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Kombihome – O manual

Completo 3ª Edição

Autores
Davi Forecchi Giovanni
André Forecchi Giovanni

Revisão
Maia Matida

Arte de Capa
Marcos Vinícius Accioly

Parcerias
Inorama Mundo Maker
MeuBagageiro.com.br
Betec Brasil
Paratoldos
ResfriAr
BRASKombi
MECSul AutoCenter
Colaboradores
Pessoas físicas que contribuem através do site
apoia.se/osviajero

Participação Especial
Nossa Kombi é uma Viagem
Deixando o Amor Guiar
Vaz Aonde
Crônicas na Bagagem
Aurora Nômade
Do Norte ao Norte
BusLifer
Viaje de Kombi
Sampa Kombi Clube
Em parceria com
Agradecimentos

É com muita alegria e entusiasmo que essas palavras são


escritas, não só pela possibilidade única de estar vivo e com lucidez
para fazê-lo, mas por compartilhar possibilidades da vida com todos
aqueles que se interessarem. Esse livro não foi escrito sozinho, e
agradecemos primeiramente ao fenômeno da Vida, que é de um
enorme mistério e sem dúvida alguma, a força propulsora no Universo
pela qual esse e todos os outros projetos tomam forma física.
Agradecemos também a todo o nosso núcleo familiar, nossos
pais Zélia Dalva Forecchi, Jurandi Giovanni e toda a nossa família,
não só pelo carinho diário no apoio de nossas aventuras mas como por
todo um trabalho extensivo de dedicação em nossa criação e zelo pela
nossa união. Essa amizade foi, sem dúvida, alicerce firme que nos
estruturou para a construção da kombihome e o compartilhar desse
projeto-livro.
Agradeço também nessa singela parte, a interferência decisiva
de meu querido amigo e primo Vico, que com sua visão
empreendedora nos ajudou muito para que caminhássemos com esse
projeto do livro e com seu carinho, nos auxilia até hoje com muita
Força no entendimento do nosso papel no mundo.
Seria impossível nomear todos aqueles que impactaram
construtivamente neste livro, uma vez que cada um acrescentou como
podia: quem tinha ferramentas, as emprestava; quem tinha
conhecimento, ensinava; quem tinha dinheiro, investia; quem sabia
trabalhar com design, com grafitti, com livros, com crochet, com
serraria, com revisão ortográfica, com atenção, com música, com
amor. Enfim, o que pudemos observar é que existia uma força muito
bonita que fluía no sentido de tornar material todo um sonho que antes
já tomara forma no campo das ideias.
A todas essas pessoas que ajudaram de coração e a todas que
hão de nos ajudar nessa caminhada, dedicamos esse livro.
A todas as forças e energias que nos guiam, que nos protegem
e que nos orientam, dedicamos esse livro.
Que todos nós continuemos a compartilhar os benefícios e os
aprendizados dessa Sagrada Oportunidade na Terra.
Com Carinho, André e Davi.
Sumário
1. Introdução.............................................................................11

2. A Kombi.................................................................................15

3. Documentação......................................................................17

4. Mecânica...............................................................................19

Conhecendo a Anova...........................................................22

Suspensão: nos eixos da Braskombi...................................24

5. O Rack..................................................................................27

6. Isolamento térmico................................................................30

7. Os Móveis.............................................................................31

Complexo cama....................................................................32

Complexo do baú..................................................................37

Caixotes de apoio.................................................................42

Armários................................................................................45

Cozinha.................................................................................48

Verniz....................................................................................58

Banheiro seco.......................................................................59

Montagem dos móveis..........................................................61

8. Sistema elétrico.....................................................................69
Conceitos introdutórios.........................................................69

Disposição dos eletrodomésticos.........................................70

Cálculos elétricos necessários.............................................71

Montagem do Sistema Elétrico.............................................76

9. Sistema Hidráulico................................................................78

Localização e materiais dos reservatórios...........................78

Como construir o sistema hidráulico....................................79

Montagem do sistema hidráulico..........................................79

Dicionário..............................................................................80

10. Sistema Gás........................................................................90

Montagem sistema gás.........................................................91

11. O Toldo................................................................................92

ParaToldos............................................................................95

12. Itens Essenciais..................................................................97

Geladeira 12v ResfriAr.........................................................98

Cinema em casa com a Betec............................................102

Mini liquidificador................................................................106

Bomba d’água.....................................................................107

Exaustores..........................................................................108

13. Investimentos totais..........................................................109


O carro................................................................................110

A construção.......................................................................110

Conclusões.........................................................................113

14. Inspire-se..........................................................................114

Nossa Kombi É Uma Viagem.............................................115

Deixando o Amor Guiar......................................................120

Vaz Aonde..........................................................................123

Crônicas na Bagagem........................................................126

Aurora Nômade...................................................................129

Do Norte ao Norte...............................................................133

BusLifer...............................................................................135

Viaje De Kombi...................................................................137

Sampa Kombi Clube...........................................................139

Razões para Acreditar........................................................142

Mochileiros.com..................................................................143

15. Downloads........................................................................144

15. Coda..................................................................................145

16. Referências bibliográficas.................................................149


1. INTRODUÇÃO
Esse livro, que é na realidade um manual de como construir o
seu próprio motor home em uma Kombi, surgiu por vários motivos. O
primeiro deles, sem dúvida é a falta de acessibilidade da informação,
uma vez que existem muitos projetos bons, mas ficam no resguardo de
seus respectivos fabricantes. O segundo, é a possibilidade de
compartilhar por um valor simbólico todo o nosso esforço em
simplificar o trabalho para leigos, de maneira geral, que tenham
realmente a intenção de morar ou viajar em uma Kombi, seja por
qualquer razão, e que não sabem por onde começar ou o que fazer.
Me recordo como se fosse hoje a primeira carona na BR,
estávamos em Niterói –RJ, e acabávamos de perder o ônibus, que
tinha um preço absurdo, para Friburgo, onde visitaríamos um primo.
Estávamos eu, meu irmão, nossa prima e uma grande amiga desolados
no terminal quando cogitamos a hipótese de nos jogar na estrada. E
em poucos minutos estávamos nós, cada qual com seu sorriso no rosto
pela nova possibilidade. O primeiro caminhoneiro não tardou, e por
ter duas vagas apenas, acabou dividindo o grupo. O grupo se
reencontrou mais de seis horas depois, cada qual com as suas histórias
pra contar, típico dos viajeiros. Desde esse dia, foram muitos
caminhões, carros de passeio, carroça, motos e qualquer outra coisa
que fosse mais rápido que um caminhar. Essas andanças promoveram
uma revolução interna, e sentia claramente que havia uma beleza
muito profunda nisso. O dinheiro era apertado, de forma que às vezes
dormia sob as estrelas, comia a comida que o Universo provia de mais
fácil acesso, molhava se com a chuva das estradas enquanto a carona
não vinha, se permitia ser rebelde com a limpeza dos dentes depois de
tantos quilômetros percorridos e muitas outras façanhas de jovem
sonhador. Entretanto, com o passar do tempo e as experiências da
vida, os perrengues mencionados acima foram perdendo o seu
romantismo: já dormia na rua, se alimentava mal, resfriava com a
chuva e não cuidava da higiene pessoal.
Todas essas mesmas situações, começaram a proporcionar uma
nova questão: como seria possível viver, conhecendo as belezas
naturais dessa Terra tão querida e ao mesmo tempo usufruir de um
bem estar contínuo? A essa altura, a meditação já se tornava parte do
cotidiano diário; o estudo pela música e expressão da arte, uma
necessidade; se alimentar bem e ter uma higiene pessoal estruturada
era fundamental e uma noite de sono bem dormida, primordial. Enfim,
ecoava na minha cabeça a pergunta: como poderei eu, ter lugar pra
dormir, comer bem, estudar novos instrumentos, tomar banho e
escovar os dentes, poder ter banheiro pras necessidades do corpo e ao
mesmo tempo conhecer novas cachoeiras, os rios do continente, os
grandes mares e a cultura desse povo tão especial? A Kombihome veio
como uma solução dos céus. Dos céus, sim, mas não de qualquer um.
Já que a ideia de possuir um carro e morar nele, era demasiadamente
fantasiosa e soava muito distante da nossa realidade financeira,
haveria de ser uma situação à altura para que eu embarcasse nessa
viagem.

Trabalhando nas lavouras de maças da Nova Zelândia.


Outubro/2016
A ideia surgiria de forma autêntica, quando eu viajava pela
Tasmânia, uma ilha da Austrália, enquanto participava de uma bolsa
de estudos pela minha universidade. Estava fazendo como eu sempre
fazia: nas costas a mochila, em um dos braços um saxofone, e na outra
mão, sacolas avulsas de comida. Quando tive a oportunidade de
receber uma carona de um francês que vivia em uma van (lá fora as
vans são mais viáveis que Kombi para se construir uma casa móvel).
Fiquei viajando com ele por dois dias, e esse irmão me explicou quão
rentável era viver em uma van depois de um certo investimento. Era
março de 2016, e essa idéia transbordou no coração meu e de meu
irmão, que almejava vôos semelhantes. E a partir de então,
começamos a trabalhar e a nos dedicar para ter fundos pra esse
projeto. Foram quase dois anos de investimentos pessoais para que
isso tudo ganhasse forma. De lavagem de pratos, por lavoura de maçãs
e até compra e revenda de instrumentos usados, chegamos no nosso
sonho, que nascera de forma tão singela.

Ambiente de trabalho extremamente caseiro e rústico


em que foi construído nosso primeiro "home" em uma
Van, na Nova Zelândia. A mesa de corte era um case
de Saxofone e a Morsa era uma Pedra.
A ideia que começara com um francês, na Tasmânia, foi
trabalhada por muitos irmãos e irmãs que auxiliaram como podiam,
com ideias, ferramentas, suporte financeiro e muitas outras trocas que
eu nem achei que fossem possíveis. De forma que, hoje temos o prazer
de compartilhar a possibilidade de que você também faça o mesmo.
As razões para se estar na estrada são muitas, mas é do meu interesse
que aqueles que tenham esse sonho, possam realizá-lo de forma mais
dinâmica, tendo assim possibilidade para novas ideias as quais a
humanidade toda há de se beneficiar.

Foi pensando nisso tudo que o projeto ia nascendo com alguns


pontos que diferem de outros projetos na internet: desenvolvemos
móveis e aparatos para que o viver apenas na Kombi seja possível, não
necessitando de nenhum ponto de apoio físico. Em suma, conta-se
como diferencial nesse projeto o banheiro seco, chuveiro, cama de
casal, armários, cozinha completa, fogão a gás e eletrodomésticos
movidos por energia fotovoltaica.
Comprando todas as peças necessárias e cortando nas medidas
indicadas, respeitando e analisando o tamanho do seu veículo, é
possível construir de maneira bem mais fácil e barata do que se
imagina, a sua kombihome. No nosso caso, utilizamos uma Kombi
Furgão 2003, projetada para duas pessoas viverem e, o nosso foco, por
questão pessoal, foi projetá-la para transporte de equipamentos
musicais, que são, em suma, o nosso principal meio de sobrevivência
na estrada. Entretanto, o espaço dos instrumentos pode ser usado para
qualquer outra finalidade que seja útil para o (a) viajante.
Nessa obra, que esta na sua 2ª edição, você poderá conferir
informações preciosas sobre a escolha do automóvel e documentação;
terá acesso ao sistema dos móveis com todas as peças medidas prontas
para o corte auxiliadas por animações em 3D (capítulo de
Downloads); o mesmo acontece com todo o sistema fotovoltaico e
hidráulico. E sem contar com a participação de outros queridos
viajantes compartilhando um pouco da história deles, motivando você
ainda mais pra pegar a estrada de vez! Vamos lá?!
2. A KOMBI
A Kombi é de longe o veículo de transporte mais acessível na
América Latina. Com sua alta popularidade e aceitação, sua mecânica
simples quando comparada aos carros mais modernos, resistência e,
principalmente, seu baixo custo, ela é hoje a opção mais viável para se
construir um Motor Home no Brasil.
A escolha da Kombi é parte fundamental e preciosa, pois ela é
o alicerce estrutural que carregará toda a sua casa e seus projetos, que
serão mencionados nos próximos capítulos. Então, capriche na
escolha!
Os fatores mais importantes a serem comentados nesse
momento é o poder da pesquisa: Mercado Livre e OLX são ótimas
ferramentas para pesquisar por carros e é possível fazer muito bom
uso delas. Os fatores mais relevantes para serem mencionados aqui e
passarem pela sua avaliação na hora da procura pela internet ou da
visita de vistoria do carro são:
• Condição do motor (se há vazamento de óleo ou água, se
está queimando óleo em demasia, etc)
• Situação geral do veículo (ferrugens, estado dos pneus,
bancos, goteiras, etc);
• Histórico do veículo (pra que fim ele foi usado? Isso é
importante pois kombis usadas por muitos anos no
transporte de cargas pesadas podem apresentar problemas
intrínsecos em sua estrutura não visíveis a um primeiro
momento)
• Documentação (se o carro está no nome do vendedor, se as
contas estão em dia e, principalmente, se há alguma multa)
Essas dicas foram muito valiosas pra mim, e eu sinto que fiz
uma boa escolha. Na época tive a orientação do meu pai, que tinha
experiência com carros mais velhos e me ajudou. A última dica é: leve
um mecânico de confiança ou alguém que tenha conhecimento, caso
você mesmo não entenda de mecânica de carros.
A minha escolha foi uma Kombi Modelo Furgão, ano 2003.
Recomendo o modelo furgão por não possuir janelas externas, dando
um ar de mais segurança e privacidade e, principalmente, pelo modelo
furgão estar relacionado positivamente em questões de documentação
para o transporte de cargas. E esse é um ponto muito importante que
você precisa saber: documentação.

Djanira, nossa kombi furgão ano 2003 desbravando as dunas de Jericoacoara, no


Ceará.
3. DOCUMENTAÇÃO
Confesso a você, caro leitor, que gostaria de apresentar linhas
concisas e cheias de certeza sobre essa questão tão importante.
Entretanto, a realidade não é bem assim.
Resumidamente, pra você viver em um carro qualquer, você
precisa através de meios totalmente legais transferir a função de seu
veículo para Motor Home. Isso significa que, se a sua Kombi era
transporte de passageiros ou transporte de carga, ela precisaria ter,
através de documentos, uma nova função. Eu pesquisei muito sobre
essa possibilidade e descobri que não era nem um pouco acessível. O
documento em questão seria o CAT (certificado da agência de
transportes) atestando essa nova função. Entretanto, leigos não podem
fazer isso, e essa possibilidade só é possível através de empresas que
fabricam motorhome. Geralmente, essas empresas oferecem um
serviço em troca também, por exemplo: tornar o teto da Kombi retrátil
(estende-se verticalmente aumentando o espaço interno) + CAT. O
orçamento mais barato que eu consegui foi 16 mil reais.
Outra opção era tentar conseguir o CAT através de meios mais
informais, com engenheiros que fazem esse trabalho sem estar
vinculado a uma empresa. O preço mais barato foi de 9 mil reais. Em
suma, não estava dentro do nosso orçamento investir tanto dinheiro
em uma questão que apresentava aspectos poucos claros e elitistas.
Considerando a minha e a realidade dos brasileiros de maneira
geral, o estudo se direcionava para: como eu posso ter minha Kombi
home e não gastar rios de dinheiro com documentação? Depois de
muita pesquisa na internet, entrevistas com despachantes e
funcionários do DETRAN, percebemos uma coisa muito importante:
ninguém sabe ao certo as aplicações dessa lei. É uma situação um
tanto quanto nova no Brasil e os funcionários, ou desconhecem a lei e
suas resoluções, ou dão palpites.
O ponto mais importante é: a Kombi precisa ser passada para a
condição de Furgão, para que você esteja apto a transportar materiais
(no caso os materiais serão seus móveis e pertences). Mas vem a
pergunta: posso ser multado? Em tese sim, é necessário ter a
documentação de Motor Home. Entretanto, a questão ficaria na mão
do possível agente rodoviário federal que fiscalizaria o seu carro. A
minha opinião pessoal é que, se a sua documentação veicular estiver
em dia, junto com os adereços necessários do carro, dificilmente um
agente rodoviário pedirá para inspecionar o seu veículo. Isso
considerando a hipótese de você ter sido parado em uma blitz, ou algo
assim. Caso isso ocorra, e o agente inspecione o veículo e conheça a
lei do motor home (o que, através das minhas últimas experiências, eu
acho pouco provável) existe uma série de questões a serem abordadas:
pela minha pesquisa alguns estados ou agentes usam o projeto de
móveis específicos para a definição de motor home, outros utilizam a
análise de dormir ou não dentro do veículo, outros afirmam que o
ponto mais importante são as mudanças na estrutura da Kombi (teto
retrátil por exemplo). Enfim, é algo bem arbitrário de maneira geral.
Mas considerando que isso tudo ocorra e o inspetor esteja de muito
mau humor, é possível sim que o veículo seja retido. Diante de todas
as possibilidades mencionadas acima, a minha decisão pessoal foi
seguir sem o documento.
É importante também mencionar a resolução 716 do
CONTRAN em novembro de 2017, que causaria um transtorno muito
grande para os motorhomes caseiros. Entretanto, para a felicidade de
todos, em abril de 2018, a resolução foi suspensa por tempo
indeterminado, não sendo mais necessário a inspeção veicular de
carros para a renovação do documento. Saiba mais:
http://www.penaestrada.com.br/contran-suspende-resolucao-que-
obrigava-inspecao-veicular-em-todo-o-pais/
4. MECÂNICA
É incrivelmente comum as histórias de “vanlifers” que negligenciaram
a mecânica do automóvel por estarem demasiadamente imersos no
planejamento, criação e montagem das estruturas internas da casa
móvel. É bem verdade que todas as estruturas do interior do veículo
necessitam ser extremamente bem pensadas e articuladas para garantir
o conforto e economizar espaço, mas se desejas que sua casa continue
sendo móvel, terás que botar muita atenção na mecânica do seu
automóvel.
Essa negligência aconteceu conosco quando construímos nossa
primeira “home” em uma van na Nova Zelândia, e depois de montar
uma casa maravilhosa, tivemos que vender o veículo a preço de
banana pelo fato do motor estar com vazamento de óleo e água
financeiramente inviáveis para a reparação.
Existe um outro motivo muito relevante para se colocar a
atenção na parte estrutural do carro: a economia. Creio que seja fácil
de se compreender que executar a manutenção preventiva em um local
de confiança será muito mais barato e tranquilo do que constatar da
necessidade de realizar a manutenção corretiva na beira de uma
estrada qualquer ou de um lugar que você desconhece.
Porém, o fator mais importante de manter a manutenção do
veículo em dia é o de preservar o que temos de mais valioso: a nossa
vida. O motorista que se atenta aos pormenores do seu veículo garante
mais segurança não só para si, mas para todos os que utilizam o
mesmo espaço de alguma forma: outros motoristas, motociclistas,
pedestres e até animais,
Dito isso, creio que está claro que se atentar aos pormenores
das condições exatas da mecânica da sua casa móvel promove
segurança, tranquilidade e economia de tempo e dinheiro.
Mas afinal, quais são as partes e/ou componentes que devemos
nos atentar de forma mais frequente e como/onde fazer os serviços?!
✔ Trocar o óleo do motor
Esse serviço pode ser realizado a cada cinco mil quilômetros
percorridos em um grande número de lugares como: postos de
gasolina, oficinas mecânicas ou em lojas especializadas de
lubrificantes.
O investimento é geralmente na compra do óleo que gira em torno de
vinte reais o litro. No meu caso, necessito de 2,5 litros de óleo e o
investimento é de aproximadamente sessenta reais. A troca periódica
garante o bom funcionamento do motor a curto e longo prazo.
É indispensável checar semanalmente o nível do óleo para
antecipar algum vazamento, o qual pode levar a consequências
drásticas como fundir o motor.

✔ Calibragem
Serviço muito simples e muitas vezes sem custo algum. Pode
ser realizado na grande maioria de postos de gasolina, borracharias e
oficinas mecânicas com periodicidade semanal. A calibragem precisa
estar em dia, caso ela esteja inferior ou superior da adequada,
conduzirá desde ao desgaste equivocado dos pneus a sérios danos na
suspensão do carro.

✔ Lubrificação do eixo frontal


Esse serviço pode ser realizado mensalmente ou a cada três mil
quilômetros rodados em lugares como oficinas mecânicas, lava a jatos,
lojas de lubrificação e grandes postos de gasolina.
Esse serviço é muito importante pois garante a integridade da
suspensão do veículo e de uma série de componentes como a caixa do
pino central.
A atividade consiste em injetar graxa em orifícios localizados em
baixo do carro chamado “graxeiros”.
A ausência de graxa na suspensão do carro gera muito ruído e desgaste
dos componentes internos. Esse serviço custa aproximadamente vinte
reais.
✔ Regulagens
Pode ser feito com periodicidade mensal ou a cada três mil
quilômetros rodados em locais como: postos de gasolina e oficinas
mecânicas especializadas em carros antigos.
A atividade consiste em alinhamento, cambagem, balanceamento,
regulagem do disco de freio, freio de mão, entrada das marchas, caixa
do pino central, entre outros.
Quando um carro não está regulado de maneira adequada, o tempo de
resposta da direção e dos freios aumentam consideravelmente,
oferecendo riscos a segurança de todos.

✔ Abastecimento
Outra atividade muito comum é abastecer o veículo. Não
permita que o frentista continue colocando combustível após o estalo
da bomba (quando o tanque do carro está cheio, a bomba de gasolina
do posto dispara automaticamente, interrompendo o fluxo).
Encher excessivamente o tanque pode geral uma série de
prejuízos e situações graves como principiar um incêndio. Tudo isso
porque pode haver algum pequeno vazamento em alguma parte do
sistema do tanque de gasolina, inflamando com a partida do motor.
Nós aconselhamos o auxílio de oficinas especializadas em
kombi ou motor a ar e também as informações preciosas
compartilhadas entre os grupos de kombeiros no facebook, whatsapp e
instagram’s.
CONHECENDO A ANOVA

Nós validamos o discurso de que a kombi é um carro que


demanda uma atenção extra do motorista, uma vez que apresenta
aerodinâmica instável, direção manual e grande folga nos volantes.
Porém não se engane você caso pensa que não há como aumentar a
segurança de forma eficiente e definitiva de alguns aspectos da
direção.
Fizemos ampla pesquisa após para entender e melhorar a folga
da direção de nossa kombi-casa e descobrimos que o nosso pino
central jazia frouxo e desgastado, ocasionando inclusive um desgaste
equivocado dos pneus dianteiros.
Pra nossa alegria conhecemos a MecSul, empresa brasileira
que desenvolveu e patenteou um novo tipo de caixa do pino central
chamada ANOVA. Nós explicamos! A transmissão direta dos volantes
para as rodas do veículo para necessariamente pela caixa do pino
central, onde existe um sistema originalmente composto por pino e
bucha, e já na versão da MecSul, há dois rolamentos blindados e uma
carcaça muito mais resistente às intempéries. Isso faz com que a
diferença seja gritante no que diz respeito a folga do volante, que torna
a resposta da direção mais rápida e precisa, além de incrivelmente um
pouco mais leve.
Nós experimentamos toda essa bênção automobilística quando
recebemos a nossa própria ANOVA e concordamos com todas as
centenas de feedbacks positivos que já haviamos lido na internet.
Outro fato muito interessante sobre esse produto é que ele não
necessita de lubrificação, como é comum com a antiga caixa (a
lubrificação se dá com graxa através de um orifício inteligente de
entrada chamado graxeiro), e também não necessita manutenção, e o
seu reparo se dá no processo de troca de alguns componentes através
de um kit reparação.
Nós estamos muito satisfeitos com a segurança que hoje temos
com a instalação da ANOVA no nosso veículo, e se você quer conferir
o vídeo que a gente mostra todo esse processo, pode clicar aqui.
No canal da MecSul no Youtube tem muitos outros vídeos
explicando de diversas maneiras o funcionamento detalhado da Anova.
E caso o seu interesse seja o de adquirir a peça e desfrutar dos
benefícios, é só clicar aqui e receber diretamente na sua casa.
SUSPENSÃO: NOS EIXOS DA BRASKOMBI

Todos estamos no processo de aprendizagem, e feliz é aquele


que aproveita as oportunidades para exercitar o espírito do aprendiz, e
esse processo se apresenta de maneiras distintas pra cada ser humano.
Uma vez ouvi que existe três maneiras de se aprender: do sábio, do
inteligente e do tolo. O sábio é aquele que aprende com os erros
alheios, e não desfruta da desconfortável consequência do mesmo. O
homem inteligente é aquele que erra, observa e aprende com o seu
próprio equívoco. Porém, o tolo não é somente aquele que erra, mas
que tens a capacidade de observar tão turva que insiste ignorantemente
nos mesmos atos, aprendendo muito pouco ou absolutamente nada.
E assim se deu antes de colocarmos o pé da estrada, quando
ouvimos de nosso amigo e mecânico as instruções para a lubrificação
mensal da frente do carro. O conselho foi ignorado e percorremos
mais de oito mil quilômetros até nos dar conta do valioso ensinamento
de nosso instrutor automobilístico. O Embuchamento do veículo jazia
completamente comprometido e tivemos uma grande surpresa ao
descobrir que os preços das peças na loja eram centenas de vezes mais
cara que o ato de engraxar. Concluímos alguns fatos interessantes. O
primeiro era da importância de uma simples manutenção como
lubrificar a frente do veículo, a outra era que o preço pedido na loja
era financeiramente longe de qualquer possibilidade de resolvermos a
questão. Então botamos a cabeça pra funcionar e percebemos algo
óbvio: poderíamos conhecer fornecedores pela internet, onde
pagaríamos muito mais barato por não terem necessariamente gastos
com espaços físicos ou funcionários para atender clientes de 8h às
18h. Iniciamos nossa pesquisa e encontramos poucos fornecedores
que possuíam reputação que nos aspirasse confiança, uma vez que
estaríamos comprando itens que precisavam ser de extrema qualidade
e resistência. E foi através de uma pesquisa exaustiva que conhecemos
o trabalho da Braskombi, empresa brasileira que vende todos os
materiais específicos que você possa precisar na área de suspensão e
direção para kombi e fusca, com o menor preço da internet.
É incrível como as pessoas são apaixonadas por esses modelos
automobilísticos antigos, fazendo com que muitos se envolvam com o
propósito de manter e resgatar o uso destes veículos que foram os
símbolos de muitas gerações.

Quando recebemos no conforto dos correios a nossa


encomenda, pulamos de alegria pela certeza que estaríamos nas
estradas psicologicamente mais leves e fisicamente mais seguros, ao
renovar todo o sistema de embuchamento vertical e horizontal que
estavam em lamentável estado por conta de nosso próprio descaso.
Encontramos por sorte um lugar chamado Rei das kombis na capital
maranhense que fez a troca dos embuchamentos para nós, e os
resultados foram incrivelmente satisfatórios: a folga do volante
diminuiu, a resposta da direção ficou mais rápida e desapareceu o
barulho que existia na roda direita em alta velocidade. Dessa vez
fomos inteligentes para aprender com os erros, e continuamos
lubrificando a frente mensalmente.
Se você quer pagar barato nas peças pra suspensão, caixa de
direção e outros itens da kombi ou fusca, fica ligado no estoque que
acaba rápido!
Pra conferir o nosso vídeo sobre o embuchamento é só navegar
no nosso canal do YouTube.
5. O RACK
O rack é uma estrutura metálica a qual é fixada na parte
superior da Kombi, suas finalidades principais são o transporte de
cargas diversas e transporte dos painéis fotovoltaicos. Existem
projetos hoje em dia, muito avançados de tetos retráteis, ou tetos
extensores, que podem possuir o rack ou não, mas que consiste
basicamente na ampliação do espaço interno da Kombi, através de
uma expansão do teto. Pra esse procedimento de extensão, é
necessário o CAT (documento mencionado no capítulo anterior).
Os preços de extensão do teto e mais o CAT giram em torno de
16 mil reais, e a intenção de contratar esse serviço foi abandonada no
começo do projeto.
O rack que nós possuímos foi mandado fazer sob medida e,
com esse projeto, pode ser feito por qualquer empresa ou trabalhador
de qualidade que domine a ciência do manuseio com os metais (corte,
solda, etc).
Esse projeto conta com um espaço amplo para armazenar
coisas, no nosso caso adquirimos um maleiro que é preso na estrutura
do rack. A parte da frente é moldada especificamente para o suporte de
placas fotovoltaicas, que irão gerar a energia necessária dos
equipamentos e eletrodomésticos.
6. ISOLAMENTO TÉRMICO
Imagine que a sua casa varie a temperatura de forma dramática
durante eventos diários, se faz sol fica muito quente, quando a noite
chega e a temperatura cai se passa muito frio e, de acordo com cada
variação climática, a temperatura de sua casa vai variando junto. Seria
bem desagradável, não seria? Bom, basicamente é isso que acontece
com um carro. Por ser feito basicamente de lata, está amplamente
vulnerável às mudanças de temperatura uma vez que o calor
específico desse tipo de metal é bem baixo.
Então é necessário fazer um isolamento térmico, e isso pode
ser feito de muitas maneiras.
A djanira, em 2003, teve a sorte de receber um revestimento de
fibra de vidro por seu primeiro dono, que era vendedor de salgados e
precisava de um certificado. Como a fibra de vidro funciona de
maneira admirável como isolante térmico, não tivemos que nos
preocupar com isso.
A alternativa mais barata, simples e prática é revestir as
extremidades da Kombi com isopor usando uma cola que, não só vede
bem, mas que também resista a mudança de temperatura e umidade,
como é o caso do silicone de aquário, que, segundo amigos, é muito
eficiente. O feltro também pode ser um bom material para isolamento
térmico.
Há quem use madeira, o que deixa muito bonito. Entretanto
não recomendo, uma vez que dentro da casa fica geralmente muito
úmido, as extremidades se condensam, ficando geralmente molhado, o
que é um grande problema para isolamentos térmicos de madeira por
aumentar a chance de fungos e bactérias.
Resumindo: é necessário um isolamento térmico para a maior
comodidade e saúde dos viventes da kombi-casa, principalmente no
Brasil onde temos uma variação climática muito grande de região pra
região. Alguns materiais podem ser utilizados, e a escolha tem que ser
feita baseada na condição financeira e afinidade com o material
escolhido.
7. OS MÓVEIS
A Kombi, diferentemente de uma casa ampla, tem seu espaço
interno muito limitado, o que obriga ao construtor ter uma dose extra
de criatividade para que os móveis sejam úteis e dialoguem entre si.
Portanto, todos os móveis foram desenvolvidos de forma manual, e as
ferramentas necessárias foram basicamente uma serra tico-tico, uma
lixadeira e uma parafusadeira/furadeira. As junções dos móveis foram
feitas com parafusos e cantoneiras.
Noções de marcenaria básica são muito bem-vindas, existem
muitos bons vídeos no YouTube e outros aplicativos sobre como criar
móveis. Nós, por exemplo, não tínhamos experiência com isso, e a
qualidade do nosso corte e acabamento foi melhorando ao longo do
projeto.
Cantoneiras e parafusos, apesar de terem um preço acessível,
em grande quantidade representam um orçamento considerável.
Portanto, teste algumas opções e, de acordo com o resultado, planeje-
se para comprar grandes quantidades.
Utilizamos basicamente compensado naval: 2 folhas de 15mm
de espessura, e 3 folhas de 10mm de espessura. Os detalhes e
informações sobre cada peça se encontram em uma tabela, no final de
cada subcapítulo, logo após as informações detalhadas com as
medidas de cada peça para o corte.
COMPLEXO CAMA

Todos nós concordamos que, se a intenção é morar dentro de


qualquer espaço, uma estrutura adequada para uma boa noite de sono
é primordial. E, pensando nisso, projetamos uma cama que fosse
suficiente para duas pessoas (cama de casal) e que ao mesmo tempo
poderia abrir espaço para outras funcionalidades quando não estivesse
sendo usada. Resumidamente, essa parte irá tratar dos móveis e peças
que envolvem a cama retrátil e como ela foi projetada.
É importante mencionar que usamos dois pistões a gás de
100N cada (semelhante aquele que dá suporte para a abertura do
porta-malas nos carros) para ajudar a levantar o espaço principal que
fica embaixo da cama (capacidade de armazenamento aproximado de
248 litros). Outro ponto importante é que as partes móveis são unidas
por dobradiças metálicas (aquela estrutura que permite a porta girar
em torno de um eixo). Recomendamos que escolham uma bem
resistente para a estrutura principal da cama (CA01).
Peças do sub capítulo Complexo Cama:
Item Objeto Medidas (mm) Espessura
CA01 Compensado Naval Polígono 15mm
CA02 Compensado Naval Polígono 15mm
CA03 Compensado Naval Polígono 15mm
CA04 Compensado Naval 109 x 23 15mm
CA05 Compensado Naval 23 x 90 15mm
CA06 Compensado Naval 23 x 33,54 15mm
CA07 Compensado Naval 23 x 60 15mm
CA08 Compensado Naval 150 x 23 20mm
Tabela CA: Informações técnicas e descritivas das peças do
SubCapítulo CAMA
COMPLEXO DO BAÚ

O complexo do baú é o nome que demos para a sala de estar, a


sala de jantar, o local de meditação, o banheiro seco e, depois do baú
da cama, é a parte que tem mais capacidade de volume para guardar
comida, pertences e objetos (capacidade de armazenar
aproximadamente 137 litros sem contar o espaço do banheiro seco, do
frigobar e do botijão de gás). Por ter tantas funções, essa parte é um
momento muito importante da construção e requer um cuidado
especial, pois também conectará a cozinha com a cama, dando suporte
para a mesma quando ela estiver na posição armada através dos
Caixotes de Apoio, que serão apresentados no próximo subcapítulo.
A espessura geral dos compensados navais utilizada nessa
parte foi de 10mm, porque nós somos bem magros. Entretanto, caso
necessite de uma maior resistência, eu sugeriria utilizar um
compensado mais grosso, 15mm ou até mais.
Destaque especial para peça B8 que decidimos fazer toda
unida, apenas indicando os locais de corte, para que facilitasse o
serviço e também a visualização.
Peças do complexo do Baú:
Item Objeto Medidas Espessura
B1 Compensado Naval Polígono 10mm
B2 Compensado Naval 48 x 49,5 15mm
B3 Compensado Naval 48 x 49,5 15mm
B4 Compensado Naval 26 x 50,5 15mm
B5 Compensado Naval 49,5 x 30 10mm
B6 Compensado Naval 48 x 43,5 15mm
B7 Compensado Naval 43,5 x 3 15mm
B8 Compensado Naval Polígono 10mm
B9 Compensado Naval 31 x 30 10mm
B10 Compensado Naval 31 x 30 10mm
B11 Compensado Naval 48 x 47 15mm
B12 Compensado Naval 50,5 x 32 10mm
B13 Compensado Naval 50,5 x 32 10mm
B14 Compensado Naval 50,5 x 32 10mm
Tabela B: Informações técnicas e descritivas das peças do
SubCapítulo BAÚ
CAIXOTES DE APOIO

Os caixotes de apoio são, basicamente, estruturas em forma de


paralelepípedo que possuem duas funções principais: a primeira é
servir como mais um espaço para armazenar coisas (no nosso caso
utilizamos como uma dispensa com capacidade de armazenamento
aproximado de 70 litros) e a segunda é apoiar a estrutura móvel da
cama (CA03), para que ela fique no mesmo nível da outra parte da
cama (CA01). Para que isso ocorra de forma perfeita, considere os
relevos e protuberâncias da sua Kombi em específico e, mesmo tendo
em mãos os valores exatos, sempre confira antes ou esteja preparado
para alguns ajustes.
Peças do Caixotes de Apoio:
Item Objeto Medidas (mm) Espessura
CCA01 Compensado Naval 29 x 18,8 10mm
CCA02 Compensado Naval 64,5 x 18,8 10mm
CCA03 Compensado Naval 65,5 x 28,5 10mm
CCB01 Compensado Naval 67,5 x 27,5 10mm
CCB02 Compensado Naval 18,8 x 28,5 10mm
CCB03 Compensado Naval 66,5 x 18,8 10mm
Tabela CC: Informações técnicas e descritivas das peças do
SubCapítulo Caixotes de Apoio
ARMÁRIOS

Talvez você possa se perguntar: aonde ficariam as roupas? Pois


bem, temos a solução: um armário. O mesmo se localiza ao lado da
cama e é, de forma geral, pequeno, para acomodar as roupas
necessárias para duas pessoas, entretanto nada em excesso. A vida na
estrada é uma vida simples e percebo hoje que eu preciso de muito
menos do que eu sempre tive.
O armário conta com 3 andares, duas divisões principais e as
suas portas são estruturas criativas de crochê, pensadas, produzidas e
presenteadas pela competentíssima Merci Crochet. Caso tenham
interesse, ela aceita encomendas, o contato se encontra no final do
livro.
As três primeiras peças (AR01, AR02, e AR03), possuem uma
linha tracejada indicando que essa parte, que ficará em contato com a
lataria interna da Kombi, necessita ser moldada de forma que encaixe
o mais junto possível, ficando assim com um acabamento melhor. A
linha externa indica a peça quadrada total, caso cortadas em série para
facilitar na hora do corte, contanto que seja observada essa
modelagem essencial.
Peça dos Armários:
Item Objeto Medidas (mm) Espessura
AR01 Compensado Naval Polígono 10mm
AR02 Compensado Naval Polígono 10mm
AR03 Compensado Naval Polígono 10mm
AR04 Compensado Naval 30,5 x 14,5 10mm
AR05 Compensado Naval 28,5 x 14,5 10mm
AR06 Compensado Naval 30,5 x 18 10mm
AR07 Compensado Naval 28,5 x 18 10mm
Tabela AR: Informações técnicas e descritivas das peças do
SubCapítulo Armários
COZINHA

Vou morar em uma Kombi e vou passar fome, será? Com essa
cozinha, só passa fome quem quer! Todos nós sabemos como é
importante a cozinha, não só pela relação com os alimentos, mas como
espaço interativo que ela é, conversas, reuniões e momentos festivos
geralmente passam por ela, e no nosso projeto isso não é diferente. A
cozinha, que terá as peças demonstradas a seguir, conta com pia, filtro
e torneira, mesa principal retrátil, fogão a gás, gavetas porta-potes,
fruteira, armários, frigobar e espaço para guardar volumes diversos
(capacidade de armazenamento aproximado de 96 litros).
Peças da Cozinha:
Item Objeto Medidas (mm) Espessura
CO1 Compensado Naval 60 x 40 10mm
CO2 Compensado Naval 40 x 32 10mm
CO3 Compensado Naval 43 x 21,5 10mm
CO4 Compensado Naval 27 x 40 10mm
CO5 Compensado Naval 32,5 x 43 10mm
CO6 Compensado Naval 40 x 103 10mm
CO7 Compensado Naval 91 x 40 10mm
CO8 Compensado Naval 40 x 41 10mm
CO9 Compensado Naval polígono 10mm
CO10 Compensado Naval 27 x 85 10mm
CO11 Compensado Naval 27 x 85 10mm
CO12 Compensado Naval 52 x 27 10mm
CO13 Compensado Naval Polígono 10mm
CO14 Compensado Naval Polígono 10mm
CO15 Compensado Naval Polígono 10mm
CO16 Compensado Naval 152 X 108 10mm
Tabela CO: Informações técnicas e descritivas das peças do
SubCapítulo Cozinha
VERNIZ

Os móveis, como você já sabe, são feitos de compensado


naval, que é altamente resistente à água. Entretanto, essa resistência é
otimizada em dramáticas proporções quando envernizadas as peças.
Esse procedimento é quase que obrigatório, de tão importante que é
para a durabilidade das peças e também para a impermeabilização das
mesmas, facilitando a limpeza e a higiene geral.
Uma dica, então, é montar toda a casa-kombi e, após conferir
que todas as peças se encontram em seus devidos lugares, desmontar
tudo e envernizar. Depois montar novamente. Foi isso o que fizemos e
gostamos do resultado.
Para o verniz, utilizamos cerca de 3,5 litros, sempre
adicionando aguarrás de acordo com as recomendações do fabricante.
Caso você, meu caro leitor, não tenha experiência com a aplicação de
verniz, atente-se sobre a segurança e o procedimento correto com
algum profissional ou, caso não seja possível, em tutoriais seguros na
internet.
Por último, mas não menos importante: o banheiro seco. Mas
esse merece um subcapítulo só para ele!
BANHEIRO SECO

Banheiro seco, por definição, é uma alternativa ecológica no


tratamento de fezes humanas. Apesar da semelhança estética com o
banheiro comum, as fezes são separadas da urina. As fezes são
armazenadas em um local sem contato com o ambiente externo, onde,
a cada defecação, a pessoa joga um punhado de serragem sobre as
fezes para mantê-las secas e evitar o mau cheiro, segundo nosso amigo
Wikipédia. .
Sobre a construção: todas as peças que abrem ou que estão em
contato com ele foram vedadas; nas partes que abrem para a retirada
do recipiente coletor, utilizamos borracha e entre as peças de madeira
fixa utilizamos massa plástica e espuma que solidifica. A peça que
precisa ser cortada a fim de encaixar exatamente com a tampa do vaso
(utilizamos uma bem simples de plástico) é a peça B6, e o círculo
pontilhado indica que o valor precisa ser medido e moldado de acordo
com o tamanho da tampa que será adquirida.
Sobre o manuseio: como informado na definição acima, o
banheiro seco é utilizado apenas para as fezes e coberto com
serragem. O recipiente de coleta foi um grande vaso de plantas,
revestido por sacolas de lixo que são removidas na manutenção
semanal. Mesmo quando o recipiente não está totalmente cheio,
fazemos a retirada do material (fezes + papel higiênico + serragem),
limpamos e colocamos novas sacolas. O material descartado,
inicialmente, tinha a proposta de ser enterrado ao lado das estradas ou
coberto em local seguro para voltar ao solo como adubo, no futuro.
Entretanto, a realidade até agora vem sendo de descartar como lixo,
algo que é muito mais prático, mas não é o ideal nem em termos de
sustentabilidade nem em termos de felicidade em meu coração, de
forma que estamos nos planejando para mudanças em breve quanto ao
descarte do banheiro.
No nosso projeto, houve muitas coisas que foram boas, outras
nem tanto, e algumas são de extrema utilidade. Um exemplo desse
grupo de coisas maravilhosas em nosso projeto, por nossa própria
experiência, é o banheiro seco. Recomendo que façam, que
experimentem a liberdade e autonomia que é ter as necessidades
básicas satisfeitas em qualquer lugar, tanto na cidade, na roça, em
postos de gasolina ou até no meio de um engarrafamento!
MONTAGEM DOS MÓVEIS

Você certamente gostaria de visualizar todo o contexto das


peças e seu lugar no projeto em três dimensões, não é mesmo?
Anexado ao livro e disponível no capítulo Downloads, você
poderá se valer de animações em 3D que explicam a montagem
completa dos móveis, com descrições detalhados nas páginas
seguintes para a montagem correta de cada peça.
Nesta parte estão descritos os códigos de montagem das peças
com suas respectivas descrições, a fim de auxiliar com mais
profundidade a montagem de todas as peças.

• CA02: É essencial um nivelamento por baixo dessa peça, uma


vez que a superfície da Kombi é amplamente irregular. Nós usamos
borracha de aproximadamente 5mm de espessura e sobrepusemos
pedaços de borracha quando julgamos necessário. Você pode usar uma
infinidade de materiais como: e.v.a, feltros, borrachas, etc. Essa é uma
peça bem importante e conta com os detalhes de dois cortes dentro da
peça: um para a manutenção e acesso do motor e outro diz respeito a
um espaço que antes era ocupado pelo pneu reserva.

• CA04: Esta peça deve ser fixada utilizando um esquadro e


cantoneiras.

• CA05: Esta peça deve ser fixada também com cantoneiras,


além de parafusos em sua extremidade que faz contato com a peça
CA04, mantendo-a mais firme!

• CA06: Esta peça possui uma angulação e deve ser muito bem
encaixada. Para isso se faz necessário uma atividade de desbastar
ambas extremidades de forma com que crie um ângulo perfeito com a
peça que se conecta a ela. Ela também recebe parafusos na junção com
a peça CA04.
• CA07: Essa peça necessita um desbaste angular na
extremidade que se conecta com a CA06 e é conectada também com
parafusos com a mesma. Fixe-a também usando cantoneiras com o
auxílio de um esquadro.

• CA08: Essa é a peça que finaliza a estrutura da cama. Deve ser


parafusada nas junções entre as peças CA07 e CA05.

• CA09: Essa peça finaliza a armação da cama. Note que ela


possui um corte retangular que virá a ser a tampa de um baú de XXX
litros. Essa tampa possui três dobradiças de porta na parte traseira e é
sustentada por dois pistões de 100 newtons cada (semelhante aos
pistões do porta mala). Para que a tampa não ceda quando receber
peso (uma vez que foi cortada), é necessário fazer um sistema que a
deixe firme e forte. Nós usamos fortes ripas de madeiras de
aproximadamente 20cmx6cm que foram espalhadas homogeneamente
e parafusadas ao longo do corte.

• AR01, AR03 e AR02: Essas peças se tornarão nossos armários


de roupas e possuem uma dificuldade extra! A superfície da Kombi
onde elas estão fixadas é altamente irregular e você precisará tirar um
molde, para que ela encaixe perfeitamente na parede da Kombi. Para
fazer isso, basta cortar um pedaço firme de papelão e deixar próximo à
toda superfície lateral de onde está a tirar o molde. O segundo passo é
pregar, grampear ou colar tirinhas de papel no papelão, que irão
encostar na parede da Kombi. Terminado o processo, você terá o
molde cru da parede de seu quarto, e agora você já pode desenhar
direto na madeira já cortada (as medidas se encontram nos desenhos
das respectivas peças) ou desenhar em outro papel/papelão e assim
desenhar nas placas de madeira. Eu aconselho se informar e assistir
vídeos no YouTube de como tirar o molde de peças para móveis em
superfícies irregulares.

• AR04, AR06, AR05 e AR07: Essas serão as peças que darão


origem às prateleiras dos nossos armários e possuem dimensões
diferentes devido também à superfície irregular da Kombi. Elas devem
ser fixadas com parafusos e cantoneiras. Existe apenas uma cantoneira
que conecta toda a estrutura do armário com a estrutura da Kombi, e
ela está localizada na parte superior da peça AR07. Nós achamos
desnecessário fechar os armários com mais placas de madeira e
achamos fantástica a possibilidade de fechar os armários com crochet
produzido pela Merci Crochet (contato no capítulo Apoio e Parcerias).
Dica: Você pode ampliar ainda mais o armário, tirando mais moldes e
fazendo um processo semelhante para com as prateleiras. Nós
julgamos que a quantidade de roupas que carregamos é mais do que o
suficiente. E é mesmo.

• CO16: Nessa parte começamos a pensar e moldar a estrutura


do restante da Kombi. Essa peça utiliza quase uma folha de
compensado inteira e você pode ter dificuldades de colocá-la dentro
da Kombi, mas nós garantimos que entra! Se faz necessário um
revestimento no assoalho da Kombi para que haja um nivelamento
razoável e nós mais uma vez utilizamos a borracha para isto. É
importante também ficar atento há alguns pequenos cortes que podem
ser feitos na chapa a fim de que ela encaixe melhor, e eu aconselho
amplamente que nessa parte você meça o espaço interno da sua Kombi
e tire suas próprias medidas, uma vez que pode variar de Kombi para
Kombi e de pessoa para pessoa.

• B1: Essa peça pode variar de tamanho de acordo com o tipo de


revestimento termoacústico que você usou no seu carro, se usou.
Sugerimos que meça novamente essa peça e compare com as medidas
aqui apresentadas.

• B12, B13 e B14: Essas peças são muito semelhantes entre si,
porém são peças que também devem ter os seus moldes tirados. Por
quê? Simples. Elas se encaixam em outra superfície amplamente
irregular da Kombi, onde existe uma inclinação complexa que
comporta a estrutura do tanque de gasolina e motor do carro. Essas
peças além de auxiliarem como estruturas, também auxiliam como
divisores de compartimentos. Elas podem ser fixadas de muitas
maneiras diferentes. Nós as parafusamos nas junções com a peça B1 e
também usamos cantoneiras.

• B2: Essa peça será uma das divisões entre o banheiro seco e o
sistema de gavetas. Ela deve ser posicionada utilizando a peça B5
como referência de distância com a parte lateral da Kombi. Ela pode
ser fixada com cantoneiras entre as peças C016 e B1.

• B9 e B10: Essas peças formam a estrutura das prateleiras das


gavetas e devem ser fixadas com o auxílio de cantoneiras pequenas.

• B5: Essa peça formará a parte frontal do sistema de gavetas.


Ela possui três cortes internos, que formarão a abertura das gavetas.
Como a sua casa vive em movimento, nas suas gavetas eu te
aconselho a colocar trancas simples, que impedirão que elas se abram
enquanto dirige. Deve-se instalar dobradiças para a abertura e
fechamento das gavetas. Essa peça deve ser fixada com parafusos
entre a junção da peça B2.

• B3: Essa peça virá a dividir o banheiro seco do frigobar e deve


ser fixada com cantoneiras entre a peça B1 e CO16 e também
parafusada na junção da peça B1.

• B6: Essa peça deve ser fixada com cantoneiras e parafusos da


melhor forma possível, uma vez que dará origem à estrutura do
banheiro seco, onde você irá sentar ou se apoiar de cócoras para usá-
lo.

• B11: Essa peça deve ser fixada com dobradiças na peça CO16,
onde funcionará como tampa para manutenção do banheiro seco. É
importante frisar que ela deve fechar perfeitamente e ficar muito bem
vedada. Nós colocamos tiras de borracha de 5mm com cola adesiva,
fazendo com que a peça feche de maneira mais perfeita. É válido
colocar uma tira de borracha fina na parte debaixo da peça, vedando
assim também a possibilidade de qualquer fresta com a peça CO16. A
tampa fica fechada com pressão ao utilizar uma tranca simples de
banheiro nos dois lados, trancando a peça B11 com as B3 e B2.

• B4: Essa peça deve ser fixada com cantoneiras e esquadro.


Virá a separar o botijão de gás e atuará na sustentação da estrutura.

• B8: Essa peça é de suma importância e possui algumas


particularidades. Colocamo-la no projeto como “peça única”, mas na
verdade, assim que cortá-la, ela se fragmentará em muitas peças
diferentes. Os cortes devem ser feitos no interior da placa separando a
tampa do banheiro seco, a estrutura da esquerda, a estrutura da direita
e outras cinco tampas que acessam seus respectivos reservatórios. As
tampas podem funcionar no sistema de dobradiças ou não, e devem
ser apoiadas de maneira semelhante à peça CA09 (com estruturas que
seguram e sustentam a tampa).

• CCA2: Essa peça pode ser fixada com cantoneiras (e esquadro,


claro).

• CCA1: Essa peça pode ser fixada com cantoneiras e parafusos


na junção com a peça CCA2.

• CCA3: Essa peça finaliza o baú A e contém também um corte


interno que cria uma tampa. Essa tampa também deve ser apoiada com
ripas ou estruturas que a sustentem muito bem.

• CCB3: Essa peça pode ser fixada com cantoneiras e esquadro e


pode ser parafusada com a peça CA08.

• CCB2: Essa peça pode ser fixada com cantoneiras e parafusos


na junção com a peça CCB3.

• CCB1: Essa peça finaliza o baú B, e contém também um corte


interno que cria uma tampa. Essa tampa também deve ser apoiada com
ripas ou estruturas que a sustentem muito bem. É através de uma das
tampas que você pode trocar o botijão de gás.

• CA03: Essa peça finaliza o sistema da cama. Ela é uma peça


móvel que faz com que se abra uma cama de casal de 1,75m de
comprimento que se apoia nos baús A e B, além de se apoiar também
em um pedaço de bambu grosso (não mostrado nas imagens) com a
altura certa (esse bambu vira um incensário quando não utilizado na
armação da cama). Para retrair a cama é simples, basta suspender a
parte traseira da peça CA03 com uma alça e encaixá-la levemente
sobre a peça CA01, e então, empurrá-la até que encontre a estrutura
traseira do carro. Esse procedimento é extremamente simples e
funciona de uma maneira surpreendente.

• CO09: Essa peça dá início ao sistema de armários da cozinha,


e deve ser fixada com parafusos na junção com a peça B8 (use o
esquadro!!). Essa é uma peça que também necessita se tirar um rápido
molde, uma vez que se encontra encostada na lateral da kombi, que é
irregular.

• CO07: Essa peça deve ser fixada com cantoneiras e esquadro,


e a distância da peça CO09 deve ser tomada utilizando a peça CO01.
Essa é uma peça que também necessita se tirar um rápido molde, uma
vez que se encontra encostada na lateral da kombi, que é irregular.

• CO01: Deve ser fixada utilizando cantoneiras e reforçando


com parafusos na junção com a placa CO07. Para medir a distância e
posição vertical, utilize como base a peça CO08.

• CO06: Essa peça dá forma a pia e deve ser fixada com


parafusos na junção com as peças CO09 e CO07. Cantoneiras também
são bem-vindas. Ela possui um corte interno onde encaixa
perfeitamente a cuba da pia e isso variará de cuba para cuba, de loja
para loja. Também existe um furo de aproximadamente 1/2 polegada
próximo a pia, que é onde está fixada a torneira/filtro. Essa placa foi
levemente cortada por nós (através de um molde) para encaixar
perfeitamente na divisória entre os bancos da frente e o restante da
kombi.

• CO08: Essa placa pode ser fixada com cantoneiras ou


parafusos na junção com a placa CO06.

• CO04 e CO02: Podem ser fixadas com cantoneiras e parafusos


e virão a serem as prateleiras do armário.

• CO03 e CO05: Essas serão as portas do armário e se


transformam em mesas quando abertas. Para isso é necessário fixá-las
com dobradiças na junção com a placa CO06. Para funcionarem como
mesas, necessitam um apoio rígido e móvel que as conecte com a peça
CO01.

• CO10: Essa peça dá início ao sistema de sementeiras e potes,


podendo ser fixada com cantoneiras na junção com a placa CO16.

• C011: Essa peça deve ser posicionada tomando como medida o


tamanho das sementeiras (CO13, CO14 e CO15). Deve ser fixada com
cantoneiras na junção com a placa CO16 e no nosso caso, com o
painel de fibra de vidro que separa os bancos da frente com o restante
do espaço interno da nossa Kombi.

• CO13, CO14 e CO15: Devem ser instaladas juntamente com


um trilho telescópico, fazendo com que deslizem no eixo horizontal,
funcionando como verdadeiras gavetas de potes. Essa é uma das
coisas que realmente funcionou na Kombi e que usamos muito. Nos
potes, além de guardar sementes e temperos, podemos germinar
sementes e fermentar alimentos e líquidos, como o kefir.

• CO12: Essa peça finaliza todo o sistema de móveis e deve ser


parafusada nas peças CO10 e CO11. É exatamente aqui que ficará
apoiado o fogão duas bocas que saciará sua fome!
Então quer dizer que você adorou o projeto, mas gostaria de ter
medidas diferentes para o tamanho da cama, armários e pia? É
altamente simples reformular o tamanho dos móveis, desde que você
esteja consciente que isso interferirá no tamanho de outras peças.
Exemplos:
Tamanho da cama: para alterar o comprimento da cama, é
necessário mudar as medidas das seguintes peças: CA03, o lado
direito da B8, CO01, CO06, CO04 e CO02.
Espaço para pia: para alterar o espaço existente para cuba da
pia, basta modificar as seguintes peças: CO01, CO02 e CO04.
Esse capítulo foi pensado e planejado cuidadosamente pra
elucidar muitos pontos da construção desse projeto e também para
ajudar o processo de criatividade dos seus próprios móveis.
Felizmente podemos compartilhar isso com você.
8. SISTEMA ELÉTRICO
Todos nós concordamos que a energia hoje em dia é mais do
que um luxo, mas uma tecnologia que se faz necessária na nossa
interação com o mundo e utilização de equipamentos movidos a
energia elétrica para nosso bem-estar e conforto. Nada mais justo que
a nossa casa também tivesse essa possibilidade e mais, fosse
energeticamente independente, sustentável e viável!
Nesse capítulo explanaremos em quatro subcapítulos como
funciona a energia fotovoltaica e como ela se estrutura dentro do
nosso projeto. Aproveite!

CONCEITOS INTRODUTÓRIOS

Basicamente, a energia fotovoltaica é obtida através da conversão


direta da luz em eletricidade (Efeito Fotovoltaico) sendo a célula
fotovoltaica, um dispositivo fabricado com material semicondutor, a
unidade fundamental desse processo de conversão. Basicamente, as
placas fotovoltaicas geram energia através do efeito fotovoltaico, no
nosso modelo essa energia é gerada em corrente contínua (CC) e tem
tensão de 12V. Essa corrente contínua precisa passar por um
controlador de carga, e desse controlador a energia é armazenada em
uma bateria. Para utilizar equipamentos que trabalham com corrente
alternada (CA) e tensão 127v/220v é necessário a utilização de um
inversor. Isso será mais detalhado nos próximos passos, no caso da
Kombi, em particular, não há mudança alguma na teoria, apenas na
parte prática de otimizar a geração, uma vez que o painel fotovoltaico
é voltado sempre para direção mais rentável e com a inclinação mais
compensatória, a fim de obter mais raios solares. Isso significa que em
casas, por exemplo, as placas são fixas e geralmente inclinadas mais
para o Norte, e no caso da Kombi, essa mudança se faz quase que
diariamente por meio de procurar uma vaga de estacionamento mais
compensatória.
DISPOSIÇÃO DOS ELETRODOMÉSTICOS

Precisamos para montar o nosso sistema de geração de energia


fotovoltaica: um ou mais painéis fotovoltaicos, conectores e cabos, um
controlador de carga, uma bateria estacionária e um inversor.
Utilizamos dois painéis fotovoltaicos de 150w cada um, que, segundo
os nossos cálculos, seriam suficientes para as nossas funções. O
cálculo necessário será apresentado na parte dois deste capítulo.
Os painéis fotovoltaicos, com o auxílio de conectores, são conectados
em cabos elétricos que, no nosso caso, entram na Kombi por um furo
feito por nós exatamente embaixo da canaleta de escoamento da
chuva. Os painéis, conectores e cabos foram adquiridos através do site
minhacasasolar.com.br, mas existem outros sites de confiança aqui no
Brasil e é muito recomendável uma pesquisa de preço, uma vez que as
empresas vendedoras fazem constantemente promoções.
Dentro da Kombi, os cabos passam por um controlador de carga e vão
para a bateria estacionária de 220aH, a qual, logicamente, tem a
função de armazenar a energia produzida pelas placas. Como a bateria
estacionária possui voltagem de 12 Volts, todos os equipamentos
eletrônicos que possuírem essa voltagem podem ser ligados
diretamente nela - no nosso caso, usamos apenas para a bomba de
água (chuveiro e torneira) que possui essa mesma voltagem. É
necessário, então, padronizar todos os eletrodomésticos com uma
mesma voltagem, ou 127v ou 220v - no nosso caso, optamos por 127
volts.
O próximo passo é levar a energia da bateria para um inversor de
tensão de 12v de corrente contínua pra 127v de corrente alternada (o
que geralmente os equipamentos utilizam). Do inversor já é possível
conectar diretamente os equipamentos escolhidos.
Essas informações serão dispostas de forma mais clara no fim desse
capítulo, na parte de "Montagem do Sistema Elétrico".
CÁLCULOS ELÉTRICOS NECESSÁRIOS

O cálculo da necessidade de energia a ser produzida, e


consequentemente da capacidade da bateria a ser adquirida
dependerão invariavelmente do consumo que você pretende ter. A
primeira sugestão é: não utilize de maneira nenhuma no seu cálculo
equipamentos que requerem uma potência alta, e isso inclui
equipamentos do tipo: fogão elétrico, chuveiro elétrico, processadores/
liquidificadores de alta potência. A razão para isso é que o cálculo
deve ter como objetivo trazer luz para as definições e disposições
gerais dos eletrodomésticos essenciais, e no caso da energia
fotovoltaica, equipamentos do grupo mencionado acima, causariam
um impacto dramático, considerando que o teto da Kombi tem um
espaço limitado, e a energia fotovoltaica é diretamente proporcional à
quantidade de células fotovoltaicas expostas (m²).
Decidindo os eletrodomésticos necessários:
No nosso caso pessoal, escolhemos basicamente: 1 frigobar, 2
exaustores, 1 bomba de água, 1 Lâmpada de led, 1 mini liquidificador,
e equipamentos musicais/celulares/notebook que precisam ser
carregados.
Itens Horas/dia Qtd. Potência (W.h) W.h/dia Amperes (A.h) A.h/dia
Lâmpadas 4 1 12 48 1 4
Frigobar 24 1 44 816 3,6666666667 68
Bomba dágua 1 1 48 48 4 4
Exaustores 9 2 10 90 0,8333333333 7,5
Mixer 0,3 1 300 90 25 7,5
Utensílios diversos 0 0 0
Celulares 1 1 20 20 1,6666666667 1,666667
Notebook 1 1 160 160 13,333333333 13,33333
Pilhas recarregáveis 1 1 15 15 1,25 1,25
Speaker 0,3 1 5 1,5 0,4166666667 0,125
Total 624 1288,5 52 107,375

Tabela 1: Lista de equipamentos elétricos escolhidos e informações técnicas

Como vocês podem observar na Tabela 1, foram separadas as


informações de quais equipamentos elétricos, a potência consumida
por eles e quantas horas diárias precisamos dos mesmos para a nossa
necessidade estipulada. É necessário, para a precisão desse cálculo que
todos os equipamentos elétricos que vão entrar no sistema estejam
inseridos, dando no final, a somatória de energia diária requerida
(W.h/dia).
Por exemplo: Estipulamos que o exaustor, ficará ligado 7 horas
por dia. Esse equipamento, no modelo escolhido por nós, possui
potência de 10W, em um dia teremos 7 horas x 10 W, que dão
70W.h/dia. Como são dois exaustores: 70 Wh/dia x 2 = 140 Wh/dia.
Dessa forma é possível saber uma estimativa de quanta energia será
necessária para manter a bateria com tensão suficiente, para que de
acordo com o uso diário estipulado dos eletrodomésticos o sistema
tenha funcionamento contínuo. Consequentemente, fica bem mais
fácil estipular a potência que será necessária ser gerada pelas placas.
Como você pode observar na planilha, o nosso gasto total de
energia por dia gira em torno de 1288 Wh/dia, então vamos para o
cálculo da produção de energia necessária.
Considerando que a energia fotovoltaica depende do Sol, e que
a quantidade de incidência solar é variável de acordo com a latitude,
horário do dia e condição climática, utilizaremos uma média de horas
referente aos extremos do nosso País, uma vez que o Brasil possui
uma amplitude de variação Latitudinal muito grande por ter
proporções continentais. Utilizaremos a quantidade de 8 horas de sol,
que seria uma média do norte/nordeste (Tabela 02) e também de 6
horas (tabela 03) de sol, uma média do sul do país (Chigueru Tiba... et
al, 2000), como exemplo.
Caso 1: Energia diária necessária: 1288 W.h/dia
Horas de sol: 8 horas
Logo, temos que, nas oito
Geração e Energia
horas que o sol esteja
Necessário (W.h/dia) 1288 disponível, necessita-se
Horas de sol (h) 8 gerar em média 161 Wh
Placa total (W.h) 161 por hora (1288Wh em 8h).
Essa seria a nossa quantia
Perda inversão: 25% de energia necessária final
Perda (W.h) 40,25 se o inversor, ao
transformar a corrente
Placa final (W.h): 201,25 tivesse aproveitamento de
100%, entretanto parte da
Tabela 2: Horas de Sol x Geração de
energia gerada pelas placas
energia
é consumida com o
trabalho do inversor, que significa em média 25%. Ou seja, cerca de
40 Wh, fazendo com que a nossa placa final tenha uma potência de
201 Wh. No nosso caso, utilizamos duas placas de 150W.h, somando
300 W.h, mais que o suficiente para a nossa necessidade diária.
Caso2: Energia diária necessária: 1288 W.h/dia
Logo, temos que, nas
seis horas que o sol esteja Geração e Energia
trabalhando, necessita-se Necessário (W.h/dia) 1288
gerar 214 Wh (1288
Horas de sol (h) 8
W.h/dia). Essa seria a nossa
quantia de energia necessária Placa total (W.h) 161
final se o inversor, ao
transformar a corrente tivesse Perda inversão: 25%
aproveitamento de 100%, Perda (W.h) 40,25
entretanto parte da energia
gerada pelas placas é
consumida com o trabalho do Placa final (W.h): 201,25
inversor, que significa em
média 25%. Ou seja, cerca de
53 W.h, fazendo com que a
nossa placa final escolhidaTabela 3: Horas de Sol x Geração de
tenha uma potência mínimaenergia
de 268 W.h.
A planilha está disponível também para download para que
você possa fazer seus próprios cálculos, utilizando a abundância solar
que desejar.
Mas vem a pergunta, uma vez que a bateria esteja carregada, e
os próximos dias sejam extremamente chuvosos de maneira que ela
não seja carregada, por quanto tempo ela vai durar seguindo a mesma
proporção de gastos?
Antes de irmos aos cálculos, vamos primeiros compreender
alguns pontos básicos sobre a bateria. A quantidade de energia que
uma bateria consegue armazenar é medida em Ah (Amper x hora), que
é uma medida diferente da qual estávamos acostumados a trabalhar
(estávamos vendo tudo em W.h). Então, cabe a nós nesse momento
executar a mudança de unidade, que no nosso modelo basicamente é
apenas dividir por 12. Isso porque fisicamente, Potência (W)=
Corrente (A) x Tensão (V). Então temos: 1288w = A x 12V.
Como você pode observar, o nosso consumo diário (antes
mencionado: 1288W.h/dia) será de aproximadamente 107 A.h/dia. Isso
significa que, considerando que a nossa bateria estacionária adquirida
possui capacidade de 220Ah, mantendo o mesmo índice de gastos a
mesma descarregaria em : 220A / 107 A/dia = 2,05 dias ou
2 dias e 72 minutos. Ou seja, após esse período de contínuo uso e sem
nenhuma produção de energia a bateria estará descarregada.
Lembrando que isso é uma medida aproximada, uma vez que,
fisicamente, à medida que a bateria descarrega a tensão cai, de forma
que as relações de consumo x duração da bateria não se tornam tão
triviais.
MONTAGEM DO SISTEMA ELÉTRICO

A seguir teremos os códigos das imagens com suas respectivas


descrições, que vão auxiliar de modo prático na montagem. (A ordem
da montagem completa pode ser acompanhada no vídeo "Sistema
Elétrico e Sistema a Gás", no capítulo de Downloads).

• SE01: As placas fotovoltaicas são fixadas no rack e são


conectadas entre elas em paralelo (positivo com positivo e negativo
com negativo).

• SE02: Dois cabos, um positivo e o outro negativo, entram na


kombi através de um pequeno furo embaixo da calha d'água, não
tendo problemas, então, com infiltrações (atente-se para criar um
sistema corta-pingos).

• SE03: Os cabos, já dentro da kombi, são conectados em um


controlador de carga, equipamento essencial no sistema fotovoltaico.

• SE04: Do controlador de carga, os cabos seguem para a bateria


estacionária, onde a energia será armazenada.

• SE05: Essa energia já pode ser usada por equipamentos


movidos por tensão 12v (caso a bateria seja 12v, ou tensão 24v caso a
bateria seja 24v). Entretanto, para uso geral de equipamentos
domésticos, que trabalham com tensão 127v ou 220v, se faz
necessário o uso de um inversor ou conversor, portanto, os cabos saem
da bateria para o inversor. Os inversores já possuem a entrada clássica
para tomadas, então, é só conectar seu eletrodoméstico e ser feliz.
Figura 1: Sistema Elétrico e Sistema a Gás em 3D
9. SISTEMA HIDRÁULICO
Você já tem lugar para dormir, meditar e cozinhar. Mas de
onde vem toda a água pra lavar a louça, beber água e tomar banho?
Neste capítulo, vamos abordar as minúcias do sistema hidráulico:
onde construir, com o que construir e, talvez o mais salutar, como
construir.

LOCALIZAÇÃO E MATERIAIS DOS RESERVATÓRIOS

Para o sistema funcionar, necessita primordialmente de um ou


mais reservatórios onde a água será armazenada. Esses reservatórios
podem ser posicionados em três lugares, basicamente: no topo, dentro
e embaixo do veículo. Os materiais que podem ser utilizados variam:
bambus, bombonas de plástico, tubos de PVC, fibra de vidro, etc.
O primeiro passo é escolher a localização do reservatório e,
pessoalmente, eu sugiro que você elimine a possibilidade de fixá-lo no
topo da Kombi. Por quê? O transporte de líquidos é algo que deve ser
analisado com muita cautela, pois quando estes são transportados,
acontece um movimento natural do fluido (conhecido como efeito
“slosh”) que se movimenta de um lado para o outro, criando grande
instabilidade (se o seu reservatório possui espaço para sessenta litros
d’água, serão aproximadamente sessenta quilos se movimentando em
cima da sua Kombi). Qualquer peso adicionado em cima da Kombi
inevitavelmente irá interferir no ponto de gravidade do veículo,
gerando ainda mais instabilidade. Outros fatores a serem considerados
são: estrutura e aerodinâmica da Kombi, que está muito longe de ser
um veículo estável. Com todos esses fatores, eu sugiro que se opte
pelos outros dois locais: dentro ou embaixo do carro.
Alojar o reservatório dentro da Kombi é plausível, porém acaba
limitando ainda mais o espaço interno, então achamos mais viável a
fixação dos reservatórios embaixo da estrutura do veículo, entre as
ferragens do chassi. O material mais indicado é, sem dúvida alguma, a
fibra de vidro, por ser resistente e de fácil manutenção, porém de um
custo elevadíssimo. Nós optamos por utilizar três reservatórios de
tubos de PVC de 100mm de diâmetro, que foram acoplados por
abraçadeiras de plástico embaixo da estrutura do carro (entre as
ferragens do chassi), de modo que não ficasse nenhuma parte dos
reservatórios externa às ferragens, evitando a possibilidade de
danificá-los ao dirigir em terreno extremamente acidentado (a maioria
dos acessos aos locais de natureza exuberante se dá através de
diferentes tipos de estradas não pavimentadas de baixíssima
qualidade).

COMO CONSTRUIR O SISTEMA HIDRÁULICO

Nesta parte abordaremos como pode ser construído um sistema


hidráulico com armazenamento de, aproximadamente, 60 litros
d’água, que virá a alimentar uma torneira, um filtro e um chuveiro.
A durabilidade dessa quantidade d’água varia, mas em média
dura aproximadamente quatro dias se usada conscientemente.
O sistema de armazenamento foi construído utilizando tubos
de PVC de 100mm de diâmetro.
Nesse sistema, a água é bombeada por uma pequena bomba
d'água de 12V com pressão de 1 bar, que fica localizada no interior da
Kombi, embaixo da pia.

MONTAGEM DO SISTEMA HIDRÁULICO

Nesta parte, estarão representados os códigos das fotos com


uma descrição analítica sobre o que a mesma representa na montagem,
facilitando de forma prática a montagem.
A ordem da montagem com os códigos pode ser acompanhada
no vídeo "Sistema Hidráulico", no capítulo de Downloads.
DICIONÁRIO

Figura 1: Cano de PVC de 100mm de largura

Figura 2: Joelho de 100mm de largura


Figura 2: Junção T de 100mm de largura

Figura 3: Cap de 100mm de largura


Figura 4: Anél de vedação de 100mm

Figura 5: Espigão ½
polegada c/ rosca interna
Figura 6: Espigão em T de
½ e ⅜ de polegada

Figura 7: Niple ½
polegada
Figura 8: Porca de niple de
½ polegada

Figura 9: Registro de ½
polegada
Figura 10: Engate
Rápido Duplo ½
polegada

Os tanques estão dispostos em três partes e cada uma se aloja


perfeitamente em seu respectivo espaço embaixo da Kombi.

• SH01 e SH03: Essas duas imagens se referem ao primeiro e ao


terceiro reservatório, que são idênticos, porém, espelhados.
Para o 1º tanque (SH01), será necessário (unidades com o diâmetro de
100mm/10cm): 2 joelhos + 2 T + 2 pedaços de cano de 70cm + 2 Cap.
+ 10 Anéis de vedação + 2 Niple de ½ polegada + 2 espigões em 90º.
Para o 3º tanque (SH03), serão necessários os mesmos itens do
tanque anterior: 2 joelhos + 2 T + 2 pedaços de cano de 70cm + 2 Cap
+ 10 Anéis de vedação + 2 Niple de ½ polegada + 2 espigões em 90º.

• SH02: Esta imagem se refere ao segundo reservatório, que se


localiza no meio da estrutura. Para o 2º tanque (SH02), serão
necessários os seguintes itens: 2 joelhos + 4 T + 2 Pedaços de cano de
70cm + 1 Pedaço de cano de 60cm + 2 Cap + 16 Anéis de vedação + 2
Niple 1/2 polegada + 2 espigões em T
Iniciando a Construção e Montagem: o primeiro passo se inicia
colocando o Niple no Cap, e você precisará fazer isso seis vezes
(entrada e saída dos três reservatórios).
Toda essa parte exige muita paciência para que se faça um
ótimo serviço e evite a possibilidade de futuro vazamento. Segue o
passo a passo:
I. Comece fazendo um furo menor que meia polegada em
um ponto próximo a circunferência do Cap.
II. Vá alargando o buraco com uma lima ou um parafuso e
vá testando até o niple entrar bem justo.
III. Utilize fita veda rosca de boa qualidade no momento em
que colocar o Niple definitivamente.
IV. É nesse momento que deve ser enroscado no Niple os
espigões de 90º (passe também fita veda rosca e
silicone).
V. Do outro lado do Cap, enrosque uma “porca de Niple” no
Niple (já com fita veda rosca) e sele com silicone.
VI. Depois de aguardar por mais de 24h ou o tempo de cura
do silicone, aplique Durepoxi do lado externo, ou alguma
resina de sua preferência, para que o Niple fique ainda
mais bem fixado.
VII. Nos terminais por onde a água entrará, os Niple's devem
ficar posicionados onde facilita a entrada e saída de água
(no ponto mais baixo possível, ou mais próximo do
chão). Nos terminais por onde o ar sairá (suspiro), os
Niple’s devem ficar posicionados onde facilita a saída de
ar (no ponto mais alto possível).
VIII. Agora é só brincar de lego e montar os reservatórios.
Utilize as imagens como referência!
É importante utilizar os anéis de vedação em todas as junções,
garantindo que o vazamento não ocorra.

• SH04: Fixando as mangueiras de entrada d'água e suspiro.


Depois de construídos os tanques, pode-se iniciar o processo
de fixação dos mesmos embaixo do veículo através das maiores
abraçadeiras de plástico que encontrar. Fixe-os utilizando as próprias
ferragens da Kombi.
Depois dos tanques estarem completamente fixos, o próximo
passo é conectar as mangueiras. Para conectá-las nos espigões talvez
seja necessário esquentar a ponta da mangueira. Sempre vede com
silicone e utilize abraçadeiras de metal para evitar qualquer tipo de
vazamento (previna-se contra a entrada de diferentes tipos de pressão
em diferentes tipos de mangueira de diferentes localidades que
passar).
Será necessário fazer dois furos no assoalho da Kombi (onde
for mais conveniente) por onde o suspiro ascenderá do assoalho para o
interior da Kombi e por onde entrará a água nova no sistema.
Os reservatórios estão ligados em paralelo tanto na entrada
quanto na saída (suspiro).

• SH05: Dos reservatórios para a pia, filtro e chuveiro.


A mangueira que ascende dos reservatórios possui um
diferencial: ela possui diâmetro de 3/8 de polegada. Por quê? Simples:
fica mais fácil pra nossa bomba d’água puxar através de uma
mangueira de bitola menor, economizando energia e aumentando a
vida útil da bomba. Para mudar a mangueira de 1/2 para 3/8, você
pode utilizar um espigão de 1/2 polegada, um niple de 1/2 polegada e
um espigão de 3/8 de polegada rosqueado internamente com 1/2
polegada. Feito isso, é só conectar esta mangueira em um espigão em
T de 3/8 de polegada. Em um dos lados é por onde a água entra no
sistema e no outro lado é por onde outra mangueira de 3/8 de polegada
segue para a bomba d'água (12v com pressão de 1 bar). Após a bomba
d'água existe outro espigão em T de 3/8 de polegada, onde há a
separação entre a água do chuveiro e da pia/filtro.

• SH06: Entrada de água no sistema


Você está viajando por um local totalmente novo e, ao parar e
iniciar a primeira lavagem da sua quinoa, você se depara com um fato
intrigante: a água acabou.
Planejamos um sistema que traga um bálsamo de tranquilidade
quando o desespero da falta d’água nos assola, isso porque é de grande
facilidade encher o reservatório: basta encontrar uma mangueira ou
torneira de jardim! A grande maioria das mangueiras e torneiras do
brasil possuem 1/2 polegada de diâmetro, e você pode encontrá-las
dispostas em parque e praças (geralmente em lugares menores, tal
como vilas), em postos de gasolina (encheu o tanque do combustível,
encheu o tanque da água) ou pedindo em casas próximas (um bom
motivo pra você conhecer as pessoas do local).
Nessa parte, no mesmo espigão em T de 3/8 de polegada onde
em um dos lados a água sobe para a bomba (SH05), do outro lado há
uma mangueira de 1/2 polegada (mais uma vez utilize um sistema
semelhante de 3/8'' para 1/2'', explicado no item anterior SH05) que
encontra um registro de 1/2 polegada. Esse registro é muito
importante, pois ele fica aberto quando entra água no sistema e
permanece fechado quando o processo de encher os reservatórios
finaliza (se deixar aberto durante o uso, a bomba não alcança a pressão
necessária para sugar a água). Feito isso, basta conectar uma
mangueira de 1/2 polegada no registro. Será nessa mangueira que você
conectará qualquer outra mangueira de 1/2 polegada, usando um
Engate Rápido Duplo para mangueiras de 1/2 polegada.

• SH07: Suspiro
Nesta parte, observamos o suspiro saindo da extremidade dos
reservatórios que foram conectados em paralelo, e ascendendo através
de um furo no assoalho (próximo a pia) para dentro da Kombi. Esta é
uma parte muito importante do sistema, uma vez que é pelo suspiro
que há troca de ar com o meio externo ao encher ou esvaziar os
reservatórios.
É assim que você saberá que o sistema está cheio de água: a
água começará a sair pelo suspiro. Percebendo isso, é só desligar um
dos registros do sistema que permite a entrada de água (SH06).
A minha sugestão é que você faça o suspiro de um tamanho x
que permita que ele caia dentro da pia quando estiver enchendo o
reservatório, evitando que molhe o espaço interno da sua Kombi-casa.

• SH08: O descarte da água servida.


E pra onde vai a água que escorre pelo ralo de sua pia? No
nosso caso, a água servida desce por uma mangueira sanfonada
comum de cozinha até uma bombona plástica de 20l. Nessa bombona
plástica fizemos um furo e conectamos um niple + espigão de ½’’ +
mangueira de ½’’ (sempre usando fita veda rosca e silicone,
obviamente). A mangueira conectada na bombona fica suspensa junto
com a mangueira por onde entra a água no sistema (SH06). Para
remover a água servida do galão, basta abaixar a mangueira da água
servida até uma linha abaixo do galão, e então a água começará a sair
por gravidade. Também é extremamente interessante a adição de um
registro nesse sistema. É extremamente inteligente que você faça o
descarte da água servida em um local apropriado, onde não venha a
contaminar fontes d’água ou causar qualquer prejuízo para o meio
ambiente que você tanto aprecia.
Pronto. Agora é só banhar, beber água e lavar as louças que
acumularam nesse meio tempo!

Figura 11: Sistema Hidráulico completo em 3D


10. SISTEMA GÁS
Num primeiro momento, optamos por utilizar um fogão
elétrico, já que teríamos um abastecimento energético de uma fonte
quase que infinita de energia, que seria o sol. Entretanto, por mais que
a nossa estrela seja de uma força dramática, a captação dessa energia
através de painéis fotovoltaicos representa uma fração muito humilde
disso tudo, de forma que o fogão elétrico se tornou um absurdo por
possuir uma alta potência (watts). E o mesmo aconteceria com
chuveiros elétricos. A forma mais cômoda, plausível e lógica seria ter
um fogão movido a gás.
O processo de instalação funciona da mesma maneira que
usamos na nossa casa, e utilizamos preferencialmente um bujão p5
(5kg de gás) mas na estrada percebemos a necessidade de utilizar o
clássico p13 (13kg de gás), devido a grande dificuldade de trocar o
casco na região nordeste do país.
O botijão de gás pode ficar em dois lugares. O primeiro é em
um compartimento de difícil acesso, que seria como um “lugar
morto”, que fica entre as peças B1 e B4. O segundo lugar é acoplá-lo
debaixo da pia, lugar que é comumente pouco utilizado até mesmo em
casas, devido à necessidade de espaço para o sifão do ralo.
O botijão, independente de qual seja, deve ser todo fixado e
preso de maneira segura por abraçadeiras de plástico. Uma medida de
segurança muito importante é desligar o registro todas as vezes que ele
não estiver sendo utilizado, principalmente quando o carro estiver em
movimento.
Cozinhando todos os dias, o botijão p5 dura em média de três
meses, e o botijão p13, nove meses.
MONTAGEM SISTEMA GÁS

• SG01: O bujão escolhido (P5), é instalado em um


compartimento específico disponibilizado sob medida para o mesmo.

• SG02: Através do procedimento padrão de instalação de fogão


a gás, que envolve registro, mangueira, abraçadeiras e o próprio fogão,
se obtém a conexão completa. A dica é fechar o registro sempre que
não estiver sendo utilizado.

Figura 1: Sistema a Gás e Sistema Elétrico em 3D


11. O TOLDO
Um belo dia, acordei antes do sol e assisti ele nascendo dentro
da kombi, na sala de estar. Como eu tinha tempo, me debruçei sem
absolutamente nenhuma pressa e contemplei os primeiros raios do dia
invadirem lentamente a nossa casa. Em meio daquele experiência me
dei conta que que de fato, a nossa casa é pequena, mas a varanda meus
amigos, é gigante! E muitas diferentes varandas existem para quem
vive em movimento: pastos, pântanos, desertos, florestas e até
geleiras. Porém existe algo que varia mais que qualquer viajante: a
própria Natureza. Com os movimentos de rotação e translação do
nosso planeta, temos a movimentação de massas de ar em uma dança
extremamente complexa, por muitas vezes sazonal, que coloca o
viajante da varanda imensa na situação de ter que lidar com duas
situações que se revelam intensas na grande maioria de vezes: a
presença do sol e da chuva.
Creio que todo ser em sã consciência deseja de alguma
maneira garantir minimamente o seu conforto fisiológico e acreditem,
derreter no sertão aos meio dia ou permanecer molhado o tempo
inteiro no inverno paraense está longe de combinar com a palavra
confortável.
Porém, para a alegria dos viajantes, é possível carregar um
toldo, um gazebo ou mesmo uma cobertura caseira feita com algum
material impermeável para te proteger desses momentos hostis.
Quando estamos falando de qualidade de vida, todo
investimento, na minha opinião, é válido, pois garantirá a manutenção
do equilíbrio de seus estados mentais, emocionais e físicos de forma
mais leve.
A opção de estender de forma caseira qualquer lona
impermeável com cordas me parece a opção mais barata, mas sem
dúvida nenhuma, a menos prática e eficaz. O transporte de um gazebo
também é viável se você possui um rack ou bagageiro mas, em
matéria de praticidade, essa possibilidade também passa longe.
Chegamos na óbvia conclusão de que a melhor opção para suprir os
desafios climáticos da estrada é, o Toldo. Existem duas possibilidades
de se construir um toldo, de forma caseira (fazendo você mesmo) e de
forma profissional (contratando uma empresa que trabalha diretamente
na área).
Felizmente pra você, nobre leitor, a pessoa que vos escreve tem
experiência nas duas possibilidades. O fato é que para se desenvolver
um toldo caseiro é muito fácil, a grande dificuldade é desenvolver um
bom toldo caseiro, que funcione com praticidade e seja absolutamente
resistente. Existe um sem fim de possibilidades e arranjos que você
pode criar para adaptar um rolo com um toldo em alguma parte
superior do carro, deixando espaço para conectar as hastes que podem
ficar apoiadas no chão ou no próprio veículo. Eu estudei durante
quatro meses para iniciar a minha construção e me nutri de todos os
exemplos do gênero que eram disponíveis na época e também estudei
todos os toldos construídos em lugares fixos que me foi possível, para
ter novas idéias e corrigir as dificuldades que eu encontrava.
Iniciei a construção da minha cobertura em Ilhéus, continuei
em Serra Grande e finalizei apenas em Lençóis (todas cidades do
estado da Bahia), finalizando o trabalho um mês para ter o toldo que
supriria as minhas necessidades.
Me deparei atônito com a seguinte conclusão: quando inicias
uma atividade pela primeira vez, o Universo te incentiva (“sorte de
principiante), mas não te condecora como Mestre.
Existe algo na arte de se fazer toldos que eu vim a
compreender posteriormente: os detalhes fazem toda a diferença.
Se você planeja construir o seu próprio, terá que se atentar aos
pormenores da qualidade dos materiais que utiliza, e principalmente,
como se utiliza. Existe aspectos técnicos como gramatura e índice UV
da lona que não são fáceis de se compreender, por nunca ter usado um
toldo para esse propósito. Outro aspecto que irá intervir na
funcionabilidade do toldo é como e como o que se fará as costuras
laterais da lona e como será fixada no rolo. Como o rolo fica fixada na
estrutura da kombi é uma outra questão muito fácil de se embananar.
No meu caso, eu utilizei como rolo um cabo de antena
reciclado e rebitei uma lona nova neste cabo. Guardei a lona/rolo
dentro de um cano de PVC (10mm de diâmetro) e desenvolvi um jeito
até bem inteligente de rolamentar o rolo, fazendo com que ele girasse
dentro do tubo de PVC, ficando totalmente escondido quando não
estivesse em uso. As hastes eram feitas de metalon e eu guardava no
bagageiro. O toldo necessitava de duas pessoas para ser armado e
desarmado, demandava muito tempo e a ausência de praticidade não
nos era conveniente. Depois de usá-lo poucas vezes durante os seis
primeiros meses (pela ausência de praticidade), tive a honra de assistir
o meu trabalho de meses sendo varrido pelos ventos de Canoa
Quebrada, no Ceará. Naquele dia entendi que a cobertura pra minha
casa precisava não só aguentar alguma quantidade de água acumulada
nas chuvas mas também resistir aos ventos que nos alvejasse.
E afinal, por que fazer um toldo caseiro? Existe um gasto
grande na aquisição dos materiais, a mão de obra para solda e afins
não é barata e ainda existe a possibilidade de não ser prático ou cair na
sua cabeça por um erro de cálculo ou pura ignorância de principiante.
Existe na internet um sem fim de modelos, e com uma rápida
pesquisa você pode se nutrir de informações “úteis”, porém, eu não
desejo que invista tempo e dinheiro de modo a não satisfazer suas
necessidades.
O que eu prefiro fazer? Mostrar um toldo profissional, para
que você tenha uma referência mais reflexiva de como desejas
investir.
PARATOLDOS

A colheita do ínicio de 2019 se fez generosa para com o


esforço da plantação do ano anterior. Estávamos se aproximando cada
vez mais da região Amazônica, com a cobertura de nossa varanda
quebrada, e os ritmos de chuva e sol variavam intensamente várias
vezes durante o dia.
Então o Universo nos presenteou com a contato de uma
empresa experiente e que, explicada a nossa realidade de viajantes e
empresários sociais, aceitaram a proposta de parceria.

Assim conhecemos um toldo com uma lona profissional (bem


costurada em todas as arestas, excelente costura na união das lonas,
rebites de qualidade e generosa gramatura); com materiais de alto
nível (a utilização de materiais que não enferrujam ou deteriorem-se
com facilidade se faz necessário devido à intensidade das
intempéries); capaz de resistir a fortes ventos e chuvas torrenciais;
com possibilidade de escolha da angulação que se deseja (essa
possibilidade é fantástica pra diferentes tipos de chuva); e acima de
tudo, prático (é possível armá-lo e desarmá-lo sozinho e em poucos
segundos).

O vídeo final, com todos os detalhes, você confere no nosso


canal do YouTube

Nós recomendamos a empresa ParaToldos para todos que


desejam um abrigo de verdade. A empresa em questão possui mais de
trinta anos de experiência na área de coberturas fixas e móveis e
atuam em três capitais diferentes (Belém-PA, São Luís-MA e
Teresina-PI), além de muitos interiores das regiões Norte e Nordeste

Se você está interessado em conferir o trabalho da empresa e


contatá-los, é só clicar aqui!
12. ITENS ESSENCIAIS
A palavra kombihome tem sua origem na língua inglesa e é
composta pelas palavras kombi (o nome do veículo em questão) e
home (que possui significado de lar, casa). Um lar aconchegante é
composto de itens que facilitam a vida de seus moradores, propiciando
conforto, entretenimento ou até mesmo, economizando tempo em
algumas atividades corriqueiras.
Com o advento da energia elétrica e desenvolvimento de
tecnologias domésticas, conhecemos um sem fim de itens que, hoje,
fazem parte de um grande número de lares. O que dizer de invenções
como a máquina de lavar roupas, o rádio e a TV e a possibilidade de
aumentar o tempo de maturação dos alimentos com as geladeiras?
Pois bem, uma verdadeira kombihome precisa fazer jus ao nome que
recebe, dessa maneira, iremos apresentar alguns itens que julgamos
essenciais no nosso dia-a-dia.
GELADEIRA 12V RESFRIAR

Se você planeja viajar e se alimentar de forma saudável, lhe


será muito útil a aquisição de uma geladeira pra sua jornada, uma vez
que a maioria dos alimentos de origem orgânica não-processados
(frutas, vegetais, carnes e etc) possuem um tempo de maturação na
grande maioria das vezes muito rápido. A possibilidade de conservar
líquidos gelados também pode ser o diferencial em um dia
extremamente quente. São as velhas coisas simples do dia a dia que
nos promovem mais e mais bem-estar.
Na minha primeira experiência, adquiri em um site de vendas,
antes de sair de viagem, um frigobar antigo, feito para residências
mesmo, na tensão de 127V (possuímos um conversor de 12v para
127v. Ver capítulo Sistema Elétrico). Na época investimos o valor de
170 reais e instalamos a nossa rainha do gelo em um espaço
conveniente. Nas primeiras vezes que utilizamos o nosso aparato
“novo”, percebemos que ele utilizava muito mais energia do que
gerávamos em nossos painéis fotovoltaicos em dias totalmente
ensolarados, e o seu uso era ainda mais insustentável quando o astro-
rei era obscurecido por nuvens em dias nublados. Percebemos que
aquele tipo de equipamento não havia sido planejado para um sistema
de energia renovável, onde cada watt de potência tinha sua relevância.
Desenvolvemos uma técnica para utilizar a geladeira em questão:
percebemos que o seu uso era sustentável se usada apenas oito horas a
cada três dias. E foi assim que salvamos da putrefação muitas das
sobras de feijões, arrozes e lentilhas, comendo-os na manhã seguinte.
Porém, a utilização do eletrodoméstico para gelar líquidos ou
preservar frutas e legumes era inviável.
Iniciamos o nosso estudo para encontrar alternativas, e o que
encontramos foi um produto de altíssima qualidade feito por uma
empresa brasileira com vasta experiência na área, e melhor, que
possuía uma demanda energética extremamente baixa com alta
eficiência de refrigeração: perfeito para o sistema fotovoltaico.
Foi só apenas depois de um ano viajando em nossa casa móvel
pelos “Brasis” que eu experimentei pela primeira vez um novo tipo de
autonomia: a autêntica refrigeração. A alegria que pulsava no meu
peito, pulsava também no do meu irmão, ao constatarmos depois de
uma semana que a geladeira 12v ResfriAr podia ser mantida ligada
facilmente sem comprometer a utilização de nossos outros artefatos
elétricos.

Isso significava em termos práticos de que nossas couves


permaneceriam verdes por vários dias e todas nossas frutas se
manteriam devidamente saudáveis e comestíveis. A possibilidade de
voltar a preparar nossas bebidas fermentadas de kombucha e kefir foi
muito acalantadora, assim como voltar a fazer o misterioso sorvete de
banana crudivegano. Para nós, foi uma verdadeira revolução na área
da alimentação e do bem-estar.
A geladeira em questão também é capaz de congelar, pois você
escolhe a temperatura entre +8ºC e -21ºC através de um display
digital, além de ter a possibilidade de acionar a função Turbo, que
realiza o procedimento de estabilizar na temperatura desejada em uma
velocidade recorde.

Talvez você possa se perguntar: mas afinal, o que dá pra


colocar nessa geladeira? Eu lhe respondo: bastante coisa!
A geladeira veicular da ResfriAr tem dimensões de 34,5cm x
42,2cm x 63cm e possui capacidade de 31 litros, que se bem
organizada, consegue armazenar muito mais do que qualquer pessoa
realmente precisa. Ela foi desenhada para comportar de forma
inteligente as clássicas medidas de garrafas de refrigerante e água,
utilizando ainda mais cada espaço.
O bacana dessa geladeira é sua característica bivolt, ou seja,
ela é perfeitamente utilizável em um sistema abastecido com uma
bateria 12v ou 24v. A resfriAr também tem uma outra série de
geladeira veicular Quadrivolt, ou seja, além de suportar a tensão de
12v e 24v, ela pode ser utilizada também em ambientes residenciais de
127v e 220v! Incrível, não?
O vídeo de apresentação e demonstração da geladeira 12v de
31L da ResfriAr pode ser acessado no nosso canal do YouTube e caso
você também esteja interessado em se beneficiar desse produto ou
conhecer a geladeira que mais se adapta às suas necessidades, basta
clicar aqui!
CINEMA EM CASA COM A BETEC

Raras são as pessoas que não curtem passar um tempinho


embaixo das cobertas, ou em outra posição confortável, degustando
um entretenimento de qualidade, seja uma música, um vídeo da
viagem, um curta-metragem, um filme, um documentário ou uma
série. E a experiência pode ainda ser multiplicada quando conta com
alimentos de nosso agrado, que podem ser desde os clássicos
brigadeiros e pipoca, até alimentos mais elaborados e saudáveis. “A
vida só vale a pena quando é compartilhada”, essa foi a conclusão do
aventureiro Alex SuperTramp no final de sua jornada na Terra quando
estava no Alaska, e se você possui colegas, amigos ou conhecidos para
compartilhar essa possibilidade juntinho de você é ainda melhor, não é
mesmo?

Nutrir nossa mente com materiais audiovisuais é algo muito


relevante e, pode sim ser acessível e prático na sua vida mundo afora.
Com o suporte elétrico de seu sistema fotovoltaico, você pode
instalar e utilizar variados aparatos eletrônicos que nutrirão a sua
vontade de entretenimento, como televisão, computador, celular e até
mesmo um projetor. O interessante é que cada aparelho cumpre uma
necessidade diferente: enquanto o celular oferece diversão de modo
individual e o computador/televisão interage com um pouco mais de
pessoas, o projetor poder apresentar com alta qualidade filmes para
toda uma comunidade em que estiver passando, abarcando muitas
dezenas de seres humanos.
Um belo dia pulsou em nossos corações de ganhar a estrada, e
vivendo e conhecendo o povo de nossa terra, urgiu a vontade de
beneficiá-alos também com um cinema em que passasse filmes
engraçados e materiais construtivos. Depois da idéia, veio a busca por
um projetor e, depois de muita pesquisa, conheci pela primeira vez a
Betec: uma empresa brasileira especializada em projetores de LED.Foi
dessa forma que edificamos o projeto social Cinema Bandolero, que
significa cinema andarilho na linguagem sertaneja, que passava
levando alegria e diversão pras comunidades carentes e/ou afastadas
do país. Construímos também uma tela de projeção caseira, com
tecido plástico “blackout” e canos de PVC. A energia vinha do sol e a
alegria, de todos que assistiam.
A história desse projeto precisa ser contada na íntegra! Depois
de beneficiar diretamente mais de quinhentas pessoas, o nosso projetor
Betec foi furtado na capital do Maranhão, em um arrombamento
noturno no centro histórico quando dormíamos em um centro artístico
em frente. Pra nossa tristeza, levaram nosso pandeiro (instrumento de
trabalho), tênis de corrida (que jazia imundo) e o nosso querido
projetor, figura principal de nossos momentos de lazer e diversão com
tantos outros irmãos.
Fizemos então o primeiro contato com a Betec, para contar
nossa história naquele momento de fragilidade emocional. Para nossa
surpresa, nos deparamos com dois incríveis seres humanos que eram,
sobretudo, irmãos. Fomos ouvidos, acolhidos e surpreendentemente
presenteados com um novo projetor, com ainda mais potência e
qualidade! Chegou de São Paulo para nós, no dia do nosso
aniversário, o projetor BT940 (com 2800 lúmens em Alta
Definição/HD) e, como se não bastasse, uma tela de projeção
profissional, uma caixa de som portátil e um incrível jogo de
microfone headset para enriquecer um outro projeto social que temos:
o Palito de Fósforo.
É válido dizer que nós já eramos clientes e fãs da empresa,
devido ao produto de alta qualidade e portabilidade que de
desenvolveram, e nos tornamos então, admiradores.
O projetor BT940, além de ser HD, possui entrada USB,
necessitando apenas de um celular ou pendrive que contenha os
arquivos multimídia, em vez de um computador. Esse processo pode
ser ainda mais prático e sem fios, uma vez que o projetor pode se
conectar com os dispositivos de mídia via wi-fi, superbacana não? O
aparelho vem também com a possibilidade de ser acessado
remotamente através de um controle e dispõe uma série de
configurações visuais para garantir a maior qualidade de sua exibição.
Este produto possui também a luz de LED, diferente da grande
maioria dos projetores, garantindo mais de 30000 horas de uso, acho
que é o suficiente!
Nossas necessidades de qualidade e praticidade foram supridas
integralmente com os produtos da empresa, que viaja junto com a
gente pelas comunidades do agreste, do sertão, das praias, dunas e das
florestas, e você pode assistir toda essas aventuras no nosso canal do
YouTube
Caso você se interesse por saber mais sobre os produtos que
falamos aqui nesse capítulo e/ou entrar em contato com a empresa, é
só acessar clicando aqui.
MINI LIQUIDIFICADOR

Hoje em dia, muitas facilidades envolvem a vida do ser


humano. Facilidades essa que muitas vezes culminam em ter mais
saúde. É o caso de ter, por exemplo, um liquidificador, no caso da
kombi, aconselhamos que seja um mixer ou um mini liquidificador.
Através desse aparato, conseguimos com uma frequência alta
dar sequência em alimentos como: Leites vegetais (côco, amendoim,
grão de bico), suco verde e outros sucos em geral, açaí e até mesmo
pastas como a de amendoim. Tudo graças a essa tecnologia, que ainda
que consuma bastante energia é sustentável pois é ligada apenas
alguns segundos por dia, trazendo para nós muitas refeições saudáveis
diariamente.
Outra opção é o liquidificador à manivela, que não se utiliza
energia. O fato de ser manual é independente de energia é algo
fantástico, mas na nossa opinião, para a Kombi, não é interessante.
Como o espaço é pequeno, não condiz com todo o aparato manual,
que é de maneira geral, composto de grandes partes que inclusive,
necessitam ser fixas em uma mesa ou tablado. Funciona muito bem,
mas considerando o espaço da casa-móvel decidimos por não optar
por essa escolha.
BOMBA D’ÁGUA

Agora você já sabe que o lugar mais seguro pros reservatórios


d’água é entre o chassi do veículo e, certamente já percebeu que algo
precisa acontecer para a água vencer a gravidade e subir pro interior
do veículo. Esse processo acontece com uma bombinha d’água de
tensão 12v que pode ser instalada embaixo da pia ou até mesmo
embaixo do veículo (essa possibilidade pode trazer um desgaste
prematuro aos componentes da bombinha).
O fluxo de água na pia, no filtro ou no chuveiro é tão forte
quanto qualquer outra pia de uma casa comum, e a bombinha consome
uma quantidade de energia bem aceitável para ser utilizada
sustentavelmente em um sistema fotovoltaico.
Nós estamos usando uma mesma bomba d’água desde que
saímos para viver em nossa casa móvel definitivamente e, sem dúvida
alguma, recomendamos. Sua pressão é de 1.0 Gpm e possui vazão de
3,8 litros por minuto.
Aqui está o link do Mercado Livre. Também existe uma outra
bomba altamente usada e recomendada, porém seu investimento é 3x
maior que a bombinha que usamos. Por não conhecermos
experiencialmente esta outra bombinha, não podemos recomendar de
todo, mas se desejas se informar, o nome da marca é Shurflo.
EXAUSTORES

Uma das atitudes que pode ser tomada para aumentar o bem-
estar dentro da kombihome é a instalação de exaustores, possibilitando
uma troca entre o ar interno e externo mesmo com o carro trancado.
Para isso acontecer você vai precisar deixar o vidro das portas
dianteiras com uma pequena greta de abertura, fazendo com que haja
uma leve corrente de ar circulando quando ligado esses preciosos
itens.
No nosso caso, utilizamos dois exaustores, que ficam
localizados perto do porta-malas e, foi justamente com eles, que
sobrevivemos a extenuantes temperaturas nos desertos cearenses e
sertões de pernambuco.
Por experiência própria, nós recomendamos os exaustores da
Ventisol, que podem ser acessados através desse link, e que além de
eficientes são muito silenciosos.
A potência de cada um é de 10w e são amplamente
sustentáveis no sistema fotovoltaico.
13. INVESTIMENTOS TOTAIS
Nesta parte, trataremos dos investimentos totais os quais nos
dispusemos a fazer para que esse projeto ficasse pronto. Existe muita
propaganda em torno sempre do motorhome mais barato, é o que
vemos na internet. A questão é que o valor final do projeto dependerá
enfaticamente de quanto você pagou pelo carro e, consequentemente,
na manutenção do mesmo, de forma que o preço final do motorhome
fica um tanto quanto mascarado.
Nós elaboramos uma planilha com os dados completos, a fim
de que você perceba os reais investimentos que precisam ser feitos.
Vale mencionar que não tivemos todo esse gasto, uma vez que
conseguimos diversos apoios e sugiro também que você faça o
mesmo. Existem muitas pessoas dispostas a ajudar os viajantes e
abraçar esse projeto.
Os investimentos totais giram em torno de três eixos
principais:
1. O carro e a manutenção
2. A Kombi Home
A escolha do carro já foi tratada no primeiro capítulo e o nosso
investimento com a Kombi foi de R$12.500. A segunda fase do
projeto também foi uma surpresa pro orçamento, pois, realmente,
peças e manutenções de carro não são nada baratas. Entretanto, como
tínhamos um mecânico de confiança, optamos por trocar todas as
peças que ainda não estavam necessitando uma troca urgente, mas
teriam de serem trocadas em breve. E com peças se subentende: “fazer
o motor” que estava vazando um pouco de óleo, novos amortecedores,
pneus, troca da bomba de gasolina, borrachas das portas, maçanetas,
faróis e outros diversos problemas que foram aparecendo no caminho.
O CARRO

Essa primeira planilha de gastos (Tabela 10.1) está


representando os nossos gastos com o investimento da Kombi, a
manutenção geral ao longo dos meses de trabalho e algumas
adaptações físicas como adaptações de bancos e etc.
Veículo 12500
Manutenção e reparos gerais 4817

Total 01 17317
Tabela 10.1: Total 01

Como pode ser observado, os gastos apenas com o carro em si,


a estrutura de toda a casa foram R$17.317. Isso porque escolhemos
por conta própria ter uma boa qualidade mecânica, que não viesse a
ser um gasto extra enquanto estivéssemos na estrada, onde as
situações de manutenção seriam um pouco mais insalubres do que nas
redondezas do nosso Lar.

A CONSTRUÇÃO

A segunda Planilha (Tabela 10.2) nos mostra os gastos com a


construção física do Motor Home: adaptações gerais como o rack,
equipamento de proteção (EPI), madeira e gastos gerais (abraçadeiras,
cantoneiras, parafusos, morsas, verniz, lixas, etc).
Vale ressaltar que os equipamentos principais, como a
furadeira, parafusadeira, lixadeira e serra tico-tico não entraram na
conta pois conseguimos todas emprestadas. Hoje em dia, a
acessibilidade das ferramentas é muito grande e, caso você não tenha,
eu o encorajo a pesquisar entre os amigos e familiares também.
Item Preço (R$)
1 EPI 50
2 Hack + suporte pneu + escada 1150
3 2x compensado naval 15mm 248
4 3x compensado naval 10mm 252
5 Sistema hidráulico 388
6 Compras gerais 650
7 extintor 30
8 pia e acessorios 115
9 Toldo 220
Total 02 3103
Tabela 2: Total 02

Já nessa terceira planilha (Tabela 10.3) temos os gastos com os


equipamentos e eletrodomésticos
maleiro 180
Colchão Completo 235
Já na quarta e última
Frigideira 67
planilha de dados (Tabela
Cesto a vapor 20
10.4) temos os investimentos
Ralador 20
com o sistema completo de
Exaustores 120 geração de energia
Bomba dagua 60 fotovoltaica, que foi
Lampada Led 30 separado por ter um alto
custo, quando comparado
com a construção de maneira
Total 03 1292 geral.
Essa divisão deixa
claro o preço final de um
motorhome, uma vez que
poderíamos apresentar um
projeto com o preço final
extremamente baixo, em que
tivéssemos investido um
valor irrisório na compra da

Tabela 3: Tabela 10.3


Kombi, manipulando de certa forma, o verdadeiro valor da construção
da casa móvel.

Item Preço (R$)


Bateria 220ah 1061
2x Painel fotovoltaico 150w 766
Conectores 80
Cabos 50
inversor 800
controlador 200

Total 04 2957
Tabela 4: Tabela 10.4
CONCLUSÕES

Analisando as tabelas, temos que o investimento total feito


(Total Final= Total 01 + Total 02+ Total 03 + Total 04) foi de:
R$24.849.
Desse montante final, devemos considerar o valor do carro e
da manutenção em si (total 01), que foi de R$17.317. Ou seja,
considerando o preço da construção da casa em si, temos nesse projeto
a quantia de (TF–Total 01): R$7.532.
Ou seja, com R$7.532 é possível construir uma casa de
qualidade, com chuveiro, banheiro seco, cozinha completa, cama de
casal e armários, com espaço suficiente para armazenar instrumentos
ou equipamentos de trabalho e eletrodomésticos todos movido pela
energia do Sol.
É interessante ressaltar ainda, que desse montante de
construção, de R$7.532, fazem parte quase três mil reais do sistema de
geração de energia. Caso a pessoa opte por viver sem energia, esse
projeto sairia por menos de (R$7.532–Total 04) R$4.300 reais, uma
vez que também não contaria com os equipamentos movidos a
energia.
Outro Fator importante é que como o projeto foi pioneiro,
desperdiçamos muitas peças, compramos muitos equipamentos e
materiais que não serviram e até eletrodomésticos que não eram
compatíveis com o sistema fotovoltaico.
Bom, essa é a conta final. E o resultado pra nós foi
surpreendente, no sentido da possibilidade real pra muitas pessoas que
realmente querem desenvolver um projeto como esse.
14. INSPIRE-SE
“O mundo tá cheio de pessoas lindas”, era o que eu refletia
quando o vento me batia à face magra no norte de Minas Gerais, ao
me despedir de um vendedor de pinhas que contagiara todo o meu dia
com a sua alegria e sabedoria espontânea. E essa reflexão permanece
até hoje, o mundo tá cheio de pessoas bem especiais e conhecer o
trabalho delas é também uma fonte de inspiração para que tenhamos
coragem e motivos claros de que é possível usar o nosso tempo e
energia, em detrimento direto dos nossos sonhos.
Obviamente, essas pessoas encantadoras atuam e trabalham
nas mais diversas áreas, desenvolvendo os mais diversos projetos
nesse mundo, e não nos caberia nesse singelo projeto nomear esses
grandes seres humanos que atuam nesse redondo planeta. Vamos nos
dedicar pois, há alguns grupos, projetos, movimentos e pessoas que se
relacionam com o tema do livro: kombihome, viagens e novas
possibilidades de vida.
NOSSA KOMBI É UMA VIAGEM

Somos Diego, Roana e nosso cachorro Zed. Saímos de


Blumenau – SC em janeiro de 2017 a bordo da nossa clássica Kombi
dos anos 90 com o objetivo de conhecer as Américas, tínhamos apenas
R$8.000,00 no bolso e muita vontade de viver.

Já estamos há mais de 1200 dias na estrada, passamos por 17


países (Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Equador,
Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador,
Guatemala, Belize, México e atualmente estamos nos Estados
Unidos), somamos 56 mil km rodados.
Muitos são os desafios de quem vive na estrada, mas com
muito trabalho e alegria de desfrutar dessa vida, conseguimos
enfrentá-los diariamente.
Temos o sonho de chegar no Alasca e conhecer a Aurora
Boreal, aos poucos caminhamos dia a dia para realizá-lo e somos
muito gratos de poder compartilhar nossa vida vanlife com todos
vocês e com esses meninos do bem.
A estrada nos ensina muito todos os dias: é muita intensidade,
emoções, muitas pessoas que deixam suas marcas, culturas, costumes,
comidas e lugares.
Muita coisa mudou dentro de nós nesses últimos 40 meses.
Aprendemos um novo idioma e já consideramos que falamos muito
bem o espanhol. A língua Inglesa ainda é um desafio grande, mas cada
dia aprendemos uma palavra nova e já é o suficiente para ao menos
não passarmos fome.

Vivemos buscando um equilíbrio entre nossa mente e nosso


corpo, temos mais tempo para cuidar de nós, fazemos atividades
físicas, nos alimentamos de forma saudável e aprendemos muitas
coisas novas todos os dias.
Tudo isso tem tornado nossa vida muito mais leve, sem aquele
stress exagerado do dia a dia e concluímos que a vida no nosso ritmo é
muito mais tranquila. Lógico que a gente não vive em um mar de
rosas todos os dias, mas aprendemos a ser calmaria nessa tempestade
em que o mundo virou.
Gostamos de conhecer bem a essência de cada país, conversar
com as pessoas e escutar suas histórias, sempre dando preferência para
os povoados pequenos, que nos trazem uma realidade mais intensa.
A natureza é impressionante também, não conseguimos nem
acreditar que conhecemos lugares tão incríveis, uma mistura louca de
sentimentos vivemos diariamente.
Queremos dividir com vocês um acontecimento bem legal que
é inédito, poucas pessoas sabem dessa história.
Estávamos a pouco mais de 4 meses na estrada e nunca demos
muita importância pra frase que sempre ouvíamos: “a estrada te dá
tudo que você precisa”. Era final de semana e chegamos em uma praia
chamada Playa Union na Argentina, onde trabalhamos sábado e
domingo vendendo nossos Brownies.
Por um descuido nosso, quebramos a chave que ligava a kombi
e, apesar de ter uma reserva, teríamos que fazer outra de qualquer
modo para repô-la. Estávamos então, discutindo na estrada se íamos
ou não fazer o serviço (pois a grana estava curta e não queríamos
gastar com isso, apesar de ser necessário), quando do nada aparece um
carro que para no acostamento e começa a balançar os braços pedindo
pra gente encostar também. Esse tipo de situação nunca havia
acontecido antes, então ficamos com medo de parar por não saber
quem era e nem por qual razão estava fazendo isso, e continuamos.
O homem em questão voltou para estrada, ultrapassou a gente
novamente e continuou fazendo o mesmo sinal para encostarmos,
nesse momento pensamos que algo de errado estava acontecendo na
kombi e paramos. Saímos meio assustados e quando ele se aproximou,
nos disse:
– Vi vocês vendendo na praia ontem e queria ajudar comprando os
Brownies.
Respondemos que não tínhamos mais nenhum pois tínhamos
vendido tudo. A resposta não mudou em absolutamente nada o desejo
de ajudar-nos, então abriu a carteira e nos deu 300 pesos Argentinos.
Ficamos muito agradecidos e seguimos viagem.
Os 300 pesos era exatamente o que a gente precisava para
fazer a chave reserva e com tamanha perplexidade, ficamos calados
por todo o caminho refletindo sobre esse acontecimento inusitado.
Essa é uma das histórias que mais nos marcaram, e hoje temos
certeza que são as pessoas que fazem toda diferença na nossa viagem.
São elas que ajudam a escrever a nossa história. A estrada realmente é
muito generosa com a gente, existem momentos difíceis como tudo na
vida, mas ela traz muitas alegrias também.

Nesses últimos 3 anos e 4 meses nós caminhamos por


glaciares, subimos montanhas nevadas, conhecemos ruínas de todos os
tipos, visitamos duas das 7 maravilhas do mundo, caminhamos até
Macchu Picchu, escalamos vulcões, percorremos 32 km em apenas 1
dia de trilha, vimos um vulcão ativo em erupção cuspindo lava,
avistamos condor, baleias, guanacos, lhamas, raposas entre muitos
outros animais, conhecemos o pacífico, desbravamos o Caribe e
colecionamos entardeceres.
Também cruzamos com nossa Kombi em um contêiner da
Colômbia a Panamá, entramos em cavernas, nadamos nos cenotes
Mexicanos, mergulhamos com os fitoplânctons bioluminecentes,
atravessamos a cordilheira dos Andes, passeamos pela Carretera
Austral, descemos pela estrada da morte, andamos infinitos km pelo
maior salar de sal do mundo, cruzamos desertos e muitas outras
coisas.
Isso é só um pouco do que já vivemos por aqui e esperamos
que vocês tenham gostado de saber um pouco da nossa história,
queremos agradecer esses meninos do bem pela oportunidade de estar
aqui e seguimos juntos.
Se tiverem interesse de saber mais sobre nós, só nos
acompanhar nas nossas redes sociais, será um prazer ter você com a
gente nessa aventura.

E se quiserem saber mais sobre nós, só nos seguir nas nossas


redes sociais:
Instagram, Facebook e YouTube
DEIXANDO O AMOR GUIAR

Oi gente, tudo bem? Somos a Mari e o Pedro, do Deixando o


Amor Guiar.

Nossa história já começou intensa: match no tinder, morando


junto em duas semanas e casamento em três meses. Costumo dizer que
nos conhecemos em uma fase que já sabíamos o que queríamos da
vida e o universo fez acontecer.

Somos editores de vídeo e estávamos em um ciclo vicioso de


trabalho e computador quase 16 horas por dia. Lembro que teve uma
época que só estávamos saindo do apartamento para comprar comida.
Nossa vida era trabalho! E foi difícil quando percebemos essa
realidade.
Sentamos juntos, alinhamos nossos objetivos e definimos
nossa maior meta: uma vida leve e apaixonada. A partir daquele
momento nossa prioridade era realmente viver. E assim surgiu nossa
primeira marca, o Salva Casal, com a ideia de compartilhar nossas
dicas para outros casais.

Já viajamos de carro, barco, ônibus e avião. Conhecemos


restaurantes, hotéis, oito países... mas ainda faltava algo. Ainda
estávamos presos no home office do apartamento, sabe? E nessa busca
por liberdade surgiu nosso projeto “Salva Casal – Deixando o Amor
Guiar” com o objetivo de viajar pelo Brasil compartilhando as
melhores dicas para casais.

Entregamos o apartamento, vendemos o carro, compramos


nossa kombi Mozão, sofremos muito para conseguir a legalização
Motorcasa e, quase dois anos depois, estamos finalmente prontos para
viver na estrada.

Construímos a kombihome sozinhos e e-books como esse


foram fundamentais para tornar nosso sonho possível. Inclusive,
Kombihome O Manual Completo foi o primeiro e-book que
compramos quando decidimos morar em uma kombi.

Estávamos tão acostumados com uma vida padrão de


apartamento, trabalho, boletos e pequenas diversões nos finais de
semana que é muito louco pensar em tudo o que estamos aprendendo
com essa transformação da nossa vida.

O grande impacto foi na primeira vez que viajamos com a


kombi (que só tinha a cama). Fizemos uma lista com coisas que
achávamos ser essenciais e levamos até requeijão para colocar nos
nossos miojos. Quando chegamos no camping para passar cinco dias
percebemos que só tínhamos levado o fogareiro, o requeijão e os
pacotes de miojos, literalmente.

Esquecemos completamente panela, talheres, pratos e o gás do


fogareiro. Nossos vizinhos perceberam nossa falta de prática e nos
convidaram para almoçar. Depois a história se espalhou e recebemos
convites para almoçar durante todos os dias da viagem. Sim, todos os
dias. Foi emocionante descobrir que a vida de viajante é repleta de
apoio, sorrisos, desafios enriquecedores e que realmente precisamos
de muito menos do que imaginamos para viver de forma leve.

Instagram e YouTube
VAZ AONDE

Sabe aquela sensação que você está deixando a vida passar ou


que você está no lugar errado? Aconteceu comigo e foi mais de uma
vez.
Nesse texto quero fazer você refletir e incentivar a mudar a sua
realidade.
Depois de perder quatro vezes as matérias de Cálculo I e
Física I na faculdade de Engenharia Civil, comecei a me questionar se
minha decisão estava correta. Foram 2 anos jogados fora e tinha
dúvidas sobre o meu futuro como aluno e depois como Engenheiro.

Falhar tantas vezes em um período tão curto de tempo meche


com a sua confiança.
Dizem que viajar é uma maneira pra você se conhecer. Mas
acredito que também seja uma maneira de fugir. E foi isso que fiz,
com a desculpa de que estava perdido – e realmente estava – fui viver
uma outra realidade com um Intercâmbio na Austrália.
Vale ressaltar que essa experiência foi em 2010 e a internet era
totalmente diferente do que temos hoje. Lembro que fui pra este outro
hemisfério sem mesmo levar um computador ou um celular.
Foram 6 meses intensos e minha cabeça expandiu de uma
maneira absurda. Talvez você possa imaginar o que acontece quando
você tem contato com diversas culturas em um período tão curto de
tempo. Lembro um diálogo que tive uma Sueca. Nós tínhamos a
mesma idade (22 anos) e a questionei sobre qual faculdade ela queria
fazer. Ela me respondeu que não havia pensado nisso e estava
viajando para conhecer mais possibilidades e que gostava muito de
jardinagem.
Se lembra da minha fuga? Ainda corria aquela dúvida dentro
do meu peito de voltar e terminar a faculdade ou ficar lá na Austrália.
E olha o que aconteceu. Depois dos seis meses em território
Australiano, viajei para Ásia por duas semanas e logo após passei dez
dias na Nova Zelândia antes de voltar ao Brasil. Porém, no último dia
da minha viagem, fiz uma promessa pra mim. Eu faria um mochilão
todos os anos da minha vida pra manter essa energia correndo.
Consegui manter a promessa nos 2 anos seguintes. Mas logo
depois cai na mesma armadilha da vida. Voltei para a faculdade e
continuei falhando nas matérias, voltei estagiar na mesma empresa e
aquela energia foi apagando. Fiquei três anos focado em fechar minha
faculdade e uma outra sensação foi nascendo dentro de mim. A
sensação não era mais de fuga, mas sim um sentimento de estar
perdendo a última chance de viver a vida de verdade. Pode parecer
meio dramático mas esse sentimento me incomodava demais. Foi aí
que tomei a decisão de viajar de novo, de encontrar maneiras de viajar
barato e me conectar com aquela energia inicial do primeiro
intercâmbio.
Comecei a viajar e executar a ideia de criar conteúdo de
viagem. Não cheguei a mencionar, mas em 2010 quando fui pra
Austrália, eu comecei um blog e iniciei a fazer vídeos no que seria
uma semente do que o VazAonde é hoje em dia.
Um das ferramentas que utilizei foi o Work Exchange. Trocava
algumas horas do meu dia em troca de hospedagem e alimentação (até
pouco tempo o conceito não era tão difundido no Brasil) e encarei
levar isso como uma missão para o máximo de brasileiros: é possível
viajar independente de suas questões financeiras.
Hoje já são 5 anos como criador de conteúdo e continuo,
criando desenvolvendo novos materiais pra internet e compartilhando
a maravilha que é viajar e conhecer pessoas incríveis.
Uma ideia sem ação vai continuar sendo uma ideia. Mas
quando você começa a fazer, as coisas vão acontecendo e te mostram
um caminho que você nunca pensou. Na dúvida, vai lá e viaja!
Um abraço,
Marcos Vaz.

Instagram e YouTube
CRÔNICAS NA BAGAGEM

Por alguns anos apenas esperamos. Mais dinheiro, mais


coragem, mais segurança... Até que em um momento percebemos que
essa espera poderia nunca acabar e, se um dia finalmente chegássemos
às condições que se convenciona como ideais, nossa vontade de se
jogar no mundo talvez já não fosse mais a mesma. Assim, no dia 18 de
fevereiro de 2019, saímos de casa com o que tínhamos, um Renault
Sandero 1.0 2014, da forma que podíamos, utilizando as economias
que juntamos ao longo de toda a nossa vida até então.
Nos mantivemos por 421 dias na estrada, passando por
Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e
Guiana. Estávamos no Nordeste do Brasil, iniciando o desafio de
conhecer todos os estados do país, quando a pandemia do Coronavírus
chegou. Como viajantes nômades, estamos permanentemente em
movimento, expondo não apenas a nós mesmos, como também outras
pessoas ao risco, por isso decidimos paralisar o projeto
prematuramente.
Nesses quase 14 meses de estrada, aprendemos a valorizar
coisas que antes passavam despercebidas. Somente quando passamos
quatro dias consecutivos sem banho na Carretera Austral foi que
percebemos o quão privilegiados são os que têm um chuveiro em casa.
Ao dormir 27 noites seguidas nos bancos do carro, sem nenhum tipo
de adaptação, demos valor à cama que tínhamos no nosso
apartamento.
A viagem nos mostrou o que há de mais bonito na América do
Sul – Ushuaia, Torres del Paine, El Chaltén, Bariloche, Machu Picchu,
Deserto do Atacama, Salar do Uyuni –, mas nos fez olhar, sobretudo,
para dentro. Vimos que o mundo é grande, mas que nós, também,
somos maiores do que imaginávamos, capazes de muito mais do que
pensávamos. Não estamos prontos, estamos em permanente
transformação, e sair pelo mundo, dispostos a quebrar os paradigmas
das nossas próprias vidas, nos ajudou a entender um pouco mais as
nossas capacidades e limitações.
Vivemos na estrada alguns dos momentos mais felizes das
nossas vidas, mas não pense que essa é uma receita universalmente
válida para todos. Não se engane quando dizem que é preciso viajar
para ser feliz. Fomos felizes porque estávamos, durante boa parte
desse tempo, apenas nos divertindo e fazendo o que gostaríamos de
fazer.
A maior viagem de todas não nos conduz a lugar algum do
mundo, mas para dentro de nós mesmos. Rodamos dez países da
América do Sul por mais de um ano e voltamos para casa com a
constatação de que a viagem mais importante é, e sempre será, a
interior.

Instagram
AURORA NÔMADE
Nós somos Jow Nader, 31 anos e Bruna Ferreira, 28 anos, um
casal sonhador que soltou as amarras em Curitiba/PR, deixando sua
rotina para viver a experiência de viajar a bordo de uma Kombi pela
América do Sul.

Tudo começou em 2015 quando nos conhecemos no trabalho


em uma multinacional, Jow trabalhava na tesouraria e Bruna no RH,
porém nós queríamos mais da vida, além de trabalhar e pagar contas,
nós tínhamos a sensação que a vida estava escorrendo pelos dedos
enquanto olhávamos pela janela do trabalho.
Para sair daquela rotina e buscar novas oportunidades,
começamos planejar um mochilão para conhecer todo litoral do Brasil
e os outros Países da América do Sul, mas percebemos que o maior
custo seria com hospedagem e alimentação, com isso surgiu a ideia de
montar uma casa dentro da Kombi.
Em 2016 saímos do nosso trabalho, compramos a nossa Kombi
e iniciamos a transformação em uma casa. Como nosso orçamento era
baixo decidimos que nós mesmos faríamos nossos móveis, hidráulica
e elétrica. Nós nunca tínhamos trabalhado com nada parecido e tudo
só foi possível porque acreditamos que éramos capazes de realizar.
Um ano após a compra do carro, o sonho saiu do papel e estávamos
saindo de casa para realizar algo que mudaria nossas vidas para
sempre.

Batizamos essa viagem de Aurora Nômade. Aurora significa a


luz que indica que o sol está nascendo e um novo dia vai começar e
Nômade aquele que vive permanentemente mudando de lugar. Como
o próprio nome sugere, nosso desejo é um novo amanhecer em
diferentes lugares.
Estamos viajando há 1 ano e meio e atualmente estamos na
Paraíba, nosso 9° estado brasileiro. A estrada tem nos ensinado muitas
coisas, temos vivido intensamente cada dia, aprendemos a viver com o
suficiente e estamos apaixonados por cada cidade por onde passamos.
São mais de 500 dias de viagem e nunca pagamos por hospedagem,
nossa casa tem autonomia para energia elétrica com o painel solar e
um reservatório de água, então sempre procuramos formas gratuitas de
estacionar. Em cada lugar que chegamos, tudo começa do zero,
descobrimos um local seguro para estacionar, um local para abastecer
a água, mercado, posto de gasolina, etc. Isso faz com que a gente saia
de nossa zona de conforto frequentemente e isso é muito enriquecedor.

Temos feito muitas amizades, isso realmente tem nos ensinado


muitas coisas, pois não são as paisagens que transformam e sim as
experiências com as pessoas de cada cidade, que nos mostram formas
diferentes de ver a vida, nos recebem em suas casas, mostram suas
culturas, nos ajudam de diversas formas (mesmo que elas nunca
tenham nos visto na vida) e fazem sem esperar nada em troca.
Oferecem um banho, um ponto de energia, uma refeição, uma
conversa boa e isso nos faz acreditar cada vez mais no bem. Tem
muita gente disposta a ajudar o próximo e o Brasil não é o que passa
na televisão: nosso país é cheio de pessoas que fazem parte de uma
corrente gigantesca do bem.
Engana-se quem acha que fazemos isso porque somos ricos ou
temos uma renda fixa. Durante um ano nos mantemos exclusivamente
com a venda de brigadeiros na areia da praia e recentemente lançamos
uma loja de camisetas online. Quando contamos que mudamos de vida
e fomos morar em uma kombi é um verdadeiro choque para as
pessoas, pois acham impossível viver só com a venda de doces. O
segredo por trás disso é que precisamos de menos dinheiro do que se
imagina para nos mantermos na estrada.
Somos muito felizes com decisão que tomamos, esse estilo de
vida tem seus desafios, mas com toda a certeza os momentos bons
sobressaem. Essa experiência não se compra em uma prateleira, só
vivendo mesmo para saber como é.
Sonhem alto, acreditem nos seus sonhos e lembrem de que
nossas palavras têm poder. Tudo que você foca se expande, então
se dedique a sua felicidade independente de padrões.
Esta nossa trajetória está sendo relatada através do perfil
Aurora Nômade nas redes sociais, lá nós compartilhamos o nosso
estilo de vida e o dia a dia morando em uma kombi.

Instagram e Facebook
DO NORTE AO NORTE

Sabe aquele desejo de pegar a estrada e ganhar o mundo? Para


muitos, apenas um sonho, para nós, Elka e Luis, uma escolha de vida.
Depois de 2 anos planejando e nos preparando, literalmente,
mudamos o rumo de nossas vidas. Criamos o primeiro Fiat Dobló
Motorhome do Brasil, mas saímos de Manaus enfrentando 5 dias e
meio de Rio Amazonas sobre uma balsa, afinal, no Amazonas, a
dificuldade de deslocamento é uma triste realidade.

Chegamos em Belém e finalmente pegamos a estrada. Logo,


logo percebemos que o plano inicial de viajar o Brasil em um ano, e
depois voltar as nossas vidas ‘’normais’’, foi ficando pra trás.
Estávamos extasiados com o quanto nosso país é maravilhoso, o
quanto as pessoas que aqui vivem são generosas e o quanto a vida na
estrada é surpreendente.
Passamos o primeiro ano na estrada, também passamos o
segundo, e já vamos para o terceiro ano ainda aqui no Brasil. Mas as
dificuldades existem, e a nossa maior dificuldade era a limitação de
espaço com a Doblosa. Sim! Ela nos levou a lugares fantásticos, mas
sentíamos que chegou a hora de evoluir. Ampliamos os nossos sonhos
e materializamos o nosso Motorhome, que lá em 2016 ainda nem
existia sequer nos nossos pensamentos. Mas a estrada nos fez sonhar
alto e decidir que era a vida nômade que queríamos levar por mais
algum tempo.

Agora, mais do que nunca, a viagem não tem dia e nem hora
para acabar. Viver na estrada virou a nossa rotina. Trocamos o home
Office pelo road Office, somos designers e dividimos nossos dias
entre viver novas culturas e atender clientes.
Nosso objetivo é mostrar que com planejamento e vontade é
possível realizar esse sonho. Temos muitas histórias para contar, muito
chão para percorrer, um Brasil cheio de riquezas, naturais e humanas,
e na mala, a bússola apontando para novos nortes, pois sempre haverá
um novo destino a se desbravar.
Quer conhecer e acompanhar um pouco mais dessa história?
Instagram e YouTube
BUSLIFER

Encontramos inesperadamente nossa vocação em 2013, na


forma de nossa primeira kombi clássica. Era uma kombi 1971 de
janelas brancas e tinha muitos quilômetros em seu nome, mas ainda
em perfeita forma. Nós a chamamos de Westy. Nos anos que se
seguiram, ela não apenas nos levou por toda a Europa como nos
iniciou em uma comunidade global convidativa que nos ensinou muito
sobre vida e alegria.
Quando pegamos a estrada em busca de liberdade, nunca
esperávamos encontrar uma comunidade tão transformadora. Durante
nossas viagens, encontramos companheiros de viagem de kombi e
verdadeiros amigos em quase todas as paradas e acampamentos entre
a Península Ibérica e a Escandinávia.

Mesmo atrás do volante, percorrendo as estradas cheias de


curvas do norte da Itália ou as longas e rápidas pistas da Autobahn,
acenávamos sempre que passávamos por outra kombi, trocando gestos
amigáveis com os nossos companheiros de estrada uns aos outros com
nossa cabeça e gestos amigáveis. Era como se as kombis que
dirigíamos comunicassem algo entre si sobre os valores que
compartilhávamos.
A simplicidade e o charme das kombis clássicas nos fizeram
diminuir a velocidade e apreciar a vida, em vez de nos envolvermos na
rotina diária, expressando nosso amor pela liberdade, simplicidade e
atividades ao ar livre. Sabíamos que a felicidade não era nosso
destino, mas um modo de vida.
Depois de centenas desses encontros, além de muitos
acampamentos e aventuras compartilhadas, o carinho que sentimos
por Westy se tornou inseparável do carinho que sentimos por nossa
comunidade. Sabíamos que fazíamos parte de um movimento.
Nós compartilhamos muito mais do que apenas um veículo
com nossos companheiros de viagem. Compartilhamos um conjunto
de valores que nossas kombis clássicas representavam. Um chamado
ao charme e a qualidade. Uma visão aventureira. Um desejo de viver a
vida de maneira diferente. Uma apreciação permanente ao ar livre.
Uma nostalgia pela simplicidade do passado.
As kombis clássicas conquistam o coração de tantas
pessoas diferentes: jovens apenas começando; casais de idosos
fugindo de tudo; famílias amantes da natureza curtindo fogueiras e
casais jovens que estão na estrada, procurando explorar o mundo.
Nosso estilo de vida centrado na aventura sem limites,
liberdade e paixão nos une.
Tornamos nossa missão compartilhar essa paixão,
conectando entusiastas com ideias semelhantes e introduzindo novos
aficionados à alegria que o estilo de vida da kombi clássica oferece.
No fim, é por isso que estamos aqui. Nós encontramos
pessoas experientes e procuramos pessoas que estão agora
descobrindo a glória de uma viagem em sua primeira kombi clássica

Junte-se a nós enquanto vivemos o BusLife ao máximo e


compartilhe o movimento com o mundo. Curta cada momento.
Celebre a natureza deslumbrante que este belo mundo tem a oferecer.
Viva uma vida cheia de aventura, paixão e liberdade com sua amada
kombi.
Website e Instagram
VIAJE DE KOMBI

Já faz um certo tempo que um desejo interno de explorar o


mundão de uma maneira simples, auto sustentável, com a tal dita
liberdade me possui. Sou fascinado por Kombi desde criança e sempre
que avistava os viajantes de toda parte do mundo que moravam e
viajavam em uma, o sonho brilhava muito forte. Cerca de quase dois
anos atrás começava a pesquisa por esse meio, esse estilo de vida e
desde então fui encontrando centenas, milhares de exemplos de
pessoas que estavam praticando o que eu sonhava realizar, iniciando
assim, uma inspiração: é muito possível, faça isso, seja feliz!
O começo foi o final do primeiro semestre de 2017 com uma
página no Instagram, que tinha a finalidade de me inspirar
inicialmente e com o passar do tempo, foi se tornando uma fonte de
motivação para milhares de pessoas.
'Viaje de Kombi', seja feliz! A felicidade está nas coisas
simples, na natureza, no ser humano. Viajar, explorar a si mesmo e o
mundo ao redor é comprovado cientificamente como uma das
melhores atividades para o bem-estar mental e emocional de um
indivíduo.
Após pequenas viagens pelo estado de Santa Catarina, uma
viagem longa da Ilha da Magia (Florianópolis, terra natal) ao paraíso
do Nordeste brasileiro (Natal, terra da minha amada) explorando nossa
linda terra brasileira em uma Kombi de terceiros e outros veículos,
conseguimos adquirir nossa própria Kombi no primeiro semestre de
2018: um modelo furgão 1995. Desde lá, aos nossos passos, vamos
aos poucos nos preparando para realizar o sonho: viajar por toda
América e possivelmente pelo resto do mundo a bordo da 'Danada'. O
livro dos irmãos OsViajero é um ótimo material guia e muito nos
ajuda nessa caminhada.

Instagram
SAMPA KOMBI CLUBE

Meu primeiro carro antigo foi um fusca 1969, adquirido em


2009.
Após longa restauração, ele ainda tinha diversas alterações que
não permitiam a placa preta, então desanimei e comecei a ver as
kombis como uma opção de caro antigo para colecionar.

Fiquei um ano procurando até que em 2010 encontrei um


exemplar que valia a pena. Estava em Batatais, interior de SP.
Havia pertencido a uma igreja. Peguei um ônibus na sexta a
noite. Cheguei sábado de madrugada, peguei um táxi e cheguei na
fazenda. Era um exemplar STD 1974 bege com diversas marcas de
uso, sem um dos bancos do salão e faltando algumas peças. Trouxe o
carro para Salto, mais perto da capital ainda no interior de SP. Na
época fui indicado para um funileiro que atuava lá. Foi ai que descobri
que restaurar um carro não é brincadeira.
O rapaz pediu um sinal, desmontou a kombi e ficou quase um
mês sem mexer nela. Após muitas viagens e brigas, quase 4 meses
depois, ele a lixou, arrumou pequenos podres e pintou. Foi assim que
a trouxe pra sp e a montei conforme a originalidade.
Aqui nasce o clube. Como era uma kombi original em 1974?
Ninguém sabia. Não havia catálogo, manual, informações e
absolutamente nada sobre as kombis. O fusca já era um carro que era
preservado, mas a não kombi, pois este era um carro de trabalho e se
usava até virar pó.
Dai começou o meu trabalho de colher informações sobre a
originalidade do modelo. Com muito custo, aproveitei das amizades
que tinha no Forum Fusca Brasil (site para apaixonados pelos modelos
da VW trocarem ideias sobre manutenção, restauração e originalidade)
e fui juntando pouco a pouco as informações. Em 2012, mais ou
menos, a kombi ficou pronta com placa preta (que garante 80% de
originalidade do padrão de fábrica), porém, ficou a pergunta: o que
fazer com todo aquele material coletado para a restauração?

Foi ai que surgiu a ideia de criar o clube para guardar e


divulgar as informações de originalidade dos modelos, estimular
pessoas a comprar e restaurar kombis. Havia uma lacuna que foi
preenchida pelo Sampa Kombi Clube. Hoje 8 anos depois (agora dia
13/03 é nosso aniversário) temos o maior banco de dados de
originalidade de kombis do Brasil, o maior cadastro de proprietários
de kombis do país, somos reconhecidos e respeitados no mundo todo.
Fomos convidados pela VW a fazer a festa de despedida da kombi (em
2013). Eu gravei o filme de despedida da kombi (aquele que ganhou
três leões de ouro em cannes). Fomos os criadores do dia nacional da
kombi em 2 de setembro. Criamos a noite da kombi no sambódromo
do Anhembi junto da Matel.
Pouco antes disso, em 2012, recebi o anúncio de uma kombi
1958 a venda. Tratava-se da kombi brasileira mais antiga do Brasil.
Fui eu de novo, pegar ônibus, até a cidade de Rio Negro em SC. A
kombi estava inteira apenas com pequenas modernizações. Nova
restauração, mais um ano, dor de cabeça com outro funileiro,
enfrentando os desafios de encontrar as peças necessários e buscando
as informações de originalidade. Findo o trabalho, temos hoje a glória
de ter a kombi mais antiga do Brasil.
Por Eduardo Gedrait Pires, Março de 2019.

Facebook e Instagram
RAZÕES PARA ACREDITAR

A nutrição intelectual é tão importante quanto a nutrição física,


uma vez que nosso aspecto mental e emocional podem influenciar
diretamente no próprio funcionamento de nossos órgãos internos,
alterando a capacidade funcionamento dos mesmos, incluindo
mudança na capacidade de absorção dos nutrientes. Interessante, não?
Por essa razão, temos uma sugestão muito bacana para você se
inspirar e se nutrir intelectualmente: a página Razões para Acreditar.
Desse modo, você pode tirar um tempinho do dia para se encantar com
histórias enobrecedoras e se nutrir de esperança e fé. Lá você encontra
notícias que não são vinculadas nas mídias convencionais, imbuídas
de amor e alegria.
Histórias como a do trocador de ônibus que construiu com as
próprias mãos um ponto de ônibus que abrigasse os passageiros da
chuva e do sol, mediante o descaso da prefeitura. Histórias de
palhaços que se prontificam a visitar hospitais trazendo alegria e cura
emocional. Histórias como a de irmãos gêmeos viajantes com projetos
sociais pela América Latina e muitos outros acontecimentos singelos e
inspiradores você encontra lá!
Antes de abrir o jornal ou assistir ao telenoticiário, tenha novas
razões para acreditar.
MOCHILEIROS.COM

Existe uma página na internet que muito pode te ajudar com


informações e dicas, e ela é o mochileiros.com
Além de contar com várias postagens e notícias de um sem fim
de lugares e regiões de todo o planeta, o site conta com um fórum
onde as pessoas podem conversar e compartilhar experiências.
Essa troca se torna muito construtiva e saudável com o
interesse genuíno de auxílio e ajuda presente nesses grupos de
intercâmbio informativo, e se você pensando em cair na estrada de
kombi, de carro, de avião ou de mochila, nós sugerimos que você beba
das informações preciosas dispostas nesse site e no grupo do facebook
de mesmo nome.
Aproveite!
15. DOWNLOADS
1. Projeto completo AutoCad 2015: https://drive.google.com/
file/d/1ZJfrBvNR1QddjG7yDm26Bidu_eXR7xSI/view?
usp=sharing

2. Vídeo Montagem dos Móveis:


https://drive.google.com/file/d/1nXdjrEbE-
EqfjPdfyLXcZZB48qeio8nN/view?usp=sharing

3. Vídeo Sistema Elétrico e Sistema Gás:


https://drive.google.com/fi
4. le/d/1wRUJepi-h5D1u6_GgMr3ccZdV2e9xKYq/view?
usp=sharing

5. Vídeo Sistema Hidráulico: https://drive.google.com/file/d/


1l5pldKQTUv117gJrqw5nPqF7OhrcNyeU/view?
usp=sharing

6. Tabelas de cálculos elétricos: https://drive.google.com/file/


d/1LjKJ8l9t6evaY4LGxldTKfMVmP2sMryt/view?
usp=sharing
15. CODA
Talvez você se pergunte quem são esses jovens e como e
porque esse projeto livro nasceu. E aí vamos nós.
Nossa afinidade com a estrada se aflorou na juventude, na
época da universidade, quando tivemos mais liberdade de escolha
sobre questões íntimas da vida, e o episódio já foi relatado lá na
introdução. Com o passar dos anos, a nossa intenção de estar na
estrada foi, a meu ver, amadurecendo, de forma que, a forma com que
viajávamos, os lugares, as companhias, tudo isso foi se moldando com
o tempo. Dessas últimas linhas escritas, daria até um livro, mas me
atentarei pra escrever agora o que eu, nesse momento, acho relevante,
que é a nossa real intenção por trás desse projeto, hoje. É um desafio
para mim colocar isso em palavras, portanto considerem o esforço que
nesse momento eu faço, sob o poente da lua minguante, em
Montalvânia, no extremo norte mineiro, onde termino com alegria,
esse livro.
Quando mais jovem, há alguns anos, estar na estrada era uma
grande aventura e os meses que eu podia me dedicar a isso eram os
mais felizes do ano. Mas logo voltava a rotina dos estudos, os quais
embora levasse com seriedade não preenchiam meu coração, muito
pelo contrário, me jogavam em um mar de dúvidas sobre o que era
realmente a vida e sobre o que eu viria me tornar a ser: um
instrumento capacitado do mercado de trabalho. Começava assim, no
meu contato com a instituição universitária, as minhas primeiras
críticas e reflexões sobre a instituição de ensino a qual eu estava
inserido e, mais ainda, sobre o produto final que eles esperavam que
eu fosse. Naquela época, me recordo bem, vivia entre delicados e
intensos estados emocionais, tentando compreender como o mundo
funcionava e, por ter um coração de sonhador, acabava me frustrando
com a realidade que eu estava inserido. Morava em Niterói, RJ, e as
reflexões mais íntimas sobre a minha volta, desigualdade social,
patriarcado, exploração dos recursos naturais, bem estar,
relacionamentos amorosos e questões íntimas de dúvidas sobre a
existência pareciam um debate sem fim, no qual eu sempre acabava
desiludido e, com frequência, magoado com a vida. Eram então as
viagens um bálsamo para o peito meu, que calejava no grande centro
urbano.
Com o tempo, a realidade de que eu vivia uma vida
privilegiada foi se tornando mais clara e, que ser sustentado por meus
pais não seria de todo pra sempre, ou seja, eu deveria entrar naquele
jogo em algum momento de uma forma mais profunda. Teria a carteira
assinada, contribuiria com o INSS alimentando assim o sonho comum
de me aposentar um dia, teria as contas do fim do mês e
compartilharia numa mesa de bar as dificuldades de pagá-las... Enfim,
teria que deixar o sonho de viver, pra triste realidade de viver de uma
forma morta, todos os dias.
Todos esses processos eram incendiados por uma disciplina
admirável em meditação. Ainda que a mesma fosse amadurecendo
com o tempo, e até hoje se ressignifica, mesmo naquele turbilhão
estava lá eu, sentando praticamente todos os dias.
Então, me vi com uma certa necessidade que me assolava o
peito: haveria de criar uma forma de viver alternativa, que
financeiramente funcionasse, que o trabalho para conseguir recursos
não fosse uma repetição mecânica e sim uma autoexpressão das
minhas capacidades artísticas que então jaziam adormecidas por uma
vida inteira de estudos intelectuais. Não estava nessa sozinho, além de
estar fisicamente sempre com meu irmão que passava por questões
muito semelhantes, fomos de longe muito amparados e guiados por
diversos instrumentos que foram moldando a nossa forma de existir
nesse mundo. A primeira grande mudança foi se atentar para a forma
de se alimentar, a importância do exercício físico e de frequentar os
sítios naturais de poder. Esses hábitos fizeram florescer muitas belas
flores, ideias e projetos, como esse livro.
A grande loucura era refletir que sim, era possível continuar
sonhando e a vida, sim, podia ser muito mais leve. Que loucura pensar
que eu já era alguém na vida e para eu ser uma entidade mais e mais
entendida devia utilizar a minha capacidade intelectual apenas em
horas frutíferas.
Não foram poucos os que tentaram, com o melhor que podiam,
aconselhar: “a ideia é boa, mas a gasolina é cara demais”, “vocês são
ingênuos demais, o mundo é muito perigoso”, “escute que sou mais
velho, meu filho, um dia você vai precisar da aposentadoria”. Com
respeito eu os escutava, mas, no fundo dos seus olhos olhava e aquilo
que eu buscava, em toda a vida que eles haviam caminhado, não
haviam adquirido. Pensava portanto que os caminhos os quais eles
seguiam seriam de pouca valia para mim, pois se até hoje não
conquistaram o brilho dos olhos, aquele brilho infantil que uma
criança ainda tem de sobra, não me interesso por seu conselho de vida.
Nos dedicando diariamente aos estudos da música, fomos
vencendo as dificuldades rítmicas e de percepção musical, que eram
gigantescas; contando causos e piadas um para o outro, fomos
reavivando a natureza divertida de tempos de outrora; treinando o
corpo, fomos exercitando as artes circenses e teatrais; e hoje tenho a
ousadia na palavra de dizer que o que eu faço, da forma que eu
trabalho e como eu viajo pelas estradas terrenas com a nossa
kombihome, é uma forma que acelera em muito o meu crescimento
pessoal, meu amadurecimento emocional e a minha forma de ver a
vida, que se torna mais integrada e menos individualista.
Há quem diga que o mundo vai mal, que é uma violência
danada, que tava escrito nesse ou naquele livro que ia ficar assim e
que ainda vai piorar. Bom, o mundo sobre o qual eu escutei falar, não
é o mundo que eu experiencio nas estradas. O mundo falado não é o
mundo vivido, e eu convido as pessoas a se aventurarem pelas
estradas do país, para verem de perto os projetos gratuitos em
benefício das comunidades, o movimento cultural manifestado por
cada região de uma forma única e singular, a segurança da lua e das
estrelas que te guardam enquanto descansas, a beleza da criação
esculpida nas cavernas, mares, cachoeiras e lagos. Eu te convido a ver
a Vida pelos seus próprios olhos e talvez um dia concordemos que
sim, é possível, e se isso for algum tipo de loucura, como eu sempre
escuto, pois que seja, e se assim me chamares, pois que me chame.
Estarei agradecido.
Termino essas palavras com um dizer muito pessoal, que penso
que seja de extrema importância: a vida na estrada não é uma
experiência fantasiosa. Não é um mar de algodão no qual podemos
mergulhar e regozijar. A vida na estrada é apenas um caminho, dentro
dos tantos que existem. Os conflitos internos e a forma que vemos o
mundo continuam sendo os mesmos vivendo numa metrópole ou
dormindo do lado de uma cachoeira com uma Kombi. A diferença está
no emprego de força pessoal para entender a si mesmo e, passo a
passo, caminhar para um fardo mais leve. Viver viajando não tem
como ser uma fuga das dificuldades da vida. É, na verdade, um
intensificador dos processos fundamentais da existência humana.
Questões íntimas como o medo da morte, a solidão, o compartilhar, os
laços e vínculos e tantos outros pontos importantes para o nosso
aprendizado são acentuados nesse tipo de caminho, acelerando, assim,
o processo da aprendizagem terrena.
Que esse projeto seja uma benção na mão dos interessados em
Viver.

Com carinho,
André e Davi.
16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
➢ TIBA, C. et al. Atlas Solarimétrico do Brasil. Recife: Ed.
Universitária da UFPE, 2000.

➢ BANHEIRO SECO. Disponível em:


<https://pt.wikipedia.org/wiki/Banheiro_seco>. Acesso em: 19
de maio de 2018)

➢ CONTRAN SUSPENDE RESOLUÇÃO QUE OBRIGAVA


INSPEÇÃO VEICULAR EM TODO O PAÍS. Disponível em:
<http://www.penaestrada.com.br/contran-suspende-resolucao-
que-obrigava-inspecao-veicular-em-todo-o-pais/>. Acesso em: 18
maio de 2018.
Kombihome O Manual Completo

Escrito para auxiliar e instruir todos aqueles que desejam ter uma
vida móvel sobre quatro rodas, este livro possui o passo a passo necessário
pra qualquer um realizar este sonho.
Ao folhear o livro pela primeira vez perceberá que se trata de um
material denso pra que você passe pelos desafios da construção sem demais
problemas. Encontrará também todas as peças desenhadas prontas pro corte
e um capítulo de downloads onde poderá assistir animações explicativas em
3D para visualizar a construção do sistema fotovoltaico, hidráulico, gás e
montagem dos móveis sob uma nova perspectiva.
Além de toda a informação prática, você desfrutará sobre
informações como mecânica de kombis, dicas de sobrevivência na estrada e
um capítulo exclusivo de inspirações, pra você acompanhar todos que de
alguma forma já vivem esta experiência.
Este livro foi escrito pelos gêmeos André e Davi Forecchi ao se
darem conta de que um manual completo facilitaria pra muitos seres a
experiência de um estilo de vida mais aventureiro, livre e confortável.
Aproveite. Desfrute. Viva.

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