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RESUMO

SANTOS, Rafael França Gonçalves dos. Montagens de si: relações de amizade e experiências trans em
Campos dos Goytacazes, 1990-2017. 2018. 341 p Tese de Doutorado. (Doutorado em História, Relações de
Poder, Linguagens e História Intelectual). Instituto de Ciências Humanas e Sociais - Instituto Multidisciplinar,
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2018.

Com essa tese apresento, problematizo e interrogo históricos modos de produção das subjetividades trans
na cidade de Campos dos Goytacazes/RJ, entre os anos de 1990 e 2017. Compreendo que as experiências
formam os sujeitos e as subjetividades, por isso destaco os históricos mecanismos, estratégias e possibilidades
de autodeterminação e autodefinição, as maneiras como os sujeitos nomeiam-se e atribuem sentido ao vivido,
agenciando históricas noções, como as de travesti, transexual, transgênero, trans e mulher. Focalizo
experiências trans produzidas na interface com as históricas formações das feminilidades. Verticalizo a análise
sobre as estratégias, negociações e reificações que conformam tais experiências, sublinhando os modos de
tencionar o “cistema” heteronormativo. As narrativas transgêneras permitiram vislumbrar como modos de vida
foram forjados, como foram produzidas linhas de fuga e mecanismos de resistência ao poder cisnormativo.
Dialogando e sendo inspirado pela literatura sobre as relações de amizade, busquei privilegiar uma abordagem
que colocasse em relevo essas relações nas experiências trans. As tramas da amizade são entendidas
como tecido afetivo, mas igualmente como relações de disputas e conflitos. Nessas relações, apareceram
importantes componentes que materializam as experiências trans e permitem, incitam e viabilizam históricas
formas de criação de si. Logo, montagem de si é expressão e sentido atribuído pelo universo trans, usada para
se referir ao processo de autodeterminação e autoexpressão, às intervenções corporais, à prática de usar e
“assumir” roupas e acessórios considerados femininos, mas também, e principalmente, aponta para a
possibilidade de mapeamento, investigação e historicização das formas como os sujeitos são produzidos, como
o corpo, as relações de amizade e com a família são constituídas a partir de determinadas condições de
possibilidades.

Palavras-chave: subjetividades; experiências trans; relações de amizade; Campos dos Goytacazes.

SUMÁRIO
Introdução..............................................................................................................................................11
“Viado não tem amigo!” Fabiana e novos afetos.....................................................................................11
Nomear é (im) preciso..............................................................................................................................18
Divisões, questões e problemas de pesquisa............................................................................................21

Apresentação – Trânsitos e trilhas: fazer pesquisa com, sobre e além.............................................27

1ª Parte - As múltiplas-cidades.............................................................................................................51

Capítulo 1 - Muitas cidades em uma cidade: miradas sobre a Planície...................................................52


O gosto da experiência, ou, sobre como são forjadas as subjetividades trans.........................................65
Nas ruas, nos jornais, no carnaval............................................................................................................74
“Camburão da Aids”: afetos e outros cuidados com a saúde...................................................................93

Capítulo 2 - Paradas e outros movimentos.............................................................................................100


Movimento LGBT e os limites da representação...................................................................................101
Lutar sem escrotizar: histórias sobre a Parada LGBT............................................................................107

Capítulo 3 - Algumas histórias e outras subjetividades.........................................................................122


Histórias não contadas, ou por que esquecer o passado?.......................................................................123
“Travestis terão carteira para trabalho”..................................................................................................141

2ª Parte- Entre amigas e amigos: a invenção de modos de vida......................................................153


2
Capítulo 4 - Trilhas sem rumo: a amizade na história e por uma história (aberta) da amizade.............154
Amizades no tempo, ou no tempo dos amigos.......................................................................................155
Outras amizades e diferentes abordagens...............................................................................................161
“Amizade que tem sequelas”: afetos e outras marcas nos sentidos da amizade contemporânea...163

Capítulo 5 - Trans (formar) o corpo, criar-se a si mesma, inventar uma existência: só com amigas.....183
Fazer o corpo e fazer-se no corpo..........................................................................................................183
Técnicas e tecnologias: silicone, corpo, feminilidades..........................................................................191
Silicone industrial: uma aplicação de risco............................................................................................200

Capítulo 6 - Hierarquia de afetos nos repertórios da amizade: amigas, colegas e conhecidas..............210


Amizades trans.......................................................................................................................................210
Escalas de proximidade ou, quem é amiga de verdade?........................................................................215
Bafão, beleza e bofes: conflitos, disputas e o fim das amizades............................................................240

3ª Parte- (Re) Pensar a família nas experiências trans.....................................................................246

Capítulo 7 - “De que família você é?”...................................................................................................247


Elas sempre são expulsas de casa, mas eu não fui!................................................................................250
Foi difícil, mas minha família me apoiou...............................................................................................253
A família como problema, ou o problema da família.............................................................................265
É preciso saber lidar...............................................................................................................................276

Capítulo 8 - Amizades trans, redes de cuidado e as “famílias que escolhemos” 290


Vergonha, rejeição e medo....................................................................................................................290
“Elas me deram apoio!”: por outras redes de afeto................................................................................309
Considerações finais.............................................................................................................................317
Fontes....................................................................................................................................................323
Bibliografia e outras referências.........................................................................................................326
APÊNDICE 1 – Termo de Compromisso..............................................................................................336
APÊNDICE 2 – Roteiro de entrevista...................................................................................................337
APÊNDICE 3 – Quadro com o perfil das interlocutoras.......................................................................338

Bibliografia e outras referências


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