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AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO NEURO PSICOMOTOR EM CRIANÇAS

DE 1 A 2 ANOS NA PRÉ-ESCOLA.

¹MAKHOUL, Kelly Duarte Lima - Orientadora e professora do curso de Fisioterapia do Centro


Universitário do Triângulo UNITRI – Rua José Zacharias Junqueira, 221, Bairro Santa Maria, MG, Brasil -
kellyduatelima@hotmail.com

²VIEIRA, Cleirislene Fátima Brito - Acadêmica do curso de Fisioterapia do Centro Universitário do


Triângulo UNITRI – Rua Gumercindo Silva, 1438, Bairro Minas Gerais, MG, Brasil; (34) 9670-4869 –
crisfatimabv@hotmail.com

RESUMO

O desenvolvimento infantil é o resultado da interação entre fatores genéticos,


biológicos e ambientais. Os fatores biológicos podem influenciar o desenvolvimento a
curto e longo prazo. Por outro lado, intervenções realizadas no ambiente domiciliar e
escolar em cada fase do ciclo de vida da criança poderão definir diferentes
competências por toda sua vida. Acompanhar a criança nos dois primeiros anos de
vida extra-uterina é de fundamental importância, pois é nesta etapa que o organismo
mais cresce e amadurece, estando mais sujeito aos agravos. O objetivo do presente
estudo foi avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças de um a dois anos
saudáveis de ambos os sexos através da escala de Denver II. Foram avaliadas 18
crianças entre um e dois anos saudáveis, de ambos os sexos. Com relação à
avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor, o desempenho foi melhor no sexo
feminino, pois mesmo apresentando mais atrasos em devidas áreas do seu
desenvolvimento, foi encontrada uma criança com avanço em duas áreas da pesquisa
(linguagem e motor grosso) estando além do item correspondente à idade. O que não
se observa no sexo masculino. As crianças avaliadas apresentaram resultados
satisfatórios em seu desenvolvimento neuropsicomotor dentro dos padrões de
normalidades, com uma apresentação de maior habilidade na área motor fino e um
menor percentil de desenvolvimento na área da linguagem.

Palavras-chave: Criança, Teste de Denver II, NPM.


1 INTRODUÇÃO

O desenvolvimento infantil é o resultado da interação entre fatores genéticos,


biológicos e ambientais. Os fatores biológicos podem influenciar o desenvolvimento a
curto e longo prazo, uma vez que interferem na formação e maturação dos diversos
sistemas desde a fase gestacional. Por outro lado, intervenções realizadas no
ambiente domiciliar e escolar em cada fase do ciclo de vida da criança poderão definir
diferentes competências por toda sua vida. O desenvolvimento cognitivo da criança é
avaliado pela capacidade de compreensão de instruções, conceituação de palavras,
nomeação de figuras e habilidades pessoal-social (BRITO et al.,2011).

O crescimento se refere às mudanças de ordem quantitativa, no aumento da


estatura e do peso corporal da criança. O desenvolvimento, por sua vez, pode ser
definido como a capacidade do indivíduo de realizar função cada vez mais complexa
(BRAGA et al.,2011).

O crescimento e o desenvolvimento sofrem a influência de fatores intrínsecos


(geneticamente determinados) e extrínsecos (condições socioeconômicas), assim
como o ambiente em que a criança vive após o nascimento. Acompanhar a criança
nos dois primeiros anos de vida extra-uterina é de fundamental importância, pois é
nesta etapa que o organismo mais cresce e amadurece, estando mais sujeito aos
agravos (BRAGA et al.,2011).

De 1996 a 2006 o número de crianças de 0 a 3 anos de idade que frequentam


Centro Educacional passou de 7,4% para 15,5%, devido às transformações
socioeconômicas da população brasileira. O Centro Educacional são instituições que
atendem crianças na idade pré- escolar (zero - seis anos de idade), uma fase de
aquisição e aperfeiçoamento das habilidades motoras, adquirindo os modelos de
coordenação essenciais para posteriores performances habilidosas (BRAGA et
al.,2011).

Os Centros Educacionais são importantes para a estimulação do


desenvolvimento das crianças, sendo o ambiente escolar o principal estimulador
externo das novas habilidades, porém as limitações físicas e econômicas fazem com
que as creches públicas não atuem de forma ideal na atenção integral á essas
crianças (PEREIRA et al., 2012).

Cada criança apresentará seu padrão característico, mas deve exibir


manifestações de desenvolvimento características da idade em que ela se encontra.
Com sua evolução, há uma constante observação no crescimento das estruturas
somáticas e aumento das possibilidades individuais de agir sobre o ambiente (RAFAEL
et al., 2010).

As escalas utilizadas na avaliação do desenvolvimento, em sua maioria se


baseiam no amadurecimento que é percebido através da aquisição de novas
habilidades da criança ao longo do tempo, o qual pode ser observado e acompanhado,
porém não pode ser medido com a precisão desejável. Não existe uma medida
quantitativa para o desenvolvimento, porém podem-se especificar níveis e graus de
desenvolvimento em termos de amadurecimento (SOUZA et al.,2008).

A escala de Denver II é o teste de rastreamento de risco de desenvolvimento


infantil mais utilizado no Brasil. Este instrumento inclui avaliação de comportamento
social e pessoal, linguagem e habilidades motoras preconizadas como típicas do
desenvolvimento (BRITO et al.,2011).

A escala de Denver II que é uma triagem que verifica o atraso no


desenvolvimento da criança foi desenvolvida por William K. Frankenburg na
Universidade do Colorado no ano de 1967, para ser aplicada em crianças de zero até
seis anos de idade. Para este estudo está sendo utilizado o Escala de Denver II que
foi elaborado por profissionais da área de saúde, para que fizessem a triagem de
desenvolvimento em crianças de zero a seis anos. Ele é composto por 125 itens,
divididos nas áreas: pessoal-social, motor fino, linguagem e motor-grosso. Para alguns
itens pede-se que a criança realize determinadas tarefas, para outros se considera o
relato dos responsáveis (FRANKENBURG et al.,1992).

Denver II é um exame completo na avaliação e com aplicação rápida, que nos


permite detecção precoce dos desvios do desenvolvimento, a avaliação é baseada
em desempenho e relatórios apresentados nas quatro áreas de funcionamento. A
proposta do instrumento é identificar crianças que necessitam de encaminhamento
para serviços de estimulação precoce ou serviços especializados. É um instrumento
amplamente utilizado por profissionais da área da saúde (SOUZA et al., 2008).

Nas habilidades de linguagem, como nas outras áreas do desenvolvimento, as


crianças dependem das oportunidades oferecidas pelo ambiente para desenvolverem
plenamente a herança genética. A linguagem tem enorme importância na organização
de conduta e do desenvolvimento global da criança. Em sua função é possível
observar os seguintes usos: afetivo, lúdico, prático, representativo, e dialético
(MENDES et al.,2012).
O desenvolvimento motor se caracteriza pela realização de atividades cada vez
mais complexas no decorrer do crescimento do indivíduo, sendo dividido em
motricidade ampla e fino-adaptativa. A motricidade ampla corresponde à habilidade de
movimentação contra a gravidade, como por exemplo, pular e correr, e a motricidade
fina correspondem à habilidade de manipular objetos, como por exemplo, agarrar,
segurar e soltar voluntariamente um brinquedo (PEREIRA et al.,2012).

Pais têm matriculado prematuramente as crianças em Centro educacionais, em


um determinado tempo, proporcionando no desenvolvimento neuropsicomotor da
criança alterações significativas ou negativas. Este trabalho teve o propósito de avaliar
se as crianças que permanecem período integral em um Centro Educacional na cidade
de Uberlândia-MG. Estão se desenvolvendo de acordo com sua idade.

O objetivo do presente estudo foi avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor de


crianças saudáveis de um a dois anos na pré-escola, através da escala de Denver II.

2 METODOLOGIA

2.1 Casuística

Inicialmente a proposta foi composto por vinte crianças saudáveis de ambos os


sexos, de um a dois anos. Após autorização do responsável, a pesquisa foi realizada
em um Centro Educacional na cidade Uberlândia – MG, no período de agosto a
outubro de 2014.
A pesquisa foi realizada em um Centro Educacional na cidade Uberlândia –
MG onde estudam 60 crianças de um a quatro anos, sendo distribuídas por faixa
etária: um a dois anos com 20 crianças, dois a três anos com 20 crianças e três a
quatro anos com 20 crianças em salas separadas por idade.
Foi enviada uma solicitação para o diretor do Centro Educacional para
conhecimento da pesquisa para autorização da realização do estudo no local. Após a
autorização, os responsáveis receberam um termo de Consentimento Livre e
Esclarecido, onde observaram os dados sobre a pesquisa e os mesmos foram
informados como seria aplicada a Escala de Denver II.
2.2 Instrumento

O teste foi aplicado na sala de convivência da criança, individualizado feito de


forma lúdica, para que não ocorre se a dispersão da mesma, com supervisão da
cuidadora responsável, sendo baseadas na observação dos itens do Teste de Denver
II, para facilitar a aplicação do teste foi divido por sexo masculino e feminino.

Foi elaborada uma ficha de avaliação utilizada para anotar os dados coletados
pelo teste de Denver II. Na aplicação do teste, traça-se uma linha designada como
linha de idade que interceptas todas as provas que foram realizadas pela criança. A
idade foi calculada através da diferença entre a data da realização do exame e a data
de nascimento. Cada item ou prova é representado por um retângulo cujo limite
esquerdo corresponde ao percentil 25 (p25), ou seja, a idade em que 25% das
crianças, realizaram aquela prova e o direito o (p90), ou seja, a idade em que 90% das
crianças tiveram sucesso naquela prova.

3 RESULTADOS

No início da pesquisa foi proposta a avaliação de 20 crianças saudáveis de


ambos os sexos, de um a dois anos, porém somente 18 crianças foram avaliadas,
havendo duas ausências, uma criança foi transferida para o jardim II, pois segundo
as cuidadoras responsáveis a criança se apresentava nível avançada para sua
idade; enquanto que a segunda criança apresentou uma desistência desde o inicio do
ano sem demais justificativas, segundo a responsável pela instituição.
Na pesquisa foram avaliadas 18 crianças entre um e dois anos de idade, com
uma variação de um ano, um mês e 14 dias até dois anos, 10 meses e 28 dias.
Sendo sete do sexo masculino (38,9%) e 11 do sexo feminino (61,1%).

Áreas / Sexo /
Resultados / % Pessoal Social Motor fino Linguagem Motor Grosso
M % F % M % F % M % F % M % F %
Atraso 0 0,0% 2 11,1% 0 0,0% 1 5,5% 3 16,7% 1 5,5% 1 5,5% 0 0,0%
Normal 7 38,9% 9 50,0% 7 38,9% 10 55,6% 4 22,3% 9 50,0% 6 33,4% 10 55,6%
Avançado 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 1 5,5% 0 0,0% 1 5,5%
Risco 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Totais avaliadas 18 18 18 18

1. Figura – Distribuição de frequências de crianças do sexo masculino e feminino, de acordo com os resultados da Escala de
Denver II e resultados totais.
Observa-se na Figura 1, que das 18 crianças avaliadas nas quatro áreas do
desenvolvimento neuropsicomotor encontramos 62 resultados normais, oito resultados
de atrasos e dois resultados avançados de acordo com a escala de DENVER II.
Na área “pessoal social” foram encontrados 16 resultados normais 88,9% e dois
atrasos 11,1% sendo que destes ambos foram apresentados por crianças do sexo
feminino.
Na área “motor fino” foram obtidos 17 resultados normais 94,5% e um atraso
5,5% sendo este foi apresentado por uma criança do sexo feminino.
Na área “linguagem” foram obtidos 13 resultados normais 72,3%, quatro
atrasos sendo que três do sexo masculino 16,7% e um do sexo feminino 5,5%, já
nesta área obteve-se um resultado avançado 5,5% sendo apresentado por uma
criança do sexo feminino.
Na área “motor grosso” foram obtidos 16 resultados normais 88,9%, um atraso
sendo do sexo masculino 5,5%, já nesta área obteve-se um resultado avançado 5,5%
sendo apresentado por uma criança do sexo feminino.
Quanto ao sexo, o desempenho foi melhor no feminino, apesar de
apresentarem atrasos em três áreas do desenvolvimento na pesquisa, foi encontrada
uma criança com avanço em duas áreas da pesquisa “linguagem” e “motor grosso”
estando além do item correspondente à sua idade, o que não se observa no sexo
masculino, podem observar que no sexo masculino; obtiveram-se menos atrasos,
apresentando em apenas duas áreas “linguagem” e “motor grosso”, porém não
apresentaram itens avançados.
De acordo com o teste de Denver II aplicado, houve oito constatações de
atraso nas áreas da pesquisa, sendo duas na área “pessoal social”, uma na área
“motor fino”, quatro na área de “linguagem” e uma na área “motor grosso”. Uma das
crianças foi classificada como “avançado” em duas áreas da pesquisa, sendo na
área de “linguagem” e “motor grosso”. O restante foi classificado como “normal” nas
demais áreas da pesquisa.
Resultados da avaliação
94,5%
100,0% 88,9% 89,0%
90,0%
80,0% 72,3% Atraso
70,0% Normal
60,0% Avançado
50,0% Risco
40,0%
30,0% 22,2%
20,0% 11,1%
5,5% 5,5% 5,5% 5,5%
10,0%
0,0%
Pe ss oal s ocial M otor fino Linguage m M otor gross o

2. Figura – Resultados totais de todas as áreas da avaliação em porcentagem pela escala de Denver II.

Com relação à avaliação do desenvolvimento da criança, segundo a escala de


Denver II, todas as crianças apresentaram os testes avaliados como “aprovado”,
mesmo apresentando alguns itens com um determinado atraso, o que não fornece
um risco significativo para o desenvolvimento da criança; ou seja, as crianças
realizaram as atividades adequadas para a sua idade.

4 DISCUSSÃO

Segundo o estudo de FERNANI et al., (2011) o Teste de Denver II é um teste


de triagem muito utilizado para o acompanhamento do desenvolvimento em crianças
normais, mas é também frequentemente usado para triagem de desvios no
desenvolvimento, podendo acelerar o início da intervenção precoce e facilitar o
desenvolvimento futuro dessas crianças.
No presente estudo avaliou-se 18 crianças na faixa etária entre um a dois anos
de idade, sendo que as crianças foram divididas por sexo, 11 crianças do sexo
feminino e sete do sexo masculino.
Segundo REZENDE et al., (2005) em sua amostra foram avaliadas 30
crianças onde cada um dos itens avaliados foram classificados em: normal, cautela ou
atraso, esta avaliação ocorreu 3 vez em diferentes períodos com as mesmas crianças,
as habilidades da área de linguagem não apresentaram os mesmos resultados. De
qualquer modo frisou-se que é uma tentativa de demonstrar o quanto a supervisão do
desenvolvimento é uma ação de saúde importante, e deve ocorrer seja qual for o
ambiente em que a criança vive. Sabe-se que atualmente, em nosso país, são
pouquíssimas as instituições de educação infantil que fazem acompanhamento
sistematizado do desenvolvimento infantil.
No presente estudo quando comparados na área da linguagem, pode-se
observar que as crianças apresentaram os resultados muitos semelhantes em ambas
pesquisas tiveram resultados de atrasos, sendo três no sexo masculino e uma no sexo
feminino.
Uma possível explicação para o atraso na linguagem das crianças avaliadas
seriam a aquisição e domínio da linguagem e também, aos fatores sociais
relacionados à estimulação necessária para que os padrões linguísticos se
desenvolvam.
Segundo FERNANI et al., (2011) foi realizado um estudo em uma creche
inserida em escola municipal localizada na periferia da cidade de Presidente
Prudente, SP,. Foram avaliadas 17 crianças entre 10 e 30 meses de idade
cronológica, sendo 9 (52,95%) do sexo masculino e 8 (47,05%) do sexo feminino.
Com relação à avaliação da área “motor global” segundo o Teste de Denver II, todas
as crianças apresentaram os testes avaliados somente “aprovados”. De acordo com a
classificação da motricidade global do Teste de Denver, 47,05% obtiveram a
classificação “avançada” e 17,64% situaram-se no score “normal”.
No presente estudo as pesquisas foram semelhantes, pois no presente estudo
foram avaliadas 18 crianças de um Centro Educacional em Uberlândia, onde os
resultados na área motor grosso foi de 1 atraso no sexo masculino não realizando os
itens do teste como: não se equilibra-se em cada pé por 1 segundo , 1 avanço
no sexo feminino, os demais resultados apresentaram dentro da normalidade.
Inicialmente, acreditava-se que as mudanças no comportamento motor
refletiam diretamente as alterações maturacionais do sistema nervoso central. Hoje,
sabe-seque o processo de desenvolvimento ocorre de maneira dinâmica e é
suscetível a ser moldado a partir de inúmeros estímulos externos FERNANI et al.,
(2011).
Segundo o estudo de SANTOS et al., (2008), foi realizada uma avaliação com
crianças entre 10 e 30 meses, avaliando-se a área “motor global”, segundo o Teste
de Denver II, todas as crianças a apresentaram seus testes como ''aprovados”. Assim
como no presente estudo, também a área motora global, as crianças avaliadas
apresentarão seus testes como aprovado.
No estudo feito por SOUZA et al., (2008) o setor pessoal social apresentou
desempenho progressivo nos percentuais de acertos somente até os cinco anos, a
partir de então, não houve variações, podendo ser consequência de atividades jogos
existentes que não estão sendo estimuladas rotineiramente nas crianças de seus
estudos. Segundo os resultados da nossa pesquisa o sexo feminino foi classificado
duas crianças com atrasos na área pessoal social se apresentado uma criança que
não consegue vestir-se sozinha, não nomeia amigos e não lava e seca as mãos
sozinha; a outra criança não consegue lavar e secar a mão sozinha, não põe
roupas e não remove roupas sem ajuda. Quando comparado com o presente estudo,
na área do pessoal social, a avaliação feita em crianças de um a dois anos de idade,
mesmo que apresentando atrasos, os resultados foram satisfatórios, pois as crianças
mais tarde, possivelmente realizarão os itens do teste.
Já no avançado o sexo feminino foi melhor em duas áreas do seu
desenvolvimento, sendo elas: a área da linguagem e motor grosso. Para justificar o
avanço do desenvolvimento da criança no presente estudo podemos comparar com
os achados de SAMEROFF et al., (1975) que relacionam o desenvolvimento
humano com efeitos advindos da família, do meio ambiente e da sociedade.
Mesmo algumas crianças tendo apresentando determinadas áreas do seu
desenvolvimento com possíveis atrasos; isto não significa que ela não será capaz de
realizar as fases do seu desenvolvimento, podendo realizar a fase tardiamente. Assim
o item que foi pedido no teste, poderá ser efetuado, e que futuramente a criança
possa cumprir com o objetivo do teste.

5 CONCLUSÃO

As crianças avaliadas apresentaram resultados satisfatórios em seu


desenvolvimento neuropsicomotor dentro dos padrões de normalidades, com uma
apresentação de maior habilidade na área motor fino e um menor percentil de
desenvolvimento na área da linguagem, no momento da avaliação.
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