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A origem do Livro de Kells é geralmente associada ao scriptorium do mosteiro fundado por volta de
561 por São Columba, em Iona, uma ilha na costa oeste da Escócia. Em 806, depois de um ataque
Viking à ilha, os monges columbanos teriam refugiado-se em um novo mosteiro em Kells, no
condado de Meath. Foi possivelmente por volta do ano 800 da nossa era que o Livro de Kells foi
elaborado, embora até hoje não haja nenhuma maneira de saber, com total certeza, se o livro foi
produzido totalmente em Iona ou em Kells, ou parcialmente em cada uma das localidades.
A caligrafia do Livro de Kells, em maiúsculas insulares, parece ser obra de ao menos três escribas
diferentes. As letras são desenhadas com tinta ferrogálica e as cores usadas derivam de uma amplo
leque de substâncias, algumas importadas de terras distantes. As páginas de texto são animadas
com iniciais decoradas e com miniaturas nas entrelinhas, e uma elaboradíssima ornamentação
cobre inteiramente alguns dos fólios. Abaixo, seguem versões digitais de páginas do manuscrito
original.
Folio 182 verso: Página de texto, Folio 183 recto: Início do relato da Crucificação em Marcos (15:
24).
Imagem de uma edição fac-simile do Livro de Kells, disponível em:
http://www.faksimile.de/werk/Book_of_Kells.php?we_objectID=17
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.Folio 5 recto: Uma das páginas dedicadas aos Cânones de Eusébio, um sistema de divisão dos
quatro Evangelhos em uso na Tardo-Antiguidade e na chamada Idade Média
Folio 27 verso: Os símbolos dos Quatro Evangelistas; em sentido horário, o homem (Mateus), o leão
(Marcos), a águia (João) e o touro (Lucas)
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Folio 34 recto: Página do Chi Rho Iota, primeiras letras de ΧΡΙΣΤΟΣ,
nome de Cristo em grego. Introduz o relato de Mateus sobre a Natividade
Folio 308 verso: O discurso de Jesus sobre o 'pão da vida' no Evangelho de João (6: 28 sg.)
Arthur Valle
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