afastamento, atividades e um
físico ou psíquico. pressão por parte do acidentes no técnico para auxiliar
cliente e da empresa. trabalho. nos trabalhos
realizados.
Grupo V: O que aconteceria Causas Consequências Observação e
Risco de Acidentes se? recomendação
Probabilidade de Tivesse risco de Aquecimento do Acidente com Seguir rigorosamente
Incêndio ou incêndio ou equipamento de explosão dando o controle das revisões
Explosão explosão. geração ou falhas na perdas materiais e do equipamento
revisão do sistema. de vidas. gerador.
Arranjo físico Algum técnico não Falta de Poderá ocorrer Somente técnicos
inadequado instruído for fazer organização, preparo problemas instruídos podem fazer
adequações no e instrução para o mecânicos e a manutenção, de
gerador. trabalhador. acidentes. preferencia do
fabricante.
Máquina sem Se os componentes Pode ter sido Cuidado ao fazer Verificar com o
Proteção do equipamento vendido um alguma fabricante se este
estivessem expostos. equipamento sem as manutenção no possui as proteções
proteções. equipamento. necessárias.
Ferramentas Os trabalhos fossem Falta de organização Demora em Organizar as
inadequadas ou realizados com e cuidado com as executar as tarefas ferramentas e manter
defeituosas ferramentas ferramentas usadas ou sendo adiadas elas em bom estado,
inadequadas ou com nas atividades. para outro dia, comprar novas se
defeito. pode causar necessário.
acidentes.
Iluminação Na sala do gerador Falta de manutenção Os trabalhos serão Revisar as luminárias e
inadequada não tivesse e revisão das mais lentos e usar uma lanterna no
iluminação luminárias. aumenta o risco capacete caso for
adequada. de acidentes. necessário.
Trabalhos com Os trabalhos fossem Pode ter ocorrido O gerador na Usar sempre os EPIs
Eletricidade na parte elétrica do defeitos no sistema funciona devendo solicitados antes de
gerador. ou mal fazer uma revisão fazer qualquer
parametrizado. em todo o sistema. assistência no grupo
gerador.
Armazenamento O local de instalação Só existe aquele Possibilidade de Fazer barreira a prova
Inadequado do gerador e tanque ponto de instalação. ocorrência de de explosão, instruir os
de combustível não acidente por funcionários e pessoas
for o mais adequado. explosão podendo sobre o risco, fazer um
causar vítimas. PPCI e um plano de
emergência e
treinamento.
Esmagamento O local de instalação Falta de Possibilidade de Fazer barreira com fita
for inadequado ou organização, preparo ocorrência com de isolamento, isolar a
não for isolado por e instrução para o esmagamento dos área. ter ordem de
EPC. trabalhador. trabalhadores serviço e Check-list
envolvidos.
Fonte: Autoria própria.

5.2.2 What-If na Instalação e Operação do Grupo Gerador

Através da análise What-If foram identificados os riscos e perigos, através de tabelas


e através da realização de um questionário sobre os agentes encontrados na análise preliminar
de riscos. O objetivo do método é perguntar o que aconteceria se ocorrer tal perigo ou tivesse
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tal risco e com isso analisar as causas, as consequências e por fim fazer recomendações que
venham a evitar acidentes. Na Tabela 6 a baixo consta todos os riscos identificados conforme
na instalação e operação de geradores.

Tabela 6: Identificação dos riscos e perigos na instalação e operação


Identificação de Perigos e dos Riscos What-If
O que aconteceria Observação e
Atividade Causas Consequências
se? recomendação
Instalação As partes da Falta de projeto e Perigos de choques Toda a instalação
Elétrica do instalação elétrica não cuidados por meios elétricos e acidente elétrica deve ser
Grupo Gerador tiver projeto e seguros dos fatal ao trabalhador. projetada e executada
execução do gerador. acidentes por para prevenir choque
choque elétrico. elétrico e acidente.
Instalação Tivesse instalação Falta de seguir as Perigos de choques As instalações
Elétrica do elétrica de difícil orientações mínimas elétricos e acidente elétricas a serem
Grupo Gerador acesso ao realizar de distâncias nas fatal ao trabalhador e operadas, ajustadas
trabalhos no grupo normas dificuldade de exercer ou examinadas,
gerador. regulamentadoras. as atividades de devem possuir um
manutenção. espaço suficiente para
trabalho seguro.
Instalação As partes da Falta de seguir as Perigos de choques As partes da
Elétrica do instalação elétrica não normas de segurança elétricos e acidente instalação elétrica
Grupo Gerador possuir isolamento que informam os fatal ao trabalhador. deve ser coberta com
nem obstáculos de cuidados para material isolante e ter
contato. trabalhos com distâncias mínimas
eletricidade. para contatos casuais,
ser isoladas por
obstáculos que
ofereça segurança.
Instalação Qualquer peça Falta de Perigos de choques A instalação ou peça
Elétrica do condutora que não faz conhecimento e elétricos e acidente condutora que não
Grupo Gerador parte do circuito orientação das fatal ao trabalhador. faça parte do circuito
elétrico e não tivesse normas de segurança elétrico, mas que,
aterrada, mas poderia NR10. eventualmente, possa
ter contato sob tensão. ficar sob tensão, deve
ser aterrada, desde
que esteja em local
acessível a contatos.
Instalação A instalação elétrica Falta de Perigos de choques O aterramento da
Elétrica do do grupo gerador não conhecimento e elétricos e acidente instalação elétrica
Grupo Gerador tivesse aterrada ou não orientação das fatal ao trabalhador. deve ser executado
seguisse as normas normas de segurança obedecendo às
vigentes. NR10. normas técnicas
oficiais e na falta
destas, as normas
internacionais.
Instalação Parte da instalação Falta de Perigos de choques Toda instalação
Elétrica do elétrica tivesse contato conhecimento e elétricos e acidente elétrica que tenha um
Grupo Gerador com água direto ou orientação das fatal ao trabalhador e contato direto ou
indiretamente. normas de segurança as pessoas ao seu indireto com a água e
NR10. redor pela agua ser que possam permitir
condutora e acontecer fuga de corrente
fuga de corrente. devem ser projetadas
e executada,
obedecendo às
normas técnicas e na
falta destas, as.

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O que aconteceria Observação e


Atividade Causas Consequências
se? recomendação
normas internacionais
Proteção do Os trabalhos fossem Falta de seguir as Perigos de choques Nos serviços em
trabalhador na realizados sem EPC, orientações das elétricos e acidente instalações elétricas,
instalação dos isolamento físico da normas de segurança fatal ao trabalhador e devem ser previstos
equipamentos área, sinalização e NR10, pressa na as pessoas próximas Equipamentos de
aterramento execução das da área de trabalho. Proteção Coletiva -
provisório. tarefas, despreparo e EPC, através de
negligência dos isolamento físico de
supervisores. áreas, sinalização,
aterramento
provisório.
Proteção do No decorrer dos Falta de Perigos de choques Caso o EPC for
trabalhador na serviços, os conhecimento e elétricos acidente fatal insuficiente para o
instalação dos equipamentos de orientação das ao trabalhador e atraso controle de todos os
equipamentos proteção coletiva não normas de segurança nas atividades riscos de acidentes
forem suficiente para NR10 e na decorrente ao pessoais, devem ser
garantir a segurança. identificação dos acréscimo dos riscos utilizados EPI, tais
riscos com o ocorridos. como varas de
acréscimo de manobra, escadas,
equipamentos de detectores de tensão,
proteção individual. cintos de segurança,
capacetes e luvas,
observadas as
prescrições previstas
nas normas técnicas.
Proteção do As ferramentas Falta de Perigos de choques As ferramentas
trabalhador na manuais usadas não conhecimento e elétricos e acidente manuais utilizadas
instalação dos forem eletricamente orientação das fatal ao trabalhador e nos serviços em
equipamentos isoladas para as normas de segurança dificuldade de exercer instalações elétricas
atividades. NR10. as atividades de devem ser
manutenção ou eletricamente
montagem. isoladas, merecendo
especiais cuidados as
ferramentas e outros
equipamentos
destinados a serviços
em instalações
elétricas energizadas.
Fonte: Autoria própria.

5.2.3 What-If na Operação e Manutenção do Grupo Gerador

Através da análise What-If foram identificados os riscos e perigos, através de tabelas


e através da realização de um questionário sobre os agentes encontrados na análise preliminar
de riscos. O objetivo do método é perguntar o que aconteceria se ocorrer tal perigo ou tivesse
tal risco e com isso analisar as causas, as consequências e por fim fazer recomendações que
venham a evitar acidentes. Na Tabela 7 a baixo consta todos os riscos identificados na
operação e manutenção de geradores.

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Tabela 7: Identificação dos riscos e perigos na operação e manutenção


Identificação de Perigos e dos Riscos What-If
O que aconteceria Observação e
Atividade Causas Consequências
se? recomendação
Cuidados na Tivesse riscos de Falta de Choque elétrico, Quando forem
manutenção do contato eventual ou planejamento e acidente fatal ao necessários serviços
grupo gerador. de indução elétrica programação das trabalhador e que de manutenção em
durante a atividades em que envolvam riscos nas instalações elétricas
manutenção do envolva riscos de atividades através da sob tensão, estes
grupo gerador. acidentes. indução elétrica por deverão ser
falta de cuidados. planejados e
programados,
quando envolvam
riscos de acidente,
para que possam ser
estabelecidas as
medidas
preventivas.
Cuidados na Tivesse ocorrência Falta de Choque elétrico, Toda ocorrência,
manutenção e não programada e planejamento e acidente fatal ao não programada, em
operação do grupo está não foi programação das trabalhador e que instalações elétricas
gerador. comunicado aos atividades em que envolvam riscos nas sob tensão deve ser
responsáveis e envolva riscos de atividades através da comunicada ao
pessoas não acidentes. indução elétrica por responsável para que
autorizadas falta de sejam tomadas as
estiverem passando responsabilidade. medidas cabíveis. É
no local. proibido acesso e
permanência de
pessoas não
autorizadas
próximos a partes
das instalações
elétricas que
ofereçam riscos.
Cuidados na A manutenção ou Falta de Choque elétrico, Serviços de
manutenção e reparos não tivesse planejamento e acidente fatal ao manutenção ou
operação do grupo liberação pelos programação das trabalhador e que reparo em partes de
gerador. responsáveis. atividades em que envolvam riscos nas instalações elétricas
envolva riscos de atividades através da que não estejam sob
acidentes. indução elétrica por tensão, só podem ser
falta de realizados quando as
responsabilidade. mesmas estiverem
liberadas.
Cuidados na Os trabalhos de Planejamento e Choque elétrico, Para garantir a
manutenção do manutenção pode programação das acidente fatal ao ausência de tensão
grupo gerador. ser realizado na atividades em que trabalhador e que no circuito elétrico,
ausência de tensão envolva riscos de envolvam riscos nas durante todo o
com certos acidentes. atividades através da tempo necessário
cuidados. indução elétrica por para a manutenção,
falta de os dispositivos de
responsabilidade se comando devem
descumprir as estar sinalizados e
medidas de bloqueados, bem
segurança. como o circuito
elétrico aterrado.
Cuidados na Os trabalhos de Falta de Choque elétrico, Os serviços de
manutenção do manutenção não for planejamento e acidente fatal ao manutenção e ou
grupo gerador. executado por programação das trabalhador e que reparos em partes de
professional atividades em que envolvam riscos nas instalações elétricas,
qualificado, treinado envolva riscos de atividades através da sob tensão, só
e especializado. acidentes. indução elétrica por podem ser
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O que aconteceria Observação e


Atividade Causas Consequências
se? recomendação
falta de executados por
responsabilidade profissionais
qualificados,
treinados e
especializados, com
emprego de
ferramentas e
equipamentos
adequados.
Cuidados na Os equipamentos Planejamento e Choque elétrico, As instalações
manutenção e após instalados não programação das acidente fatal ao elétricas devem ser
operação do grupo forem fiscalizados atividades em que trabalhador e que inspecionadas por
gerador. por professional envolva riscos de envolvam riscos nas profissionais
habilitado e acidentes. atividades através da qualificados,
qualificado. indução elétrica por designados pelo
falta de responsável pelas
responsabilidade. instalações elétricas
nas fases de
execução, operação,
manutenção,
reforma e
ampliação.
Cuidados na No momento de Falta de Choque elétrico, Colocar placas de
manutenção e manutenção não planejamento e acidente fatal ao aviso, inscrições de
operação do grupo tivesse nenhum tipo programação das trabalhador e que advertência,
gerador. de sinalização ou atividades em que envolvam riscos nas bandeirolas e demais
aviso na área em que envolva riscos de atividades através da meios de sinalização
está sendo realizado acidentes. indução elétrica por que chamem a
as atividades. falta de atenção quanto ao
responsabilidade. risco das instalações
elétricas sob tensão,
sujeitas a risco de
contato durante os
trabalhos de
reparação, ou
manutenção.
Fonte: Autoria própria.

5.3 MODELAGEM DO GERENCIAMENTO

O processo de modelagem do gerenciamento, envolvendo a análise dos riscos, na


elaboração de procedimentos e instruções para gerenciar as atividades com geradores a diesel
e com isso seguir protocolos elaborados. O sistema de gestão é muito amplo e inicia a partir
da política do sistema SSO que envolve várias etapas dentre elas a identificação e eliminação
de riscos a saúde. A melhoria continua deve ser aplicada para que não aconteçam falhas ou
equívocos por parte de operadores, funcionários, supervisores e gerência da organização que
possua equipamentos geradores a diesel.

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5.3.1 Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional

A gestão de segurança e saúde ocupacional, conhecida com as siglas SSO e muito


aplicado em organizações que tem a preocupação de zelar pela segurança de seus
colaboradores no ambiente de trabalho. O principal sistema de gestão de segurança e saúde
ocupacional dentro de uma organização pode basear-se conforme a norma OHSAS 18.001
cuja esta, tem um processo de certificação para garantir o bom desempenho das atividades
dentro da organização. (OHSAS 18.001, 1999)
O sistema de gestão para o gerenciamento dos riscos para manter a segurança ao
realizar trabalhos envolvendo geradores de energia estão descrito a baixo. O modelo segue o
mesmo padrão da OHSAS 18.001 para a gestão de segurança.
1 Objetivo e Campo de Aplicação
a) estabelecer um Sistema de Gestão da SSO para eliminar ou minimizar riscos aos
funcionários e outras partes que possam estar expostos aos riscos associados as
atividades;
b) implementar, manter e melhorar continuamente um Sistema de Gestão da SSO;
c) assegurar-se de sua conformidade com sua política de SSO definida;
d) demonstrar tal conformidade a terceiros;
e) realizar uma autoavaliação e emitir autodeclaração de conformidade.
2 Elementos do Sistema de Gestão de SSO
2.1 Política de SSO
a) auditorias internas;
b) analise crítica sobre a segurança do trabalho;
c) realização das medições de desempenho;
d) comunicação entre os colaboradores e a organização;
2.2 Planejamento
2.2.1 Identificação de perigos e avaliação e controle de riscos
a) identificação continua de perigos usando What-If;
b) identificação dos riscos atravéz de APR;
c) implementação das medidas de controle com Check-List;
d) a ação sobre os riscos e perigos deve ser proativa e não reativa;

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e) classificação de riscos usando o mapa de riscos e realizar a eliminação ou controle


através de medidas especificadas na APR;
2.2.2 Documentação do programa de gestão da SSO
a) atribuição de responsabilidade e autoridade em cada função e nível de função;
b) os meios e o prazo dentro do qual os objetivos devem ser atingidos;
c) deve ser analisado criticamente em intervalos planejados e regulares;
d) deve ser alterado, onde necessário, para atender às mudanças nas atividades,
serviços ou condições operacionais da organização.
2.3 Implementação e operação
2.3.1 Estrutura e responsabilidade
a) assegurar que os requisitos do Sistema de Gestão da SSO sejam estabelecidos;
b) assegurar que os relatórios sobre o desempenho sejam apresentados para análise
crítica, e sirvam de base para a melhoria do referido Sistema;
c) realizar check-list para a manutenção, operação e instalação do GMG;
2.3.2 Treinamento e qualificação
a) assegurar a importância da conformidade com a política e procedimentos de SSO;
b) assegurar sobre as consequências de SSO, reais ou potenciais, de suas atividades
de trabalho, e dos benefícios para sua segurança e saúde resultantes da melhoria;
c) assegurar conforme suas funções e responsabilidades em atingir a conformidade
com a política e procedimentos de SSO;
2.3.3 Consulta e comunicação entre os colaboradores
a) envolvimento no desenvolvimento e análise crítica das políticas e procedimentos
para a gestão de riscos;
b) consultar quando existirem quaisquer mudanças que afetem sua segurança e saúde
no local de trabalho;
2.3.4 Organização da documentação
a) estabelecer e manter as informações, em papel ou em meio eletrônico;
b) descrever os principais elementos do sistema de gestão e a interação entre eles;
c) fornecer orientação sobre a documentação relacionada;
2.3.5 Controle de documentos e de dados
a) para que possam ser localizados facilmente;
b) sejam periodicamente analisados, revisados quando necessário e aprovados,
quanto à sua adequação, por pessoal autorizado;
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c) as versões atualizadas dos documentos e dados estejam disponíveis em todos os


locais onde são executadas operações essenciais ao efetivo funcionamento do
Sistema de Gestão;
d) documentos e dados obsoletos sejam prontamente removidos de todos os pontos;
e) documentos e dados arquivados, retidos por motivos legais e/ou para preservação
de conhecimento, sejam adequadamente identificados;
2.3.6 Controle operacional em planejar atividades de manutenção
a) do estabelecimento e manutenção de procedimentos documentados, para abranger
situações onde sua ausência possa acarretar desvios em relação à política de SSO
e aos objetivos;
b) da estipulação de critérios operacionais nos procedimentos;
c) do estabelecimento e manutenção de procedimentos relativos aos riscos
identificados de SSO, de bens, equipamentos e serviços;
d) da comunicação dos procedimentos e requisitos pertinentes a serem atendidos por
fornecedores e contratados;
e) de procedimentos para o projeto de locais de trabalho, processos, instalações,
equipamentos, procedimentos operacionais e organização do trabalho, incluindo
suas adaptações às capacidades humanas, de forma a eliminar ou reduzir os riscos;
2.3.7 Preparação e atendimento a emergências
a) A organização deve estabelecer e manter planos e procedimentos para identificar
o potencial e atender a incidentes e situações de emergência, bem como para
prevenir e reduzir as possíveis doenças e lesões que possam estar associadas a
eles;
b) A organização deve analisar criticamente seus planos e procedimentos de
preparação e atendimento a emergências, em particular após a ocorrência de
incidentes ou situações de emergência;
c) A organização deve também testar periodicamente tais procedimentos;
2.4 Verificação e ação corretiva
2.4.1 Monitoramento e medição do desempenho
a) assegurar medições qualitativas e quantitativas, apropriadas às necessidades;
b) assegurar monitoramento do grau de atendimento aos objetivos de SSO da
organização;

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c) assegurar medidas pró-ativas de desempenho que monitorem a conformidade com


os requisitos do programa de gestão, com critérios operacionais e seguindo a
legislação;
d) assegurar medidas reativas de desempenho para monitorar acidentes, doenças,
incidentes e outras evidências de deficiências no desempenho da SSO;
e) assegurar o registro de dados e resultados do monitoramento e medição,
suficientes para facilitar a análise da ação corretiva e preventiva;
2.4.2 Registro de acidentes, incidentes, não-conformidades, ações corretivas e/ou
preventivas
a) tratar e investigar: acidentes, incidentes e não-conformidades;
b) adotar medidas para reduzir consequências oriundas de acidentes, incidentes ou
não-conformidades;
c) iniciar e concluir ações corretivas e preventivas;
d) confirmar a eficácia das ações corretivas e preventivas adotadas;
e) todas as ações corretivas e preventivas propostas devem ser analisadas
criticamente durante o processo de avaliação de riscos, antes da implementação;
2.4.3 Controle de registros
a) os registros de SSO deve ser legíveis e identificáveis, permitindo rastrear as
atividades envolvidas;
b) os registros devem ser arquivados e mantidos de forma a permitir sua pronta
recuperação, sendo protegidos contra avarias, deterioração ou perda;
c) o período de retenção dos registros deve ser estabelecido e registrado;
2.4.4 Auditorias
a) está em conformidade com as disposições planejadas para a gestão da SSO,
inclusive os requisitos desta especificação OHSAS;
b) foi devidamente implementado e está sendo mantido; e
c) é eficaz no atendimento à política e aos objetivos da organização;
d) analisar criticamente os resultados de auditorias anteriores;
e) fornecer à administração informações sobre os resultados das auditorias.

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5.3.2 Entendimento e Ciclo da Melhoria Contínua PDCA

Dentro da organização deve haver um sistema capaz de desenvolver a melhoria


contínua nas questões que envolvem a segurança e a saúde de funcionários. Todas as
melhorias de análises de riscos e serviços envolvendo geradores devem ser registradas e
sobrepor as análises anteriores para que não seja cometido equívocos por falta de
armazenamento e comunicação por este sistema.
A norma OHSAS 18001 estabelece os requisitos para um Sistema de Gestão de
Segurança e Saúde no Trabalho, por meio de uma politica com objetivos e monitoramento do
desempenho. A OHSAS 18001, e uma norma de caráter preventivo que visa a redução e
controle dos riscos no ambiente de trabalho, seguindo a abordagem PDCA – Planejar,
Executar, Controlar e Agir (OHSAS 18.001, 1999).
Para melhor compreender o sistema PDCA de melhoria contínua, foi desenvolvido
um plano com a identificação dos itens principais envolvendo equipamentos de geração de
energia elétrica a diesel. A manutenção, instalação e operação destas máquinas devem ser
observadas e seguidas as metodologias descritas para evitar os riscos na segurança e saúde das
pessoas envolvidas no trabalho. Na Figura 11 abaixo segue o procedimento das melhorias
continuas.

Figura 11: PDCA do gerenciamento de riscos do grupo gerador

Fonte: Autoria própria.


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5.3.3 Check-List na Instalação, Operação e Manutenção

A elaboração do procedimento de Check-List para gerenciar os riscos nas atividades


com geradores a diesel tem a finalidade de facilitar a identificação dos riscos possíveis que
contribuem para o mal funcionamento do equipamento gerador e de acidentes. Com isso, é
fácil realizar as modificações necessárias desde a instalação até a manutenção do
equipamento, reduzindo o tempo e custos. Este Check-List se torna um importante documento
de avaliação de medidas preventivas contra acidentes.
No Anexo D pode ser visualizado a planilha do Check-List de instalação do grupo
motor gerador. Esta deve ser preenchida no canteiro de obras, iniciando com o
descarregamento dos equipamentos, a possibilidade de acesso do caminhão munck até o local
onde será instalada a subestação geradora de energia, elaboração das zonas de riscos,
delimitação da área. Também é identificado a localização da subestação, se ela está em local
adequado sem causar insegurança às pessoas, trabalhadores e prédios próximos, além disso,
instalação de todas as placas de informações com identificação dos riscos conforme a norma
recomenda e o extintor de incêndio.
No Anexo E pode ser visualizado a planilha do Check-List de operação do grupo
motor gerador. Esta deve ser preenchida no canteiro de obras quando está em faze de testes e
na conclusão destas. Os itens a serem preenchidos são para identificar possíveis falhas no
sistema, com isso, deverá ser observada a carga a ser alimentada pelo gerador, os riscos de
contato para evitar choques, a possibilidade de instalação de equipamentos de proteção, a
possibilidade de falhas com parâmetros incorretos na operação e inclusive se os operadores
receberam treinamento adequado pela empresa que vendeu o produto.
No Anexo F pode ser visualizado a planilha do Check-List de manutenção do grupo
motor gerador. Esta deve ser preenchida quando o equipamento já está em operação. Os itens
a serem preenchidos são exclusivos do equipamento de geração e devem ser observados os
períodos para uma vistoria ou manutenção preventiva. Na vistoria deverá ser verificado se
existe vazamentos, trocas de óleo, lubrificação de alguns componentes mecânicos, nível de
óleo, pressão, drenagem na parte de lubrificação e de combustível. Na questão do
arrefecimento é verificado o nível do líquido, trocas do filtro e pressão.

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6 CONCLUSÃO

O sistema de gestão para o gerenciamento de riscos envolvendo máquinas geradoras


pode ser aplicado de forma a reduzir os riscos de acidentes, contenção ou minimização dos
agentes envolvidos no trabalho com este equipamento.
A análise preliminar de riscos tem um papel importante em identificar todos os riscos
envolvidos e com isso poderá encontrar a solução para possíveis perigos, além de montar o
mapa de riscos. Todos os trabalhadores que operam geradores de energia a óleo diesel devem
seguir protocolos, com isso, deverá haver um controle de pessoas e processos com a
finalidade de identificar falhas no decorrer das atividades, ou antes, de inicia-las.
O gerenciamento de segurança visa entender e aprofundar mais os conhecimentos
sobre gestão de segurança envolvendo riscos a saúde de funcionários através de analises e
metodologias de investigação como o APR e o What-If, que através de um questionamento,
pode-se encontrar possíveis riscos no processo de operação, instalação e manutenção de
grupos geradores. Por fim, foi elaborado um Check-List para as operações de instalação,
operação e manutenção de geradores com a finalidade de listar itens fundamentais para
manter a segurança de operadores e evitar desgastes, defeitos no equipamento instalado, desta
forma reduz a possibilidade de acidentes.
A metodologia de gerenciamento é abrangente e precisa de todos os processos,
procedimentos e políticas de segurança conforme o padrão OHSAS 18.001, que serviu de
base neste estudo envolvendo geradores. Para trabalhos futuros, uma sugestão será o
desenvolvimento de tabelas, gráficos e programas envolvendo o gerenciamento dos riscos
encontrados neste trabalho. A política de segurança engloba uma ampla plataforma de
quesitos, que são fundamentais para gestar os riscos usando a plataforma de modelagem
desenvolvida, sem esquecer da melhoria continua PDCA que deverá ser empregado também
para todos os processos citados.
Com tudo, todos os objetivos foram atingidos no presente trabalho, incluindo o
alcance de nível quatro de gerenciamento dos riscos. Isto ocorreu devido à pirâmide de
gerenciamento englobar desde a base com o mapa de riscos, a definição da metodologia de
verificação de riscos e perigos até o maior nível que engloba a modelagem de gerenciamento
citado no último capítulo.

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7 REFERÊNCIAS

ALTERNADORES WEG. Foto de alternador Weg. Disponível em:


<https://www.google.com.br/search?newwindow=1&hl=ptBR&biw=1366&bih=641&site=im
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e


documentação – citações em documentos – apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 7 p.

DSE 7310/20. Esquema de ligação do módulo controlador para grupo gerador.


Disponível em: <http://www.broadcrown.com.cn/res/upload/docs//ProductOption%5CA%
5C14e1da9b-03b7408b-ba52-e860a7a9cf92.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2015.

GALDINO, Jean Carlos da Silva. Manutenção de ferrovias. Disciplina; Grupo Motor


Gerador. ed. IFF. 2011. Disponível em: <http://www3.ifrn.edu.br/~jeangaldino/dokuwiki/lib/
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GRASSI, Alcindo; BATEZINI, Eunires da Silva; UNIJUÍ. Biblioteca Universitária.


Metodologia da pesquisa. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 2003. 43 p. (Coleção cadernos UNIJUÍ. Série
educação, 28).

GRUPOS GERADORES DIESEL. Foto gerador Stemac. Disponível em:


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NOTÍCIA. Empresário morre no PI ao tentar ligar gerador em sua empresa. Disponível


em:<http://www.saraivareporter.com/index.php?option=com_content&view=article&id=1035
6:empresario-morre-no-pi-ao-tentar-ligar-gerador-em-sua-empresa-apos-faltar-energia-
&catid= 39:quentinhas&Itemid=57>. Acesso em: 3 jun. 2015.

NOTÍCIA. Explosão de gerador deixa um morto no prédio do esporte. Disponível em:


<http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/explosao-de-gerador-deixa-um-morto-
no-predio-do-ministerio-do-esporte-27gviugrfs9fqgqggjt3sb1am>. Acesso em: 3 jun. 2015.

NOTÍCIA. Gerador de energia a óleo diesel pega fogo em camboinhas, Niterói.


Disponível em: <http://www.desabafosniteroienses.com.br/2011/09/gerador-de-energia-oleo-
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NOTÍCIA. Gerador de energia explode e atinge funcionário de empresa na Serra.


Disponível em: <http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2014/10/noticias/cidades/
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Acesso em: 3 jun. 2015.

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NOTÍCIA. Resumo de acidente analisado inspeção nº: 108116298. Disponível em:


<http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A48EC2EA40149E840D7267653/Morte%20e%
20acidente%20grave%20em%20raz%C3%A3o%20de%20explos%C3%A3o%20em%20gera
dor%20durante%20acionamento.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2015.

NOTÍCIA. Tabatinga sem luz durante 2h após explosão de gerador da Eletrobras.


Disponível em: <http://acritica.uol.com.br/noticias/Gerador-Eletrobras_Amazonas_ Energia-
explode-moradores-Tabatinga-sem-fornecimento-energia-eletrica-apagao-
amazonas_0_1324667531.html>. Acesso em: 3 jun. 2015.

OHSAS 18.001: Sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional – publicação


OHSAS entrada em vigor em 15 de abril de 1999.

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. NR – 11: transporte, movimentação,


armazenagem e manuseio de materiais – segurança e medicina do trabalho. – 15 ed. atual. São
Paulo, 2015. 162 p.

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. NR – 12: máquinas e equipamentos –


segurança e medicina do trabalho. – 15 ed. atual. São Paulo, 2015. 168 p.

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. NR – 15: atividades e operações insalubres


– segurança e medicina do trabalho. – 15 ed. atual. São Paulo, 2015. 286 p.

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. NR – 16: atividades e operações perigosas


– segurança e medicina do trabalho. – 15 ed. atual. São Paulo, 2015. 370 p.

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. NR – 17: ergonomia – segurança e


medicina do trabalho. – 15 ed. atual. São Paulo, 2015. 383 p.

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. NR – 20: líquidos combustíveis e


inflamáveis – segurança e medicina do trabalho. – 15 ed. atual. São Paulo, 2015. 487 p.

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. NR – 6: equipamento de proteção


individual-EPI – segurança e medicina do trabalho. – 15 ed. atual. São Paulo, 2015. 118 p.

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO: Obra coletiva da editora Saraiva com a


colaboração de Luiz Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoleti – 15 ed. atual. São
Paulo, 2015.

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ANEXOS

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ANEXO A – Folha de Dados Alternador Síncrono

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ANEXO B – Inspeção de Acidente com Gerador

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ANEXO C – Esquema de Ligação do Módulo DSE-7310

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ANEXO D – Check-list de Instalação

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ANEXO E – Check-list de Operação

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ANEXO F – Check-list de Manutenção

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