Você está na página 1de 4

Discente: Luana Beatriz Silva Sarmento

ATIVIDADES

Leia com atenção o cartum a seguir para responder às questões 1 e 2.

1. Descreva a situação apresentada no cartum.

No cartum há um paciente recebendo uma análise de seu médico, que não


apresenta-se tão confiante acerca das informações que apresenta.

2. Releia.
“Na primeira vez pensei que você tivesse outra coisa.”
a) Essa fala tem uma estrutura subordinada. Transcreva as orações que a compõem
e classifique-as.
Temos aqui um período composto com subordinação, na qual sua oração
subordinada apresenta a função de substantivo com relação ao seu
principal, deste modo torna a desempenhar a função sintática de objeto
direto sobre o verbo "pensar." 
Deste modo temos:
"Na primeira vez, pensei..." (oração principal)
"...que você tivesse outra coisa." (oração subordinada substantiva
objetiva direta)

b) O que essa fala do médico permite concluir sobre o primeiro diagnóstico feito por ele?
Normalmente, ao utilizar-se a expressão de que iremos buscar uma
"segunda opinião", transmite-se a ideia de que será realizado uma
segunda consulta, no caso, uma segunda avaliação ou análise de outro
médico. Todavia, nota-se no cartum um outro sentido aplicado, haja
vista que o próprio médico afirma já possuir uma segunda opinião por ter
pensado em outro diagnóstico anteriormente.
c) Qual é a relação entre a oração subordinada identificada por você e a conclusão que se pode tirar
da fala do médico?
A oração subordinada, identificada no trecho "...que você tivesse outra
coisa." aplica o humor ao cartum e conclui o desfecho do mesmo,
mostrando uma incerteza de um próprio médico que deveria estar mais
inteirado do assunto que um paciente leigo.

Leia com atenção a tira abaixo para responder às questões 3 e 4.

2. O que causa estranhamento na situação apresentada na tira?


O homem e a mulher apresentados na tira provavelmente não
pertencem à classe social das outras pessoas que estão no jantar.
Então, eles se sentem privilegiados só pelo fato de terem sido
convidados ("o importante é que fomos convidados"), mesmo que
não possam sentar à mesa com os outros, tendo que se alimentar
no chão, como um animal. Eles parecem não se importar com essa
situação.
4. Considerando o contexto em que ocorre, a fala da mulher é surpreendente. Por quê?
a) Essa fala é constituída por um período composto por subordinação. No caderno, transcreva as
orações que o compõem e classifique-as.
A partir da leitura da charge, podemos afirmar que a fala da mulher é
surpreendente pois a personagem adota uma atitude submissa, ainda
que ela e seu companheiro estejam sendo tratados como cachorros.

As orações que compõem o período enunciado pela personagem são "o


importante é" e "que fomos convidados". A segunda oração estabelece
com a primeira uma relação de subordinação predicativa, já que ela
exerce a função de predicativo do sujeito.
b) Por que a estrutura sintática utilizada pelo autor contribui para acentuar a crítica que pretende
fazer ao valor que determinadas pessoas dão ao status social?
A estrutura sintática que o autor optou por usar reforça o caráter
submisso da atitude da personagem. Desta forma, fica claro que ela está
disposta a passar por situações vexaminosas ou humilhantes para estar
em ambientes que ela - e a sociedade em que vive - consideram de
prestígio.

O texto a seguir serve de base para as questões 5 e 6.


O grito

Não sei o que está acontecendo comigo, diz a paciente para o psiquiatra.
Ela sabe.
Não sei se gosto mesmo da minha namorada, diz um amigo para o outro.
Ele sabe.
Não sei se quero continuar com a vida que tenho, pensamos em silêncio.
Sabemos, sim.
Sabemos tudo o que sentimos porque algo dentro de nós grita. Tentamos abafar esse grito
com conversas tolas, elucubrações, esoterismo, leituras dinâmicas, namoros virtuais, mas não
importa o método que iremos utilizar para procurar uma verdade que se encaixe nos nossos
planos: será infrutífero. A verdade já está lá dentro, a verdade impõe-se, fala mais alto que nós,
ela grita.
Sabemos se amamos ou não alguém, mesmo que esteja escrito que é um amor que não
serve, que nos rejeita, um amor que não vai resultar em nada. Costumamos desviar este amor para
outro amor, um amor aceitável, fácil, sereno. Podemos dar todas as provas ao mundo de que não
amamos uma pessoa e amamos outra, mas sabemos, lá dentro, quem é que está no controle.
A verdade grita. Provoca febres, salta aos olhos, desenvolve úlceras.
Nosso corpo é a casa da verdade, lá de dentro vêm todas as informações que passarão por
uma triagem particular: algumas verdades a gente deixa sair, outras a gente aprisiona. Mas a
verdade é só uma: ninguém tem dúvida sobre si mesmo.
Podemos passar anos nos dedicando a um emprego sabendo que ele não nos trará
recompensa emocional. Podemos conviver com uma pessoa mesmo sabendo que ela não merece
confiança. Fazemos essas escolhas por serem as mais sensatas ou práticas, mas nem sempre elas
estão de acordo com os gritos de dentro, aquelas vozes que dizem: vá por esse caminho, se
preferir, mas você nasceu para o caminho oposto. Até mesmo a felicidade, tão propagada, pode
ser uma opção contrária ao que intimamente desejamos. Você cumpre o ritual todinho, faz tudo
como o esperado e é feliz, puxa, como é feliz. E o grito lá dentro: mas você não queria ser feliz,
queria viver!
Eu não sei se teria coragem de jogar tudo para o alto.
Sabe.
Eu não sei por que sou assim.
Sabe.
MEDEIROS, Martha. Montanha-russa. Porto Alegre: L&PM, 2001. p. 15-16.

5. O texto transcrito trata das “verdades” que, segundo a autora, “gritariam” dentro de cada
um de nós. Quais são elas?
a) Para tratar desse assunto, a autora utiliza uma estrutura sintática recorrente. Transcreva
os períodos em que ocorre essa estrutura.
a) Os períodos são: "Não sei o que está acontecendo comigo", "Não sei
se gosto mesmo da minha namorada", "Não sei se quero continuar com a
vida que tenho", "Eu não sei se teria coragem de jogar tudo para o alto",
"Eu não sei por que sou assim".
b) Qual a estrutura sintática desses períodos?
b) Todos os períodos são compostos por subordinação.
c) De que maneira o uso dessa estrutura contribui para a construção do sentido do texto?
c) O uso da subordinação ajuda a acentuar a falta de autonomia das
pessoas em relação àquilo que sentem.

6. No texto, a autora chega à seguinte conclusão: “Mas a verdade é só uma: ninguém tem dúvida
sobre si mesmo”.
> Como se estrutura, do ponto de vista sintático, o período que apresenta essa conclusão? Explique.
O período é composto por duas orações. A primeira é classificada como
oração principal: “Mas a verdade é só uma”; a segunda, que subordina à
primeira, é uma oração subordinada substantiva apositiva. “ninguém tem
dúvida sobre si mesmo”.

Você também pode gostar