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Reitor
Denio Rebello Arantes
Pró-Reitoria de Ensino
Pró-Reitora
Araceli Verónica Flores Nardy Ribeiro
P895
Práticas inovadoras: no contexto da Educação Básica / Rodrigo Ferreira
Rodrigues, Lauro Chagas e Sá (organizadores). -- Vitória: Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, 2017
97 p. : il. -- (Cadernos Pedagógicos Pibid/Ifes; 4)
ISBN: 978-85-93308-03-1
Assim esse texto e os que se seguirão são fruto de uma seleção entre os trabalhos
apresentados na VI Jornada de Iniciação à docência (JID) realizada anualmente pelo Pibid
Ifes e que no ano passado (2016) foram selecionados para compor este caderno e que
versaram sobre o tema norteador do evento “Práticas Inovadoras no contexto da Educação
Básica”
Este primeiro texto, como coordenador institucional, apresentarei alguns valores
importantes que fazem parte de nossa trajetória de planejamento, orientação e gestão para
implementação das ações que são realizadas pelos bolsistas e voluntários, que entendemos
são práticas inovadoras por cumprirem na prática o discurso presente na Educação Básica
e na formação docente.
Seguimos com o texto que serviu de referências da palestra principal da programação
do evento e em seguida os textos que foram selecionados, entre mais de 70 trabalhos
apresentados na VI JID.
Dessa forma buscamos favorecer a troca de saberes que se complementam, cada
pensamento se conectando a outro e, juntos formam-se novas ideias em uma rede que
levará a novas buscas, outras indagações e consequentemente novos saberes tecendo,
assim, uma teia de conhecimentos construída coletivamente. (MORIN, 2000)
Obviamente como sujeitos estamos cientes da integração das políticas públicas,
em particular às voltadas à educação que vão se tecendo e se enfrentando, resistindo e
lutando diariamente num eterno fazer-se como parte de um sistema (imbricados em outros
sistemas) que se voltam a tantos interesses que por vezes, faz-se necessário resgatar os
valores e princípios que orientam determinados projetos, como um mapa em que podemos
vislumbrar o trajeto já percorrido e caminhos possíveis a se dispor.
No Ifes percebemos que nossa missão institucional de favorecimento ao ensino,
à pesquisa e extensão 1de qualidade colocada à serviço da sociedade encontrava no
Pibid uma potência não só de nossa natureza institucional, mas um forte apelo social e
acadêmico de formação e representação que demandaram cada vez mais uma atuação
refletida e crítica sobre os tecidos que constituem essas redes e sistemas de educação.
Toda política pública, assim desenvolve-se à sociedade em forma de programas
e projetos, respectivamente, de forma planejada em sua execução, monitoramento e
avaliação, como o conceito mais abrangente da intervenção de um governo em vista de
atingir determinados objetivos (DRAIBE, 2001; BELLONI, 2007).
Política Pública é uma ação do gestor público intencional junto
à sociedade e que deve ser avaliada quanto à sua importância
e adaptação às demandas sociais do ponto de vista de sua
eficiência, eficácia e efetividade (BELLONI, p. 45).
1 LEI Nº 11.892, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências.
1. O conhecimento. O trabalho do professor consiste na construção de práticas
docentes que conduzam os alunos à aprendizagem do arcabouço cientifico e prático
construído pela cultura e vida humana, o conhecimento humano.
2. A cultura profissional. Ser professor buscando compreender os sentidos da
instituição escolar, integrar-se numa profissão que dialética e dialogicamente se
constitui com o outro desde o registro das práticas, a reflexão sobre o próprio fazer
são elementos centrais para o aperfeiçoamento e a inovação, rotinas que ampliam a
compreensão sobre a própria cultura profissional.
3. O ‘tacto’ pedagógico. Uma sensibilidade e, portanto, percepção que abrange
desde a capacidade de relação e de comunicação até a própria compreensão do ato
de ensinar, mas onde cabem a serenidade de quem é capaz de se dar ao respeito,
conquistando os alunos para o trabalho escolar, de conduzir alguém para outro
lugar de conhecimento em que as dimensões e papeis cruzam-se e entrecruzam-se,
inevitavelmente, com as dimensões pessoais.
4. O trabalho em equipe novos modos de ser docente sugerem retomadas de
dimensões e valores coletivos e colaborativos, do trabalho em equipe, da intervenção
conjunta e sistemática em favor de um objetivo comum no interior da escola, mas
também para além dela em torno de “comunidades de prática” no contexto de ações
pedagógicas e sociais que nos ligam a dinâmicas que vão para além das fronteiras
institucionais.
5. O compromisso social, ainda que possamos denomina-lo de diferentes maneiras
todos convergem no sentido de princípios e valores da dignidade, cidadania,
diversidade cultural e respeito que permita-ultrapassar fronteiras que, tantas vezes,
nos sãos impostos. Ir para além da escola, intervir no mundo, faz parte do ethos
profissional docente.
As experiências, portanto, a seguir apresentadas, não buscam construir uma visão
romântica ou saudosista de uma educação possível, apesar de ter colocado à margem as
dificuldades apresentadas e vividas pelos personagens reais que se viam em uma
tensão poderosa do currículo e da escola que precisava
transmitir conhecimentos e habilidades esperados pelas forças
poderosas das forças educacionais e políticas cujos interesses
são tudo menos democráticos (APPLE, 2005, p. 31)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APPLE, Michael, BEANE, James (org.). Escolas democráticas. São Paulo: Cortez, 2005.
APPLE, Michael. Ideologia e Currículo. Trad. Vinicius Figueira. 3ª. Edição. Porto Alegre:
Artmed, 2006.
BELLONI, Isaura; MAGALHAES, Heitor de; SOUSA, Luzia Costa de. Metodologia de
Avaliação de Políticas Públicas – Uma experiência em educação profissional. São Paulo:
Cortez, 2007.
Professor de Filosofia e Educação - Ifes Campus Cariacica com mestrado em Educação: Currículo e
doutorando em Educação. rodrigo.rodrigues@ifes.edu.br
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 11. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez
e Unesco. 2000.
12
PREFÁCIO
Apresentar a primeira publicação Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
docência (Pibid) no Instituto Federal de Ensino do Espírito Santo (Ifes) – Pibid-Ifes é um
desafio ao mesmo tempo fácil, mas também uma grande responsabilidade.
O Pibid-Ifes realiza de maneira ímpar a integração entre o ensino, a pesquisa e a
extensão, além de realizar aquilo que nos parece o mais difícil a teoria e prática pedagógica,
ou ainda, poderíamos entende-lo como prática da teoria apreendida ao longa da formação
inicial de qualidade realizada pelos bolsistas durante a graduação nas diversas licenciaturas
oferecidas pelo Ifes em todo o estado do Espírito Santo.
Também é um desafio de grande responsabilidade pois em diferentes funções
desempenhadas na gestão do Ifes desde o início do Pibid-Ifes (2009) pude acompanhar o
a progressão em favor da oferta de qualidade de educação pública, gratuita e para todos.
Entendemos também que, para além disso, é um programa de fomento e valorização
docente dos docentes da escola pública (supervisores) e futuros docentes (bolsistas de
iniciação à docência) e os aproxima da realidade da sala de aula não com sentimento
pessimista ou simplesmente analisando as dificuldade da atuação e função pedagógica,
mas buscando caminhos para superação destas e, nesta dinâmica, vão sendo construídas as
relações humanas que tornam nossos egressos seres pensantes e capazes de se apresentarem
na sociedade de maneira crítica e reflexiva, verdadeiro sentido da educação de um país!
Ao refletirmos sobre a Educação Brasileira a consideramos não somente como política
social, mas também como direito universal e esse resgate e posicionamento começa por
reconhecer o papel dos educadores na sociedade contemporânea, para que a escola possa
se constituir de fato, um instrumento de equidade social.
Nessa perspectiva nos reconhecemos como eternos aprendizes, educando e sendo
reeducados, formando e sendo formados e nos predispondo a acreditar que esse movimento
não se encerra em si mesmo, mas se realiza dialeticamente reconhecendo o papel de cada
sujeito do processo.
A sociedade tem nos demandados, cada vez mais, trabalhadores, inclusive na
educação, com desempenhos cada vez mais qualificados e eficazes para conviver com as
tensões e contradições sensíveis aos problemas sociais , engajados e comprometidos com a
sociedade, dita “globalizada”, que se refletem na escola sob várias e diversas perspectivas.
Assim, entendemos que o Pibid-Ifes favorece a investigação e análise das atividades
de práticas realizadas, considerando-as como aspecto importante nos diversos eixos de
formação de professores (inicial e continuada) e como espaço propicio à reflexão, de
modo que na prática reflexiva e dialogada com a teoria realizamos a pesquisa e seus
desdobramentos factual.
Esse trânsito intenso dos alunos bolsistas entre a cultura acadêmica e a cultura escolar,
entre professores supervisores (profissionais já formados que atuam nas diversas escolas
parceiras), coordenadores de área e de gestão, além dos voluntários diversos que atuam
no programa identificam um intenso debate à cultura aprendiz, escolar e as aprendizagens
dela decorrentes revelando novos jeitos de ser e de estar na profissão.
Além desses aspectos o Pibid-Ifes coloca “eternos titãs” lutando e resistindo em um
ideal que se realiza na prática de integração entre docentes, coordenadores, professores
e diversos serviços de nossa instituição ressaltando toda a história de nosso Instituto a
serviço da sociedade, acompanhando todos os avanços epistemológicos e de técnicas em
favor das aprendizagens de nossos alunos, inclusive da Educação Básica.
Assim, na Introdução nosso coordenador institucional (2014 a 2016) apresenta a
linhas gerais e valores que serviram de norte para as práticas e orientações que deram
prosseguimento a todo arcabouço teórico e prático que se realiza desde a implantação
do programa em nossa instituição, revelando não só a expertise, mas valores dos mais
importantes para o Pibid-Ifes na prática no dia-a-dia de nossa atuação.
O primeiro capítulo traz uma prestimosa discussão realizada pelos pesquisadores
Rogério Drago e Israel Rocha Dias, da Ufes, temática esta que está tão presente no dia a dia
escolar, mas que ainda demanda estudos, sensibilização e capacitação dos profissionais
envolvidos no atendimento desse público e que serviu de referência à Palestra Inicial da VI
Jornada de Iniciação à Docência com o tema “Práticas Inovadoras no contexto da Educação
Básica”, focalizando suas experiências em torno da Educação Especial e Inclusiva.
Posteriormente são apresentados os trabalhos desenvolvidos pelos nossos pibidianos
e selecionados para comporem esta publicação devido a sua relevância para o ensino.
Atualmente, contamos com cerca de 300 bolsistas do PIBID distribuídos em diversas
licenciaturas, mas para esta obra foram selecionados nove artigos onde podemos ver
claramente como é possível o repensar a nossa prática docente e o impacto positivo que
este posicionamento crítico e reflexivo possibilita na aprendizagem dos alunos.
Os artigos nos mostram como é possível levar para a nossa sala de aula, experimentos
práticos, jogos, cultura, arte, enfim, fazem refletir sobre as possibilidades diante de nossa
realidade com suas tensões e dilemas, mas que muitas vezes pensamos serem impossíveis
de executar.
Convido-os a se deliciarem com essa leitura para que percebam que a mudança do
processo ensino aprendizagem somente depende de nós. Desta forma recomendo esta
publicação para quem quer que esteja interessado na melhoria de sua prática docente e
realizar o “Inédito Viável”1.
Boa leitura!
1 FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 40.ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 2005.
1 | EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO
INCLUSIVA: UM BREVE OLHAR
HISTÓRICO E CONTEMPORÂNEO
DRAGO, Rogério 1
DIAS, Israel Rocha 2
Nesse capítulo apresentamos uma breve discussão sobre a educação especial numa
perspectiva inclusiva, no intuito de resgatar conceitos e concepções que contribuem
para entendermos o processo vivenciado por sujeitos que compõem o público-alvo da
educação especial na atualidade3. Tal discussão faz-se necessária no sentido de pensarmos
a formação inicial e continuada de professores das diferentes modalidades e níveis de
ensino nos quais os alunos da educação especial estão matriculados, além de contribuir
para que práticas pedagógicas mais inclusivas sejam pensadas e colocadas em evidencia
no cotidiano escolar e na pesquisa científica sobre o tema.
No Brasil, a educação especial assume a característica de modalidade da educação
que perpassa todas as modalidades e níveis de ensino (BRASIL, 1996), ou seja, ao professor
de todas as áreas recai o papel de entender o que é a educação especial, quais os seus
fundamentos, que matizes indicam a perspectiva da educação inclusiva, que base legal
sustenta a proposta, dente outras questões, daí a necessidade de trazer ao debate formativo
tais questões que fomentam novas/outras práticas e iniciativas.
Iniciamos este capítulo trazendo um breve resgate histórico sobre o processo
educacional de crianças, jovens e adultos com deficiência no contexto que tem culminado
com a proposta de inclusão nas escolas comuns. Consideramos importante esse resgate
para que se retrate melhor o entendimento sobre aquilo que hoje seja visto como mera
atuação nos diversos campos educacionais e até mesmo na sociedade como um todo
quando se trata da Educação Especial e seu público-alvo.
Trazemos para a discussão Mazzotta (2001), que ajuda a entender toda essa trajetória
sobre a história da Educação Especial no Brasil e no mundo. O autor entende a Educação
especial como,
A modalidade de ensino que se caracteriza por um conjunto
de recursos e serviços educacionais especiais organizados para
apoiar, suplementar e, em alguns casos, os serviços educacionais
comuns, de modo a garantir a educação formal dos educandos
que apresentem necessidades educacionais muito diferentes
das da maioria das crianças e jovens (p. 11).
1 Doutor em Educação. Professor Associado do Centro de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade 15
Federal do Espírito Santo.
2 Doutorando e Mestre em Educação pelo PPGE/CE/UFES. Professor do Atendimento Educacional Especializado e dos anos iniciais do
ensino fundamental nos municípios de Vitória e Serra, respectivamente.
3 De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva de 2008, considera-se como público-
alvo da educação especial alunos com deficiência (intelectual, auditiva, múltipla, surdocegueira, surdez e cegueira), transtornos globais
do desenvolvimento (autismo, síndrome de Rett, esquizofrenia, etc) e altas habilidades ou superdotação (BRASIL, 2008).
DRAGO, Rogério | DIAS, Israel Rocha
Mas, segundo o autor, foi somente no século XX, ou seja, final dos anos 50 e início
da década de 60, que começam a ocorrer, na política educacional brasileira “a inclusão de
deficientes, da educação de excepcionais ou da educação especial” (p. 27). 17
Este contexto histórico, a partir de movimentos que envolveram pais, professores,
pesquisadores, organizações filantrópicas, confessionais, dentre outras, tem culminado
com uma ideia de que a educação de pessoas com deficiência é um processo que precisa
ultrapassar as barreiras que ainda são impostas às pessoas consideradas anormais, ou seja,
DRAGO, Rogério | DIAS, Israel Rocha
aquelas que fogem às normas tidas como aceitas, já que ainda hoje se presencia um
processo que, nos moldes históricos, ainda tenta excluir do contexto comum pessoas com
deficiência, por exemplo.
O processo de visibilização das pessoas com deficiência e sua chegada às escolas
comuns não tem sido um processo fácil. Durante muito tempo, tais sujeitos viveram um
movimento que pode ser denominado de integração.
A integração escolar “pode ser entendida como o especial na educação regular,
[...], trata-se de uma concepção de inserção parcial, porque o sistema prevê serviços
educacionais segregados” (MANTOAN, 2003, p. 23). Além disso, nesse processo, “[...]
não há pressuposição de mudança na escola e, consequentemente, do ensino” (MENDES,
2002, p. 64).
De acordo com o modelo de integração a sociedade aceita
receber a ‘pessoa diferente’, desde que ela seja capaz de moldar-
se aos requisitos dos serviços da maneira como são oferecidos
(classes especiais, sala especial), acompanhar procedimentos
tradicionais (de trabalho, escolarização, convivência social),
lidar com atitudes discriminatórias da sociedade, resultantes
de estereótipos, preconceitos, e estigmas, contornar obstáculos
existentes no meio físico (espaço urbano, edifícios, transporte,
etc) (FERREIRA; GUIMARÃES, 2003, p. 97).
Nesse sentido, percebe-se que a ideia de integração está muito associada aos ranços
históricos em que o sujeito com deficiência ou era excluído do processo ou fazia parte
desse processo pela metade, ou seja, uma “pseudoinserção da pessoa ao contexto comum
de ensino, uma vez que essa pessoa pode vir a não ser sujeito total do processo” (DRAGO,
2011, p. 76).
Por outro lado, atualmente tem ganhado força no contexto brasileiro e mundial a
ideia de que as pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, que compõem o público- alvo da educação especial precisam
estar na escola comum recebendo um ensino que não os distanciem desse contexto, onde
possam participar da vida comum em todas as suas possibilidades. Tal processo tem sido
caracterizado pela inclusão.
De acordo com Prieto (2006, p. 40),
[...] o objetivo na inclusão escolar é tornar reconhecida e
valorizada a diversidade como condição humana favorecedora
da aprendizagem. [...] a ênfase deve recair sobre a identificação
de suas possibilidades, culminando com a construção de
alternativas para garantir condições favoráveis à sua autonomia
escolar e social, enfim, para que se tornem cidadãos de iguais
direitos. [...] A educação inclusiva tem sido caracterizada
como um ‘novo paradigma’, que se constitui pelo apreço à
diversidade como condição a ser valorizada, pois é benéfica à
18 escolarização de todas as pessoas, pelo respeito aos diferentes
ritmos de aprendizagem e pela proposição de outras práticas
pedagógicas, o que exige ruptura com o instituído na sociedade
e, consequentemente, nos sistemas de ensino.
4 Neste caso, assumimos o conceito de qualidade como o exposto por Souza (2015, p. 39) que concebe “qualidade educacional
como sinônimo de qualidade social que expressa a concepção do direito à educação, que não se trata apenas do acesso a escola, mas
também da permanência e, como resultado, de uma formação de qualidade”.
DRAGO, Rogério | DIAS, Israel Rocha
Tanto a LDB nº. 4.024/61 quanto a nº. 5.692/71, de acordo com Kassar (2004),
apresentam ambiguidades em relação ao atendimento dos sujeitos que apresentam
deficiência ou não, pois a ideia que reinava era a de que tais indivíduos deveriam estar em
serviços segregados, já que se acreditava que não aprendiam e não se desenvolviam em
locais comuns. A esse grupo era acrescido todos aqueles que destoavam do padrão normal
de aluno.
De acordo com Drago (2011),
Atualmente a legislação educacional à pessoa deficiente ainda
guarda resquícios da época da ditadura, quando a influência
positivista e das ideais de seres humanos que refletissem a
sociedade perfeita que se tinha em mente levava a pensar que
qualquer problema, como o atraso de conteúdo/série, constituía
a base para o atendimento educacional especializado. (p. 63-
64).
II - terminalidade específica;
Pode-se dizer, portanto, que a educação é um direito de todos, isso incluiu a pessoa
com deficiência, portanto, a educação a este sujeito não pode ser negada nem mesmo
negligenciada.
A LDB nº. 9.694/96, apesar de trazer a educação especial como modalidade da
educação que perpassa todos os níveis (educação infantil, ensino fundamental, ensino
médio e ensino superior) e modalidades (educação de jovens e adultos, educação
indígena, educação campesina, dentre outras), ainda deixa muitas dúvidas em termos
como “preferencialmente”, bem como os locais onde tais sujeitos serão atendidos.
De acordo Prieto (2010, p. 23), a falta de clareza ou a inconsistência de termos como
os acima citados “tem resultado em encaminhamentos indevidos de alunos a serviço de
educação especial, mesmo que esses sejam de apoio”, o que pode redundar num inchaço
da educação especial nos moldes das antigas LDB’s anteriormente elencadas.
Num salto cronológico, tem-se em 2008 a publicação de um importante documento
que surge a partir de um grupo de pesquisadores engajados em tal modalidade de ensino.
Trata-se da Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
(BRASIL, 2008). 23
Tal Política representa um dos maiores avanços em termos legais para a garantia
de educação comum aos alunos que compõem o público-alvo da educação especial, já
que traz definições claras de quem são esses sujeitos, o que é atendimento educacional
especializado, além de ter como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem dos
DRAGO, Rogério | DIAS, Israel Rocha
REFERÊNCIAS
KASSAR, M. M. Uma leitura da educação especial no Brasil. In: GAIO, R.; MENEGHETTI,
R. (Org.). Caminhos pedagógicos da educação especial. Petrópolis: Vozes, 2004.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo:
Moderna, 2003.
MAZZOTA, M. Educação Especial no Brasil: história e políticas públicas. 3ª. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
______. Política de educação especial no Brasil: evolução das garantias legais. In:
VICTOR, S. L.; DRAGO, R.; CHICON, J. F. (Org.). A educação inclusiva de crianças,
adolescentes, jovens e adultos: avanços e desafios. Vitória: EDUFES, 2010.
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2 | A CAPOEIRA E A CONSTRUÇÃO SOCIAL,
CULTURAL E HISTÓRICA NAS ESCOLAS
1 Bolsista de iniciação à docência do subprojeto de Ciências Agrícolas do Campus Itapina/ e-mail: Miltonpeda@gmail.com
2 Bolsista de iniciação à docência do subprojeto de Ciências Agrícolas do Campus Itapina/ e-mail: noeaugustomoreira@mail.com 27
3 3 Bolsista de supervisão do subprojeto de Ciências Agrícolas do Campus Itapina/ e-mail: biancapereiraneves@gmail.com
4
Bolsista de coordenação do subprojeto de Ciências Agrícolas do Campus Itapina/ e-mail:
elisa.carvalho@ifes.edu.br
5
Bolsista de coordenação do subprojeto de Ciências Agrícolas do Campus Itapina/ e-mail:
maria.henriques@ifes.edu.br
EIXO: Planejamento e organização do trabalho docente Sequência didática; Subprojeto Ciências Agrícolas
SILVA, Milton Gonçalves P | DIAS, Noé Augusto Moreira
NEVES, Bianca Pereira das | CARVALHO, Elisa Cristina Soares de
MORAIS, Maria Tereza Ferreira de
INTRODUÇÃO
A capoeira historicamente marca o Brasil, uma das primeiras formas de luta por
direitos e igualdade, foi um marco em um país banhado por sangue escravo. Dança, luta,
música e acima de tudo a raiz da busca por igualdade no país. A capoeira foi evoluindo,
sua pratica foi de crime a ferramenta social, o que antes era proibido por decreto do
imperador hoje é uma forma de tirar jovens da rua e de colaborar com o efetivo ensino
nas escolas.
É certo dizer que a capoeira é uma arte marcial da mesma forma que é certo dizer
que é um esporte ou uma forma de dança e teatro, a capoeira é tudo isso, resumidamente
é uma luta Brasileira, onde conhecimentos empíricos relacionados a o corpo e movimento
são repassados de forma hierárquica, respeitando idade e tempo de capoeira, o ensino da
capoeira é dividido em partes. Quando ingressa na capoeira o aluno se sente abraçado
por uma família, muito além de uma luta, a capoeira é um estilo de vida que abraça todos
que o aderem.
Vivemos em uma sociedade carente de valores, onde o jovem que inicia a capoeira,
começa a construir sua identidade como cidadão baseada nos seus direitos e deveres,
sempre reforçando que o homem necessita manter sua integridade e seus valores.
A capoeira é um estilo de vida, baseado nos mais básicos conceitos e valores sociais:
Respeito, união, integridade, honestidade.
A escola é um momento muito importante no desenvolvimento do individuo
enquanto cidadão, onde sempre se depara com situações de problemas, muitas vezes
essas situações não são exploradas, na capoeira, além da cultura corporal, também se
trabalha outras capacidades, como: Solução de problemas, adaptação a novos espaços, a
ideia de igualdade e de respeito mutuo, além de outros pontos.
Esse trabalho tem o objetivo de avaliar se a capoeira funciona como ferramenta de
socialização e de inclusão social nas escolas, tendo como problematização a ideia de
que educação escolar é uma fase do desenvolvimento da criança muito importante, onde
ocorrem descobertas de valores, formação do caráter e do entendimento da dinâmica
social, com base nisso, questiona-se: a capoeira pode colaborar na efetivação do ensino e
da formação do aluno enquanto cidadão? Seria uma ferramenta capaz de colaborar nessa
formação?
METODOLOGIA
Esta pesquisa tem como finalidade a análise qualitativa dos resultados da sequência
didática aplicada, que de acordo com GODOY (1995, p. 62):
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
A capoeira e a construção social, cultural e histórica nas
TÍTULO:
escolas.
PÚBLICO ALVO: 8° ano do Ensino Fundamental.
A educação escolar é uma fase do desenvolvimento da
criança muito importante, onde ocorre a descoberta
PROBLEMATIZAÇÃO: de valores, formação do caráter e do entendimento da
dinâmica social. Seria a Capoeira uma ferramenta capaz
de colaborar com a efetivação dessa formação?
- Colaborar com a construção social do aluno enquanto
cidadão.
OBJETIVOS GERAIS: - Construir um pensamento crítico como forma de
entender as diferenças da sociedade e a necessidades de
suas aceitações.
CONTEÚDOS E MÉTODOS
OBJETIVOS
AULA CONTEÚDOS MODALIDADE ATIVIDADE
ESPECÍFICOS
Apresentação com
1° momento:
o tema “A capoeira
Conhecer a
e a sociedade
capoeira em um Teórica
brasileira-um
contexto histórico,
contexto histórico,
social e cultural. Cultura e social e cultural”.
1 sociedade
2° momento:
Analisar o Produzir um
conhecimento Produção de texto com base
prévio dos alunos texto nos discursões 29
sobre a capoeira e discussões da sala
suas vertentes.
SILVA, Milton Gonçalves P | DIAS, Noé Augusto Moreira
NEVES, Bianca Pereira das | CARVALHO, Elisa Cristina Soares de
MORAIS, Maria Tereza Ferreira de
Conhecer a
Aula prática de
capoeira como
Musicalidade e capoeira com
2 luta, esporte, arte,
cultura corporal
Prática
alongamento,
dança, música e
treino e roda.
folclore
Conhecer a
Aula prática de
dinâmica espacial,
Cultura e canto e dinâmica
3 social e cultural
sociedade
Prática
da roda de
da roda de
capoeira.
capoeira.
1° momento:
Discutir Roda de conversa
criticamente a e apresentação
função social da do documentário
Teórica
capoeira de forma “Capoeira:
geral ( no Brasil, Jogo, cultura e
na escola e no educação”
mundo) Cultura e
4 sociedade
2° momento:
Verificar os
Produzir um
avanços na
texto crítico com
criticidade dos Produção de
base no que foi
alunos com base texto
trabalhado nas
na produção
aulas anteriores.
prática e teórica
das atividades.
Promover uma
Cultura,
roda de capoeira
sociedade, Prática/ Roda de capoeira
5 como forma
corpo e Expositiva festiva.
de finalizar as
movimento.
atividades.
Elementos básicos da avaliação:
- Na correção das produções de textos (sempre de forma a gerar informações para novas
30 intervenções);
A capoeira e a construção social,
cultural e histórica nas escolas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A capoeira tem como aspecto principal a interação do aluno com tudo que envolve
o grupo que ele participar, os movimentos são apenas parte disso, não sendo como maior
foco o combate, a capoeira trabalha de forma a cada um fazer da forma que consegue
determinada atividade. Sobre isso:
[...] É importante frisar que a aprendizagem da Capoeira não
terá tão somente um aspecto técnico de aprender determinada
forma de luta e de esporte; o ensino dos golpes e sequências
deverá ser acompanhado da transmissão de todos os elementos
que envolvem a sua cultura, história, origem e evolução, ao
tempo em que se estimulará a pesquisa, debate e discussão em
seminários, para que o educando tenha uma participação efetiva
no contexto da Capoeira como um todo. A ideia é que durante as
aulas os alunos possam participar de maneira integrada, jogando,
cantando e tocando. (CAMPOS, 2001, p. 27).
A capoeira na escola tem a finalidade de ser uma extensão do ensino comum, atua
como forma de interação, sendo uma ferramenta dinâmica na apresentação de conteúdo e
no trabalho efetivo de ensino. Um dos maiores problemas encontrados é a associação da
capoeira com a religiosidade do candomblé e de outras religiões não-cristãs.
[...] o que se refere a capoeira em si e suas ligações com o
candomblé. De início, tenho a afirmar que entre a capoeira em si e
o candomblé existe uma independência. O jogo da capoeira para
ser executado não depende em nada do candomblé [...]. Apesar
de nas cantigas de capoeira se falar em mandinga, mandingueiro,
usar-se palavras e composições em línguas bunda e nagô e
também a capoeira se iniciar com o que os capoeiristas chamam
de mandinga, nada existe de religioso. (RÊGO, 1968, p. 84).
Com tudo, a capoeira prega acima de tudo o respeito e o direito de escolha, não
31
condenando nenhum culto ou crença que não seja ilegal.
A capoeira é uma ferramenta efetiva na educação e na formação de valores do aluno
no papel de cidadão. Em uma sociedade carente de valores e de atitudes, a capoeira cumpre
SILVA, Milton Gonçalves P | DIAS, Noé Augusto Moreira
NEVES, Bianca Pereira das | CARVALHO, Elisa Cristina Soares de
MORAIS, Maria Tereza Ferreira de
o papel social, cria um espaço para discutir as minorias étnicas e abre a discussão do negro
no Brasil. Desde o aspecto esportivo, até a filosofia de vida no combate à desigualdade e ao
preconceito.
A resposta da problematização do artigo, é que sim, a capoeira é uma ferramenta
de efetiva na educação e na formação de valores do aluno no papel de cidadão, em uma
sociedade carente de valores e de atitudes, a capoeira funciona com 1001 utilidades e
finalidades. Desde o aspecto do esporte no combate ao sedentarismo, até os aspectos da
filosofia de vida no combate a desigualdade e ao preconceito. A capoeira, se usada com base
em um planejamento que contemple a realidade dos alunos, pode efetivamente colaborar
com o desenvolvimento do indivíduo enquanto cidadão, e ao ser inserida na realidade
escolar, pode ser ainda mais efetiva, já que a escola em si é um ambiente de construção,
assim como a capoeira.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PLANO DE AULA
COMPONENTE
Geografia
CURRICULAR
SÉRIE 8º ANO
ASSUNTO A CAPOEIRA
33
As atividades propostas na SD foram baseadas no método
de ensino de capoeira do grupo Cordel Vermelho, os
conhecimentos empíricos aplicados nos exercícios e nas
dinâmicas são centenários, e foram sendo moldados de
acordo com a evolução da capoeira. As modalidades das
METODOLOGIA
atividades foram divididas em práticas as que contemplavam
as atividades físicas exclusivamente, teórica sendo as dentro
de sala, produção de texto foram as que tinham como
objetivo relatar as experiências e opiniões e as expositivas
quando eram aulas de exposição do que foi aprendido.
34
3 | A IMPORTÂNCIA DA EXPERIMENTAÇÃO
ASSOCIADA A UMA AULA TEÓRICA
NO ENSINO DA QUÍMICA SOBRE A
SAPONIFICAÇÃO DE ÓLEOS VEGETAIS
DALMONECH, Rodrigo Binda1
SOARES, Heloisa Cristina 2
BARCELLOS, Giordana Dalmaso 3
BASTOS, Gustavo Almeida 4
CARVALHO, Elisa Cristina Soares de 5
Resumo: A química, apesar de se tratar de uma ciência simples que tenciona explicar
os fenômenos naturais do dia-a-dia, é muitas vezes encarada pela maioria dos alunos
como uma disciplina exaustiva devido ao modo que seu conteúdo, vasto de fórmulas
e símbolos, é transmitido. A aula prática entra então como um recurso que facilita a
assimilação do objeto em estudo à medida que fomenta a curiosidade, exercitam os tratos
sociais e o trabalho em equipe, tornando, por consequência, as aulas mais dinâmicas e
uma aprendizagem mais relevante. A realização deste trabalho visa, portanto, quantificar
a importância de se associar a experimentação a uma aula teórica no ensino da química.
Para tal fim, realizou-se uma aula teórica sobre a saponificação de óleos vegetais, seguida
de uma prática de produção de sabão, com alunos do segundo ano da Escola Estadual de
Ensino Médio Integrado Conde de Linhares, situada no município de Colatina – Espírito
Santo, na qual foi possível perceber, após aplicação de um questionário objetivo, a
necessidade do planejamento de metodologias que complementam o ensino tradicional,
como a experimentação, tendo em vista que maioria dos alunos entrevistados alegaram
que somente a aula teórica não seria eficaz para compreender o processo de saponificação
de óleos vegetais.
Palavras-chave: química; experimentação; saponificação.
35
1 Bolsista de iniciação a docência do subprojeto de Ciências Agrícolas do Campus Itapina/ rodrigodalmonech@hotmail.com.
2 Bolsista de iniciação a docência do subprojeto de Ciências Agrícolas do Campus Itapina/ helo_cris2013@hotmail.com
3 Bolsista de iniciação a docência do subprojeto de Ciências Agrícolas do Campus Itapina/ giordanabarcellos@hotmail.com.
4 Bolsista de supervisão do subprojeto de Ciências Agrícolas do Campus Itapina/ profquimicagustavo@hotmail.com.
5 Bolsista de coordenação do subprojeto de Ciências Agrícolas do Campus Itapina/elisa.carvalho@ifes.edu.br
Eixo: Subprojeto Ciências Agrícolas.
DALMONECH, Rodrigo Binda | SOARES, Heloisa Cristina
BARCELLOS, Giordana Dalmaso | BASTOS, Gustavo Almeida
CARVALHO, Elisa Cristina Soares de
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
da formulação dos produtos saneantes até os dias atuais; as diferenças entre sabão,
sabonete e detergente; a eutrofização de lagos e rios; os efeitos do descarte inadequado
do óleo utilizado na cozinha; a reciclagem do óleo de fritura na produção do sabão e a
obtenção do óleo coco por meio da extração artesanal.
No segundo momento os alunos foram divididos em três grupos com cinco
componentes cada e encaminhados para as bancadas próximas das janelas, onde as
mesmas foram abertas para expelir os gases provenientes das reações utilizando soda
caustica (NaOH). Neste momento os alunos participaram ativamente da aula realizando
a prática da produção do sabão, enquanto os bolsistas do PIBID explicavam os passos da
receita, conforme Imagem 2.
Cada grupo tinha a sua disposição, na bancada, 200 ml de óleo de coco, 125 ml
de água, 40 g de soda, 4 ml de álcool, recipientes plásticos recicláveis, espátula e moldes
recicláveis. É importante ressaltar que o óleo de coco foi previamente aquecido antes de
começar a aula, assim também como todos os ingredientes já estavam medidos e pesados
a fim de agilizar o processo, tento em vista que a rede estadual de ensino conta com 55
minutos de aula.
No primeiro passo pediu-se que os alunos dissolvessem a soda na água para formar a
lixívia, alertando-os sobre os cuidados de se manusear bases fortes. Em seguida, despejou-
se o óleo em um recipiente plástico e foi pedido aos alunos que acrescentassem devagar
a lixívia ao óleo, sempre mexendo a solução para incorporar os ingredientes. Após o
acréscimo total da lixívia, mexeu-se constantemente até que a solução se resfriasse um
pouco para acrescentar o álcool sem que ele volatilizasse. Por fim os alunos despejaram
o produto, de consistência cremosa, em moldes recicláveis de embalagens de doce em
formato de coração e copos descartáveis. Ao final da aula, cada aluno levou consigo uma
receita de sabão em barra com o intuito de reciclar o óleo de fritura de suas casas. Quatro
dias depois da fabricação, os alunos desenformaram o sabão produzido e ganharam de
lembrança. Os 15 alunos do 2º ano em Logística foram submetidos a um questionário
com 5 questões objetivas, sendo apenas 1 delas voltada para o conhecimento teórico
sobre o assunto trabalhado e as outras 4 pertinentes ao levantamento de dados sobre a
importância da aula prática.
37
RESULTADOS E DISCUSSÃO
realçando todos outros dados aqui expressos, sobre a importância da criação de práticas que
permitam dinamizar e complementar a aula teórica
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como exposto, a maioria dos estudantes compreendem a química como uma ciência
complexa e sem sentido. Portanto, é extremamente importante a adoção de metodologias
que permitam ao discente materializar o conteúdo em questão como complementação ao
conhecimento teórico. Então, evidencia-se, através deste trabalho, que a aula teórico-prática
favorece a construção de um saber mais relevante ao mesmo tempo que proporciona o pleno
desenvolvimento cognitivo do aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, Jardel Alves de; LUZ, José Aurélio Medeiros da; FERREIRA, Eliomar Evaristo. Grau
de saponificação de óleos vegetais na flotação seletiva de apatita de minério carbonatítico.
Rem: Revista Escola de Minas, v. 59, n. 4, p. 385-390, 2006.
SOUZA, Giulianna Paiva V. de Andrade; SANTOS, Elizeu Antunes dos; SOUZA JÚNIOR,
Airton Araújo de. Química para o Ensino de Ciências. 2. ed. Natal: EUFRN, 2011. 14p.
TREVISAN, T. S.; MARTINS, PLO. O professor de Química e as aulas práticas. In: VII Congresso
Nacional de educação–EDUCERE e III Congresso Americano sobre Violência em Escolas–
CIAVE. 2008.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
DALMONECH, Rodrigo Binda | SOARES, Heloisa Cristina
BARCELLOS, Giordana Dalmaso | BASTOS, Gustavo Almeida
CARVALHO, Elisa Cristina Soares de
PLANO DE AULA
COMPONENTE
CURRICULAR Química.
Resumo: Nos dias atuais a crise hídrica vem tomando grandes proporções, sendo
agravada não só pela carência da mesma, mas também em relação a poluição. O objetivo
deste projeto foi construir um filtro ecológico como material didático-pedagógico usando
material orgânico como bagaço de cana-de-açúcar, fibra de coco, casca de banana e
serragem. Após testados, com diversos tipos de amostras de água, os resultados foram
apresentados em forma de aula teórico-prática no laboratório da escola, proporcionando
aos alunos a oportunidade de conhecerem métodos alternativos para a filtração e
reutilização de recursos hídricos.
Palavras-chave: água; filtros; ecológico; orgânicos.
INTRODUÇÃO
Nos dias atuais a crise hídrica vem tomando grandes proporções, sendo agravada não
só pela carência da mesma, mas também em relação a poluição. Todavia deve ser levado
em consideração alguns métodos simples e de baixo custo que podem ser utilizados e
reutilizados no processo de purificação da água, que poderá ser usada para diversos fins,
exceto o consumo. Um exemplo disto é a filtração, que conforme Povinelli (1973), é a ação
mecânica de eliminação de sólidos em suspensão por filtração e está baseada no princípio
de que um meio poroso pode reter impurezas de dimensões menores do que as dos poros
da camada filtrante.
Deste modo podemos entender que é possível retirar algumas impurezas da agua
por meio da filtração. Após pesquisas, Lo Monaco (2001) afirma que os baixos valores
43
1 Bolsista de iniciação à docência do subprojeto de Ciências Agrícolas do Campus Itapina/ cassiabernardes05@hotmail.com.
2 Bolsista de iniciação à docência do subprojeto de Ciências Agrícolas do Campus Itapina/ thamy_ayala@hotmail.com.
3 Bolsista de iniciação à docência do subprojeto de Ciências Agrícolas do Campus Itapina/ giordanabarcellos@hotmail.com.
4 Bolsista de supervisão do subprojeto de Ciências Agrícolas do Campus Itapina / profquimicagustavo@gmail.com.
5 Bolsista de coordenação do subprojeto de Ciências Agrícolas do Campus Itapina / maria.henriques@ifesedu.br.
Eixo: elaboração de material didático experimental; Subprojeto ciências agrícolas
COSTA, Cássia Araújo Bernardes da | SOUZA, Thamiris Ferreira de
BARCELLOS, Giordana Dalmaso | BASTOS, Gustavo Almeida
MORAIS, Maria Tereza Ferreira de
METODOLOGIA
45
COSTA, Cássia Araújo Bernardes da | SOUZA, Thamiris Ferreira de
BARCELLOS, Giordana Dalmaso | BASTOS, Gustavo Almeida
MORAIS, Maria Tereza Ferreira de
RESULTADOS E DISCUSSÃO
NTU1
ÁGUA DA ÁGUA - RIO ÁGUA – RIO
AMOSTRA TORNEIRA DOCE 2015 DOCE 2016
162 (VALORES
≤ 1,0 ENTRE 2000 À 7.32
3000)
FILTROCONVENCIONAL
≤ 1,0 6.9 5.88
(BRANCO)
FILTRO DE BAGAÇO DE
3 13 4.79
CANA
FILTRO DE BANANA 0,02 6.72 14.8
FILTRO DE FIBRA DE
2,99 3,91 2,82
COCO
FILTRO DE SERRAGEM 0,02 106 2,01
1 Nível de turbidez
A utilização de matéria orgânica como filtro ecológico: bagaço
da cana-de-açucar, fibra de coco, casca de banana e serragem
47
COSTA, Cássia Araújo Bernardes da | SOUZA, Thamiris Ferreira de
BARCELLOS, Giordana Dalmaso | BASTOS, Gustavo Almeida
MORAIS, Maria Tereza Ferreira de
A partir dos resultados obtidos foi possível concluir que a os experimentos e a aula
apresentada sobre utilização de matéria orgânica como elemento filtrante deverá receber um
novo olhar, pois a temática sobre a água e a qualidade da mesma, faz-se necessária dentro
do cenário atual, sendo que este conteúdo está inserido nas habilidades e competências no
ensino de ciências da natureza do ensino médio, além de que os parâmetros curriculares
nacionais discorrem a respeito da importância do conhecimento empírico dos discentes.
Raramente os conhecimentos prévios dos alunos são levados em conta, as aulas não
devem ter como objetivo a transmissão dos padrões, normas e modelos dominantes, os
conteúdos não devem ser separados da realidade social e da capacidade cognitiva dos
alunos é necessário associação a prática do dia a dia desta forma contribui para a formação
de cidadãos crítico e consciente, pensando de forma global e agindo localmente para que
tenhamos um mundo ecologicamente correto, socialmente justo e economicamente viável.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MACIEL, C. Casca de banana pode descontaminar águas poluídas. A critica.com. São Paulo,
22 Abr. 2013.
MANCUSO, Pedro Caetano Sanches; DOS SANTOS, Hilton Felício. Reúso de água. Editora
Manole Ltda, São Paulo, 2003.
PACHECO, Décio. A experimentação no ensino de ciências. Ciência & Ensino (ISSN 1980-
8631), v. 2, n. 1, 2006.
POVINELLI, J., MARTINS, F. Pesquisa sobre eficiência de filtros lentos em unidades piloto.
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA, 7, 1973, Salvador–BA.
Separata ,São Carlos: EESC –USP, 1973. 20p.
48
A utilização de matéria orgânica como filtro ecológico: bagaço
da cana-de-açucar, fibra de coco, casca de banana e serragem
PLANO DE AULA
COMPONENTE (S)
Química
CURRICULAR (ES)
SÉRIE 2º ano do ensino médio
ASSUNTO A utilização de matéria orgânica como filtros ecológicos.
EMENTA Métodos de separação de misturas.
CARGA HORÁRIA 55 min.
Conhecer como se dá o uso da matéria orgânica como
OBJETIVO GERAL
elemento filtrante.
Avaliar o conhecimento prévio dos alunos a respeito do tema
que será abordado.
Identificar a necessidade de se buscar medidas alternativas
OBJETIVO para contornar a atual crise hídrica.
ESPECÍFICOS Apresentar os métodos de separação de mistura utilizados no
tratamento de água.
Demonstrar a eficácia de algumas matérias orgânicas como
elemento filtrante no método de filtração convencional.
Apresentar o conteúdo, objetivo e método de avaliação desta
aula. Aplicar um questionário para medir os conhecimentos
prévios dos alunos. Dialogar com os alunos sobre a crise
hídrica e questioná-los sobre a importância da preservação e
reutilização dos recursos hídricos. Esperando que eles possam
compreender a necessidade da aula. Explicar aos alunos os
procedimentos do tratamento de água através de imagens
e slides, para facilitar o entendimento desta importância e
da construção dos filtros. Iniciar as etapas do processo de
produção dos filtros falando sobre cada elemento filtrante
que será utilizado nessa produção. Começar a montagem dos
METODOLOGIA
filtros, indicando a ordem que os elementos serão colocados
no recipiente, explicando o motivo dessa determinada ordem.
Após a montagem dos filtros, testá-los passando por eles
uma amostra de água turva, e à medida que o resultado for
sendo observado pelos alunos, questioná-los sobre o teste,
perguntando a eles quais conclusões podem ser tiradas.
Posteriormente aos testes concluídos, explicar aos discentes
os benefícios que a utilização dos filtros podem trazer na 49
conservação dos recursos hídricos. Ao final da aula, aplicar
novamente o mesmo questionário para avaliar e comparar a
aprendizagem dos alunos sobre o tema exposto na aula.
Crise hídrica.
CONTEÚDO O tratamento de água e os processos de separação de misturas.
PROGRAMÁTICO Turbidez da água.
Utilização de matéria orgânica como filtro ecológico.
50
5 | AÇÕES NO LABORATÓRIO DE ENSINO
DE MATEMÁTICA REALIZADAS POR
LICENCIANDOS INSERIDOS NO PIBID/
IFES/VITÓRIA
SOARES, Ariel Wesley1
SILVA, Sandra Aparecida Fraga da2
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
muito ansiosa e com o passar do tempo conseguiu abordar as operações com inteiros
de maneira a dirimir algumas dúvidas dos alunos. Destacamos a importância da folha
de registro para o entendimento do pensamento do aluno ao efetuar a operação. Isso
evidencia o que Castro e Moura (2016) destacam quanto ao papel do professor em pensar
em ações para além do uso de alguma metodologia.
A segunda oficina selecionada para este trabalho teve por objetivo de revisar
conteúdo de operações com números inteiros, a pedido da professora supervisora. Foi
aplicado um jogo adaptado do Cubra 12 a uma turma de 7º ano no dia 07 de julho de
2016. O jogo adaptado recebeu o nome de “Cubra -12 à +12”, pois inseriu os números
negativos na tabela representando uma reta com números inteiros de -12 à +12. O objetivo
54 do jogo era cobrir todas as casas utilizando operações aleatórias a partir dos valores
obtidos em dois dados. Nessa atividade os pibidianos também organizaram o tabuleiro
do jogo e uma folha de registro (fig. 2) no qual deveriam anotar os valores dos dados e
efetuar as operações. Observamos o raciocínio dos alunos para encontrar operações que
resultassem nos valores do tabuleiro. Com esses dados, os bolsistas observaram quais
Ações no laborátorio de ensino de matemática realizadas por
licenciandos inseridos no pibid/ifes/vitória
A última atividade a ser descrita ocorreu no dia 5 de outubro de 2016, com alunos
do 9º ano. O conteúdo abordado foi relações trigonométricas no triângulo retângulo.
A metodologia utilizada foi a de material didático proposto pela coordenadora desse
subprojeto e confeccionado pelos bolsistas. O objetivo desta oficina foi de introdução do
conteúdo, utilizando as noções que os mesmos tinham sobre o triângulo retângulo. Como 55
material didático tínhamos triângulos feitos em EVA de tamanhos diferentes e uma folha de
atividades na qual os alunos registravam suas observações. Os alunos, em duplas, mediam
com apoio de um transferidor os ângulos e de uma régua os lados, na sequência, registravam
SOARES, Ariel Wesley | SILVA, Sandra Aparecida Fraga da
56
Cabe destacar que essa escola se situa próximo ao Campus Vitória, facilitando
o acesso dos alunos no Lem. Os bolsistas apontam em seus relatos que não é comum
os alunos terem aulas diferenciadas como as desenvolvidas nas oficinas e que notaram
diferença de comportamento dos alunos quando desenvolveram atividades no Lem.
Essas atividades confirmam o que Lorenzato (2006) aponta sobre o uso do Lem como
espaço formador e também o que Moura (2015) destaca quanto a necessidade do futuro
professor se colocar no movimento de atividade de ensino, favorecendo a aprendizagem
da docência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
58
6 | DISCURSO, PODER E ENSINO:
DISCUTINDO QUESTÕES DE GÊNERO NA
ESCOLA POR MEIO DA PRODUÇÃO DE
DOCUMENTÁRIOS
DE PAULA, Marcília Rolim Souza
RIBEIRO, Eliziete Zuqui
LÍQUER, Thayane Kamilla Almeida Oliveira
AMARAL, Alcelon da Silva
AGUIAR, André Effgen de
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
60
`
Discurso, poder e ensino: discutindo questões de gênero na
escola por meio da produção de documentários
Fonte: site da revista
RESULTADOS E DISCUSSÃO
62
Depois de concluída todas as etapas da nossa sequência didática, com o intuito
1 Professor supervisor é o professor de Língua Portuguesa regente da turma em que as participantes do PIBID estão inseridas.
Discurso, poder e ensino: discutindo questões de gênero na
escola por meio da produção de documentários
CONSIDERAÇÕES FINAIS
63
2 Agradecemos à EEEFM Professora Filomena Quitiba, na pessoa do professor Alcelon Amaral da Silva, pela acolhida e parceria no
desenvolvimento de nossas atividades, aos alunos da turma do 3º ano noturno, pelo compromisso durante as etapas da sequência
didática e ao professor André Effgen de Aguiar pela paciência, apoio e incentivo durante esses dois anos que estivemos participando
do PIBID.
DE PAULA, Marcília Rolim Souza | RIBEIRO, Eliziete Zuqui
LÍQUER, Thayane Kamilla Almeida Oliveira | AMARAL, Alcelon da Silva
AGUIAR, André Effgen de
REFERÊNCIAS
HISTÓRIAS CRUZADAS. Direção: Tate Taylor. Walt Disney Studios Motion Pictures. 2011.
LINHARES, Juliana. Revista Veja [online]. São Paulo, 18 de abril de 2016. Disponível em:
< http://veja.abril.com.br/brasil/marcela-temer-bela-recatada-e-do-lar/> Acesso em 14/
10/2016.
OLIVEIRA, Suely Marcolino Peres. Sequência didática: o desafio desta prática pedagógica
para o ensino médio noturno. Disponível em: <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.
br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_suely_marcolino_peres_oliveira.pdf>Acesso em:
13/10/2016
P&G. Sabão Ariel. Anúncio Publicitário “Eu torço sim”. 2016. Divulgado em: <facebook.
com/descubraariel>
PLANO DE AULA
65
• Ampliar a competência comunicativa.
• Interatuar com dados, argumentos, fatos e
informações contidos em diferentes textos.
• Organizar informações representadas em diferentes
CONTEÚDO formas de conhecimento disponíveis para
PROGRAMÁTICO* construção de argumentação consistente.
• Conviver, crítica e ludicamente, com situações
de produção de textos, atualizado em diferentes
suportes e sistemas de linguagem escrita, oral,
imagética, digital, entre outras.
RECURSOS DA Data show, câmera filmadora, quadro branco e cópias de
AULA textos.
66
7 | MARATONA DE MATEMÁTICA: UMA
DINÂMICA COLETIVA E DESAFIADORA
PARA APRENDER CONTEÚDOS
MATEMÁTICOS
OLIVEIRA, Carlos André Muniz de1
SÁ, Lauro Chagas e2
PINTO, Antônio Henrique3
INTRODUÇÃO
REFLEXÕES INICIAIS
DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS DA EXPERIÊNCIA
69
OLIVEIRA, Carlos André Muniz de | SÁ, Lauro Chagas e
PINTO, Antônio Henrique
A primeira turma classificada foi a 3M1, com a pontuação máxima da primeira etapa.
Segundo o regulamento da Maratona de Matemática, as duas turmas melhores classificadas
na primeira etapa iriam para a final. No entanto, houve um empate triplo em segundo
lugar entre as turmas 2M1, 2M2 e 3M2. Diante isso, precisamos promover uma prova em
que, além dos acertos, o tempo de entrega era critério de desempate. Ela foi realizada
momentos antes do início da etapa final e foi vencida por uma turma do de segundo ano.
A etapa final foi realizada na quadra da escola, com a competição de “torta na
cara”4 entre as duas turmas classificadas no primeiro momento. Foram selecionados 10
estudantes por turma que tiveram 20 segundos para responder, um contra um, questões
de lógica e de matemática básica. Quem acertasse, aplicaria a torta de chantilly na cara
do oponente.
71
Fonte: Acervo do Pibid/Matemática/Vitória, 2016.
4 Esta etapa foi influenciada dos quadros do game show “Passa ou Repassa”, transmitido no canal SBT. Dessa forma, por se aproximar
de um programa de auditório, não houveram situações vexatórias e nenhum aluno se sentiu constrangido ao participar da atividade.
OLIVEIRA, Carlos André Muniz de | SÁ, Lauro Chagas e
PINTO, Antônio Henrique
ALGUMAS CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VITORIA, W.A da; et al. Projeto Maratona do PIBID Matemática. Vitória: IFES, 2014.
5 Este regulamento não regeu a dinâmica relatada neste capítulo. Optamos por apresentar uma versão mesclada das variações,
considerando possibilidades de adequações à realidades de cada instituição escolar.
e não em conteúdos específicos, de forma a não beneficiar certas turmas em
detrimento de outras.
4. Ao fim do tempo determinado, cada turma devolverá o pacote com os
rascunhos e o cartão resposta. Os bolsistas de iniciação à docência procederão
com a correção dos cartões respostas e a pontuação obtida pelas turmas será
exposta em placar público, para que os alunos acompanhem o processo. Ao
fim do quarto dia, as quatro turmas com maior pontuação disputarão a final, no
pátio da escola.
5. A etapa final será realizada nas duas últimas aulas da sexta-feira e contará
com a participação de todas as turmas. Neste evento, grupos de 5 alunos
representarão sua classe em disputas diretas e eliminatórias. As quatro turmas
serão organizadas em duas chaves, definidas por meio de sorteio antes da
semifinal.
6. As disputas da final serão realizadas por meio de torta-na-cara, na qual dois
alunos disputam entre si para responder uma pergunta. Vence o aluno que
responder corretamente primeiro ou se o adversário errar sua resposta; e este
vencedor dará torta na cara do outro aluno. Cada torta na cara dada acrescenta
cinco pontos no placar da turma. Estará classificada para próxima fase a equipe
que somar mais pontos (incluindo a pontuação da classificatória). Em caso de
empate serão feitas perguntas de múltipla, sem torta-na-cara. Os alunos da turma
vencedora receberão uma medalha.
74
8 | O ENSINO DE BOAS PRÁTICAS
ALIMENTARES E SEU REFLEXO NO
APRENDIZADO DE UMA TURMA DE
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
SANTOS, Talles de Oliveira1
AGUIAR, Gabriella Silva2
ALMEIDA, Rafael de3
CARAVALHO, Regiane Carla Bolzan4
AMARAL, Atanásio Alves do5
1
Bolsista de iniciação à docência do subprojeto de Ciências/Biologia do Campus de Alegre/ tallesdeoliveira@live.com 75
2
Bolsista de iniciação à docência do subprojeto de Ciências/Biologia do Campus de Alegre/ gabriella.aguiar23@gmail.com
3
Bolsista de iniciação à docência do subprojeto de Ciências/Biologia do Campus de Alegre/ faelsobrevivente@gmail.com
4
Bolsista de supervisão do subprojeto de Ciências/Biologia do Campus de Alegre/ regianecbc@hotmail.com
5
Bolsista de coordenação do subprojeto de Ciências/Biologia do Campus de Alegre/ atamaral@gmail.com
EIXO: Planejamento e organização do trabalho docente
Subprojeto Ciências/Biologia
SANTOS, Talles de Oliveira | AGUIAR, Gabriella Silva
ALMEIDA, Rafael de | CARAVALHO, Regiane Carla Bolzan
AMARAL, Atanásio Alves do
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 11. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
SIGNORINI, I. L. MACHADO, M.; LIMA, J. D.; SILVA, K. G. Aula prática: nutrientes e sistema
digestório. Disponível em <http://www.nuepe.ufpr.br/blog/wp-content/uploads/2014/08/
Aula-Nutrientes.pdf> Acesso em: 02 de set. 2016.
PLANO DE AULA
COMPONENTE (S)
Ciências
CURRICULAR (ES)
SÉRIE Educação de Jovens e Adultos (Turma multiseriada)
ASSUNTO Educação alimentar
Pirâmide alimentar; Alimentos e seus nutrientes; Dieta e
EMENTA
calorias.
CARGA HORÁRIA Três aulas de 55 minutos cada
80
O ensino de boas práticas alimentares e seu reflexo no
aprendizado de uma turma de educação de jovens e adultos
82
9 | O USO DO TEODOLITO CASEIRO
COMO FERRAMENTA NO ENSINO DE
TRIGONOMETRIA
ALVES, Karlinda1
SALARDANI, João Ítalo 2
ZAMPIROLI, Raquel Grancieri3
MODULO, Jane Marta da Silva4
SANTOS, Pollyana5
RESUMO: Este artigo tem por objetivo descrever o experimento com o Teodolito
realizado em uma turma do Ensino Médio, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e
Médio Professora Hosana Salles na cidade de Cachoeiro de Itapemirim - ES, na qual as
autoras desempenham as atividades do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
a Docência – PIBID em Matemática do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES). Nele,
demonstramos que a trigonometria está presente em nosso cotidiano há séculos e
muitas pessoas não têm ciência disso. O homem, ao longo do tempo, foi aprimorando os
conhecimentos trigonométricos e assim desenvolvendo métodos que possibilitassem a
utilização deste recurso matemático. Com a trigonometria, podemos calcular medidas de
ângulos, distâncias entre pontos na superfície terrestre e etc. Identificamos muitos alunos
que sentem dificuldades em trigonometria. Esse artigo irá explicar a origem do teodolito,
bem como explicar sua função prática e demonstrar como ele pode ser usado como um
recurso pedagógico para dinamizar as aulas de Matemática de modo a proporcionar
melhoria do aprendizado por meio de atividades interdisciplinares e diversificadas. Com a
utilização do teodolito, tende a ficar mais fácil a percepção dos ângulos a serem calculados.
Assim, o aluno pode associar e compreender melhor o assunto dado em sala de aula que
envolve esse tema.
Palavras-chave: teodolito; matemática; ensino médio.
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
Imagem 1 - Teodolito.
85
RESULTADO
CONCLUSÃO
Sabemos que a defasagem do ensino público no Brasil tem razões muito complexas
e exigem uma ampla reestruturação, tanto das suas condições materiais como do
direcionamento curricular, da formação dos docentes e dos métodos de avaliação interna
e externa.
Por meio da experiência descrita neste artigo, observamos que, por meio de recursos
simples, com materiais de fácil acesso aos professores e estudantes, podemos dinamizar a
prática pedagógica em sala de aula, ampliando a compreensão dos conceitos mais básicos
da Matemática, em especial, a Trigonometria.
REFERÊNCIAS
CURY, Augusto. Treinando a emoção para ser feliz. Rio de Janeiro: Sextante, 2007.
NEHRING, Cátia Maria. POZZOBON, Marta Cristina Cezar. Refletindo sobre o material
manipulável e a ação docente. São Paulo: Editora, 2007.
87
ALVES, Karlinda | SALARDANI, João Ítalo
ZAMPIROLI, Raquel Grancieri | MODULO, Jane Marta da Silva
SANTOS, Pollyana
PLANO DE AULA
COMPONENTE (S)
Matemática
CURRICULAR (ES)
SÉRIE 2° ano
88
O uso do teodolito caseiro como
ferramenta no ensino de trigonometria
CONTEÚDO
Ensino de noções básicas de Trigonometria.
PROGRAMÁTICO
RESUMO: Relatamos neste trabalho uma atividade envolvendo jogo que foi realizada
por bolsistas do Pibid no Laboratório de Ensino de Matemática (Lem), do Ifes/Campus Vitória.
Acompanhamos na escola a turma que foi para o laboratório e identificamos que alunos
possuem dificuldades em operar com números inteiros, em especial subtração e divisão.
Com base nesta observação, planejamos e avaliamos junto com a professora supervisora,
a atividade de intervenção com objetivo de abordar de maneira lúdica operações com
números inteiros com os alunos. O jogo foi aplicado com a turma do sétimo ano no Lem.
Consideramos o jogo um recurso didático que contribui para o desenvolvimento do aluno,
aperfeiçoando suas estratégias, trabalhando o cálculo mental e o fazendo reavaliar suas
ações ao se deparar com um erro, além de estimular o trabalho em equipe. Neste trabalho,
apresentamos a experiência com o jogo “cubra -12 à 12”e alguns resultados alcançados.
Concluímos, a partir das observações realizadas, que os alunos conseguiram tirar dúvidas
sobre algumas operações, trabalhar em equipe e, além disso, reconhecemos a importância
da utilização de jogos em atividades educativas em aulas de matemática como estratégia
metodológica no processo de ensino e aprendizagem em Matemática.
Palavras-chave: Recurso didático; jogos; Pibid; números inteiros; operações.
INTRODUÇÃO
sanar dúvidas dos alunos quanto as operações com números inteiros, por meio de uma
metodologia diferenciada e motivadora que é o jogo.Constatamos dificuldades das turmas
ao realizarem operações com números inteiros, em especial, com a subtração e divisão. A
partir das observações realizadas em aulas e de discussões junto à professora supervisora
adaptamos um jogo de Smole, Diniz e Cândido (2008) denominado “Cubra e descubra”,
o qual trabalha as operações com números naturais. Esse jogo já tinha sido trabalhado por
outros bolsistas em turmas diferentes no Pibid, os quais trocaram o nome para “Cubra 12”.
No nosso caso, como ampliamos para os números inteiros negativos ficou “Cubra -12 a
+12”. Moura (1991) afirma que precisamos escolher o jogo com uma intencionalidade e
que cabe ao professor organizá-lo para contribuir para a atividade de aprendizagem.
Enquanto atividade da docência, nós, desenvolvemos a atividade lúdica com
esse jogo, analisando, planejando e discutindo, tanto previamente para uma intervenção
produtiva, quanto após as aplicações. Moura (1991, p. 49) destaca que “O jogo deve ser
jogo do conhecimento, e isto é sinônimo de movimento do conceito e de desenvolvimento”.
Defendemos que esse jogo, com o uso de seu registro contribui para este movimento de
trabalhar os conceitos de operações com números inteiros.
METODOLOGIA
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de um projeto de pesquisa intitulado “Laboratório de matemática do Ifes/Vitória: atividades, reflexões e formação de professores”
coordenado pela profª Sandra Fraga.
Revisando operações com números
inteiros por meio de um jogo
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O jogo foi desenvolvido em duas aulas, totalizando 110 minutos, com a turma do
sétimo ano no Lem. O objetivo do jogo “cubra – 12 à + 12” foi de realizar as quatro
operações matemáticas aritméticas, contribuir no cálculo mental, no raciocínio e incitar a
interação entre os alunos.
Inicialmente, a turma foi dividida em grupos de dois alunos. Cada dupla recebeu 2
dados, 1 tabuleiro, duas folhas de registro e 50 marcadores, sendo 25 para cada aluno. O
tabuleiro foi numerado de – 12 a +12, pois assim conseguimos trabalhar com resultados
negativos. Prosseguimos explicando as regras e fazendo alguns exemplos no quadro.
Grando (2004, p.23) afirma que “a regra estabelece o movimento a ser conferido ao
jogo, isto é, define o que pode e que não pode acontecer nele, limitando a ação de seus
adversários”.
Depois das regras bem definidas os alunos iniciaram o jogo (fig. 2). Cada jogador 93
jogava os dois dados e realizava uma das quatro operações básicas, escolhidas por eles
mesmos, com os valores obtidos nas faces superiores de cada dado. Ganha o jogo quem
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GRANDO, Regina Célia. O jogo e a matemática no contexto da sala de aula. São Paulo:
Paulus, 2004.
MARQUES, Monica Baeta. O jogo como alternativa para as aulas de matemática nas
séries finais do ensino fundamental. In:Anais do VIII Encontro Nacional de Educação
Matemática, 2004.
SMOLE, Kátia S.; DINEZ, Maria Inez; CÂNDIDO, Patrícia. Cadernos do Mathema: jogos
de matemática de 1º a 5º ano. Porto Alegre: Artmed, 2008.
PLANO DE AULA
COMPONENTE (S)
Matemática
CURRICULAR (ES)
SÉRIE 6ª série
Revisando operações com números inteiros por meio
ASSUNTO
de jogos
Adição, subtração, multiplicação e divisão com
EMENTA
números inteiros
CARGA HORÁRIA 2 horas
OBJETIVO GERAL Revisar operações básicas com números inteiros.
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inteiros por meio de um jogo
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