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Livro Didático Pãºblico de Educacao Fà Sica
Livro Didático Pãºblico de Educacao Fà Sica
/ Jeimison de Araújo
Macieira, Fernando José de Paula Cunha, Lauro Pires
Xavier Neto, organizadores. - João Pessoa: Editora
Universitária da UFPB, 2012.
95p.: il.
ISBN: 978.85.7745.856-1
1.Educação Física – Ensino Fundamental. 2.Jogos. 3.Jogos
Cooperativos. 4.Esportes. 5.Dança. 6. Ginástica Escolar.
I.Macieira, Jeimison de Araújo. II.Cunha, Fernando José de
Paula. III.Xavier Neto, Lauro Pires.
11
3°) Apresenta em cada caderno um conteúdo especifico com seus métodos,
organizados de acordo com a história de cada conteúdo, destacando o que é essen-
cial ao estudante aprender na escola que são as dimensões históricas, pedagógicas e
técnicas de cada conteúdos. Seguem-se assim, os conteúdos da dança, jogos,
esporte, ginástica entre outros para serem tratados em ciclos de ensino que pressu-
põe constatar dados da realidade, constatar capacidades de ação, sistematizá-los,
ampliá-los, aprofundá-los garantindo que as crianças, jovens e adultos, que ingressa-
rem na Rede Municipal de Ensino de João Pessoa dominarão conteúdos fundamen-
tais para compreender, explicar, intervir e construir através de uma pratica
socialmente consequente o campo da cultura corporal, objeto do currículo escolar.
Apresenta ainda uma sistematização rigorosa de objetivos-avaliação, conteú-
dos-método, tempos e espaços, aprendizagens e relações fundamentais para inte-
gralizar um currículo. Isto significa que todos - pais, professores, gestores,
comunidade em geral -, podem compreender, acompanhar e avaliar o que uma
criança, um jovem ou um adulto vai aprender quando ingressar na Rede Pública
Municipal de João Pessoa. Fundamentalmente, a própria criança, jovem ou adulto,
terá consciência dos rumos de sua própria formação. Esta apresentação significa
que está sendo levantada uma hipótese de trabalho sobre a formação humana,
visível, comparável, medível, questionável. E isto é novo na Educação Física brasi-
leira. Até a década dos anos oitenta estava expresso em Lei, que cabia a Educação
Física desenvolver a aptidão física, as valências físicas - força, velocidade, resistên-
cia, etc. Isto tudo era compatível com uma dada fase de um dado modo de produção
da vida, o modo de produção capitalista. Este modo de produção continua o mesmo,
não alterou sua base - subsunção do trabalho ao capital, o trabalho assalariado, a
propriedade privada dos meios de produção, a super-exploração da natureza que
culmina em sua destruição -, no entanto, ele está em transição para outro modo de
produção da vida. E as diretrizes curriculares da Rede Publica Municipal de João
Pessoa procuram acompanhar este processo histórico, o processo de transição.
As evidencias desta transição aparecem em todos os setores da sociedade e
também nas diretrizes curriculares da Educação Física para a Rede Pública do Estado
da Paraíba. No setor primário da agricultura com a agricultura ecologicamente
correta, a agricultura familiar, pelo fim do latifúndio e da propriedade privada da
terra. No setor secundário da economia com a sociedade que busca equilibrar a sua
sustentabilidade, mantendo a vida de todos sem destruir o planeta, com a economia
que busca superar a super-exploração do trabalho assalariado. No setor terciário de
serviços e quaternário da economia, superando o setor financeiro especulativo, que
com sua ganância por lucros incomensuráveis destrói a classe trabalhadora, seus
direitos e conquistas e as nações, destruindo a si mesmo, de forma irracional,
buscando manter taxas de lucro. Ou seja, a Educação Física está sintonizada com
uma transição visível, comparável e medível, reconhecendo que tem uma
111
transição mais geral que está em processo e que a ela corresponde uma proposta
concreta da Educação Física que é sustentada por uma dada teoria sobre projeto
histórico, teoria do conhecimento, de teoria educacional, teoria pedagógica e
metodologia do ensino. Teoria pedagógica histórico-critica e metodologia do ensino
critico superadora a educação física, aqui exposta nas propostas concretas de trato
com o conhecimento da cultura corporal nas aulas de educação física. Este processo
partiu da prática real, problematizou a prática da Educação Física na Escola, instru-
mentalizou os professores em processos de formação continuada, possibilitou a
catarse, o que significa projetar uma outra organização do trabalho pedagógico para
orientar a prática em um patamar mais elevado de conscientização desta prática.
Isto foi o que a equipe que elaborou as referências curriculares e os CADERNOS
DIDÁTICOS conseguiu construir no Município de João Pessoa, Paraíba.
Este é, enfim, o grande exemplo dos Cadernos Didáticos da Educação Física do
Município de João Pessoa, Paraíba.
Os professores que irão dar consequência programática, ou seja, transformar
estas referências em programas de vidas para os estudantes tem a responsabilidade
de não separarem as premissas teóricas das programáticas em seus programas de
ensino, enquanto programas de vida de crianças, jovens e adultos.
Os professores da Rede Municipal de João Pessoa devem se sentir orgulhosos
porque estão contribuindo com a transição, no seu tempo, apesar do fardo histórico
que o capitalismo nos impõe - péssimas condições objetivas de trabalhos, salários
aviltados, carreira rebaixada, previdência, assistência e saúde privatizada, trabalhos
na educação privatizado, terceirizado - para outro patamar qualitativo da prática
social na educação. Ou seja, para a prática pedagógica nas escolas.
Por fim, reconhecemos que isso é resultado de um processo, processo que levou
em conta a pratica social - a realidade objetiva da educação física na escola -, a
necessidade de problematizar a educação física na escola e sua função social -,
necessidade de instrumentalizar os professores, em cursos constantes de capacita-
ção-, de possibilitar a catarse, a explicitação de uma nova objetivação, de novas pro-
postas e, por fim, o retorna a prática social em um outro patamar qualitativo, mais
elevado, da organização do trabalho pedagógico da Educação Física Escolar.
Enfim, a tempestade da desvalorização do magistério, da escola e da educação
física, haveremos de atravessá-las, com nosso trabalho pedagógico e com nossa
atuação política, como atravessamos as tempestades e as guerras. Atravessá-las
como uma quilha rompe as ondas do mar.
Parabéns a todos pela belíssima iniciativa. Continue firme. A luta pelos rumos da
Educação Física não é uma tarefa fácil. Está reservada aos trabalhadores que com ela
se identificam e contribuem para a transição de uma sociedade capitalista rumo a
uma sociedade para além do capital.
AVANTE!
IV
APRESENTAÇÃO
V
Neste período, as formações continuadas foram concretizadas
através de licitação pública, realizadas pela Secretaria de Educação
do Município de João Pessoa. Ter ganhado a licitação colocou os
professores formadores diante um grande desafio. Se, por um lado
isso foi motivo de orgulho, por outro, éramos cientes de que
assumíamos a tarefa de planejar e executar um processo de
aprofundamento teórico e prático de conhecimentos e saberes
escolares da Educação Física Escolar, a partir da perspectiva
pedagógica crítico-superadora, elaborada pelo Coletivo de Autores
em 1992.
O livro tem, no meu entender, um mérito inicial que não é
pequeno, e que deve ser reconhecido de imediato. Embora a
existência de um Livro Didático seja algo óbvio para outras disciplinas
constituintes do currículo escolar no Ensino Fundamental, se percebe
que o assunto é inédito na Educação Física de boa parte do Brasil, e
em especial na Educação Física escolar paraibana. Foi no Estado do
Paraná (PR), onde se concretizou pela primeira vez uma ação
educacional desta natureza. Os professores da rede se organizaram
para estudar e produzir seu livro didático. A iniciativa, concretizada
pelo Estado, envolveu no processo de elaboração todos os
professores da área. Essa experiência educacional foi analisada pelos
professores formadores e serviu de modelo a ser seguido, pois, na
opinião dos professores formadores, não temos como planejar e
executar uma proposta pedagógica municipal sem levar em
consideração os interesses e saberes dos sujeitos históricos
envolvidos no ato de educar, ou seja, os próprios professores de
Educação Física da rede municipal de ensino. O processo de
elaboração e planejamento considerou também as características da
sociedade paraibana, com múltiplas facetas que são, ao mesmo
tempo, contraditórias, com determinações de natureza política,
econômica, cultural e social.
VI
A proposta aqui apresentada foge da clássica máxima que define
à Educação Física como uma disciplina essencialmente prática,
desprovida de fundamentos sociais e culturais e que, por esses
motivos, ela não precisa tratar de conteúdos teóricos. Tudo pelo
contrário. Neste livro, as atividades da Educação Física escolar são
desenvolvidas numa perspectiva teórica e metodológica diferente,
que tem como categorias centrais o ensino, a práxis educacional, a
interdisciplinaridade e a cultura corporal.
Na perspectiva teórica e metodológica, escolhida para orientar a
proposta, a perspectiva histórica e crítica, reconhecem-se os limites
da escola, mas também suas contradições, limitações e
possibilidades. Estas têm a ver com a sua função específica: o ensino.
Entende-se por ensino um processo consciente, deliberado,
sistemático, através do qual se procura dotar aos homens " ... dos
conhecimentos e habilidades referentes à experiência acumulada e
generalizada da sociedade, por meio das relações pedagógicas
historicamente determinadas" (SAVIAN I, N., 1994, p. 74 ). É através do
ensino que a escola cumpre com sua função social, isto é, transmitir
conhecimentos e exercer um papel ativo na construção da realidade
social. Eis aqui a função política da escola: " ... socializar o
conhecimento sistematizado, tornando-se um instrumento às classes
populares nas aquisição de conhecimentos e habilidades para a luta
contra as desigualdades e para a participação no processo de
transformação social" (SILVA, 1988, p. 14).
O entendimento do que é o ensino e a função social da escola nos
conduz até a segunda categoria central: a práxis educacional. Do
ponto de vista metodológico, a práxis educacional é o processo de
socialização do saber escolar no qual a teoria e a prática se cruzam, se
aproximam, ao ponto de chegar a ser duas faces de uma mesma
moeda.
VII
Os processos de transmissão, assimilação e apropriação de
conteúdos que acontece no ensino devem relacionar teoria e prática
e reconhecer que, mesmo sendo aparentemente contrários (a teoria
e a prática), um contém ao outro dialeticamente. Por exemplo, na
maioria das vezes a vivência de uma boa aula de Educação Física
facilita o processo de apreensão e compreensão de conhecimentos
teóricos. Assim como também uma boa aula teórica de Educação
Física permite que na prática o conteúdo seja vivenciado de maneira
significativa.
Na práxis educacional, um esforço de elaboração teórica deve,
necessariamente, partir da prática e voltar-se para ela. Este tipo de
esforço contribui significativamente para a compreensão crítica da
realidade. Neste processo, a mediação do professor na sala de aula
ocupa um lugar central. A práxis educacional permite que o conteúdo
seja, de fato, valorizado e adequadamente trabalhado, para que a
educação possa cumprir com sua função social: dotar às massas
populares dos instrumentos necessários a uma efetiva participação
social (SAVIANI, N., 1994).
A práxis educacional é fundamental para o desenvolvimento do
trabalho pedagógico do professor numa perspectiva interdisciplinar.
Entende-se por interdisciplinaridade a passagem de um saber
setorizado a um conhecimento integrado. Para a professora Nereide
Saviani,
VIII
Trabalhar os conteúdos da Educação Física interdisciplinarmente
permite aos professores superar visões fragmentadas do saber, que
colocam barreiras entre as disciplinas que fazem parte do currículo
escolar, além de modificar hábitos estabelecidos e favorecer o enga-
jamento pessoal. A interdisciplinaridade permite que o professor
aceite os limites do próprio saber para passar a acolher contribuições
de outras áreas. Ela também facilita a prática dialógica e enriquece os
textos, dotando-os de mais qualidade.
Finalmente temos a última das categorias centrais: a cultura cor-
poral. A perspectiva teórica e metodológica adotada para a elabora-
ção e construção dos textos foi a perspectiva da cultura corporal,
IX
Na época, a Educação Física começava a superar antigos
paradigmas dominantes, apenas respaldados na aptidão física, na
biologia e no rendimento. Vários autores chamaram esses
pensamentos emergentes de 11 discursos pedagógicos inovadores"
(Paulo Betti, 1991), de 11tendência histórico e crítica" (CASTELANI
FILHO, 1988), de 11 Educação Física progressista" (GUIRALDELLI, 1988)
e de 11 Educação Física revolucionária" (BRACHT, 1992).
Dentre as propostas surgidas, foram objeto de estudo na
formação continuada de 2008 as seguintes: a proposta de Educação
Física numa abordagem desenvolvimentista, de Go Tani et elii ( 1988); a
proposta de Educação de Corpo Inteiro, de João Batista Freire ( 1989 );
a proposta Crítica e Superadora, elaborada pelo Coletivo de Autores
(1992), e a proposta Crítico-Emancipadora, do professor Elenor Kunz
(1994). Foi nesse ano que surgiu a ideia de que os professores do
município elaborassem sua própria proposta de ensino e a
publicassem na forma de Livro Didático.
Na segunda versão da formação continuada de professores em
exercício, que aconteceu entre os meses de junho e dezembro de
2009, os professores formadores tiveram o grande desafio de criar
uma unidade metodológica que tratasse do conhecimento referente
à área da Educação Física, procurando entender a organização do
conhecimento pedagógico sobre a perspectiva da cultura corporal.
Essa tarefa inicial foi essencial para realizarmos um aprofundamento
teórico e prático dos conhecimentos ministrados e trabalhados na
formação continuada, realizada no ano de 2008, em que se procurou
entender o processo de sistematização do conhecimento, a partir das
abordagens de ensino supracitadas.
X
Tendo como conteúdos a concepção de currículo ampliado, os
saberes referentes à cultura corporal e por fim a avaliação do
processo ensino aprendizagem, as atividades planejadas conduziram
ao entendimento de que a perspectiva da cultura corporal contempla
uma teoria crítica da realidade social capaz de compreender as
contradições da sociedade brasileira, que propicia a tão desejada
unidade metodológica no trato com o conhecimento da Educação
Física.
A construção do livro didático de Educação Física continuou
nesse ano. A nobre tarefa gerou um marco divisório na Educação
Física do município, pois os professores da rede foram os principais
protagonistas no processo de construção da proposta, focando a
produção na realidade escolar das escolas públicas paraibanas.
Para a terceira versão da formação continuada, realizada em 2010, foi
elaborada uma metodologia de trabalho centrada em encontros
semanais, nos quais os professores formadores agiriam como
11
facilitadores dos espaços de discussão" no processo de construção
e sistematização de conhecimentos para a redação de textos para a
versão final do Livro Didático. Também foram propiciados espaços de
trocas de experiências e valorização dos saberes que existiam e era
propriedade dos professores da rede. Para que essas trocas
acontecessem, foram organizados seminários durante os momentos
de formação, em particular na parte final. Conforme foi redigido no
Relatório Final de Atividades 2010 encaminhado às autoridades do
Município,
XI
Os conteúdos ministrados nas formações continuadas nos anos
de 2008 e 2009 e o acúmulo teórico e prático serviram para que os
professores pudessem elaborar seus textos, materializando, desta
forma, o Livro Didático. A tarefa não foi fácil, e tampouco esteve
isenta de dificuldades. Mas temos a destacar que os professores da
rede municipal de ensino de João Pessoa e os professores formadores
da formação continuada conseguiram o trunfo de redigir seu texto em
menos de três anos. Se, por um lado, isto serve para demonstrar a
qualidade dos profissionais que atuam no município na nossa área,
por outro, somos cientes de que o texto ora apresentado mantém seu
caráter de inacabado, pois ele é produto das circunstâncias que
caracterizaram seu processo de produção. Acreditamos que isso não
seja um problema, pois abre a possibilidade de que num futuro
próximo outros colegas realizarem aprofundamentos, que sem
dúvidas serão incorporados nas futuras edições do Livro Didático.
Os conteúdos foram organizados na forma de capítulos,
adequando sua linguagem para que ela fosse acessível para
estudantes matriculados no setor de ensino Fundamental 11. No final
de contas, excetuando este texto introdutório, dirigido aos
professores, o livro tem como público alvo às crianças que estão
matriculadas do 5° ao 9° ano do Ensino Fundamental.
Cabe destacar o papel dos professores da rede municipal de
ensino, pois eles foram protagonistas na produção e sistematização
dos textos, tendo como ponto de partida a realidade escolar e
educacional que caracterizava o ensino da Educação Física no
Município de João Pessoa. As problemáticas, os desafios,
necessidades, possibilidades e principalmente as limitações
estruturais e materiais e as dificuldades de ordem pedagógica
serviram de alicerce para a construção de um texto que está em
consonância com a realidade educacional que caracteriza os
processos de ensino e aprendizagem da Educação Física não só na
cidade de João Pessoa, mas também do Estado da Paraíba.
XII
Estamos cientes que o grande desafio começa agora, pois a
elaboração e sistematização de conteúdos é uma das tantas tarefas
que caracterizam a práxis educacional nos nossos dias. A tarefa mais
pontual daqui em diante seja a transposição do saber escolar para
nossos estudantes, valendo-se, claro, de procedimentos
metodológicos que permitam que esse saber da Educação Física
possa ser assimilado pelas amplas camadas de filhos da classe
trabalhadora que frequentam os sistemas públicos de ensino.
Nos últimos anos, muito tem se discutido e escrito a respeito
da necessidade de recuperação da qualidade de ensino na Educação
Física, situada no plano da revalorização do conteúdo, que muitas
vezes era negligenciado aos filhos das classes trabalhadoras.
Sabemos das dificuldades que caracterizam a nossa área. Por
exemplo, no livro "Educação Física: conhecimento e saber escolar"
pode-se ler que:
XIII
Esperamos que com a publicação do Livro Didático essa realidade
supracitada não faça mais parte dos tempos e espaços escolares nas
aulas de Educação Física. Até porque depois de três anos de formação
continuada planejada desde perspectivas críticas da educação e da
Educação Física, manter esse modelo ancorado na 11 improvisação" e
no 11 descomprometimento" político do professor, seria um sério
desserviço da escola às camadas populares, dado seu caráter
fatalmente ideológico. Para exemplificar a questão debatida neste
parágrafo, vamos valer-nos das ideias da professora Nereide Saviani
sobre o assunto:
Nesse sentido, enuncio que atuar de acordo com os interesses populares passa
por garantir que o conteúdo seja de fato valorizado e adequadamente trabalhado,
a fim de que a educação cumpra a função técnico-política que lhe cabe: a de
realmente dotar as massas populares dos instrumentos necessários a uma efetiva
participação social (SAVIANI, N, 1994, p.18).
XIV
Tendo com premissa a importância da educação escolar para propiciar às
massas populares instrumentos de efetiva participação social, e considerando o
domínio do acervo de conhecimentos e técnicas acumuladas pela humanidade como
um dos mais importantes desses instrumentos, compartilho a visão dos que
atribuem à escola o duplo papel de servir como fonte de informação e de organizar
a atividade cognoscitiva dos alunos - dentre outras funções (SAVIANI, N, 1994,
p.18).
/)
J
XV
SUMÁRIO
Olá pessoal! Nós somos uma turma de estudantes, assim como vocês, e
queremos convidá-los a embarcar em uma viagem cheia de conhecimentos,
atividades e desafios. Desafios para os quais buscaremos respostas juntos, de
forma coletiva e organizada. Temos aqui um conhecimento que historicamente
vem sendo produzido por toda a humanidade: o JOGO! Vocês sabem o que é
jogo? Quais formas de jogo vocês conhecem? De onde vem o jogo? Como ele
nasce? Será que jogar é o mesmo que brincar?
Então vamos lá! O conteúdo que a partir de agora traremos para vocês
faz parte da história da humanidade e tem demonstrado ser um importante
elemento da cultura de diversos povos e comunidades do nosso planeta. A
origem do jogo, não se sabe ao certo; porém verificam-se nas paredes de
cavernas antiquíssimas desenhos que remontam atividades de jogos,
reiterando, portanto, o caráter lúdico empregado pelos povos mais antigos a
essa atividade, o jogo. Nesse sentido, o jogo configura-se como “uma invenção
do homem, um ato em que sua intencionalidade e curiosidade resultam num
processo criativo para modificar, imaginariamente, a realidade e o presente”
(COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 65-66). De acordo com Huizinga (2007, p.
6),
crianças de hoje não brincam ou jogam nas ruas como faziam antigamente,
pois os pais, por medo da violência e, por conseguinte, por motivo de
segurança, muitas vezes privam seus filhos dos conhecimentos e vivências
proporcionados por alguns jogos e brincadeiras.
SUGESTÃO DE DEBATE
DICAS IMPORTANTES
Olá meus amigos, depois de entender um pouco sobre o jogo e sua íntima
relação com a nossa vida social, vamos, a partir de agora, procurar melhorar
nosso entendimento sobre o que seria jogar e/ou brincar? Será que podemos
pensar nessas duas ações separadamente, ou uma depende da outra? Jogar e
brincar tem o mesmo significado?
Segundo Piaget (1967), “o jogo não pode ser visto apenas como
divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o
aprendizado [grifo nosso] cognitivo, afetivo, social e moral.” Em outras palavras,
através do jogo se processa a construção do conhecimento.
ATIVIDADE
Pesquisa
Faça uma pesquisa com seus pais, tios, vizinhos, etc. (de preferência
pessoas mais velhas) sobre os jogos que eles brincavam quando eram
crianças. Pergunte-lhes sobre as regras, as maneiras de jogar e em que época
(quantos anos atrás) eles jogavam. Relacione os jogos com o momento
histórico, político e cultural vivido no Brasil e descubra como era a relação entre
os entrevistados seus pais, principalmente no que se refere a características
como respeito, obediência, palmatória, ditadura, censura, etc.
ATIVIDADE
Escravos de Jó
Enquanto manifestação espontânea da cultura popular, as brincadeiras
tradicionais têm a função de
perpetuar a cultura infantil e
desenvolver formas de
convivência social.Considerada
como parte da cultura popular,
essa tradicional brincadeira
“Escravos de Jó” guarda a
produção de um povo em certo
período histórico. Essa cultura
não oficial, desenvolvida
sobretudo pela oralidade, não
fica cristalizada; está sempre em
transformação, incorporando
criações anônimas das gerações
que vão se sucedendo. Por ser elemento folclórico, essa brincadeira infantil
assume características de anonimato, tradicionalidade, transmissão oral,
conservação, mudança e universalidade.
“Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, bota
Deixa o Zambelê ficar
Guerreiros são guerreiros
Fazem zigue-zigue-zá
Guerreiros são guerreiros
Fazem zigue-zigue-zá”.
(Domínio público)
CAPÍTULO 1: O JOGO E SEUS SIGNOS SOCIAIS
EDUCAÇÃO FÍSICA
Quem era Jó? Por que ele tinha escravos? O que é caxangá?1
PROPOSTA DE ATIVIDADE
De acordo com o texto acima, tente elaborar uma atividade por meio
da qual os alunos possam conhecer esse jogo (observe os ciclos de
escolarização) presentes no livro Coletivo de Autores e adéque a atividade de
acordo com os critérios da seleção de conteúdo). Antes de começar a aula,
pergunte aos alunos se eles conhecem e/ou já jogaram "Escravos de Jó"?
Como eram (são) as regras do jogo praticado/conhecido por eles? Durante a
prática propriamente dita, problematize com os alunos a possibilidade de
organizar o jogo de diferentes maneiras, de acordo com o que foi discutido na
primeira parte da aula. No momento final da aula, momento de avaliação do
que foi feito, faça uma discussão sobre: 1) o(s) significado(s) encontrado(s) no
jogo (observe os diferentes significados para cada aluno); 2) as diferenças
observadas nas práticas executadas (observe as diferenças na música e na
forma); 3) as principais habilidades físicas, motoras, cognitivas e sociais
exercitadas.
1
Texto de Anna Virgínia Balousser (Revista Superinteressante, setembro, 2008)
2
Esta informação é de total responsabilidade da autora.
CAPÍTULO 1: O JOGO E SEUS SIGNOS SOCIAIS
EDUCAÇÃO FÍSICA
Oba! Vamos jogar video game! Mas espera aí! Será que jogar video game é
um conteúdo das aulas de educação física? Podemos utilizá-lo para aprender
sobre nossa história? Se jogarmos video game deixaremos de lado os jogos
populares?
SE LIGA AÍ...
ATIVIDADE
Texto 01
A Bola (Luis Fernando Veríssimo)
Fonte: www.olhoscriticos.com.br
– Filho... Olha!
O garoto disse "Legal", mas não desviou os olhos da tela. O pai segurou
a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro do
couro. A bola cheirava a nada. Talvez um manual de instrução fosse uma boa
idéia, pensou. Mas em inglês, para a garotada se interessar!
Texto 02
Fonte: www.watchtower.org
Texto 03
Fonte: www.watchtower.org
ATIVIDADE
I. – livre;
II. – inadequado para menores de 12 anos;
III. – inadequado para menores de 14 anos;
IV. – inadequado para menores de 16 anos;
V. – inadequado para menores de 18 anos.
PESQUISA
IMPORTANTE
MAIS PESQUISAS
ATIVIDADE
DICAS
Você conhece?
ATIVIDADE
ATENÇÃO
ATIVIDADES
A B A B A B A B
Passos
Atenção
Vamos às reflexões...
5
Atividade retirada do livro Jogos Cooperativos (BROTTO, 2001, p. 141-142)
CAPÍTULO 1: O JOGO E SEUS SIGNOS SOCIAIS
EDUCAÇÃO FÍSICA
ATIVIDADE
LEITURA E DISCUSSÃO
VER
6
Tabela retirada do livro “JOGOS COOPERATIVOS – O jogo e o esporte como um Exercício de
Convivência”. FÁBIO OTUZI BROTTO, 2001.
CAPÍTULO 1: O JOGO E SEUS SIGNOS SOCIAIS
EDUCAÇÃO FÍSICA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PESQUISA
QUADRO EXPLICATIVO
a
A 9 Copa do Mundo de Futebol (1970) foi realizada no México e teve
como mascote Juanito, enquanto a Copa de 1982 aconteceu na Espanha
e teve como mascote Naranjito.
Naranjito Juanito
Mascote de 1982 Mascote de 1970
“Os anos 1970 foram marcados pela humanização das mascotes nas Copas do
Mundo. No México em 1970 a mascote escolhida foi Juanito, um menino com
características caucasianas com um sombreiro e uma bola.
Em 1982, Naranjito foi a primeira fruta como mascote em Copas do Mundo. A
laranja com a camisa da seleção espanhola fez muito sucesso por ser simples.
Além de estar estampada em vários produtos da Copa a laranjinha da Copa
protagonizou uma série de desenhos animados na televisão espanhola.”
Será que essa situação ainda existe nos dias de hoje? Será que o
povo brasileiro conhece mais a seleção brasileira do que os assuntos
sobre economia e política? Será que é mais fácil saber o nome de
quem marcou o gol do Brasil no último jogo da seleção do que o
nome do ministro da educação ou da economia? Será que o futebol ainda é o
“ópio do povo”?
CAPÍTULO 2 - ESPORTE: A PROSA E A POESIA NO FUTEBOL
EDUCAÇÃO FÍSICA
O que será que Saldanha quis dizer com a frase acima? Será que ele era
mesmo contrário ao futebol-poesia?
CAPÍTULO 2 - ESPORTE: A PROSA E A POESIA NO FUTEBOL
EDUCAÇÃO FÍSICA
DEBATE
Para você, o que é mais importante num jogo de futebol: o placar final do
jogo ou um futebol-arte, alegre e que encanta, independentemente do
resultado?
ATIVIDADE
COMPLEMENTO
Outra novidade foi o resultado da final. Pela primeira vez a final da Copa
foi um cansativo 0 a 0, de um futebol cheio de prosa e pouca poesia. Sobre
esse fato, Galeano (2004, p.188) escreveu o seguinte:
CURIOSIDADES
Primeiro Tempo
O país escolhido pela FIFA para sediar a Copa de 1986 foi a Colômbia.
Contudo, desde 1982 havia rumores de que o país sul-americano não
conseguiria sediar o evento. As discussões sobre qual país poderia sediar a
Copa gerou discordância, em especial quando os Estados Unidos colocaram-
se à disposição. Veja o que Saldanha (2002, p. 186) escreveu a esse respeito:
Segundo Tempo
Na Copa de 1986, que acabou acontecendo no México, os jogos eram
disputados sob um calor tremendo, em horários inconvenientes para os
jogadores, mas convenientes para os interesses da televisão. Veja o que
escreveu Galeano (2004, p. 165) sobre o assunto:
Na marca do pênalti
» Sinopse: Em 1970, o Brasil e o mundo parecem estar de cabeça para baixo, mas a maior preocupação na
vida de Mauro, um garoto de 12 anos, tem pouco a ver com a ditadura militar que impera no País, seu maior
sonho é ver o Brasil tricampeão mundial de futebol. De repente, ele é separado dos pais e obrigado a se
adaptar a uma "estranha" e divertida comunidade - o Bom Retiro, bairro de São Paulo, que abriga judeus,
italianos, entre outras culturas. Uma história emocionante de superação e solidariedade.
» Sinopse: Documentário oficial da Copa do Mundo de 1994, na qual o Brasil tornou-se tetracampeão. Além
dos jogos, conhecemos culturas dos países envolvidos, imagens de bastidores das partidas e muitas outras
curiosidades. (Obtido em: http://www.cineplayers.com/filme.php?id=3975. 16 de novembro de 2008, às 08h)
CAPÍTULO 2 - ESPORTE: A PROSA E A POESIA NO FUTEBOL
EDUCAÇÃO FÍSICA
Textos complementares
PS: Enfim tive que corrigir a minha tabela da Copa, Gana marcou 1x0 na
Sérvia gol de... pênalti – e tome prosa!
Com essas medidas o futebol tem tudo para voltar a ser um excelente
mecanismo de divulgação cultural e uma das marcas indeléveis da identidade
de um povo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SALDANHA, João. O trauma da bola: a Copa de 82. São Paulo: Cosac &
Naify, 2002.
O FUTEBOL
bola, seja com o pé, o calcanhar ou a canela, seja com o peito ou a cabeça. E
ela, “estrela” sinuosa, ora foge, ora se rende (Fulano passa pra Beltrano, que
passa para Cicrano). Assim segue a beleza do futebol, na sua boa política
democrática, sem impedimentos; todos podem jogá-lo! Nas ruas, nas escolas,
nos clubes, nos campinhos de bairro e até mesmo no quintal de casa, desde
cedo crianças de vários cantos do mundo começam a praticar o futebol.
O FUTEBOL FEMININO
UM POUCO DA HISTÓRIA
JORNADA DUPLA
Leni sofreu resistência em casa, sempre que voltava dos jogos, com
alguns ferimentos próprios do jogo, ouvia a mãe dizer, “onde já se viu uma
moça, machucando as pernas desse jeito”. Determinação, disposição de
vencer não lhe faltam. “Vontade eu tenho, só falta essa palavrinha: chance”.
Sobre as Marias...
Quem é essa Maria, que tem sonhos, que tem planos, um ideal a seguir e mesmo
enfrentando desde cedo, tantos pré-conceitos, não desiste nunca?
Quem é essa Maria da lavagem de roupa, empregada ou diarista, bóia fria, balconista,
vendedora ambulante, doméstica, iletrada, professora e feirante?
Quem é essa Maria: mãe, avó, filha, órfã, criança, adolescente, jovem, adulta ou
idosa?
Maria, Maria
(Milton Nascimento)
ATIVIDADE EM GRUPO
ATIVIDADE
ATIVIDADE
ATIVIDADE DE PESQUISA
ATIVIDADE
ATIVIDADE
LEITURA
FUTEBOL DE RUA
Luís Fernando Veríssimo (com adaptações)
Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, botou num papel
as regras do futebol de rua. Elas seriam mais ou menos assim:
b) Em caso de atropelamento.
Um a Um
(Jackson do Pandeiro)
ndeiro)
ar Ferreira
Composição: Edgar
DEBATE
Com base nas discussões deste capítulo, responda rápido: quais são
os três maiores problemas do Brasil?
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CAPÍTULO 2 - ESPORTE: FUTEBOL SEM IMPEDIMENTO
EDUCAÇÃO FÍSICA
E O FUTEBOL PARAIBANO?
PESQUISA
Faça uma pesquisa na sua escola, procurando saber para qual time os
alunos torcem. Tente deixar os pesquisados bem à vontade e não induza uma
resposta. Depois, veja qual a porcentagem de alunos que torcem pelos times
de outros estados e quantos torcem pelos times paraibanos. Por último, faça
uma análise desses dados.
Futebol e Identidade
E você, para qual time você torce? Que motivo o(a) levou a torcer por
esse time? Analise a seguinte frase do ex-craque francês e presidente da
UEFA, em 2010, Michel Platini:
Inúmeras são as matérias de jornais que confirmam essa realidade. Vamos ler
algumas?
Sinal de alerta
Pessoa Júnior (1999)
(...) [Time] Grande na Paraíba, não existe. Basta analisar o nível técnico
do Campeonato Paraibano do ano passado. Horrível. Clube nenhum trouxe
para a competição um craque de destaque nacional. E vou mais além:
Botafogo, Treze e Campinense, os mais tradicionais, quando cruzaram a
fronteira paraibana no ano passado, foi um Deus nos acuda. Tudo isso porque
não houve investimento.
CAPÍTULO 2 - ESPORTE: FUTEBOL SEM IMPEDIMENTO
EDUCAÇÃO FÍSICA
Negativo
Pessoa Júnior (2008)
Não é nada fácil a situação do Auto Esporte. Como não conseguiu voltar
à elite do futebol profissional, agora enfrenta uma série de problemas,
principalmente no campo financeiro. Quem trabalhou quer receber, mas a
diretoria ainda não conseguiu meios de saldar os compromissos pendentes. Se
não aparecer apoio para solucionar esses problemas, o Auto Esporte vai
acabar na Justiça do Trabalho. É isso o que mais preocupa os conselheiros do
Clube do Povo.
ATIVIDADE
Amadorismo:
Parahyba Foot Ball Club (1908)
Parahyba United (1909)
América (1913)
Brasil (1914)
Esporte Clube Cabo Branco (1915)
Obs: Nos anos de 1910, 1911, 1912 e 1916 não houve disputa.
Profissional:
Botafogo Futebol Clube (1936, 1937, 1938, 1944, 1945, 1947, 1948, 1949, 1953,
1954, 1955, 1957, 1968, 1969, 1970, 1975, 1976, 1977, 1978, 1984, 1986, 1988, 1998,
1999, 2003)
Campinense Clube (1960, 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1967, 1971, 1972, 1973,
1974, 1979, 1980, 1991, 1993, 2004, 2008)
Treze Futebol Clube (1940, 1941, 1950, 1966, 1975, 1981, 1982, 1983, 1989, 2000,
2001, 2005, 2006)
Esporte Clube Cabo Branco (1918, 1920, 1924, 1926, 1927, 1929, 1931, 1932,
1934)
Auto Esporte Clube (1939, 1956, 1958, 1987, 1990, 1992)
CAPÍTULO 2 - ESPORTE: A PROSA E A POESIA NO FUTEBOL
EDUCAÇÃO FÍSICA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
EDUCAÇÃO FÍSICA
CAPÍTULO 3: UMA VIAGEM PELO MUNDO CHAMADO DANÇA
EDUCAÇÃO FÍSICA
EDUCAÇÃO FÍSICA
Desejamos que este estudo contribua para que você se torne uma
pessoa mais crítica e reflexiva e que possibilite uma melhor compreensão não
só da dança como também do mundo, estimulando sua livre expressão, sua
criatividade e sua ludicidade através do movimento, do ritmo e da música.
EDUCAÇÃO FÍSICA
CURIOSIDADE
EDUCAÇÃO FÍSICA
VOCÊ SABIA?
ATIVIDADE DE PESQUISA
Procure nos sites tipos de dança, como danças campesianas, danças
circulares, dança da corte, dança de salão e outras. A proposta é fazermos
uma apresentação das pesquisas realizadas na forma de cartazes, fotos,
recortes e atividades práticas.
Mãos à obra!
CAPÍTULO 3: UMA VIAGEM PELO MUNDO CHAMADO DANÇA
EDUCAÇÃO FÍSICA
EDUCAÇÃO FÍSICA
EDUCAÇÃO FÍSICA
ATIVIDADE DE PESQUISA
EDUCAÇÃO FÍSICA
O BALÉ
Na Itália do século XVI, surge uma dança com uma métrica bem
marcada para sua execução, o balltet, cuja palavra vem do latim ballator. em
1585, definida por Bastiano Di Rossi. Essa dança foi difundida e praticada com
mais intensidade na França, a contar da data do ano de 1555.
EDUCAÇÃO FÍSICA
CURIOSIDADES
ATIVIDADE DE PESQUISA
Converse com seu professor de história ou de artes sobre o período do
romantismo na arte e traga o relato para aula de Educação Física.
CAPÍTULO 3: UMA VIAGEM PELO MUNDO CHAMADO DANÇA
EDUCAÇÃO FÍSICA
DANÇA MODERNA
EDUCAÇÃO FÍSICA
ATIVIDADE
1- É hora de praticar!
Com base nas características da dança moderna, vamos realizar uma aula com
o que aprendemos.
DANÇA CONTEMPORÂNEA
EDUCAÇÃO FÍSICA
ATIVIDADE DE PESQUISA
2- Vivência
a) Agora chegou a vez de você organizar uma lista de palavras que na
sua ideia faz parte da realidade brasileira;
b) Partindo dessa ideia construa com seus colegas a forma como esse
tema pode ser representado com o corpo;
c) E agora demonstre a construção de seu grupo.
CAPÍTULO 3: UMA VIAGEM PELO MUNDO CHAMADO DANÇA
EDUCAÇÃO FÍSICA
EDUCAÇÃO FÍSICA
CURIOSIDADES
ATIVIDADE DE PESQUISA
EDUCAÇÃO FÍSICA
VOCÊ SABIA?
EDUCAÇÃO FÍSICA
ATIVIDADE
ATIVIDADE
Assista ao filme “Vem Dançar” (2006).
A partir da leitura desse filme, vamos fazer uma reflexão sobre a realidade dos
alunos mostrada no filme, e vamos ao debate!
EDUCAÇÃO FÍSICA
FUNÇÕES DA DANÇA
EDUCAÇÃO FÍSICA
ATIVIDADE DE PESQUISA
IMPORTANTE!
Você poderá ampliar seus conhecimentos refletindo acerca das
questões a seguir:
EDUCAÇÃO FÍSICA
ATIVIDADE DE PESQUISA
Agora reflita e tente responder a estas questões:
CURIOSIDADE
Agora você pode afirmar que a dança nem sempre foi como
conhecemos hoje. Ela passou por diversas transformações, sofreu influências
do desenvolvimento socioeconômico e sociocultural dos povos, sobreviveu a
diversas mudanças que aconteceram no campo das artes, da cultura, da
política e da religião como forma de organização social de cada época e, por
fim, tornou-se diferenciada entre as classes sociais.
CAPÍTULO 3: UMA VIAGEM PELO MUNDO CHAMADO DANÇA
EDUCAÇÃO FÍSICA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GARCIA, Ângela; HASS, Aline. Ritmo e Dança: aspectos gerais. Canoas: Ed.
Ulbra, 2002.
EDUCAÇÃO FÍSICA
VOLTAIRE. In: Histórias sobre ética. Trad. Luciano Vieira Machado. São
Paulo: Ática, 1999. (Fragmento).
Lifar (1925)
Capítulo 4:
A prática corporal da ginástica escolar
EDUCAÇÃO FÍSICA
Capítulo 4:
A prática corporal da ginástica escolar
EDUCAÇÃO FÍSICA
Goretti Vieira
Secretaria de Educação e Cultura do Município de João Pessoa
ATIVIDADE
Questionar os alunos em relação aos conhecimentos que possuem a
respeito da ginástica, os elementos que conhecem e quais movimentos são
capazes de realizar.
1
O termo educação física na Grécia antiga não era utilizado, mas, para efeitos didáticos decidimos manter
a nomenclatura no texto.
2
“Função exercida com o intuito de desenvolver os programas de estudos sobre a ginástica, com o
sentido de formação do homem num crescente domínio de si, pela libertação dos seus instintos, desejos e
paixões submetidas à razão” (LOBATO, 2001)
CAPÍTULO 4: A PRÁTICA CORPORAL DA GINÁSTICA ESCOLAR
EDUCAÇÃO FÍSICA
CURIOSIDADES
PESQUISA
Na Alemanha, a ginástica
surge nas instituições escolares,
chamadas de Philanthropinum.
As atividades realizadas eram
jogos de peteca, de bola, de
pelotas e pinos, corridas,
natação, entre outros. Segundo
Bregolato (2008), nessas
instituições, Johann Cristoph
Friedrich Guts Muths (1759 –
1839) iniciou a ginástica
pedagógica, que se originou da Exercício no pórtico, 1836.
Figura retirada do livro Imagens da educação do corpo (2005).
“ginástica natural” ou “método
natural”. De acordo com Hébert, o método natural deduz uma série de 10
grupos de exercícios: 1- marcha; 2- corrida; 3- salto; 4- quadrupedia; 5- trepar;
6- equilíbrio; 7- lançamentos; 8- transporte; 9- defesa; 10- natação. Esses 10
gêneros de exercícios, ou “atos naturais”, podem ser utilizados em sua forma
CAPÍTULO 4: A PRÁTICA CORPORAL DA GINÁSTICA ESCOLAR
EDUCAÇÃO FÍSICA
Quando a Alemanha foi derrotada por Napoleão, em 1805, foi criado por
Friedrich Ludwing Jahn (1778 – 1852) um modelo de ginástica militar que tinha
o objetivo de fortalecer física e moralmente a juventude alemã. Janh deixa
como contribuição para a educação física a criação de aparelhos como a barra
fixa, barras paralelas e o cavalo, sendo, portanto, um dos precursores da
ginástica olímpica com aparelhos (BREGOLATO, 2008).
A ginástica sueca
preocupava-se com a execução
correta dos exercícios, emprestando-
lhes um espírito corretivo. Uma das
maiores contribuições suecas para a
ginástica foi o grande impulso que
deu a uma antiga tendência desse
povo: a “ginástica para todos”, que
surgiu em 1912 com o objetivo de
A ginástica Sueca.
ampliar a prática de atividades Figura retirada do livro Imagens da educação do corpo
físicas para a totalidade da (2005).
população.
CAPÍTULO 4: A PRÁTICA CORPORAL DA GINÁSTICA ESCOLAR
EDUCAÇÃO FÍSICA
PESQUISA
ATIVIDADE
Dividir a turmas em vários grupos e construir um painel (fotos,
principais nomes, formas de treinamento) sobre os métodos ginásticos (grego,
francês, alemão, sueco) e suas relações com a sociedade, para,
posteriormente, apresentar ao restante da turma, discutindo e trocando
informações entre si.
CAPÍTULO 4: A PRÁTICA CORPORAL DA GINÁSTICA ESCOLAR
EDUCAÇÃO FÍSICA
CURIOSIDADES
“No final do século XIX e inicio do século XX, existia um debate entre os
defensores do esporte (na Inglaterra) e os defensores da ginástica (no
continente Europeu), ou seja, os sistematizadores dos métodos ginásticos,
quanto ao meio mais adequado da educação física da juventude. No entanto,
menos conhecidas entre nós no Brasil são as críticas oriundas das
organizações de ginástica e esportiva de trabalhadores europeus (Alemãs,
Belgas, Francesas, Suíças e Inglesas principalmente). A classe trabalhadora
em países como a Bélgica, a Tchecoeslováquia, a França e principalmente a
Alemanha criou uma organização de clubes de ginástica e, posteriormente,
CAPÍTULO 4: A PRÁTICA CORPORAL DA GINÁSTICA ESCOLAR
EDUCAÇÃO FÍSICA
VOCÊ SABIA?
Apesar de a ginástica sueca ter ganho reconhecimento internacional,
foi a Dinamarca que deu continuidade às ideias alemãs de ginástica. Neste
país, foi criado (1804) um instituto militar de ginástica, o mais antigo
estabelecimento especializado do mundo. Como premiação, implantou-se
obrigatoriamente a ginástica nas escolas, fazendo com que a Dinamarca se
adiantasse em anos em relação a outros países europeus.
SUGESTÃO DE DEBATE
PESQUISA
Procure seus avôs, pai, mãe, irmãos mais velhos, tios e/ou vizinhos e
perguntem como era a Educação Física na época deles. De que forma a
ginástica era praticada e como era a relação entre os alunos e os professores
nessa prática corporal?
VOCÊ SABIA?
A organização do trabalho
pedagógico nas aulas de Educação Física
era desenvolvida com movimentos repetitivos
e ordenados, com o objetivo de realizar o
movimento simultâneo, alternado e sem erro. Isso
foi iniciado no final do século XIX, e até o inicio dos
anos de 1980 era dessa forma que as aulas eram
sistematizadas.
TEXTO DE APOIO
GINÁSTICA AERÓBICA – O MAIOR FENÔMENO
SOCIOESPORTIVO DOS ANOS 70 E 803
ATIVIDADE
Aqui você (aluno) pode acrescentar mais algum dado que tenha
pesquisado a partir das questões iniciais deste estudo, certo?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DARIDO, Suraya Cristina; SOUZA Jr., Osmar Moreira. Para ensinar educação
física: possibilidades de intervenção na escola. Papirus, 2008.