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MÓDULO XII
Objetivos específicos: Explicar por que a vida em sociedade favorece o progresso do ser humano;
Identificar os principais males surgidos em decorrência do insulamento social
Conteúdo básico:
■ O homem tem que progredir. Insulado, não lhe é isso possível, por não dispor de todas as
faculdades. Falta-lhe o contato com os outros homens. No insulamento, ele se embrutece e
estiola. Allan Kardec: O livro dos espíritos, questão 768.
■ Homem nenhum possui faculdades completas. Mediante a união social é que elas umas às
outras se completam, para lhe assegurarem o bem-estar e o progresso. Por isso é que,
precisando uns dos outros, os homens foram feitos para viver em sociedade e não insulados.
Allan Kardec: O livro dos espíritos, questão 768 – comentário.
Subsídios:
A vida vem de Deus e pertence a Deus, pois a vida é a presença de Deus em toda parte. Deus
criou a vida de tal forma que tudo nela caminhará dentro da Lei de Evolução.7 A lei de evolução
estabelece que a vida social é necessária porque o [...] homem tem que progredir. Insulado, não
lhe é isso possível, por não dispor de todas as faculdades. Falta-lhe o contato com os outros
homens. No insulamento, ele se embrutece e estiola.
O ser humano é, por natureza, um ser gregário, criado para viver em sociedade. O seu
insulamento, mesmo a pretexto de servir a Deus ou de desenvolver virtudes, constitui uma
agressão à lei natural, por caracterizar uma fuga injustificável às responsabilidades requeridas
ao seu progresso espiritual. A vida social faz parte da lei natural, uma vez que Deus [...] fez o
homem para viver em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as outras faculdades
necessárias à vida de relação. O insulamento é contrário à lei da Natureza, [...] pois que, por
instinto, os homens buscam a sociedade e todos devem concorrer para o progresso, auxiliando-
se mutuamente. Graças ao aprendizado desenvolvido ao longo dos tempos, e em razão do
próprio dinamismo da existência atual na Terra, diminuem as antigas incursões ao isolacionismo
— comuns entre religiosos e filósofos de eras passadas —, seja na solidão das regiões desérticas
ou montanhosas, para onde o homem fugia em busca da iluminação espiritual que as
meditações favoreciam; seja no silêncio dos claustros e monastérios, que as práticas religiosas
impunham, como meio de atingir o estado de contemplação ou êxtase espiritual. Nesse sentido,
“negar o mundo”, no conceito evangélico, não significa abandoná-lo, antes criar condições
novas a uma vivência mais solidária, capazes de modificar as estruturas e comportamentos
egoísticos, engendrando recursos que transformem a habitação terrestre em reduto de
esperança, de paz e de fraternidade, à semelhança do “reino dos céus”, a que se reportava Jesus.
Devemos considerar, no entanto, que existem seres humanos que fogem dos prazeres e das
comodidades do mundo, não para viverem isolados, mas para socorrerem pessoas mais
necessitadas. Esses se elevam, rebaixando-se. Têm o duplo mérito de se colocarem acima dos
gozos materiais e de fazerem o bem, obedecendo à lei do trabalho. A história da humanidade
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MÓDULO XII Lei de Sociedade e Lei de Trabalho
traz exemplos de homens e mulheres notáveis que se destacaram nos campos do saber religioso
ou científico. Essas pessoas, vivendo uma existência de simplicidade e renúncia aos confortos
oferecidos pela sociedade, optaram por algo fazer em benefício do próximo. É importante que
ampliemos a nossa visão a respeito da vida no planeta Terra, entendendo que a vida é uma
grande realização de solidariedade humana. Assim, a existência terrestre [...] é uma escola, um
meio de educação e de aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento. Sendo
assim, homem [...] nenhum possui faculdades completas. Mediante a união social é que elas
umas às outras se completam, para lhe assegurarem o bem-estar e o progresso. Por isso é que,
precisando uns dos outros, os homens foram feitos para viver em sociedade e não insulados.4
Essas orientações espíritas, fundamentadas em esclarecimentos evangélicos, determinam que
a vida social deve ser caracterizada por um clima de convivência fraterna em que todos se
ajudam e se socorrem mutuamente, dirimindo dificuldades e problemas cotidianos. O
Espiritismo nos esclarece também que nas relações sociais humanas, o homem deve fazer o
bem, [...] pois que isso constitui o objetivo único da vida [...] Sendo assim, [...] facultado lhe é
impedir o mal, sobretudo aquele que possa concorrer para a produção de um mal maior. O
relacionamento humano equilibrado nos impõe regras de convivência social que devem,
necessariamente, estimular aquisições de valores morais, tendo em vista que o [...] mundo, por
mais áspero, representará para o nosso espírito a escola de perfeição, cujos instrumentos
corretivos bendiremos, um dia. Os companheiros de jornada que o habitam, conosco, por mais
ingratos e impassíveis, são as nossas oportunidades de materialização do bem, recursos de
nossa melhoria e de nossa redenção, e que, bem aproveitados por nosso esforço, podem
transformar-nos em heróis. Não há medida para o homem, fora da sociedade em que ele vive.
Se é indubitável que somente o nosso trabalho coletivo pode engrandecer ou destruir o
organismo social, só o organismo social pode tornar-nos individualmente grandes ou miseráveis.
Anexo 1
Regra de Paz
Se queres felicidade,
Atende às indicações
Da Providência Divina.
Problemas? Dificuldades?
Aprendamos dia-a-dia
Sê caridade, consolo,
Serenidade, esperança...
Dormirás tranquilamente
Casimiro Cunha