Atividade sobre o documentário: Our Planet

1. Ciclo hidrológico sazonal e como este influencia o funcionamento de

ecossistemas aquáticos continentais.
O deserto da Austrália Central é transformado uma vez a cada década graças ao
fenômeno das monções que ocorre a cerca de 2000km. Rios intermitentes que
estavam secos há anos começam a se encher, levando água e, dessa forma, vida
ao deserto. As torrentes se unem e levam a água à parte mais baixa do
continente por ação gravitacional, dando origem ao maior lago da Austrália. Um
número gigantesco de peixes nada por esses rios em direção ao rio, pelicanos
chegam da costa australiana.

Devido à oferta farta de alimentos no lago, essas espécies lago passam a procriar.
Porém, toda essa oferta hídrica é sazonal e, conforme o fenômeno das monções
diminui, a aporte hídrico também o faz, tornando escassa novamente a oferta
de água na região.

2. Características da fauna bentônica para habitar as cabeceiras de rios. Qual o

papel ecológico desses organismos.
São organismos que possuem o corpo adaptada ao ambiente, que pode ser hostil
por causa da alta turbulência associada à topografia do terreno onde se
encontram as cabeceiras. Portanto, possuem corpo achatado para se aderirem
melhor ao fundo do corpo hídrico, anatomia específica da boca própria para
filtrar mini partículas de alimento que passam a uma elevada velocidade. Esses
organismos constituem a base de várias cadeias alimentares, sendo essenciais
em seus papeis ecológicos.

3. Consequências ecológicas do aquecimento global para lagos profundos.

O lago Tanganyika (compartilhado por Tanzânia, República Democrática do
Congo, Burundi e Zâmbia) é responsável por deter um quinto da água doce
disponível superficialmente na Terra. Tem quase 1,5 quilômetro de
profundidade, mas no fundo há pouco movimento das águas e pouco oxigênio
dissolvido (OD). Devido ao aumento da temperatura global, o lago Tanganyika
está se aquecendo. Suas águas já não se misturam como antes, o que reduz a
camada superior oxigenada (a aeração se dá pelo aporte de oxigênio do ar para
a água, que depende da velocidade do vento acima da superfície e da turbulência
do escoamento), e a mistura de OD se dá pela transferência de massa no corpo
hídrico, isto é, pelo movimento do fluido em si.

4. Consequências ecológicas da construção de barragens.

As barragens retêm a água dos rios, formando reservatórios que podem ser
utilizados para vários fins distintos, como abastecimento humano, geração de
energia e irrigação. Contudo, um barramento, se mal projetado, pode afetar o
regime hídrico dos rios. Rios na Ádrica que nunca secavam (perenes) e servem
para dessedentação animal, hoje são tidos como intermitentes. No período da
seca, esses rios agora passam a ser grandes poças de água, pelas quais os animais
da savana precisam brigar para dividir o espaço. Elefantes inclusive passaram a
se alimentar da madeira rica em água do Baobá, o que explicita as consequências
dessas alterações físicas nos cursos naturais dos rios. Elefantes podem também
usar seu olfato aguçado para detectar água abaixo do leito seco dos rios, e
utilizam suas trombas para cavar o solo e encontrar a famigerada água.