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PATOLOGIA HEPÁTICA
Aspectos de normalidade
Fígado
• Metabólicas;
• Síntese;
• Catabólicas
• Armazenamento;
• Excretora;
• Defesa (células de Kupffer)
Anatomia e vascularização
Lóbulo hepático
Desenho esquemático:
Histologia e zonas
Alterações circulatórias
Bloqueio da circulação arterial
• Coração direito VCI Vv. Hepáticas Vv. Centrolobulares sinusoides veia porta e artéria
hepática
* Comprometimento do coração irá reduzir a drenagem de toda essa rede venosa com estase sanguínea,
podendo cursar com necrose e hemorragia centrolobular
MORFOLOGIA
→ Hepatomegalia congestiva dolorosa
* Congestão causada pelo represamento de sangue e dor pela distensão da capsula que reveste o fígado
(Capa de Glisson) e é inervada
→ Aspecto em noz moscada
→ Região próxima à VCL é mais acometida
Com o prolongamento da
estase sanguínea, há morte
celular dos hepatócitos
(como na ponta da seta
verde), podendo haver
aumento dos marcadores
hepáticos na circulação
sistêmica.
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Congestão de veia
centrolobular e de
espaço perivenular
(zona 3)
Síndrome de Budd-Chiari
• Obstrução por trombose das veias hepáticas ou da veia cava inferior → pressão intra-hepática
aumentada
Causas:
→ Distúrbios trombogênicos diversos
• Morfologia:
Igual ao “fígado cardíaco”, mas em geral congestão mais intensa
• Clínica:
Hepatomegalia dolorosa, ascite e hipertensão portal
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Síndromes hepáticas
Aspectos gerais da Doença Hepática
Órgão vulnerável a insultos metabólicos, tóxicos, microbianos, circulatórios e neoplásicos
→ Principais doenças hepáticas: hepatites virais, doenças hepáticas gordurosas (alcoólica e não alcoólica)
e CHC;
→ Grande reserva funcional
→ Processo insidioso → clínica tardia (meses a anos)
→ Flutuações das lesões hepáticas e seu processo de reparo (cicatrização) podem passar desapercebidos
→ Doença hepática crônica – cirrose
* IMPORTÂNCIA DE EXAMES DE ROTINA: Provas de função hepática estão alteradas em muitos dos
casos
Exames laboratoriais
Enzimas hepatocelulares
• TGO (AST) →
• TGP (ALT) → mais específica Lesão Hepática
Enzimas biliares
• Albumina;
• Fatores de coagulação → fibrinogênio, protrombina, fatores V, VII, IX e X Insuficiência Hepática
Distúrbios do metabolismo da Bilirrubina
Drenagem biliar
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Introdução
Função da bile:
• Emulsificação de gordura;
• Eliminação de bilirrubina, excesso de colesterol, xenobióticos...
Icterícia
Icterícia
Coloração amarelo-esverdeada da pele, esclera e mucosa devido a aumento dos níveis plasmáticos de
bilirrubina;
Patogênese:
1- Produção excessiva de bilirrubina
2- Captação reduzida pelo hepatócito Bilirrubina não conjugada (BI)
3- Conjugação prejudicada
4- Excreção hepatocelular reduzida (deficiência de transporte)
5- Fluxo biliar prejudicado → COLESTASE Bilirrubina conjugada (BD)
Causas da Icterícia
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Xantomas cutâneos
→ Relacionado à colestase
Hepatites
Conjunto de lesões necroinflamatórias que acometem difusamente o fígado, de forma heterogênea,
causadas por agentes agressores e pela resposta do hospedeiro.
→ Possíveis causas:
• Virais;
• Autoimune;
• Drogas/medicamentos
• Alcoólicas
• Metabólicas
Hepatites Virais
Etiologia – Vírus em geral
• Mononucleose
• Citomegalovírus (CMV)
• Febre amarela
• Adenovírus
• Herpes vírus
Vírus hepatotrópicos
• A, B, C, D, E
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Formas de apresentação
Hepatite A (HAV)
• Vírus de RNA
• Doença normalmente benigna e autolimitada (letalidade 0,1 a 0,3%)
• Incubação: 2 a 6 semanas
• Transmissão: Fecal-oral (ingestão de água e alimentos contaminados → baixo nível socioeconômico)
• Endemica no Brasil
→ Formas:
o Assintomática
o Hepatite aguda (25%) → raramente hepatite fulminante
→ NUNCA EVOLUI PARA A FORMA CRÔNICA
Sorologia
Hepatite B (HBV)
• Assintomática (65%)
• Hepatite aguda (25%) → Hepatite fulminante (raro)
• Hepatite crônica (5 a 10%)
Formas e evolução
Marcadores sorológicos
Genoma do HBV (HBV-DNA) codifica algumas proteínas (antígenos):
• Anti-HBc
o IgM: Contato recente com o vírus
o IgG: Contato prévio com o vírus (não significa cura)
• Anti-HBs: Proteção contra a infecção (cura ou vacinação)
• Anti-HBe: Indica parada de replicação viral
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• Antivirais: cura (difícil) e retardar a progressão e reduzir lesão hepática, prevenindo a cirrose
→ Prevenção:
Hepatite C (HCV)
o Vírus de RNA → instável, múltiplos genótipos e subtipos → criação de vacina dificultada
o Não há vacinação
o Incubação: 2 a 26 semanas
o Transmissão: parenteral, sexual (pouco frequente), vertical (rara)
o Enorme problema de saúde global → Principal causa de hepatite crônica no mundo
Formas:
• Assintomática
• Hepatite aguda (raro) → curso clínico leve
• Hepatite crônica (80 a 90%) → cirrose (20%)
→ Infecção persistente e hepatite crônica são as marcas registradas da Hepatite C
Formas e evolução
Sorologia
Mais simples, indivíduo com Anti-HCV não indica proteção, indica apenas que já ouve contato.
* Não oferece proteção já que é um vírus altamente mutável
→ Na fase crônica o paciente também terá Anti-HCV, as transaminares decaem, mas permanecem elevadas
e, obviamente, o HCV-RNA será sempre detectado, já que não evolui para resolução
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Tratamento:
Prevenção:
Microscopia:
• Degeneração hidrópica;
• Fusão de hepatócitos;
• Apoptose
• IIMN
o Linfócitos (principal), plasmócitos e macrófagos;
o Predominantemente perivenular c/ necrose focal
o Portal, discreto e restrito
• Colestase
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Colestase na microscopia acima visível pelo acúmulo de bile (ponta da seta) nos canalículos
Hepatite aguda grave (Fulminante)
➔ Microscopia:
- Necrose hepatocitária evidente → restos celulares, fibras de reticulina rompidas, congestão/hemorragia,
inflamação variável e reação ductular.
- Necrose “em ponte”: confluência de necroses focais
o Colapso do arcabouço reticular
o “pontes” entre EP e VCL
- Necrose maciça (hepatite fulminante)
o Confluência das pontes
o Colapso mais acentuado do parênquima
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VCL
VCL
Na imagem acima observa-se a necrose em ponte, em que a área necrosada próxima a região de uma Veia
Centro Lobular se comunica com a outra área de necrose
→ Observa-se que as regiões próximas a região portal permanecem intactas
→ No maior aumento, observa-se ao centro
as células mais claras (ainda com núcleos)
necrosadas, comparadas as células da
periferia que ainda não sofreram necrose
➔ Macroscopia
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• Encefalopatia hepática
o espectro de alterações de consciência
o anormalidades comportamentais sutis → confusão acentuada → coma/morte
→ Patogênese
▪ alterações metabólicas e de neurotransmissores
▪ amônia (principal fator)
• Coagulopatia
o Fígado produz fatores de coagulação → lesão do fígado = queda dos fatores
o Hemorragias
• Síndrome Hepatorrenal
o Insuficiência renal como consequência da insuficiência hepática, sem que haja lesão
aparente dos rins
→ Patogênese:
▪ Vasodilatação sistêmica → queda da perfusão renal → ativação do sistema nervoso
simpático renal e do SRAA → vasoconstrição arteriolar renal → queda da fltração
glomerular
▪ Queda da produção de urina e aumento nos níveis séricos de ureia e creatinina
Hepatite crônica
Persistência da inflamação, com evidência sorológica (presença do vírus), associada a níveis séricos
elevados de TGP e TGO
Morfologia
➔ Microscopia
• Variável (depende do grau)
• Acometimento hepático difuso → IIMN portal (predominantemente linfocitário)
* Na hepatite aguda o acometimento é mais próximo da VCL
• Hepatite de interface
o necrose de hepatócitos da placa limitante – necrose “em saca bocados”
o indicador de atividade inflamatória e progressão
• Reação ductular
• Fibrose
o Portal
o Septos (EP-EP; EP-VCL)
o Nódulos (cirrose)
→ Na imagem acima é visível o IIMN restrito ao espaço porta (ainda não há hepatite de interface)
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→ No caso da imagem abaixo trata-se de uma hepatite de interface, em que, observa-se (na ponta da seta
– imagem à esquerda) extravasamento do IIMN do espaço portal para o tecido adjacente.
Hepatite autoimune
Classificação
TIPO 1
➔ 80% dos casos
➔ Acomete mais mulheres
➔ Anticorpos envolvidos:
o Anti-múculo liso (SMA)
o Anti-núcleo (ANA)
TIPO 2
➔ 20% dos casos (predomínio em crianças)
➔ Anticorpos envolvidos:
o Antimicrossomos hepático e renal tipo 1 (anti-LKM-1)
o Anticitosol hepático tipo 1 (ACL-1)
Morfologia
Lesões:
→ História clínica, marcadores sorológicos virais, anticorpos são importantes para o diagnóstico.
Morfologia
Extremamente variável
➔ Uma característica muito marcante é a presença de Infiltrado Inflamatório c/ Eosinófilos
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• Ingestão regular
• Duração prolongada do etilismo
• Quantidade de 60 a 80g/ dia de álcool → leva a lesões hepáticas
o 1 Garra de vinho, 3 doses de destilado, 4 latas de cerveja
Fatores de risco adicionais
→ No final das 3 vias, o etanol é transformado em Acetaldeído que será encaminhado a o interior da
mitocôndria e ser oxidado em Ácido Acético pela ALDH (Aldeído Desidrogenase)
Acúmulo de ácido graxo devido a redução de NAD (o qual esta sendo usado para oxidação do alcool em
acetaldeído) e aumento da disponibilidade de acetilCoa, proveniente do aumento de acetato (ácido acético)
Morfologia
• ESTEATOSE HEPATOCELULAR
o Microscopia
→ Inicialmente centrolobular (zona3)
Observa-se a presença de lipídeo no
interior do citoplasma do hepatócito.
o Macroscopia
➢ Hepatomegalia
➢ Amarelado
➢ Macio
➢ Reversível
* Se o consumo de álcool for
cessado a esteatose na fase
inicial poderá ser totalmente
revertida
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• ESTEATOHEPATITE
Lesão mais típica de doença hepática alcoólica (10 a 35%)
o Microscopia
- Esteatose
- Balonização (hepatócito fica inflado)
- Corpúsculo de Mallory-Denk (material eosinofílico amorfo condensado no citoplasma) → Ponta da seta
- Infiltrado inflamatório neutrofílico lobular
- Necrose de hepatócitos
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• ESTEATOFIBROSE
→ Ativação de células estreladas dos sinusoides e fibloblastos portais (sintetizam colágeno p/ reparação)
→ Fibrose pervenular (zona 3) – local em que se inicia a esteatose
→ Fibrose perissinusoidal (tela de galinheiro)
• CIRROSE ALCOÓLICA
→ Septos fibrosos finos (centro-porta)
→ Septos fibrosos espessos (centro-porta, centro-centro e porta-porta)
o Microscopia
o Macroscopia
→ Micronodular
→ Retraído, acastanhado e
firme
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Clínica
Esteatose: Hepatomegalia, elevação discreta de TGO e TGP e enzimas canaliculares;
Hepatite alcoólica:
o Hepatomegalia, elevação mais acentuada de TGO, TGP e enzimas canaliculares
o Quadro clínico variável
o Anorexia, perda de peso, dor ou desconforto abdominal, colestase (às vezes)
o Óbito
Cirrose alcoólica
o Insuficiência hepática crônica
o Hipertensão portal
o Icterícia
Clínica
Tratamento
→ Controle da síndrome metabólica como prevenção de evolução para cirrose
Cirrose hepática
Definição: Subversão difusa da arquitetura hepática por nódulos de hepatócitos em regeneração,
circundados por septos de tecido conjuntivo
Corresponde ao estágio final de várias doenças hepáticas, como:
→ Hepatites virais B e C, autoimune, alcoólica, doenças de origem metabólica (NASH, Hemocromatose, D.
de Wilson, deficiência de α-1-antitripsina), vascular, biliar ou cirrose criptogênica (idiopática)
Patogênese
1. Necrose hepatocelular
▪ Agressões diversas → comprometimento da arquitetura
2. Proliferação de componentes estromais
▪ Colapso da trama reticulínica + neoformação de fibras colagênicas
3. Regeneração hepatocitária
▪ Fibrose insula o parênquima → nódulos hepatocitários regenerativos
→ São encontradas 3 lesões fundamentais:
Morfologia
Macroscopia
• Cirrose micronodular
o Nódulos de 2 a 3 mm
o Septos de espessura uniforme
o Superfície regular
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• Cirrose macronodular
o Nódulos de tamanhos e formatos distintos
o Septos de espessura variável
o Superfície irregular
Microscopia
Nódulos de parênquima hepático, de tamanhos variados, circundados por septos fibrosos com subversão
da arquitetura normal do fígado
Classificação
➔ Tradicional
o Macronodular, micronodular ou mista
o Pouca reprodutibilidade e utilidade clínica
➔ Etiológica
o História clínica;
o Marcadores bioquímicos, virológicos e imunológicos
o Biopsia hepática
▪ Esteatose, neutrófilos, hialino de Mallory → Hepatite alcoólica
▪ Hepatócito em vidro fosco → HBV
▪ Plasmócitos + hepatite de interface → Hepatite autoimune e viral
▪ Depósitos de ferro e cobre → Hemocromatose (Doença de Wilsson)
Clínica
➔ Assintomático por anos
➔ Manifestações inespecíficas (Anorexia, perda de peso, fraqueza, dores abdominais)
➔ Quadros clínicos tardios (complicações)
o Insuficiência hepática crônica
o Hipertensão portal Síndromes hepáticas
o Carcinoma hepatocelular
• Icterícia → Elevação de BD e BI
• Diminuição da síntese proteica → hipoalbuminemia (edema; ex: ascite)
• Diminuição dos Fatores de coagulação → hemorragias
• Diminuição da Metabolização de hormônios → ex: hiperestrogenismo
o Eritema palmar; aranhas vasculares
o Homens → ginecomastia e hipotrofia testicular
• Aumento de amônia (NH3) → Encefalopatia hepática → manifestações neuropsíquicas
Hipertensão Portal
Aumento da pressão venosa no sistema porta em níveis superiores a 17 mmHg, por aumento da resistência
ao fluxo sanguíneo
Classificação
• Pré-hepática
o Trombose portal;
o Compressão portal extrínseca (neoplasia);
o Esplenomegalia com aumento do fluxo arterial esplênico = aumento da drenage p/ veia porta
• Intra-hepática
o Cirrose (sinusoidal)
o Esquistossomose (pré-sinusoidal)
• Pós-hepática
o Síndrome de Budd-Chiari;
o Insuficiência cardíaca direita severa;
Patogênese
Hipertensão Portal na cirrose
Motivos:
1. Compressão dos sinusoides hepáticos pela fibrose e pelos nódulos (dificulta a drenagem);
2. Anastomoses arteriovenosas (shunts ateriovenosos intra-hepáticos) → Sangue arterial em alta
pressão lançado para o sistema venoso;
3. Endotélio sinusoidal → sofre alterações com redução na síntese de NO 2 e aumento da liberação de
angiotensina → alterações que levam a vasoconstrição hepática
Manifestações Clínicas
Esquistossomose
Doença endêmica no Brasil
→ Vermes trematódeos, do gênero Schistosoma
→ Transmissão: relacionada aos aspectos socioeconômicos: educação sanitária, saneamento báscio e
serviços de saúde
Ciclo
Formas anatomoclínicas
Forma aguda
Pode durar até 4 meses, a evolução para óbito é rara e está associada a um quadro toxemico infeccioso
Formas crônicas
➔ Forma intestinal / hepatointestinal ---> sem hepatomegalia
➔ Forma hepática avançada ---> c/ hepatolomegalia e s/ hipertensão portal
➔ Forma hepatoesplênica ---> c/ hipertensão portal
* Todas as formas possuem ovos e granulomas no fígado
• FORMA HEPATOESPLÊNICA
Forma clínica de maior relevância, relacionada à áreas endêmicas
Patogênese
Ovos em vênulas mesentéricas → veia porta → ocluem ramos da veia porta (espaço porta) → formação de
granulomas → aumento da pressão no sistema venoso intra-hepático → abertura de pequenas vênulas
colaterais → oclusão dessas vênulas → fibrose (“em haste de cachimbo”)
Bernardo Corrêa 71B 33
Microscopia
• Peripileflebite → ovos atravessam a parede das veias e alojam-se no tecido conjuntivo portal;
Macroscopia
→ Consistência firma e endurecida (fibrose)
→ Superfície externa irregular por retração da capsula de Glisson
→ Aspecto pseudo-
cirrótico
* Na esquistossomose há
a presença de fibrose,
mas não há cirrose
hepática
➔ Forma compensada:
• Apenas hipertensão portal;
• Geralmente jovens: 10 a 30 anos.
➔ Forma descompensada:
• Hipertensão portal + insuficiência hepática;
• Desencadeada por sangramento digestivo ou infecções hepáticas virais;
• Geralmente pacientes > 35 anos.
→ Icterícia, edema de MMII, encefalopatia, disfunção renal, eritema palmar, aranhas vasculares, etc
Bernardo Corrêa 71B 35
Tumores Hepáticos
➔ Patogênese
Artéria anômala → leva a hipoperfusão ou hiperperfusão
➔ Morfologia
Nódulo subcapsular, < 5cm, bem demarcado, mal encapsulado, mais claro que o fígado ao redor, com
cicatriz estrelada centra
* Observar na microscopia a presença de ramos de arteríolas anômalas e os hepatócitos viáveis são
chamados de hepatócitos hiperplásicos
Bernardo Corrêa 71B 36
→ Nódulo subcapsular com Cápsula de Glisson protusa, com áreas brancas (fibrose)
→ Na microscopia observa-se canais vasculares de tamanhos variáveis com sangue, podendo levar a
trombose com condução para isquemia
→ Vasos revestidos por células normais (sem atipia) = TUMOR BENIGNO
➔ Patogênese
Depende do subtipo do adenoma (classificação morfomolecular)
• Assintomático
• Dor abdominal → compressão capsular
• Possui risco de evolução para malignização (baixo)
Bernardo Corrêa 71B 37
➔ Morfologia
→ Na microscopia, observa-se proliferação de hepatócitos sem atipias (ou com atipias discretas), dispostos
em arranjos trabeculares (cordões)
➔ Patogênese
Mutações em reguladores da via WNT
• Pode ser fatal em pouco tempo → ruptura da massa neoplásica, insuficiência hepa´tica e metástases
a distância
Bernardo Corrêa 71B 38
➔ Tratamento
Quimioterapia e ressecção cirúrgica
➔ Morfologia
Nódulo solitário, de 5 a 25 cm, heterogêneo (necrose, hemorragia, cistos e componentes mesenquimais:
osteoide, cartilagem...)
Tipos
• Epitelial
o Células de padrão embrionário
o Células de padrão fetal
Colangiocarcinoma
➔ Patogênese
- Pouco conhecida;
- Inflamação crônica e colestase → mutações no epitélio biliar
➔ Localização
- Intra-hepático (10%)
- Peri-hilar ou central (60%) → TUMOR DE KLATSKIN
- Extra-hepático distal (30%)
❖ Tumor intra-hepático → demoram a provocar sintomas
❖ Tumor peri-hilar ou extra-hepático distal → icterícia obstrutiva precoce (colestase)
➔ Morfologia
Lesão branco-acinzentada, firme, infiltrativa e de tamanho variado
Bernardo Corrêa 71B 40
→ É um adenocarcinoma, ou seja, forma glândulas (estruturas tubulares atípicas, por vezes com mucina,
em meio à estroma desmoplásico abundante→ tumor secreta substâncias que estimula a produção de
colágeno que da um aspecto endurecido ao tumor)
➔ Prognóstico (RUIM)
Tumores peri-hilar e extra-hepático distal:
• Demora no diagnóstico;
• Sintomas → tumor grande;
• Tempo médio entre o diagnóstico e o óbito: 6 meses
➔ Etiopatogênese
Doenças hepáticas crônicas avançadas (cirrose) → Fator de risco
➔ Morfologia
• Lesão nodular pequena ou maciça, única ou múltiplas (bem delimitadas)
• Infiltração difusa (mal delimitada)
→ Fígado cirrótico com presença de nódulo neoplásico bem delimitado e único de 3 cm demarcado pelas
linhas vermelhas
→ CHC presente fora do contesto de cirrose, observa-se
uma massa única, branca e de grande tamanho
➔ Clínica
- Paciente assintomático (90%);
- Dor abdominal discreta; perda ponderal; prostração; febre; icterícia; ascite (tamanho tumoral e crescimento)
- CHC geralmente se apresenta em estágios mais avançados: prognóstico ruim
➔ Diagnóstico:
• Exames laboratoriais: a-fetoproteína sérica;
• Exames de imagem: USG, TC, RNM;
• Biópsia
➔ Evolução
• Neoplasia altamente maligna
• Evolução rápida e sobrevida curta
• Metástases precoces
➔ Tratamento
• Geralmente cirúrgico → segmentotectomia, lobectomia ou transplante
➔ Morfologia