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Psicologia Social e Corporeidade Negra Ensiao Teórico.
Psicologia Social e Corporeidade Negra Ensiao Teórico.
ENSAIO TEÓRICO
Feira de Santana
2021
CORPOREIDADE NEGRA: diálogos possíveis com a Psicologia
social1.
Introdução
1
Ensaio científico apresentado no Centro Universitário de Ensino Superior UNIFAN, no Curso de
Psicologia. Na disciplina de Psicologia Social. Como pré-requisito avaliativo do primeiro trimestre.
representante da luta de minorias brutalmente assassinada e a viver chacotas
de políticos e do setor judiciário. Todas essas situações nos permite
compreender como o tema de preconceito racial assim como os corpos negros
ainda incomoda a nossa sociedade de caráter clientelista, paternalistas e
cordial como revela grandes historiadores.
Esse homem cordial, conceito desenvolvido pelo historiador brasileiro
Sérgio Buarque de Holanda em seu livro Raízes do Brasil, nos revela o
nascimento do jeitinho brasileiro e como relações paternalista favoreceram os
grupos sociais mais privilegiados da sociedade brasileira. O Historiador
Raimundo Faro no revela como nasce no Brasil e se faz bem atual o
nascimento do paternalismo, clientelismo e patrimonialismo em sua grande
obra Os donos do Poder. No qual as elites e políticos tem a grande dificuldade
em separa o que é público do privado.
E muitas vezes usa o público como se fosse privado. Talvez isso nos
permita entender o grande desafios de governantes ter dificuldades em pensar
em um coletivo e classes sociais menores, por considerarem que essas não
tem direitos o não são merecedoras ao acesso a uma boa educação e políticas
públicas. Talvez isso também possa explica o fato da justiça e sua dificuldade
de punir muitas vezes seus pares em nome de uma minoria. Talvez pelo fato
dessa justiça ser ocupada por classes mais privilegiadas, e a mesma também
ocuparem os espaços de poderes no setor político, econômico e jurídico.
Essa teia se mostra muito complexa e entranhada por uma estruturação
de poderes bem fortalecidos e sustentáveis do domínio dos dominantes sobre
os dominados. Em meio a isso está presente os corpos de homens e mulheres
negras a sofrerem impactos de uma sociedade moderna, encrustada por
práticas e discursos arcaicos de preconceito e desigualdade. Como nos diz
Souza (2014) nossos discursos atuais tem resquícios e conceituações
advindas dos tempos coloniais, no qual era preciso se justificar a escravidão e
a submissão de um povo sobre o outro.
Como afirma Lima (2013) “é consenso na atualidade que existe
preconceito racial no Brasil e que importante entendê-lo para combate-lo”
p.590. O mesmo autor nos revela também como é recente na psicologia
nacional o estudos sobre o preconceito, pois é somente a partir da década de
noventa que a psicologia no Brasil se detém concretamente sobre essa
temática. Pensando sobre isso e nesse contexto poder discutir a corporeidade
como um objeto de estudo da psicologia social é completamente atual e
importante, para desvelar e compreender a sociedade brasileira, como também
comportamentos e estruturas sociais de grupos sociais, seguindo esse
caminho, esse ensaio vai aprofundar essa relação e nos permitir compreender
como a corporeidade pode ser tratada como um objeto de estudo.
A CORPOREIDADE NEGRA
Considerações finais
Referências
FAORO, Raymundo. 2008b. Os donos do poder: formação do patronato político
brasileiro. 4. ed. São Paulo: Globo.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das
Letras, 1999.
MYERS, David G. Psicologia Social. Porto Alegre: Porto Alegre: AMGH, 2014.
Cap 1