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Arte Pré-Cabralina

No período pré cabralino dois conjuntos de produção artística

Arte Pré-Cabralina
Arte indígena anterior a chegada de Pedro Álvares
Cabral no Brasil
Segundo a Fundação Nacional do Índio – Funai -, quan-
do os portugueses chegaram ao Brasil, havia aqui 1 mi-
lhão a 10 milhões de Indígenas. Hoje restam cerca de
345 mil, distribuídos por reservas em todo país. Além da
redução numérica, impressiona e assusta a destruição de
culturas que criaram, ao longo dos séculos, objetos de
tão grande beleza, como os que você vê nas figuras.
se destacam: a fase marajoara e a cultura Santarém.
A fase marajoara é a quarta das cinco fases em que se dividiu
a produção cultural dos povos da ilha de Marajó, a nordeste do
atual estado do Pará. Essa produção destaca-se sobretudo pela
cerâmica: vasos domésticos, simples; e vasos cerimoniais e fune-
rários, com decoração mais elaborada. Despertam interesse tam-
bém as estatuetas com representações humanas. A cultura dessa
fase sofreu um lento mas constante declínio, até desaparecer
completamente por volta de 1350, talvez absorvida por outros
povos que chegaram à ilha.

Quando dizemos
que um objeto indíge-
na tem qualidades
artísticas, o fazemos
do nosso ponto de
vista, e não do ponto
de vista do indígena.
Para ele, os mais sim-
ples objetos usados no
dia-a-dia – redes, potes, cestos, etc. – devem ser feitos
com muito capricho e perfeição. Desse modo os objetos
são belos porque são bem feitos, e não por serem obras
artísticas. A cultura Santarém corresponde aos vestígios culturais encon-
Nas sociedades indígenas a preocupação com a beleza trados na região próxima à junção dos rios Tapajós e Amazonas,
aparece também nos acessórios – colares, tangas, coca- no estado do Pará. Seus vasos de cerâmica são ricamente deco-
res -, nas máscaras e objetos rituais e nas pinturas corpo- rados com pinturas, desenhos e relevos com figuras humanas ou
rais. de animais. A arte santarena produziu também objetos e estatu-
Outro aspecto importante da arte indígena é que ela etas de formas variadas. Essa cultura prosseguiu até a chegada
representa mais as tradições da comunidade que as pre- dos colonizadores, mas, por volta do século XVII, desapareceu.
ferências do artista. Assim o estilo da pintura corporal,
do trançado e da cerâmica varia muito de um grupo para
outro, como se fosse a “marca” de cada comunidade.