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Testamento
Manuscritos do Novo Testamento Grego em letras maiúsculas (ou unciais) são
manuscritos em caracteres maiúsculos, escritos em velino e pergaminho, entre o século
III e o século XI. Existem cerca de 322 Unciais.[1]
Unciais 046-0320
Lista de minúsculos do Novo Testamento
Um Novo Testamento minúsculo é uma cópia de uma porção do Novo
Testamento escrito em grego cursivo (desenvolvido do Uncial).[1][2] Muitos dos minúsculos
foram escritos em pergaminhos. Papel foi usado desde o século XII.
Lista
Lista manuscritos]
Manuscritos em amarelo foram encontrados entre os Papiros de
Oxirrinco
Manuscritos em azul foram encontrados entre os Papiros de Bodmer
Manuscritos em vermelho foram encontrados entre os Chester Beatty
Papyri
Códex Sinaiticus
Descrição
Texto do códice
Trecho de I João 5:7-8, conhecido como Comma Johanneum.
TEXTO DO CODICE
A parte do códice que está preservada na Biblioteca Britânica consiste em 346 fólios e
mais uma metade, um total de 694 páginas (38,1 cm x 34,5 cm), mais da metade do texto
original. Destes fólios, 199 pertencem ao Antigo Testamento (incluindo os livros
deuterocanônicos), e as restantes, ao Novo Testamento e mais dois outros livros (Epístola
de Barnabé e O Pastor de Hermas). Os deuterocanônicos presentes são II
Esdras, Tobias, Judite, I e II Macabeus, Sabedoria e Siraque (ou "Eclesiástico").[16][17] Os
livros do Novo Testamento estão organizados na seguinte ordem: os quatro evangelhos,
as epístolas paulinas (com Hebreus depois de II Tessalonicenses), Atos dos Apóstolos[nota
2], as epístolas católicas e o Apocalipse. O fato de algumas partes do códice estarem
preservadas em boas condições e outras em condições ruins indica que elas foram
armazenadas em locais distintos durante sua história.[18]
Conteúdo
O texto do Antigo Testamento contém as seguintes passagens[19][20]:
Mateus 6:13: "ὅτι σοῦ ἐστιν ἡ βασιλεία καὶ ἡ δύναμις καὶ ἡ δόξα εἰς τοὺς αἰῶνας.
ἀμήν" ("Pois teu é o reino o poder e a glória para sempre. Amém").[23]
Mateus 15:6: "η την μητερα (αυτου)" ("nem a sua mãe").[24]
Mateus 20:23: "και το βαπτισμα ο εγω βαπτιζομαι βαπτισθησεσθε" ("e seja batizado
com o batismo com que eu fui batizado").[25]
Mateus 23:35: "υιου βαραχιου" ("filho de Baraquias") - esta omissão só acontece
no 59 (pelo primeiro escriba), três lecionários (ℓ 6, ℓ 13 e ℓ 185) e Eusébio.[26]
Marcos 1:1: "υιου θεου" ("Filho de Deus").[27]
Marcos 10:7: "και προσκολληθησεται προς την γυναικα αυτου" ("e se juntará a sua
esposa"), um texto similar a Codex Vaticanus Graecus 1209, Codex Athous
Lavrensis, 892 e ℓ 48, syrs, goth.[28]
Lucas 9:55b-56a: "καὶ εἶπεν, Οὐκ οἴδατε ποίου πνεύματος ἐστὲ ὑμεῖς; ὁ γὰρ υἱὸς τοῦ
ἀνθρώπου οὐκ ἦλθεν ψυχὰς ἀνθρώπων ἀπολέσαι ἀλλὰ σῶσαι" ("e Ele disse: Vós não
sabeis de que tipo de espírito sois feitos; pois o Filho do homem não veio para
destruir as vidas das homens, mas para salvá-las"), um trecho omitido também
em P45, P75, B, C, L, Θ, Ξ, 33, 700, 892, 1241 syr, copbo.[29]
João 4:9: "ου γαρ συνχρωνται Ιουδαιοι Σαμαριταις" ("Os judeus não se
comunicam com os samaritanos"), uma das ditas falsas interpolações
ocidentais; trecho omitido também em D, a, b, d, e, j, copfay, ele foi suprido pelo
primeiro corretor, ainda no scriptorium.[30]
Passagens marcadas para exclusão por um dos corretores
Mateus 24:36: o primeiro corretor marcou a frase "ουδε ο υιος" ("nem o Filho")
como duvidosa, mas o segundo corretor removeu a marca.[31]
Marcos 10:40: "ητοιμασται υπο του πατρος μου" (e não "ητοιμασται"). O primeiro
marcou a frase "υπο του πατρος μου" como duvidosa, mas o segundo removeu a
marca.[32]
Lucas 11:4: A frase "ἀλλὰ ῥῦσαι ἡμᾶς ἀπὸ τοῦ πονηροῦ" ("mas livrai-nos do mal")
foi marcada como duvidosa pelo primeiro corretor, mas o segundo removeu a
marca.[33]
Lucas 22:43-44: o trecho conhecido como "Agonia no Horto" foi incluída pelo
escriba original e marcada como duvidosa pelo primeiro corretor. O terceiro
corretor removeu a marca.[34]
Luke 23:34a: o trecho "Disse Jesus: Pai, perdoa-lhes; pois não sabem o que
fazem" foi marcada como duvidosa pelo primeiro corretor, mas a marca foi
removida pelo terceiro.[35]
Estas omissões são típicas dos texto-tipo alexandrino.[36]
Interpolações
Mateus 8:13 (veja Lucas 7:10)
Neste trecho há uma frase adicional, "καὶ ὑποστρέψας ὁ ἑκατόνταρχος εἰς τὸν οἶκον
αὐτοῦ ἐν αὐτῇ τῇ ὦρᾳ εὗρεν τὸν παῖδα ὑγιαίνοντα" ("e quando o centurião retornou
para casa naquela hora, encontrou o escravo curado"), como também acontece
nos códices C, (N), Θ, 0250, f1 (33, 1241), g1, syrh.[37]
Mateus 10:12 (veja Lucas 10:5)
Lê-se "λέγοντες εἰρήνη τῷ οἴκῳ τούτῳ" ("Paz seja nesta casa") depois de "αυτην". A
frase foi excluída pelo primeiro corretor, mas o segundo a refez. Esta mesma
leitura aparece em: D, Le, W, Θ, manuscritos f 1, 22, 1010 (1424), it, vgcl.[38][39]
Mateus 27:49 (veja João 19:34)
Neste trecho há uma frase adicional, "ἄλλος δὲ λαβὼν λόγχην ἔνυξεν αὐτοῦ τὴν
πλευράν, καὶ ἐξῆλθεν ὕδορ καὶ αἷμα" ("outro tomou a lança e perfurou seu lado e
imediatamente escorreram água e sangue"), o que também ocorre em vários
outros manuscritos do texto-tipo alexandrino.[40]
Mateus 13:54: a frase comum "εις την πατριδα αυτου" ("à sua terra") foi alterada para
"εις την αντιπατριδα αυτου" ("à sua Antipátrida"). Esta variante não existe em nenhum
outro manuscrito e, assim como uma outra em Atos 8:5 (vide abaixo), parece ter sido
obra de um único escriba. Segundo T. C. Skeat, as duas alterações sugerem que
a Cesareiateria sido o local onde o manuscrito original foi feito.[43]
Mateus 16:12: nesta passagem aparece "της ζυμης των αρτων των Φαρισαιων και
Σαδδουκαιων" ("fermento dos pães dos fariseus e saduceus"), uma leitura diferente de
"..do fermento dos pães, mas sim da doutrina dos fariseus e dos saduceus", uma
leitura apoiada apenas pelo ff1 e em syrc.
João 1:28: p segundo corretor criou uma variante textual única, "Βηθαραβα"", que
aparece no Minúsculo 892, syrh e em vários outros manuscritos.[45]
João 1:34: lê-se "ὁ ἐκλεκτός" ("o escolhido"), como nos manuscritos 5,
106, b, e, ff2, syrc e em syrs, ao invés de apenas "υἱος" ("filho").
João 2:3: onde normalmente se lê "Tendo acabado o vinho", aparece "E eles não
tinham vinho por que o vinho da festa de casamento havia acabado", uma leitura
apoiada por ae j).
João 6:10: lê-se "τρισχιλιοι" ("três mil") ao invés de "πεντακισχιλιοι" ("cinco mil"), uma
alteração feita pelo segundo corretor.[46]
Atos 8:5: lê-se "εις την πολιν της Καισαριας" ao invés de "εις την πολιν της Σαμαρειας",
uma troca de "Samaria" por "Cesareia". Esta variante não existe em nenhum outro
manuscrito e, assim como uma outra em Mateus 13:54 (vide acima), parece ter sido
obra de um único escriba. Segundo T. C. Skeat, as duas alterações sugerem que
a Cesareia teria sido o local onde o manuscrito original foi feito.[43]
Mosteiro de Santa Catarina, no monte Sinai (Egito), o local onde o manuscrito foi preservado até o
século XVIII.
Leitura ortodoxa
Em I João 5:6 há uma variante textual, "δι' ὕδατος καὶ αἵματος καὶ πνεύματος" ("por meio
de água e sangue e espírito"), que também ocorre no Codex
Alexandrinus, 104, 424c, 614, 1739c, 2412, 2495, ℓ 598m, syrh, copsa, copbo e
em Orígines.[52] Bart D. Ehrman afirma que esta variante é uma leitura corrompida
pelo grupo ortodoxo,[53] uma tese amplamente disputada no meio acadêmico.[54]
História do códice[
Primeiros anos
Proveniência
Pouco se sabe dos primeiros anos da história do manuscrito. Segundo Hort, ele foi escrito
no ocidente, provavelmente em Roma, como sugere a divisão dos capítulos nos Atos dos
Apóstolos, comum entre Sinaiticus e Vaticanus, que não aparece em nenhum outro
manuscrito grego mas é encontrada em vários manuscritos
da Vulgata latina.[63] Robinson refuta este argumento sugerindo que este sistema de
divisão dos capítulos foi introduzida na Vulgata pelo próprio Jerônimo como resultado de
seus estudos em Cesareia.[64] Segundo Kenyon, as formas das letras são egípcias e
aparecem em manuscritos egípcios mais antigos.[65] Gardthausen,[66] Ropes
e Jellicoe defendem, por isso, que ele teria sido escrito no Egito romano. Harris acredita
que o manuscrito veio da biblioteca de Pânfilo, em Cesareia[65] Streeter,[58] Skeat,
and Milne also believed that it was produced in Caesarea.[43]
Data do códice]
É consenso entre os estudiosos que o Codex Sinaiticus foi escrito no século IV. Ele não
pode ser anterior a 325 por conter os cânones eusebianos, uma data terminus post quem.
Já a data terminus ante quem é menos certa, mas, segundo Milne e Skeat, é improvável
que tenha sido muito depois de cerca de 360.[16] Segundo Tischendorf, o Codex
Sinaiticusera uma das cinquenta cópias da Bíblia encomendadas a Eusébio de
Cesareia pelo imperador romano Constantino depois de sua conversão ao
cristianismo.[67] Esta hipótese é apoiada por Pierre Batiffol.[68] Já Gregory e Skeat
acreditam que ela já estava em produção quando Constantino fez a encomenda, mas o
trabalho teve que ser suspenso para acomodar páginas de tamanho diferente.[43]
O escriba A copiou a maior parte dos livros históricos e os livros poéticos do Antigo
Testamento, quase todo o Novo Testamento e a Epístola de Barnabé.
O escriba B foi o responsável pelos livros proféticos e pelo Pastor de Hermas.
O escriba D escreveu os deuterocanônicos Tobias e Judite, a primeira metade de IV
Macabeus, os primeiros dois-terços dos Salmos e os primeiros cinco versículos
do Apocalipse.
O escriba B tinha problemas para soletrar as palavras e o escriba A é apenas um
pouco melhor; o melhor escriba era D.[71] Segundo Metzger, "o escriba A cometeu
alguns sérios erros incomuns".[60] Os escribas A e B geralmente utilizavam
as nomina sacra de forma abreviada (ΠΝΕΥΜΑ abreviado em todas as
ocorrências, ΚΥΡΙΟΣ em todas exceto duas) ao passo que D geralmente as
utilizava sem abreviar.[72] D fazia distinção entre os usos sagrado e laico
de ΚΥΡΙΟΣ[73] e seus principais erros foram as substituições de EI por I e de I por
EI em posições mediais, ambos os casos bastante comuns. A substituição de I por
um EI no início só se conhece neste caso e a troca de EI no final só ocorre na
palavra ΙΣΧΥΕΙ, na qual se confunde E com AI, uma ocorrência muito
rara.[71] No livro dos Salmos, este escriba escreveu 35 vezes ΔΑΥΕΙΔ ao invés
de ΔΑΥΙΔ; o escriba A normalmente utiliza a forma abreviada ΔΑΔ.[74] O escriba A
foi descrito como incorrendo "no pior tipo de erro fonético" e a confusão entre E e
AI ocorre em todos os casos.[71] Milne e Skeat caracterizaram o escriba B
como "descuidado e iletrado".[75] O texto dos escribas originais é atualmente
designado pelo siglum *א.[2]
Um estudo paleográfico realizado no Museu Britânico em 1938 descobriu que o
texto passou por diversas correções, as primeiras delas ainda
no scriptorium original.[60] O texto que eles introduziram são designados
pelo siglum אa.[76] Milne e Skeat notaram que a correção de I Macabeus foi feita
pelo escriba D e que o texto original é do escriba A.[77] O escriba D corrigiu sua
própria obra e a do escriba A, enquanto que este se limitou a corrigir seu próprio
trabalho.[78] No século VI ou VII, muitas alterações foram feitas (designadas
pelo siglum אb) — segundo colofão no final de Esdras e Ester, a fonte destas
alterações era "um manuscrito muito antigo que havia sido corrigido pelas mãos do
santo mártir Pânfilo"(martirizado em 309). Se for este o caso, o texto que começa
em I Samuel até o final de Ester seria a cópia original da "Hexapla" de Orígenes. A
partir deste colofão, deduziu-se que a correção teria sido feita em Cesareia no
século VI ou VII.[79] O abundante iotacismo, especialmente
do ditongo ει permanece não corrigido no texto atual.[80]
Descoberta
Descoberta do manuscrito
Konstantin von Tischendorf em 1870, o responsável por levar o manuscrito para São
Petersburgo em 1859.
Czar Alexandre II da Rússia em 1870, o patrocinador de Tischendorf.
“ ”
In questo monastero ritrovai una quantità grandissima di codici
membranacei... ve ne sono alcuni che mi sembravano anteriori al settimo
secolo, ed in ispecie una Bibbia in membrane bellissime, assai grandi,
sottili, e quadre, scritta in carattere rotondo e belissimo; conservano poi in
chiesa un Evangelistario greco in caractere d'oro rotondo, che dovrebbe
pur essere assai antico.
“ ”
Certos aspectos da negociação que levou à transferência do códice para o
czar estão abertos a uma interpretação que reflete de maneira adversa
sobre o candor e a boa-fé de Tischendorf para com os monges do
Mosteiro de Santa Catarina. Para um relato recente que pretende
desculpá-lo, veja o artigo de Erhard Lauch "Nichts gegen Tischendorf"
em "Bekenntnis zur Kirche: Festgabe für Ernst Sommerlath zum 70.
Geburtstag" (Berlin, c. 1961); para um relato que inclui um até aqui
desconhecido recibo dado por Tischendorf às autoridades do mosteiro
prometendo a devolução do manuscrito de São Petersburgo para a Santa
Confraternidade do Sinai assim que solicitado, veja Ihor Ševčenko, "New
Documents on Tischendorf and the Codex Sinaiticus", publicado no
periódico Scriptorium, xviii (1964), pp. 55–80.
— Bruce Metzger, The Text of the New Testament: Its Transmission, Corruption and Restoration[96].
Seja qual for a história de sua obtenção, o texto desta parte do códice foi publicado por
Tischendorf em 1862[97] e republicado em 4 volumes em 1869.[98] A publicação completa
só só ocorreu em 1911 (Novo Testamento) e em 1922 (Antigo Testamento), em ambos os
casos por Kirsopp Lake. Estas edições apresentaram o documento em tamanho original,
em preto-e-branco, "feitos a partir de negativos tirados em São Petersburgo por minha
esposa e por mim no verão de 1908".[99]
Preservação do manuscrito
Biblioteca Nacional Russa, a localização do manuscrito até 1933 e onde hoje ainda estão em alguns
fragmentos.
O Mosteiro de Santa Catarina é a localização original do manuscrito e onde hoje estão algumas
páginas.
Codex Alexandrinus
Codex Alexandrinus (códigos de referência: Londres, Brit. Libr. MS Royal 1. D. V-
VIII; Gregory-Aland nº A ou 02, [Soden δ 4]) é um manuscrito da Bíblia em grego koiné do
século V. Ele contém a maior parte da Septuaginta e o Novo Testamento.[1] É um dos
quatro grandes códices unciais. Juntamente com o Codex Sinaiticus e o Vaticanus, é um
dos mais antigos e mais completos manuscritos da Bíblia. Brian Walton designou-o com a
letra latina "A" em sua Bíblia poliglota em 1657[2] e esta referência foi mantida quando o
sistema foi padronizado por Wettstein em 1751,[3] o que colocou o Alexandrinus no topo da
lista de manuscritos bíblicos.[4]
Ele é originário da cidade de Alexandria, onde permaneceu algum tempo até ser comprado
pelo patriarca de ConstantinoplaCirilo Lucaris (m. 1638).[5] No século XVII ele foi
presenteado ao rei Carlos I da Inglaterra. Até a compra do Codex Sinaiticus, era o melhor
manuscrito da Bíblia grega no Reino Unido[nota 1] e os dois atualmente estão preservados
em vitrines da Galeria Ritblat do Museu Britânico.[7][8] Uma versão fotográfica do volume
do Novo Testamento está disponível no site da Biblioteca Britânica.[9] Como o texto deste
manuscrito é representativo de diferentes tradições, partes diferentes do códice tem
importâncias diferentes para a crítica textual [10].
Final de II Pedro e começo de I João no Codex Alexandrinus
Nome Alexandrinus
Sinal A
Data 400–440
Escrito grego
está
Tamanho 32 x 26 cm
Conteúdo
O códice atualmente consiste em 773 fólios em papel velino (630 no Antigo Testamento e
143 no Novo) agrupados em quartos (quatro folhas dobradas, o que resulta em 8 páginas)
e encadernado em quatro volumes (279 + 238 + 118 + 144 fólios respectivamente).[10]
O códice contém uma cópia quase completa da Septuaginta, incluindo
os deutercanônicos III e IV Macabeus, o Salmo 151 e o Livro de Odes com apenas dez
fólios faltando. A Epístola a Marcelino, atribuído a Atanásio de Alexandria, e o sumário
dos Salmos de Eusébio de Cesareia estão inseridos antes do Livro dos Salmos. O códice
contém quase todos os livros do Novo Testamento com 31 fólios perdidos (trecho de
Mateus 1:1 até Mateus 25:5). Além disso, o códice contém I Clemente (faltando 57:7-63) e
a homilia conhecida como II Clemente (até 12:5a), com cerca de 3 fólios faltando nestas
duas.[11][12]
Os livros do Antigo Testamento estão distribuídos da seguinte forma: Gênesis até II
Crônicas no volume 1, Oseias até IV Macabeus no segundo e Salmos até Siraque no
terceiro.[13] Os livros do Novo Testamento estão na seguinte ordem: Evangelhos, Atos dos
Apóstolos, epístolas católicas, epístolas paulinas (com Hebreus entre II Tessalonicensese I
Timóteo) e o Apocalipse. Há um apêndice marcado no índice que lista os Salmos de
Salomão e que provavelmente continha mais livros apócrifos/pseudoepígrafos, mas ele foi
arrancado e suas páginas se perderam.
Escribas
Erros e correções
No passado acreditava-se que este códice teria sido escrito de forma descuidada, com
muitos erros de transcrição, mas o número deles não é maior que o do Codex Sinaiticus e
nem o do Codex Vaticanus.[33]
A troca de vogais com sons similares é muito frequente neste manuscrito. As letras "N"
("nu") e "M" ("mu") também foram ocasionalmente confundidas e o encontro "ΓΓ" ("gama
gama") foi sempre trocado por "NΓ". Estas ocorrências apontam para o Egito[35] como
origem do manuscrito, mas esta hipótese não é universalmente aceita.[36] O texto também
está repleto de iotacismos, como a troca de "αὶ" por "ε", "εὶ" por "ὶ" e "η" por "ὶ", em
quantidade maior do que a encontrada em outros manuscritos da mesma época.[33]
Muitas correções foram feitas ao manuscritos, muitas delas pelo escriba original, mas a
maioria por corretores posteriores.[37] A forma corrigida do texto concorda com os
códices D, N, X, Y, Γ, Θ, Π, Σ, Φ e com a maioria dos minúsculos. Kenyon observou que
os Codex Alexandrinus foi "extensivamente corrigido, em alguns livros mais do que em
outros". No Pentateuco, sentenças inteiras foram apagadas e substituídas. Os livros de
Reis (I Reis e II Reis) foram os menos corrigidos.[38] No Apocalipse, apenas uma de suas
84 passagens singulares foram corrigidas, um contraste notável em relação ao Codex
Sinaiticus, no qual 120 de suas 201 passagens singulares foram corrigidas no século VII.
Colofão da Epístola de Judas.
Texto
Este códice apresenta um desafio aos estudiosos da crítica textual e a sua relação com
outros textos e famílias conhecidos ainda é tema de disputa. O texto grego do códice é
uma mistura de textos-tipo[1]: ele é representativo do texto-tipo bizantino nos evangelhos, o
mais antigo manuscrito deste tipo,[7] e do texto-tipo alexandrino nos demais livros do Novo
Testamento, com algumas leituras do texto-tipo ocidental. Kurt Aland classificou-o
na Categoria III para os evangelhos e na Categoria I para os demais livros.[1] Contudo, o
texto-tipo bizantino nos evangelhos apresenta várias características do texto-tipo
alexandrino e algumas afinidades com a Família Π. Soden associou o texto dos
evangelhos a esta família, mas anotou que ele não era um exemplo puro.[40] Segundo
Streeter, este é o mais antigo manuscrito grego a apresentar uma aproximação do que
seria o texto de Luciano, o Mártir, mas uma pequena parte das leituras parece ser
anterior.[41]
Com relação ao restante do Novo Testamento, o Alexandrinus é muito próximo
74
do Sinaiticus nas epístolas paulinas, ao texto de nos Atos dos Apóstolos e
74
também no , no corretor "c" do Codex Sinaiticus e em D, e não a variante
"Ἑλληνιστάς" ("helenistas"), presente em todos os demais manuscritos com exceção
do Sinaiticus (que traz "εὐαγγελιστάς", "evangelistas".[48] Em Atos 15:18 aparece a variante
Em Atos 20:28, lê-se "του κυριου" ("do Senhor") e não "του θεου" ("de Deus"), o que
acontece em 74,
C*, D, E, Ψ, 33, 36, 453, 945, 1739, 1891.[50]
Em Romanos 2:5, lê-se "ανταποδοσεως" ("recompensa") e não "αποκαλυψεως"
("revelação").[51] Em Romanos 8:1, lê-se "Ιησου κατα σαρκα περιπατουσιν" ("Jesus, que
caminha não de acordo com a carne"), como em Db, Ψ, 81, 629, 2127 e vg, e não apenas
"Ιησου" ("Jesus"), como em א, B, D*, G, 1739, 1881, itd, g, copsa, bo e eth. Os manuscritos
bizantinos apresentam a frase "Ιησου μη κατα σαρκα περιπατουσιν αλλα κατα πνευμα" ("Jesus,
que caminha não de acordo com a carne, mas com o Espírito").[52]
vg, cop, arm e eth. Nos demais, lê-se "τη νηστεια και τη προσευχη" ("jejum e oração") ou "τη
προσευχη και νηστεια" ("oração e jejum").[54]
Em Efésios 1:7 lê-se "χρηστοτητος" ("probidade" ou "bondade") e não "χαριτος" ("graça"),
uma variante suportada por 365 e copbo.[55] Em Efésios 4:14 lê-se "του διαβολου" ("da
controvérsia") e não "της πλανης" ("do erro").[56]
Em I Timóteo 3:16, o texto apresenta a variante "ὃς ἐφανερώθη" ("manifestado"), como
em א, D, Boernerianus, 33, 365, 442, 2127, ℓ 599, e não "θεός ἐφανερώθη" ("Deus
manifestado"), como em Sinaiticuse, A², C², Dc, K, L, P,
Ψ, 81, 104, 181, 326, 330, 436, 451, 614, 629, 630, 1241, 1739, 1877, 1881, 1962, 1984, 1
985, 2492, 2495 e nos manuscritos e lecionários bizantinos.[57][58]
Em Hebreus 13:21 lê-se "παντι εργω και λογω αγαθω" ("tudo que precisa para fazer o bem")
e não "παντι αγαθω" ("todo o bem").[59]
Em I João 5:6 aparece a variante "δι' ὕδατος καὶ αἵματος καὶ πνεύματος" ("por meio da água e
do sangue e do espírito") e não apenas "δι' ὕδατος καὶ αἵματο" ("por meio da água e do
sangue"), assim como em א, 104, 424c, 614, 1739c, 2412, 2495, ℓ 598m,
syrh, copsa, copbo e Orígenes.[60] Bart D. Ehrman identificou o trecho como uma uma leitura
ortodoxa errônea.[61]
Em Apocalipse 1:17 há uma variante única deste manuscrito na qual se lê "πρωτοτοκος"
("primogênito") ao invés de "πρωτος" ("o primeiro").[62]