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Mendes, Eduardo
Como sair das dívidas gastando mais/ Eduardo Mendes
Brasília, 2019.
79 pp.
Código de Assunto ISBN 640: Economia doméstica;
administração da família e do lar
1. Finanças Pessoais 2. Educação Financeira
3. Livros eletrônicos i. Título.
_____________________________________________
Pode até parecer que sair das dívidas e gastar mais no processo seja algo
impossível, mas eu garanto que é isso mesmo que este livro vai ensinar, a
pagar suas dívidas gastando mais.
E acrescento que vai gastar mais e mais à medida que suas dívidas vão
sendo pagas.
Ah, e não pode ser de outro jeito. Se por um acaso você não gastar mais,
ou seja, deixar de aumentar sua qualidade de vida no processo, pode ser
que o que eu ensino aqui não funcione tão bem.
Mas, antes, preciso que entenda algumas coisas.
Quando falamos de dinheiro, existem basicamente três tipos de pessoas,
então me diga:
Em qual delas você se encaixa (mais frequentemente)?
1. Você paga todas as suas contas e depois tem que decidir o que fazer
com o monte de dinheiro que sobrou.
2. Você paga suas contas, incluindo as do mês, e o dinheiro acaba
totalmente. Não sobra nada, mas também não faz dívidas.
3. Você recebe o dinheiro e tem que decidir quais contas pagar e com
quanto vai poder viver o mês, quais contas vai jogar pra frente e o
que tem que cortar para passar um mês digno. Às vezes, parcela as
coisas ou pega dinheiro emprestado no banco ou com amigos,
fazendo dívidas.
Se você se encaixa no primeiro exemplo e não conhece ninguém que se
enquadra nos demais, não precisa continuar a leitura, vá buscar
aconselhamento sobre investimentos (se já não o faz) e tudo de bom para
você.
Mas se você conhece alguém que se encontra nos casos 2 e 3 e quer
ajudá-lo, ou se é você mesmo, neste livro você vai aprender os 3 passos
para acabar com esse estilo de vida e, enfim, transformá-lo no tipo 1.
Só tem uma regra básica, que é INEGOCIÁVEL, e esta regra é:
Isso mesmo.
Sair cortando um monte de coisa, de qualquer jeito, dobrar a quantidade
de trabalho, se afastar da família e coisas assim são proibidas.
Sabe por quê?
Porque não funciona. Ao menos não para a maioria das pessoas e sem
alguns danos colaterais, às vezes irreversíveis.
Você provavelmente já tentou – ou conhece alguém que tentou – entrar
em uma dieta ou entrar para a academia e, no momento que ele ou ela
decidiu fazer isso, estava convencido e determinado a realizar seus sonhos
de emagrecer ou ficar mais forte ou saudável. Aí a pessoa passou a ir 5x
por semana na academia ou cortou de vez alguma coisa na alimentação,
como açúcares ou carboidratos.
Quanto tempo durou?
As chances são que apenas um ou outro, que são a exceção, conseguem
se manter em algo tão radical assim.
Nas finanças é a mesma coisa.
Nada radical, nem que afete demais o nosso padrão de vida ou de nossa
família, tende a funcionar no longo prazo, pois o nosso dia a dia passa a
ser um martírio sem fim. Em pouco tempo temos a tendência de jogar a
culpa por nossa infelicidade no dinheiro (ou na falta dele) e na decisão de
mudar de vida.
Com isso, muitas vezes, ficamos meio revoltados e acabamos fazendo pior
do que antes e estragando tudo o que construímos (quantas dietas não
acabam em um saboroso rodízio de pizza?).
Então é importante saber que radicalizar não funciona para a maioria,
nada de sair vendendo tudo em casa ou cortar o cineminha do final de
semana. Combinado?
Então, vamos ao que interessa?
Você quer ser dono do seu dinheiro?
Que tal se fosse você a dizer ao seu dinheiro o que você quer que ele
compre para você, em vez de ele dizer o que você pode ou não comprar?
Não seja escravo de seu próprio dinheiro.
Sabendo que para mim a qualidade de vida é algo inegociável, você não
tem nada a perder colocando em prática o que vou ensinar, certo? E ainda
tem a chance de acabar com todas as suas dívidas!
Aplique com afinco os 3 passos que vou apresentar a seguir e a sua vida e
de sua família irão melhorar de uma maneira que você nunca imaginou.
Ah. Antes de começar, vou pedir um favor. Importantíssimo.
Pense em aproximadamente quanto você ganha por mês (no total!) e
multiplique esse valor por 50.
Pronto?
Com esse número em mente, imagine um bem de consumo (pode ser uma
viagem, ok?) que custe próximo desse valor e que você gostaria muito de
ter. Pode ser um carro, uma casa, montar seu próprio escritório ou
consultório, uma viagem pelo mundo ou algo assim. Se quiser aumentar
um pouco para chegar no que deseja, está tudo bem.
Agora entre no Google e baixe uma imagem que represente isto que você
quer. Faça dessa foto o fundo de tela de seu computador, do celular,
imprima e cole na parede de casa ou use sua criatividade. O importante é
que esteja em um local que você possa olhar para isso todos os dias.
O meu foi um extrato de minha conta bancária que alterei no Paint para o
valor que eu queria ter, aí imprimi e colei na parede do escritório.
Agora preste bem atenção no que vou dizer: Cada vez que você olhar para
essa imagem, imagine-se realizando seu objetivo. O que as pessoas
estarão dizendo, o que você estará vendo, como estará se sentindo.
Imagine tudo, quanto mais detalhes, melhor.
Dá uma sensação muito boa, não é?
Cada vez que fizer isso, que vivenciar a experiência em sua mente, você
estará se aproximando de seu objetivo. Use isso a seu favor. Funciona.
E, antes de começarmos, saiba que:
Então, parabéns! Você já está no caminho sucesso, pois decidiu mudar sua
vida para melhor.
Dito isso, podemos voltar ao método.
Vamos lá?
CAP 2 - PASSO Nº 1: PREPARE-SE
Diagnóstica; e
Planejamento.
2.1 DIAGNÓSTICA
Não tem jeito de um médico receitar um remédio sem saber a gravidade
do seu problema, não é mesmo? Sendo assim, é necessário verificar o seu
estado financeiro atual antes de montar o planejamento.
Seria incrível se eu pudesse estar aí do seu lado para fazermos juntos, mas
estabeleci pra mim a missão de ajudar o maior número de pessoas
possível, guiando-as para fora do poço das dívidas de uma vez por todas. E
foi por isso, para que eu pudesse chegar a mais e mais gente, que resolvi
escrever este livro, o que, por outro lado, me impede de pegar caso a caso
para analisar.
Mas está tudo bem! Pode ter certeza que darei o meu melhor para que
você construa seu próprio diagnóstico, e se orgulhe de tê-lo feito
sozinho(a)!
Sei o quanto é chato ter que ficar levantando gastos, já que na minha
jornada pessoal já passei por isso diversas vezes. A boa notícia é que, em
certo ponto, descobri que essa parte não precisa ser tão trabalhosa
quanto falam por aí.
Embora funcione para algumas pessoas, não é necessário anotar tudo o
que se gasta no dia a dia, até mesmo porque quando você passa a anotar,
inconscientemente você acaba cortando alguns gastos, pois sua percepção
deles melhora.
Obs.: Sem tornar isso um martírio, essa técnica pode ajudar a
acelerar o processo, mas só depois que a execução já estiver rolando, ok?
#FicaaDica
O que você precisa nesta primeira fase é ter uma ideia aproximada de
seus gastos mensais. Com o tempo, você mesmo vai fazendo os ajustes
que precisar.
Sendo assim, por uma única vez, ou em “uma sentada só”, vai ser
necessário que você separe um tempinho para dar uma olhada nos meses
que passaram e o quanto você tem gastado.
Mas não desanime, vou demonstrar o passo a passo para tornar essa
parte a mais tranquila e rápida possível. Além disso, se imagine lá na
frente, daqui a alguns meses, sem ter que ficar fazendo essas contas e
poder jantar em um lugar fino, sem se preocupar em olhar o preço. Ou
conquistando aquele objetivo que você escolheu agora a pouco. Vale a
pena, não é mesmo?
E, aproveitando o gancho, aqui vai o motivo pelo qual todo educador
financeiro sempre pede para que se levante estes gastos:
Tudo bem, se você não usa nenhum dos dois, a primeira coisa a fazer é
levantar quanto você recebeu nos últimos 3 meses, sua renda mesmo, ou
salário, além de alguns extras que podem ter aparecido. Anote em algum
lugar e aguarde que já voltamos neste valor.
Depois, é levantar os gastos mesmo, um a um. Comece pelas coisas
maiores que você adquiriu (vai anotando tudo em uma folha ou no
computador mesmo, sem se preocupar em separar nada), consulte sua
família ou colegas que moram junto se for o caso.
Você comprou alguma geladeira, fogão, TV, celular?
Dê uma volta pela casa e saia abrindo os armários para tentar se lembrar
(com papel e caneta na mão) e à medida que for anotando, vá colocando
os valores também (aproximado mesmo). Mas lembre-se, apenas de 3
meses atrás, ok?
Depois, tente se lembrar se fez alguma consulta ou alguma viagem, algum
passeio maior ou algo assim, se foi ao clube, ao parque e gastou alguma
coisa lá, a algum show, teatro, cinema ou evento.
Anote agora suas despesas fixas mensais. Contas de água, luz, gás,
condomínio, aluguel, parcelas do carro, seguros, e etc. Anote o valor de
uma parcela e multiplique por 3.
Tente se lembrar agora das parcelas de empréstimos que pode ter feito
com banco ou pessoas e o motivo de cada uma delas.
E imprevistos? Consegue se lembrar de algum imprevisto que tenha
ocorrido há pouco tempo? Neste caso, pode considerar até uns seis meses
para trás.
Agora que anotou tudo o que lembrou, está na hora de determinar
aqueles gastos menores, mais difíceis de recordar.
Para fazer isso, compare os valores que você gastou (total) com o que
você recebeu (nesses 3 meses) e com o que tem hoje.
O valor que sobrar será o que você usou para gastos menores.
Faça assim:
IMPREVISTOS (EMG)
Não tem jeito. De uma forma ou de outra todos nós acabamos passando
por imprevistos (ou emergências) no nosso dia a dia.
É claro que um imprevisto nem sempre é uma emergência, mas de modo
geral a forma como lidamos com essas situações é semelhante, então
pode colocar tudo aqui.
Anote aqui o valor total dos imprevistos que ocorreram em sua vida nos
últimos 6 meses. Isso mesmo, SEIS meses. Para ser mais efetivo é
importante a gente olhar um pouco mais para trás quando nos
preparamos para essa parte.
Anote o valor total que encontrar, somando tudo dos seis meses, e depois
divida por seis. Essa é a média mensal que você deverá considerar.
Exemplos: Defeito no carro, internação no hospital, furo de pneu, defeito
no computador ou celular, problema de saúde que gerou uma consulta
inesperada, compra de remédios mais caros e etc.
EMPRÉSTIMOS (EMPR)
Se você fez algum empréstimo, escreva aqui o valor da parcela, seja com
outras pessoas ou com bancos.
Escreva também o motivo que o levou a realizar o empréstimo: Foi porque
o dinheiro não deu para pagar as contas do mês? Foi para investir em
alguma coisa, como um novo negócio? Ou porque os juros estavam mais
baratos do que um financiamento/cheque especial?
Após enumerar os empréstimos, dê uma nota de 1 a 4 para cada um,
considerando a nota 1 para um credor tranquilo que não te dá dor de
cabeça e 4 para credores que tornam sua vida um inferno, ou que você
mesmo não aguenta mais a dívida.
Mais para frente a gente vai usar tudo isso para montar sua estratégia.
Situação 1
Imagina que você acrescenta uma despesa mensal fixa de R$ 100,00 reais
e a chama de “fundo de reserva” ou “reserva de emergência” (é bem
possível que já tenha ouvido falar dela). E vai pagando todo mês.
Acontece que ela não é uma despesa imediata e, na verdade, você está
guardando este dinheiro em algum lugar¹. Depois de 10 meses, você terá
R$ 1.000,00 reais guardados (ou mais se guardou onde sugeri) no fundo
de reserva.
Eis que, em algum momento, seu celular cai na piscina. E o pior, você usa
muito o aparelho e suas diversas funções para trabalhar, não tem como
ficar sem.
O que fazer?
Ora, mal sabia você que nos últimos meses a sua despesa chamada “fundo
de reserva” era na verdade “celular novo”. Então você saca o dinheiro,
compra um celular e Paga à Vista.
Ou seja, neste caso, você já estava preparado para uma ocorrência assim e
o que antes seria um imprevisto tornou-se uma despesa que você pagou
antecipadamente.
Situação 2
A mesma situação anterior, mas, neste caso, você não poupou nada.
Se o seu celular cai na água e você precisa de um novo para trabalhar, mas
não tem nada poupado. O que você faz?
Uma dívida.
Se você realmente precisa do aparelho (e nada de errado com isso), vai ter
que pegar um empréstimo ou parcelar em várias vezes para conseguir um
celular novo. O que vai afetar seu bem mais precioso: sua qualidade de
vida.
É por isso que quando não tratamos os imprevistos como despesas eles
acabam virando dívidas e estas são justamente o que queremos evitar.
Mais à frente, no Passo 2, vou ensinar direitinho como montar esse fundo
de reserva, de forma que caiba no seu bolso e, ao mesmo tempo, faça
com que você evite fazer novas dívidas no futuro.
Se você tem mais alguma dúvida a respeito da diferença entre dívidas e despesas mande um
e-mail para edumendes@pagueavistaedu.com.br, terei o maior prazer em responder!
Certo.
Uma vez que você entendeu essa diferença, classifique cada item de sua
lista de custos em DESPESA ou DÍVIDA (na planilha que disponibilizei tem
uma coluna só para isso).
Feito? Ótimo.
Então o levantamento de seu custo de vida já está terminado, vamos
agora à próxima pergunta:
Agora é a hora de descobrir como está sua saúde financeira atual, ou seja,
estabelecer seu diagnóstico.
Se estiver utilizando a planilha, o diagnóstico será dado automaticamente
na aba “DIAGNÓSTICO”. É o quadro escrito “Diagnóstico hoje”.
Atenção: Nesta aba, não altere nada. Todas as informações são
automáticas.
Caso esteja fazendo por conta própria, não tem problema, siga os passos
abaixo:
1. Subtraia o custo mensal de sua renda mensal (Renda - Custo = Saldo), e
encontre o saldo mensal;
Exemplo 1:
Sua renda é de R$ 2.500,00 e seu Custo deu R$ 1.950,00. Então seu saldo é de R$ 550,00:
Exemplo 2:
Sua renda é de R$ 1.700,00 e seu Custo deu R$ 1.500,00. Então seu saldo é de R$ 200,00:
Exemplo 3:
Sua renda é de R$ 4.000,00 e seu Custo deu R$ 4300,00. Então seu saldo é de - R$ 300,00
(negativo):
Saldo (R$ 550,00) é positivo e maior que 20 % da renda (R$ 500,00), então o diagnóstico é
BOM.
Exemplo 2:
Saldo (R$ 200,00) é positivo e menor que 20 % da renda (R$ 340,00), então o diagnóstico é
PEQUENOS AJUSTES.
3. Se seu saldo deu menor que zero então seu diagnóstico é NECESSITA
ATENÇÃO.
Exemplo 3:
Uma vez que sua saúde financeira foi diagnosticada, é possível iniciar os
preparativos para o “tratamento”.
Na próxima fase, daremos início a um Planejamento financeiro voltado
exclusivamente para sua libertação das dívidas. Vale ressaltar que este é
apenas um dos passos (mas talvez o mais importante para os endividados)
de um planejamento financeiro completo, onde diversas outras áreas são
consideradas e outros grandes objetivos, como a liberdade financeira, são
contemplados.
Mesmo assim, assumo um compromisso com você. O de apresentar um
planejamento consistente e com um método de simples entendimento e
aplicação.
E de ensinar como executá-lo da melhor maneira possível.
Está pronto?
2.2 PLANEJAMENTO
As coisas começam a ficar cada vez mais interessantes!
A partir de seu diagnóstico, vamos traçar um planejamento para que você
melhore sua situação financeira na velocidade que você desejar.
Aí você deve se perguntar.
Exemplo 2:
Considerando um saldo de R$ 200,00 e o valor de R$ 340,00 como 20% da renda, então basta
fazer:
Sendo assim você tem que economizar R$ 140,00 para seu diagnóstico ficar BOM.
Exemplo 3:
Considerando um saldo de - R$ 300,00 e o valor de R$ 800,00 como 20% da renda, então basta
fazer:
Sendo assim você tem que economizar R$ 1.100,00 para seu diagnóstico ficar BOM.
Guarde esse valor que você encontrou e leia atentamente o que vou
explicar a seguir, pois esta parte é o coração de todo o processo.
O objetivo desta etapa é tornar seu diagnóstico BOM, pois sem isso você
não terá a paz para construir seu futuro rico, nem ter a tranquilidade
necessária para superar os desafios do dia a dia.
Um dos grandes obstáculos que impedem as pessoas de pensar
claramente e solucionar seus problemas é não pensar no longo prazo ou
não enxergar a situação de uma maneira mais geral, com uma visão macro
de sua própria vida. Com isso, elas acabam focando apenas nos problemas
que vão surgindo e não conseguem perceber que a solução está fora dali.
Diante do abismo, só olham para baixo e não percebem que, às vezes, é
necessário recuar um pouco para ganhar o impulso necessário para o salto
que os levará para o outro lado, onde um novo mundo os aguarda.
Estou dizendo isso, porque você vai perceber que o que vou pedir a seguir
pode parecer ousado, ou mesmo errado, mas não é. Você mesmo pode
tirar um tempo e buscar o que outros especialistas em finanças estão
dizendo e perceberá que, muitas vezes, essa é a única saída.
E digo mais, acredito fielmente que esta é a MELHOR saída. Porque
permite a cada um que se recupere com dignidade e qualidade de vida
para si e para sua família. Você vai ver.
Então vamos ao que interessa.
Em um exercício anterior você selecionou o que é despesa e o que é
dívida, certo?
Agora, peço que escreva em um local reservado apenas aquilo que você
considerou como dívidas. Se está utilizando a planilha, basta copiar as
dívidas para a aba “Dívidas” e preencher as demais colunas com as
informações necessárias (menos a última – “FICA PRA DEPOIS?”).
Ah, caso tenha conseguido baixar alguma parcela no passo anterior, anote
o valor da parcela ajustada nesta lista de dívidas, ok?
Abaixo eu explico o que cada coluna deve ter, caso queira fazer em
separado:
CREDOR: Para quem você tem que pagar? Banco? Conhecido? Loja
específica?
NÍVEL DE CHATICE: De 1 a 4 qual o nível de chatice desse credor? Coloque
4 (utilizado normalmente para empréstimos pessoais com conhecidos que
ficam cobrando o tempo todo). Já se ele ou ela não é tão chato, deixe 1
(normalmente usado para bancos ou empresas).
VALOR DA PARCELA: Qual o valor que você paga todo mês? (anote o valor
ajustado, caso tenha conseguido negociar o valor das parcelas, ok?).
DATA DE VENCIMENTO: Qual a data da última parcela? (Pode ser somente
o mês e ano).
DÉBITO TOTAL ATUALIZADO: Se você fosse quitar hoje essa dívida,
pagando tudo, quanto seria?
JUROS a.m. (ao mês): Se souber, coloca aqui os juros mensais em cima da
dívida, isso vai ajudar a escolher qual pagar primeiro.
FICA PRA DEPOIS?: (não preencha essa última por enquanto, vou explicar
a seguir).
Essa organização ficaria mais ou menos assim:
Agora que você enumerou suas dívidas, está na hora de olhar com carinho
pra cada uma delas e escolher aquela(s) que você irá temporariamente
deixar de pagar para que seu diagnóstico passe para BOM.
“Como assim Edu??? Eu quero honrar cada centavo que devo!”
E que nenhuma dívida deixaria de ser paga. Mas tudo a seu tempo.
Agora, respire fundo e preste atenção que eu vou explicar direitinho como
tudo funciona.
A primeira coisa a dizer é que eu admito: essa ideia não é minha. Diversos
especialistas em finanças pessoais também sabem que, às vezes, parar de
pagar algumas dívidas para dar aquela “arrumada em casa” é o melhor
caminho a se tomar. Eu não sei realmente quem pensou nisso primeiro,
mas sei que você pode pesquisar por aí que vai encontrar muitos autores
defendendo a mesma coisa. Sendo assim, se mesmo depois da minha
explicação abaixo você ainda não se convencer, fique à vontade para dar
uma olhada no Google. Tudo bem?
O próprio Flavio Augusto, um dos maiores empresários do Brasil (e do
mundo) e fundador da escola de inglês “Wise Up”, ressalta bem este tipo
de estratégia em um de seus podcasts do Geração de Valor.
Mas, sinceramente?
Depois que eu explicar tudo certinho, acho que você já vai ficar de boa.
Caso já não esteja, é claro.
Enfim.
A ideia de temporariamente deixar de pagar algumas dívidas – mesmo
que isso restrinja seu CPF por um tempo ou gere algumas cobranças mais
chatinhas – é baseado em uma coisa que você faz todos os dias.
E agora eu estou falando de tomar banho.
(Sem julgamentos se não é todo dia, ok?)
Quando você termina o banho, acredito que você desligue o chuveiro (ou
saia debaixo dele) antes de começar a se enxugar, certo? Acho que nós
dois sabemos que não seria muito prático se enxugar e se molhar ao
mesmo tempo.
Com as dívidas é a mesma coisa.
Para que você consiga se enxugar você tem que parar de se molhar.
As parcelas são como a água que não para de cair em sua cabeça,
enquanto, desesperadamente você tenta enxugar cada gotinha.
Assim que você desliga o chuveiro, mesmo com seu corpo ainda molhado,
você consegue ver mais facilmente a sua capacidade de se enxugar. Ou
seja, mantendo apenas aquelas parcelas que você sabe que consegue
pagar, é possível ter a cabeça mais tranquila, ir eliminando uma a uma e,
quando possível, voltar para aquelas que deixou pra trás.
Ficou claro?
Outra coisa, acho que você sabe que não dá pra viver tranquilo gastando a
mesma quantidade que se ganha. Qualquer coisinha fora do normal e
pronto: mais uma dívida.
Além do mais, estar tranquilo no dia a dia ajuda a pensar em melhores
soluções para as crises e a trabalhar melhor, aumentado a renda da
família e acelerando todo o processo. Já a preocupação e ansiedade, que
aparecem quando a gente tem mais parcelas no mês do que dinheiro
entrando, fazem exatamente o contrário, não nos deixam pensar direito e
atrapalham no trabalho e na renda.
Faz sentido, não é mesmo?
“Tá bem Edu, mas e aí? Como ficam as dívidas que eu vou deixar de
pagar? Elas vão aumentar cada vez mais com o tempo!”
É, vão mesmo.
“E meu CPF vai ficar com restrição nas agências de proteção ao crédito!”
Vão também. Provavelmente.
Maria, sua esposa, não está trabalhando, pois, desde que teve o
garotinho, se dedicou a cuidar dele e ainda não conseguiu voltar
ao mercado de trabalho.
Sem contar as vezes que nem dava pra pagar a fatura toda e
ficava uma parte (com juros) para o mês seguinte.
Mas o Zé, homem honrado e correto, sempre fez tudo o que pôde
para pagar suas dívidas e, de uma forma ou de outra, sempre
conseguia pagar as parcelas principais. Outras dívidas acabavam
se acumulando, mas, de vez em quando, vinha uma parcela do 13º,
um saque de FGTS ou alguma graninha extra que aparecia, e o Zé
conseguia colocar as contas todas em dia (ou quase todas).
Atualmente, sempre que o salário cai na conta ele leva sua família
para passear, comer fora ou algo assim. Às vezes ele vai visitar a
sogra e, além de deixar a esposa feliz, as crianças conseguem ver
a avó que mora em outra cidade.
Ah, e não vai achando que o José e a Maria são acomodados não!
Eles sempre buscam melhorar de vida, com disciplina e dedicação.
Vou te explicar agora como você deve fazer para “deixar para depois”
algumas parcelas.
Voltemos à sua relação de dívidas.
Neste ponto você já deve ter separado cada uma, com o valor das
parcelas, as datas de vencimento, o nível de chatice do credor e, se
possível, os juros ao mês.
Então este é o momento de olhar para as parcelas e decidir qual você vai
cortar.
Lembra quando você calculou a economia que tinha que fazer para ficar
com o diagnóstico BOM? Faça uma comparação com as parcelas e veja
quantas delas você tem que “deixar para depois” pra conseguir fazer essa
economia mensal.
Agora é com você. Leve em consideração o nível de chatice do credor (se o
cara é muito chato às vezes não deixar de pagá-lo pode fazer mal para sua
qualidade de vida), o valor da parcela, o quanto uma ou outra irá afetar
sua restrição de crédito e essas coisas.
Se você está bem enrolado com cartão de crédito e cheque especial,
deixar essas dívidas para depois é uma boa opção, pois como os juros
delas crescem muito rápido, ficar todo mês tentando pagá-las consome
muito um dinheiro que podia estar sendo usado melhor, na sua situação
atual.
Essa é a hora de preencher a última coluna da planilha, caso esteja
usando. Nela você vai ver em “Diagnóstico Final” se as parcelas que você
deixou para depois foram suficientes para ficar com o diagnóstico BOM.
Então fique à vontade de mexer na planilha até conseguir uma situação
satisfatória.
Mas não tenha medo! Vá fundo e escolha logo.
Como toda transformação na vida, nós temos que ter coragem de agir se
quisermos ter um futuro melhor.
Pronto?
A partir de agora vamos considerar que as dívidas que foram deixadas
para “depois” não existem, tudo bem? Imagine que sua saúde financeira
está ótima, seu diagnóstico está BOM e você pode usufruir de uma vida
relativamente tranquila. Perceba que você é capaz de encarar sua próxima
jornada para acabar com as dívidas que ainda restam com paz e qualidade
de vida.
Se em algum momento a lembrança das parcelas “esquecidas” surgirem,
não tente expulsar os pensamentos.
Isso é muito importante.
Apenas feche seus olhos, respire fundo e diga para sua mente: “Obrigado
pela lembrança, eu aceito esses débitos e reconheço que quitarei cada um
deles quando for a hora.”
E siga normalmente em sua vida. Repita isso quantas vezes forem
necessárias, mas evite simplesmente tentar tirá-los da cabeça, isso só
piora as coisas.
E aí? Tudo certo?
Estamos praticamente acabando essa fase.
Eu sei que deu um pouquinho de trabalho, mas vai valer a pena, pode ter
certeza. Daqui por diante essa parte de contas e planilhas vai ficar bem
tranquila e a parte prática vai começar.
Motivado a resolver, de uma vez por todas, seus problemas financeiros?
Vamos então para a próxima e última etapa da fase de preparação.
Essa é bem rápida, já que o trabalho maior já passou.
O que temos que fazer agora é selecionar com quais dívidas você acabar
primeiro.
Mas acabar de vez, pagar o montante total e eliminar as parcelas.
Então dê uma olhada nas dívidas que “continuam” e coloque um número
depois da última coluna que indique a ordem com que você gostaria que
aquela dívida desaparece de sua vida primeiro.
Vou dar umas dicas de como fazer isso, mas lembre-se que é sua vida,
então você é a melhor pessoa pra decidir sobre ela.
Pelo lado financeiro, o melhor seria começar pelas dívidas de maior juros,
pois estão consumindo mais rápido seu dinheiro. Por isso pedi para
colocar os juros também, caso soubesse.
Pelo lado da qualidade de vida, pagar aquelas que o credor tem um alto
nível de chatice seria ideal, por que aí a pessoa para de azucrinar sua vida.
E ainda tem o lado psicológico. Que seria o de ir eliminando as dívidas
mais rapidamente, ou seja, escolhendo aquelas que o montante é menor.
Se para você não tem nenhuma diferença entre uma e outra, então eu
aconselho a começar pelas que tem o montante menor. Só o fato de você
ir riscando dívida após dívida da lista vai fortalecer a crença em seu
próprio poder de transformar sua vida e a de sua família. Então vai fundo!
Muito bem. O que vamos fazer agora é quase mais um clichê do mundo
das finanças.
Eu digo “quase” porque praticamente todo mundo já ouviu falar do
“fundo de emergência” ou “fundo de reserva”, mas até hoje não ouvi
ninguém falando de um “fundo para dívidas”. Esse é criação minha
mesmo e tem uma importância gigantesca no processo.
E é isso que vamos fazer agora, montar um Fundo de Reserva e um Fundo
para Dívidas.
Mas, antes, queria falar um pouquinho sobre cada um deles. Afinal, sair
fazendo as coisas sem saber o motivo pode acabar nos desmotivando, não
é mesmo?
Então vamos lá.
FUNDO DE RESERVA
Certa vez minha nutricionista e amiga me disse que não era legal usar a
palavra “emergência” para esse fundo, pois dava a impressão que
estávamos “aguardando algo de ruim acontecer”. E, de fato, essa é uma
das premissas da PNL (programação neurolinguística), importante
ferramenta que nos ajuda a entender como nossa mente funciona.
Aceitando a sugestão, decidi adotar o nome de Fundo de Reserva. Então
vamos chamar assim daqui por diante, tudo bem?
O Fundo de Reserva tem somente uma missão.
Ótima pergunta!
E a resposta é não, você não vai precisar colocar dinheiro no fundo para
sempre.
Mas tem um valor mágico que você deve buscar e eu vou ensinar agora
como fazer isso.
Pensa comigo, já que o Fundo de Reserva é para cobrir imprevistos e
emergências, o ideal é que ele seja capaz de nos ajudar na pior situação
possível*.
*neste caso não estou falando de doenças terminais ou morte, ok? Para
isso existem os seguros, dos quais já falamos lá atrás, quando definimos
despesas essenciais. 😉
Sendo assim, entende-se que a maior catástrofe financeira seria você ficar
incapaz de gerar renda. Neste caso, a menos que você já tenha
investimentos cujos retornos já consigam sustentar todas as suas
despesas (nosso objetivo de vida!) então estamos falando de não poder
mais trabalhar ou perder o emprego.
Se você é autônomo ou profissional liberal, uma gripe, pé quebrado, carro
roubado (para motoristas de aplicativo, por exemplo) ou coisas assim, já
são suficientes para afetar sua capacidade de fazer dinheiro.
Se você é empregado, o pior seria ser despedido, ainda mais sem o seguro
desemprego.
Pensando nisso, a primeira coisa a se fazer para determinar o valor do
Fundo de Reserva é avaliar as chances de você ficar sem renda.
De modo geral, esse valor vai variar entre 3x (três vezes) NO MÍNIMO, ou
de 9x (nove vezes) o seu custo mensal total (algumas pessoas fazem de
até 12 meses).
Se você é autônomo ou não tem nenhum tipo de estabilidade no
emprego, então sugiro de 6x a 9x. Com isso, caso aconteça alguma coisa,
você estará com dinheiro suficiente para se sustentar (e à sua família) por
pelo menos 6 meses.
E sabe o que é o mais importante disso?
Não tem coisa pior do que ter que sair procurando emprego, ou se
desesperar atrás de clientes, sem um tostão no bolso. Muitas vezes com a
família em casa precisando.
Então não se desfaça da importância do Fundo de Reserva, pois nada tem
valor maior que a paz de uma família. Dormir tranquilo à noite, sabendo
que ainda tem alguns meses para achar uma solução para o problema que
está passando.
Vejamos uma outra situação.
Os concursados devem também atentar para seu nível de estabilidade. Se
é daqueles funcionários públicos por exemplo com estabilidade
assegurada, não tem por quê focar tanto em formar um Fundo de Reserva
de 9x. A princípio, as 3x bastam, e seu raciocínio seria mais com
emergências mesmo (como um carro quebrado, celular na piscina e etc.)
do que efetivamente com a demissão, pois é improvável que sejam
demitidos.
Sinta-se livre para adaptar da melhor maneira que julgar, é seu futuro e
sua vida, mas não escolha menos do que 3x, ok?
Então é isso aí. Defina o teto de seu Fundo de Reserva e quando atingi-lo,
parabéns! Você vai ver como sua vida passará a ficar mais tranquila.
Além disso, depois que chegar no valor calculado, você vai dar outro
destino para o valor que você colocava todo mês nesse fundo.
Minha sugestão é que, depois que atingir o teto definido para o Fundo de
Reserva, você pegue 80% do valor que costumava depositar nesse fundo e
passe a colocar no Fundo de Dívidas, assim, vai acelerar ainda mais seu
processo de melhoramento da vida financeira.
E os 20%?
Melhore sua qualidade de vida!
Passe a ir ao cinema uma vez a mais por mês, vá jantar fora mais vezes,
junte com o de outro mês e faça uma visita a um ente querido... você que
manda.
Só não aconselho usar para pagar contas. É importante que você sinta na
pele a recompensa pela disciplina de ter conseguido completar seu Fundo
de Reserva.
Se, por um acaso, precisar usar o dinheiro em caso de emergência, use
sem pestanejar. Depois volte a repor da mesma forma que fazia antes.
“Hãã??”
Continuando...
Certo, agora que apresentamos esses dois fundos, vamos falar em como
montamos cada um deles.
Olha, tenho que deixar claro que o que vou apresentar abaixo é uma
sugestão, a partir dela você pode ajustar conforme achar melhor para sua
vida.
Lembra do seu diagnóstico BOM?
Lembra que nele seu saldo ficou 20% acima de suas despesas totais?
É justamente essa margem que vamos usar aqui.
A partir de agora, TODO MÊS, você vai pegar 10% e colocar no Fundo de
Reserva e 10% no Fundo para Dívidas.
Agora não tem desculpas de dizer que “não sobra nada no fim do mês.”
Você já contabilizou horas de lazer, manteve sua qualidade de vida e
separou com cautela as contas que deverão ser pagas só “depois”.
Está tudo certinho e estão “sobrando” 20% todos os meses.
“Edu, e se algum mês alguma conta vier mais alta, como você disse?”
Situação 1:
1. As despesas de José chegam a R$ 2.200,00.
Nesse caso, ele coloca os mesmos R$ 300,00 no Fundo de Reserva.
Depois paga suas despesas, restando R$ 100,00.
Por fim, José deposita os R$ 100,00 restantes no Fundo para Dívidas.
Situação 2:
2. As Despesas de José chegam a R$ 2.550,00.
Então ele paga suas despesas e coloca os R$ 50,00 que sobraram no Fundo
de Reserva.
Situação 3:
3. As Despesas de José passam de R$ 2.600,00.
Nesse caso, ele deve usar o saldo do Fundo de Reserva para pagar o que
passou.
Somente neste último caso que você usa o Fundo de Reservas antes do
Fundo para Dívidas.
Situação 4:
4. José recebeu um bônus no trabalho (ou atendeu mais clientes no mês)
e sua renda chegou a R$ 3.100,00, ou seja, ele teve um bônus total de R$
500,00, certo?
Nesse caso, ele pegou 300 reais e distribui igualmente entre os 2 fundos,
ou seja, 150 reais em cada.
Depois ele pegou os outros 200 reais e levou a esposa e as crianças para
um jantar especial em família. Em comemoração à nova vida que estão
criando para si mesmos.
“Como assim?”
Não. Como toda regra, essa de “caducar” também tem suas exceções.
Vou citar aqui as duas principais. Se tiver mais alguma dúvida, sugiro
procurar mesmo um advogado que ele vai explicar melhor do que eu essas
questões jurídicas. Mas vamos lá.
A primeira é relativa ao FIES, o Fundo de Financiamento Estudantil. Aquele
programa que ajuda no financiamento da faculdade. (Se não conhece, mas
se interessou, entra no site http://sisfiesportal.mec.gov.br/?pagina=fies, e
considere isso um INVESTIMENTO, pois a rentabilidade do conhecimento é
a maior que existe!).
Bem, como o FIES é um programa bem diferente dos financiamentos mais
comuns, caso a pessoa não consiga pagar as parcelas – cobradas depois
que ela se forma – mesmo que passem os 5 anos ela não terá os
benefícios de ter seu CPF “limpo”, como costumamos dizer.
Não significa também que isso é para sempre, mas as regras são um pouco
diferentes e é bom ter isso em mente. Então, fique ligado!
A segunda é quanto à Dívida Ativa da União. Existem alguns casos em que
depois de 5 a 10 anos a dívida realmente prescreve (deixa de existir).
Sendo assim, se você tem alguma dívida que se encaixa aqui, procure um
advogado e pergunte a ele se é o seu caso.
Você está prestes a tomar um rumo que talvez há muito tempo já tenha
sonhado. Isso significa que, quer queira quer não, sua vida vai mudar.
Para melhor é claro, mas vai mudar.
E temos que tomar muito cuidado com isso, porque mesmo sabendo que
a mudança é boa, nossa mente tende a querer a voltar para o padrão
inicial. Sério mesmo.
Livros famosos como “Pai Rico e Pai Pobre” de Robert Kiyosaki, “Os
segredos da mente milionária” de T. Harv Eker, “Pense e Enriqueça” de
Napoleon Hill, “Dinheiro: Os segredos de quem tem” de Gustavo Cerbasi,
e muitos outros, falam bastante sobre esse assunto: a importância que
temos que dar à postura mental quando decidimos transformar nossa vida
financeira.
No livro altamente científico sobre psicologia econômica “A mente acima
do dinheiro” os autores Brad Klontz e Ted Klontz apresentam diversos
casos de pessoas que conseguiram alcançar uma condição de vida melhor
e acabaram voltando aos poucos para a situação anterior.
Mas não pretendo deixar que isso aconteça com você!
Abaixo vou dar algumas sugestões, dicas e conselhos para que você possa
ir se adaptando melhor à medida que sua vida vai evoluindo.
Lembre-se:
A criação de mantras que ajudam a não ter recaídas pode ser bem
útil. Um exemplo prático é você se programar a pensar em PERIGO
sempre que a grasse “eu mereço” lhe vier à mente. Analise que tipo de
pensamento vem à sua cabeça quando você está prestes a fazer uma
compra por impulso ou alguma besteira financeira. Depois repita na sua
cabeça a frase, seguido da palavra perigo. Em seguida, feche os olhos,
visualize seu objetivo de vida e abra um sorriso pela vitória de controlar a
si mesmo.
Muitas vezes podemos ficar frustrados pelo “tanto de coisa que a
gente queria fazer com dinheiro”. Não ceda a este tipo de pensamento.
Nem tudo é dinheiro. Quando este sentimento lhe vier à mente,
redirecione seu pensamento para suas relações pessoais, seus amigos,
família, parceiro(a), companheiros de trabalho e etc. Tem muito mais aí do
que somente dinheiro. Seja criativo e aprenda a curtir o bom da vida.
Com o tempo você vai perceber que isso tem ainda mais valor do que
qualquer coisa que você poderá comprar.
Perceba-se crescendo e as coisas em volta também. As pessoas irão
lhe elogiar, mas também criticar, pois você estará diferente. Aceite as
mudanças! Imagine-se sem problemas financeiros, todo dia, e mesmo
assim economizando, pensando no futuro e em sua família. Aprenda a
usar o dinheiro com mais sabedoria e viva isso em sua mente, antes
mesmo que aconteça de verdade.
Adapte-se aos imprevistos, olhando sempre para frente. Nunca faça
comparações com o que aconteceu no passado. Visualize onde quer
chegar, ajuste o caminho planejado e execute aquilo que planejou.
Distribua seus conhecimentos e planos com sua família. É muito
difícil, ou talvez mais demorado, realizar uma transformação tão
importante sozinho(a), quando se tem cônjuge e/ou filhos. Recomendo
que leia este e-book uma primeira vez e, se possível, repasse para seu
cônjuge ler também. Faça o exercício do bem de consumo da 1ª parte com
os demais integrantes da família e permita que todos tenham alguma
participação no planejamento. Isso pode ser extremamente poderoso,
pois todos acabam se comprometendo uns com os outros e o resultado
chega ainda mais rápido.
Ajude os outros. Independentemente de explicações religiosas ou
quânticas, as pessoas de sucesso neste mundo sabem que ao ajudar
quem precisa, o universo inteiro conspira a seu favor. Não citei antes,
mas separe parte da economia para ajudar outras pessoas, e considere
isso um investimento. Depois repare nas coisas que dão certo em sua vida,
você verá por si mesmo o poder que isso tem.
Curta o caminho e comemore a cada vitória, aprenda a ser uma
pessoa mais feliz e com dinheiro no bolso. Quando você alcançar o que
almeja hoje, na verdade, estará iniciando uma nova jornada. Entenda que:
Pode parecer meio óbvio, mas quando traçamos um plano como este, às
vezes, acabamos fixando muito no planejamento e esquecemos de
“pensar fora da caixa”.
Este bônus é um exercício, que eu tenho certeza que, se fizer como eu
digo aqui, vai potencializar seus resultados.
Pronto?
Separe aí pelo menos uma hora do dia para fazer esse exercício. Pode ser
que demore mais, mas o resultado é fantástico.
Pegue uma folha de papel e uma caneta, de preferência azul.
Poder até pode, mas existe um certo consentimento entre vários Coaches
e profissionais de sucesso que acredita que quando escrevemos de
próprio punho, usando caneta azul de preferência, em uma folha de
papel, as coisas tendem a funcionar melhor. Não me pergunte quem disse
isso primeiro, mas foi algo que aprendi durante minha formação em
Coaching e já escutei alguns autores renomados ensinando.
A escolha é sua.
Preparado?
Agora você vai enumerar a folha de duas em duas linhas, de 1 a 50. Pode
usar frente e verso ou mais de uma folha se quiser.
Feito?
Agora você vai escrever 50 formas diferentes e possíveis para você de
ganhar mais dinheiro.
É isso aí!
As primeiras 10 vão aparecer logo, mas provavelmente terão um impacto
menor.
Entre as 25 e 35 já aparecerão soluções interessantes, mas as últimas 10,
estatisticamente, serão transformadoras.
Pode ser que essa estatística não funcione exatamente assim pra você,
mas garanto que boas ideias surgirão. Coisa que provavelmente você não
havia pensado antes simplesmente pelo motivo de não ter separado um
tempo para isso.
Acredite! Funciona!
Possivelmente 1h será pouco para a tarefa. Pode ser que 2 ou 3 dias, mas
separe de 30 a 60 minutos todos os dias, sem distrações, para se dedicar a
essa tarefa.
Muitas vezes não percebemos diversos tipos de soluções em nossa vida,
simplesmente porque na correria do dia a dia acabamos não dando a
devida atenção e dedicação a cada desafio que surge.
Essa técnica pode ser usada para praticamente qualquer problema que
apareça. E, normalmente, no final é que as melhores soluções costumam
aparecer. Dê o seu máximo!
E como isso vai acelerar o processo?
Descobrindo novas formas de ganhar dinheiro, seu saldo ficará ainda mais
positivo. A cada nova renda, faça exatamente como ensinei lá em cima,
dedique parte ao Fundos de Reserva e ao Fundo para Dívidas e o restante
para sua qualidade de vida.
Você verá que rapidamente vai alcançar os Valores-Objetivos e se tornará
dono do próprio dinheiro.
Agora o bônus do bônus.
Para não deixar o trabalho todo para você, vou deixar aqui uma estratégia
bem interessante para aumentar sua renda mensal. Seja você assalariado
ou autônomo.
Muitas vezes, queremos pedir aumento ou simplesmente aumentar o
preço de nossos produtos/serviços, e ficamos pensando em diversas
estratégias para isso, focando apenas em nós mesmos.
Convido você a enxergar essa situação de outra maneira, agora pela ótica
do seu chefe.
Se seu funcionário chega, “do nada”, e pede um aumento. Qual a chance
de isso realmente funcionar?
Confesso que, dependendo da situação, pode até dar certo, mas tem uma
forma de aumentar muito suas chances.
Passe a produzir mais. Entregue mais valor a ele. Faça mais do que é
pedido, sorria, mesmo que o dia não seja dos melhores. Mas não seja
falso, encontre dentro de em si uma razão.
Busque a motivação a cada dia no trabalho, agradeça por estar
empregado e pense em formas de melhorar os processos, os produtos, os
serviços, ou o que for no seu trabalho. Mostre para seu chefe que você
possui muito mais valor do que ele consegue enxergar. Mas faça isso do
fundo da alma, com integridade, imagine que se você fizer um trabalho
bem feito você merece ser recompensado. Não busque apenas “parecer
melhor”, seja melhor verdadeiramente.
E quando você mesmo perceber as mudanças que ocasionou no trabalho,
quando não tiver mais como negar o quanto você se destaca entre os
outros, quando todos perceberem a sua contribuição e importância no
local onde você está, aí sim, vá ao seu patrão e peça um aumento. Não só
sua confiança, mas toda a energia em volta de seus esforços e das pessoas
que o rodeiam farão com que seu patrão não tenha forças nem moral para
negar.
E caso ele negue, não desanime. Pode ter certeza, neste ponto, você terá
percebido o quanto você mesmo pode ser mais forte e melhor. Mantenha
o mesmo empenho e acredite na vida. Outras portas se abrirão.
Como diz o Coach dos Coaches:
Não tem como se destacar e ter sucesso fazendo a mesma coisa que todos
fazem. Você tem que fazer mais.
E se você é autônomo e seu produto é físico ou serviço, o raciocínio é o
mesmo.
Busque formas de melhorar seu produto, de agregar mais valor a ele. Faça
com que seu cliente perceba o quão importante e transformador aquele
produto pode ser pra vida dele. Atenda-o da melhor maneira possível,
demonstre que o que você está oferecendo é uma solução diferente de
todas as outras. Foque no atendimento e use sua criatividade (aplique o
exercício da lista dos 50) para melhorar cada vez mais aquilo que você
entrega.
Quando sentir que o que está fazendo é bem melhor do que antes, que
você mesmo evoluiu junto com seu produto. Aumente o preço. Cobre pelo
que está entregando.
Tudo isso fará muito mais que simplesmente aumentar sua renda. Você se
tornará uma pessoa cada vez mais confiante, mais conhecedora das
próprias qualidades e do poder que existe dentro de você.
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