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mar de Aral

É um lago de água salgada, localizado na Ásia Central, entre as províncias


de Aqtöbe e Qyzylorda (ao norte), e a região autônoma usbeque
de Caracalpaquistão (ao sul). O nome (em português, mar das Ilhas) refere-se
à grande quantidade de ilhas presentes em seu leito (mais de 1500). Este já foi
o quarto maior lago do mundo com 68 000 km² de superfície e 1100 km³ de
volume de água, mas tem encolhido gradualmente desde os anos 1960 após
projetos de irrigação soviéticos terem desviado os rios que o alimentam. Em
2007 já havia se reduzido a apenas 10% de seu tamanho original, e em 2010
estava dividido em três porções menores, em avançado processo
de desertificação.[1]
A outrora próspera indústria pesqueira foi praticamente destruída, provocando
desemprego e dificuldades econômicas. A região também foi fortemente
poluída, com graves problemas de saúde pública como consequência. O recuo
do mar também já teria provocado a mudança climática local com verões cada
vez mais quentes e secos, e invernos mais frios e longos.[2]
Está em curso uma iniciativa no Cazaquistão para salvar e recuperar o norte do
mar de Aral. Como parte desta iniciativa, foi concluída uma barragem em 2005,
e, em 2008, o nível de água já havia subido doze metros em comparação ao
nível mais baixo, registrado em 2003.[3] A salinidade caiu, e os peixes são
encontrados em número suficiente para tornar a pesca viável. No entanto, as
perspectivas para o mar remanescente do sul permanece sombria, tendo sido
chamado de "um dos piores desastres ambientais do planeta

Formação
O lago localiza-se numa bacia hidrográfica endorreica, isto é, onde as águas
das precipitações e rios correm para uma depressão no solo, um ponto fechado
onde se acumulam.
No período Terciário (68 a 1,8 milhão de anos atrás) provavelmente aquela
depressão estava conectada ao mar Cáspio, ao mar Negro, e a outros lagos
próximos de mesma origem geológica e também de formação endorreica.
Durante o Pleistoceno (de 1,8 milhão até 20 mil anos atrás) certamente ocorreu
a separação e o isolamento final do mar de Aral, porém ele continuou a ser
alimentado simultaneamente com as águas dos rios Amu Daria e Syr Darya,
tornando-o um verdadeiro oásis no deserto da Ásia Central. Com o tempo, a
água do lago passou a concentrar todo o sal trazido pelos rios,[1] uma vez que a
água acumulada continuou o seu ciclo, evaporando por milhares de anos.

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