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Copyright by Aephus
ISBN: 978-65-00-17994-1
Comissão Científica:
Profª Drª Ângela Moraes (UFG)
Prof. Dr.Luiz Signates (UFG e PUC_GO)
Edição: Apoio:
Sumário
134
TELENOVELAS ESPÍRITAS
Marcos Vinicius Meigre e Silva
179
CUBANA
Naile Braffo Conde
9.
IMAGINÁRIOS E IMAGENS EM
CIRCULAÇÃO NOS MUSEUS
ESPÍRITAS
João Damasio da Silva Neto1
1
Doutorando em Ciências da Comunicação na Universidade do Vale do Rio dos
Sinos (Unisinos) e mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Goiás
(UFG). Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Supe-
rior (Capes PROEX). Contato: joaodamasio16@gmail.com
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Resumo
Introdução
2
Mário Ramiro pesquisou sobre a estética das fotografias de espíritos no Brasil,
elaborando ele próprio uma farta iconografia sobre esse tema, diretamente
relacionada a alguns de seus trabalhos artísticos.
160 Ciência, Espiritismo e Sociedade - Coletânea 3
3
O conceito de midiatização é fortemente trabalhado no Programa de Pós-Gra-
duação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos
(PPGCC/Unisinos), constituindo uma linha de pesquisa em “Midiatização e Pro-
cessos Sociais”.
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4
Trata-se aqui da ideia patrística de economia, recuperada por Mondzain (2013,
p. 14) para o estudo do imaginário contemporâneo, como forma de acessar a “for-
ça especulativa e política” contida no ícone. Guardadas as proporções históricas
e contextuais da discussão da Igreja Católica, essa ideia é acionada no presente
estudo para reforçar uma perspectiva de análise sobre as imagens espíritas que as
perceba, não como meros artefatos em exposição, mas como ícones especulados
por relações simbólicas. Ou seja, o foco é perceber os imaginários, discursos, entes
e atores em jogo na iconografia dos museus espíritas. Mondzain chama essa econo-
mia do ícone de “iconicidade”.
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5
O iconoclasmo pode ser compreendido basicamente como a quebra de imagens.
A noção remete ao debate dos chamados Padres da Igreja, divididos entre iconó-
filos e iconoclastas. Apesar de descrever esse momento na história do Império
Bizantino, nos séculos VIII e IX d.C., trata-se de uma característica culturalmente
persistente.
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6
Consta em diário de campo, pela primeira vez, em visitação ao Museu Nacional
do Espiritismo (Munespi), em setembro de 2018, quando a voluntária do local
reagiu ao meu interesse pelo imaginário espírita. Essa mesma fala ou sentido de
recusa ao imaginário se repetiu em outras ocasiões e remete, certamente, à sua
compreensão como fantasia ou algo que se opõe à verdade – sendo este, justamen-
te, na compreensão desta pesquisa, um aspecto imaginado com relação às imagens
em exposição pelos museus espíritas.
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7
Vide as produções e disputas de sentidos que se instauram atualmente a partir
da retomada, com base em documentos musealizados, de antigas denúncias sobre
alterações em livros escritos por Allan Kardec, como “A Gênese” e “O céu e o
inferno”. Disponível em: https://www.folhaespirita.com.br/jornal/pesquisa-indi-
ca-adulteracao-em-o-ceu-e-o-inferno-de-kardec/#:~:text=Fruto%20de%20pes-
quisas%20em%20documentos,nas%20pesquisas%2C%20apresenta%20surpreen-
dentes%20descobertas. Acesso em 01 dez. 2020.
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Fragmentos imagéticos
REFERÊNCIAS