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Resumo............................................................................................................................................ii
1.Introdução.....................................................................................................................................3
1.1.Objectivos..................................................................................................................................3
1.2.Metodologia...............................................................................................................................3
2.Fundamentação teórica.................................................................................................................4
2.0.Conceitos básicos.......................................................................................................................4
2.1.Educação inclusiva....................................................................................................................4
3.Atraso mental................................................................................................................................5
4.Conclusão...................................................................................................................................11
5.Referências bibliográficas..........................................................................................................12
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Resumo
O presente trabalho de culminação do curso tem com tema “ Intervenção psicopedagógica em
alunos com atraso mental”, tem como objectivo geral: apresentar as estratégias de intervenção
psicopedagógica de alunos com atraso mental. Assim sendo, o trabalho traz estratégias de ensino
a serem desenvolvidos pelos professores na escola para melhor proporcionar o processo de
aprendizagem de crianças com atraso mental. Das várias estratégias de ensino e aprendizagem de
crianças com atraso mental nas escolas inclusivas contempladas neste trabalho são algumas as
seguintes: o professor deve conversar com a família e os profissionais que acompanham o
estudante sobre as necessidades dele e os instrumentos adequados para a aprendizagem;
favorecer sempre que possível, a experiência directa, mediada por um colega; pedir para o colega
mostrar como se faz determinada actividade, fazendo junto com a criança com deficiência
mental, entre outras.
1.Introdução
Nos dias actuais o indivíduo portador de necessidades especiais continua sofrendo pelo estigma e
pelo preconceito de sua diferença, por isso, existe um discurso para a inclusão em vários
segmentos da sociedade, dentre os quais no ambiente escolar porque a inclusão no contexto
escolar é algo que vem se efectivando, mesmo que em processo lento, buscando superar a
história de isolamento social, discriminação e preconceito.
A criança com atraso mental deve ser inserida na sociedade como qualquer criança, por isso, há
necessidade de atendimentos que podem propiciar condições e liberdade para que o aluno com
atraso mental possa construir a sua inteligência, dentro do quadro de recursos intelectuais que lhe
é disponível, tornando-se capaz de produzir significado/conhecimento. Neste contexto é foco do
presente trabalho debruçar acerca de intervenção psicopedagógica de alunos com atraso mental.
Para melhor abordagem do assunto estruturou-se o trabalho da seguinte forma: Introdução onde
se apresentam objectivos e metodologia, desenvolvimento onde se faz descrição de todos
aspectos atinentes ao atraso mental e suas estratégias de ensino na escola inclusiva, conclusão e
referências bibliográficas.
1.1.Objectivos
Geral
2.Fundamentação teórica
Nesta parte apresenta-se os conceitos básicos ligados ao tema que poderão permitir a
compreensão do trabalho fazendo uma ligação com o nosso ponto de vista.
2.0.Conceitos básicos
2.1.Educação inclusiva
Segundo MATOS (2005, p.34), educação inclusiva é um processo em que se amplia a
participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma
reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas
respondam à diversidade de alunos.
Com o pensamento do autor acima entende-se que educação inclusiva não refere-se só a inclusão
dos alunos com NEE no espaço físico, mas também que as escolas devem buscar maneira de dar
respostas pedagógicas adequadas a esses alunos, adaptando-se às suas necessidades de modo a
responder à diversidade.
De acordo com CORREIA (1997, p.51), um dos documentos importantes para a gestão desta
realidade é a Declaração de Salamanca (1994), que especifica os princípios e políticas na área
das NEE, dentre muitos aspectos importantes afirma o direito à educação para todos, incluindo as
crianças com NEE, afirma também a igualdade de oportunidades para as pessoas com
deficiências e exorta os estados a assegurar que a educação de pessoas com deficiência faça parte
integrante do sistema educativo.
De acordo com BAUTISTA (1997, p.56), os alunos com necessidades educativas especiais são
aqueles que, por apresentarem determinadas características específicas, podem necessitar de
serviços de educação especiais durante todo ou parte do seu percurso escolar, facilitando o seu
desenvolvimento académico e pessoal.
Para BARBOSA (2007, p.21), uma pessoa com necessidades especiais é aquela com uma falta
ou uma restrição de capacidade para executar actividades, tarefas, habilidades e comportamentos
na forma considerada normal para a maioria dos seres humanos
Entretanto percebe-se que aluno com necessidade educativa especial corresponde a um conjunto
de especificidades de um grupo de crianças que, tal como nome indica, têm necessidades
especiais relativamente à aprendizagem.
3.Atraso mental
Por sua vez MATOS (2005, p.67), define atraso mental sendo uma incapacidade caracterizada
por limitações significativas no funcionamento intelectual e comportamento adaptativo, expresso
nas habilidades sociais, conceituais e práticas.
Neste contexto concordando com os autores acima entendo que o aluno com atraso mental é
aquele que tem desenvolvimento intelectual muito baixo que limita o funcionamento normal da
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pessoa, e que tem como consequências principais a interacção da pessoa com o meio em que se
insere.
Na maioria dos casos, a causa de origem do atraso mental é desconhecido e devido à grande
variedade de tipologias de sintomas da deficiência mental, a definição das suas etiologias
também se torna complexa e variada (VERDUGO, 2007, p.54).
Geralmente são apontados três períodos críticos na vida do ser humano propícios o aparecimento
do atraso mental.
O segundo é o período perinatal, período que decorre desde o início do trabalho de parto até ao
nascimento da criança LUCKASSON (2008, p.27), podendo ser muito traumático para a criança;
durante este período podem ocorrer diversos tipos de lesões cerebrais devido a factores
situacionais de um trabalho de parto difícil, em que por exemplo, a criança fique por momentos
privada de oxigénio.
O último período a ter em consideração, é “após nascimento” até ao nível etário dos 18 anos;
neste período, o indivíduo encontra-se em crescimento e em fase de desenvolvimento cognitivo,
porém se existirem complicações situacionais ao longo desse desenvolvimento ou falta de
estimulação, é possível que possam surgir limitações ao nível cognitivo (Idem).
É caracterizado por um quociente de inteligência (QI) entre 36 e 51. Elas apresentam uma
maior lentidão para aprender a falar ou sentar, mas se receber treinamento e apoio adequados, os
adultos com esse grau de retardo mental conseguem viver com alguma independência. Mas a
intensidade do apoio deve ser estabelecida para cada paciente e algumas vezes pode ser
preciso apenas uma pequena ajuda, para que consiga estar integrado (LUCKASSON, 2008,
p.26).
3.3.Sinais de alerta
De acordo com VERDUGO (2007, p.67), a criança com atraso mental possui importantes
limitações, tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo, expresso
nas habilidades conceituais, sociais e práticas. Indivíduos com atraso mental apresentam
funcionamento intelectual significativamente inferior à média. Possuem limitações significativas
em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades:
De acordo com BAUTISTA (1997, p.42), actualmente as escolas e seus educadores têm-se
deparado com uma nova e desafiadora questão: a de incluir as pessoas com necessidades
educacionais especiais nas salas de aulas da rede regular de ensino.
quais as suas funções, os seus problemas e a maneira de solucioná-los. Deve-se buscar uma
reflexão orientada para o diagnóstico e para a acção, e isso não se limita ao atendimento dos
princípios normativos legais que justificam a inclusão.
Portanto percebe-se que o professor não deve igualar-se às pessoas comuns que infelizmente
ainda possuem muitos preconceitos em relação ao atraso mental, no entanto deve proporcionar-
lhes metodologias adicionais que possam garantir melhor aprendizagem.
Tendo em conta que a pessoa com atraso mental tem dificuldade para aprender, entender e
realizar actividades comuns para as outras pessoas o professor deve diversificar actividades
específicas de modo a garantir a aprendizagem deste aluno como:
O professor deve conversar com a família e os profissionais que acompanham o estudante
sobre as necessidades dele e os instrumentos adequados para a aprendizagem
Adoptar metodologias diversificadas que contemplem estilos de aprendizagem variados
como recursos visuais, manipulação de objectos, registos através de desenhos, recortes,
modelagem, enfim tentar, como professor, perceber qual o canal sensorial com o qual o
aluno tem mais facilidade para aprender.
Favorecer sempre que possível, a experiência directa, mediada por um colega. Pedir para
o colega mostrar como se faz determinada actividade, fazendo junto com a criança com
deficiência mental
Priorizar actividades e solicitar tarefas de duração breve, com objectivos bem claros e
condizentes com o desempenho do aluno. Exemplo: não adianta ensinar multiplicação se
ele ainda não aprendeu a somar.
Flexibilização do tempo de realização das tarefas, respeitando-se o ritmo do aluno,
porém, sem deixar de estabelecer com ele metas a serem cumpridas
Avaliar o progresso diário do aluno, sua aprendizagem, utilizando suas próprias
produções como parâmetro para o seu próprio desenvolvimento (BAUTISTA, 1997,
p.63).
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Outro aspecto que na minha óptica pode ajudar a inclusão de crianças com atraso mental é, sem
dúvida, o trabalho em equipa, que se contrapõe ao trabalho quase exclusivamente individual, que
caracteriza o modo profissional dos docentes. As equipas de resolução de problemas parecem
constituir um modelo de apoio bastante valioso. Efectivamente, este processo, baseado nas
capacidades dos próprios professores, encoraja o trabalho em equipa e ajuda a encontrar soluções
para resolver os problemas educativos da escola.
4.Conclusão
Os professores ou educadores podem actuar tanto com os alunos, quanto com os familiares, de
forma a orientá-los e contribuir com as qualificações para que saibam trabalhar com suas
dificuldades, e consequentemente, para que aprendam baseando-se nos seus limites, pois, as
crianças que tem atraso mental aprendem como qualquer criança, claro que mais lentamente,
segundo as suas limitações.
É tarefa do professor o apoio incondicional às crianças portadoras de atraso mental e, tal trabalho
precisa ser marcado pela compreensão, pela dedicação e pela paciência. Não deverá o professor
igualar-se às pessoas comuns que infelizmente ainda possuem muitos preconceitos em relação às
deficiências retardados Intelectuais.
5.Referências bibliográficas
ALBUQUERQUE, M.C.P. A criança com deficiência mental ligeira, Lisboa, Colecção Livros
SNR, 2009.
BAUTISTA, R. Necessidades Educativas Especiais, Ed. Dinalivro, colecção Saber Mais, 2ª Ed.,
Lisboa, 1997.