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Mendes, Eduardo
Como sair das dívidas gastando mais/ Eduardo Mendes
Brasília, 2019.
79 pp.
Código de Assunto ISBN 640: Economia doméstica;
administração da família e do lar
1. Finanças Pessoais 2. Educação Financeira
3. Livros eletrônicos i. Título.
_____________________________________________

Todos os direitos reservados a:


Eduardo Mendes Marcondes
edumendes@pagueavistaedu.com.br
www.pagueavistaedu.com.br
COMO SAIR DAS DÍVIDAS
GASTANDO MAIS
Descubra o método de 3 passos para acabar com as dívidas
mantendo a qualidade de vida

Mais que um livro, um guia definitivo.


À minha querida esposa Grazi e meus filhos Gi, Ana e Mário,

que nas crises financeiras do passado me apoiaram sem nunca me julgar.

Este livro e nossa vida próspera, eu dedico a vocês.


TERMO DE RESPONSABILIDADE
Tudo o que é ensinado neste livro vem de muito estudo e dedicação. Um
trabalho realizado de forma sistemática e utilizando de metodologias
científicas que aprendi durante meus cursos de especialização Latu Sensu
e de Mestrado Strictu Sensu no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)
em São José dos Campos - SP. Foram diversas as obras e autores
estudados, somados a anos de experiência, para que, enfim, pudesse
desenvolver este guia e deixá-lo o mais simples e prático para você.
Assumo o compromisso de ensinar e explicar com detalhes cada etapa, a
fim de demonstrar o motivo pelo qual este método funciona. Informo que
não há comprovação científica do mesmo, e sim na prática, pois funcionou
para mim e para outras pessoas que tive o prazer de ajudar.
Devo salientar que as estratégias e informações aqui presentes são para
todos, mas não para qualquer um. Você deve querer realmente melhorar
de vida e estar disposto a fazer o esforço necessário, por menor que seja.
Uma vez que “uma pessoa se torna rica antes de ter dinheiro”, não há
garantias neste método, sua vontade e consciência são responsáveis por
ajustar o que você aprender aqui à sua vida. Existem somente as
experiências de outras pessoas que puderam aplicar o método e
conseguiram resolver seus problemas financeiros.
Atenção
Todos os nomes de marcas, produtos e serviços mencionados aqui são
propriedade de seus respectivos donos e são usados somente como
referência. Além disso, não existe a intenção de difamar, desrespeitar,
insultar, humilhar ou menosprezar você, leitor, ou qualquer outra pessoa,
cargo ou instituição. Caso você acredite que alguma parte deste guia seja,
de alguma forma, desrespeitosa ou indevida, e deva ser removida ou
alterada, você pode entrar em contato diretamente comigo através do e-
mail edumendes@pagueavistaedu.com.br.
COMO USAR ESTE LIVRO
Este livro não é um romance ou o relato de alguém. É um guia que ensina
o passo a passo para resolver um grande problema. A cada etapa, eu
explico o porquê de cada ação, dou exemplos, digo o que deve ser feito e
como adaptar o que é ensinado à sua própria situação. Sendo assim,
separe um tempo e um local adequado, sem outras distrações, e aproveite
ao máximo a leitura.
Prepare seu material de anotação (pode ser no próprio computador) e
prefira o aprendizado devagar, mas consistente, do que o rápido demais,
que acaba forçando você ao retrabalho desnecessário.

“O SUCESSO REQUER MAIS”.


Essa frase é de Geronimo Theml e representa o diferencial que temos que
ter para chegar mais longe que outras pessoas.
Então, vá mais longe:
Use a ferramenta proposta
Junto com o e-mail de confirmação para baixar este e-book, disponibilizei
gratuitamente uma planilha já preparada para todos os passos e etapas
que ensino aqui. Tenho certeza que ela ajudará na visualização do cenário
como um todo e nas ações que você terá que tomar. Seja mais eficiente e
economize o que você tem de mais valor: seu tempo.

Extrapole os limites deste livro


Em certos momentos eu cito alguns vídeos que podem ajudar a
compreender melhor o que é ensinado aqui. Não deixe de assisti-los, vai
complementar bastante seu aprendizado.
Assine meu canal no YouTube
https://www.youtube.com/channel/UCrI8DpecAiY-aAEg10ac8OQ
Lá você encontra informações valiosas sobre finanças pessoais, voltadas
principalmente para quem quer parar de gastar seu dinheiro só pagando
contas e começar a guardar para enriquecer de verdade.
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E fique por dentro das dicas de qualidade e novas descobertas que podem
ajudar você e sua família.

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Não perca nem um segundo do seu dia. Aproveite enquanto dirige, treina
ou faz aquela caminhada saudável para escutar dicas de valor em áudio
também. Disponível para Soundcloud e Spotify.

Ajude outras pessoas e cresçam juntos


Se conhece alguém com dificuldades semelhantes, indique este livro e, se
estiver confortável, discuta estratégias e formas de aperfeiçoar para si
mesmo e para ou outros o que é ensinado aqui.
Introdução

Mesmo ganhando relativamente bem, acabei me enrolando em diversas


dívidas e não entendia como elas só cresciam. Achava que ganhar mais era
a única solução.
Então, depois de estudar muito, fazer cursos e consumir muito conteúdo
sobre finanças pessoais percebi que o problema, na verdade, era como eu
lidava com o meu dinheiro.
Tentei várias formas e métodos até que, um dia, percebi que o que estava
funcionando era um estilo próprio, uma adaptação, do que existia por aí.
Com o incentivo de minha parceira e esposa, acabei ensinando esse
“estilo” para amigos e familiares até que, por fim, resolvi transformar em
algo mais acessível, que realmente pudesse ser usado por todos.
Usando as metodologias que aprendi enquanto cursava a especialização e
o mestrado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em São José dos
Campos, junto com os conhecimentos e ferramentas adquiridos em minha
formação na Sociedade Latino Americana de Coaching e em programação
neurolinguística, pude chegar, enfim, a algo bem interessante.
Um método próprio, porém, baseado na ciência financeira e psicologia
econômica, capaz de ajudar – de verdade e não só na “teoria” – as
pessoas a saírem das dívidas e se preparem para uma vida próspera no
futuro.
Esse e-book é uma parcela disso tudo, o qual, sozinho, já é capaz de ajudar
muitas pessoas.
As próximas páginas foram escritas com muita seriedade e
profissionalismo, e não poderia deixar de ser, pois o assunto em si é sério.
Mas, mesmo assim, não se esqueça que a felicidade deve estar no
caminho, então busque curtir cada momento dessa nova jornada que que
se inicia. Combinado?
CAP 1 – Bom demais para ser verdade?

Pode até parecer que sair das dívidas e gastar mais no processo seja algo
impossível, mas eu garanto que é isso mesmo que este livro vai ensinar, a
pagar suas dívidas gastando mais.
E acrescento que vai gastar mais e mais à medida que suas dívidas vão
sendo pagas.
Ah, e não pode ser de outro jeito. Se por um acaso você não gastar mais,
ou seja, deixar de aumentar sua qualidade de vida no processo, pode ser
que o que eu ensino aqui não funcione tão bem.
Mas, antes, preciso que entenda algumas coisas.
Quando falamos de dinheiro, existem basicamente três tipos de pessoas,
então me diga:
Em qual delas você se encaixa (mais frequentemente)?
1. Você paga todas as suas contas e depois tem que decidir o que fazer
com o monte de dinheiro que sobrou.
2. Você paga suas contas, incluindo as do mês, e o dinheiro acaba
totalmente. Não sobra nada, mas também não faz dívidas.
3. Você recebe o dinheiro e tem que decidir quais contas pagar e com
quanto vai poder viver o mês, quais contas vai jogar pra frente e o
que tem que cortar para passar um mês digno. Às vezes, parcela as
coisas ou pega dinheiro emprestado no banco ou com amigos,
fazendo dívidas.
Se você se encaixa no primeiro exemplo e não conhece ninguém que se
enquadra nos demais, não precisa continuar a leitura, vá buscar
aconselhamento sobre investimentos (se já não o faz) e tudo de bom para
você.
Mas se você conhece alguém que se encontra nos casos 2 e 3 e quer
ajudá-lo, ou se é você mesmo, neste livro você vai aprender os 3 passos
para acabar com esse estilo de vida e, enfim, transformá-lo no tipo 1.
Só tem uma regra básica, que é INEGOCIÁVEL, e esta regra é:

Manter uma boa qualidade de vida

Isso mesmo.
Sair cortando um monte de coisa, de qualquer jeito, dobrar a quantidade
de trabalho, se afastar da família e coisas assim são proibidas.
Sabe por quê?
Porque não funciona. Ao menos não para a maioria das pessoas e sem
alguns danos colaterais, às vezes irreversíveis.
Você provavelmente já tentou – ou conhece alguém que tentou – entrar
em uma dieta ou entrar para a academia e, no momento que ele ou ela
decidiu fazer isso, estava convencido e determinado a realizar seus sonhos
de emagrecer ou ficar mais forte ou saudável. Aí a pessoa passou a ir 5x
por semana na academia ou cortou de vez alguma coisa na alimentação,
como açúcares ou carboidratos.
Quanto tempo durou?
As chances são que apenas um ou outro, que são a exceção, conseguem
se manter em algo tão radical assim.
Nas finanças é a mesma coisa.
Nada radical, nem que afete demais o nosso padrão de vida ou de nossa
família, tende a funcionar no longo prazo, pois o nosso dia a dia passa a
ser um martírio sem fim. Em pouco tempo temos a tendência de jogar a
culpa por nossa infelicidade no dinheiro (ou na falta dele) e na decisão de
mudar de vida.
Com isso, muitas vezes, ficamos meio revoltados e acabamos fazendo pior
do que antes e estragando tudo o que construímos (quantas dietas não
acabam em um saboroso rodízio de pizza?).
Então é importante saber que radicalizar não funciona para a maioria,
nada de sair vendendo tudo em casa ou cortar o cineminha do final de
semana. Combinado?
Então, vamos ao que interessa?
Você quer ser dono do seu dinheiro?
Que tal se fosse você a dizer ao seu dinheiro o que você quer que ele
compre para você, em vez de ele dizer o que você pode ou não comprar?
Não seja escravo de seu próprio dinheiro.
Sabendo que para mim a qualidade de vida é algo inegociável, você não
tem nada a perder colocando em prática o que vou ensinar, certo? E ainda
tem a chance de acabar com todas as suas dívidas!
Aplique com afinco os 3 passos que vou apresentar a seguir e a sua vida e
de sua família irão melhorar de uma maneira que você nunca imaginou.
Ah. Antes de começar, vou pedir um favor. Importantíssimo.
Pense em aproximadamente quanto você ganha por mês (no total!) e
multiplique esse valor por 50.
Pronto?
Com esse número em mente, imagine um bem de consumo (pode ser uma
viagem, ok?) que custe próximo desse valor e que você gostaria muito de
ter. Pode ser um carro, uma casa, montar seu próprio escritório ou
consultório, uma viagem pelo mundo ou algo assim. Se quiser aumentar
um pouco para chegar no que deseja, está tudo bem.
Agora entre no Google e baixe uma imagem que represente isto que você
quer. Faça dessa foto o fundo de tela de seu computador, do celular,
imprima e cole na parede de casa ou use sua criatividade. O importante é
que esteja em um local que você possa olhar para isso todos os dias.
O meu foi um extrato de minha conta bancária que alterei no Paint para o
valor que eu queria ter, aí imprimi e colei na parede do escritório.
Agora preste bem atenção no que vou dizer: Cada vez que você olhar para
essa imagem, imagine-se realizando seu objetivo. O que as pessoas
estarão dizendo, o que você estará vendo, como estará se sentindo.
Imagine tudo, quanto mais detalhes, melhor.
Dá uma sensação muito boa, não é?
Cada vez que fizer isso, que vivenciar a experiência em sua mente, você
estará se aproximando de seu objetivo. Use isso a seu favor. Funciona.
E, antes de começarmos, saiba que:

Uma das características principais das pessoas bem-


sucedidas é o poder de decisão. Elas decidem logo e
vão até o fim.

Então, parabéns! Você já está no caminho sucesso, pois decidiu mudar sua
vida para melhor.
Dito isso, podemos voltar ao método.
Vamos lá?
CAP 2 - PASSO Nº 1: PREPARE-SE

Assim como um jogador de futebol profissional se alonga, aquece, amarra


o calção, coloca a caneleira e a chuteira certa, é importante que você se
prepare antes de entrar em campo.
Chega de jogo amistoso, agora é pra valer!
Sendo assim, gostaria que entendesse que esta fase é dividida em duas
partes:

 Diagnóstica; e
 Planejamento.

2.1 DIAGNÓSTICA
Não tem jeito de um médico receitar um remédio sem saber a gravidade
do seu problema, não é mesmo? Sendo assim, é necessário verificar o seu
estado financeiro atual antes de montar o planejamento.
Seria incrível se eu pudesse estar aí do seu lado para fazermos juntos, mas
estabeleci pra mim a missão de ajudar o maior número de pessoas
possível, guiando-as para fora do poço das dívidas de uma vez por todas. E
foi por isso, para que eu pudesse chegar a mais e mais gente, que resolvi
escrever este livro, o que, por outro lado, me impede de pegar caso a caso
para analisar.
Mas está tudo bem! Pode ter certeza que darei o meu melhor para que
você construa seu próprio diagnóstico, e se orgulhe de tê-lo feito
sozinho(a)!
Sei o quanto é chato ter que ficar levantando gastos, já que na minha
jornada pessoal já passei por isso diversas vezes. A boa notícia é que, em
certo ponto, descobri que essa parte não precisa ser tão trabalhosa
quanto falam por aí.
Embora funcione para algumas pessoas, não é necessário anotar tudo o
que se gasta no dia a dia, até mesmo porque quando você passa a anotar,
inconscientemente você acaba cortando alguns gastos, pois sua percepção
deles melhora.
Obs.: Sem tornar isso um martírio, essa técnica pode ajudar a
acelerar o processo, mas só depois que a execução já estiver rolando, ok?
#FicaaDica

O que você precisa nesta primeira fase é ter uma ideia aproximada de
seus gastos mensais. Com o tempo, você mesmo vai fazendo os ajustes
que precisar.
Sendo assim, por uma única vez, ou em “uma sentada só”, vai ser
necessário que você separe um tempinho para dar uma olhada nos meses
que passaram e o quanto você tem gastado.
Mas não desanime, vou demonstrar o passo a passo para tornar essa
parte a mais tranquila e rápida possível. Além disso, se imagine lá na
frente, daqui a alguns meses, sem ter que ficar fazendo essas contas e
poder jantar em um lugar fino, sem se preocupar em olhar o preço. Ou
conquistando aquele objetivo que você escolheu agora a pouco. Vale a
pena, não é mesmo?
E, aproveitando o gancho, aqui vai o motivo pelo qual todo educador
financeiro sempre pede para que se levante estes gastos:

Sua Riqueza não é medida pelo quanto você ganha,


mas sim o que você faz com esse dinheiro, ou seja:
como você gasta.

Entendido? Então vamos lá!


QUAL O SEU CUSTO DE VIDA ATUAL?
Nessa parte, temos que descobrir quanto você tem gastado para viver.
Não é, necessariamente, o quanto você precisa para viver, mas, sim, o
quanto você gasta mesmo. E tem que ser real, tudo bem?
Imagine que não adianta muito ir ao médico aferir a pressão arterial tendo
acabado de tomar um remédio para controle de pressão, certo? O médico
vai dizer que está tudo bem e o paciente vai continuar doente.
Bem, não é isso que vamos fazer aqui, então seja sincero consigo mesmo e
mãos na massa!
O que você precisa é rastrear e anotar seus gastos principais, mas olhando
para trás e sem muitos detalhismos.
A forma mais simples é através de extratos bancários e do cartão de
crédito.

“Mas Edu, eu não uso cartão de crédito e não tenho conta, ou


movimento muito pouco, trabalho mais com dinheiro vivo, como eu faço?”

Tudo bem, se você não usa nenhum dos dois, a primeira coisa a fazer é
levantar quanto você recebeu nos últimos 3 meses, sua renda mesmo, ou
salário, além de alguns extras que podem ter aparecido. Anote em algum
lugar e aguarde que já voltamos neste valor.
Depois, é levantar os gastos mesmo, um a um. Comece pelas coisas
maiores que você adquiriu (vai anotando tudo em uma folha ou no
computador mesmo, sem se preocupar em separar nada), consulte sua
família ou colegas que moram junto se for o caso.
Você comprou alguma geladeira, fogão, TV, celular?
Dê uma volta pela casa e saia abrindo os armários para tentar se lembrar
(com papel e caneta na mão) e à medida que for anotando, vá colocando
os valores também (aproximado mesmo). Mas lembre-se, apenas de 3
meses atrás, ok?
Depois, tente se lembrar se fez alguma consulta ou alguma viagem, algum
passeio maior ou algo assim, se foi ao clube, ao parque e gastou alguma
coisa lá, a algum show, teatro, cinema ou evento.
Anote agora suas despesas fixas mensais. Contas de água, luz, gás,
condomínio, aluguel, parcelas do carro, seguros, e etc. Anote o valor de
uma parcela e multiplique por 3.
Tente se lembrar agora das parcelas de empréstimos que pode ter feito
com banco ou pessoas e o motivo de cada uma delas.
E imprevistos? Consegue se lembrar de algum imprevisto que tenha
ocorrido há pouco tempo? Neste caso, pode considerar até uns seis meses
para trás.
Agora que anotou tudo o que lembrou, está na hora de determinar
aqueles gastos menores, mais difíceis de recordar.
Para fazer isso, compare os valores que você gastou (total) com o que
você recebeu (nesses 3 meses) e com o que tem hoje.
O valor que sobrar será o que você usou para gastos menores.
Faça assim:

RENDA - (GASTOS + SALDO ATUAL) = GASTOS MENORES

Dentro do possível, tente se lembrar de cafezinhos, lanches, compras em


shopping e coisas do tipo e tente dividir esse dinheiro de acordo com o
que você acredita ser mais próximo da realidade.
Pronto.
Agora pegue as informações médias dos últimos 3 meses, seja através
deste esforço mental ou de extratos de banco ou de cartão de crédito, e
organize em grupos de consumo.
Abaixo eu sugiro 5 grupos bem simples.
Leia com atenção cada um antes de prosseguir com as anotações, ok?
DESPESAS FIXAS ESSENCIAIS (DFE)
Essas são aquelas que você precisa de qualquer jeito para viver. Se ficar na
dúvida se uma despesa se enquadra aqui, pare um momento e se imagine
3 meses sem ela. Se conseguir viver os 3 meses sem ela (mesmo que com
alguma dificuldade) então ela não é essencial.
Além disso, gastos FIXOS são aqueles que vão aparecer todos os meses e
cujos valores são mais ou menos iguais.
Exemplos: Energia elétrica, aluguel, água, supermercado (média),
parcela do carro/financiamentos¹, parcela da escola/faculdade², lazer³,
seguros4 e plano de saúde. Ou outros que julgar necessário.

¹ A parcela do carro ou de financiamentos veiculares ou imobiliários vai


entrar se, ao deixar de pagar, você correr o risco de ter seu bem tomado.
De forma bem resumida, no caso de imóveis, caso o contrato tenha sido
por alienação fiduciária, se você não pagar então o imóvel pode ir a leilão.
Já se o contrato foi por garantia hipotecária seu imóvel não pode ser
tomado. Outros casos, é bom dar uma verificada. Na dúvida, deixe como
essencial fixo mesmo.
Quanto ao veículo, vai depender da forma como foi comprado, se por
leasing ou outros tipos de financiamento, vale a pena conferir. Em alguns
casos, depois de pagar mais de 50% do valor do veículo ele não pode mais
ser tomado e a cobrança é judicial.
Outra coisa, se você trabalha com o carro, como motorista de aplicativo
ou te taxi, por exemplo, ele é essencial com certeza!
² A parcela da escola e da faculdade fica a seu critério determinar se é ou
não essencial. O art. 6º da Lei 9.870/99 proíbe a escola ou faculdade de
aplicar qualquer tipo de pena ao aluno inadimplente, ou seja, se você não
pagar as mensalidades ainda terá o direito de cursar todo o ano letivo (se
escola até o ensino médio) ou o semestre se faculdade. Entretanto, a
instituição pode não aceitar uma rematrícula caso continue inadimplente
até o fim do ano/semestre. Sendo assim, após visualizar todo o
planejamento que vamos fazer juntos aqui, opte por considerar ou não
como algo essencial. Se está na dúvida, coloque como despesa essencial
mesmo.
³ O lazer é obrigatório e essencial! O que você pode fazer é imaginar
alguns mimos (e não tudo o que vier à sua cabeça) para si mesmo e sua
família que você considera como essencial, como almoçar fora aos
domingos, ir ao cinema 2x por mês ou ir ao clube em alguns finais de
semana. Após somar tudo, você terá um valor de “lazer essencial” mensal
e obrigatório para cumprir. Mas não se preocupe, não vou pedir que você
se restrinja a apenas o que colocar aqui, a decisão de gastos com lazer
será sua, e você vai realizá-la daqui a pouco quando tiver uma visão geral
melhor de sua própria situação. Já, já, eu comento mais sobre o assunto.
4
Os seguros são parte essencial da vida de uma pessoa. Funcionam como
um Fundo de Reserva (explicarei no Cap 3) para grandes emergências. Não
se preocupe se o dinheiro não voltar mais. Espero que nunca precise de
um, mas se precisar, é bom que tenha um bom seguro. Lembre-se que
você é responsável por sua família também e faça um seguro de vida para
você, que inclua doenças graves como câncer, cujo tratamento pode ser
caríssimo. O mesmo vale para o carro e para o imóvel próprio. A falta de
seguros pode acabar com o planejamento financeiro de uma vida toda.
Faça sem peso na consciência.

DESPESAS FIXAS NÃO ESSENCIAIS (DFNE)


Agora é a hora de colocar aquelas despesas maiores que você assumiu,
mas que não são essenciais. Neste espaço, escreva apenas as despesas
parceladas (mesmo que a última parcela tenha vencido em um dos três
meses atrás). Anote apenas o valor de uma única parcela.
Se as parcelas sofrem pequenos desvios, não tem problema, anote aquilo
que você acredita estar mais próximo do real.
Exemplos: TV por assinatura, conta de telefone, aulas em geral (dança,
línguas, cursos, academia), roupas, condomínio e parcelas de bens de
consumo como celular, eletrodomésticos, móveis, clube e etc. Aqui você
pode colocar o carro, parcela da escola/faculdade e lazer, se não entraram
no item anterior.
Faça uma média das despesas que, embora não tenham valor fixo, são
necessárias todo mês como gasolina, padaria, passagem de ônibus,
farmácia, encargos bancários/juros de cheque especial, estacionamento e
etc.

IMPREVISTOS (EMG)
Não tem jeito. De uma forma ou de outra todos nós acabamos passando
por imprevistos (ou emergências) no nosso dia a dia.
É claro que um imprevisto nem sempre é uma emergência, mas de modo
geral a forma como lidamos com essas situações é semelhante, então
pode colocar tudo aqui.
Anote aqui o valor total dos imprevistos que ocorreram em sua vida nos
últimos 6 meses. Isso mesmo, SEIS meses. Para ser mais efetivo é
importante a gente olhar um pouco mais para trás quando nos
preparamos para essa parte.
Anote o valor total que encontrar, somando tudo dos seis meses, e depois
divida por seis. Essa é a média mensal que você deverá considerar.
Exemplos: Defeito no carro, internação no hospital, furo de pneu, defeito
no computador ou celular, problema de saúde que gerou uma consulta
inesperada, compra de remédios mais caros e etc.

EMPRÉSTIMOS (EMPR)
Se você fez algum empréstimo, escreva aqui o valor da parcela, seja com
outras pessoas ou com bancos.
Escreva também o motivo que o levou a realizar o empréstimo: Foi porque
o dinheiro não deu para pagar as contas do mês? Foi para investir em
alguma coisa, como um novo negócio? Ou porque os juros estavam mais
baratos do que um financiamento/cheque especial?
Após enumerar os empréstimos, dê uma nota de 1 a 4 para cada um,
considerando a nota 1 para um credor tranquilo que não te dá dor de
cabeça e 4 para credores que tornam sua vida um inferno, ou que você
mesmo não aguenta mais a dívida.
Mais para frente a gente vai usar tudo isso para montar sua estratégia.

OUTROS GASTOS (OUTR)


Agora pegue tudo o que sobrou e coloque aqui. De preferência, tente
organizar em grupos que facilitem sua observação.
Exemplo: cafezinho, lanche à tarde, peça de computador, aquela caixinha
de som que podia esperar, mas você quis comprar logo, aquele casaco
bonito comprado na promoção no shopping e por aí vai.
Não se esqueça de acrescentar aqui as opções de lazer não essenciais que
você se deu (ou à sua família) nesses três meses, como uma viagem, um
passeio, ou uma frequência maior de idas ao cinema, shows, baladas,
barzinho e etc.
É importante que esteja bem definido o que você considera essencial na
área de lazer (primeiro item) e o que entra aqui nessa parte. Como disse
antes, o que entrar aqui não significa que você vai eliminar, mas o
exercício de ter que decidir em sua mente já gera efeitos positivos para
sua vida financeira.
Acredite, lá na frente isso vai facilitar bastante suas tomadas de decisão,
então capriche!

Usar seu dinheiro de qualquer jeito é não valorizar


todo o trabalho e o tempo que você usou para
ganhá-lo.
Use a planilha de controle de gastos que montei – ela está nos moldes do
que eu sugeri aqui – e lance despesas e dívidas na aba “Organização de
Custos”.
Pronto! A parte mais chata já passou.
Viu? Não foi tão difícil e valerá muito a pena.
Vamos agora entender um conceito de EXTREMA IMPORTÂNCIA e que vai
balizar toda nossa estratégia:
A diferença entre DESPESA e DÍVIDA.
De modo geral, eu chamo de despesa aqueles gastos que você não pode
abrir mão, ou seja, basicamente as DESPESAS FIXAS ESSENCIAIS.
Já as dívidas são aquelas parcelas FIXAS e MENSAIS que, caso você deixe
de pagar, não irá causar um impacto muito grande em sua vida, ou de sua
família, mesmo que tenha seu nome protestado. Essas são basicamente as
DESPESAS FIXAS NÃO ESSENCIAIS.
Já os empréstimos podem entrar em um ou outro, conforme o critério que
expliquei, mas, de modo geral, acabam entrando em dívidas.
Já os imprevistos formam um grupo muito interessante. Quando tratados
antecipadamente como DESPESAS eles não nos surpreendem mais e
deixam de ser imprevistos, mas quando a gente não faz isso, eles surgem
do nada e se tornam DÍVIDAS.
Vou te explicar melhor.

Situação 1
Imagina que você acrescenta uma despesa mensal fixa de R$ 100,00 reais
e a chama de “fundo de reserva” ou “reserva de emergência” (é bem
possível que já tenha ouvido falar dela). E vai pagando todo mês.
Acontece que ela não é uma despesa imediata e, na verdade, você está
guardando este dinheiro em algum lugar¹. Depois de 10 meses, você terá
R$ 1.000,00 reais guardados (ou mais se guardou onde sugeri) no fundo
de reserva.
Eis que, em algum momento, seu celular cai na piscina. E o pior, você usa
muito o aparelho e suas diversas funções para trabalhar, não tem como
ficar sem.
O que fazer?
Ora, mal sabia você que nos últimos meses a sua despesa chamada “fundo
de reserva” era na verdade “celular novo”. Então você saca o dinheiro,
compra um celular e Paga à Vista.
Ou seja, neste caso, você já estava preparado para uma ocorrência assim e
o que antes seria um imprevisto tornou-se uma despesa que você pagou
antecipadamente.

Situação 2
A mesma situação anterior, mas, neste caso, você não poupou nada.
Se o seu celular cai na água e você precisa de um novo para trabalhar, mas
não tem nada poupado. O que você faz?
Uma dívida.
Se você realmente precisa do aparelho (e nada de errado com isso), vai ter
que pegar um empréstimo ou parcelar em várias vezes para conseguir um
celular novo. O que vai afetar seu bem mais precioso: sua qualidade de
vida.

É por isso que quando não tratamos os imprevistos como despesas eles
acabam virando dívidas e estas são justamente o que queremos evitar.
Mais à frente, no Passo 2, vou ensinar direitinho como montar esse fundo
de reserva, de forma que caiba no seu bolso e, ao mesmo tempo, faça
com que você evite fazer novas dívidas no futuro.

¹ Um dos melhores e mais seguros locais para se guardar o fundo de


reserva é no Tesouro SELIC.
Dúvidas frequentes:

Aluguel é despesa ou dívida?


Se você parar de pagar vão te despejar? Se sim, então é despesa, se
não, é dívida.

Mas, então, todo aluguel não é despesa?


Não necessariamente, exemplo: se você paga aluguel para sua mãe
ou para o seu pai e acredita que eles não fariam isso com você, então é
dívida.

Financiamento de carro ou casa?


A mesma coisa, se você parar de pagar o que vai acontecer? Se há o
risco de tomarem o bem, então é despesa. Se não, é dívida.

Mas eu pago um financiamento de um outro imóvel que eu comprei e


hoje o estou alugando para outra pessoa. Como fica?
Neste caso, trata-se de um investimento. Para este tipo de situação,
onde uma pessoa tem ao mesmo tempo dívidas e investimentos, deve-se
ter um cuidado especial. Para a estratégia de agora, considere como uma
despesa.

Se você tem mais alguma dúvida a respeito da diferença entre dívidas e despesas mande um
e-mail para edumendes@pagueavistaedu.com.br, terei o maior prazer em responder!
Certo.
Uma vez que você entendeu essa diferença, classifique cada item de sua
lista de custos em DESPESA ou DÍVIDA (na planilha que disponibilizei tem
uma coluna só para isso).
Feito? Ótimo.
Então o levantamento de seu custo de vida já está terminado, vamos
agora à próxima pergunta:

QUANTO VOCÊ GANHA?


A ideia agora é descobrir qual a sua renda mensal.
Aos assalariados pode ser uma questão simples, mas não é assim tão fácil
determinar um valor exato para profissionais liberais, autônomos e
empresários.
Vamos fazer o passo a passo juntos.
Das 3 opções abaixo, escolha aquela que se encaixa melhor para
determinar sua renda.
I. Se sua renda mensal é exata, use esse valor.
II. Se sua renda mensal varia um pouco, pegue a média dos últimos 3 a
4 meses.
III. Se sua renda mensal varia muito, pegue a média dos últimos 6
meses, subtraia 15% e utilize o valor encontrado como renda
mensal.
Se você acha complicado fazer esta conta, não tem problema, eu vou dar
duas opções bem simples pra resolver.
A primeira é utilizando a planilha que disponibilizei:
Utilize a aba “RENDA MENSAL” na planilha que disponibilizei (válido para
as opções II e III).
ou
A segunda opção é (pegue uma calculadora para facilitar, pode ser do
celular mesmo):
1. Some tudo o que você ganhou nos últimos 6 meses;
2. Divida esse valor por 6; e
3. Multiplique o resultado por 0,85 (zero vírgula oitenta e cinco).
Utilize o valor encontrado como renda mensal (válido para as opções II e
III).

As pessoas que, de alguma forma, tornam o controle


financeiro um hábito, estão conquistando sua própria
e transformadora liberdade.

Agora é a hora de descobrir como está sua saúde financeira atual, ou seja,
estabelecer seu diagnóstico.
Se estiver utilizando a planilha, o diagnóstico será dado automaticamente
na aba “DIAGNÓSTICO”. É o quadro escrito “Diagnóstico hoje”.
Atenção: Nesta aba, não altere nada. Todas as informações são
automáticas.

Caso esteja fazendo por conta própria, não tem problema, siga os passos
abaixo:
1. Subtraia o custo mensal de sua renda mensal (Renda - Custo = Saldo), e
encontre o saldo mensal;

Exemplo 1:

Sua renda é de R$ 2.500,00 e seu Custo deu R$ 1.950,00. Então seu saldo é de R$ 550,00:

2500 – 1950 = 550

Agora pegue sua renda e multiplique por 0,2:

2500 x 0,2 = 500

Isso significa que 20% de sua renda é R$ 500,00.

Esse valor será usado na próxima etapa.

Exemplo 2:

Sua renda é de R$ 1.700,00 e seu Custo deu R$ 1.500,00. Então seu saldo é de R$ 200,00:

1700 – 1500 = 200

Agora pegue sua renda e multiplique por 0,2:

1700 x 0,2 = 340

Isso significa que 20% de sua renda dá R$ 340,00.

Esse valor será usado na próxima etapa.

Exemplo 3:

Sua renda é de R$ 4.000,00 e seu Custo deu R$ 4300,00. Então seu saldo é de - R$ 300,00
(negativo):

4000 – 4300 = - 300

Agora pegue sua renda e multiplique por 0,2:

4000 x 0,2 = 800

Isso significa que 20% de sua renda dá R$ 800,00.

Esse valor será usado na próxima etapa.

2. Observe seu saldo. Se o valor encontrado foi positivo e igual ou acima


de 20% da sua renda, então seu diagnóstico é BOM.
Se seu saldo deu maior que zero, mas menor que 20% de sua renda, então
seu diagnóstico é PEQUENOS AJUSTES.
Exemplo 1:

Saldo (R$ 550,00) é positivo e maior que 20 % da renda (R$ 500,00), então o diagnóstico é
BOM.

Exemplo 2:

Saldo (R$ 200,00) é positivo e menor que 20 % da renda (R$ 340,00), então o diagnóstico é
PEQUENOS AJUSTES.

3. Se seu saldo deu menor que zero então seu diagnóstico é NECESSITA
ATENÇÃO.
Exemplo 3:

Saldo é negativo (- R$ 300,00). Então o diagnóstico é NECESSITA ATENÇÃO.

Uma vez que sua saúde financeira foi diagnosticada, é possível iniciar os
preparativos para o “tratamento”.
Na próxima fase, daremos início a um Planejamento financeiro voltado
exclusivamente para sua libertação das dívidas. Vale ressaltar que este é
apenas um dos passos (mas talvez o mais importante para os endividados)
de um planejamento financeiro completo, onde diversas outras áreas são
consideradas e outros grandes objetivos, como a liberdade financeira, são
contemplados.
Mesmo assim, assumo um compromisso com você. O de apresentar um
planejamento consistente e com um método de simples entendimento e
aplicação.
E de ensinar como executá-lo da melhor maneira possível.
Está pronto?
2.2 PLANEJAMENTO
As coisas começam a ficar cada vez mais interessantes!
A partir de seu diagnóstico, vamos traçar um planejamento para que você
melhore sua situação financeira na velocidade que você desejar.
Aí você deve se perguntar.

“Na velocidade que eu desejar? Quero o mais rápido possível!”

Opa, sei que quer, e você terá a chance de fazer isso.


O fato é que sua escolha poderá influenciar em outras coisas em sua vida.
Sendo assim, fique tranquilo, logo mais vou explicar direitinho como você
mesmo poderá determinar a velocidade que quer caminhar.
Ah, já adianto que este caminho poderá ser alterado sempre que quiser,
caso não se adapte ao que escolher primeiro. Daqui a pouco você irá
entender tudo.

Voltando então à nossa fase de Planejamento.


O próximo passo agora é realizar alguns ajustes em sua vida financeira.
Mas não serei eu quem vai dizer a você o que ajustar ou não, será você
mesmo.
Antes de realizar esta etapa, preciso dizer 3 coisas muito importantes
sobre a maneira que você deverá agir daqui para frente. Elas podem fazer
toda a diferença na sua capacidade de alcançar seus objetivos.
1 - Não adianta querer ser radical. Radicalismos tendem a fracassar
a longo prazo. Respire fundo, sinta que você tem o controle de sua vida e
que você é capaz de realizar transformações fantásticas que irão durar pra
sempre.
2 - Cuidado com ajustes em sua qualidade de vida, cortando muitos
momentos de lazer por exemplo.
Esses cortes provavelmente serão necessários* para que você consiga
resolver logo seus problemas financeiros, mas não cometa exageros como
as pessoas costumam fazer. Se cortar muitas coisas, você vai colocar em
risco todo o processo, e isso pode causar estresse e atrapalhar sua saída
das dívidas, além de poder afetar sua capacidade de gerar renda.
Pensa comigo, quem trabalha melhor? Uma pessoa de bem com a vida ou
uma que não tem lazer nenhum?
3 - Não se preocupe se seu saldo continuar negativo ou não passar
para BOM. Realizaremos este ajuste depois.

* Sim, é possível que você tenha que realizar alguns ajustes em


lazer e coisas do tipo, mas isso não pode afetar sua qualidade de
vida.
Como assim?
Tem vários gastos que realizamos no dia a dia que nos dão
momentos de prazer e acabamos acreditando que isso é o que nos
torna felizes. É importantíssimo que saibamos identificar o que é
importante do que é não é tão importante e, às vezes, até fútil.
Cortar coisas assim faz muito bem para nosso bolso e não afeta
nossa qualidade de vida. Eu por exemplo gosto de ir ao clube todo
final de semana com minha família e, é claro, que pago uma
mensalidade para poder frequentar lá. Esse programa familiar é
extremamente importante para mim, minha esposa e meus filhos e
não cortaria isso de jeito nenhum. De vez em quando, nós vamos
um pouco mais cedo do que de costume e almoçamos todos lá.
Embora seja bem legal almoçar em um lugar diferente, revendo
conhecidos e tudo mais, esse almoço já é um gasto que posso
tranquilamente eliminar. Para se ter uma ideia, só com um almoço
para 4 pessoas, eu gasto a metade da mensalidade do clube. Sendo
assim, quando necessário, almoçamos em casa mesmo, com a
família reunida, e depois vamos ao clube.
Conseguiu entender a diferença entre cortar gastos com lazer e
não afetar a qualidade de vida?
Pode ser que para você, ou outra pessoa, o almoço em família em
um lugar diferente todo domingo seja mais importante que a tarde
no clube. Essa pessoa então teria mais facilidade em eliminar
(temporariamente) a mensalidade do clube do que os almoços em
família. E está tudo bem! Cada um tem que pensar naquilo que
acha mais importante.
E ressalto, se você tem uma família, faça isso junto com ela. Afinal,
estão todos no mesmo barco.
Vale lembrar que esses ajustes são temporários. Aplicando o
método que ensino aqui, você vai perceber que esses ajustes serão
cada vez mais desnecessários, as dívidas vão sumindo e o dinheiro
sobrando mais.
E, se não for atrapalhar muito, uma besteirinha de vez em quando
também não tem problema, pode comprar. (Esse é o nosso
segredinho, tudo bem?)

Certo. Tendo em mente as considerações acima, está na hora de realizar


uns ajustes nas despesas.
Abra a planilha, ou o local onde você anotou todas as despesas e dívidas
que formam seu custo mensal, e analise uma a uma.
Seu objetivo aqui é ajustar individualmente os valores mensais atuais para
valores menores que você acredita que consegue pagar.
Se estiver utilizando a planilha mesmo, basta lançar os novos valores na
coluna “AJUSTE”.
Mais ou menos assim: se você gasta 100 reais por mês com IFOOD, tente
imaginar uma forma que permita você gastar só 70. Ou se você compra
200 reais de roupa todo mês, veja se consegue baixar para 150, ou ainda,
converse com sua família e tente reduzir a conta de luz e água em sua
casa.
Busque reduzir gastos que você acredita que sejam desnecessários ou que
possam ser reduzidos com um mínimo de disciplina. Faça isso com todos
os itens da lista, avalie um a um, com calma (seu futuro depende disso) e
seja sincero. Se for possível, faça, mas evite prometer coisas que lá no
fundo você sabe que não vai conseguir, e cuidado para não confundir falta
de disciplina com necessidade.
Evite ao máximo reduzir ou cortar investimentos em treinamentos, cursos
e desenvolvimento pessoal. Como o próprio nome diz, são investimentos.

O investimento capaz de gerar o maior retorno


que existe é o conhecimento. Um livro gratuito
pode transformar uma pessoa comum em alguém
programado para o sucesso.

Um exemplo, dos mais importantes, de despesas a serem ajustadas, são as


compras por impulso. Na verdade, posso dizer que essas devem ser
eliminadas, embora bem improvável que alguém realmente consiga fazer
isso por completo.
Vamos falar um pouco delas agora.
Compras por impulso são a combinação de local e sentimento.
Se você está muito triste ou ansioso(a) (ou mesmo eufórico(a), que é o
meu caso) e passa em frente a uma loja de algo que você goste (pode ser
comida, roupa, eletrônicos, sapatos, bijuterias, etc.), a parte emocional do
seu cérebro vai buscar uma forma de consertar aquilo que está fazendo
mal a você (no caso a tristeza ou ansiedade) ou tentar aumentar seu
sentimento de euforia que ele entende como algo de bom.
De fato, essa comprinha deve mesmo conseguir fazer isso, atendendo ao
que seu cérebro deseja. Momentaneamente.
O problema é que as lojas sabem disso. E elas usam diversas ferramentas
como cores, música, disposição das mercadorias, amostras grátis,
vendedores atraentes e outras tantas armadilhas para combinarem com
seu desejo e resultarem em uma compra por impulso.
Bem, você sabe por quê isso tudo funciona?
Porque nosso cérebro decide comprar pelo emocional e depois justifica
pelo racional.
Isso quer dizer que você vai bater o olho e querer comprar e, só depois,
vai começar a arrumar um monte de desculpas para justificar. As
justificativas mais comuns são: “está na promoção”, “é a última peça”, “eu
preciso”, “trabalho tanto, eu mereço!” (essa então!!!), “nossa, divide em
12x sem juros”, e por aí vai. Mas na realidade, no dia seguinte você vai
perceber que não precisava tanto assim. Se precisasse, estava na lista de
compras.
Da mesma forma, se você está satisfeito, tranquilo e consciente de suas
finanças, mesmo que passe em frente a uma loja “tentadora”, você será
capaz de controlar o impulso e, sem qualquer sofrimento, pensar assim:
“nossa, interessante, quem sabe um dia eu venha aqui e adquira esse
bem”.
Legal, não é? Isso é ser dono do próprio dinheiro.
Sendo assim, as compras por impulso, para aqueles que estão focados em
resolver seus problemas financeiros, devem ser consideradas inimigas
mortais.
E uma inimiga nada fácil de combater. Sabe por quê?
Pense bem, a cada vez que você cede a uma compra por impulso, por
causa de algum sentimento que fugiu do controle, você está mostrando ao
seu cérebro emocional uma forma de aliviar aquela dor, mesmo que
momentaneamente. Ou seja, você mesmo treinou seu cérebro a vida toda
a acreditar que compras por impulso ajudam no problema.
A boa notícia é que é possível reverter o processo.
E, por isso mesmo, devemos identificar e eliminar esse tipo de compra de
nossas vidas.
Sendo assim, busque nos últimos meses, naquele levantamento que você
acabou de fazer, e tente identificar aquelas compras que você só fez por
causa de uma determinada ocasião.
Para facilitar nessa parte, entra lá no meu canal do Youtube, Facebook ou
Instagram, no Pague à Vista, e assista ao vídeo “Como eu acabei com as
compras por impulso”, tenho certeza que o ajudará a perceber e evitar
esses gastos que só atrapalham a gente.
Depois que terminar esses ajustes nas contas, você vai perceber o quanto
elas influenciam nas suas despesas gerais. E, ainda, que elas não afetam
sua qualidade de vida, pois se não fosse a combinação de local e
sentimento você provavelmente não teria feito aquela compra.
Outros exemplos de gastos que podem ser diminuídos sem afetar sua
qualidade de vida são:
 Taxas bancárias: Veja em seu extrato se você realmente usa tudo
que seu plano tem, como número de saques, de transferências,
DOC, TED e etc. Se não usa, experimente procurar seu gerente (ou
pela internet mesmo) buscar outro pacote que o atenda melhor. O
mesmo serve se você usa mais do que o permitido e acaba pagando
taxas extras, às vezes, melhorar o pacote pode ser mais econômico.
Outra dica é utilizar bancos digitais (já tem vários por aí), que não
cobram nenhuma anuidade nem taxas de TED e DOC. Se você quer
manter sua conta em um banco tradicional, mas costuma fazer
muitas transações (como é o meu caso) quando receber o
pagamento você faz uma transferência para o banco digital e
depois, a partir dele, faz as outras que precisar. Alguns bancos
digitais permitem ainda que você emita um boleto, assim você não
precisa nem fazer a transferência (e pagar a taxa) do banco
principal, basta pagar o boleto.
 Serviços por assinatura: Cada vez mais as pessoas estão assistindo
menos TV. Dê uma avaliada nos canais que você usa menos ou
quase não usa e veja se não dá para passar para um plano mais em
conta em sua TV por assinatura, por exemplo. O mesmo vale para
planos de internet para casa, academia, aulas, e etc.
 Estacionamento e gasolina: Pode ser que usar o carro próprio saia
mais em conta que ir de aplicativo de transporte, mas você está
contabilizando o estacionamento? Mesmo que seja aqueles dois
reais que você dá todo dia para o rapaz da rua. Faça as contas e seja
criativo. Às vezes, compartilhar a viagem com colegas de trabalho
pode ser uma solução ótima para seu bolso.
 Celular: Será que você está usando corretamente seu plano? Avalie
bem. Assim como a questão dos serviços por assinatura, se você
estiver usando bem menos que você paga para usar (pensando na
exceção de quando precisar muito, por exemplo) pode ser uma boa
ideia baixar esse gasto. O contrário também vale, se você tem um
plano mais enxuto, mas todo mês acaba passando um pouco, esse
pouco pode estar gerando taxas de excesso que costumam sair mais
caras que subir de plano (é nessas que as empresas de telefonia
ganham mais).
 Ingressos: Vários bancos, bandeiras de cartão, empresas de
milhagem, postos de gasolina e outras empresas têm vários tipos de
programas que oferecem descontos e meia entrada para eventos,
shows e etc. Essa é uma ótima forma de reduzir seu custo
mantendo seu lazer. Dê uma pesquisada que você provavelmente
vai achar alguma coisa boa.
 Outros: Já que você levantou seus gastos, seja criativo e tire um
tempo para pensar em uma maneira de reduzir, eliminar ou trocar
algumas despesas por opções mais em conta. Tenha sempre em
mente que (à exceção das compras por impulso) esses ajustes
devem ser temporários. No futuro você pode retornar ao que tem
hoje ou, melhor ainda, aumentar a qualidade de seus gastos,
trocando a soma de coisas mais simples que custam muito, por um
consumo de coisas que valem mais para você.
 Negociação de dívidas: É claro que esta não podia faltar. Procure
seus credores, diga que você está se organizando financeiramente e
busque negociar as parcelas das dívidas. Pode ser que não dê para
fazer isso com boletos de lojas e crediários, ou coisas assim, mas
empréstimos com bancos, empréstimos pessoais, financiamentos e
o que você conseguir negociar já poderá ajudar muito no seu
diagnóstico.

DICA: Programe seu cérebro para sempre que a frase “eu


mereço” vier à sua mente, você pensar ao mesmo tempo em
“PERIGO!”. Para fazer isso, repita “eu mereço” e pense em
“PERIGO” e repita isso sempre que a palavra lhe vier à mente.
Se quiser, pode até colocar isso por escrito e deixar em um
lugar à vista. Outra coisa importante é sempre visualizar,
imediatamente, o objetivo que você escolheu no início desse e-
book e pensar que essa “compra por impulso” vai fazer você
adiar ainda mais seu sonho.
Tudo certo?
Some agora todos os novos valores e você irá encontrar seu custo mensal
ajustado, que vai ajudar você a conquistar seu sonho mais rápido.
Na planilha, esse cálculo já é feito automaticamente.
Ah, e não se preocupe se o ajuste foi muito ou pouco, ok? O importante é
que ele seja realista e que você seja capaz de cumpri-lo.

Criar um plano sem considerar a execução é o


mesmo que tirar carteira de motorista e querer usá-
la para guiar um barco.

Já tendo feito os ajustes em sua conta, refaça novamente o processo de


diagnóstico utilizando o custo mensal ajustado. Do mesmo jeito que fez lá
atrás.
Na aba “Diagnóstico” na planilha, o quadro “Diagnóstico após ajustes” já
apresenta o resultado de forma automática.
Dê uma olhada em como ficou sua saúde financeira agora.
Se você conseguiu “melhorar” seu diagnóstico, ótimo! É recompensador
perceber que um tempinho separado para planejamento já melhora nossa
condição de vida. Continue com o plano.
Mas se isso não ocorreu, não tem problema. Nosso plano segue do
mesmo jeito, em pouco tempo você já vai melhorar sua situação.

E agora, o que fazer com tudo isso?


Se seu diagnóstico ajustado foi BOM, você pode fazer uma leitura mais
rápida da próxima etapa, apenas para aprender o processo e decidir se
quer ou não utilizar a técnica que ensino para os outros dois diagnósticos.
Se foi PEQUENOS AJUSTES ou NECESSITA ATENÇÃO, determine quanto
você tem que economizar todo mês para que ele se torne BOM. Para isso
pegue o valor encontrado quando calculou os 20% de sua renda e subtraia
seu saldo.

20% da RENDA - SALDO ATUAL = ECONOMIA

Voltando aos exemplos:

Exemplo 2:

Considerando um saldo de R$ 200,00 e o valor de R$ 340,00 como 20% da renda, então basta
fazer:

340 - 200 = 140

Sendo assim você tem que economizar R$ 140,00 para seu diagnóstico ficar BOM.

Exemplo 3:

Considerando um saldo de - R$ 300,00 e o valor de R$ 800,00 como 20% da renda, então basta
fazer:

800 - (- 300) = 1100

Sendo assim você tem que economizar R$ 1.100,00 para seu diagnóstico ficar BOM.
Guarde esse valor que você encontrou e leia atentamente o que vou
explicar a seguir, pois esta parte é o coração de todo o processo.
O objetivo desta etapa é tornar seu diagnóstico BOM, pois sem isso você
não terá a paz para construir seu futuro rico, nem ter a tranquilidade
necessária para superar os desafios do dia a dia.
Um dos grandes obstáculos que impedem as pessoas de pensar
claramente e solucionar seus problemas é não pensar no longo prazo ou
não enxergar a situação de uma maneira mais geral, com uma visão macro
de sua própria vida. Com isso, elas acabam focando apenas nos problemas
que vão surgindo e não conseguem perceber que a solução está fora dali.
Diante do abismo, só olham para baixo e não percebem que, às vezes, é
necessário recuar um pouco para ganhar o impulso necessário para o salto
que os levará para o outro lado, onde um novo mundo os aguarda.
Estou dizendo isso, porque você vai perceber que o que vou pedir a seguir
pode parecer ousado, ou mesmo errado, mas não é. Você mesmo pode
tirar um tempo e buscar o que outros especialistas em finanças estão
dizendo e perceberá que, muitas vezes, essa é a única saída.
E digo mais, acredito fielmente que esta é a MELHOR saída. Porque
permite a cada um que se recupere com dignidade e qualidade de vida
para si e para sua família. Você vai ver.
Então vamos ao que interessa.
Em um exercício anterior você selecionou o que é despesa e o que é
dívida, certo?
Agora, peço que escreva em um local reservado apenas aquilo que você
considerou como dívidas. Se está utilizando a planilha, basta copiar as
dívidas para a aba “Dívidas” e preencher as demais colunas com as
informações necessárias (menos a última – “FICA PRA DEPOIS?”).
Ah, caso tenha conseguido baixar alguma parcela no passo anterior, anote
o valor da parcela ajustada nesta lista de dívidas, ok?
Abaixo eu explico o que cada coluna deve ter, caso queira fazer em
separado:

CREDOR: Para quem você tem que pagar? Banco? Conhecido? Loja
específica?
NÍVEL DE CHATICE: De 1 a 4 qual o nível de chatice desse credor? Coloque
4 (utilizado normalmente para empréstimos pessoais com conhecidos que
ficam cobrando o tempo todo). Já se ele ou ela não é tão chato, deixe 1
(normalmente usado para bancos ou empresas).
VALOR DA PARCELA: Qual o valor que você paga todo mês? (anote o valor
ajustado, caso tenha conseguido negociar o valor das parcelas, ok?).
DATA DE VENCIMENTO: Qual a data da última parcela? (Pode ser somente
o mês e ano).
DÉBITO TOTAL ATUALIZADO: Se você fosse quitar hoje essa dívida,
pagando tudo, quanto seria?
JUROS a.m. (ao mês): Se souber, coloca aqui os juros mensais em cima da
dívida, isso vai ajudar a escolher qual pagar primeiro.
FICA PRA DEPOIS?: (não preencha essa última por enquanto, vou explicar
a seguir).
Essa organização ficaria mais ou menos assim:

Agora que você enumerou suas dívidas, está na hora de olhar com carinho
pra cada uma delas e escolher aquela(s) que você irá temporariamente
deixar de pagar para que seu diagnóstico passe para BOM.
“Como assim Edu??? Eu quero honrar cada centavo que devo!”

E você irá honrar cada centavo. Já vou explicar.


Confesso que eu também não fui muito com a ideia a primeira vez que
ouvi falar dela, mas depois que entendi como funciona e o porquê,
percebi que, muitas vezes, não tem outro jeito.
Pude perceber que aquilo que parecia um passo atrás era, na verdade,
necessário para eu pegar o impulso que ia transformar minha vida de uma
vez por todas.

E que nenhuma dívida deixaria de ser paga. Mas tudo a seu tempo.

Agora, respire fundo e preste atenção que eu vou explicar direitinho como
tudo funciona.
A primeira coisa a dizer é que eu admito: essa ideia não é minha. Diversos
especialistas em finanças pessoais também sabem que, às vezes, parar de
pagar algumas dívidas para dar aquela “arrumada em casa” é o melhor
caminho a se tomar. Eu não sei realmente quem pensou nisso primeiro,
mas sei que você pode pesquisar por aí que vai encontrar muitos autores
defendendo a mesma coisa. Sendo assim, se mesmo depois da minha
explicação abaixo você ainda não se convencer, fique à vontade para dar
uma olhada no Google. Tudo bem?
O próprio Flavio Augusto, um dos maiores empresários do Brasil (e do
mundo) e fundador da escola de inglês “Wise Up”, ressalta bem este tipo
de estratégia em um de seus podcasts do Geração de Valor.
Mas, sinceramente?
Depois que eu explicar tudo certinho, acho que você já vai ficar de boa.
Caso já não esteja, é claro.
Enfim.
A ideia de temporariamente deixar de pagar algumas dívidas – mesmo
que isso restrinja seu CPF por um tempo ou gere algumas cobranças mais
chatinhas – é baseado em uma coisa que você faz todos os dias.
E agora eu estou falando de tomar banho.
(Sem julgamentos se não é todo dia, ok?)
Quando você termina o banho, acredito que você desligue o chuveiro (ou
saia debaixo dele) antes de começar a se enxugar, certo? Acho que nós
dois sabemos que não seria muito prático se enxugar e se molhar ao
mesmo tempo.
Com as dívidas é a mesma coisa.
Para que você consiga se enxugar você tem que parar de se molhar.
As parcelas são como a água que não para de cair em sua cabeça,
enquanto, desesperadamente você tenta enxugar cada gotinha.
Assim que você desliga o chuveiro, mesmo com seu corpo ainda molhado,
você consegue ver mais facilmente a sua capacidade de se enxugar. Ou
seja, mantendo apenas aquelas parcelas que você sabe que consegue
pagar, é possível ter a cabeça mais tranquila, ir eliminando uma a uma e,
quando possível, voltar para aquelas que deixou pra trás.
Ficou claro?
Outra coisa, acho que você sabe que não dá pra viver tranquilo gastando a
mesma quantidade que se ganha. Qualquer coisinha fora do normal e
pronto: mais uma dívida.
Além do mais, estar tranquilo no dia a dia ajuda a pensar em melhores
soluções para as crises e a trabalhar melhor, aumentado a renda da
família e acelerando todo o processo. Já a preocupação e ansiedade, que
aparecem quando a gente tem mais parcelas no mês do que dinheiro
entrando, fazem exatamente o contrário, não nos deixam pensar direito e
atrapalham no trabalho e na renda.
Faz sentido, não é mesmo?
“Tá bem Edu, mas e aí? Como ficam as dívidas que eu vou deixar de
pagar? Elas vão aumentar cada vez mais com o tempo!”
É, vão mesmo.

“E meu CPF vai ficar com restrição nas agências de proteção ao crédito!”
Vão também. Provavelmente.

“E aí? Minha situação não vai ficar pior do que antes??”


Definitivamente NÃO.

Olha só a história do José e da Maria.

José da Silva (o Zé), hoje com seus 33 anos, sempre foi um


homem de bem e trabalhador. Casado com uma enfermeira de 26
anos, hoje eles criam juntos dois filhos, que formam um lindo
casal. A menina com 6 aninhos e o menino com 2 aninhos.

Maria, sua esposa, não está trabalhando, pois, desde que teve o
garotinho, se dedicou a cuidar dele e ainda não conseguiu voltar
ao mercado de trabalho.

O pequeno é levado toda manhã para uma creche baratinha perto


de casa, e lá fica o dia todo. A filha maior estuda em um colégio
particular, pois os pais queriam um lugar onde o ensino fosse mais
rigoroso, para garantir um futuro melhor para ela.

Enquanto os filhos estão no colégio, Maria passa o dia todo


procurando emprego, pois a situação em casa deu uma apertada
desde que parou de trabalhar, há uns dois anos.
Desde então, acostumados ao padrão de vida antigo, quando os
dois trabalhavam, José e Maria não perceberam que estavam
gastando mais do que ganhavam, ainda mais com as despesas
extras que sempre apareciam para quem tem filhos pequenos.

Os dois acreditavam que as dificuldades eram temporárias e que


“logo, logo” Maria conseguiria um emprego e tudo se normalizaria.
Sendo assim, para manter o padrão de vida (que já não era dos
melhores) a família de José acabou usando os limites do cartão
de crédito, do cheque especial e até a pegar empréstimos com
amigos e familiares.

Mas o cartão de crédito era o pior! Depois de um tempo, tudo que


o Zé ganhava era para pagar o bendito cartão, aí ele usava o
cartão para pagar as contas do mês e não conseguia sair desse
ciclo vicioso.

Sem contar as vezes que nem dava pra pagar a fatura toda e
ficava uma parte (com juros) para o mês seguinte.

Com o tempo, os empréstimos começaram a ser jogados para


frente e os juros a crescer cada vez mais, consumindo cada
centavo da renda da família.

Mas o Zé, homem honrado e correto, sempre fez tudo o que pôde
para pagar suas dívidas e, de uma forma ou de outra, sempre
conseguia pagar as parcelas principais. Outras dívidas acabavam
se acumulando, mas, de vez em quando, vinha uma parcela do 13º,
um saque de FGTS ou alguma graninha extra que aparecia, e o Zé
conseguia colocar as contas todas em dia (ou quase todas).

E assim eles levaram até hoje.

Atualmente, sempre que o salário cai na conta ele leva sua família
para passear, comer fora ou algo assim. Às vezes ele vai visitar a
sogra e, além de deixar a esposa feliz, as crianças conseguem ver
a avó que mora em outra cidade.

Tudo isso na primeira semana de salário, porque, se deixar pra


depois, o dinheiro acaba.

E acaba mesmo. Final de mês é um sufoco e os momentos de


aperto sempre aparecem.

“Mas quem não tem problemas? Não é mesmo?” – Diz pra si


mesmo o Zé.

E aperta o mercado, empurra daqui, enxuga dali, de vez em


quando umas briguinhas em casa com a esposa – mas nada muito
sério – e vida que segue.

Ah, e não vai achando que o José e a Maria são acomodados não!
Eles sempre buscam melhorar de vida, com disciplina e dedicação.

Planos não faltam!

Vira e mexe, Zé descobre que tem algum dinheiro para receber


ou sua esposa arruma um bico, e cada centavo daquele dinheiro já
ganha um destino certo.

“Com 300 reais eu acerto a escola, 200 eu pago o resto do


cartão, 150 eu devolvo pro chato do meu irmão...” e por aí vai.

Normalmente, o dinheiro nem dá pra tudo, mas dá um alívio só de


pensar no tanto de coisa que vai dar pra pagar.

E quando esse dinheiro extra finalmente chega?

Sem nem perceber, a grana cai e o Zé não consegue pagar nem


metade do que prometeu. E ele nem sabe direito como que isso
acontece. Do nada, ele abre o aplicativo do celular pra ver seu
saldo e toma um susto. “Meu Deus como que já gastei isso tudo?
Não é possível!”.
Isso quando não acontece alguma emergência. Aí ele pensa “é só
eu receber uma graninha que o pneu do carro fura, o computador
estraga, o celular cai no chão ou na piscina... ô vida difícil”.

E pronto. Passam-se os anos e a família do Zé e da Maria ainda na


mesma. Com algumas dívidas, vivendo hoje pra pagar o dia de
amanhã e sem entender como que ele não consegue pagar essas
dívidas que não param de aparecer. Quanto mais juntar dinheiro!

Não espero que você se identifique exatamente com a história inteira,


mas é possível que você se veja em alguma parte dela.
Escolhi os nomes José e Maria porque são uns dos mais comuns desse
nosso Brasil. Assim como a história deles.
Eu mesmo já passei por coisa bem semelhante em minha vida, como
contei na introdução.

“Tá bom Edu, e por quê está me contando tudo isso?”.

Bem, os exemplos que eu dei, relacionando inclusive à minha própria


história, é só para explicar que isso de “escolher umas dívidas para deixar
de pagar” não foi uma coisa que simplesmente deu na minha cabeça.
Na verdade, é algo que veio de anos de estudo de muitas outras pessoas
antes de mim, e que tomo a liberdade de ensinar e usar para ajudar outras
pessoas a resolver seus problemas financeiros.
Além disso, os “efeitos colaterais” que acabam aparecendo, como
restrição no CPF e as dívidas crescendo com os juros, são totalmente
temporárias e são coisas que também serão resolvidas no seu devido
tempo.
E, definitivamente, isso não vai fazer sua vida piorar, mas sim, vai te dar
clareza para resolver seus problemas, de uma vez por todas.
Sendo assim, fique tranquilo(a), eu mesmo já apliquei em minha vida tudo
isso que ensino aqui e já ensinei para outras pessoas, com sucesso. Não se
preocupe em ficar sem crédito por algum tempo, pense lá na frente, no
seu objetivo de vida, pense em passar o resto da vida sendo dono do seu
próprio dinheiro. Daqui a alguns anos você vai olhar pra trás e dizer “Valeu
a pena!”.

Então, bola pra frente!

Vou te explicar agora como você deve fazer para “deixar para depois”
algumas parcelas.
Voltemos à sua relação de dívidas.
Neste ponto você já deve ter separado cada uma, com o valor das
parcelas, as datas de vencimento, o nível de chatice do credor e, se
possível, os juros ao mês.
Então este é o momento de olhar para as parcelas e decidir qual você vai
cortar.
Lembra quando você calculou a economia que tinha que fazer para ficar
com o diagnóstico BOM? Faça uma comparação com as parcelas e veja
quantas delas você tem que “deixar para depois” pra conseguir fazer essa
economia mensal.
Agora é com você. Leve em consideração o nível de chatice do credor (se o
cara é muito chato às vezes não deixar de pagá-lo pode fazer mal para sua
qualidade de vida), o valor da parcela, o quanto uma ou outra irá afetar
sua restrição de crédito e essas coisas.
Se você está bem enrolado com cartão de crédito e cheque especial,
deixar essas dívidas para depois é uma boa opção, pois como os juros
delas crescem muito rápido, ficar todo mês tentando pagá-las consome
muito um dinheiro que podia estar sendo usado melhor, na sua situação
atual.
Essa é a hora de preencher a última coluna da planilha, caso esteja
usando. Nela você vai ver em “Diagnóstico Final” se as parcelas que você
deixou para depois foram suficientes para ficar com o diagnóstico BOM.
Então fique à vontade de mexer na planilha até conseguir uma situação
satisfatória.
Mas não tenha medo! Vá fundo e escolha logo.
Como toda transformação na vida, nós temos que ter coragem de agir se
quisermos ter um futuro melhor.

Uma forma eficaz de enriquecer é parar de


empobrecer.
Billy Imperial

Pronto?
A partir de agora vamos considerar que as dívidas que foram deixadas
para “depois” não existem, tudo bem? Imagine que sua saúde financeira
está ótima, seu diagnóstico está BOM e você pode usufruir de uma vida
relativamente tranquila. Perceba que você é capaz de encarar sua próxima
jornada para acabar com as dívidas que ainda restam com paz e qualidade
de vida.
Se em algum momento a lembrança das parcelas “esquecidas” surgirem,
não tente expulsar os pensamentos.
Isso é muito importante.
Apenas feche seus olhos, respire fundo e diga para sua mente: “Obrigado
pela lembrança, eu aceito esses débitos e reconheço que quitarei cada um
deles quando for a hora.”
E siga normalmente em sua vida. Repita isso quantas vezes forem
necessárias, mas evite simplesmente tentar tirá-los da cabeça, isso só
piora as coisas.
E aí? Tudo certo?
Estamos praticamente acabando essa fase.
Eu sei que deu um pouquinho de trabalho, mas vai valer a pena, pode ter
certeza. Daqui por diante essa parte de contas e planilhas vai ficar bem
tranquila e a parte prática vai começar.
Motivado a resolver, de uma vez por todas, seus problemas financeiros?
Vamos então para a próxima e última etapa da fase de preparação.
Essa é bem rápida, já que o trabalho maior já passou.

O que temos que fazer agora é selecionar com quais dívidas você acabar
primeiro.
Mas acabar de vez, pagar o montante total e eliminar as parcelas.
Então dê uma olhada nas dívidas que “continuam” e coloque um número
depois da última coluna que indique a ordem com que você gostaria que
aquela dívida desaparece de sua vida primeiro.
Vou dar umas dicas de como fazer isso, mas lembre-se que é sua vida,
então você é a melhor pessoa pra decidir sobre ela.
Pelo lado financeiro, o melhor seria começar pelas dívidas de maior juros,
pois estão consumindo mais rápido seu dinheiro. Por isso pedi para
colocar os juros também, caso soubesse.
Pelo lado da qualidade de vida, pagar aquelas que o credor tem um alto
nível de chatice seria ideal, por que aí a pessoa para de azucrinar sua vida.
E ainda tem o lado psicológico. Que seria o de ir eliminando as dívidas
mais rapidamente, ou seja, escolhendo aquelas que o montante é menor.

“Edu, o que é montante?”

Opa, segue a explicação.


Se você paga R$ 200,00 de parcela de uma geladeira, quanto você precisa
para pagar a geladeira toda e essa parcela sumir de vez?
Por exemplo. A geladeira custou R$ 1.000,00 (mil reais) e você já pagou 2
parcelas de R$ 200,00. Então faltam R$ 600,00 para quitá-la por completo.
Esses R$ 600,00 é o débito total atualizado, ou o montante que estou
dizendo.
Ficou claro?
Ou seja, se uma dívida tem o montante menor, você vai conseguir se livrar
dela mais rápido e a gente sabe que riscar uma dívida da lista é uma das
melhores sensações que existem! Não é mesmo?
Então fica assim. Esses são os três critérios que você deve usar para
enumerar a ordem que deseja eliminar suas dívidas. É claro que você está
livre para considerar qualquer outra coisa, a vida é sua, o importante é
colocar tudo em uma ordem que faça sentido para você.
Ah, e essa ordem pode ser mudada a qualquer hora, viu? Na fase de
Execução você vai ver que podem surgir (e vão surgir) oportunidades de
adiantar uma ou outra dívida, e você deve fazer aquilo que seu coração
mandar.

“Edu, pra mim dá tudo na mesma, o que você sugere?”

Se para você não tem nenhuma diferença entre uma e outra, então eu
aconselho a começar pelas que tem o montante menor. Só o fato de você
ir riscando dívida após dívida da lista vai fortalecer a crença em seu
próprio poder de transformar sua vida e a de sua família. Então vai fundo!

Tudo certo? Todas as dívidas já enumeradas e em ordem de prioridade?


Agora pegue a primeira da lista, aquela que você decidiu que vai ser sua
primeira vitória, e anote seu valor separado em um outro lugar. Se você
não está usando a planilha, faça isso da seguinte forma:

VALOR ORIGINAL MONTANTE DA DÍVIDA DATA VALOR DA PARCELA


R$ 3.000,00 R$ 5.000,00 01/07/19 R$ 300,00

Valor original é aquele inicial, sem contar os juros.


Por exemplo, se você pegou R$ 2.000,00 emprestado, então R$ 2.000,00 é
o valor original. Já em uma compra parcelada, onde para pagar essa dívida
você tem que pagar 12 parcelas de R$ 200,00 reais, então o total que você
está pagando é R$ 2.400,00 reais (12 x R$ 200,00). Esse é o valor original
da dívida.
No campo DATA você coloca a data do dia que você calculou o montante
da dívida. Isso é para você ter uma referência, porque daqui a um mês
você já terá pago mais uma parcela da dívida e o montante deverá
diminuir.
Se preferiu usar a planilha mesmo, preencha o quadro “PREENCHA SÓ
UMA VEZ” na aba “VALOR OBJETIVO”, seguindo as mesmas instruções que
acabei de passar.
Pronto. Agora você já sabe qual o valor que você tem que atingir para
eliminar sua primeira dívida.
A cada mês, subtraia o valor de uma parcela do valor do montante. Assim
você terá seu VALOR OBJETIVO sempre atualizado.
Anote também o quanto você já tem guardado, para poder ver seu
objetivo cada vez mais próximo.
Caso esteja utilizando a planilha, basta preencher no quadro “PREENCHA
HOJE” o mês que você está e o quanto tem guardado que o “VALOR
OBJETIVO” vai se atualizar automaticamente. Faça isso 1 vez por mês.
PARABÉNS!
Seu primeiro passo está completo!
Se fez tudo com calma e seriedade é bem possível que nunca mais você
precise realizar esse passo de novo. (Assim eu espero!)
Daqui por diante é só realizar alguns lançamentos, sem ficar quebrando a
cabeça nem anotando um monte de coisas todos os dias.
Bem como eu prometi. Com o tempo, você vai aumentando a precisão dos
lançamentos.
E como combinamos, você pode considerar que tem uma vida financeira
saudável e já tem tudo planejado para realizar a tão sonhada
transformação em sua vida.
Mais uma vez: lembre-se sempre de seu objetivo.
Considere-se preparado(a), pois é hora de partir para o próximo grande
passo.
CAP 3 - PASSO Nº 2: EXECUTE!
PAGUE SUAS DÍVIDAS GASTANDO MAIS.

Muito bem. O que vamos fazer agora é quase mais um clichê do mundo
das finanças.
Eu digo “quase” porque praticamente todo mundo já ouviu falar do
“fundo de emergência” ou “fundo de reserva”, mas até hoje não ouvi
ninguém falando de um “fundo para dívidas”. Esse é criação minha
mesmo e tem uma importância gigantesca no processo.
E é isso que vamos fazer agora, montar um Fundo de Reserva e um Fundo
para Dívidas.
Mas, antes, queria falar um pouquinho sobre cada um deles. Afinal, sair
fazendo as coisas sem saber o motivo pode acabar nos desmotivando, não
é mesmo?
Então vamos lá.

FUNDO DE RESERVA
Certa vez minha nutricionista e amiga me disse que não era legal usar a
palavra “emergência” para esse fundo, pois dava a impressão que
estávamos “aguardando algo de ruim acontecer”. E, de fato, essa é uma
das premissas da PNL (programação neurolinguística), importante
ferramenta que nos ajuda a entender como nossa mente funciona.
Aceitando a sugestão, decidi adotar o nome de Fundo de Reserva. Então
vamos chamar assim daqui por diante, tudo bem?
O Fundo de Reserva tem somente uma missão.

Missão do Fundo de Reserva:


NÃO TE DEIXAR FAZER MAIS DÍVIDAS

E isso remete à primeira Lei dos Endividados.

1ª Lei dos Endividados:


NÃO FAZER MAIS DÍVIDAS

Lembra do caso do banho? Não é muito inteligente ficar tentando se


enxugar com o chuveiro ligado.
Pode parecer meio óbvio essa ideia, mas se você não estiver com ela bem
clara em sua mente pode ser que você assuma alguma parcela quase que
no automático. Aí não vai adiantar toda aquela fase de planejamento e de
deixar algumas dívidas para depois, pois essas novas parcelas vão acabar
tendo que ser jogadas para depois também.

“Edu, e se eu estiver em uma emergência mesmo e não tiver dinheiro? Vou


ter que criar uma dívida.”

É justamente para isso que serve o Fundo de Reserva. Mas se algo


acontecer antes de você estar com dinheiro suficiente nesse fundo, aí não
tem jeito. Faça o que for possível para suprir sua necessidade, afinal, é
uma emergência.
Depois que a tempestade passar, volte lá na sua lista de dívidas e faça a
adaptação necessária para que você fique com seu diagnóstico BOM de
novo. Pois essa é a premissa básica para que você seja capaz de resolver
seus problemas financeiros.
Voltando então ao Fundo de Reserva.
Como eu disse, ele serve para que você não faça mais dívidas, ou seja, se
você controla legal seu dinheiro, pagando suas contas e usando para sua
diversão e qualidade de vida, é natural imaginar que alguma emergência
possa afetar isso tudo.
Se o carro quebra, ou algum problema de saúde aparece – ou uma das
diversas coisas que o acaso sempre dá um jeito de nos trazer – acaba
acontecendo, isso normalmente irá gerar uma despesa a mais. Nesse caso,
você teria 3 opções:
 ou isso vai afetar bastante a sua vida, pois você teria que cortar de
outras despesas para pagar esse custo extra que apareceu;
 ou você teria que criar uma dívida, pegando um empréstimo ou
parcelando a despesa, o que também iria afetar sua qualidade de
vida (enquanto as parcelas durassem);
 ou você iria retirar do Fundo de Reserva (que foi feito pra isso) e
Pagar à Vista a despesa.
Ficou claro? É exatamente para este tipo de situação que serve o Fundo de
Reserva.
E se você está em busca de liquidar todas as suas dívidas, ele se torna mais
essencial ainda!
Imagina você conseguindo pagar pouco a pouco suas dívidas, se
esforçando para manter a disciplina e, do nada, aparece mais uma? É um
balde de água fria em quem está tentando se enxugar...
Repito: O Fundo de Reserva é essencial para nossa saúde financeira!
Mesmo que você não tenha dívida alguma, mesmo as pessoas mais ricas
do mundo (na verdade, principalmente elas que sabem lidar com
dinheiro) têm uma reserva de dinheiro destinado a imprevistos.
Então está na hora de pensar como gente rica. Seja, antes, rico em sua
mente, o dinheiro virá com o tempo.
“Edu, e quanto deve ter nesse Fundo de Reserva? Devo ficar colocando
dinheiro lá para sempre?”

Ótima pergunta!
E a resposta é não, você não vai precisar colocar dinheiro no fundo para
sempre.
Mas tem um valor mágico que você deve buscar e eu vou ensinar agora
como fazer isso.
Pensa comigo, já que o Fundo de Reserva é para cobrir imprevistos e
emergências, o ideal é que ele seja capaz de nos ajudar na pior situação
possível*.
*neste caso não estou falando de doenças terminais ou morte, ok? Para
isso existem os seguros, dos quais já falamos lá atrás, quando definimos
despesas essenciais. 😉

Sendo assim, entende-se que a maior catástrofe financeira seria você ficar
incapaz de gerar renda. Neste caso, a menos que você já tenha
investimentos cujos retornos já consigam sustentar todas as suas
despesas (nosso objetivo de vida!) então estamos falando de não poder
mais trabalhar ou perder o emprego.
Se você é autônomo ou profissional liberal, uma gripe, pé quebrado, carro
roubado (para motoristas de aplicativo, por exemplo) ou coisas assim, já
são suficientes para afetar sua capacidade de fazer dinheiro.
Se você é empregado, o pior seria ser despedido, ainda mais sem o seguro
desemprego.
Pensando nisso, a primeira coisa a se fazer para determinar o valor do
Fundo de Reserva é avaliar as chances de você ficar sem renda.
De modo geral, esse valor vai variar entre 3x (três vezes) NO MÍNIMO, ou
de 9x (nove vezes) o seu custo mensal total (algumas pessoas fazem de
até 12 meses).
Se você é autônomo ou não tem nenhum tipo de estabilidade no
emprego, então sugiro de 6x a 9x. Com isso, caso aconteça alguma coisa,
você estará com dinheiro suficiente para se sustentar (e à sua família) por
pelo menos 6 meses.
E sabe o que é o mais importante disso?

Mesmo desempregado ou sem condições de


trabalhar, o Fundo de Reserva lhe proporcionará a
PAZ necessária para que você encontre novos
caminhos ou um novo emprego.

Não tem coisa pior do que ter que sair procurando emprego, ou se
desesperar atrás de clientes, sem um tostão no bolso. Muitas vezes com a
família em casa precisando.
Então não se desfaça da importância do Fundo de Reserva, pois nada tem
valor maior que a paz de uma família. Dormir tranquilo à noite, sabendo
que ainda tem alguns meses para achar uma solução para o problema que
está passando.
Vejamos uma outra situação.
Os concursados devem também atentar para seu nível de estabilidade. Se
é daqueles funcionários públicos por exemplo com estabilidade
assegurada, não tem por quê focar tanto em formar um Fundo de Reserva
de 9x. A princípio, as 3x bastam, e seu raciocínio seria mais com
emergências mesmo (como um carro quebrado, celular na piscina e etc.)
do que efetivamente com a demissão, pois é improvável que sejam
demitidos.
Sinta-se livre para adaptar da melhor maneira que julgar, é seu futuro e
sua vida, mas não escolha menos do que 3x, ok?
Então é isso aí. Defina o teto de seu Fundo de Reserva e quando atingi-lo,
parabéns! Você vai ver como sua vida passará a ficar mais tranquila.
Além disso, depois que chegar no valor calculado, você vai dar outro
destino para o valor que você colocava todo mês nesse fundo.
Minha sugestão é que, depois que atingir o teto definido para o Fundo de
Reserva, você pegue 80% do valor que costumava depositar nesse fundo e
passe a colocar no Fundo de Dívidas, assim, vai acelerar ainda mais seu
processo de melhoramento da vida financeira.
E os 20%?
Melhore sua qualidade de vida!
Passe a ir ao cinema uma vez a mais por mês, vá jantar fora mais vezes,
junte com o de outro mês e faça uma visita a um ente querido... você que
manda.
Só não aconselho usar para pagar contas. É importante que você sinta na
pele a recompensa pela disciplina de ter conseguido completar seu Fundo
de Reserva.
Se, por um acaso, precisar usar o dinheiro em caso de emergência, use
sem pestanejar. Depois volte a repor da mesma forma que fazia antes.

Vamos falar agora do outro fundo.

FUNDO PARA DÍVIDAS


Este é um fundo especial, pois ele sempre existirá em sua vida.

“Hãã??”

Mas calma, nem sempre ele terá esse nome.


O Fundo para Dívidas, depois que você tiver eliminado sua última parcela,
mudará de nome e se tornará seu Fundo de Investimentos, e é esse que
vai levar você ao enriquecimento e à liberdade financeira.
O motivo de não serem dois fundos diferentes é que, salvo raras exceções,
não é aconselhável fazer investimentos enquanto se tem dívidas. Isso
porque raramente haverá investimentos que tenham rendimentos (juros)
maiores que os juros das próprias dívidas.
Então, assim que você acabar de pagar sua última parcela, passará a usar
aquele dinheiro que está acostumado a guardar para montar uma carteira
de investimentos, essencial para que se possa construir uma vida tranquila
e rica.
Mas não é sobre investimentos que vamos falar hoje, em um futuro não
muito distante eu escreverei um livro sobre essa transição, ensinando o
passo a passo para quem nunca investiu em nada. Então fique tranquilo e
foca no agora.

Voltando para o Fundo para Dívidas.


Acho que o nome já explica bem. Esse fundo nada mais é que uma reserva
de dinheiro que você vai começar a poupar para ir quitando suas dívidas,
uma a uma. Lembra do “Valor Objetivo”? Esse é o valor que você buscará
atingir – com todas as suas forças – no Fundo para Dívidas. Assim que
chegar nele, você saca a grana e quita a dívida que você escolheu como
alvo.
Simples assim.
No decorrer da leitura vou apresentar alguns exemplos que ilustrarão bem
o funcionamento desse fundo, eliminando possíveis dúvidas que possam
ter surgido, ok?

Continuando...
Certo, agora que apresentamos esses dois fundos, vamos falar em como
montamos cada um deles.
Olha, tenho que deixar claro que o que vou apresentar abaixo é uma
sugestão, a partir dela você pode ajustar conforme achar melhor para sua
vida.
Lembra do seu diagnóstico BOM?
Lembra que nele seu saldo ficou 20% acima de suas despesas totais?
É justamente essa margem que vamos usar aqui.
A partir de agora, TODO MÊS, você vai pegar 10% e colocar no Fundo de
Reserva e 10% no Fundo para Dívidas.
Agora não tem desculpas de dizer que “não sobra nada no fim do mês.”
Você já contabilizou horas de lazer, manteve sua qualidade de vida e
separou com cautela as contas que deverão ser pagas só “depois”.
Está tudo certinho e estão “sobrando” 20% todos os meses.

“Edu, e se algum mês alguma conta vier mais alta, como você disse?”

Como as despesas (e também a renda) nem sempre são certinhas, é


natural que elas variem um pouco a cada mês. Sendo assim, você deve
entender uma prioridade entre os dois fundos:
Prejudicar primeiro o Fundo para Dívidas e depois o Fundo de Reserva.
Ou seja, se as contas vieram mais altas esse mês, você coloca os 10% no
Fundo de Reserva e usa o restante para pagar o que passou das despesas.
Se ainda sobrar alguma coisa, aí você deposita esse restante no Fundo
para Dívidas.
Se as despesas forem maiores ainda e não der para colocar os 10% no
Fundo de Reserva, então você usa o que for necessário para pagar as
contas e deposita o restante no Fundo de Reserva.
Mas lembre-se: Isso não pode virar regra! Combinado?
Se todo mês está passando então você provavelmente errou alguma coisa
no planejamento. Volte lá e faça os ajustes que achar necessário.
Recomendo que comece a leitura deste e-book do zero, pra lembrar cada
detalhe importante.
Vou dar alguns exemplos para ficar mais claro.
Exemplo:
José está conseguindo seguir o passo a passo que ensino neste e-book.
Ele tem aproximadamente R$ 2.000,00 de despesas e recebe
aproximadamente R$ 2.600,00 por mês (os 20% representam R$ 520,00 a
mais que R$ 2.000,00, então José está com diagnóstico BOM).
Com isso, ele consegue colocar sempre R$ 300,00 no fundo de reservas e
R$ 300,00 no fundo de dívidas e está ansioso para alcançar logo seu Valor-
Objetivo e quitar sua primeira dívida.
Vamos ver agora alguns exemplos de situações, e o que José deve fazer:

Situação 1:
1. As despesas de José chegam a R$ 2.200,00.
Nesse caso, ele coloca os mesmos R$ 300,00 no Fundo de Reserva.
Depois paga suas despesas, restando R$ 100,00.
Por fim, José deposita os R$ 100,00 restantes no Fundo para Dívidas.

Situação 2:
2. As Despesas de José chegam a R$ 2.550,00.
Então ele paga suas despesas e coloca os R$ 50,00 que sobraram no Fundo
de Reserva.

Situação 3:
3. As Despesas de José passam de R$ 2.600,00.
Nesse caso, ele deve usar o saldo do Fundo de Reserva para pagar o que
passou.
Somente neste último caso que você usa o Fundo de Reservas antes do
Fundo para Dívidas.

A reserva financeira mais importante em sua vida


é aquela que vai garantir um futuro tranquilo para
você e sua família. Às vezes ela começa como Fundo para
Dívidas, para depois se tornar Fundo de Investimentos.

E se você receber um valor “a mais”?


O mesmo raciocínio vale para quando a renda for maior que a prevista
(aquela graninha extra). Nesse caso, decida se prefere repartir igual entre
os fundos ou de algum outro jeito que você achar melhor.
Mas faça isso somente com no mínimo 50% e no máximo 80% do valor
extra que você recebeu.
O restante utilize da forma que você desejar, compre algo para você, use
para passear ou algo assim.
É importante que você usufrua de seus ganhos e suas vitórias, que a cada
passo que conquiste você se recompense e que se acostume a se
recompensar de forma controlada e não por impulsividade e sem pensar
direito.
Vamos ver o caso do José de novo.

Situação 4:
4. José recebeu um bônus no trabalho (ou atendeu mais clientes no mês)
e sua renda chegou a R$ 3.100,00, ou seja, ele teve um bônus total de R$
500,00, certo?
Nesse caso, ele pegou 300 reais e distribui igualmente entre os 2 fundos,
ou seja, 150 reais em cada.
Depois ele pegou os outros 200 reais e levou a esposa e as crianças para
um jantar especial em família. Em comemoração à nova vida que estão
criando para si mesmos.

Esse é um dos fundamentos que representam o título desse e-book.


“Como sair das dívidas gastando mais”.
E cumprindo com o prometido, vou explicar mais detalhadamente como
isso é possível.
É o seguinte.
A cada dívida que você eliminar, você estará eliminando também as
parcelas que ela gerava, criando uma economia, certo?
Tipo assim.
Vamos supor que o José pague uma parcela de R$ 200,00 de uma
geladeira que ele comprou por R$ 1.600,00.
Suponhamos que, depois de poupar conforme ensino aqui, no terceiro
mês José já tem R$ 1.200,00 no Fundo para Dívidas (que é igual ao
montante da dívida) e resolve quitar a geladeira.
E Paga à Vista.
Sendo assim, no próximo mês, José não precisará mais pagar os R$ 200,00
de parcela.
Portanto, sua economia mensal aumentou em R$ 200,00.

O que fazer com esse dinheiro “extra”?


Parte dele deve ir para o Fundo para Dívidas e a outra parte para sua
qualidade de vida.
Assim como da outra vez, minha sugestão é que no mínimo 50% e no
máximo 80% vá para o Fundo e o restante você gaste mesmo. Se
recompense pela dívida quitada, o que nos leva à Segunda Lei dos
Endividados:
2ª Lei dos Endividados:
A CADA DÍVIDA QUITADA, USE PARTE DO DINHEIRO PARA
MELHORAR SUA QUALIDADE DE VIDA.
SE RECOMPENSE PELA VITÓRIA!

E é aí que entra a parte do Gastar Mais!


Ao mesmo tempo que você vai usar parte da economia para acelerar a
chegada ao próximo Valor-Objetivo e quitar a próxima dívida, você vai
também se recompensar pela vitória.
Vejamos o caso do José, no exemplo da geladeira.
Com a economia mensal de R$ 200,00 ele decidiu usar R$ 50,00 para o
gasto com sua família e destinar os outro R$ 150,00 para acelerar o
crescimento do Fundo para Dívidas.
Considerando então que ele, antes, colocava R$ 300,00 por mês nesse
fundo, agora ele vai colocar R$ 450,00 e chegar muito mais rápido no
próximo Valor-Objetivo.
Vou dar outro exemplo. Se o próximo Valor-Objetivo fosse de R$ 3.000,00
para pagar um empréstimo, por exemplo, em vez de 10 meses guardando
300 por mês, ele vai atingir o valor que ele precisa em apenas 7 meses!
E é esse ponto que justifica o que eu disse lá em cima, quando disse que
você vai escolher a velocidade com que vai desejar resolver seus
problemas.
Pois é a partir da escolha do quanto você vai destinar para aumentar o
Fundo para Dívidas e o quanto vai usar para melhorar sua qualidade de
vida que irá determinar o tempo do processo como um todo.
Ficou claro?
Sobre esse assunto, devo alertá-lo do seguinte.
Nosso cérebro está acostumado a querer tudo o mais rápido possível.
Com isso, muitas vezes ficamos frustrados ao perceber que a saída
completa das dívidas pode demorar meses, ou 2, 3, 5 ou mais anos. Isso
será proporcional à situação financeira que você se encontra.
E está tudo bem.
Tenha paciência, não existe milagre e não dá para resolver problemas
mais sérios, de forma íntegra e honesta, em pouquíssimo tempo. Então
desconfie de negócios mirabolantes e promessas de resultados sem muita
explicação.
Esse é o motivo pelo qual decidi ensinar o passo a passo desse método,
explicando com detalhes o raciocínio de cada ação proposta. Sem
esconder nada, nem distorcer informações. Tudo o que está aqui tem seu
motivo e é explicado, preto no branco.
Do contrário, era só eu dizer o que fazer e em 2 páginas você já tinha tudo
em mãos.
Mas o dinheiro é seu, quero que saiba o que está fazendo e entenda como
esse plano faz sentido.
Sendo assim, é importante que você entenda que o tempo que tudo
levará vai depender de sua situação hoje.
Você deve saber que quanto mais tempo levar, mais os juros irão
consumir o seu dinheiro. Entretanto, acredito que focar só nisso,
esquecendo de se recompensar e manter sua qualidade de vida, pode ser
ainda pior, pois a tendência natural é nos desmotivarmos e ir tudo por
água abaixo.
É claro que não será tarefa tão simples ter que lutar contra os próprios
instintos de consumo, principalmente à medida que for “sobrando” mais
dinheiro no mês. Mas convido você a pensar lá na frente, a visualizar
aquele objetivo que você escolheu no início de sua jornada e a acreditar
que esse é o melhor caminho para alcançá-lo.
O que são alguns meses ou anos de compromisso, em comparação com o
resto de sua vida com tranquilidade e em paz?
Use o que você aprender aqui para ajudar seus filhos, netos, parentes ou
conhecidos. Se você passou por problemas e descobriu a solução somente
mais tarde, não deixe que eles passem pelo mesmo e os ajude para que se
resolvam o quanto antes.
Como já mencionei antes,

Nada substitui a paz de ter o controle das próprias


finanças, de realmente ser dono do seu próprio
dinheiro. Seja quando for.
Tenho certeza que valerá cada segundo de dedicação, o prêmio é a sua
própria liberdade.
Olha só quantas coisas você estará fazendo, ao mesmo tempo, para
resolver, de uma vez por todas, seus problemas financeiros:

 1º - Você continuará pagando cada parcela normalmente, o que fará com


que o montante a ser pago diminua a cada mês.
 2º - Você estará poupando um valor destinado a quitar cada dívida, o mais
rápido possível.
 3º - Você estará se recompensando – e à sua família – a cada vitória,
mantendo sua motivação e sua qualidade de vida. Isso poderá ajudar você a
trabalhar melhor e a aumentar ainda mais sua renda, acelerando todo o
processo.
 4º - Você estará formando um Fundo de Reserva que lhe dará tranquilidade
para trabalhar, a paz nos momentos difíceis e o ajudará a não fazer mais dívidas.
Impedindo você de voltar à mesma situação ruim que antes.
 5º - Você estará treinando sua mente para poupar. Assim, quando todas as
dívidas estiverem quitadas e seu Fundo de Reserva completo, você estará mais
do que acostumado e pronto para usar parte do dinheiro que ganha para investir
e criar um futuro rico e próspero.
E não para por aí. No final deste e-book eu dou algumas dicas de como
acelerar ainda mais todo esse processo, dicas que ainda não falei ainda.
Mas tenha paciência, vamos continuar no passo a passo até lá.

Vamos falar agora daquelas dívidas deixadas “para depois”, ok?


Você vai lidar com elas após eliminar todas as outras, ou seja, quando
acabar com as que escolheu continuar pagando.
Quando isso acontecer, você terá um valor relativamente alto (quase que
a soma de todas as parcelas que pagava antes) sendo direcionado para o
Fundo para Dívidas.
E você deverá continuar colocando esse dinheiro lá.
A única diferença é que, desta vez, seu Valor-Objetivo será o valor
ORIGINAL da dívida “deixada para depois”.

“Como assim?”

Se, por exemplo, você gastou R$ 2.000,00 no cartão de crédito e decidiu


deixar essa conta para “pagar depois”, e se passou muito tempo até você
voltar a pensar nessa dívida, os juros sobre juros terão tornado esse valor
muito alto. Muito mesmo, certo?

Nota: em maio de 2017, o STJ fixou o tema 953, em sede de julgamento


de Recursos Repetitivos (vale para bancos de modo geral). Este tema diz o
seguinte:
“A cobrança de juros capitalizados* nos contratos de mútuo é permitida
quando houver expressa pactuação.”
*Também chamados de juros compostos ou juros sobre juros.
Traduzindo, se estava previsto no contrato do cartão, então o banco tem o
direito de cobrar os juros sobre juros. Diferentemente do que alguns
advogados dizem por aí. Por outro lado, se isso não estava claro no
contrato, então você pode recorrer, beleza? Mas Direito não é minha
área, então se tiver dúvidas sobre a Lei procure um bom advogado.

Voltando então à dívida de R$ 2.000,00 no cartão.


Se você ficou nessa situação por dois anos, por exemplo, a uma taxa
média de uns 15% ao mês (pode chegar a 20%!) no crédito rotativo, a
dívida estará em mais de R$ 55.000,00!!!! Sem incluir as multas.

É claro que você não vai pagar isso tudo!


Mas é claro, também, que você irá honrar com seus débitos. Afinal, esse
foi o combinado, certo?
O que fazer?
Primeiro você vai colocar como Valor-objetivo o valor original da dívida.
No exemplo do cartão acima, seriam os R$ 2.000,00. Se foi uma compra,
coloca o valor daquilo que comprou, se um empréstimo, coloca o valor
que caiu na sua conta, e por aí vai.
E mantém a estratégia de ir alimentando o Fundo para Dívidas.
Quando você atingir o valor desejado, vá até o credor (a pessoa ou
instituição que você deve) e faça uma proposta para negociar a quitação
da dívida, baseada no valor original.
Vamos dar uma olhada na situação do cartão de crédito acima (de R$
2.000,00 para R$ 55.000,00).
Imagina que você é o gerente do banco.
Imaginou? Agora pensa comigo: uma pessoa que não conseguiu pagar
dois mil reais vai conseguir pagar cinquenta e cinco mil?
A princípio isso seria bem difícil, certo?
Pois é. E se já se passaram dois anos (ou mais, depende de cada situação),
você já tentou cobrar a pessoa de várias formas, mandou e-mail, cobrança
por carta e até colocou o CPF dela nas agência de proteção ao crédito e
ela, mesmo assim, não tentou pagar nada. Você ainda acreditaria que iria
receber alguma coisa?
Pois é de novo. Acho que não.
Depois de um tempo, as dívidas desse tipo entram como “perdas” para as
instituições e é como se elas simplesmente considerassem que não
receberão mais aquele valor.
Principalmente quando se aproxima dos 5 anos para “caducar” ou seja,
quando as restrições no CPF do devedor deverão ser retiradas.
Agora, volte a se imaginar como o gerente do banco.
Depois de dois anos você já está considerando aquela dívida como que
perdida. Aí, “do nada”, a pessoa aparece querendo pagar.
Aquilo é como lucro pra você. Qualquer quantia já será de bom tamanho.
E é mesmo. Pro banco também.
Mas devo informar que o Banco, mesmo querendo muito o seu dinheiro,
também não vai facilitar para você de primeira.
Quando ele perceber que você quer pagar, ele vai dizer algo assim:
“Sua dívida total está em R$ 55.000,00. Então nós vamos lhe dar um
desconto de 70% e com isso, sua dívida fica em R$ 16.500,00 que você
pode parcelar em até 12x sem juros de R$ 1.375,00.”
Cuidado! Não caia nessa.
Mesmo que pareça um desconto fenomenal, não aceite!
Bata o pé no valor original. Mesmo que eles não concordem de primeira.
Só pague se o valor chegar a algo bem próximo do valor original.
De modo geral, negociações que são realizadas de forma “não amigável”,
ou seja, em disputas judiciais, acabam conseguindo uma correção de 1%
ao mês. Ainda assim, com juros simples, em vez de juros compostos.
Nesse caso, em dois anos, a dívida de R$ 2.000,00 ficaria em R$ 2.480,00.
Seria isso que, provavelmente, eles iriam receber se entrassem na justiça
contra você. (É por isso que, normalmente, eles não entram, pois os
advogados sairiam mais caros que o que eles têm a receber).
Sabendo disso, busque valores próximos dos R$ 2.480,00 (ou usando a
correção de 1% ao mês), para negociar.
Depois é só agir!
Tome coragem, respire fundo, visualize seu grande objetivo e vá em
frente! É o resto de sua vida que está em jogo. Vá negociar.
Meu único conselho a este respeito é:

Pague o que consumiu. Não deixe de pagar


nenhuma dívida! Arque com todos os compromissos
que assumir.

“Edu, e se passarem os 5 anos e a dívida caducar?”

Opa, ótima pergunta.


Antes, vou explicar o que esse “caducar” quer dizer.
Segundo o Código de Defesa do Consumidor, isso significa que após 5 anos
o CPF do devedor deve deixar de constar nas agências de proteção ao
crédito.
Mas isso não significa que a dívida deixa de existir. Além disso, o credor
ainda pode continuar cobrando normalmente.
Sendo assim, respondendo à pergunta, mesmo que passem os 5 anos e
sua dívida “caduque” ela ainda permanecerá valendo e você deve arcar
com ela. Mas a restrição no CPF acaba (relativo a esta dívida).
Além disso, embora saia das agências de proteção ao crédito, dívidas de
banco acabam ficando em uma “lista negra” dos próprios bancos, a partir
de onde eles podem usar para negar ou dificultar acesso ao crédito. Se
isso é legal ou não, não cabe aqui entrar na discussão.
É claro que as dívidas com mais de 5 anos você pode simplesmente deixar
para pagar depois. Ao diminuir a prioridade deste tipo de dívida você
estará pensando em sua qualidade de vida. Mas não deixe de pagar.

“Isso funciona para todo tipo de dívidas?”

Não. Como toda regra, essa de “caducar” também tem suas exceções.
Vou citar aqui as duas principais. Se tiver mais alguma dúvida, sugiro
procurar mesmo um advogado que ele vai explicar melhor do que eu essas
questões jurídicas. Mas vamos lá.
A primeira é relativa ao FIES, o Fundo de Financiamento Estudantil. Aquele
programa que ajuda no financiamento da faculdade. (Se não conhece, mas
se interessou, entra no site http://sisfiesportal.mec.gov.br/?pagina=fies, e
considere isso um INVESTIMENTO, pois a rentabilidade do conhecimento é
a maior que existe!).
Bem, como o FIES é um programa bem diferente dos financiamentos mais
comuns, caso a pessoa não consiga pagar as parcelas – cobradas depois
que ela se forma – mesmo que passem os 5 anos ela não terá os
benefícios de ter seu CPF “limpo”, como costumamos dizer.
Não significa também que isso é para sempre, mas as regras são um pouco
diferentes e é bom ter isso em mente. Então, fique ligado!
A segunda é quanto à Dívida Ativa da União. Existem alguns casos em que
depois de 5 a 10 anos a dívida realmente prescreve (deixa de existir).
Sendo assim, se você tem alguma dívida que se encaixa aqui, procure um
advogado e pergunte a ele se é o seu caso.

E aí? Não disse que ia explicar direitinho como o método funciona?


Espero que esteja gostando e empolgado(a) para colocar tudo em prática.
Neste ponto você já deve ter percebido que:

Você vai pagar todas as suas dívidas (mesmo


aquelas deixadas para depois) e ainda conseguirá
manter um bom padrão de vida, o qual irá melhorar
cada vez mais.

E repito, nunca deixe de visualizar aquele seu primeiro objetivo.


Isso é muito importante para todo o processo. Tenha certeza que a cada
dia você estará se aproximando de alcançá-lo, e mais, ele será apenas o
primeiro de muitas felicidades que você será capaz de realizar, pelo
próprio esforço!
Agora que você já sabe o caminho para resolver os seus problemas
financeiros, está na hora do próximo passo. Tão importante quanto os
demais e extremamente poderoso.
CAP 4 - PASSO Nº 3 - TRANSFORME-SE:
SEJA O DONO DO PRÓPRIO DINHEIRO

Você está prestes a tomar um rumo que talvez há muito tempo já tenha
sonhado. Isso significa que, quer queira quer não, sua vida vai mudar.
Para melhor é claro, mas vai mudar.
E temos que tomar muito cuidado com isso, porque mesmo sabendo que
a mudança é boa, nossa mente tende a querer a voltar para o padrão
inicial. Sério mesmo.
Livros famosos como “Pai Rico e Pai Pobre” de Robert Kiyosaki, “Os
segredos da mente milionária” de T. Harv Eker, “Pense e Enriqueça” de
Napoleon Hill, “Dinheiro: Os segredos de quem tem” de Gustavo Cerbasi,
e muitos outros, falam bastante sobre esse assunto: a importância que
temos que dar à postura mental quando decidimos transformar nossa vida
financeira.
No livro altamente científico sobre psicologia econômica “A mente acima
do dinheiro” os autores Brad Klontz e Ted Klontz apresentam diversos
casos de pessoas que conseguiram alcançar uma condição de vida melhor
e acabaram voltando aos poucos para a situação anterior.
Mas não pretendo deixar que isso aconteça com você!
Abaixo vou dar algumas sugestões, dicas e conselhos para que você possa
ir se adaptando melhor à medida que sua vida vai evoluindo.
Lembre-se:

Uma pessoa se torna rica muito antes de ter


dinheiro.
 A primeira coisa que queria dizer é que tenha paciência. O tempo
para sair das dívidas é proporcional ao tempo endividado, pois é uma
desconstrução mental. Tenha paciência e faça as coisas com calma, mas
com solidez e em definitivo. Com isso, depois de sua vida se transformar
você não irá temer nunca mais voltar a como está hoje.
 Muitos dos problemas que temos hoje, e isso vale para os
financeiros também, são reflexos de coisas que vivemos no passado.
Nossas impressões e ensinamentos (ou a falta deles) determinam como
somos e como lidamos com o dinheiro e tudo que o cerca. Então tente se
lembrar de quando era criança ou adolescente e como as pessoas que o
criaram, ou com as quais você passava mais tempo, lidavam com dinheiro.
É provável que você consiga identificar padrões parecidos com os seus
hoje. Se achar algum que não é saudável, fale pra si mesmo “eu não
preciso ser assim, não preciso repetir esses erros, eu escolho ter uma vida
rica.”
 Muitas vezes nos sentimos envergonhados de estarmos em uma
situação financeira ruim. Pode acontecer de chegarmos a acreditar que
não merecemos estar em uma situação melhor porque erramos muito no
passado. Isso é besteira. Se você errou é por causa de tudo o que você
viveu até então, suas impressões e condições. Se fosse eu ou outra
pessoa, nas mesmas circunstâncias, provavelmente cometeríamos os
mesmos erros. Então não se culpe nem se envergonhe, tenha orgulho de
ter decidido melhorar sua situação financeira e seja firme em suas
decisões. Você é a pessoa mais importante da sua vida.
 Não ache que depois de ler tudo isso daqui você já estará mudado.
Não estará! Você provavelmente terá recaídas, vai errar de novo e pode
até chegar a pensar que não tem jeito. Mas tem! Existem vários estudos
(relatados no livro “A mente acima do dinheiro”, por exemplo) que
comprovam que mesmo após terem enfrentado desagradáveis realidades
do passado e começado a dar passos produtivos em direção à solução,
várias pessoas apresentaram recaídas nas antigas e nocivas maneiras de
pensar e agir. No entanto, haviam desenvolvido a capacidade de PARAR,
REAJUSTAR e CONTINUAR, e essa foi a chave para o sucesso financeiro.
Então:
Errou? Pare. Perdoe-se. Analise. Reajuste.
Continue.

 A criação de mantras que ajudam a não ter recaídas pode ser bem
útil. Um exemplo prático é você se programar a pensar em PERIGO
sempre que a grasse “eu mereço” lhe vier à mente. Analise que tipo de
pensamento vem à sua cabeça quando você está prestes a fazer uma
compra por impulso ou alguma besteira financeira. Depois repita na sua
cabeça a frase, seguido da palavra perigo. Em seguida, feche os olhos,
visualize seu objetivo de vida e abra um sorriso pela vitória de controlar a
si mesmo.
 Muitas vezes podemos ficar frustrados pelo “tanto de coisa que a
gente queria fazer com dinheiro”. Não ceda a este tipo de pensamento.
Nem tudo é dinheiro. Quando este sentimento lhe vier à mente,
redirecione seu pensamento para suas relações pessoais, seus amigos,
família, parceiro(a), companheiros de trabalho e etc. Tem muito mais aí do
que somente dinheiro. Seja criativo e aprenda a curtir o bom da vida.
Com o tempo você vai perceber que isso tem ainda mais valor do que
qualquer coisa que você poderá comprar.
 Perceba-se crescendo e as coisas em volta também. As pessoas irão
lhe elogiar, mas também criticar, pois você estará diferente. Aceite as
mudanças! Imagine-se sem problemas financeiros, todo dia, e mesmo
assim economizando, pensando no futuro e em sua família. Aprenda a
usar o dinheiro com mais sabedoria e viva isso em sua mente, antes
mesmo que aconteça de verdade.
 Adapte-se aos imprevistos, olhando sempre para frente. Nunca faça
comparações com o que aconteceu no passado. Visualize onde quer
chegar, ajuste o caminho planejado e execute aquilo que planejou.
 Distribua seus conhecimentos e planos com sua família. É muito
difícil, ou talvez mais demorado, realizar uma transformação tão
importante sozinho(a), quando se tem cônjuge e/ou filhos. Recomendo
que leia este e-book uma primeira vez e, se possível, repasse para seu
cônjuge ler também. Faça o exercício do bem de consumo da 1ª parte com
os demais integrantes da família e permita que todos tenham alguma
participação no planejamento. Isso pode ser extremamente poderoso,
pois todos acabam se comprometendo uns com os outros e o resultado
chega ainda mais rápido.
 Ajude os outros. Independentemente de explicações religiosas ou
quânticas, as pessoas de sucesso neste mundo sabem que ao ajudar
quem precisa, o universo inteiro conspira a seu favor. Não citei antes,
mas separe parte da economia para ajudar outras pessoas, e considere
isso um investimento. Depois repare nas coisas que dão certo em sua vida,
você verá por si mesmo o poder que isso tem.
 Curta o caminho e comemore a cada vitória, aprenda a ser uma
pessoa mais feliz e com dinheiro no bolso. Quando você alcançar o que
almeja hoje, na verdade, estará iniciando uma nova jornada. Entenda que:

A felicidade está no caminho e não na chegada.


BÔNUS – Como acelerar sua saída das dívidas

Pode parecer meio óbvio, mas quando traçamos um plano como este, às
vezes, acabamos fixando muito no planejamento e esquecemos de
“pensar fora da caixa”.
Este bônus é um exercício, que eu tenho certeza que, se fizer como eu
digo aqui, vai potencializar seus resultados.
Pronto?
Separe aí pelo menos uma hora do dia para fazer esse exercício. Pode ser
que demore mais, mas o resultado é fantástico.
Pegue uma folha de papel e uma caneta, de preferência azul.

“Edu, posso fazer no computador?”

Poder até pode, mas existe um certo consentimento entre vários Coaches
e profissionais de sucesso que acredita que quando escrevemos de
próprio punho, usando caneta azul de preferência, em uma folha de
papel, as coisas tendem a funcionar melhor. Não me pergunte quem disse
isso primeiro, mas foi algo que aprendi durante minha formação em
Coaching e já escutei alguns autores renomados ensinando.
A escolha é sua.
Preparado?
Agora você vai enumerar a folha de duas em duas linhas, de 1 a 50. Pode
usar frente e verso ou mais de uma folha se quiser.
Feito?
Agora você vai escrever 50 formas diferentes e possíveis para você de
ganhar mais dinheiro.
É isso aí!
As primeiras 10 vão aparecer logo, mas provavelmente terão um impacto
menor.
Entre as 25 e 35 já aparecerão soluções interessantes, mas as últimas 10,
estatisticamente, serão transformadoras.
Pode ser que essa estatística não funcione exatamente assim pra você,
mas garanto que boas ideias surgirão. Coisa que provavelmente você não
havia pensado antes simplesmente pelo motivo de não ter separado um
tempo para isso.
Acredite! Funciona!
Possivelmente 1h será pouco para a tarefa. Pode ser que 2 ou 3 dias, mas
separe de 30 a 60 minutos todos os dias, sem distrações, para se dedicar a
essa tarefa.
Muitas vezes não percebemos diversos tipos de soluções em nossa vida,
simplesmente porque na correria do dia a dia acabamos não dando a
devida atenção e dedicação a cada desafio que surge.
Essa técnica pode ser usada para praticamente qualquer problema que
apareça. E, normalmente, no final é que as melhores soluções costumam
aparecer. Dê o seu máximo!
E como isso vai acelerar o processo?
Descobrindo novas formas de ganhar dinheiro, seu saldo ficará ainda mais
positivo. A cada nova renda, faça exatamente como ensinei lá em cima,
dedique parte ao Fundos de Reserva e ao Fundo para Dívidas e o restante
para sua qualidade de vida.
Você verá que rapidamente vai alcançar os Valores-Objetivos e se tornará
dono do próprio dinheiro.
Agora o bônus do bônus.
Para não deixar o trabalho todo para você, vou deixar aqui uma estratégia
bem interessante para aumentar sua renda mensal. Seja você assalariado
ou autônomo.
Muitas vezes, queremos pedir aumento ou simplesmente aumentar o
preço de nossos produtos/serviços, e ficamos pensando em diversas
estratégias para isso, focando apenas em nós mesmos.
Convido você a enxergar essa situação de outra maneira, agora pela ótica
do seu chefe.
Se seu funcionário chega, “do nada”, e pede um aumento. Qual a chance
de isso realmente funcionar?
Confesso que, dependendo da situação, pode até dar certo, mas tem uma
forma de aumentar muito suas chances.
Passe a produzir mais. Entregue mais valor a ele. Faça mais do que é
pedido, sorria, mesmo que o dia não seja dos melhores. Mas não seja
falso, encontre dentro de em si uma razão.
Busque a motivação a cada dia no trabalho, agradeça por estar
empregado e pense em formas de melhorar os processos, os produtos, os
serviços, ou o que for no seu trabalho. Mostre para seu chefe que você
possui muito mais valor do que ele consegue enxergar. Mas faça isso do
fundo da alma, com integridade, imagine que se você fizer um trabalho
bem feito você merece ser recompensado. Não busque apenas “parecer
melhor”, seja melhor verdadeiramente.
E quando você mesmo perceber as mudanças que ocasionou no trabalho,
quando não tiver mais como negar o quanto você se destaca entre os
outros, quando todos perceberem a sua contribuição e importância no
local onde você está, aí sim, vá ao seu patrão e peça um aumento. Não só
sua confiança, mas toda a energia em volta de seus esforços e das pessoas
que o rodeiam farão com que seu patrão não tenha forças nem moral para
negar.
E caso ele negue, não desanime. Pode ter certeza, neste ponto, você terá
percebido o quanto você mesmo pode ser mais forte e melhor. Mantenha
o mesmo empenho e acredite na vida. Outras portas se abrirão.
Como diz o Coach dos Coaches:

O sucesso requer mais.


Geronimo Theml.

Não tem como se destacar e ter sucesso fazendo a mesma coisa que todos
fazem. Você tem que fazer mais.
E se você é autônomo e seu produto é físico ou serviço, o raciocínio é o
mesmo.
Busque formas de melhorar seu produto, de agregar mais valor a ele. Faça
com que seu cliente perceba o quão importante e transformador aquele
produto pode ser pra vida dele. Atenda-o da melhor maneira possível,
demonstre que o que você está oferecendo é uma solução diferente de
todas as outras. Foque no atendimento e use sua criatividade (aplique o
exercício da lista dos 50) para melhorar cada vez mais aquilo que você
entrega.
Quando sentir que o que está fazendo é bem melhor do que antes, que
você mesmo evoluiu junto com seu produto. Aumente o preço. Cobre pelo
que está entregando.
Tudo isso fará muito mais que simplesmente aumentar sua renda. Você se
tornará uma pessoa cada vez mais confiante, mais conhecedora das
próprias qualidades e do poder que existe dentro de você.

Aplique tudo isso e perceba a pessoa de sucesso que você já é, e lembre-


se do que eu disse antes.

Uma pessoa se torna rica muito antes de ter


dinheiro.
Seja rico em cada ação de sua vida. Tenha sucesso em cada olhar que
dirigir ao mundo.
O dinheiro virá como uma consequência inevitável.
E depois que ele vier, não se esqueça:
NOTAS

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