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Adaptado de:
Metalmecânica – Teoria Caminhão Betoneira – V 1 e 2
página
Fresadora 3
Torneamento 18
Balanceamento de linha 32
Custos industriais 95
3
A fresadora permite realizar operações de fresagem de
superfícies planas, côncavas, convexas e combinadas.
4
Matematicamente a velocidade de corte é representada pela
fórmula:
e
Vc =
t
d
Matematicamente, pode-se dizer que, em uma rotação: Vc
t
dn
Em “n” rotações: Vc
t
5
Como o número de rotações é determinado a cada minuto, a Vc
dn
pode ser representada: Vc ou Vc = dn
1min
Observação
1m = 1000mm
6
7
Para calcular a rotação (nr) em função da velocidade de corte,
usa-se a seguinte fórmula:
Vc 1000
nr = [1/ min] ou [min-1]
d
8
Como o diâmetro das ferramentas é dado em milímetros e a
velocidade de corte é dada em metros por minuto, é necessário
converter milímetros em metros. Por isso, o fator 1000 é usado
na fórmula de cálculo.
Vc 1000 Vc 1000 Vc
nr = 318,3
d d 3,1416 d
Vc
n r 318
d
Exemplo
Calcular o número de rotações para fresar em desbaste uma
2
peça de aço ABNT 1045 com resistência até 700 N/mm com um
cabeçote para fresar de 125 mm de diâmetro.
Dados da máquina: 50; 80; 100; 125; 250; 315; 400; 500; 630; 800; 1000;
1250/min.
d = 125 mm Vc: 62 a 80 m/min (dados da tabela)
318 Vc 318 62
nr nr = 157,72/min
d 125
318 Vc 318 80
nr
d 125 nr = 203, 52/min
9
O operador deve sempre analisar a condição de corte
(refrigeração, rigidez da máquina, rigidez da fixação, etc.) e
verificar se é possível utilizar uma rotação maior, considerando-se
também a vida útil da ferramenta.
Nomograma é um gráfico que contém dados que permitem obter
o valor da rotação pela localização de um ponto de encontro entre
suas coordenadas.
10
velocidade de corte correspondente e em seguida, projetar uma
linha horizontal até a escala de rotações. Assim, por exemplo, a
rotação para fresar uma peça de aço com velocidade de corte de
32m/min, com um cabeçote de fresar de 160 mm de diâmetro, é
64/min.
11
Nas ferramentas multicortantes, especialmente nas fresas, são
definidos três tipos diferentes de avanço: avanço por rotação,
avanço por dente e avanço de mesa.
sn = sz . z sn = 0,2 . 14 sn = 2,8mm/r
sz =
sn
z
sz = 0,25
5
sz = 0,1mm/d
12
Tabela de avanço por dente para fresa (mm/d)
cilíndrica e de pastilhas circular de perfil de topo de
Tipo de
cilíndrica intercambiá- aço rápido constante aço rápido
fresa
frontal veis
des- acaba des- acaba des- acaba- des- acaba- des- acaba
Operação
baste mento baste mento baste mento baste mento baste mento
Aço de 900 a
2
0,1 0,04 0,1 0,05 0,05 0,02 0,02 0,01 0,02 0,03
1100 N/mm
Aço de 600 a
2
0,15 0,05 0,2 0,1 0,06 0,02 0,03 0,01 0,02 0,03
900 N/mm
Aço até
2
0,2 0,08 0,25 0,1 0,07 0,03 0,04 0,02 0,04 0,08
600 N/mm
Ferro fundido
0,2 0,08 0,3 0,1 0,07 0,03 0,03 0,01 0,03 0,06
até 180 HB
Ferro fundido
acima de 0,1 0,04 0,2 0,1 0,07 0,03 0,03 0,01 0,03 0,05
180HB
Bronze 0,15 0,06 0,5 0,15 0,06 0,03 0,04 0,02 0,04 0,08
Latão 0,2 0,1 0,5 0,15 0,06 0,03 0,04 0,02 0,04 0,08
Ligas de
0,1 0,05 0,5 0,15 0,07 0,03 0,03 0,01 0,04 0,08
alumínio
13
Para calcular diretamente o avanço da mesa (s’) em função do
avanço por dente, normalmente apresentado em tabelas
empíricas, utilizam-se a associação das fórmulas já
apresentadas.
Vc . 1000
sn = sz . z n =
d
s’ sn . n
Substituindo, temos
sz . z . Vc . 1000
s’ =
d
Onde:
s’ avanço da mesa em mm/min
sz avanço por dente em mm/d
z número de dentes da fresa
Vc velocidade de corte m/min
d diâmetro externo da fresa em mm
3,14
1000 fator de conversão de milímetros para metros
14
Como a velocidade de corte e o avanço por dente são dados
empíricos o operador pode analisar as condições gerais de corte
(lubrificação, resistência do material, dureza da ferramenta,
rigidez da máquina) e aumentar o avanço de mesa, gerando
maior produção, considerando também a vida útil da ferramenta.
Tc = [s; min]
!
O tempo t necessário para um movimento é o quociente de uma
distância S (comprimento de corte) para uma velocidade (avanço)
V.
Exemplo
Um comprimento de 60mm deve ser percorrido por uma
ferramenta com a velocidade (avanço) de 20mm/min.
Qual o tempo necessário para percorrer essa distância?
Solução
Espaço S S
Fórmula geral: Velocidade = V t
Tempo t V
60m . min
m
t = 3min
20m
m
Sabendo que a velocidade de avanço da mesa (s’) é a distância
percorrida pela peça de trabalho em cada minuto, em relação à
ferramenta de corte ou matematicamente expresso pela fórmula
s’ = sn . n [mm/min]
15
Substituindo, temos a fórmula para o cálculo do tempo de corte
na fresagem.
S
Tc [min]
sn . n
Onde:
L = + ea + cp
L = curso completo da
ferramenta
ea = espaço anterior
ep = espaço posterior
= comprimento da peça
Exemplo
Calcular o avanço da mesa em mm/min e o tempo de corte (Tc)
para um fresamento tangencial de dois passes, utilizando uma
fresa cilíndrica de 63mm de diâmetro e 6 facas.
16
Dados
Vc = 10m/min
sz = 0,2mm/d
Solução
1. Cálculo do avanço da mesa (s’)
s’ = 60,66 mm/min
L = + ea + ep
L = 380mm + 20mm + 1mm
L = 401mm
Tc=
L . i
Tc = 401 . 2
Tc = 13,22 min
s' 60,66
17
Db Da
Dm
2
Onde:
Dm - Diâmetro médio (mm)
Db - Diâmetro bruto (mm)
Da - Diâmetro acabado (mm)
Db
Da
p
2
18
Onde:
p - Profundidade de corte (mm)
Db - Diâmetro bruto (mm)
Da - Diâmetro acabado (mm)
. Dm . n
Vc
1000
Onde:
Vc - Velocidade de corte (m/min)
- 3,14 (adimensional)
Dm - Diâmetro médio (mm)
-1
n - Rotação (min )
1000 - Constante de conversão de m para mm
19
Tabelas de Velocidades de Corte
20
Velocidade de corte no torneamento em m/min, segundo AWF - 158
Resistênci Avanço (sn) mm/r
a ou Ferra- sn = 0,1 sn = 0,2 sn= 0,4
MATERIAL
dureza menta Tempo de usinagem (min)
2
(kgf/mm ) 60 240 480 60 240 480 60 240 480
S1 112 90 80 90 71 63 71 56 50
AÇO INOXIDÁVEL 60 – 70 S2 53 43 38 43 34 30
S3 28 28 22 20
SS 9 6.3 5.3 5 3.5 3
S1 50 40 36 40 32 28
AÇO FERRAMENTA 150-180 63 50 45
S2 30 24 21 24 19 17
S3 16 13 11
S1 32 28 32 25 22
AÇO DURO AO
S2 40 19 17 19 15 13
MANGANÊS
S3 63 40 36 24 19 17 13
GG 12 ATÉ 200 SS 48 34 28 27 19 16
220 140 118
GG 14 HB G1 170 118 100 132 95 80
GG 18 200-250 SS 150 106 90 32 22 19 18 13 11
GG 26 HB SS 150 106 90 125 90 75 106 75 63
250-400 SS 106 75 63 24 17 14 15 11 9
FERRO FUNDIDO LIGA
HB H1 106 75 63 90 63 53 75 53 45
FERRO FUNDIDO SS 150 106 90 43 30 25 28 20 17
TEMPERADO S1 150 106 90 125 90 75 120 75 63
FERRO FUNDIDO 65-90
H1 30 21 18 24 17 14 21 15 13
PURO Shore
SS 1120 500 335 63 53 48 45 38 34
COBRE
G1 1120 500 335 1000 350 300 850 375 250
COBRE ELETROLÍTICO G1 425 236 180 335 190 140 230 180 118
SS 1320 600 400 125 90 80 85 63 53
LATÃO 80-120 HB
G1 1320 600 400 1180 530 355 1000 450 300
BRONZE PARA SS 710 500 425 85 63 53 63 48 40
MÁQUINA G1 710 500 425 630 450 375 530 375 315
SS 630 355 265 63 48 40 53 40 34
BRONZE FUNDIDO
G1 630 353 265 500 280 212 425 286 180
SS 90 43 30 85 40 28 80 38 27
ZINCO E SUAS LIGAS
G1 500 250 180 475 236 170 450 224 160
BORRACHA BAKELIT
G1 560 280 200 425 212 150 335 170 118
PERTINAX MOVOTAX
21
Velocidade de corte no torneamento em m/min, segundo AWF - 158
Avanço (sn) mm/r
Dureza ou
Ferra- sn = 0,8 sn = 1,6 sn= 3,2
MATERIAL resistência
2
menta Tempo de usinagem (min)
(kgf/mm )
60 240 480 60 240 480 60 240 480
SS 34 24 20 25 18 15 19 13 11
St 34.11
S1 212 170 150
St 37.11 Até 50
S2 150 118 106 125 100 90
St 42.11
S3 100 80 71 85 67 60 71 56 50
SS 27 19 16 20 14 12 15 11 9
St 50.11 S1 190 150 132
50 – 60
(SAE 1035) S2 125 100 90 106 85 75
S3 85 67 60 71 56 50 60 48 43
SS 22 16 13 17 12 10 13 9 7,5
St 60.11 S1 180 140 125
60 – 70
(SAE 1145) S2 106 86 75 90 71 63
S3 71 56 50 60 48 43 50 40 36
SS 18 13 11 13 9 8 10 7 6
St 70.11 S1 132 106 95
70 – 80
(SAE 1060) S2 80 63 56 63 50 45
S3 53 43 38 43 34 30 34 27 24
SS 14 10 8,5 11 7,5 6,3 8 5,6 4,8
S1 112 90 80
St 85 85 – 100
S2 67 53 48 53 43 38
S3 45 36 32 36 38 25 28 22 20
SS 15 11 9 11 7,5 6,3 7,5 5,3 4,5
AÇO MANGANÊS
S1 132 106 95
AÇO CROMO 70 – 85
S2 80 63 56 63 50 45
AÇO NÍQUEL
S3 53 43 38 43 34 30 24 27 24
SS 12 8,5 7,1 8,5 6 5 6 4,2 3,5
S1 95 75 67
AÇO CROMO 80 - 100
S2 56 45 40 45 36 32
S3 38 30 27 30 34 21 25 20 18
SS 8 5,6 4,8 5,6 4 3,4
S1 63 50 45
OUTROS AÇOS 100 – 140
S2 38 30 27 30 24 21
S3 25 20 18 20 16 14 16 13 12
SS
S1 40 32 28
LIGAS 140 – 180
S2 24 19 17 19 15 13
S3 16 13 11 13 10 9 10 8 7,1
22
Após a correção do valor tabelado com os dados do problema,
inicia-se o cálculo da 1ª tentativa.
S = p . sn
Onde:
S - seção do cavaco (mm²)
p - profundidade de corte (mm)
sn - Avanço (mm/r)
N = Nm .
Onde:
N - potência final do motor (cv)
Nm - potência nominal do motor (cv)
- rendimento (%)
-z
Ks = Ks1 . h
23
Onde:
Ks - pressão específica de corte (kgf/mm²)
Ks1 - constante do material
z - expoente experimental, em função do material
h - espessura do cavaco (mm - medida normalmente a
superfície de corte segundo a direção de corte,
h = sn . sen )
Ks . S . Vc
Nu
60 . 75
24
Onde:
Nu - Potência útil de usinagem (cv)
Ks - Pressão específica de corte (kgf/mm²)
Vc - Velocidade de corte (m/min)
S - Seção do cavaco (mm²)
60 e 75 - constantes de conversão
Nu
Ne
Onde:
Ne - Potência efetiva (cv)
Nu - Potência útil de usinagem (cv)
- Rendimento da máquina (%)
Observação
Caso o valor encontrado não seja satisfatório, alterar os valores
de Vc para conseguir melhor utilização da máquina.
L
Tc
s'
ou
L
Tc
sn . n
Onde:
Tc - Tempo de corte (min)
L - Comprimento total de usinagem (mm)
s’ - avanço do carro (mm/min)
sn - avanço (mm/r)
-1
n - rotação (min )
25
Exemplo
Determinar as condições ideais para o torneamento.
Dados da máquina - torno mecânico:
sn - 0,04/0,08/0,16/0,32/0,64/1,28/2,56/5,12/10, 24/10,60 mm/r
-1
n - 30/60/90/120/150/300/600/1200/2400/4800 min
Nm - 10 cv
- 60 % (máquina velha)
Dimensões:
Comprimento do torneado = 550 mm
Diâmetro bruto = 115 mm
Diâmetro acabado = 107mm
Solução
Cálculo do diâmetro médio (Dm)
Db
Da 115
107 8
p p p p 4mm
2 2 2
. Dm . n . 111 . n
Vc Vc Vc 0,3487 . n
1000 1000
n = 30 min
-1
Vc = 10,461 m/min
n = 60 min
-1
Vc = 20,922 m/min
n = 90 min
-1
Vc = 31,382 m/min
n = 120 min
-1
Vc = 41,844 m/min
n = 150 min
-1
Vc = 52,305 m/min
26
n = 300 min
-1
Vc = 104,610 m/min
600 min
-1
n = Vc = 209,220 m/min
1200 min
-1
n = Vc = 418,440 m/min
2400 min
-1
n = Vc = 836,880 m/min
4800 min
-1
n = Vc = 1673,760 m/min
Adotado
a) sn = 0,2mm/r
(t = 60 min) -Vc = 30 m/min (tabela)
-1
quando n = 90 min
avanço + próximo foi de sn = 0,32mm/r
dado no problema
Cálculo da 1ª tentativa
Dados da tabela sn = 0,2 mm/r
corrigindo para sn= 0,32 mm/r
-1
dado na máquina e n = 90 min
N = Nm . N = 10 . 0,6 N = 6 cv
h = 0,2264 mm
Ks = 335,789 Kgf/mm²
27
Cálculo da potência útil de usinagem
15530,525
Nu Nu 3,00 cv
4500
Nu 3,00
Ne Ne Ne = 5,0 cv (muito baixo)
0,6
N = Nm . N = 10 . 0,6 N = 6,0 cv
89713,53
Nu Nu = 19,90 cv (muito alta)
4500
28
c) dados da tabela sn = 0,2 mm/r
corrigindo para
sn = 0,32 mm/r
dados da máquina n = 150 min
-1
N = Nm . N = 10 . 0,6 N = 6,0 cv
Ks = Ks1 . h
-z
Ks = 215 . 0,2264-0,30 Ks = 335,789 Kgf/mm²
22481,208
Nu Nu = 4,9 cv (valor máximo ideal)
4500
Nu 4,9
Ne Ne Ne = 8,166 cv (rendimento total)
0,6
L L 550
Tc Tc Tc Tc = 11,450 min
s' sn . n 0,32 . 150
29
Fórmula geral
tp nt
tt tc ts ta (ttf taf)
Z Z
Onde:
tt = tempo total de confecção da peça
tc = tempo de corte
ts = tempo secundário de usinagem
(como tempo secundário, podemos considerar: apanhar a
peça; colocar e fixar a peça; controle da peça; apertar e
retirar a peça da máquina.)
ta = tempo de aproximação e afastamento da ferramenta
tp = tempo de preparação da máquina
(quando a máquina é preparada para se produzir um certo
lote de peças, este tempo deve ser dividido pelo lote de
peças.)
ttf = tempo de troca da ferramenta
taf= tempo de afiação da ferramenta
(quando a afiação da ferramenta é feita em setor próprio de
afiação taf = 0)
Sendo:
Z = lote de peças.
nt = número de troca ou afiação para confeccionar as Z peças.
Zt = número de peças fabricadas para uma vida T da feramenta.
T = vida da ferramenta em minutos.
Z = (nt + 1) . Zt.
T
Zt
tc
T T
Z = (nt + 1) . = tc = (nt + 1) .
tc Z
tc . Z
nt = -1
T
30
Dimensionando nt:
T
Zt
tc
T T
Z nt 1 tc (nt 1)
tc Z
tc . Z
nt
1
T
tp tc 1
tt ts ta
(ttf taf) min/peça
tc
Z T Z
t t t
1 2 3
31
"
#
32
De posse desses dados, um balanceamento objetiva:
Melhoria da produtividade e da eficiência
Aumento da produção com a mesma ou menor quantidade de
pessoas
Melhoria de leiaute
Aproveitamento máximo do homem
Aproveitamento máximo da máquina
Manter um ritmo cadenciado de trabalho
Facilitar a supervisão
Possibilitar um controle de produção do trabalho
Possibilitar a produção de altas séries de fabricação de
maneira ordenada, a baixo custo.
$#
Exemplo
Croqui da peça usinada (sem escala)
33
Leiaute da linha de produção (sem escala)
Onde:
1. Torno
tornear 10 mm, furar 3 mm e cortar
2. Furadeira
furar 5 mm
3. Fresadora
fresar rebaixo 15 x 3 mm
4. Bancada
tirar rebarbas da fresa
5. Rosqueadora
roscar 5 mm
6. Fresadora
abrir canal 5 x 5 mm
7. Bancada
tirar rebarbas do canal
8. Retífica
retificar 10 mm
34
Menor mobilidade nas alterações do programa de produção
Quando da alteração do programa de produção existe uma
menor mobilidade de alteração da linha, cuja causa é
justamente os tempos fixos determinados pelas máquinas.
%
#
Exemplo
Croquis de um posto de montagem
Linha de montagem seccionada - planta
leiaute de um posto de montagem
35
Linha de montagem seccionada – elevação
Notas
1. A cada 2,5 minutos sai da linha de montagem um produto
pronto.
2. Se trabalharmos 500 minutos/dia, saem 200 produtos prontos,
que é o programa de produção/dia.
36
3. Verificamos portanto, que uma linha de montagem é bem
caracterizada pela montagem de um produto, onde em cada
ponto de trabalho, são anexadas ao conjunto determinadas
peças, componentes desse único produto.
A diferença entre um balanceamento de uma linha de produção,
do balanceamento de uma linha de montagem, é que no primeiro
o número de pontos de trabalho é determinado pelos tempos das
operações das máquinas, são tempos fixos que não podem ser
alterados. Em uma linha de montagem há maior facilidade de
balanceamento, por se tratar de trabalho manual, podemos
diminuir ou aumentar o tempo de cada posto a nosso critério
conforme necessidade.
37
Existe maior mobilidade nas alterações dos programas de
produção, podendo-se determinar postos a mais ou a menos.
&
38
Esquema do fluxo de produção
Seções de Origem
MONTAGEM FINAL
Um kardex ou um computador controla a quantidade de peças
estocadas no almoxarifado. Esse almoxarifado é um pulmão,
conforme a montagem dos produtos, as peças são requisitadas
ao almoxarifado e da quantidade existente é dado baixa a
quantidade requisitada.
'
Se o setor de acabamento das peças, não estiver bem dimensionado,
com relação ao volume de produção e se esta não for controlada
corretamente será, cada vez maior, o número de peças que vão
diretamente a montagem sem passar pelo pulmão, cuja causa é o
desbalanceamento no fluxo de produção, estando o “gargalo” nesse
setor intermediário.
39
Em industrias de produção com um fluxo contínuo
Fábrica de papel
Celulose Papel
Siderúrgica
40
Sem a atuação de um órgão específico e atuante, que padronize
e normalize os procedimentos adequados para a organização da
produção, uma industria cedo ou tarde sofrerá as conseqüências
de um desbalanceamento no seu fluxo de fabricação.
"
#
Neste capítulo, procuraremos mostrar passo a passo, como se
analisa e se executa um balanceamento de uma linha de
produção.
1. Torno
tornear 10 mm, furar 3 mm e cortar
2. Furadeira
furar 5 mm
3. Fresadora
fresar rebaixo 15 x 3 mm
4. Bancada
tirar rebarbas da fresa
5. Rosqueadora
roscar 5 mm
6. Fresadora
abrir canal 5 x 5 mm
7. Bancada
tirar rebarbas do canal
8. Retífica
retificar 10 mm
41
(
'
O roteiro de fabricação da peça, também chamada de rotina de
trabalho, é descrição seqüencial de cada fase de fabricação da
peça nessa linha, onde a supervisão de produção, encontrará
todos os detalhes relativos a cada fase, com relação a descrição
da operação, máquinas, dispositivos, ferramentas, calibres,
tempos padrões e outros detalhes necessários ao
desenvolvimento do processo de produção. Note que sem a
ajuda da rotina de trabalho a chefia de produção estaria
impossibilitada de desenvolver o processo de trabalho de maneira
padronizada e econômica.
42
43
44
A rotina de trabalho portanto, fornece todo o detalhamento de
fabricação da peça. É uma ferramenta valiosa, quando da análise
do balanceamento da linha.
)
Cada operação é uma fase distinta do processo de produção,
caracterizada por um trabalho definido no ciclo de fabricação,
sendo executada com o auxílio de uma máquina ou
manualmente, composta de vários movimentos manuais e de
máquina, modificando a forma da peça.
Para cada operação constante na rotina de trabalho é calculado
um tempo padrão que determina a quantidade de peças que
devem ser produzidas. O tempo padrão é a ferramenta básica no
estudo de um balanceamento de linha. Sem ele não existe a
possibilidade de uma organização da linha de produção.
45
Tempo padrão é o tempo necessário para executar uma
operação de acordo com um método estabelecido, em
condições determinadas, por um operador apto e treinado,
possuindo habilidade média, trabalhando com esforço médio,
durante todas as horas de serviço.
'
A soma dos tempos padrões de todas as operações executadas
na fabricação de determinada peça, nos fornece o tempo total de
fabricação da peça. No caso analisado um resumo de tempos,
nos daria o seguinte resultado:
*
Baseado na quantidade de vendas dos produtos da industria, é
determinado um programa diário, para atender a demanda.
46
No nosso exemplo, especifiquemos que o programa de produção
por mês seja de 7500 peças, com o trabalho de 25 dias úteis,
significando que a nossa produção diária é de 300 peças.
'
#
#
Consideramos como tempo de trabalho normal de uma linha de
produção, o tempo básico de trabalho de uma pessoa, qual seja
8,88 h por dia, equivalente a 533 min/dia.
(8,88 h x 60 min = 532,8 533 min.)
47
Se não existem os
tempos padrões, para a determinação de uma carga de mão de
obra, isto é, a quantidade de pessoas necessárias à linha para o
cumprimento do programa de produção, o número de pessoas é
determinada sem critério, ficando cada pessoa trabalhando em
cada máquina, conforme leiaute a seguir:
Pode ser
controlada superficialmente, pela quantidade que cada máquina
produza durante um dia de trabalho, sem levar em consideração
a produtividade e eficiência. No exemplo, o máximo de produção
que se consegue é de 250 peças/dia.
48
Não há
possibilidade de calcular.
A
distribuição é feita de qualquer maneira, sem um critério definido.
"
+,-
Já temos todos os dados em mão para os cálculos necessários,
foram determinadas a rotina de trabalho e os tempos padrões.
49
Trabalha atualmente com 8 pessoas, produzindo 250 peças/dia.
9,40 min / pç
= 1,56 min/pessoas
6 pessoas
Observação
T.P.B. também é chamado de tempo teto, módulo de
balanceamento.
50
Quando o T.P. da operação for menor que o T.P.B., existe a
necessidade de acoplar-se outras máquinas ou trabalhos,
para que o tempo do posto fique próximo ao T.P.B.
possibilitando o balanceamento da linha.
*
.
A primeira operação da rotina de trabalho é realizada em um
torno revólver, com um tempo de 1,60 min/peça. O T.P.B. é de
1,56 min/peça, portanto podemos considerar a 1ª operação como
o 1° Posto de trabalho da linha.
Op. 10
Torno revólver
51
*
/
A segunda operação é realizada em uma furadeira, com um
tempo de 0,95 min/peça, portanto menor que o T.P.B. de 1,56
min. Deve ser acrescido a esta operação outro trabalho, para
aproximar do T.P.B.. Porém, o tempo da terceira operação é o da
fresadora com 1,00 min/peça, que somando ao tempo de 1,95
min, maior que o T.P.B. Há que analisar-se neste caso, qual
operação que pode ser acoplada à segunda, para que o tempo
do 2° posto aproxime-se do T.P.B.
52
Croqui do 2° Posto (sem escala)
*
0
A soma dos tempos das operações 30 e 40 perfaz um total de
1,55 min, portanto bem próximo do T.P.B. de 1,56 min., definindo
o 3° posto de trabalho.
53
*
1
Da mesma forma, a soma dos tempos das operações 60 e 70,
perfaz um total de 1,50 min, próximo do T.P.B. de 1,56 min,
podendo ser considerado o 4° posto de trabalho.
Croqui do 4° Posto (sem escala)
*
2
O tempo da operação 80 é de 3,20 min./pç, significando o dobro
do T.P.B. de 1,56 min, portanto há necessidade de 2 retíficas
para cumprir o programa de produção ou o trabalho em dois
turnos de 8 horas cada. A retífica define o 5° posto de trabalho,
com uma retífica trabalhando em 2 turnos.
54
Quadro da carga homem
OPERAÇÃO A B C
O
N TP OPERAÇÃO MIN TPB MIN CARGA HOMEM
10 1,60 1,56 1,02
20 0,95 1,56 0,61
30 0,60 1,56 0,38
40 1,00 1,56 0,64
50 0,55 1,56 0,35
60 0,90 1,56 0,58
70 0,60 1,56 0,38
80 3,20 1,56 2,00
TOTAIS 9,40 - 5,96
Observações
1. As pequenas diferenças existentes entre T.P. e T.P.B., não
afetam o balanceamento.
2. Para possibilitar o balanceamento, foi modificada a seqüência
do ciclo de produção, passando-se a execução da operação
50, a ser feita logo após a operação 20, sem afetar a
fabricação da peça, conforme projeto.
3. A operação 80, com o dobro do tempo do T.P.B., determina o
que o trabalho deva ser executado em 2 turnos, se possuímos
apenas uma retífica, para o cumprimento do programa de
produção especificado.
C=AB
D = 60 min. B
E = 8h x D
55
Temos então, definido teoricamente o balanceamento da linha.
Será analisado em seguida o leiaute da mesma.
$
#'
O leiaute da linha balanceada, apresentará a seguinte disposição:
Leiaute (sem escala)
Notas
1. A cada 1,56 min, sai da linha de produção 1 peça pronta, se
trabalharmos 480 min/dia, teremos 307 peças prontas/dia,
conforme programa de produção.
2. Ao lado de cada posto de trabalho, existem as caixas para as
peças anteriores e após cada operação.
3. Verifique que este balanceamento é para máquinas de fácil
locomoção, possibilitando a sua transferência de local de
trabalho.
4. A variável que pode alterar esta disposição de leiaute, é o
programa de produção, se este for considerável, caso
contrário essa localização das máquinas permanecerá por
muito tempo.
56
Sem alteração do leiaute e cumprindo o programa de produção.
Se o programa de produção sofre um pequeno acréscimo:
mesmo leiaute, com o mesmo pessoal, seriam utilizados em
horas extras.
Um balanceamento de linha sempre trará benefícios, mesmo não
sendo perfeitamente balanceada, isto é, mesmo que os tempos
das operações não se ajustem corretamente ao T.P.B., portanto,
a sua utilização deverá ser cogitada em cada análise que se faça
para a organização de uma linha de produção.
* -
57
O cálculo da produtividade da linha, antes do balanceamento, é o
seguinte:
Dados:
PRODUÇÃO REALIZADA/DIA = 250 peças
TEMPO TRABALHADO = 8 pessoas x 480 min/dia = 3840 min/dia
TEMPO INATIVO = Não existe
TEMPO PADRÃO = 9,40 min/peça
Observações
1) A eficiência é igual a produtividade, pois não existiu tempo
inativo.
2) No cálculo da produtividade, transformamos as peças
produzidas em tempos produzidos, multiplicando a quantidade
de peças pelo tempo de fabricação de uma peça.
3) O tempo que deveria ser produzido, será o tempo trabalhado,
no caso, 8 pessoas x 480 min/pessoa = 3840 min.
4) O tempo inativo, quando do cálculo da produtividade, se
existir, deve ser descontado do total do tempo trabalhado,
pois refere-se às paradas cuja responsabilidade cabe aos
órgãos auxiliares da produção.
5) A eficiência demonstra o trabalho realizado pelos órgãos
auxiliares e por essa razão, quando do seu cálculo o tempo
inativo não é descontado do tempo total trabalhado.
58
Observações
1) A eficiência é igual a produtividade, pois não existiu tempo
inativo.
2) Verifica-se um aumento considerável da produtividade e
eficiência, de 61% para 98%.
Nota-se claramente pelo exemplo, a importância de um
balanceamento de linha, na melhoria da eficiência e
produtividade. Com relação à eficiência, a chefia da produção
tem meios adequados de supervisionar e planejar corretamente o
trabalho. Com relação à produtividade, existindo um ritmo
cadenciado e trabalhos definidos para cada operador, a repetição
de um mesmo método a cada novo lote, a habilidade no trabalho
consequentemente progredirá e o resultado fatalmente será uma
maior produção.
34
535
#
59
Porém, essa diferença de tempo teórico da operação com o
T.P.B., também teórico, deverá ser bem significativa para
influenciar no balanceamento da linha, pois nós sabemos que o
ritmo de trabalho de um operador pode ser bem variado e essas
diferenças são compensadas por essa variação.
#
60
por mais simples que você ache este conselho, nunca deixe de
segui-lo: “O que entra, sai; se não entra, não sai”.
"
#
61
Croqui de um posto de montagem
Linha de montagem seccionada - Planta
Notas
1) A cada 2,50 min. Sai da linha de montagem um produto
pronto.
2) Se trabalharmos 480 min./dia, saem 192 produtos prontos
que é o programa de produção/dia.
3) Programa de produção/dia - 192 máquinas de costura.
62
(
O roteiro de montagem do produto, também chamada de rotina
de trabalho, é a descrição seqüencial de cada fase de montagem
de produto de linha, onde a supervisão da produção, encontrará
todos os detalhes relativos a cada fase, com relação à descrição
da operação, máquinas, dispositivos, ferramentas, calibres,
tempos padrões e detalhes necessários ao desenvolvimento do
processo de montagem. Note que sem a ajuda da rotina de
trabalho, a chefia de produção estaria impossibilitada de
desenvolver o processo de trabalho de maneira padronizada e
econômica. Sem a rotina de trabalho, padronizar a seqüência das
fases de montagem, não haveria possibilidade de manter o
balanceamento adequado e isto acarretaria dificuldade em
manter um ritmo cadenciado da linha de montagem, causando
desperdício da mão de obra, com conseqüente aumento de
custo do produto.
63
A rotina de trabalho, portanto, fornece todo o detalhamento de
montagem do produto. É uma ferramenta valiosa, quando da
análise do balanceamento da linha.
)
Cada operação, na montagem de um produto, é definida por um
trabalho distinto, sendo executada manualmente ou com o auxílio
de uma máquina, composta de um ou vários movimentos,
concluindo uma fase, isto é, atingindo um objetivo.
Exemplificando, podemos considerar a montagem de um
parafuso, como uma operação distinta na montagem de um
produto.
64
posicionamento de um outro componente, como também sejam
montadas em primeiro lugar, aquelas peças que possibilitem
testes seqüenciais de funcionamento no decorrer da montagem.
Pode ser alterada a ordem seqüencial, desde que não afete os
princípios anteriores.
Para cada operação constante da rotina de trabalho de
montagem, é calculado um tempo padrão, sendo a ferramenta
básica no estudo do balanceamento da linha. Sem ele, não existe
a possibilidade de balancear uma linha de montagem.
O tempo total de montagem do produto é a soma dos tempos
padrões de todas as operações do ciclo de trabalho, desde a
entrada do produto na linha até que o mesmo saia funcionando
no final do processo de montagem.
65
No caso da montagem analisada, verificamos que o total de
operações é de 19 com a seguinte distribuição:
*
Baseado na quantidade de vendas dos produtos da industria, é
gerado um programa de produção diário, para atender a
demanda.
66
'
#
#
Consideramos como tempo de trabalho normal de uma linha de
montagem, o tempo básico de trabalho de uma pessoa, qual seja,
8,88 por dia equivalente a 533 min/dia.
.6
Manter a linha como se encontra, com o mesmo balanceamento,
completando com horas extras, possibilitando atingir o programa
de produção futuro. Nesse caso, um cálculo simples, nos
mostrará que para a produção de 250 produtos/dia, com uma
diferença de 58 produtos a mais, do programa atual, produzindo a
linha 24 produtos por hora, necessitaremos de 2,5 horas extras
por dia de trabalho, para cumprir o novo programa.
/6
Existe a previsão de se dobrar o programa de produção em curto
espaço de tempo, então um 2° turno será necessário.
Imediatamente deve ser iniciado o trabalho, em um 2° turno de 8
horas, pois a nova mão de obra deverá aprender o trabalho e não
atingirá a produção desejável em curto espaço de tempo,
necessitando de um prazo, para atingir um ritmo de trabalho
satisfatório.
67
06
O programa de produção prevê que a produção cairá pela
metade, sendo necessário então produzir 96 produtos ao invés de
192 produtos/dia. Uma análise simples, nos mostra que cada
posto fará o trabalho desenvolvido em 2 postos, não sendo
necessário grandes modificações no balanceamento da linha,
trabalhando-se também com a metade do pessoal.
"
+,-
O nosso produto, continua ainda sendo uma máquina de costura,
somente que a linha ainda não existe. Os dados necessários,
para início de um estudo deste tipo, são os seguintes:
Tempo total de montagem do produto
Programa de produção/dia
Tempo de trabalho da linha
68
Como nada existe em andamento, em que nós possamos nos
basear, para a determinação do tempo total de montagem do
produto, há necessidade de aproveitamento de peças existentes,
mesmo que seja de um protótipo construído para testes,
desmontá-lo completamente e tendo todas as peças separadas,
montá-lo novamente, numa seqüência ordenada, cronometrando-
se e detalhando cada fase em elementos e tempos respectivos,
elaborando uma rotina de trabalho de montagem, conforme
exemplo já apresentado.
*
Nesta fase, já deve existir uma previsão de quantos produtos
serão montados diariamente, se não existir, será necessário
determiná-lo junto à cúpula da empresa. Sem esse dado será
impossível seguir avante no estudo.
'
#
#
Normalmente, toma-se como norma, o trabalho em 8 horas
diárias, sendo o tempo legal de trabalho de uma pessoa, ou seja,
480 minutos/dia. Dependendo da área disponível, do tamanho da
linha, do programa de produção, a jornada de trabalho poderá
também ser em 2 ou 3 turnos de 8 horas cada.
69
Prog. de prod./dia x tempo total de montag./prod.
N de pessoas
Tempo de trabalho / pessoa / dia
7
*"
O Tempo Padrão Balanceado T.P.B. definirá os postos de
trabalho que comporão a linha de montagem. A sua obtenção é
calculada de seguinte forma:
70
mais importante é o T.P.B., ele determina o trabalho que deverá
ser executado em cada posto.
.8*
Levantamento do que se deve ser montado no 1° posto, cujo
tempo de montagem, seja igual a 2,50 minutos. Baseamo-nos
para essa análise na rotina de trabalho que transcrevemos:
71
Tempo de montagem 2,50 minutos
T.P.B. 2,50 minutos
Mão de obra 1 pessoa
72
/8*
Uma análise, como a que foi feita para a determinação do 1°
posto, é também seguida para a definição do 2° ao 20° posto da
linha de montagem, com detalhes sobre o método utilizado em
cada um, os números das peças que são montados em cada
fase, as ferramentas que serão utilizadas e todas as outras
necessidades.
$
#
'
Notas
1. A cada 2,50 minutos sai da linha de montagem um produto
pronto.
2. Se trabalharmos 480 min./dia, saem 192 produtos prontos em
8 horas, conforme o programa de produção.
Observações
1. A distância entre cada posto de trabalho, deve permitir uma
certa quantidade de produtos em processo, permitindo que
uma pessoa possa sair da linha, para atender suas
necessidades, sem que a mesma sofra uma interrupção.
2. Existirá sempre em uma linha de montagem, um operador
volante que conhecendo detalhadamente cada posto de
trabalho, poderá substituir uma pessoa ausente.
73
3. Tempos de operações maiores ou menores que o T.P.B.,
devem ser adaptados ao balanceamento da linha.
Exemplo
Se um determinado posto de montagem, temos 1,20 minutos e
no seguinte 0,80 minutos, sendo o T.P.B. de 1,00 minuto,
deverão ser analisados os trabalhos executados no posto anterior
e um deles no valor de 0,20 minutos, deverá ser deslocado para o
posto seguinte, cumprindo a regra de balanceamento. Este
trabalho pode ser a montagem de um parafuso.
74
$#
Os tempos de máquinas não podem ser alterados. Esses tempos
determinam o balanceamento.
$#
Predominam tempos manuais. É mais maleável para ser
balanceada.
9-
#
'
75
Leiaute do setor (sem escala)
76
Leiaute do setor (sem escala)
:;
'
#
<
Em cada posto de trabalho trabalham 1 montador e um ajudante
montando completamente um produto. Retirando a carcaça,
subconjuntos e as peças de uma prateleira ao lado, sendo que
após a montagem, o produto pronto é colocado em uma
prateleira do outro lado. Existem mais 5 pessoas fazendo o
transporte de subconjuntos, carcaças do produto, produtos
prontos e peças. Trabalhamos portanto, para cumprir o programa
de produção de 192 produtos/dia, com 45 pessoas, distribuídos
da seguinte forma:
Dados
Produção realizada/dia 192 produtos
Tempo trabalhado 45 pessoas x 480 min/dia = 21.600 min/dia
Tempo inativo não existe
Tempo de montagem/produto 50,0 minutos
77
O que se produz (tempo)
PRODUTIVIDADE
Deveria produzir (tempo) - Tempo inativo
9600 minutos
44 %
21600 minutos
Observações
1. A eficiência será igual a produtividade, pois não existiu tempo
inativo.
2. No cálculo da produtividade, transformamos os produtos em
tempo produzido, multiplicando a quantidade de produtos pelo
tempo de montagem de um produto.
3. O tempo que deveria produzir, será sempre o tempo
trabalhado, no caso, 45 pessoas x 480 min/dia/pessoa =
21600 minutos.
4. O tempo inativo, quando do cálculo da produtividade, se
existir, deve ser descontado do total do tempo trabalhado, pois
refere-se às paradas, cuja responsabilidade cabe aos órgãos
auxiliares de produção.
5. A eficiência demonstra o trabalho realizado pelos órgãos
auxiliares, por essa razão, quando do seu cálculo, o tempo
inativo não é descontado do tempo total trabalhado.
78
Portanto, a produtividade da linha após o balanceamento é de
100%.
Observações
1. A eficiência é igual a produtividade, pois não existe tempo
inativo.
2. Verifica-se um aumento considerável da produtividade e
eficiência, de 44% para 100%.
3. A produtividade de uma linha de montagem, representa a
produtividade individual de cada componente da linha. Se em
um dos postos de trabalho, a produtividade for baixa, a
produtividade de toda a linha sofrerá a conseqüência, também
será baixa.
Nota-se claramente pelo exemplo, a importância de um
balanceamento de linha, na melhoria da eficiência e da
produtividade. Com relação a eficiência, a chefia da produção
tem meios adequados de supervisionar os seus subordinados e
planejar corretamente o trabalho. Com relação a produtividade,
existindo um ritmo cadenciado e trabalhos definidos para cada
operador, a repetição de um mesmo método a cada produto que
seja montado, a habilidade no trabalho consequentemente
progredirá e o resultado fatalmente será uma maior produção.
34
535
#
Na prática, após um balanceamento, podem existir postos de
trabalho nas seguintes condições:
Com tempos maiores que o T.P.B.
Com tempos menores que o T.P.B.
79
No primeiro caso, ocorrendo tempos de postos maiores que o
T.P.B., em uma linha de montagem, visualiza-se o “gargalo” com
um estrangulamento da linha. Não podemos aqui, corrigir o
defeito com o acréscimo de horas extras, como foi feito com a
linha de produção, pois temos um fluxo contínuo, sem
armazenamentos. A providência que tomamos é dar condições
ao referido posto de produzir dentro do T.P.B., com duas pessoas
trabalhando no mesmo posto ou um desvio da linha que possa
conter outro posto idêntico de trabalho ou ainda parte do trabalho
sendo feito separado da linha.
Exemplo
80
armazenamentos. Não havendo nenhuma possibilidade de
acréscimo de novos postos, a folga deverá continuar existindo.
#
81
Deverá sempre ser controlada, em uma linha de produção ou
montagem, a quantidade de peças ou produtos que entrar na
primeira operação ou primeiro posto de trabalho, em determinado
período de tempo. E, por mais simples que você ache este
conselho, nunca deixe de segui-lo: “O que entra, sai; se não
entra, não sai”. Na maioria das vezes, o problema de um setor
que não produz, é o mencionado.
O que pode afetar sensivelmente a produção de uma linha de
montagem, são dois fatores:
Abastecimento da linha
Qualidade do produto
"
#
;
'
#
O balanceamento na racionalização industrial, não é
exclusivamente utilizado na organização de uma linha de
produção ou montagem, como foi analisado nos capítulos
anteriores. Ele é de grande valia na melhoria de métodos de
trabalho, principalmente quando se pode detectar várias
operações, sendo executada por uma única pessoa, em uma
bancada ou mesa de trabalho.
82
organização de métodos de produção, existem trabalhos sendo
executados erroneamente, nos quais o balanceamento se
encaixaria perfeitamente.
Leiaute atual
83
Exatamente como você está vendo, um trabalho executado por
menos pessoas, produzindo mais que o leiaute anterior, em
conseqüência do balanceamento.
9&
O nosso primeiro exemplo real de aplicação de um
alanceamento de linha, para melhorar um método de trabalho,
será justamente aquele exemplo citado quando do capítulo 1 -
Introdução, quando afirmamos que um trabalho anteriormente
executado por 8 pessoas, que produziam 800 peças por dia em
uma bancada, onde após aplicado o balanceamento, 3 pessoas
passaram a produzir 1900 peças por dia.
84
!
"
1. Estender o plástico até o final da mesa de trabalho 2 pessoas
2. Abastecer a mesa de trabalho, colocando 4 produtos sobre o
plástico 1 pessoa
3. Cortar o plástico, com uma faca, para cada produto 1 pessoa
4. Embalar os produtos 2 pessoas
2 pessoas
5. Colar o rótulo e colocar o produto embalado no estrado
Total : 8 pessoas
Dados
Este setor trabalha 8 horas/dia
Produção de 800 peças/dia
I - Detectar o problema
Uma análise superficial mostra as seguintes desvantagens do
método:
Não há uma seqüência lógica de trabalho
Tempo de espera em demasia
Não há possibilidade de um controle de produção
Desbalanceamento de linha
Baixa produção, produtividade e eficiência
Método indeterminado de trabalho
Mão de obra ociosa
85
III -Análise do método atual
Há necessidade do detalhamento do método atual, utilizando
os seguintes parâmetros da racionalização industrial,
conforme segue:
1. Padrões de trabalho
1.1 Rotina de trabalho
1.2 Tempo padrão
1. Padrões de trabalho
Operação Descrição
10 Estender o plástico
20 Posicionar 4 peças sobre o plástico
30 Cortar o plástico
40 Embalar o produto
50 Cortar o rótulo
60 Colocar o produto no palete
86
Op. 40 Embalar o produto
Uma pessoa embala, embrulhando o produto no plástico
cronometrando uma peça por vez.
T.P. - 0,25 min/peça
Dados
Programa de produção/dia - 800 peças
Tempo de embalagem - 0,70 min/peça
87
Pelos resultados obtidos, verificamos que necessitamos de no
máximo 2 pessoas para a realização desse trabalho, portanto
concluímos que o método atual está errado, pois trabalha-se com
8 pessoas.
88
Pela rotina de trabalho e tempos padrões das operações,
analisamos como será o balanceamento.
89
Verifica-se pelo exemplo, toda a potencialidade do
balanceamento de linha, na melhoria de um método de trabalho.
"
+
'
#
O tarugo é reaquecido a 1200° C possibilitando a laminação das
barras.
I - Detectar o problema
Uma expansão da siderúrgica previa um aumento de 110000
t/ano para 330000 t/ano e a laminação de barras seria um
“gargalo” na linha de produção, pois já estava sobrecarregada
com a produção anual.
90
III - Análise do método atual
É necessário levantarmos os tempos de laminação.
91
Para atingir a bitola especificada necessitamos de 15 passes nas
quatro gaiolas do trem de laminação, conforme demonstrado a
seguir:
92
Cronometragem da 1ª gaiola
Passes 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7°
Tempo min 0,12 0,12 0,13 0,14 0,16 0,19 0,22
Balanceado min 1,08
93
Observação
A última gaiola deve possuir apenas um passe.
Como fica o trem de laminação com este balanceamento.
94
Matéria-prima (MP);
Mão-de-obra direta (MOD);
Despesas indiretas de fabricação (DIF);
Despesas de administração (DA).
95
Mão-de-obra direta: é a fornecida pelo agente de transformação
da matéria-prima em produto.
É todo componente do custo que permite identificação imediata
podendo, portanto, ser mensurado com segurança para cada
produto. Exemplos: matéria-prima e mão-de-obra direta.
É todo componente do custo para o qual não existe identificação
direta com o produto. Por isso não é possível mensurar com
suficiente grau de segurança a parcela desses custos que recaí
sobre cada um dos produtos fabricados. Exemplos: depreciações
técnicas, prêmios de seguro, aluguéis, mão-de-obra indireta.
96
(
:'
É o trabalho fornecido pelos empregados de uma indústria que
não modifica a matéria-prima.
:
&
São materiais utilizados no processo de fabricação e que, por não
se incorporarem ao produto, não se caracterizam como matéria-
prima.
7
É o custo decorrente do desgaste ou da obsolescência de uma
máquina, móvel, veículo, instalação ou das edificações da
indústria. 0 cálculo da depreciação contábil deverá obedecer aos
critérios determinados pelo governo, que estipula atualmente os
seguintes prazos:
10 anos para amortizar o custo das máquinas;
05 anos para amortizar o custo dos veículos;
30 anos para amortizar o custo dos prédios e edificações
Va
Vr
D=
Te
Onde:
D = Depredação
Va = Valor atual
Vr = Valor residual (valor que se poderá apurar pelo
equipamento após o tempo de vida útil: 40% de Va)
Te = Tempo de vida útil
97
Exemplo
Calcular o valor da depreciação mensal de um equipamento cujo
valor atual é de R$ 600.000,00
D=
Va Vr
Te
Va = R$ 600.000,00
Vr = R$ 240.000,00 (40% de $600.000,00)
Te = 10 anos (120 meses)
D=
600000,00 240000,00
120
D= R$ 3.000,00
*-
Esta despesa deverá ser calculada aplicando-se as taxas de
seguro sobre o valor dos bens segurados. Essas taxas variam de
acordo com o grau de risco, tipos de construção das edificações,
presença de inflamáveis etc. e podem ser encontradas nas
Apólices de Seguro. Devem ser considerados também o seguro
da matéria-prima em estoque e o dos produtos acabados.
&
Despesa a ser considerada sempre que a indústria não ocupar
prédio próprio.
9
São despesas que a indústria tem com os empregados, além do
salário. Essas despesas podem ser divididas em 4 grupos de
acordo com sua natureza.
#$
%
: são recolhimentos feitos
pelo empregador para instituições públicas de acordo com taxas
preestabelecidas. Ex.: IAPAS, INCRA, Seguro, etc. A soma deste
grupo de encargos pode ser de 23,05% - 23,85% ou 25,15%,
dependendo do grau de risco de acidente da atividade em que a
empresa está enquadrada.
98
&$
: são valores pagos
que levam em conta o total do salário recebido pelos
o
empregados. Ex.: férias, 13 salário, etc.. Como sobre as férias
incidem todas as contribuições do Grupo 1 e, consequentemente,
também a taxa de seguro de acidente de trabalho, a taxa de
férias passa a ser de 10,25% ;10,32% ou 10,42%. A soma deste
grupo de encargos pode ser, portanto, de 26,58%; 26,65%,
dependendo do grau de risco de acidente da atividade em que a
empresa está enquadrada.
'$
: são valores pagos que não
se baseiam na Folha de Pagamentos e devem ser considerados
sobre horas efetivamente trabalhadas: repouso semanal
remunerado e Feriados.
($
)
%
: são valores que
dependem das particularidades de cada empresa, porquanto as
taxas variam em função da política de pessoal da empresa: aviso
prévio, PIS, auxílio-doença
99
;
Toda indústria, para cumprir suas finalidades, adquire materiais
dos mais diversos. Invariavelmente, há um lapso de tempo entre
a época de aquisição e de utilização desses materiais. Numa
economia inflacionaria, esse lapso de tempo pode significar para
uma indústria a aquisição de um mesmo material por preços
diferentes. Esses fatos criam um problema para os responsáveis
pelo cálculo de custo: que preço deve ser atribuído a um material,
para efeito de cálculo de custo, quando as aquisições desse
material são feitas em épocas diferentes e a preços diferentes?
Para solucionar o problema, as indústrias estabelecem critérios
para avaliação desses materiais. Os métodos mais utilizados são:
PEPS, UEPS e do Preço Médio.
:;
*9*+
O nome é conseqüência do critério para estabelecer o preço de
custo. 0 critério determina:
Primeiro a
Entrar,
Primeiro a
Sair.
100
O primeiro a entrar e primeiro a sair acima referido é o preço a
ser considerado ao se apropriar o custo do que a indústria
adquire. Nesse método a indústria , ao determinar o custo de um
produto, atribui aos materiais utilizados na sua obtenção o
mesmo preço que pagou ao adquiri-los.
101
d) utilizou, no dia 05/05, parte do material (100 kg) e como já se
havia esgotado a quantidade da primeira compra, considerou,
para efeito de cálculo de custo, o preço pago na segunda
compra efetuada no dia 18/03 ($32);
e) adotou idêntico procedimento nas demais situações propostas
na ficha.
:;
%9*+
O nome também é conseqüência do critério para estabelecer o
preço de custo dos materiais adquiridos. O critério determina:
Último a
Entrar,
Primeiro a
Sair.
102
Ficha de Almoxarifado para Controle de Estoque
Material: Aço SAE 1020 1/2” Unidade: Kg
Fornecedores:
Data Entrada Saída Estoque
Mês Dia Qt. kg VU $ VT$ Qt. kg VU $ VT$ Qt. VT
10 100 30 3000 100
Mar. 18 120 32 3840 220
25 150 33 4950 370
06 50 33 1650 320
Abr.
15 50 33 1650 270
05 100 33 3300 170
Maio 19 200 35 7000 370
28 180 36 6480 550
12 20 36 740 530
Jun. 20 150 36 5450 380
28 100 36 3600 280
Jul. 02 100 38 3800 380
:;
;
É intermediário entre os métodos PEPS e UEPS. Deve ser
utilizado sempre que não houver situação perfeitamente
definida, compatível com a aplicação dos dois primeiros já
citados.
103
Prevê, para estabelecer o preço de custo, a divisão do valor dos
estoques de um mesmo material pela sua quantidade.
Para esclarecer o método do Preço Médio, utilizemos um modelo
de Ficha de Almoxarifado para Controle de Estoque.
'
Há algumas formas de se proceder à apropriação dos custos da
mão-de-obra direta. Essa forma de apropriação pode ser feita por
intermédio de Cartão de Ponto, Cartão de Mão-de-Obra, Ordem
de Serviço ou instrumento similar. Busca-se, em qualquer uma
dessas formas, verificar em quanto tempo o operário realiza seu
trabalho, procedendo à transformação da matéria-prima em
produto. Feda a verificação, multiplica-se o tempo de execução
do trabalho pela salário-hora do operário.
104
(
'
Um dos métodos que permite a apropriação dos custos de mão-
de-obra indireta é o que prevê a sua divisão proporcionalmente à
mão-de-obra direta.
9
Essa despesa está sempre vinculada aos valores da mão-de-
obra. Seja a mão-de-obra direta ou indireta, considera-se o total
da despesa respectiva para efeito de atribuição de custo dos
encargos sociais. Sobre o total aplica-se um dos percentuais do
referido item, levando em conta as peculiaridades da indústria
quanto a grau de risco de acidente.
105