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SEGURANÇA

NO T R Â NS IT O
MANUAL
APRESENTAÇÃO

Prezado Cliente:
Embora a FCA Fiat Chrysler Automóveis Brasil Ltda empenhe de forma incessante seus esforços no desenvolvimen-
to de produtos cada vez mais seguros e sustentáveis, sua utilização será sempre responsabilidade do usuário. Cabe
a ele empregar o veículo de acordo com as regras vigentes e as boas condutas no trânsito, exercendo a cidadania
em benefício do bem comum.
Este manual não pretende ser exaustivo quanto à abordagem dos inúmeros aspectos que compõem o trânsito.
Trata-se de um guia de consulta rápida, sempre à mão do usuário para esclarecimento de dúvidas e provimento de
informações úteis.
Aqui trataremos de quatro grandes temas importantes para a segurança do trânsito: as normas de circulação, as
infrações e penalidades previstas no CTB (Código de Trânsito Brasileiro), a direção defensiva e os primeiros socorros
em caso de acidente. Apresentaremos ainda anexos do CTB, que tratam de conceitos, definições e da sinalização
básica de trânsito.
O trânsito no Brasil, como confirmam as estatísticas, é motivo de preocupação constante das autoridades e de
todos os brasileiros, pela violência envolvida e os altos custos sociais que gera a cada ano. Cabe a cada cidadão uma
cota de responsabilidade pela melhora desse triste contexto.
Boa leitura!

1
INTRODUÇÃO

Este manual se baseia no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), instituído pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de
1997 que, juntamente com as Resoluções Complementares do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN),
regulamenta o trânsito em todo o território brasileiro.
Considera-se trânsito, segundo o CTB, a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.
O mesmo código define que o trânsito, em condições seguras, é um direito de todos os cidadãos. Todos os direitos,
na sociedade, vêm acompanhados de deveres e com o trânsito não é diferente. No caso dos motoristas, para que
todo o sistema funcione como desejado, é primordial cumprir a legislação, empenhando-se em aprender, reaprender
e pautar-se pela prática consciente e responsável na direção de seu veículo.
Os assuntos aqui tratados, sobretudo aqueles referentes às normas de circulação, infrações e penalidades, refletem
o estado atual das leis de trânsito no Brasil na data da preparação original do arquivo.
Sabemos que as leis devem acompanhar os avanços da sociedade e suas dinâmicas culturais, tecnológicas e
econômicas e de fato a legislação passa, de tempos em tempos, por atualizações que visam fazer frente às novas
necessidades de promoção da justiça no contexto do trânsito. Alguns temas como, por exemplo, os valores pecuniá-
rios das multas e as penas aplicáveis aos condutores podem se desatualizar após a data da publicação deste manual.
Recomenda-se, nesses casos, referir-se diretamente ao CTB.

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SUMÁRIO

1. Normas de circulação.........................................................................................................................................05
2. Infrações e penalidades.......................................................................................................................................19
3. Direção defensiva...............................................................................................................................................29
4. Primeiros socorros...............................................................................................................................................43
5. Anexos do Código Brasileiro De Trânsito (CTB)..................................................................................................51

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NORMAS DE - Deve também estar seguro de - Do veículo que estiver transitan-
que o veículo tenha combustível do pela rodovia, se apenas um
CIRCULAÇÃO suficiente para chegar ao local fluxo for proveniente de rodovia.
de destino.
- O condutor deve ter total domí-
1. NORMAS DE CIRCULAÇÃO
nio de seu veículo a todo o mo-
O Código de Trânsito Brasileiro, mento, dirigindo-o sempre com
em seu capítulo III, define as Normas atenção e tomando os cuidados
Gerais de Circulação e Conduta, es- indispensáveis à segurança do
tabelecendo as obrigações não so- trânsito.
mente dos condutores, mas também 1.2. Regras gerais para a circulação
dos passageiros dos veículos e dos de veículos
pedestres.
Os veículos devem circular nas
Nos tópicos seguintes são apre-
vias públicas pelo lado direito da - Do veículo que estiver circulan-
sentadas, de forma sucinta, as prin-
via, a não ser que haja sinalização do uma rotatória.
cipais normas de circulação.
indicando alguma exceção.
1.1. Deveres do condutor Manter sempre uma distância de
Os deveres do condutor são os se- segurança entre seu veículo, os ou-
guintes: tros veículos na via e a borda da pista.
- Antes de colocar o veículo em A preferência de passagem nos
circulação, o condutor deve ve- locais sem sinalização indicando a
rificar a existência e as boas con- preferência, será:
dições de funcionamento dos
equipamentos de uso obrigató-
rio.

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- Do veículo que vier pela direita Os veículos só podem transitar - Dar a preferência de passagem,
do condutor, nos demais casos. sobre passeios, calçadas e nos acos- tanto na via quanto nos cruza-
tamentos para entrar e sair de imó- mentos, com velocidade reduzi-
veis ou de áreas de estacionamento da e com os devidos cuidados de
especiais. segurança.
Quando houver veículos precedi- Os veículos prestadores de ser-
dos de batedores, estes têm priorida- viços de utilidade pública, como
de de passagem, sendo respeitadas companhias de água, luz, etc., devi-
as demais normas de circulação. damente identificados, também têm
Os veículos de socorro de incên- liberdade de estacionamento e esta-
dio e salvamento, os de polícia, os cionamento no local em que estive-
de fiscalização e operação de trân- rem prestando o serviço. Esse local
Nas vias com várias faixas de circu- que deve ser sinalizado de acordo
lação no mesmo sentido, os veículos sito e as ambulâncias têm priori-
dade de trânsito e podem circular com as normas do CONTRAN (Con-
maiores e mais lentos devem usar as selho Nacional de Trânsito).
faixas da direita ou faixa especial, livremente, estacionar e parar onde
se houver. As faixas da esquerda necessário, quando estiverem em 1.3. Regras de ultrapassagem
são reservadas para ultrapassagens serviço de urgência e devidamente
identificados por alarme sonoro e As ultrapassagens devem ser rea-
e circulação dos veículos de maior lizadas com o máximo de atenção
velocidade. iluminação vermelha intermitente.
Nesses casos, os demais condutores: e prudência, evitando assim graves
acidentes. Nos casos de ultrapassa-
- Devem deixar a passagem livre
gens, o condutor deve obedecer as
pela faixa da esquerda, indo para
seguintes regras:
a direita e parando, se for neces-
sário. - Estar seguro de que ninguém que
venha atrás tenha começado a
ultrapassá-lo, antes de começar
a ultrapassar outro veículo.
- Dar preferência para o veículo

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da frente que tenha sinalizado ção ou sinal de braço e voltar à Jamais fazer ultrapassagem em ne-
que deseja iniciar uma ultrapas- faixa da direita, com cuidado e nhuma das seguintes situações:
sagem, antes de começar a ultra- atenção.
passá-lo. Os veículos que se movimentam
- Certificar-se que a faixa da es- sobre trilhos têm preferência de pas-
querda esteja livre para a ultra- sagem sobre os demais, respeitando
passagem, com extensão sufi- as regras de circulação.
ciente para realizar toda a mano- Ao perceber que o veiculo de trás
bra com segurança. deseja ultrapassá-lo:
- Indicar com antecedência que - Se estiver na faixa da esquerda,
deseja ultrapassar, através do uso sinalizar e ir para a faixa da di-
da luz de direção (seta) ou sinal - Nas vias de pista única e sentido
reita, sem acelerar.
de braço. duplo.
-
Se estiver em outra faixa,
- Deixar uma distância lateral de - Em curvas e aclives sem visibili-
manter-se nela, sem acelerar.
segurança do veículo que estiver dade suficiente.
Os veículos lentos que estiverem
ultrapassando. - Nas passagens de nível, pontes e
em fila devem manter distância su-
travessias de pedestres.
ficiente entre si para permitir que
outros veículos possam entrar na fila - Nos cruzamentos ou próximo
em segurança ao ultrapassá-los. deles.
Redobrar a atenção e reduzir a ve-
locidade, ou mesmo parar ao ultra-
passar um veículo de transporte co-
letivo que esteja parado, preservando
a segurança de pedestres que possam
estar embarcando, desembarcando
ou se aproximando do coletivo.
- Ao concluir a ultrapassagem, si-
nalizar por meio da luz de dire-
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ATENÇÃO: Os veículos maiores Ao entrar em uma via, vindo de Para sair da via pelo lado direito,
são responsáveis pela segurança dos um terreno contiguo a ela, dar prefe- aproximar o veículo o máximo pos-
menores, os motorizados pelos não rência aos veículos e pedestres que sível da borda direita da pista e re-
motorizados e todos juntos pela se- nela já estejam transitando. alizar a manobra no menor espaço
gurança, a proteção e o bem estar Em vias com acostamento, fazer possível.
dos pedestres, respeitadas a regras conversão à esquerda ou retorno
de circulação. nos locais apropriados. Na ausên-
cia desses locais, aguardar à direita
1.4. Regras para manobras e mu- no acostamento para cruzar a pista
danças de direção somente quando houver segurança
Para efetuar manobras e mudan- para a manobra.
ças de direção, o condutor deve res-
peitar as regras descritas a seguir.
Assegurar-se de que pode execu-
tar a manobra pretendida sem risco Para sair da via pelo lado esquer-
para os demais usuários da via à sua do em uma pista com circulação nos
volta, de acordo com sua posição, dois sentidos, aproximar o veículo
direção e velocidade. o máximo possível do eixo ou da
Antes de realizar uma mano- linha divisória da pista, se houver.
bra com deslocamento lateral, por Se a pista for de um único sentido,
exemplo, para mudar de faixa ou aproximar-se o máximo possível da
fazer uma conversão ou um retorno, borda esquerda.
indicar com bastante antecedência
sua intenção, por meio da luz indi-
cadora de direção (seta) ou sinal de
braço.

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do por sinalização, ou em local que - Fora das áreas urbanas, quando
ofereça segurança e fluidez. Obser- for conveniente advertir ao con-
var as características da via, do ve- dutor do veículo que segue à
ículo, condições meteorológicas e a frente que se pretende ultrapas-
movimentação de ciclistas e pedes- sá-lo.
tres.
1.6. Uso de luzes de sinalização
As luzes de sinalização também têm
seu uso regulamentado. O CTB deter-
mina as seguintes regras para utiliza-
ção das luzes externas do veículo.
O condutor deverá manter acesos
os faróis, com luz baixa, durante a
noite e durante o dia nas rodovias e
nos túneis com iluminação pública.
A luz alta deve ser usada nas vias
sem iluminação, exceto ao cruzar
veículo ou segui-lo.
1.5. Uso da buzina
Piscar o farol de forma intermiten-
Ao mudar de direção, ceder pas- A buzina é um dispositivo impor- te para advertir outros motoristas,
sagem a pedestres, ciclistas e outros tante, porém o condutor só pode isto é, trocar entre luz baixa a alta
veículos que estejam transitando no acioná-la com toque breve e apenas sucessivamente, só é permitido em
sentido oposto da pista da qual vai em duas situações: duas situações:
sair, respeitando as normas de prefe-
rência de passagem. - Para fazer as advertências neces- - Para sinalizar ao motorista do
sárias visando evitar acidentes. veículo à frente a intenção de
Em vias urbanas, um retorno deve
ultrapassá-lo.
ser feito somente em local apropria-
do para tal manobra, ou determina- - Para indicar aos condutores de
veículos que circulam em senti-
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do contrário a existência de al- 1.7. Regras de prefêrncia e de Os veículos que se deslocam so-
gum risco à segurança. passagem em cruzamentos e bre trilhos têm preferência de passa-
Sob chuva forte, neblina ou cerra- passagem de nível gem sobre todos os demais, respeita-
ção, o condutor deve manter acesas O condutor deve ter prudência es- das as normas de circulação.
pelo menos as luzes de posição. pecial ao aproximar-se de qualquer
As luzes de posição devem ser cruzamento, adotando velocidade
mantidas acesas durante a noite nas moderada que permita parar seu
paradas para embarque ou desem- veiculo com segurança para dar pas-
barque de passageiros e operações sagem a pedestres e veículos que te-
de carga e descarga de mercadorias. nham direito à preferência no local.
As luzes de emergência (pisca- O condutor não pode entrar em
-alerta) deverão ser acionadas nos uma intercessão se houver possibili-
seguintes casos: dade de ter que deter seu veículo na
- Nas imobilizações ou em situa- área de cruzamento, prejudicando
ções de emergência. ou obstruindo a passagem do trân-
sito transversal, mesmo que a luz do 1.8. Estacionamento e parada
- Se a regulamentação da via as- semáforo seja favorável a ele.
sim o determinar. Se for necessário imobilizar tem-
A luz de placa deverá ser mantida porariamente o veículo no leito da
acesa com o veículo em circulação via, em situação emergencial, deve-
no período noturno. -se providenciar imediatamente a si-
nalização de emergência, conforme
o estabelecido pelo CONTRAN.

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Quando for proibido estacionar O estacionamento do veículo sem o nientes para os demais conduto-
na via, a parada deve ser realizada abandono do condutor é permitido res, exceto em situação de perigo
no menor tempo possível, apenas o somente nos locais previstos no Có- iminente.
indispensável para que os passagei- digo de Trânsito Brasileiro ou com - Deve indicar a manobra de re-
ros embarquem ou desembarquem, sinalização específica regulamentar. dução de velocidade com a an-
nunca interrompendo ou perturban- A operação de carga e descarga so- tecedência necessária e de forma
do o fluxo de veículos ou a locomo- bre a via é considerada estaciona- clara.
ção de pedestres no local. mento. - Deve transitar em velocidade
Ao parar ou estacionar e nas ope- moderada e ser especialmente
1.9. Velocidade e distância entre
rações de carga de descarga, o veí- veículos prudente ao se aproximar de cru-
culo deve ser posicionado no senti- zamentos, para que tenha con-
do do fluxo da via, paralelo à borda O condutor deve regular a veloci- dições de deter com segurança
da pista de rolamento e próximo à dade observando constantemente o veículo que está conduzindo,
guia da calçada (meio-fio), salvo nas as condições da via, do veículo e da para dar passagem a pedestre e
exceções devidamente sinalizadas. carga, a intensidade do trânsito e as veículos que tenham direito à
Nas vias com acostamento, somen- condições meteorológicas, sempre preferência.
te é permitida a parada, o estacio- obedecendo aos limites de veloci-
dade determinados para a via. Além A velocidade máxima permitida
namento e as operações de carga e nas vias é indicada pela sinalização
descarga fora da pista de rolamento. disso, o condutor:
específica, de acordo com suas ca-
- Não deve transitar em velocidade racterísticas técnicas e condições de
anormalmente reduzida sem moti- trânsito. Na ausência de sinalização
vo justificado, para não obstruir a regulamentadora, a velocidade má-
marcha normal dos demais veícu- xima permitida será de:
los que estejam circulando na via.
- Deve certificar-se, antes de redu-
zir a velocidade de seu veículo,
de que esta operação não colo-
que em risco ou cause inconve-

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Nas vias urbanas: Nas rodovias de pista dupla: peitando as condições operacionais
- Cento e dez quilômetros por da via e do trânsito.
- Oitenta quilômetros por hora (80
km/h), nas vias de trânsito rápido. hora (110 km/h), para automó- O condutor deve manter uma dis-
veis, camionetas e motocicletas. tância de segurança entre seu veí-
- Sessenta quilômetros por hora
- Noventa quilômetros por hora culo, os outros veículos na via e a
(60 km/h), nas vias arteriais.
(90 km/h), para os demais veícu- borda da pista, além de deixar uma
- Quarenta quilômetros por hora distância lateral de segurança do ve-
los.
(40 km/h), nas vias coletoras. ículo que estiver ultrapassando.
- Trinta quilômetros por hora (30 Nas rodovias de pista simples:
1.10. Regras relativas a veículos de
km/h), nas vias locais. - Cem quilômetros por hora (100 transporte coletivo
km/h), para automóveis, camio-
netas e motocicletas. Os veículos de transporte coletivo
de passageiros devem usar farol bai-
- Noventa quilômetros por hora xo durante o dia e a noite quando es-
(90 km/h), para os demais veícu- tiverem circulando nas faixas a eles
los. destinadas.
Nas estradas 1.11. Regras para redução de
- Sessenta quilômetros por hora velocidade
(60 km/h). O condutor deve indicar a manobra
Velocidades superiores ou inferio- de redução de velocidade com a ante-
res a essas podem ser regulamenta- cedência necessária e de forma clara.
das, por meio de sinalização, pelo Antes de reduzir a velocidade de
órgão ou entidade de trânsito ou seu veículo, o condutor deve estar
rodoviário com circunscrição sobre assegurar-se de que esta operação
a via. não coloque em risco ou possa cau-
A velocidade mínima não pode ser sar inconvenientes para os demais
menor que a metade da velocidade condutores, exceto em situação de
máxima estabelecida para via, res- perigo iminente.
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1.12. Redução de marcha, 1.14. Regras aplicáveis aos prioridade sobre os veículos. A cir-
imobilizações temporárias e pedestres culação deve ser feita em fila única
paradas emergenciais pelos bordos da pista e no sentido
O pedestre tem o direito de utili-
Se for necessário imobilizar tem- contrário ao do deslocamento dos
zar os passeios ou passagens apro-
porariamente o veículo no leito da veículos, exceto se houver sinaliza-
priadas das vias urbanas e os acosta-
via, em situação emergencial, deve- ção proibindo a circulação no local
mentos nas vias rurais. A autoridade
-se providenciar imediatamente a si- ou se houver possibilidade de com-
competente pode permitir o uso da
nalização de emergência, conforme prometimento da segurança.
calçada para outros fins, desde que
o estabelecido pelo CONTRAN. essa utilização não seja prejudicial Se houver faixas ou passagens
O condutor deve utilizar o pisca- ao fluxo de pedestres. de pedestres a cinquenta metros de
-alerta (luzes de emergência) em onde o pedestre estiver, ele deve
O ciclista desmontado empurran-
imobilizações ou situações emer- sempre usá-las para cruzar a pista
do a bicicleta se equipara ao pedes-
genciais. de rolamento, tomando precauções
tre, tanto nos direitos quanto nos
e considerando fatores como a visi-
1.13. Abertura de portas dos deveres.
bilidade, a distância e a velocidade
veículos Nas áreas urbanas, na ausência de dos veículos.
passeios ou se não for possível utili-
O condutor e os demais ocupantes Na ausência de faixa ou passa-
zá-los, os pedestres podem circular
do veículo não podem abrir a porta gem de pedestre, este deve fazer a
na pista de rolamento, com priori-
do veículo, deixá-la aberta ou sair travessia da via perpendicularmente
dade sobre os veículos. A circulação
do veículo sem antes estarem segu- ao seu eixo.
deve ser feita em fila única pelos
ros de que isso não represente perigo Nas passagens sinalizadas para
bordos da pista, exceto se houver si-
para eles mesmos e para os demais pedestres ou com faixas delimitadas,
nalização proibindo a circulação no
usuários da via. o pedestre deve obedecer às indica-
local ou se houver possibilidade de
Todos os ocupantes do veículo, comprometimento da segurança. ções das luzes se houver sinalização
exceto o condutor, devem embarcar por foco. Onde não houver foco de
Nas vias rurais, na ausência de
e desembarcar pelo lado da calçada. pedestres, esperar até que o trânsito
acostamento ou se não for possível
seja interrompido pelo semáforo ou
utilizá-lo, os pedestres podem cir-
pelo agente de trânsito.
cular na pista de rolamento, com
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Se o pedestre estiver cruzando a
via em local com sinalização por
semáforo, terão preferência aqueles
que ainda não tenham concluído a
travessia, mesmo que o semáforo
libere a passagem para os veículos.
O pedestre, ao ouvir o alarme
sonoro de veículos destinados a so-
corro de incêndio e salvamento, de
O trânsito de bicicletas em sentido
polícia, de fiscalização e operação
contrário ao do fluxo dos veículos
de trânsito e as ambulâncias, deve
Nos cruzamentos e em suas ime- automotores poderá ser permitido
aguardar no passeio, só atravessan-
diações, se não houver faixa de pe- pela autoridade de trânsito em tre-
do a via quando o veículo já tiver
destres, estes devem cruzar a via na chos dotados com ciclofaixa.
passado.
continuação da calçada, não entran- A circulação de bicicletas nos pas-
do na via sem estar seguros de que 1.15. Regras aplicáveis aos seios é permitida somente nos locais
podem atravessá-la sem prejudicar o ciclistas
autorizados e sinalizados pelo órgão
trânsito dos veículos. Após iniciar a O ciclista desmontado empurrando ou entidade com circunscrição so-
travessia, o pedestre deve conclui-la a bicicleta se equipara ao pedestre, bre a via.
sem demorar, sem aumentar o per- tanto nos direitos quanto nos deveres.
curso e nunca deve parar sem neces- 1.16. Regras aplicáveis à
Quando não houver ciclovia, ci- condução de animais e a veículos
sidade no meio da pista.
clofaixa ou acostamento nas vias de tração animal
Ao atravessar a via sobre as faixas urbanas e nas vias rurais de pista
delimitadas de pedestres, estes te- Os veículos de tração animal de-
dupla, o ciclista deverá circular no
rão prioridade de passagem, exceto vem ser conduzidos pelo lado direi-
mesmo sentido de circulação da via,
nos locais com semáforos, nos quais to da pista, junto à guia da calçada
nos bordos da pista e terá preferên-
serão respeitadas as disposições do (meio-fio) ou ao acostamento, quan-
cia sobre os veículos automotores.
Código de Trânsito Brasileiro. do não houver faixa especial para
eles. Os condutores devem seguir as
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normas de circulação do Código de O veículo automotor deve man-
Trânsito Brasileiro. ter a distância lateral de um metro e
A circulação de animais, isolados cinquenta centímetros ao passar ou
ou em grupo, deve ser conduzida ultrapassar bicicleta.
por um guia. Os rebanhos devem
ser divididos em grupos de tamanho
moderado e separados entre si por
espaço suficiente para não obstruir o
trânsito na via.
Os passageiros desses veículos só
Animais circulando na pista de ro-
podem ser transportados em assen-
lamento devem ser mantidos próxi-
to suplementar atrás do condutor ou
mos do bordo da pista.
em carro lateral acoplado aos veícu-
1.17. Comportamento dos 1.18. Regras aplicáveis a condutores los. Assim como os condutores, os
condutores em relação aos e passageiros de motocicletas, passageiros também devem usar ca-
pedestres e ciclistas motonetas e ciclomotores pacete e roupas de proteção confor-
Os veículos maiores são responsá- me as especificações do CONTRAN.
Para circular nas vias, os condu-
veis pela segurança dos menores, os tores de motocicletas, motonetas e Se não houver faixa destinada à
motorizados pelos não motorizados ciclomotores devem utilizar capace- circulação de ciclomotores, eles de-
e todos juntos pela segurança, a pro- te, com viseira ou óculos protetores, vem circular pela direita da pista de
teção e o bem estar dos pedestres, segurar o guidom com as duas mãos rolamento, de preferência no centro
respeitadas a regras de circulação. e usar roupas de proteção conforme da faixa da direita ou no bordo direi-
Ao fazer uma manobra de mu- as especificações do CONTRAN. to da pista. É proibida a circulação
dança de direção, o condutor deve de ciclomotores nas vias de trânsito
ceder a passagem aos ciclistas, res- rápido e sobre as calçadas das vias.
peitando as normas de preferência
de passagem.

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Nas vias com duas ou mais faixas O tempo de direção poderá ser au- O controle e o registro do tempo
de trânsito nas quais a pista da di- mentado em situações excepcionais de condução é responsabilidade do
reita for destinada a veículo de ou- devidamente registradas, para que o motorista profissional. O controle é
tro tipo, os ciclomotores devem ser condutor e a carga possam chegar a realizado através de registrador ins-
conduzidos pela faixa mais próxima um lugar que ofereça segurança e tantâneo inalterável de velocidade
à da direita. atendimento necessários, sem com- e tempo (tacógrafo) ou anotação em
prometer a segurança rodoviária. diário de bordo, papeleta ou ficha de
1.19. Regras aplicáveis aos
condutores profissionais A cada 24 (vinte e quatro) horas, trabalho externo, ou ainda por meios
o condutor deve observar no míni- eletrônicos instalados no veículo de
As regras seguintes aplicam-se aos mo 11 (onze) horas de descanso. acordo com normas do CONTRAN.
motoristas profissionais de veículos Essas horas podem ser usufruídas O condutor é responsável pela guar-
de transporte coletivo de passageiros no veículo e podem coincidir com da, preservação e exatidão dos da-
e de transporte rodoviário de cargas. os intervalos de 30 (trinta) minutos dos contidos no tacógrafo.
O motorista profissional só pode de descanso mencionados anterior- 1.20. Uso de equipamentos
dirigir esses veículos por no máximo mente, observadas nas primeiras 8 obrigatórios
5 (cinco) horas ininterruptas. (oito) horas contínuas de descanso.
Os equipamentos obrigatórios dos
Para a condução de veículo de O tempo de condução ou de di- veículos, entre outros que poderão
transporte de carga, devem ser ob- reção é somente o tempo em que o ser definidos pelo CONTRAN são os
servados 30 (trinta) minutos de des- condutor estiver efetivamente ao vo- seguintes:
canso dentro de cada 6 (seis) horas, lante, transitando entre a origem e o
mas sem superar as 5 (cinco) horas e destino do percurso. - Cinto de segurança regulamenta-
meia de condução ininterrupta. do pelo CONTRAN, exceto em
O início de uma viagem só pode veículos de transporte de passa-
Para a condução de veículo de ocorrer após ter sido cumprido inte- geiros em que seja permitido via-
transporte rodoviário de passageiros, gralmente o intervalo regulamentar jar em pé.
devem ser observados 30 (trinta) mi- de descanso. Não observar os perí-
nutos de descanso dentro de cada 4 odos de descanso sujeita o motorista
(seis) horas. profissional a penalidades definidas
pelo Código de Trânsito Brasileiro.

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- Dispositivo de controle de emis- - Protetores das rodas traseiras dos
são de gases poluentes e de ruí- caminhões.
do, conforme normas estabeleci- - Espelhos retrovisores, interno e
das pelo CONTRAN. externo.
- Airbag frontal para o condutor e - Limpador de para-brisa.
o passageiro do banco dianteiro.
- Lavador de para-brisa.
- As bicicletas devem estar equi-
- Pala interna de proteção contra o
padas com campainha, retrovi-
sol (para-sol) para o condutor.
sor do lado esquerdo e sinaliza-
ção noturna dianteira, traseira, - Faróis principais dianteiros de
lateral e nos pedais. cor branca ou amarela.
Nenhum veículo pode circular - Luzes de posição dianteiras (faro-
- Tacógrafo, para veículos de com equipamento ou acessório proi- letes) de cor branca ou amarela.
transporte escolar, transporte de bido e seu uso sujeita o infrator às - Lanternas de posição traseiras de
passageiros com mais de dez penalidades e medidas administrati- cor vermelha.
lugares e veículos de carga com vas previstas. - Lanternas de freio de cor verme-
peso bruto total superior a 4.536
A Resolução Nº 14/98 do CON- lha.
kg.
TRAN, considerando o artigo 105 do - Lanternas indicadoras de direção:
- Encosto de cabeça, conforme CTB, determina que, para circular dianteiras de cor âmbar e traseiras
normas estabelecidas pelo CON- em vias públicas, os veículos auto- de cor âmbar ou vermelha.
TRAN. motores deverão estar dotados dos
- Lanterna de marcha a ré, de cor
equipamentos obrigatórios relacio-
branca.
nados abaixo, a serem constatados
pela fiscalização e em condições de - Retrorrefletores (catadióptrico)
funcionamento: traseiros, de cor vermelha.
- Para-choques, dianteiro e traseiro. - Lanterna de iluminação da placa
traseira, de cor branca;
- Velocímetro.
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- Buzina. - Cinto de segurança para todos os - Chave de roda.
- Freios de estacionamento e de ocupantes do veículo.
serviço, com comandos inde- - Dispositivo destinado ao contro-
pendentes. le de ruído do motor, naqueles
- Pneus que ofereçam condições dotados de motor a combustão.
mínimas de segurança. - Roda sobressalente, compreen-
dendo o aro e o pneu, com ou - Chave de fenda ou outra ferra-
- Dispositivo de sinalização lumi-
sem câmara de ar, conforme o menta apropriada para a remo-
nosa ou refletora de emergência,
caso. ção de calotas.
independente do sistema de ilu-
minação do veículo. - Macaco, compatível com o peso - Lanternas delimitadoras e lan-
e carga do veículo. ternas laterais nos veículos de
carga, quando suas dimensões
assim o exigirem.
- Cinto de segurança para a árvore
de transmissão em veículos de
transporte coletivo e carga.

- Extintor de incêndio.
- Registrador instantâneo e inalte-
rável de velocidade e tempo, nos
veículos de transporte e condu-
ção de escolares, nos de trans-
porte de passageiros com mais de
dez lugares e nos de carga com
capacidade máxima de tração su-
perior a 19 toneladas.
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INFRAÇÕES E Ao proprietário caberá a responsa- Nos casos de infração relativa ao
bilidade pela infração relativa à regu- excesso de peso bruto total, se o peso
PENALIDADES larização prévia e ao preenchimento declarado for superior ao limite legal,
das condições e formalidades exi- o embarcador e o transportador serão
gidas para o trânsito do veículo nas solidariamente responsáveis.
vias, à conservação e inalterabilidade
2. INFRAÇÕES E PENALIDADES 2.3. Fiscalização e policiamento
de suas características, componentes, de trânsito
O Código de Trânsito Brasileiro agregado, habilitação legal e compa-
determina as infrações de trânsito e tível dos condutores e outras determi- A fiscalização e o policiamento
prevê penalidades, medidas admi- nações que devem ser observadas. de trânsito são atribuições do agen-
nistrativas e punições aos infratores. O condutor é responsável pelas te da autoridade de trânsito, que é a
infrações decorrentes de atos prati- pessoa, civil ou policial militar, cre-
2.1. Infração de trânsito denciada pela autoridade de trânsito
cados na direção do veículo.
Infração de trânsito é a falta de para o exercício de tais atividades.
Ao embarcador caberá a respon-
cumprimento de qualquer regra pre- sabilidade pela infração relativa a É função das Polícias Militares
vista no Código de Trânsito Brasilei- realizar transporte de carga com ex- exercer o policiamento ostensivo de
ro, das leis complementares ou das cesso de peso nos eixos ou no peso trânsito, atuando na prevenção e re-
resoluções do CONTRAN. O infrator bruto total do veículo, quando for, pressão aos atos relacionados com a
fica sujeito às penalidades e medidas ao mesmo tempo, o único remetente segurança pública e garantir a obedi-
administrativas determinadas nos ar- da carga e o peso declarado na nota ência às regras relativas à segurança
tigos e às punições previstas no ca- fiscal, fatura ou manifesto for menor de trânsito, visando evitar acidentes
pítulo XIX do Código, que trata dos que o aferido. e assegurar a livre circulação.
crimes de trânsito. Nas rodovias e estradas federais,
Ao transportador caberá a respon-
2.2. Responsabilidade pela infração sabilidade pela infração referente a é competência da Polícia Rodoviá-
transporte de carga com excesso de ria Federal realizar o patrulhamento
A responsabilidade pela infração ostensivo.
caberá, segundo o Código, ao pro- peso nos eixos ou quando a carga
prietário, ao condutor, ao embarca- proveniente de mais de um embar-
dor e ao transportador. cador superar o peso bruto total.

19
2.4. O auto de infração tecnológico disponível, previamente 2.5. Penalidades
regulamentado pelo CONTRAN.
O auto de infração será lavrado As penalidades serão impostas ao
quando ocorrer infração prevista na Se não for possível a autuação em condutor, ao proprietário do veículo,
legislação de trânsito. Deverão cons- flagrante, o agente de trânsito deve ao embarcador e ao transportador,
tar do auto de infração: relatar o fato à autoridade no próprio exceto nos casos de descumprimen-
auto de infração, informando os da- to de obrigações e deveres impostos
- A tipificação da infração.
dos necessários para o procedimen- a pessoas físicas ou jurídicas men-
- O local, a data e a hora em que a to cabível. cionados expressamente no Código
infração foi cometida.
O auto de infração poderá ser la- de Trânsito Brasileiro.
- Os caracteres da placa de iden- vrado pelo agente da autoridade de As penalidades serão impostas
tificação, a marca e a espécie do trânsito com competência para tal, concomitantemente aos proprietá-
veículo e outros elementos julga- que pode ser servidor civil, estatu- rios e condutores de veículos sempre
dos necessários à sua identifica- tário ou celetista, ou ainda policial que houver responsabilidade solidá-
ção. militar designado pela autoridade de ria em infração, respondendo cada
- O prontuário do condutor, sem- trânsito com jurisdição sobre a via e um deles individualmente pela falta
pre que possível. no âmbito de sua competência. em comum que a eles for atribuída.
- A identificação do órgão ou en- A autoridade de trânsito, dentro A autoridade de trânsito, dentro de
tidade e da autoridade ou agen- da competência estabelecida no Có- suas competências e circunscrição,
te autuador ou do equipamento digo de Trânsito Brasileiro e em sua deverá aplicar as seguintes penalida-
que comprovar a infração. circunscrição, julgará a consistência des previstas no Código:
- A assinatura do infrator, se possí- do auto de infração e aplicará a pe-
- Advertência por escrito.
vel, que valerá como notificação nalidade cabível ao caso.
- Multa.
do cometimento da infração. Se o auto de infração for considera-
do inconsistente ou irregular, ou se no - Suspensão do direito de dirigir.
A infração deve ser comprovada por
declaração da autoridade ou agente prazo máximo de trinta dias não for - Cassação da Carteira Nacional
da autoridade de trânsito, aparelho expedida a notificação da autuação, de Habilitação.
eletrônico ou equipamento audiovi- o auto de infração será arquivado e o - Cassação da Permissão para
sual, reações químicas ou outro meio seu registro será julgado insubsistente. Dirigir.
20
- Frequência obrigatória em curso a multa originada pela infração, cujo positivo infracional. Se houver
de reciclagem. valor será o da multa multiplicada reincidência no período de doze
A aplicação das penalidades pre- pelo número de infrações iguais co- meses, o prazo será de oito a de-
vistas não elimina as punições origi- metidas no período de doze meses. zoito meses.
nárias de ilícitos penais decorrentes A penalidade de suspensão do di- Depois de cumprida a penalidade
de crimes de trânsito, conforme a lei. reito de dirigir será imposta: de suspensão do direito de dirigir e
A imposição da penalidade será - Sempre que o infrator atingir a realizado o curso de reciclagem, a
comunicada aos órgãos ou entida- contagem de 20 (vinte) pontos, Carteira Nacional de Habilitação
des executivos de trânsito respon- no período de 12 meses, confor- será devolvida a seu titular.
sáveis pela habilitação do condutor me pontuação prevista na legis- A aplicação da suspensão do di-
e licenciamento do veículo. Essa lação (ver item 2.7 – Natureza da reito de dirigir elimina os 20 (vinte)
determinação vale também para o infração cometida e pontuação pontos computados para a contagem
infrator pessoa jurídica. correspondente). Nesse caso, o subsequente.
Se a identificação do infrator não prazo para aplicação da pena- A penalidade de cassação do do-
for imediata, o principal condutor ou lidade de suspensão do direito cumento de habilitação será imposta:
o proprietário do veículo terá o pra- de dirigir é de seis meses a um
- Quando o infrator conduzir
zo de quinze dias após a notificação ano e, se houver reincidência no
qualquer veículo estando sus-
da autuação para apresentá-lo, con- período de doze meses, de oito
penso seu direito de dirigir.
forme disposição do CONTRAN. Se meses a dois anos.
- Quando condenado judicial-
não o fizer até o fim do prazo, será - Por transgressão às normas pre-
mente por crime de trânsito.
considerado responsável pela infra- vistas no Código de Trânsito Bra-
ção o condutor principal ou, na sua sileiro cujas infrações preveem - Em caso de reincidência, no pra-
ausência, o proprietário do veículo. especificamente a penalidade de zo de doze meses, nas seguintes
suspensão do direito de dirigir. infrações:
Após o prazo de quinze dias, se o
veículo for de propriedade de pessoa Nesse caso, o prazo para apli- - Dirigir com documento de habi-
jurídica e não havendo identificação cação da penalidade é de dois litação de categoria diferente da
do infrator, nova multa será lavrada ao a oito meses, exceto para infra- do veículo que esteja dirigindo.
proprietário do veículo e será mantida ções com prazo descrito no dis-

21
- Entregar a direção do veículo a Depois de dois anos da cassação - Quando se envolver em acidente
pessoa sem documento de habili- da Carteira Nacional de Habilitação, grave para o qual tenha contribu-
tação, com documento de habili- o infrator pode requerer sua reabi- ído, independentemente de pro-
tação suspenso ou cassado ou de litação, refazendo todos os exames cesso judicial.
categoria diferente da do veículo necessários à habilitação. - Se for constatado que o condutor
que esteja conduzindo, com do- Ao infrator é assegurado o amplo está colocando a segurança do
cumento de habilitação vencido direito de defesa em processo ad- trânsito em risco.
há mais de trinta dias, ou ainda ministrativo relativo à aplicação das - Em outras situações a serem defi-
sem usar lentes corretoras de vi- penalidades de suspensão do direito nidas pelo CONTRAN.
são, prótese, aparelho auditivo ou de dirigir e de cassação do docu-
adaptações do veículo impostas mento de habilitação. 2.6. Medidas administrativas
na ocasião da concessão ou reno-
A penalidade de advertência por A autoridade de trânsito e seus
vação da licença para dirigir.
escrito pode ser imposta em caso de agentes, dentro de suas competên-
- Dirigir sob influência de álcool infração leve ou média, passível de cias e circunscrição, deve adotar as
ou outra substância psicoativa punição com multa, se o infrator não seguintes medidas administrativas,
que provoque dependência. for reincidente na mesma infração entre outras:
- Disputar corrida. nos últimos doze meses, quando a - Retenção do veículo.
- Promover ou participar como autoridade entender que a advertên-
- Remoção do veículo.
condutor, na via, de competição, cia por escrito é mais educativa, con-
siderando o prontuário do infrator. - Recolhimento da Carteira Nacio-
eventos organizados, exibição
nal de Habilitação.
ou demonstração de perícia em O infrator deverá submeter-se a
manobra de veículo, sem per- curso de reciclagem: - Recolhimento da permissão para
missão da autoridade de trânsito. dirigir.
- Quando, sendo contumaz, a re-
- Demonstrar ou exibir manobra ciclagem for necessária para sua - Recolhimento do Certificado de
perigosa em veículo, mediante reeducação. Registro.
arrancada brusca, derrapagem - Quando tiver suspenso seu direi- - Recolhimento do Certificado de
frenagem com deslizamento ou to de dirigir. Licenciamento Anual.
arrastamento de pneus.
22
- Realização de teste de dosagem com remoção e estada, além de ou- ou ainda se, em caso de retenção do
de alcoolemia ou perícia de tros encargos previstos na legislação. veículo, se a irregularidade não pu-
substância entorpecente ou que O veículo será liberado somente der ser sanada no local da infração.
determine dependência. após reparo de qualquer componen- Qualquer concentração de álcool
As medidas administrativas não te obrigatório que não esteja em per- por litro de sangue ou por litro de ar
eliminam a aplicação de penalida- feito estado de funcionamento. nos pulmões é considerada infração
des impostas por infrações, sendo Quando a irregularidade puder ser gravíssima e sujeita o condutor às
complementares a estas. sanada no local da infração, o veícu- penalidades previstas no Código.
O veículo poderá ser retido nos lo não será removido. O condutor envolvido em aci-
casos expressos no Código de Trânsi- A Carteira Nacional de Habilita- dente de trânsito ou que for alvo de
to Brasileiro. Quando a irregularida- ção e da Permissão para Dirigir será fiscalização poderá ser submetido a
de puder ser sanada no local da in- recolhida nos casos previstos no Có- teste, perícia, exame clínico ou ou-
fração, o veículo será liberado logo digo de Trânsito Brasileiro, ou quan- tros procedimentos para certificar in-
após a regularização da situação. do houver suspeita de sua inautenti- fluência de álcool ou substância psi-
Se não for possível sanar a irregu- cidade ou adulteração. coativa causadora de dependência.
laridade no local da infração, o veí- O Certificado de Registro será reco- Dirigir sob a influência de álcool ou
culo poderá ser liberado e entregue lhido nos casos previstos no Código de outra substância psicoativa também
a condutor habilitado, desde que Trânsito Brasileiro, ou quando houver poderá ser caracterizado tendo por
ofereça segurança para circular. Se suspeita de sua inautenticidade ou base imagem, vídeo ou constatação
não se apresentar um condutor habi- adulteração ou ainda se, alienado o ve- de sinais que indiquem alteração da
litado no local da infração, o veículo ículo, não for realizada a transferência capacidade psicomotora do condutor.
será removido a um depósito. de propriedade no prazo de trinta dias. Se o condutor se recusar a submeter-se
O veículo será removido para de- a qualquer desses procedimentos, es-
O Certificado de Licenciamento
pósito definido pelo órgão ou enti- tará sujeito às penalidades e medidas
será recolhido nos casos previstos
dade competente, nos casos previs- administrativas cabíveis nesses casos.
no Código de Trânsito Brasileiro, ou
tos no Código de Trânsito Brasileiro quando houver suspeita de sua inau- Em caso de acidente com vítima,
e somente será restituído após paga- tenticidade ou adulteração, se o pra- envolvendo veículo equipado com
mento de multas, taxas e despesas zo do licenciamento estiver vencido tacógrafo, somente o perito oficial
23
poderá retirar o disco ou a unidade de armazenamento do registro. que deve remetê-lo à JARI (Junta
Administrativa de Recursos de In-
2.7. Natureza da infração cometida e a pontuação correspondente
frações), que tem até trinta dias para
As infrações punidas com multa são classificadas em quatro categorias realizar o julgamento.
segundo sua gravidade e a cada infração cometida são computados pontos. Se o recurso não for julgado no pra-
A tabela seguinte relaciona a natureza da infração, o valor da multa cor- zo previsto, por motivo de força maior,
respondente e o número de pontos computados. a autoridade que impôs a penalidade
pode conceder-lhe efeito suspensivo.
Natureza da infração Valor da multa Número de pontos
Cabe recurso das decisões do
R$ 293,47 (duzentos e noventa e três
Gravíssima
reais e quarenta e sete centavos)
7 JARI, a ser interposto pelo responsá-
vel pela infração ou pela autoridade
R$ 195,23 (cento e noventa e cinco que impôs a penalidade, em até trin-
Grave 5
reais e vinte e três centavos)
tas dias após a publicação ou notifi-
R$ 130,16 (cento e trinta reais e cação da decisão.
Média 4
dezesseis centavos)
Implicam o encerramento da ins-
R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e
Leve 3 tância administrativa de julgamento
oito centavos)
de infrações e penalidades:
No caso de multa agravada, o fator multiplicador ou índice adicional es- - O julgamento do recurso.
pecífico será o previsto no Código de Trânsito Brasileiro.
- A não interposição do recurso
2.8. O processo administrativo de recurso de infração e de imposição de dentro do prazo legal.
penalidades - O pagamento da multa, com o
Sendo aplicada a penalidade, uma notificação é expedida ao proprietário do reconhecimento da infração e
veículo ou ao infrator, para assegurar a ciência de que a penalidade foi imposta. requerimento de encerramento
A notificação deve conter a data do término do prazo para apresentação do processo sem apresentação
de recurso pelo responsável pela infração. Esse prazo não pode ser inferior a de recurso ou defesa.
trinta dias contados a partir da data da notificação da penalidade. Depois de esgotados os recursos,
O recurso será interposto perante a autoridade que impôs a penalidade, as penalidades aplicadas são cadas-

24
tradas no RENACH (Registro Nacio- rior à máxima permitida para a guintes circunstâncias, as penalida-
nal de Carteiras de Habilitação). via em 50 km/h. des do crime serão agravadas:
2.9. Crimes de trânsito Nas situações previstas no pará- - Com dano potencial para duas ou
grafo anterior, deverá ser instaurado mais pessoas ou grande risco de
Aos crimes cometidos na direção inquérito policial para investigação dano patrimonial grave a terceiros.
de veículos automotores, previstos da infração penal. - Conduzindo o veículo sem pla-
no Código de Trânsito Brasileiro, são
A duração da penalidade de sus- cas ou com placas falsas ou
aplicadas as normas gerais do Códi-
pensão ou proibição de se obter a adulteradas.
go Penal e do Código de Processo
permissão ou a habilitação para diri- - Conduzindo o veículo sem pos-
Penal, exceto quando haja disposi-
gir veículo automotor é de dois me- suir Permissão para Dirigir ou
ção diversa no CTB, bem como da
ses a cinco anos. Carteira Nacional de Habilitação.
Lei nº 9.099, de 26 de setembro de
1995, no que couber. Se o réu for reincidente na prática - Com Permissão para Dirigir ou Car-
de crime de trânsito, lhe será apli- teira Nacional de Habilitação de
Aos crimes de trânsito de lesão
cada pelo juiz a penalidade de sus- categoria diferente da do veículo.
corporal culposa aplica-se o dispos-
pensão da permissão ou habilitação
to nos artigos 74, 76 e 88 da Lei nº - Quando a sua profissão ou ativi-
para dirigir, sem prejuízo das outras
9.099, de 26 de setembro de 1995, dade exigir cuidados especiais no
penas cabíveis.
exceto se o agente estiver: transporte de pessoas ou carga.
A penalidade de multa reparatória
- Sob a influência de álcool ou - Utilizando veículo com equipa-
consiste em pagamento em depósito
outra substância psicoativa que mentos ou características adulte-
judicial à vítima ou a seus sucesso-
determine dependência. rados que afetem sua segurança
res, de quantia calculada com base
- Participando, na via, de corrida, ou seu funcionamento de acordo
no artigo 49 do Código Penal, sem-
disputa ou competição automo- com os limites de velocidade es-
pre que houver prejuízo material re-
bilística, exibição, demonstração pecificados pelo fabricante.
sultante do crime. A multa reparató-
de perícia em manobra com veí- ria não pode ser superior ao valor do - Conduzindo o veículo sobre fai-
culo automotor, sem autorização prejuízo demonstrado no processo. xa de trânsito de pedestres tem-
da autoridade. porária ou permanente.
Se o condutor do veículo tiver
- Transitando em velocidade supe- cometido a infração em uma das se- Em acidentes de trânsito com ví-
25
tima, se o condutor do veículo prestar socorro pronto e integral àquela, não lhe será imposta a prisão em flagrante
nem a exigência de pagamento de fiança.
A tabela seguinte relaciona os crimes de trânsito com suas respectivas penas.
Crimes em espécie Penas
Detenção de dois a quatro anos e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir. Haverá aumento de 1/3 à meta-
de da pena se o agente:
- Não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira Nacional de Habili-
tação.
- Praticar o homicídio culposo na faixa de pedestres ou na calçada.
- Deixar de prestar socorro à vítima do acidente, quando for possível
Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor.
fazê-lo sem risco pessoal.
- No exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veícu-
lo de transporte de passageiros.
Reclusão, de cinco a oito anos , e suspensão ou proibição do direito de
se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor, se
o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de
qualquer outra substância psicoativa que determine dependência.
Detenção de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se
obter a permissão ou a habilitação para dirigir. Haverá aumento de 1/3
à metade da pena se o agente:
- Não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira Nacional de Habili-
tação.
- Praticar o homicídio culposo na faixa de pedestres ou na calçada.
Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. - Deixar de prestar socorro à vítima do acidente, quando for possível
fazê-lo sem risco pessoal.
- No exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veícu-
lo de transporte de passageiros.
Reclusão de dois a cinco anos, se o agente conduz o veículo com ca-
pacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de
outra substância psicoativa que determine dependência, e se do crime
resultar lesão corporal de natureza grave ou gravíssima.

26
Detenção de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir
Deixar o condutor do veículo de prestar socorro imediato à vítima
elemento de crime mais grave. Incide nas penas o condutor mesmo
na ocasião do acidente ou, se não puder fazê-lo por justa causa,
que sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima
deixar de solicitar auxílio da autoridade pública.
com morte instantânea ou ferimentos leves.
Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à
Detenção de seis meses a um ano, ou multa.
responsabilidade penal ou civil que a ele possa ser atribuída.
Crimes em espécie Penas
Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada Detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibi-
em razão da influência de álcool ou de outra substância que deter- ção de se obter a Permissão ou a Habilitação para dirigir veículo
mine dependência. automotor.
Violar a suspensão ou a proibição de se obter a Permissão ou a Habili- Detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição
tação para dirigir veículo automotor imposta com fundamento no CTB. adicional com mesmo prazo de suspensão ou de proibição.
Detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de
se obter a Permissão ou a Habilitação para dirigir veículo automotor.
Se da prática do crime resultar lesão corporal grave, e as circuns-
Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de cor- tâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem as-
rida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela sumiu o risco de produzi-lo, a pena é de reclusão, de três a seis
autoridade competente, gerando situação de risco às pessoas ou anos, sem prejuízo das outras penas previstas.
danos a propriedade privada. Se da prática do crime previsto resultar morte, e as circunstâncias
demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o
risco de produzi-lo, a pena é de reclusão de cinco a 10 dez anos,
sem prejuízo das outras penas previstas.
Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a Permissão para
Dirigir ou a Habilitação ou com o direito de dirigir cassado, geran- Detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
do perigo de dano.
Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa
não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir
Detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
suspenso, ou a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou
por embriaguez, não esteja em condições de dirigir com segurança.

27
Trafegar em velocidade incompatível com a segurança próximo de
escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passa-
Detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
geiros, logradouros estreitos, ou locais com grande movimentação
ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano.
Alterar por meio de artifício, em caso de acidente com vítima, na
pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inqué-
Detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
rito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de
pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz.

28
DIREÇÃO DEFENSIVA rio que os motoristas tenham conhe- Manutenção periódica e preven-
tiva e funcionamento
cimento do que fazer para evitá-los,
conduzindo seus veículos com aten-
Uma correta manutenção permite
3. DIREÇÃO DEFENSIVA ção, previsão e habilidade.
manter o desempenho do veículo ao
3.2. Veículos longo do tempo, reduzir os custos de
Evitar ou reduzir os acidentes no
funcionamento e proteger a eficiên-
trânsito, preservando a saúde e a Os veículos vêm evoluindo com
cia dos sistemas de segurança.
vida das pessoas e o meio ambien- o passar dos anos, com o aperfeiço-
te está ao alcance dos motoristas e amento das legislações que visam à A manutenção incorreta do veícu-
deve tornar-se uma prática constante proteção dos ocupantes e com a in- lo ou a não execução de interven-
no seu dia a dia. Para isso, é neces- corporação de sistemas de seguran- ções e reparações (quando necessá-
sário capacitar-se para compreender ça suplementares, como os airbags, rias) podem comportar reparações
os conceitos da direção defensiva além dos demais equipamentos de mais dispendiosas, danos em outros
e aplicar corretamente os conheci- segurança, como cintos de segu- componentes ou um impacto ne-
mentos adquiridos, automatizando rança, pré-tensionadores, apoios de gativo no desempenho do veículo.
os comportamentos positivos em cabeça, sistemas de segurança para Deve-se mandar examinar imedia-
prol da boa convivência e preserva- o transporte de crianças e uma sé- tamente eventuais anomalias de fun-
ção dos valores para uma vida em rie de outros sistemas em constante cionamento na Rede Assistencial.
coletividade com qualidade e res- aprimoramento. A FCA Fiat Chrysler Automóveis
peito mútuo. Todos os equipamentos do veículo Brasil Ltda. define uma série de con-
3.1. O que é direção defensiva? devem ser mantidos em boas con- troles e de intervenções de manuten-
dições de funcionamento para que ção em intervalos preestabelecidos,
Direção defensiva é a maneira de cumpram seu papel nos momentos descritos no Plano de Manutenção
dirigir com respeito à legislação de em que forem solicitados. Programada presente no manual de
trânsito, tomando decisões corretas manutenção que acompanha o veí-
nos momentos certos para antecipar culo.
e prever as situações de risco e evitar
acidentes. A maioria dos acidentes
envolve o fator humano e é necessá-

29
Antes de qualquer inspeção, é, no dicações presentes nas luzes-espia
entanto, sempre necessário ter aten- no painel de instrumentos e em ins-
ção às indicações descritas no Pla- peções periódicas, antes de viagens
no de Manutenção Programada (por e outras especiais em caso de uso
ex., verificar periodicamente o nível severo do veículo. Os controles e
dos líquidos, a pressão dos pneus, operações previstos e recomendados
etc.). estão descritos em detalhe no manu-
É aconselhável confiar a manuten- al de uso e manutenção do veículo.
ção do veículo à Rede Assistencial. Equipamentos obrigatórios
Para efetuar pessoalmente as opera- - Dispositivo de controle de emis-
ções periódicas e as pequenas inter- Os equipamentos obrigatórios dos são de gases poluentes e de ruí-
venções de manutenção no veículo, veículos automotores, conforme de- do, conforme normas estabeleci-
é recomendável utilizar equipamen- terminado no artigo 105 do Código das pelo CONTRAN.
to adequado, peças genuínas e os de Trânsito Brasileiro, são: - Airbag frontal para o condutor e
líquidos necessários. - Cinto de segurança regulamenta- o passageiro do banco dianteiro.
do pelo CONTRAN, exceto em
veículos de transporte de passa-
geiros em que seja permitido via-
jar em pé.
- Tacógrafo, para veículos de
transporte escolar, transporte de
passageiros com mais de dez
lugares e veículos de carga com
peso bruto total superior a 4.536
Não efetuar qualquer tipo de inter- kg.
venção se não se possuir a experiên- A Resolução Nº 14/98 do CON-
cia necessária. - Encosto de cabeça, conforme TRAN, considerando o artigo 105
normas estabelecidas pelo CON- do CTB, determina que, para cir-
O funcionamento do veículo deve TRAN.
ser observado sempre através das in- cular em vias públicas, os veículos
30
automotores deverão estar dotados ficados/substituídos nos intervalos forme especificado no plano de ma-
de uma série de equipamentos obri- de tempo previstos no plano de ma- nutenção programada e substituídos
gatórios a serem constatados pela nutenção programada, para que se quando necessário.
fiscalização e em condições de fun- mantenham ativos e prontos a atuar O alinhamento das rodas dian-
cionamento. Para conhecer a lista de com segurança e eficiência quando teiras e traseiras deve ser realizado
equipamentos especificados na reso- solicitados. periodicamente, observando os va-
lução 14/19, ver o item 1.20 – Uso Conduzir com o pé apoiado no lores prescritos no manual de uso e
de equipamentos obrigatórios, no pedal do freio pode prejudicar a sua manutenção.
capítulo 1 – Normas de circulação, eficiência, aumentando o risco de O sistema de direção é um dos
neste manual. acidentes. Durante a marcha, nunca responsáveis por permitir a dirigi-
Sistemas de freios, suspensão, di- manter o pé no pedal do freio e não bilidade do veículo, possibilitando
reção e iluminação solicitá-lo inutilmente para evitar o su- as mudanças de direção mediante
peraquecimento dos freios: o desgaste a atuação do condutor no volante.
O sistema de freios compõe-se ba- excessivo das pastilhas pode provocar
sicamente de sistema hidráulico, flui- Os veículos podem estar equipados
danos no sistema de frenagem. com direção mecânica, hidráulica
do, tubulação, discos e pastilhas ou,
dependendo do veículo, tambores e Utilizar unicamente o fluido de ou elétrica e em todos os casos as
lonas. Os sistemas de freios contam freio prescrito pelo fabricante, na revisões periódicas no sistema de-
também com ABS (Anti-lock Braking quantidade recomendada. vem ser realizadas respeitando os
System), que evita, com quaisquer O sistema de suspensão tem a fun- prazos previstos no plano de manu-
condições do piso da estrada e de in- ção de absorver os choques gerados tenção programada. Em caso de de-
tensidade da ação de frenagem, o blo- pelo movimento do veículo nos di- feito, como folga, trepidação ou se
queio e a consequente patinação de versos tipos de piso, mantendo sua o veículo estiver “puxando” para um
uma ou mais rodas, garantindo, deste estabilidade. Os amortecedores par- lado, devem-se providenciar os con-
modo, o controle do veículo mesmo ticipam ativamente na absorção dos sertos necessários para evitar perda
nas frenagens de emergência e otimi- impactos e na estabilidade, princi- de controle do veículo e acidentes.
zando os espaços de frenagem. palmente em curvas e frenagens. Os Nos veículos com direção hidráu-
Os freios têm componentes sujei- componentes da suspensão devem lica utilizar unicamente o fluido
tos a desgaste, que devem ser veri- ser verificados periodicamente, con- prescrito pelo fabricante, na quanti-

31
dade recomendada. Cruzando com outro veículo, o
O sistema de iluminação é impor- motorista deve passar, com bastante
tantíssimo para permitir ao condutor antecedência, dos faróis altos (se es-
ver bem o caminho a seguir e que tiverem acesos) aos baixos.
o veículo seja visto pelos outros mo- Manter luzes externas e faróis lim-
toristas e pedestres, evitando aciden- pos. Substituir o mais rápido possí-
tes. vel qualquer lâmpada queimada e
É importante verificar a correta verificar periodicamente o estado do
orientação dos faróis; se estiverem sistema de iluminação.
Evitar ingerir alimentos pesados
baixos demais, reduzem a visibili- 3.3. Condutores an¬tes de viajar. Uma alimenta-
dade e cansam a vista. Se estiverem
Para dirigir, é necessário manter a ção leve, de fácil digestão, ajuda
altos demais, podem atrapalhar os
concentração, e para isso é impres- a manter os reflexos rápidos. Evite,
motoristas dos outros veículos.
cindível que o motorista esteja com principalmente, bebidas alcoólicas,
bom estado físico e mental. Os tem- drogas e medicamentos que possam
pos de reação às situações de perigo modificar o comportamento.
iminente diminuem consideravel- Dormir bem também é importan-
mente se o motorista estiver pouco te. Dormir mal ou não dormir o su-
concentrado. ficiente tem efeitos sobre a concen-
A associação álcool e direção é tração, os reflexos e podem induzir
um dos principais fatores que cau- o motorista a erros nas tomadas de
sam acidentes, pois o motorista nes- decisões no trânsito.
sas condições tem a concentração Conhecimento e habilidades
Usar os faróis altos somente fora reduzida, os reflexos e o comporta-
das cidades e quando tiver certeza mento modificados e a capacidade O conhecimento adquirido no
que não atrapalharão os outros mo- de ação e reação prejudicada. aprendizado para obter a carteira
toristas. de habilitação é o ponto de partida
para começar a dirigir um veículo.
O trânsito, no entanto, exige do mo-
32
torista aperfeiçoamento constante, Uso de equipamentos obrigatórios - Uso de telefone celular e outros
não só conhecimento das regras de equipamentos que tirem a aten-
O CONTRAN disciplina o uso dos
circulação, mas também de técnicas ção ao conduzir.
equipamentos obrigatórios e deter-
de direção segura e comportamento - Consumo de álcool, drogas e
mina suas especificações técnicas.
responsável na direção do veículo. medicamentos que produzam
Ao motorista cabe manter presentes
Habilitação no veículo e em perfeito estado de mudança de comportamento.
utilização esses equipamentos. Para - Excesso de velocidade.
A Carteira Nacional de Habilita-
mais informação sobre este tema, ver - Ultrapassagens em locais proibi-
ção e a Permissão para Dirigir são de
o item 1.20 – Uso de equipamentos dos.
porte obrigatório quando o motoris-
obrigatórios, no capítulo 1 – Normas
ta estiver à direção de um veículo. - Desrespeito à sinalização e re-
de circulação, neste manual.
A validade desses documentos está gras de circulação.
condicionada, segundo o Código Fatores de risco para a ocorrência - Imprudência de motoristas, mo-
de Trânsito Brasileiro, ao prazo de de acidentes tociclistas, ciclistas e pedestres.
vigência do exame de aptidão física
Muitos são os fatores de risco para - Falta de manutenção do veículo.
e mental.
a ocorrência de acidentes de trânsi- - Excesso ou mal acondiciona-
Conduzir veículo sem possuir do- to. Tais fatores devem ser conhecidos
cumento de habilitação ou com o mento de carga.
e devem ser levados em considera-
documento cassado ou com suspen- ção pelos motoristas, a fim de poder - Imperícia do condutor.
são do direito de dirigir constituem evitá-los pelo bem de todos os usuá- Como evitar colisões
infrações gravíssimas. O mesmo se rios das vias. A prevenção passa pelo
aplica a dirigir com o documento de conhecimento e a disposição em Para evitar colisão com o veículo
habilitação de categoria diferente da mudar o comportamento no trânsito, da frente, o motorista deve:
do veículo que esteja dirigindo ou evitando os fatores que dependem - Manter a atenção, observando
vencido há mais de trinta dias. exclusivamente do motorista. sinais do veículo que segue à
São fatores de risco, entre outros: frente, como seta, luz de freio,
sinais de mão, indicando o que
- Cansaço, fadiga. seu motorista pretende fazer.
- Desatenção ao volante.
33
- Manter a distância de seguran- - Favorecer a ultrapassagem do do a eles a preferência de passagem,
ça para permitir a frenagem em veículo de trás. reduzir a velocidade nas proximida-
espaço suficiente. Em piso - Manter velocidade compatível des de escolas, hospitais, pontos de
escorregadio esta distância com o trânsito e o limite da via ônibus e locais de grande circulação
diminui. e frear aos poucos, evitando frea- de pessoas.
- Tentar observar o que está ocor- das bruscas. É importante estar atento à movi-
rendo à frente do veículo que - Evitar os veículos que estejam mentação de bicicletas, motocicle-
está imediatamente à sua frente, muito “colados” ao seu. Nesses tas e similares e manter distância
tentando identificar situações casos, é recomendável mudar de de segurança ao ultrapassar esses
que possam fazê-lo frear repen- pista ou diminuir a velocidade veículos.
tinamente. para permitir que lhe passem. Outras colisões que ocorrem e po-
Para evitar colisão de veículos dem ser evitadas são aquelas com
frente a frente, o motorista deve: objetos fixos, trens e animais. Inde-
pendentes dos erros cometidos por
- Não ultrapassar em locais peri-
outros motoristas, pedestres e de-
gosos.
mais usuários das vias, o motorista
- Nas ultrapassagens, certificar-se que pratica a direção defensiva deve
que há espaço suficiente para ser capaz de evitar os acidentes,
concluir a ultrapassagem com conduzindo com prudência e aten-
segurança. ção sempre.
Para evitar colisão com o veículo - Prestar atenção nas manobras Condições adversas
de trás, o motorista deve: em cruzamentos.
- Reduzir a velocidade nas curvas As condições adversas também
- Evitar manobras bruscas e pla-
e prestar atenção durante o per- são fatores de risco de acidentes de
nejar antecipadamente as mano-
curso. trânsito. No que diz respeito ao mo-
bras como mudanças de direção
torista, as condições adversas podem
para evitar fazê-las bruscamente. Outro comportamento que pode ser físicas ou mentais. Entre as físi-
- Sinalizar ao motorista do veículo evitar colisões e atropelamentos é cas, destacam-se fadiga, sonolência,
de trás o que pretende fazer. ter cuidado com os pedestres, dan-
34
embriaguez, mal-estar, deficiência 3.4.Vias Vias urbanas e rodovias
visual ou auditiva, dores, enfermida-
Limites de velocidade Dirigir em vias urbanas e rodovias
des. As mentais são decorrentes de
exige habilidades diferentes do mo-
estados emocionais como tristeza, É obrigação do condutor respeitar torista. É necessário ater-se ao fato
preocupação, insegurança, medo. os limites de velocidade definidos de que a maior velocidade pratica-
Para dirigir um veículo, o motoris- para os diversos tipos de vias, con- da nas rodovias pode traduzir-se em
ta deve estar em perfeitas condições forme determinado no Código de acidentes mais graves, com o morte.
físicas e mentais. Caso não esteja, o Trânsito Brasileiro (ver item 1.9. Ve- Manter a velocidade regulamentada
melhor a fazer é evitar dirigir. locidade e distância entre veículos, por lei e compatível com o trânsito é
Após ter participado de discussões no capítulo 1. Normas de circula- essencial em todas as situações.
com familiares, no trabalho, ter rece- ção, neste manual).
Por outro lado, nas vias urbanas
bido notícias ruins ou vivido recente- Além disso, é necessário manter há grande número de fatores de risco
mente outras situações estressantes, velocidade compatível com as con- para acidentes, com a maior quanti-
o motorista não deve colocar-se ao dições de trânsito, atentando-se para dade de veículos, pedestres, e a aten-
volante. Nesses casos, deve passar a condições momentâneas que podem ção redobrada, prudência e habilida-
direção a outra pessoa ou escolher ocorrer, como parada repentina do de são igualmente importantes.
outro meio de transporte. tráfego, grupo de pessoas na pista,
condições climáticas adversas, que
exigem uma redução da velocidade.

35
Nas estradas em áreas rurais há Os movimentos com o volante de- Lembrar-se que a ultrapassagem
maior risco de presença de animais vem ser suaves, sem golpes rápidos, em subida é mais lenta e, por isso,
na pista. O motorista deve, ao per- movimentos bruscos ou oscilações, requer mais estrada livre. Ao ser ul-
ceber essa presença, diminuir a ve- a fim de manter a trajetória do veícu- trapassado em subida, deve-se facili-
locidade e prosseguir devagar até lo correta do início ao fim da curva. tar a ultrapassagem do outro veículo.
ultrapassar a área de perigo, para só
depois retomar a velocidade normal.
Curvas, aclives, declives
As curvas oferecem riscos, pois o
veículo, devido a leis da Física, ten-
de a ser jogado para fora da trajetó-
ria, podendo sair de frente ou trasei-
ra, com perigo de capotamento ou
colisões. É fundamental respeitar as
placas de sinalização e estar atento Em estradas em descida, o moto- Pontes, túneis, passagens de nível
ao que ocorre à sua volta. rista deve usar o freio motor, engre- Nas passagens de nível, pontes
Antes de entrar em uma curva, o nando marchas fortes, para não su- e viadutos é proibido ultrapassar,
motorista deve diminuir a velocida- peraquecer os freios. exceto quando houver sinalização
de, mediante o uso do freio ou mar- Antes de começar a descida, testar permitindo a ultrapassagem. Nestes
cha mais forte, se for o caso. Depois os freios. locais não há acostamento, o que
de entrar na curva, deve manter a torna essas manobras extremamen-
trajetória definida mantendo velo- Não percorrer, em hipótese algu-
ma, descidas com o motor desligado te perigosas. Além disso, é proibido
cidade compatível e ir acelerando estacionar em viadutos, pontes e
gradativamente à medida que for ou em ponto morto, e muito menos
com a chave retirada do contato. túneis.
terminando a trajetória da curva.
Nas descidas, dirigir com veloci- Nos túneis, o condutor deve man-
dade moderada, evitando “cortar” as ter os faróis acesos utilizando luz
curvas. baixa.

36
Cruzamentos, sinalização, aumentando os riscos de acidentes pode causar ofuscamento e prejudi-
iluminação no trânsito. A luz em excesso pode car a visão. Baixar, nesses casos, o
causar ofuscamento e deficiência de para-sol ou utilizar óculos de sol. O
O condutor deve ter prudência e
luz gera penumbra. sol pode estar incidindo nos olhos
atenção especiais ao aproximar-se
A iluminação do veículo em situ- dos motoristas que estão trafegando
de qualquer cruzamento, mantendo
ações de penumbra ou escuridão, em sentido contrário. Para aumentar
uma velocidade moderada que per-
à noite ou com chuva aumenta a a segurança, deve-se acender o farol
mita parar o veículo com segurança
proteção dos outros motoristas, mo- baixo para que os motoristas vejam
para dar passagem a pedestres e veí-
tociclistas, ciclistas e pedestres, que seu veículo e seguir em velocidade
culos que tenham direito à preferên-
podem vê-lo melhor com a antece- moderada.
cia no local.
dência necessária. Por isso, nessas O ofuscamento causado pela in-
É proibido ultrapassar em cruza-
situações, o farol deve estar ligado, clinação do sol pode prejudicar tam-
mentos e próximo deles.
conforme normas determinadas de bém a visão dos semáforos, confun-
A sinalização de trânsito compõe- uso dos faróis presentes no CTB. dindo o motorista. Reduzir a veloci-
-se de elementos de sinalização viá- dade nessas situações e certificar-se
Os faróis devem ser mantidos re-
ria que se utilizam de placas, marcas que está enxergando corretamente a
gulados, pois do contrário poderão
viárias, equipamentos de controle indicação do semáforo.
causar ofuscamento aos motoristas
luminosos, dispositivos auxiliares,
que trafegam em direção contrária.
apitos e gestos, destinados exclusi-
Se o motorista tiver a visão ofusca-
vamente a ordenar ou dirigir o trân-
da pelo farol de outro veículo, deve
sito dos veículos e pedestres (ver
desviar a visão escolhendo uma refe-
item 5.2. Anexo II, no capítulo 5.
rência no lado direito da pista. Se a
Anexos do Código de Trânsito Brasi-
luz forte do veículo de trás reflete no
leiro, neste manual).
retrovisor, o motorista deve atuar em
A iluminação é um fator de grande seu mecanismo de ajuste para evitar
importância na condução de veícu- o ofuscamento.
los. A intensidade de luz natural ou
Dirigindo no início da manhã ou Quando for viajar à noite, atente-
artificial pode alterar a capacidade
no final da tarde, a inclinação do sol -se a estas dicas importantes:
do motorista de ver e de ser visto,
37
- Dirigir com prudência especial, - Cruzando com outro veículo, necessidade de entrar imediatamen-
já que, à noite, as condições de passar, com bastante antecedên- te no acostamento, deve fazê-lo re-
direção são mais difíceis. cia, dos faróis altos (se estiverem duzindo antes suavemente a veloci-
-
Reduzir a velocidade, acesos) aos baixos. dade e sinalizando sua intenção aos
principal¬mente em estradas sem - Manter luzes e faróis limpos. veículos de trás.
iluminação. - Fora da cidade, atenção para Obras na pista ou no acostamento
- Aos primeiros sinais de sono- com a travessia de animais. representam risco de acidentes. Nes-
lência, parar o veículo em local ses locais há presença de máquinas
Acostamento, obras, condições do e operários trabalhando e pode ha-
seguro. Prosseguir seria um risco pavimento
para si mesmo e para os outros. ver poeira e irregularidades de piso
Continuar a viagem só depois de O acostamento faz parte da via, na pista, além de possíveis desvios. É
ter descansado bastante. mas se diferencia da pista de rola- necessário respeitar a sinalização de
mento e se destina à parada ou esta- advertência e reduzir a velocidade
- Manter uma distância de segu-
cionamento de veículos em situação ao transitar por trechos com obras.
rança em relação aos veículos da
frente, maior do que a que man- de emergência, circulação de pe- O pavimento da via em más con-
teria durante o dia. É difícil avaliar destres e, quando não houver local dições, como presença de buracos,
a velocidade dos outros veículos apropriado, circulação de bicicletas. ondulações, inclinações indevidas,
quando só as luzes são visíveis. Os veículos automotores são proi- etc. altera a estabilidade do veículo,
bidos de trafegar no acostamento. causando desequilíbrio e pode pro-
- Verificar a correta orientação dos
vocar perda da dirigibilidade com
faróis. Em algumas vias, o acostamen-
risco de acidentes.
- Usar os faróis altos somente fora to apresenta desnível em relação à
pista de rolamento. Nesses casos, Trafegando em vias nessas con-
das cidades e quando tiver certe-
o motorista deve manter atenção e dições, ou percebendo com anteci-
za que não atrapalharão os ou-
uma distância segura do degrau en- pação a presença de irregularidades
tros motoristas.
tre pista e acostamento. Se tiver que na pista, diminuir a velocidade, usar
utilizar o acostamento, deve procu- corretamente os freios e não fazer
rar um local em que não haja desní- movimentos bruscos com o volante.
vel ou que ele seja menor; se houver
38
Sinalização, calçadas e passeios circulação de pedestres. Em uma estrada molhada, todas as
manobras são mais difíceis, pois o
Os passeios públicos e calçadas Condições adversas
atrito das rodas no asfalto é reduzido
são destinados ao fluxo de pedes-
As condições adversas da via se consideravelmente. Consequente-
tres. Veículos automotores só podem
referem à conservação do pavimen- mente, os espaços para frear aumen-
usá-los para entrarem ou saírem de
to e seu entorno. É necessário ter tam muito e a aderência na estrada
garagens, imóveis ou áreas especiais
atenção especial e diminuir a velo- diminui.
de estacionamento. Transitar com
cidade nas vias em más condições Aqui estão algumas recomenda-
o veículo em calçadas e passeios
de conservação, por exemplo, com ções a seguir em caso de chuva:
constitui infração gravíssima.
buracos, deficiência ou falta de sina-
- Reduzir a velocidade e man-
lização, árvores próximas da borda
ter uma distância de segurança
da via, pista escorregadia, defeitos
maior dos veículos da frente.
no acostamento ou falta dele.
- Se estiver chovendo muito forte,
3.5. Ambiente a visibilidade também é reduzi-
Chuva, aquaplanagem, neblina da. Nestes casos, mesmo se for
dia, acender os faróis baixos para
tornar-se mais visível aos outros.
- Não atravessar poças em alta ve-
Mesmo as operações permitidas locidade e segurar bem o volante
de trânsito nas calçadas devem ser para manter o controle do veícu-
feitas com a máxima atenção e a lo. Uma poça atravessada em
baixa velocidade, sem prejudicar a alta velocidade pode provocar
movimentação do pedestre. a perda de controle do veículo
Onde houver obstrução da calça- (aquaplanagem). A aquaplana-
da ou da passagem para pedestres, gem ocorre quando o pneu per-
o órgão ou entidade com circunscri- Dirigir com chuva exige atenção de a aderência com o solo e o
ção sobre a via deverá assegurar a redobrada, pois a chuva e as estra- veículo passa a flutuar na água,
devida sinalização e proteção para das molhadas significam perigo. impedindo que o motorista possa
39
controlá-lo. - Acender, mesmo durante o dia,
- Na chuva, a possibilidade de os faróis baixos e os eventuais
perda de aderência aumenta. faróis auxiliares dianteiros. Não
Nesse caso, diminuir a veloci- usar os faróis altos.
dade e aumentar a distância do - Colocar os comandos de venti-
veículo que segue à frente. Evitar lação na função de desembaça-
usar os freios quando o veículo mento, para não ter problemas Circulando em rodovias com ven-
estiver sobre uma poça de água. de visibilidade. tos fortes, prestar atenção às árvores
- Lembrar-se que a presença de nas margens da via, que podem indi-
neblina também causa umidade car a situação de vento forte. Se per-
no asfalto, o que dificulta qual- ceber essa situação ou na presença
quer manobra e aumenta a dis- de placa de sinalização de ventos
tância dos espaços da frenagem. fortes, deve-se reduzir a velocidade
- Manter uma grande distância de do veículo.
- Colocar os comandos de venti- segurança do veículo da frente. A fumaça provocada pelas quei-
lação na função de desembaça- - Evitar, ao máximo, variações re- madas às margens da rodovia pre-
mento, para não ter problemas pentinas de velocidade. judica a visibilidade. Transitando
de visibilidade. por trechos com fumaça, diminuir a
- Evitar, se possível, ultrapassar ou-
velocidade, acender os faróis baixos
Para dirigir sob neblina, atente-se tros veículos.
e não parar o veículo após ter entra-
a estas recomendações:
Vento, temperatura, incêndios flo- do na fumaça, para evitar colisões
- Se a neblina for densa, evitar, se restais e queimadas envolvendo outros veículos que ve-
possível, viajar. nham atrás.
Se o veículo for atingido por ven-
Em caso de névoa, neblina uni- tos de grande velocidade, pode sofrer Uma temperatura excessiva pode
forme ou possibilidade de banco de perda de estabilidade e até mesmo causar irritação, estresse e afetar os
neblina: deslocamentos indesejados, o que é reflexos do motorista. Se o veículo
- Manter uma velocidade moderada. um fator de risco de acidentes com estiver equipado com ar-condicio-
outros veículos e de capotamento. nado, é recomendável utilizá-lo para
40
obter uma temperatura agradável no cuidado da parte de cada um. exigência de desempenho do motor
habitáculo. O motorista, seguindo regras sim- e dirigir-se, logo que puder, à Rede
Com a temperatura externa muito ples, pode evitar danos ao meio am- Assistencial.
alta, a função de recirculação do sis- biente e, ao mesmo tempo, diminuir Desligar o motor numa parada pro-
tema de aquecimento e ventilação o consumo de combustível. longada.
acelera o resfriamento do ar. Além O correto funcionamento dos dis-
disso, é particularmente útil em Não acelerar quando o veículo es-
positivos antipoluentes não só ga- tiver em ponto morto ou parado no
condições de forte poluição externa rante o respeito ao meio ambiente,
(engarrafamentos, trânsito em túnel, trânsito.
mas influi também no rendimento do
etc.). Não é aconselhado, no entan- veículo. Assim, manter em boas con- Manter o sistema de escapamento
to, um uso muito prolongado dessa dições estes dispositivos é a primeira em boas condições.
função, especialmente se houver regra para uma direção ao mesmo Os detergentes poluem as águas.
muitas pessoas no veículo. tempo ecológica e econômica. Por isso, a lavagem do veículo deve
3.6. Respeito ao meio ambiente e A primeira precaução é seguir cui- ser efetuada em locais adequados,
convívio social no trânsito dadosamente o plano de Manuten- usando produtos biodegradáveis,
ção Programada. que se decompõem no meio am-
Os veículos fabricados pela FCA biente. Ao lavar o veículo, utilizar o
Fiat Chrysler Automóveis Brasil Ltda. Para os motores a gasolina, usar mínimo de água possível. Se for uti-
estão em conformidade com as reso- somente gasolina sem chumbo. lizar mangueira, certificar-se de que
luções do CONAMA (Conselho Na- Se a partida for difícil, não insistir a mesma não apresente vazamentos
cional do Meio Ambiente) vigentes com tentativas prolongadas. Evitar, que favoreçam o desperdício de
na data de sua produção. principalmente, empurrar, rebocar água potável.
A proteção do meio ambiente é ou usar descidas; são todas mano- Não aquecer o motor com o veí-
um dos princípios que conduziram bras que podem danificar o catali- culo parado; neste estado o motor se
a realização dos veículos. Os dispo- sador. aquece muito mais devagar, aumen-
sitivos antipoluentes desenvolvidos Se, durante a marcha, o motor tando consumos e emissões. Assim,
dão resultados muito além das nor- não funcionar bem, prosseguir re- é melhor partir lentamente, evitando
mas vigentes. Entretanto, o meio am- duzindo ao mínimo indispensável a regimes de rotação elevados. Logo
biente não pode ficar sem o maior
41
que as condições do trânsito e a es- verão.
trada o permitirem, utilizar uma mar- Trafegar com o sistema de esca-
cha mais alta. pamento modificado ou danificado,
Evitar acelerações quando estiver além de aumentar consideravelmen-
parado em semáforos ou antes de te o nível de ruído do veículo (polui-
des¬ligar o motor. ção sonora), constitui uma infração
Manter uma velocidade uniforme ao Código de Trânsito Brasileiro.
o quanto possível, evitando freadas O convívio das pessoas no trânsito
e arranques supérfluos, que provo- depende do comportamento e das
cam maior gasto de combustível e atitudes de cada um, devendo cada
aumentam claramente as emissões. cidadão refletir sobre sua responsa-
Controlar periodicamente a pres- bilidade e seu papel para o bem co-
são dos pneus. Se a pressão estiver mum e a busca de um trânsito mais
muito baixa, o consumo de combus- seguro, justo e humano.
tível aumenta. Cada cidadão deve levar em conta,
Utilizar os dispositivos elétricos em suas atitudes no trânsito, a digni-
somente pelo tempo necessário. A dade da pessoa humana, o respeito
exigência de corrente aumenta o aos direitos de todos, sua participa-
consumo de combustível. ção para a melhoria do convívio so-
cial, o respeito aos seus deveres e a
Não descartar resíduos ou reci-
consciência plena de sua cidadania.
pientes vazios na rua, guardá¬-los
em um saco de lixo no veículo até
que possa descartá-los em uma lixei-
ra apropriada. Essa prática ajuda a
manter as ruas mais limpas, evitando
o entupimento dos esgotos e redu-
zindo, assim, o perigo das enchen-
tes causadas pelas fortes chuvas de
42
PRIMEIROS Algumas medidas de socorro a
vítimas de acidentes, como imobi-
SOCORROS lizações, massagem cardíaca, res-
piração boca a boca, entre outros, Bombeiros
exigem treinamento especializado.
Nesse manual não abordaremos es-
193
4. PRIMEIROS SOCORROS sas medidas. No entanto, há outras
medidas básicas, sobre as quais tra- SAMU
taremos a seguir, que podem e de-
vem ser aplicadas no local do aci- 192
dente pelas pessoas que ali estejam.
Portanto, ao presenciar um aci-
dente, preste os primeiros socorros
a seu alcance antes da chegada das
Em caso de acidente, os primeiros equipes de socorristas. Para chamar Procurar tranquilizar as vítimas
socorros podem salvar vidas, impe- o socorro prestado pelas equipes es- conscientes e informá-las que o so-
dindo que o acidente tenha conse- pecializadas de socorro e resgate, corro já está a caminho do local.
quências maiores e aumentando a ligar, de qualquer telefone fixo, ce- 4.1. A importância das noções de
chance de recuperação das vítimas. lular ou público, para o número 193 primeiros socorros. O que são pri-
A seguir, veremos noções básicas (Resgate do Corpo de Bombeiros) ou meiros socorros?
e procedimentos a serem tomados 192 (SAMU – Serviço de Atendimen-
para que os primeiros socorros se- Primeiros socorros são as primei-
to Móvel de Urgência). A ligação é ras providências tomadas no local
jam prestados da maneira correta, gratuita. Informar o local exato do
informando o que se deve e o que do acidente. Trata-se do atendi-
acidente e os veículos envolvidos e mento inicial e temporário, até que
não se deve fazer em uma série de fornecer as informações solicitadas
situações. O atendimento de emer- chegue o socorro profissional. Essas
pelo atendente do serviço. providências são:
gência realizado nos primeiros mo-
mentos após o acidente pode fazer a - Uma rápida avaliação da situa-
diferença no destino das vítimas. ção em que vítima se encontra.
43
- Utilizando procedimentos técni- - Controlar a situação. é importante pensar antes de tomar
cos simples, aliviar as condições - Verificar a situação das vítimas. qualquer atitude. Respirar fundo e
que estejam ameaçando a vida confortar as pessoas que estão no
- Realizar algumas ações básicas
da vítima ou que possam agravar seu veículo. Não deixar que pessoas
com as vítimas.
seu quadro. que não possam ajudar desçam do
É importante guardar essa sequên- veículo, evitando riscos desnecessá-
- Acionar de forma correta um ser-
cia. Conforme a situação, pode-se rios. Parar o veículo em local seguro
viço de emergência local.
iniciar uma ação sem que a outra te- e sinalizar adequadamente o local
4.2. A sequência das ações de so- nha sido completada, por exemplo, do acidente.
corro. O que devo fazer primeiro? estar sinalizando o local para ga-
E depois? Para começar a controlar a situa-
rantir a segurança, interromper essa
ção, comprovar se no local há algum
Não existe uma fórmula ou um ação para chamar o socorro e voltar
médico, policial ou outro profissio-
roteiro de ação que sirva para todo a garantir a segurança no local, mas
nal que tenha conhecimento do que
tipo de acidente, pela própria natu- mantendo sempre a calma e o bom
fazer em emergências do tipo. Caso
reza dos acidentes, que têm carac- senso.
não haja, iniciar as ações, identifi-
terísticas muito diferentes entre si, e 4.3. Como manter a calma e con- cando os riscos, assumindo o con-
isso interfere na forma de socorro. A trolar a situação? trole e demonstrando firmeza e deci-
quantidade de pessoas no local, se são. Pedir ajuda e distribuir as tarefas
há alguém que já tenha iniciado os Manter a calma em uma situação
entre os presentes. Evitar discussões,
procedimentos, se a pessoa que vai de acidente com vítimas é difícil,
motivar as pessoas e atuar junto com
prestar os primeiros socorros é um porém é fundamental que a pessoa
os outros, sem apenas dar ordens.
dos feridos, todas essas variáveis exi- que irá prestar os primeiros socor-
gem ações diferentes. Contudo, há ros controle suas reações e procure Como pedir socorro?
uma sequência de ações a ser reali- recobrar a lucidez o quanto antes,
Em quase todo o território brasi-
zada em qualquer caso: mantendo-se calma, para que assim
leiro há serviços de atendimento a
consiga tomar atitudes racionais nos
- Manter a calma. emergências (Bombeiros, SAMU),
momentos seguintes até que o socor-
- Garantir a segurança local. que são gratuitos e contam com nú-
ro chegue ao local.
meros de telefones padronizados e
- Pedir socorro profissional. Deve-se evitar agir por impulso, de ampla divulgação. As rodovias
44
pedagiadas contam com o serviço tários ou empresas, com telefones segurança de todos?
de resgate da concessionária res- específicos para chamadas de emer-
A sinalização do local é importante
ponsável pela via (SAU - Serviço de gência. Algumas vezes, estas podem
para evitar que ocorram outros aci-
Atendimento ao Usuário), que pode ser as únicas opções de atendimento
dentes e atropelamentos e garantir a
ser chamado através de um número disponíveis nesses locais.
segurança de todos os envolvidos.
informado em placas em diversos lo- Em locais sem serviços próprios
cais do percurso. Se houver mais pessoas no início
de socorro, a Polícia Militar deve ser
do atendimento, uma delas pode
Todas as rodovias devem divul- chamada para dar o apoio necessá-
iniciar a sinalização enquanto outra
gar um número para atendimento a rio no atendimento e transporte de
telefona para o socorro, a fim de ga-
emergências, que pode ser o da Po- vítimas.
nhar tempo.
lícia Rodoviária Federal ou Estadual, O atendente do serviço de socorro/
conforme o caso. Em caso de acidente em via de
resgate fará perguntas que serão usa-
mão dupla, sinalizar o local do aci-
Para chamar o serviço de emer- das para orientar as equipes de so-
dente nos dois sentidos.
gência, ligar, de qualquer telefone corro. Quem estiver ligando deve dar
fixo, celular ou público, para o nú- informações precisas que serão úteis A sinalização é importante tam-
mero correspondente: para a prestação eficiente do serviço. bém para manter o tráfego fluindo,
As perguntas dizem respeito ao tipo apesar do afunilamento causado
- Resgate do Corpo de Bombeiros:
de acidente e veículos envolvidos, pelo acidente e pela presença de
telefone 193
gravidade aparente do acidente, lo- motoristas curiosos que diminuem a
- SAMU (Serviço de Atendimen- velocidade de seus veículos ou mes-
calização, número aproximado de
to Móvel de Urgência): telefone mo param para verem o ocorreu na
vítimas, se há pessoas presas nas fer-
192 cena do acidente. A fluidez do trá-
ragens, se há derramamento de pro-
- Polícia Militar: telefone 190 dutos químicos ou combustíveis, etc. fego ajuda para que as ambulâncias
cheguem mais rapidamente ao local.
Em algumas regiões e localidades 4.4. A sinalização do local e a se-
estão disponíveis outros serviços de gurança As pessoas presentes no local do
atendimento prestados por hospitais, acidente devem manter-se, o quan-
serviços privados, grupos de volun- Como sinalizar? Como garantir a to possível, fora da pista, para evitar

45
atropelamentos. teral da pista, de frente para o fluxo dobra, ou seja, deve-se contar 200
de veículos e agitando algum tecido passos longos. Nas vias locais, com
Que materiais podem ser utiliza-
dos na sinalização? colorido para alertar os condutores, velocidade máxima permitida de 40
de modo a serem vistas com bastan- km/h, contam-se 40 passos longos
Além do triângulo de segurança, te antecedência e agindo com muita para iniciar a sinalização (oitenta
de uso obrigatório em todos os ve- atenção. passos em caso de chuva, neblina, à
ículos, outros materiais encontrados noite, etc.) e assim por diante.
Onde deve ficar o início da sinali-
nas imediações podem ser usados Em curvas e lombadas a contagem
zação? Distância do acidente para
para sinalizar um local de acidente, o início da sinalização de passos deve ser interrompida no
como galhos de árvores, cavaletes de início da curva ou do topo da ele-
obra, pedaços de madeira, plástico, A distância para o início da sina-
vação sem visibilidade para os veí-
tecido e outros. Os materiais usados lização depende do tipo de via, da
culos que vêm do outro lado, e re-
devem ser facilmente visualizados velocidade máxima permitida e da
começada no final da curva ou fim
e seu uso não deve oferecer riscos distância de frenagem e reação do
da lombada.
para pedestres e veículos. Durante motorista, pois, quanto maior a ve-
a noite ou com neblina, devem ser locidade, maior será a distância para Como identificar os riscos para ga-
usados materiais luminosos, como iniciar a sinalização. rantir mais segurança?
lanternas, e os próprios faróis, lan- Um método prático para determi- Avaliar o local do acidente é pri-
ternas e o pisca-alerta dos veículos. nar essa distância leva em conside- mordial para identificar os riscos,
ração a contagem de passos e a ve- pois as características do acidente
locidade máxima permitida na via. geralmente determinam os tipos de
Em uma rodovia, por exemplo, em riscos presentes. Não se deve tomar
que a velocidade máxima permitida nenhuma atitude antes de observar
é de 100 km/h, a distância para iní- bem e avaliar o local do acidente.
cio da sinalização será de 100 pas-
sos longos (cada passo de um adulto
corresponde a aproximadamente um
Pessoas que estiverem sinalizando metro). Em caso de neblina, chuva,
o local devem posicionar-se na la- fumaça ou à noite, essa distância
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Quais os riscos mais comuns e - Afastar os curiosos do local. - Em caso de risco elevado de in-
quais os cuidados iniciais? - Se for fácil e seguro, desligar o cêndio, pedir aos outros motoris-
motor do veículo acidentado. tas no local que também peguem
As principais situações de risco em
os extintores de seus veículos e
um local de acidente são as seguintes: - Orientar para que não fumem no
estejam prontos para usá-los,
Novas colisões local nem acendam fósforos, is-
mantendo uma distância segura
queiros ou qualquer tipo de cha-
do local de risco.
A sinalização adequada do local ma exposta.
minimiza o risco de que outras co- - Ficar com extintor de incêndio Explosão
lisões ocorram no local do acidente. de seu veículo em mãos e pron- No caso de acidente envolvendo
Atropelamentos to para uso, mantendo distância caminhão de combustível, gás ou
segura do local de perigo. Para outro produto inflamável, com vaza-
Fazer a sinalização adequada do usar corretamente o extintor, se- mento ou já em chamas, a via deve
local e orientar os pedestres e curio- guir as instruções do fabricante ser totalmente interditada segundo
sos para que não fiquem caminhan- do equipamento. O extintor deve as distâncias recomendadas para
do na via e se mantenham fora da ser mantido no veículo em local sinalização de acidentes e o local
área de fluxo evita atropelamentos. de fácil acesso, carregado, com deve ser evacuado.
Pessoas que podem ajudar no aten- a pressão adequada e dentro do
dimento devem ser orientadas para prazo de validade. Cabos de eletricidade
que desenvolvam as tarefas que lhes
Ao colidir com postes de energia
forem atribuídas.
elétrica, os cabos podem se romper
Incêndio e continuar energizados, além de
chicotearem e tocarem o solo em lo-
O risco de incêndio sempre existe,
cal com vazamento de combustível,
principalmente se houver derrama-
aumentando o risco de incêndio. Se
mento de combustível. Há algumas
os cabos forem de alta tensão, há ris-
providências que devem ser adota-
co de mortes.
das nesses casos:
Jamais entrar em contato com os
cabos, nem mesmo achando que
47
eles estão desligados. Independen- Doenças infectocontagiosas resgate e, embora demonstrem so-
temente de que os cabos rompidos lidariedade e se disponham a fazer
Evitar entrar em contato com san-
estejam com ou sem energia, a ati- o melhor possível para prestar os
gue ou secreções de pessoas aci-
tude correta é isolar o local e afastar primeiros socorros aos acidentados,
dentadas, pois pode haver risco de
os curiosos. devem se limitar a fazer o mínimo
contaminação caso o acidentado
Permanecer no interior do veículo necessário com as vítimas até que
seja portador de alguma doença
é seguro para as pessoas nesses ca- chegue uma equipe profissional de
infectocontagiosa. Utilizar luvas de
sos, pois os pneus, caso estejam in- socorro. Não se deve fazer, nesses
procedimentos ou mesmo luvas de
tactos, oferecem isolamento elétrico. casos, algo para o qual não se esteja
borracha domésticas. É recomendá-
Porém, se o cabo energizado estiver preparado ou tenha recebido treina-
vel ter sempre no veículo um par de
sobre o veículo e uma pessoa tocar o mento específico.
luvas de borracha para uso nessas
solo ao sair, poderá ser eletrocutada. situações. Alguns procedimentos básicos,
Óleo e obstáculos na pista porém, podem e devem ser realiza-
Limpeza da pista
dos, após ter providenciado o básico
Se houver partes dos veículos aci- Após o término do atendimento e na segurança do local e chamado o
dentados na pista, providenciar sua se não houver equipes especializa- socorro. São eles:
remoção. Se houver óleo derrama- das no local, providenciar a limpe-
do, jogar terra ou areia sobre o local, Fazer contato com a vítima
za da pista, retirando a sinalização
caso seja possível e seguro fazê-lo. de advertência e outros objetos que Lembrar-se de agir tomando qua-
Vazamento de produtos perigosos possam causar riscos ao trânsito de tro atitudes no contato com a vítima:
veículos. informar, ouvir, aceitar e ser solidá-
Em acidentes envolvendo veículos rio. Informar à vítima o que você
transportando produtos perigosos, 4.5. Iniciando o socorro às vítimas.
O quê é possível fazer? As limi- está fazendo, ouvir e aceitar suas
se houver vazamento, a via deve ser queixas e ansiedades, ser solidário
totalmente interditada conforme as tações no atendimento às vítimas
e ficar próximo da vítima em local
distâncias recomendadas para sina- Em muitas situações de acidentes, seguro.
lização de acidentes e o local deve as pessoas envolvidas não são
ser evacuado. profissionais especializados em

48
Verificar se o cinto de segurança Controlar hemorragia externa - Não retirar o capacete de um
está impedindo a respiração da motociclista.
vítima Se houver hemorragia externa vi-
sível, a pessoa que estiver prestando - Não fazer torniquetes para estan-
Somente nesse caso se pode soltar os primeiros socorros pode aplicar car hemorragias externas.
o cinto, mas, se for preciso soltá-lo, uma técnica simples, que é a de - Não dar nada de beber à vítima,
não movimentar o corpo da vítima. comprimir o local com gaze ou pano nem mesmo água.
Impedir movimentos da cabeça limpo. Usar luvas de borracha. Não
fazer torniquetes.
Segurar com as mãos a cabeça
da vítima, pressionado nas laterais Escolher local seguro para as vítimas
próximo às orelhas, para manter a Proteger a vítima contra frio, sol e
cabeça na posição encontrada. Se chuva
for necessário virar, é necessária a
ajuda de alguém treinado para isso. A perda do calor do corpo pode
Não virar a vítima se ela estiver res- agravar o estado da pessoa aciden-
pirando. tada. Pode-se ajudar a mantê-la 4.7. Primeiros socorros: a impor-
tância de um curso prático
Se a vítima estiver inconsciente ou aquecida usando alguma peça de
desmaiada, chamar novamente o roupa disponível. Não deixar a ví- As ações de primeiros socorros po-
serviço de socorro tima sob o sol e protegê-la da chuva dem dar uma sobrevida às vítimas de
e do frio. acidentes e outras situações de emer-
Para comprovar a consciência, fa- gência. Tais situações podem acon-
zer perguntas simples, como pergun- 4.6. O que não se deve fazer com tecer não só no trânsito, mas tam-
tar se a pessoa está bem, qual o seu uma vítima de acidente bém em casa, nos locais de trabalho
nome, se sabe onde está. Movimen- Existem procedimentos que não e durante atividades esportivas e de
tar vítima inconsciente e identificar devem ser aplicados, pois podem lazer. Dessa forma, um treinamento
parada cardíaca e respiratória exige agravar a situação da vítima de aci- teórico e prático de primeiros socor-
treinamento específico. dente. Os mais comuns são: ros será útil para o conhecimento e
- Não movimentar a vítima. futura aplicação correta de técnicas
atuais e o domínio de habilidades
49
específicas. Nos cursos de primei-
ros socorros, instrutores qualificados
ensinarão as diferentes técnicas e os
procedimentos práticos para os va-
riados tipos de atendimento.
O treinamento de primeiros socor-
ros, embora seja de grande utilidade
para qualquer pessoa, não a quali-
fica a substituir completamente um
sistema profissional de socorro, que
conta com médicos e paramédicos,
como socorristas, técnicos em emer-
gência médica e outros, preparados
e acostumados a prestar esse tipo de
atendimento.

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ANEXOS DO AR ALVEOLAR - ar expirado pela BICICLETÁRIO - local, na via ou
boca de um indivíduo, originário fora dela, destinado ao estaciona-
CÓDIGO DE dos alvéolos pulmonares. mento de bicicletas.
TRÂNSITO AUTOMÓVEL - veículo automotor BONDE - veículo de propulsão elé-
BRASILEIRO destinado ao transporte de passagei- trica que se move sobre trilhos.
ros, com capacidade para até oito
pessoas, exclusive o condutor. BORDO DA PISTA - margem da
5. ANEXOS DO CÓDIGO DE pista, podendo ser demarcada por
TRÂNSITO BRASILEIRO AUTORIDADE DE TRÂNSITO - linhas longitudinais de bordo que
dirigente máximo de órgão ou enti- delineiam a parte da via destinada à
5.1. Anexo I - Dos conceitos e de- dade executivo integrante do Siste- circulação de veículos.
finições ma Nacional de Trânsito ou pessoa
por ele expressamente credenciada. CALÇADA - parte da via, normal-
ACOSTAMENTO - parte da via dife- mente segregada e em nível dife-
renciada da pista de rolamento desti- BALANÇO TRASEIRO - distância rente, não destinada à circulação
nada à parada ou estacionamento de entre o plano vertical passando pelos de veículos, reservada ao trânsito
veículos, em caso de emergência, e centros das rodas traseiras extremas de pedestres e, quando possível, à
à circulação de pedestres e bicicle- e o ponto mais recuado do veículo, implantação de mobiliário urbano,
tas, quando não houver local apro- considerando-se todos os elementos sinalização, vegetação e outros fins.
priado para esse fim. rigidamente fixados ao mesmo.
CAMINHÃO-TRATOR - veículo
AGENTE DA AUTORIDADE DE BICICLETA - veículo de propulsão automotor destinado a tracionar ou
TRÂNSITO - pessoa, civil ou poli- humana, dotado de duas rodas, não arrastar outro.
cial militar, credenciada pela autori- sendo, para efeito deste Código, si-
dade de trânsito para o exercício das milar à motocicleta, motoneta e ci- CAMINHONETE - veículo destina-
atividades de fiscalização, operação, clomotor. do ao transporte de carga com peso
policiamento ostensivo de trânsito bruto total de até três mil e quinhen-
ou patrulhamento. tos quilogramas.

51
CAMIONETA - veículo misto desti- CARROÇA - veículo de tração ani- CICLOVIA - pista própria destinada
nado ao transporte de passageiros e mal destinado ao transporte de car- à circulação de ciclos, separada fisi-
carga no mesmo compartimento. ga. camente do tráfego comum.

CANTEIRO CENTRAL - obstáculo CATADIÓPTRICO - dispositivo de CONVERSÃO - movimento em


físico construído como separador de reflexão e refração da luz utilizado ângulo, à esquerda ou à direita, de
duas pistas de rolamento, eventual- na sinalização de vias e veículos mudança da direção original do ve-
mente substituído por marcas viárias (olho-de-gato). ículo.
(canteiro fictício).
CHARRETE - veículo de tração ani- CRUZAMENTO - interseção de
CAPACIDADE MÁXIMA DE TRA- mal destinado ao transporte de pes- duas vias em nível.
ÇÃO - máximo peso que a unidade soas.
de tração é capaz de tracionar, indi- DISPOSITIVO DE SEGURANÇA -
cado pelo fabricante, baseado em CICLO - veículo de pelo menos qualquer elemento que tenha a função
condições sobre suas limitações de duas rodas a propulsão humana. específica de proporcionar maior se-
geração e multiplicação de momen- gurança ao usuário da via, alertando-o
CICLOFAIXA - parte da pista de sobre situações de perigo que possam
to de força e resistência dos elemen-
rolamento destinada à circulação colocar em risco sua integridade física
tos que compõem a transmissão.
exclusiva de ciclos, delimitada por e dos demais usuários da via, ou dani-
CARREATA - deslocamento em fila sinalização específica. ficar seriamente o veículo.
na via de veículos automotores em
CICLOMOTOR - veículo de duas ESTACIONAMENTO - imobiliza-
sinal de regozijo, de reivindicação,
ou três rodas, provido de um motor ção de veículos por tempo superior
de protesto cívico ou de uma classe.
de combustão interna, cuja cilindra- ao necessário para embarque ou de-
CARRO DE MÃO - veículo de pro- da não exceda a cinquenta centíme- sembarque de passageiros.
pulsão humana utilizado no trans- tros cúbicos (3,05 polegadas cúbi-
porte de pequenas cargas. cas) e cuja velocidade máxima de ESTRADA - via rural não pavimen-
fabricação não exceda a cinquenta tada.
quilômetros por hora.

52
ETILÔMETRO - aparelho destinado FOCO DE PEDESTRES - indicação GESTOS DE CONDUTORES - mo-
à medição do teor alcoólico no ar al- luminosa de permissão ou impedi- vimentos convencionais de braço,
veolar. (Incluído pela Lei nº 12.760, mento de locomoção na faixa apro- adotados exclusivamente pelos con-
de 2012). priada. dutores, para orientar ou indicar que
vão efetuar uma manobra de mu-
FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície FREIO DE ESTACIONAMENTO dança de direção, redução brusca
lindeira às vias rurais, delimitada por - dispositivo destinado a manter o de velocidade ou parada.
lei específica e sob responsabilida- veículo imóvel na ausência do con-
de do órgão ou entidade de trânsito dutor ou, no caso de um reboque, se ILHA - obstáculo físico, colocado
competente com circunscrição so- este se encontra desengatado. na pista de rolamento, destinado à
bre a via. ordenação dos fluxos de trânsito em
FREIO DE SEGURANÇA OU MO- uma interseção.
FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer TOR - dispositivo destinado a dimi-
uma das áreas longitudinais em que nuir a marcha do veículo no caso de INFRAÇÃO - inobservância a qual-
a pista pode ser subdividida, sinali- falha do freio de serviço. quer preceito da legislação de trânsi-
zada ou não por marcas viárias lon- to, às normas emanadas do Código
gitudinais, que tenham uma largura FREIO DE SERVIÇO - dispositivo de Trânsito, do Conselho Nacional
suficiente para permitir a circulação destinado a provocar a diminuição de Trânsito e a regulamentação es-
de veículos automotores. da marcha do veículo ou parálo. tabelecida pelo órgão ou entidade
executiva do trânsito.
FISCALIZAÇÃO - ato de controlar GESTOS DE AGENTES - movimen-
o cumprimento das normas esta- tos convencionais de braço, adota- INTERSEÇÃO - todo cruzamento
belecidas na legislação de trânsito, dos exclusivamente pelos agentes em nível, entroncamento ou bifurca-
por meio do poder de polícia admi- de autoridades de trânsito nas vias, ção, incluindo as áreas formadas por
nistrativa de trânsito, no âmbito de para orientar, indicar o direito de tais cruzamentos, entroncamentos
circunscrição dos órgãos e entidades passagem dos veículos ou pedestres ou bifurcações.
executivos de trânsito e de acordo ou emitir ordens, sobrepondo-se ou
com as competências definidas nes- completando outra sinalização ou
te Código. norma constante deste Código.

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INTERRUPÇÃO DE MARCHA - LUZ ALTA - facho de luz do veículo LUZ DE NEBLINA - luz do veículo
imobilização do veículo para aten- destinado a iluminar a via até uma destinada a aumentar a iluminação
der circunstância momentânea do grande distância do veículo. da via em caso de neblina, chuva
trânsito. forte ou nuvens de pó.
LUZ BAIXA - facho de luz do veículo
LICENCIAMENTO - procedimento destinada a iluminar a via diante do LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz
anual, relativo a obrigações do pro- veículo, sem ocasionar ofuscamento do veículo destinada a indicar a pre-
prietário de veículo, comprovado por ou incômodo injustificáveis aos con- sença e a largura do veículo.
meio de documento específico (Certi- dutores e outros usuários da via que
ficado de Licenciamento Anual). venham em sentido contrário. MANOBRA - movimento executado
pelo condutor para alterar a posição
LOGRADOURO PÚBLICO - es- LUZ DE FREIO - luz do veículo des- em que o veículo está no momento
paço livre destinado pela munici- tinada a indicar aos demais usuários em relação à via.
palidade à circulação, parada ou da via, que se encontram atrás do
estacionamento de veículos, ou à veículo, que o condutor está apli- MARCAS VIÁRIAS - conjunto de
circulação de pedestres, tais como cando o freio de serviço. sinais constituídos de linhas, mar-
calçada, parques, áreas de lazer, cal- cações, símbolos ou legendas, em
çadões. LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO tipos e cores diversas, apostos ao pa-
(pisca-pisca) - luz do veículo desti- vimento da via.
LOTAÇÃO - carga útil máxima, in- nada a indicar aos demais usuários
cluindo condutor e passageiros, que da via que o condutor tem o propósi- MICROÔNIBUS - veículo automo-
o veículo transporta, expressa em to de mudar de direção para a direita tor de transporte coletivo com capa-
quilogramas para os veículos de car- ou para a esquerda. cidade para até vinte passageiros.
ga, ou número de pessoas, para os
LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do MOTOCICLETA - veículo automo-
veículos de passageiros.
veículo destinada a iluminar atrás do tor de duas rodas, com ou sem side-
LOTE LINDEIRO - aquele situado veículo e advertir aos demais usu- -car, dirigido por condutor em posi-
ao longo das vias urbanas ou rurais e ários da via que o veículo está efe- ção montada.
que com elas se limita. tuando ou a ponto de efetuar uma
manobra de marcha à ré.
54
MOTONETA - veículo automotor OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - mo- PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra
de duas rodas, dirigido por condutor nitoramento técnico baseado nos de arte destinada à transposição de
em posição sentada. conceitos de Engenharia de Tráfego, vias, em desnível subterrâneo, e ao
das condições de fluidez, de estacio- uso de pedestres ou veículos.
MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) namento e parada na via, de forma
- veículo automotor cuja carroçaria a reduzir as interferências tais como PASSARELA - obra de arte destina-
seja fechada e destinada a alojamen- veículos quebrados, acidentados, da à transposição de vias, em desní-
to, escritório, comércio ou finalida- estacionados irregularmente atra- vel aéreo, e ao uso de pedestres.
des análogas. palhando o trânsito, prestando so-
PASSEIO - parte da calçada ou da
corros imediatos e informações aos
NOITE - período do dia compreen- pista de rolamento, neste último
pedestres e condutores.
dido entre o pôr-do-sol e o nascer do caso, separada por pintura ou ele-
sol. PARADA - imobilização do veícu- mento físico separador, livre de in-
lo com a finalidade e pelo tempo terferências, destinada à circulação
ÔNIBUS - veículo automotor de exclusiva de pedestres e, excepcio-
estritamente necessário para efetuar
transporte coletivo com capacidade nalmente, de ciclistas.
embarque ou desembarque de pas-
para mais de vinte passageiros, ain-
sageiros.
da que, em virtude de adaptações PATRULHAMENTO - função exer-
com vista à maior comodidade des- PASSAGEM DE NÍVEL - todo cru- cida pela Polícia Rodoviária Federal
tes, transporte número menor. zamento de nível entre uma via e com o objetivo de garantir obediência
uma linha férrea ou trilho de bonde às normas de trânsito, assegurando a
OPERAÇÃO DE CARGA E livre circulação e evitando acidentes.
com pista própria.
DESCARGA - imobilização do ve-
ículo, pelo tempo estritamente ne- PASSAGEM POR OUTRO PERÍMETRO URBANO - limite en-
cessário ao carregamento ou descar- VEÍCULO - movimento de passa- tre área urbana e área rural.
regamento de animais ou carga, na gem à frente de outro veículo que
forma disciplinada pelo órgão ou en- PESO BRUTO TOTAL - peso máxi-
se desloca no mesmo sentido, em
tidade executivo de trânsito compe- mo que o veículo transmite ao pavi-
menor velocidade, mas em faixas
tente com circunscrição sobre a via. mento, constituído da soma da tara
distintas da via.
mais a lotação.
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PESO BRUTO TOTAL COMBINA- POLICIAMENTO OSTENSIVO DE RENACH - Registro Nacional de
DO - peso máximo transmitido ao TRÂNSITO - função exercida pelas Condutores Habilitados.
pavimento pela combinação de um Polícias Militares com o objetivo de
caminhão-trator mais seu semi-re- prevenir e reprimir atos relacionados RENAVAM - Registro Nacional de
boque ou do caminhão mais o seu com a segurança pública e de garan- Veículos Automotores.
reboque ou reboques. tir obediência às normas relativas à
RETORNO - movimento de inver-
segurança de trânsito, assegurando
PISCA-ALERTA - luz intermitente são total de sentido da direção origi-
a livre circulação e evitando aciden-
do veículo, utilizada em caráter de nal de veículos.
tes.
advertência, destinada a indicar aos
RODOVIA – via rural pavimentada.
demais usuários da via que o veículo PONTE - obra de construção civil
está imobilizado ou em situação de destinada a ligar margens opostas de SEMIRREBOQUE - veículo de um
emergência. uma superfície líquida qualquer. ou mais eixos que se apóia na sua
unidade tratora ou é a ela ligado por
PISTA - parte da via normalmente REBOQUE - veículo destinado a ser
meio de articulação.
utilizada para a circulação de veí- engatado atrás de um veículo auto-
culos, identificada por elementos se- motor. SINAIS DE TRÂNSITO - elementos
paradores ou por diferença de nível de sinalização viária que se utilizam
em relação às calçadas, ilhas ou aos REGULAMENTAÇÃO DA VIA -
de placas, marcas viárias, equipa-
canteiros centrais. implantação de sinalização de regu-
mentos de controle luminosos, dis-
lamentação pelo órgão ou entidade
positivos auxiliares, apitos e gestos,
PLACAS - elementos colocados na competente com circunscrição so-
destinados exclusivamente a orde-
posição vertical, fixados ao lado ou bre a via, definindo, entre outros,
nar ou dirigir o trânsito dos veículos
suspensos sobre a pista, transmitindo sentido de direção, tipo de estacio-
e pedestres.
mensagens de caráter permanente e, namento, horários e dias.
eventualmente, variáveis, mediante SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais
símbolo ou legendas pré-reconhe- REFÚGIO - parte da via, devida-
de trânsito e dispositivos de seguran-
cidas e legalmente instituídas como mente sinalizada e protegida, desti-
ça colocados na via pública com o
sinais de trânsito. nada ao uso de pedestres durante a
objetivo de garantir sua utilização
travessia da mesma.
56
adequada, possibilitando melhor TRÂNSITO - movimentação e imo- VEÍCULO AUTOMOTOR - todo
fluidez no trânsito e maior seguran- bilização de veículos, pessoas e ani- veículo a motor de propulsão que
ça dos veículos e pedestres que nela mais nas vias terrestres. circule por seus próprios meios, e
circulam. que serve normalmente para o trans-
TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - porte viário de pessoas e coisas, ou
SONS POR APITO - sinais sonoros, passagem de um veículo de uma fai- para a tração viária de veículos utili-
emitidos exclusivamente pelos agen- xa demarcada para outra. zados para o transporte de pessoas e
tes da autoridade de trânsito nas vias, coisas. O termo compreende os veí-
para orientar ou indicar o direito de TRATOR - veículo automotor cons-
culos conectados a uma linha elétri-
passagem dos veículos ou pedestres, truído para realizar trabalho agríco-
ca e que não circulam sobre trilhos
sobrepondo-se ou completando si- la, de construção e pavimentação e
(ônibus elétrico).
nalização existente no local ou nor- tracionar outros veículos e equipa-
ma estabelecida neste Código. mentos. VEÍCULO DE CARGA - veículo
destinado ao transporte de carga,
TARA - peso próprio do veículo, ULTRAPASSAGEM - movimento de
podendo transportar dois passagei-
acrescido dos pesos da carroçaria e passar à frente de outro veículo que
ros, exclusive o condutor.
equipamento, do combustível, das se desloca no mesmo sentido, em
ferramentas e acessórios, da roda so- menor velocidade e na mesma faixa VEÍCULO DE COLEÇÃO - aquele
bressalente, do extintor de incêndio de tráfego, necessitando sair e retor- que, mesmo tendo sido fabricado há
e do fluido de arrefecimento, expres- nar à faixa de origem. mais de trinta anos, conserva suas
so em quilogramas. características originais de fabrica-
UTILITÁRIO - veículo misto carac-
ção e possui valor histórico próprio.
TRAILER - reboque ou semirrebo- terizado pela versatilidade do seu
que tipo casa, com duas, quatro, ou uso, inclusive fora de estrada. VEÍCULO CONJUGADO - combi-
seis rodas, acoplado ou adaptado à nação de veículos, sendo o primeiro
VEÍCULO ARTICULADO - combi-
traseira de automóvel ou camione- um veículo automotor e os demais
nação de veículos acoplados, sendo
te, utilizado em geral em atividades reboques ou equipamentos de traba-
um deles automotor.
turísticas como alojamento, ou para lho agrícola, construção, terraplena-
atividades comerciais. gem ou pavimentação.

57
VEÍCULO DE GRANDE PORTE VIA ARTERIAL - aquela caracteri- VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES -
- veículo automotor destinado ao zada por interseções em nível, ge- vias ou conjunto de vias destinadas
transporte de carga com peso bruto ralmente controlada por semáforo, à circulação prioritária de pedestres.
total máximo superior a dez mil qui- com acessibilidade aos lotes lindei-
logramas e de passageiros, superior ros e às vias secundárias e locais, VIADUTO - obra de construção ci-
a vinte passageiros. possibilitando o trânsito entre as re- vil destinada a transpor uma depres-
giões da cidade. são de terreno ou servir de passagem
VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veí- superior.
culo destinado ao transporte de pes- VIA COLETORA - aquela destinada
5.2. Anexo II - Resolução CON-
soas e suas bagagens. a coletar e distribuir o trânsito que TRAN nº 160, de 22 de abril de
tenha necessidade de entrar ou sair 2004, com as alterações processa-
VEÍCULO MISTO - veículo auto- das vias de trânsito rápido ou arte- das pelas Resoluções CONTRAN
motor destinado ao transporte simul- riais, possibilitando o trânsito dentro nº 195, de 30 de junho de 2006 e
tâneo de carga e passageiro. das regiões da cidade. nº 704, de 10 de outubro de 2017,
e suas sucedâneas.
VIA - superfície por onde transitam VIA LOCAL - aquela caracterizada
veículos, pessoas e animais, com- por interseções em nível não sema- 1. SINALIZAÇÃO VERTICAL
preendendo a pista, a calçada, o forizadas, destinada apenas ao aces-
acostamento, ilha e canteiro central. so local ou a áreas restritas. É um subsistema da sinalização
viária cujo meio de comunicação
VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - VIA RURAL - estradas e rodovias. está na posição vertical, normal-
aquela caracterizada por acessos mente em placa, fixado ao lado ou
especiais com trânsito livre, sem VIA URBANA - ruas, avenidas, vie- suspenso sobre a pista, transmitindo
interseções em nível, sem acessibili- las, ou caminhos e similares abertos mensagens de caráter permanente
dade direta aos lotes lindeiros e sem à circulação pública, situados na e, eventualmente, variáveis, através
travessia de pedestres em nível. área urbana, caracterizados prin- de legendas e/ou símbolos pré-reco-
cipalmente por possuírem imóveis nhecidos e legalmente instituídos.
edificados ao longo de sua extensão. A sinalização vertical é classifica-
da de acordo com sua função, com-

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preendendo os seguintes tipos:
- Sinalização de Regulamentação;
- Sinalização de Advertência;
- Sinalização de Indicação.

1.1. SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO


Tem por finalidade informar aos usuários as condições, proibições, obrigações ou restrições no uso das vias. Suas
mensagens são imperativas e o desrespeito a elas constitui infração.
1.1.1. Formas e Cores
A forma padrão do sinal de regulamentação é a circular, e as cores são vermelha, preta e branca:
Características dos Sinais de Regulamentação
Forma Cor
Fundo Branca
Símbolo Preta
Tarja Vermelha
Orla Vermelha
Letras Preta

Constituem exceção, quanto à forma, os sinais R-1 – Parada Obrigatória e R-2 – Dê a Preferência, com
as características:

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Sinal
Cor
Forma Código

Fundo Vermelha

Orla interna Branca


R-1
Orla externa Vermelha

Letras Branca

Fundo Branca
R-2
Orla Vermela

1.1.2. Dimensões Mínimas


Devem ser observadas as dimensões mínimas dos sinais, conforme o ambiente em que são implantados, consideran-
do-se que o aumento no tamanho dos sinais implica em aumento nas dimensões de orlas, tarjas e símbolos.
a) sinais de forma circular
Via Diâmetro mínimo (m) Tarja mínima (m) Orla mínima (m)
Urbana 0,40 0,040 0,040
Rural (estrada) 0,50 0,050 0,050
Rural (rodovia) 0,75 0,075 0,075
Áreas protegidas por
0,30 0,030 0,030
legislação especial(*)
(*) relativa a patrimônio histórico, artístico, cultural, arquitetônico, arqueológico e natural
60
b) sinal de forma octogonal – R-1
Via Lado mínimo (m) Orla interna branca mínima (m) Orla externa vermelha mínima (m)
Urbana 0,25 0,020 0,010
Rural (estrada) 0,35 0,028 0,014
Rural (rodovia) 0,40 0,032 0,016
Áreas protegidas por legislação especial(*) 0,18 0,015 0,008
(*) relativa a patrimônio histórico, artístico, cultural, arquitetônico, arqueológico e natural
c) sinal de forma triangular – R-2
Via Lado mínimo (m) Orla mínima (m)
Urbana 0,75 0,10
Rural (estrada) 0,75 0,10
Rural (rodovia) 0,90 0,15
Áreas protegidas por legislação especial(*) 0,40 0,06
(*) relativa a patrimônio histórico, artístico, cultural, arquitetônico, arqueológico e natural
As informações complementares, cujas características são descritas no item 1.1.5, possuem a forma retangular.
1.1.3. Dimensões Recomendadas
a) sinais de forma circular
Via Diâmetro (m) Tarja (m) Orla (m)
Urbana (de trânsito rápido) 0,75 0,075 0,075
Urbana (demais vias) 0,50 0,050 0,050
Rural (estrada) 0,75 0,075 0,075
Rural (rodovia) 1,00 0,100 0,100

61
b) sinal de forma octogonal – R-1
Via Lado (m) Orla interna branca (m) Orla externa vermelha (m)
Urbana 0,35 0,028 0,014
Rural (estrada) 0,35 0,028 0,014
R-6b R-6c
Rural (rodovia) 0,50 0,040 0,020 Estacionamento Proibido parar e
regulamentado estacionar

c) sinal de forma triangular – R-2


Via Lado (m) Tarja (m)
Urbana 0,90 0,15
Rural (estrada) 0,90 0,15
Rural (rodovia) 1,00 0,20

1.1.4. Conjunto de Sinais de Regulamentação


R-7 R-8a
Proibido ultrapassar Proibido mudar de
faixa ou pista de
trânsito da esquerda
para a direita

R-1 R-2 R-3 R-4a


Parada obrigatória Dê a preferência Sentido proibido Proibido virar à esquerda

R-8b R-9
Proibido mudar de Proibido o trânsito
R-4b R-5a R-5b R-6a faixa ou pista de de caminhões
Proibido virar à direita Proibido retornar à Proibido retornar à Proibido estacionar trânsito da direita para
esquerda direita a esquerda

62
R-10 R-11 R-16 R-17 R-22 R-23
Proibido trânsito de Proibido o trânsito Largura máxima Peso máximo permi- Uso obrigatório de Conserve-se à direita
veículos automotores de tração animal permitida tido por eixo correntes

R-12 R-13 R-18 R-19 R-24a R-24b


Proibido trânsito de Proibido o trânsito Comprimento máximo Velocidade máxima Sentido de circulação Passagem
bicicletas de tratores e máqui- permitido permitida da pista/via obrigatória
nas de obras

R-14 R-15 R-20 R-21 R-25a R-25b


Peso bruto total máximo Altura máxima Proibido acionar buzina Alfândega Vire à esquerda Vire à direita
permitido permitida ou sinal sonoro

63
R-25c R-25d R-30 R-31 R-35b R-36a
Siga em frente ou à Siga em frente ou à Pedestre, ande pela Pedestre, ande pela Ciclista, transite à Ciclista à esquerda,
esquerda direita esquerda direita direita pedestre à direita

R-26 R-27 R-32 R-33 R-36b R-37


Siga em frente Ônibus, caminhões Circulação exclusiva Sentido de circula- Ciclista à direita, Proibido o trânsito
e veículos de grande de ônibus ção na rotatória pedestre à esquerda de motocicletas,
porte mantenham-se motonetas e
à direita cliclomotores

R-28 R-29 R-34 R-35a R-38 R-39


Duplo sentido de Proibido trânsito de Circulação exclusiva Ciclista, transite à Proibido trânsito de Circulação exclusiva
circulação pedestre de bicicleta esquerda ônibus de caminhões

64
Características das Informações Complementares
Cor
Fundo Branca
Orla interna (opcional) Vermelha
R-40
Trânsito proibido à Orla externa Branca
carros de mão
Tarja Vermelha

1.1.5. Informações Complemen- Legenda Preta


tares
Não se admite acrescentar informação complementar para os sinais R-1 -
Sendo necessário acrescentar in- Parada Obrigatória e R-2 - Dê a Preferência.
formações para complementar os Nos casos em que houver símbolos, estes devem ter a forma e cores defi-
sinais de regulamentação, como nidas em legislação específica.
período de validade, características
Exemplos:
e uso do veículo, condições de es-
tacionamento, além de outras, deve
ser utilizada uma placa adicional ou
incorporada à placa principal, for-
mando um só conjunto, na forma
retangular, com as mesmas cores do
sinal de regulamentação.

65
E
2ª a 6ª ....... - ....... h
....... - ....... h

Sábados ....... - ....... h

66
1.2. SINALIZAÇÃO DE ADVERTÊNCIA
Tem por finalidade alertar os usuários da via para condições potencial-
mente perigosas, indicando sua natureza.
1.2.1. Formas e Cores
A forma padrão dos sinais de advertência é quadrada, devendo uma das
diagonais ficar na posição vertical. À sinalização de advertência estão asso-
ciadas as cores amarela e preta.
Características dos Sinais de Advertência
Forma Cor
Fundo Amarela
Símbolo Preta
Orla interna Preta
Orla externa Amarela
Legenda Preta
Constituem exceções:
Quanto à cor:
- o sinal A-24 – Obras, que possui fundo e orla externa na cor laranja;
- o sinal A-14 – Semáforo à Frente, que possui símbolo nas cores preta,
vermelha, amarela e verde;
- todos os sinais que, quando utilizados na sinalização de obras, possuem
fundo na cor laranja.
·

67
Quanto à forma, os sinais A-26a – Sentido Único, A-26b – Sentido Duplo 1.2.2. Dimensões Mínimas
e A-41 – Cruz de Santo André.
Devem ser observadas as dimen-
Sinal sões mínimas dos sinais, conforme a
Cor
Forma Código via em que são implantados, consi-
Fundo Amarela derando-se que o aumento no tama-
nho dos sinais implica em aumento
A 26a Orla interna Preta
nas dimensões de orlas e símbolos.
A-26b Orla externa Amarela
a) Sinais de forma quadrada
Seta Preta
Fundo Amarela
Orla interna Preta
A-41
Orla externa Amarela

A Sinalização Especial de Advertência e as Informações Complementares,


cujas características são descritas nos itens 1.2.4 e 1.2.5, possuem a forma
retangular.

68
Via Lado mínimo (m) Orla externa mínima (m) Orla interna mínima (m)
Urbana 0,45 0,010 0,020
Rural (estrada) 0,50 0,010 0,020
Rural (rodovia) 0,60 0,010 0,020
Áreas protegidas por legislação especial(*) 0,30 0,006 0,012

(*) relativa a patrimônio histórico, artístico, cultural, arquitetônico, arqueológico e natural


Obs.: Nos casos de placas de advertência desenhadas numa placa adicional, o lado mínimo pode ser de 0,300 m.
b) Sinais de forma retangular
Via Lado maior mínimo (m) Lado menor mínimo (m) Orla externa mínima (m) Orla interna mínima (m)
Urbana 0,50 0,25 0,010 0,020
Rural (estrada) 0,80 0,40 0,010 0,020
Rural (rodovia) 1,00 0,50 0,010 0,020
Áreas protegidas por
0,40 0,20 0,006 0,012
legislação especial(*)

(*) relativa a patrimônio histórico, artístico, cultural, arquitetônico, arqueológico e natural


c) Cruz de Santo André
Parâmetro Variação
Relação entre dimensões de largura e comprimento dos braços de 1:6 a 1:10
Ângulos menores formados entre os dois braços entre 45º e 55º

69
1.2.3. Conjunto de Sinais de Ad-
vertência

A-1a A-1b A-4a A-4b A-7b A-8


Curva acentuada à Curva acentuada à Curva acentuada em Curva acentuada em Via lateral à direita Interseção em "T"
esquerda direita "S" à esquerda "S" à direita

A-2a A-2b A-5a A-5b A-9 A-10a


Curva à esquerda Curva à direita Curva em "S" à Curva em "S" à Bifurcação em "Y" Entroncamento
esquerda direita obliquo à esquerda

A-3a A-3b A-6 A-7a A-10b A-11


Pista sinuosa à Pista sinuosa à Cruzamento de vias Via lateral à esquerda Entroncamento Junções sucessivas
esquerda direita obliquo à direita contrárias primeira à
esquerda

70
A-11 A-12 A-16 A-17 A-21a A-21b
Junções sucessivas Interseção em Bonde Pista irregular Estreitamento de Estreitamento de
contrárias primeira círculo pista ao centro pista à esquerda
à direita

A-13a A-13b A-18 A-19 A-21c A-21d


Confluência à Confluência à direita Saliência ou Depressão Estreitamento de Alargamento de
esquerda lombada pista à direita pista à esquerda

A-14 A-15 A-20a A-20b A-21e A-22


Semáforo à frente Parada obrigatória Declive acentuado Aclive acentuado Alargamento de Ponte estreita
à frente pista à direita

71
A-23 A-24 A-28 A-29 A-32a A-32b
Ponte móvel Obras Pista escorregadia Projeção de Trânsito de pedestres Passagem sinalizada
cascalho de pedestres

A-25 A-26a A-30a A-30b A-33a A-33b


Mão dupla adiante Sentido único Trânsito de ciclistas Passagem sinalizada Área escolar Passagem sinalizada
de ciclistas de escolares

A-26b A-27 A-30c A-31 A-34 A-35


Sentido duplo Área com Trânsito Trânsito de tratores ou Crianças Animais
desmoronamento compartilhado por máquinas agrícolas
ciclistas e pedestres

72
A-36 A-37 A-42a A-42b A-46 A-47
Animais silvestres Altura limitada Início de pista dupla Fim de pista dupla Peso bruto total Peso limitado por
limitado eixo

A-38 A-39 A-42c A-43 A-48


Largura limitada Passagem de nível Pista dividida Aeroporto Comprimento
sem barreira limitado

1.2.4. Sinalização Especial de


Advertência
Estes sinais são empregados nas
situações em que não é possível a
utilização dos sinais apresentadosno
A-40 A-41 A-44 A-45 item 1.2.3.
Passagem de nível Cruz de Santo André Vento lateral Rua sem saída
com barreira O formato adotado é retangular,
de tamanho variável em função das
73
informações nelas contidas, e suas- b) Sinalização Especial para 1.2.5. Informações Complementares
cores são amarela e preta: Pedestres
Havendo necessidade de fornecer
Características da Sinalização Es- informações complementares aos
pecial de Advertência sinais de advertência, estas devem
Cor ser inscritas em placa adicional ou
Fundo Amarela incorporada à placa principal for-
mando um só conjunto, na forma re-
Símbolo Preta
tangular, admitida a exceção para a
Orla interna Preta placa adicional contendo o número
Orla externa Amarela de linhas férreas que cruzam a pista.
As cores da placa adicional devem
Legenda Preta
ser as mesmas dos sinais de adver-
Tarja Preta tência.
c) Sinalização Especial de Adver-
Na sinalização de obras, o fundo tência somente para rodovias, estra- Características das Informações
e a orla externa devem ser na cor das e vias de trânsito rápido Complementares
laranja.
Cor
Exemplos:
Fundo Amarela
a) Sinalização Especial para Faixas
Orla interna Preta
ou Pistas Exclusivas de Ônibus
Orla externa Amarela
Legenda Preta
Tarja Preta

74
Exemplos: 1.3. SINALIZAÇÃO DE
INDICAÇÃO
Tem por finalidade identificar as
vias e os locais de interesse, bem
como orientar condutores de veícu-
los quanto aos percursos, os desti-
nos, as distâncias e os serviços au-
xiliares, podendo também ter como
função a educação do usuário. Suas
mensagens possuem caráter infor-
mativo ou educativo.
As placas de indicação estão divi-
didas nos seguintes grupos:
Na sinalização de obras, o fundo 1.3.1. Placas de Identificação
e a orla externa devem ser na cor Posicionam o condutor ao longo
laranja. do seu deslocamento, ou com rela-
ção a distâncias ou ainda aos locais
de destino.
a) Placas de Identificação de Ro-
dovias e Estradas

75
Características das Placas de Iden- Características das Placas de Iden- Características das Placas de Iden-
tificação de Rodovias e Estradas tificação de Rodovias e Estradas tificação de Rodovias e Estradas
Pan-Americanas Federais Estaduais
Forma Cor Forma Cor Forma Cor
Fundo Branca Fundo Branca Fundo Branca
Orla interna Preta Orla interna Preta Orla interna Preta
Orla externa Branca Orla externa Branca Orla externa Branca
Legenda Preta Tarja Preta Legendas Preta
Legendas Preta

Dimensões mínimas (m) Dimensões mínimas (m)


Altura 0,45 Dimensões mínimas (m) Largura 0,51
Chanfro Inclinado 0,14 Largura 0,40 Altura 0,45
Largura Superior 0,44 Altura 0,45 Orla interna 0,02
Largura Inferior 0,41 Orla interna 0,02 Orla externa 0,01
Orla Interna 0,02 Orla externa 0,01
Exemplo:
Orla Externa 0,01 Tarja 0,02

Exemplo:

76
b) Placas de Identificação de Exemplo: Dimensões mínimas (m)
Municípios
Altura das letras 0,10
Características das Placas de Iden-
Orla interna 0,02
tificação de Municípios
Orla externa 0,01
Forma Cor Tarja 0,01
Fundo Azul c) Placas de Identificação de Re-
giões de Interesse de Tráfego e Lo- Exemplos:
Retangular, Orla interna Branca
com lado maior gradouros
na horizontal Orla externa Azul
A parte de cima da placa deve
Legenda Branca indicar o bairro ou avenida/rua da
cidade. A parte de baixo a região ou-
Dimensões mínimas (m) zona em que o bairro ou avenida/rua
estiver situado. Esta parte da placa é
Altura das letras 0,20 (*)
opcional.
Orla interna 0,02
Características das Placas de Iden-
Orla externa 0,01 tificação de Regiões de Interesse de
(*) áreas protegidas por legislação Tráfego e Logradouros
especial (patrimônio histórico, arqui- Forma Cor
tetônico, etc.), podem apresentar al-
tura de letra inferior, desde que aten- Fundo Azul
da os critérios de legibilidade Orla interna Branca
Retangular Orla externa Azul
Tarja Branca
Legendas Branca

77
d) Placas de Identificação Nomi- Exemplos: Dimensões mínimas (m)
nal de Pontes, Viadutos, Túneis e
Altura da letra 0,150
Passarelas
Altura da letra (ponto cardeal) 0,125
Características das Placas de Iden-
tificação Nominal de Pontes, Viadu- Altura do algarismo 0,150
tos, Túneis e Passarelas Orla interna 0,020
Orla externa 0,010
Forma Cor
Tarja(*) 0,010
Fundo Azul
Retangular, Orla interna Branca (*) quando separar a informação
com lado adicional do ponto cardeal
Orla externa Azul
maior na
horizontal Tarja Branca Na utilização em vias urbanas as
dimensões devem ser determinadas
Legendas Branca
em função do local e do objetivo da
sinalização.
Dimensões mínimas (m)
e) Placas de Identificação Quilo- Exemplos:
Altura das letras 0,10
métrica
Orla interna 0,02
Características das Placas de Iden-
Orla externa 0,01 tificação Quilométrica
Tarja 0,01
Forma Cor
Fundo Azul
Retangular, Orla interna Branca
com lado
Orla externa Azul
maior na
vertical Tarja Branca
Legendas Branca

78
f) Placas de Identificação de Limite Exemplos: g) Placas de Pedágio
de Municípios / Divisa de Estados / Características das Placas de Pe-
Fronteira / Perímetro Urbano dágio
Características das Placas de Iden-
tificação de Limite de Municípios / Forma Cor
Divisa de Estados / Fronteira / Perí- Fundo Azul
metro Urbano Orla interna Branca
Retangular,
Forma Cor com lado Orla externa Azul
maior na Tarja Branca
Fundo Azul
horizontal
Retangular, Orla interna Branca Legendas Branca
com lado Seta Branca
Orla externa Azul
maior na
horizontal Tarja Branca
Dimensões mínimas (m)
Legendas Branca
Altura das letras 0,20

Dimensões mínimas (m) Orla interna 0,02

Altura das letras 0,12 Orla externa 0,01

Orla interna 0,02 Tarja 0,01

Orla externa 0,01 Exemplos:


Tarja 0,01

79
Mensagens de Nomes de Rodo-
Mensagens de Localidades vias/Estradas ou Associadas aos
Forma seus Símbolos
Cor Cor
Fundo Verde Fundo Azul
Orla interna Branca Orla interna Branca
Orla externa Verde Orla externa Azul
Retangular, com
Tarja Branca Tarja Branca
lado maior na
horizontal Legendas Branca Legendas Branca
Setas Branca Setas Branca
De acordo com a
Símbolos -
rodovia/estrada

Dimensões mínimas (m)


1.3.2. Placas de Orientação de VIA URBANA 0,125(*)
Destino Altura das letras
VIA RURAL 0,150(*)
Indicam ao condutor a direção Orla interna 0,020
que o mesmo deve seguir para atin-
Orla externa 0,010
gir determinados lugares, orientando
seu percurso e/ou distâncias. Tarja 0,010

a) Placas Indicativas de Sentido (*) áreas protegidas por legislação especial (patrimônio histórico, arquite-
(Direção) tônico, etc.) , podem apresentar altura de letra inferior, desde que atenda os
Características das Placas Indicati- critérios de legibilidade
vas de Sentido

80
Exemplos: b) Placas Indicativas de Distância
Características das Placas Indicativas de Distância

Mensagens de Nomes de
Forma Mensagens de Localidades Rodovias/Estradas ou Associadas
aos seus Símbolos
Cor Cor
Fundo Verde Fundo Azul
Retangular, Orla interna Branca Orla interna Branca
com lado
Orla externa Verde Orla externa Azul
maior na
horizontal Tarja Branca Tarja Branca
Legendas Branca Legendas Branca
Símbolos - De acordo com a rodovia/estrada

Dimensões mínimas (m)


VIA URBANA 0,125(*)
Altura das letras
VIA RURAL 0,150(*)
Orla interna 0,020
Orla externa 0,010
Tarja 0,010
(*) áreas protegidas por legislação especial (patrimônio histórico, arquite-
tônico, etc. ) , podem apresentar altura de letra inferior, desde que atenda os
critérios de legibilidade

81
Exemplos: Exemplos:
c) Placas Diagramadas
Características das Placas Diagramadas

Mensagens de Nomes de
Forma Mensagens de Localidades Rodovias/Estradas ou Associadas
aos seus Símbolos
Cor Cor
Fundo Verde Fundo Azul
Orla interna Branca Orla interna Branca
Retangular,
com lado Orla externa Verde Orla externa Azul
maior na Tarja Branca Tarja Branca
horizontal
Legendas Branca Legendas Branca
Setas Branca Setas Branca
Símbolos - De acordo com a rodovia/estrada

Dimensões mínimas (m)


VIA URBANA 0,125(*)
Altura das letras
VIA RURAL 0,150(*)
Orla interna 0,020
Orla externa 0,010
Tarja 0,010
(*) áreas protegidas por legislação especial (patrimônio histórico, arquite-
tônico , etc. ) , podem apresentar altura de letra inferior, desde que atenda os
critérios de legibilidade
82
Exemplos: Características das Placas Educativas
Forma Cor
Fundo Branca
Orla interna Preta
Orla externa Branca
Retangular
Tarja Preta
Legendas Preta
Pictograma Preta

Dimensões mínimas (m)


Altura da letra VIA URBANA 0,125(*)
(placas para
condutores) VIA RURAL 0,150(*)

Altura das letras


0,050
(placas para pedestres)

1.3.3. Placas Educativas Orla interna 0,020


Orla externa 0,010
Têm a função de educar os usuá-
rios da via quanto ao seu comporta- Tarja 0,010
mento adequado e seguro no trânsi- 0,200x
Pictograma
to. Podem conter mensagens que re- 0,200
forcem normas gerais de circulação
(*) áreas protegidas por legislação
e conduta.
especial (patrimônio histórico, arqui-
tetônico, etc. ), podem apresentar al-
tura de letra inferior, desde que aten-
da os critérios de legibilidade
83
Exemplos: 1.3.4. Placas de Serviços Auxiliares
Indicam aos usuários da via os lo-
cais onde os mesmos podem dispor
dos serviços indicados, orientando
sua direção ou identificando estes
serviços.
Quando num mesmo local encon-
tra-se mais de um tipo de serviço,
os respectivos símbolos podem ser
agrupados numa única placa.

84
a) Placas para Condutores
Características das Placas de Serviços Auxiliares para Condutores

Forma Cor
Fundo Azul S-7 S-8 S-9
Restaurante Borracheiro Hotel
Quadro interno Branca

Placa: retangular Seta Branca


Quadro interno: quadrada Legenda Branca
Fundo Branca
Pictograma
Figura Preta S-10 S-11 S-12
Área de Aeroporto Transporte
Constitui exceção a placa indicativa de “Pronto Socorro” onde o Símbolo acampamento sobre água

deve ser vermelho.

Dimensões mínimas (m)


VIA URBANA 0,20 x 0,20
Quadro interno
VIA RURAL 0,40 x 0,40
S-13 S-14 S-15
Terminal Ponto de Informações
Exemplos de Pictogramas: ferroviário parada turisticas

S-1 S-2 S-3 S-4 S-5 S-6


Área de Serviço Serviço Abastecimento Pronto socorro Terminal S-16
estacionamento telefônico mecânico rodoviário Pedágio

85
Exemplos de Placas: b) Placas para Pedestres Exemplos:
Características das Placas de Ser-
viços Auxiliares para Pedestres

Forma Cor
Fundo Azul
Orla interna Branca
Orla externa Azul
Retangular,
lado maior Tarja Branca
na Legendas Branca
horizontal
Seta Branca

Picto Fundo Branca


grama Figura Preta

Dimensões mínimas (m)


Altura das letras 0,05
Orla interna 0,02
Orla externa 0,01
Tarja 0,01 1.3.5. Placas de Atrativos Turísticos
Pictograma 0,20 x 0,20
Indicam aos usuários da via os lo-
cais onde os mesmos podem dispor
Obs.: Os pictogramas podem ser dos atrativos turísticos existentes,
utilizados opcionalmente nas placas orientando sobre sua direção ou iden-
de orientação. tificando estes pontos de interesse.

86
Exemplos de Pictogramas: Áreas de Recreação a) Placas de Identificação de Atra-
Atrativos Turísticos Naturais tivo Turístico
Características das Placas de Iden-
tificação de Atrativo Turístico

Forma Cor
TAR-01 TAR-02 Fundo Marrom
Praça Barco de passeio
TNA-01 TNA-02 Orla interna Branca
Montanha Praia Locais para Atividades de Interes- Orla externa Marrom
Atrativos Históricos e Culturais se Turístico Retangular
Legendas Branca

Picto- Fundo Branca


grama Figura Preta

Dimensões mínimas (m)


THC-01 THC-11 TIT-01 TIT-02 Altura das letras 0,10
Arquitetura religiosa Biblioteca Festas populares Teatro
Pictograma 0,40 x 0,40
Área Para a Prática de Esportes Orla interna 0,02
Orla externa 0,01

Exemplos de Placas:

TAD-01 TAD-02 TIT-03 TIT-05


Esportes Esportes equestres Convenções Zoológico

87
b) Placas Indicativas de Sentido de Atrativo Turístico Exemplos:
Características de Placas Indicativas de Sentido

Forma Cor
Fundo Marrom
Orla interna Branca
Orla externa Marrom
Tarja Branca
Retangular
Legendas Branca
Setas Branca
Fundo Branca
Pictograma
Figura Preta

c) Placas Indicativas de Distância


Dimensões mínimas (m) de Atrativos Turísticos
Altura da letra VIA URBANA 0,125(*) Características das Placas Indicati-
(placas para condutores) VIA RURAL 0,150(*) vas de Distância de Atrativos Turísticos
Altura da letra
0,050 Forma Cor
(placas para pedestres)
Pictograma 0,200 x 0,200 Fundo Marrom

Orla interna 0,020 Orla interna Branca

Orla externa 0,010 Orla externa Marrom


Retangular
Tarja 0,010 Legendas Branca

(*) áreas protegidas por legislação especial (patrimônio histórico, arquite- Picto- Fundo Branca
tônico, etc), podem apresentar altura de letra inferior, desde que atenda os grama Figura Preta
critérios de legibilidade
88
Dimensões mínimas (m) 2. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL - Tracejado ou Seccionado: são
linhas interrompidas, com es-
Altura da VIA URBANA 0,125(*) É um subsistema da sinalização viá-
paçamentos respectivamente de
letra ria que se utiliza de linhas, marcações,
(placas para extensão igual ou maior que o
VIA RURAL 0,150(*) símbolos e legendas, pintados ou
condutores) traço.
apostos sobre o pavimento das vias.
Altura da letra - Símbolos e Legendas: são infor-
0,050 Têm como função organizar o flu-
(placas para pedestres) mações escritas ou desenhadas
xo de veículos e pedestres; controlar
0,200 x no pavimento, indicando uma
Pictograma e orientar os deslocamentos em situ-
0,200 situação ou complementando si-
ações com problemas de geometria,
Orla interna 0,020 nalização vertical existente.
topografia ou frente a obstáculos;
Orla externa 0,010 complementar os sinais verticais de 2.1.2. Cores
(*) áreas protegidas por legislação regulamentação, advertência ou in-
A sinalização horizontal se apre-
especial (patrimônio histórico, ar- dicação. Em casos específicos, tem
senta em cinco cores:
quitetônico, etc), podem apresentar poder de regulamentação.
- Amarela: utilizada na regulação
altura de letra inferior, desde que 2.1. CARACTERÍSTICAS de fluxos de sentidos opostos;
atenda os critérios de legibilidade na delimitação de espaços proi-
Exemplo: A sinalização horizontal mantém
bidos para estacionamento e/ou
alguns padrões cuja mescla e a for-
parada e na marcação de obstá-
ma de coloração na via definem os
culos.
diversos tipos de sinais.
- Vermelha: utilizada para propor-
2.1.1. Padrão de Traçado cionar contraste, quando neces-
Seu padrão de traçado pode ser: sário, entre a marca viária e o
pavimento das ciclofaixas e/ou
- Contínuo: são linhas sem inter-
ciclovias, na parte interna des-
rupção pelo trecho da via onde
tas, associada à linha de bordo
estão demarcando; podem estar
branca ou de linha de divisão
longitudinalmente ou transver-
de fluxo de mesmo sentido e nos
salmente apostas à via.
89
símbolos de hospitais e farmá- 2.2. CLASSIFICAÇÃO a) Linhas de Divisão de Fluxos
cias (cruz). Opostos
A sinalização horizontal é classi-
- Branca: utilizada na regulação ficada em: Separam os movimentos veicula-
de fluxos de mesmo sentido; na res de sentidos contrários e regula-
- marcas longitudinais;
delimitação de trechos de vias, mentam a ultrapassagem e os deslo-
destinados ao estacionamento - marcas transversais; camentos laterais, exceto para aces-
regulamentado de veículos em - marcas de canalização; so à imóvel lindeiro.
condições especiais; na marca- - marcas de delimitação e controle
ção de faixas de travessias de pe- de estacionamento e/ou parada; SIMPLES CONTÍNUA
destres, símbolos e legendas.
- inscrições no pavimento.
- Azul: utilizada nas pinturas de
símbolos de pessoas portadoras 2.2.1. Marcas Longitudinais
de deficiência física, em áreas Separam e ordenam as correntes SIMPLES SECCIONADA
especiais de estacionamento ou de tráfego, definindo a parte da pista A B
de parada para embarque e de- destinada normalmente à circulação
sembarque. de veículos, a sua divisão em fai-
- Preta: utilizada para proporcio- xas, a separação de fluxos opostos, DUPLA CONTÍNUA
nar contraste entre o pavimento faixas de uso exclusivo de um tipo
e a pintura. de veículo, reversíveis, além de esta-
Para identificação da cor, neste belecer as regras de ultrapassagem e
transposição. DUPLA CONTÍNUA/SECCIONADA
documento, é adotada a seguinte
convenção: De acordo com a sua função, as
A B
marcas longitudinais são subdividi-
cor amarela das nos seguintes tipos:
cor branca DUPLA SECCIONADA

sentido de circulação A B

90
- Largura das linhas: ULTRAPASSAGEM PROIBIDA NOS - Largura da linha:
mínima 0,10m DOIS SENTIDOS mínima 0,10 m
máxima 0,15 m máxima 0,20 m
- Distância entre as linhas: - Demarcação de faixa exclusiva
mínima 0,10m no fluxo
máxima 0,15 m Largura da linha:
ULTRAPASSAGEM PROIBIDA NOS
- Relação entre A e B: DOIS SENTIDOS mínima 0,20 m
mínima 1:2 máxima 0,30 m
máxima 1:3 - Relação entre A e B:
- Cor: amarela mínima 1:2
b) Linhas de Divisão de Fluxo de máxima 1:3
Exemplos de Aplicação: Mesmo Sentido - Cor:
ULTRAPASSAGEM PERMITIDA Separam os movimentos veicula- branca
PARA OS DOIS SENTIDOS res de mesmo sentido e regulamen- Exemplos de Aplicação:
tam a ultrapassagem e a transposi-
ção.

CONTÍNUA
ULTRAPASSAGEM PERMITIDA
SOMENTE NO SENTIDO B
B
SECCIONADA
Proibida a ultrapassagem e a trans-
A A B posição de faixa entre A-B-C
Permitida a ultrapassagem e a trans-
posição de faixa entre D-E-F
91
c) Linha de Bordo PISTA ÚNICA - DUPLO SENTIDO DE CIRCULAÇÃO Exemplo de Aplicação:
Delimita a parte da pista destinada
ao deslocamento de veículos.

- Largura da linha:
mínima 0,10 m d) Linha de Continuidade
máxima 0,30 m Proporciona continuidade a outras
marcações longitudinais, quando há
- Cor:
quebra no seu alinhamento visual.
branca 2.2.3. Marcas Transversais
TRACEJADA
Exemplos de Aplicação:
Ordenam os deslocamentos fron-
PISTA DUPLA tais dos veículos e os harmonizam
A B
com os deslocamentos de outros ve-
ículos e dos pedestres, assim como
informam os condutores sobre a ne-
A B cessidade de reduzir a velocidade e
canteiro central
indicam travessia de pedestres e po-
- Largura da linha: a mesma da li- sições de parada.
nha à qual dá continuidade
Em casos específicos têm poder de
- Relação entre A e B = 1:1 regulamentação.
- Cor branca, quando dá continui- De acordo com a sua função, as
dade a linhas brancas; cor ama- marcas transversais são subdivididas
rela, quando dá continuidade a nos seguintes tipos:
linhas amarelas.

92
a) Linha de Retenção A B
Indica ao condutor o local limite
em que deve parar o veículo. - Largura da linha:
mínima 0,20 m
- Largura da linha: máxima 0,40 m
mínima 0,30 m - Relação entre A e B: 1:1
máxima 0,60 m - Largura da linha:
- Dimensões recomendadas:
- Cor: mínima 0,20 m
A = 0,50 m
branca máxima 0,40 m
B = 0,50 m
- Cor:
- Cor:
branca
Exemplo de Aplicação: branca
Exemplo de Aplicação Anteceden-
Exemplo de Aplicação:
do um Obstáculo Transversal

c) Linha de “Dê a Preferência”


Indica ao condutor o local limite
b) Linhas de Estímulo à Redução d) Faixas de Travessia de Pedestres
em que deve parar o veículo, quan-
de Velocidade
do necessário, em locais sinalizados Regulamentam o local de travessia
Conjunto de linhas paralelas que, com a placa R-2. de pedestres.
pelo efeito visual, induzem o condu-
tor a reduzir a velocidade do veículo.
93
TIPO ZEBRADA recomendada 4,00m e) Marcação de Cruzamentos Ro-
A B - Largura da linha - D: docicloviários
mínima 0,40 m Regulamenta o local de travessia
de ciclistas.
máxima 0,60 m
CRUZAMENTO EM ÂNGULO RETO
C

- Largura da faixa - E:
C
mínima 3,00 m
recomendada 4,00 m A B

TIPO PARALELA Cor: branca


Exemplos de Aplicação:

CRUZAMENTO OBLÍQUO
E

C
D

A B

- Largura da linha - A:
mínima 0,30 m
máxima 0,40 m
- Distância entre as linhas - B: - Lado do quadrado ou losango:
mínima 0,30 m mínimo 0,40 m
máxima 0,80 m máximo 0,60 m
- Largura da faixa - C: em função - Relação:
do volume de pedestres e da A=B=C
visibilidade
- Cor:
mínima 3,00 m
94
branca - Largura da linha de borda exter-
Exemplo de Aplicação: na - A:
mínima 0,15 m
- Largura das linhas internas - B:
mínima 0,10 m
- Espaçamento entre os eixos das
linhas internas - C: - Lado do quadrado:
mínimo 1,00 m mínimo 1,00 m
- Cor: - Cor:
amarela amarela
f) Marcação de Área de Conflito
Exemplo de Aplicação: para faixas exclusivas no
Assinala aos condutores a área da contra-fluxo
pista em que não devem parar e es-
branca
tacionar os veículos, prejudicando a
circulação. para faixas exclusivas no
fluxo
A
C
Exemplo de Aplicação:
B

g) Marcação de Área de Cruza-


mento com Faixa Exclusiva
Indica ao condutor a existência de
faixa(s) exclusiva(s).

95
2.2.4. Marcas de Canalização SEPARAÇÃO DE TRÁFEGO DO Exemplos de Aplicação:
MESMO SENTIDO
Orientam os fluxos de tráfego em ORDENAÇÃO DE MOVIMENTOS
A
uma via, direcionando a circulação C EM TREVOS COM ALÇAS E FAIXAS
de veículos. Regulamentam as áreas DE ACELERAÇÃO/DESACELERAÇÃO
de pavimento não utilizáveis.
Devem ser na cor branca quando
direcionam fluxos de mesmo sentido
e na proteção de estacionamento e

B
na cor amarela quando direcionam C
fluxos de sentidos opostos.

B
SEPARAÇÃO DE TRÁFEGO DE
A
SENTIDOS OPOSTOS
A
ORDENAÇÃO DE MOVIMENTOS
Área de
Dimensões Circulação proteção de es- EM RETORNOS COM FAIXA
tacionamento ADICIONAL PARA O MOVIMENTO
B Largura
C

mínima
da linha mínima 0,10 m
0,10 m
lateral A
mínima
Largura mínima 0,10 m
0,30 m
da linha
lateral B máxima máxima 0,40
0,50 m m
mínima
Largura mínima 0,30 m
1,10 m
da linha
lateral C máxima máxima 0,60
3,50 m m

96
ILHAS DE CANALIZAÇÃO E MARCA DE ALTERNÂNCIA DE MO- ACOMODAÇÃO PARA INÍCIO DE
REFUGO PARA PEDESTRES VIMENTO DE FAIXAS POR SENTIDO CANTEIRO CENTRAL
SENTIDO DUPLO

ILHA DE CANALIZAÇÃO ENVOL-


VENDO OBSTÁCULOS NA PISTA
SENTIDO ÚNICO
CANTEIRO CENTRAL FORMANDO
COM MARCAS DE CANALIZAÇÃO SENTIDO DUPLO
COM CONVERSÃO À ESQUERDA

SENTIDO DUPLO

97
PROTEÇÃO DE ÁREA DE acordo com sua função as marcas de Exemplo de Aplicação:
ESTACIONAMENTO delimitação e controle de estaciona-
mento e parada são subdivididas nos
seguintes tipos:
a) Linha de Indicação de Proibição
de Estacionamento e/ou Parada
Delimita a extensão da pista ao
longo da qual aplica-se a proibição
de estacionamento ou de parada e
estacionamento estabelecida pela
sinalização vertical correspondente. b) Marca Delimitadora de Parada
de Veículos Específicos
Guia Delimita a extensão da pista desti-
Calçada nada à operação exclusiva de parada.
Deve sempre estar associada ao sinal
- Largura da linha: de regulamentação correspondente.
mínima 0,10 m É opcional o uso destas sinaliza-
ções quando utilizadas junto ao mar-
2.2.5 Marcas de Delimitação e máxima 0,20 m
Controle de Estacionamento e/ou co do ponto de parada de transporte
- Cor:
Parada
amarela sarjeta
opcional

Delimitam e propiciam melhor guia

controle das áreas onde é proibido opcional calçada opcional

ou regulamentado o estacionamento
e a parada de veículos, quando as-
sociadas à sinalização vertical de re-
opcional

gulamentação. Em casos específicos,


calçada
tem poder de regulamentação. De

98
MARCA DELIMITADORA PARA MARCA DELIMITADORA PARA
opcional PARADA DE ÔNIBUS EM FAIXA DE PARADA DE ÔNIBUS EM FAIXA DE
calçada
ESTACIONAMENTO ÔNIBUS COM AVANÇO DE CAL-
ÇADA NA FAIXA DE
ESTACIONAMENTO
opcional

calçada

- Largura da linha:
mínima 0,10 m
máxima 0,20 m
MARCA DELIMITADORA PARA
- Cor: PARADA DE ÔNIBUS FEITA EM RE- MARCA DELIMITADORA PARA
amarela ENTRÂNCIA DE CALÇADA ENTRADA DE ÔNIBUS EM FAIXA
Exemplos de Aplicação: DE ÔNIBUS COM SUSPENSÃO DE
PARTE DA MARCAÇÃO
MARCA DELIMITADORA PARA
PARADA DE ÔNIBUS EM FAIXA DE
TRÂNSITO

99
Em ângulo:
calçada guia
Linha contínua
sarjeta
calçada
C

opcional B
opcional D A
calçada guia
sarjeta
calçada
c) Marca Delimitadora de Estacio-
namento Regulamentado
Dimensões:
Delimita o trecho de pista no qual
é permitido o estacionamento es- - A = mínima 0,10 m
tabelecido pelas normas gerais de máxima 0,20 m
circulação e conduta ou pelo sinal calçada guia - B = largura efetiva da vaga
R-6b.
sarjeta - C = comprimento da vaga
Paralelo ao meio-fio:
- D = mínima 0,20 m
Linha simples contínua ou
máxima 0,30 m
tracejada
B e C, estabelecidas em função
- Largura da linha:
calçada guia das dimensões dos veículos a utili-
mínima 0,10 m zar as vagas.
sarjeta
máxima 0,20 m - Cor: branca
- Relação: Exemplos de Aplicação:
1:1
- Cor:
branca
100
ESTACIONAMENTO PARALELO MARCA SEM DELIMITAÇÃO DE calçada
AO MEIO FIO VAGA
calçada guia
calçada
sarjeta
opcional

opcional

calçada
calçada

calçada calçada

MARCA COM DELIMITAÇÃO DE


VAGA
calçada calçada

ESTACIONAMENTO EM ÂNGULO
rampa de calçada 2.2.6 Inscrições no Pavimento
calçada acesso guia
sarjeta Melhoram a percepção do condu-
tor quanto às condições de operação
da via, permitindo-lhe tomar a deci-
são adequada, no tempo apropriado,
para as situações que se lhe apresen-
tarem. São subdivididas nos seguin-
tes tipos:

101
a) Setas Direcionais INDICATIVO DE MUDANÇA - Comprimento da seta:
OBRIGATÓRIO DE FAIXA mínimo 4,50 m
- Cor:
SIGA EM FRENTE VIRE À ESQUERDA VIRE À DIREITA SIGA EM FRENTE OU
branca
VIRE À ESQUERDA
Exemplos de Aplicação:

SIGA EM FRENTE OU RETORNO À RETORNO À


VIRE À DIREITA ESQUERDA DIREITA

- Comprimento da seta: - Comprimento da seta:


Fluxo veicular: mínimo 5,00 m
mínimo 5,00 m máximo 7,50 m
máximo 7,50 m - Cor:
Fluxo pedestre (somente seta branca
”Siga em Frente” com parte da
haste suprimida): INDICATIVO DE MOVIMENTO EM
mínimo 2,00 m CURVA (USO EM SITUAÇÃO DE
CURVA ACENTUADA)
máximo 4,00 m
- Cor:
branca

102
b) Símbolos "CRUZ DE SANTO ANDRÉ"
Indicam e alertam o condutor so- INDICATIVO DE CRUZAMENTO
bre situações específicas na via RODOFERROVIÁRIO
"DÊ A PREFERÊNCIA"
INDICATIVO DE INTERSEÇÃO

comprimento
COM VIA QUE TEM PREFERÊNCIA

comprimento
guia calçada
sarjeta

sarjeta
guia calçada
- Comprimento:
6,00 m
acostamento - Cor:
- Dimensões: branca
comprimento mínimo 3,60 m "BICICLETA"
máximo 6,00 m INDICATIVO DE VIA, PISTA OU
acostamento

- Cor: FAIXA DE TRÂNSITO DE USO DE


branca CICLISTAS

103
- Cor: - Dimensão:
branca lado mínimo 1,20 m
"SERVIÇOS DE SAÚDE" - Cor:

4,0m
INDICATIVO DE ÁREA OU conforme indicado
LOCAL DE SERVIÇOS DE SAÚDE Exemplos de Aplicação:

2,4m
1,6m
Letra base

0,5m
Obs: Para legendas curtas a largu-
ra das letras e algarismos podem ser
maiores.
- Dimensão:
- Comprimento mínimo:
diâmetro mínimo 1,20 m
Para legenda transversal ao fluxo
- Cor: veicular: 1,60 m
conforme indicado Para legenda longitudinal ao
“DEFICIENTE FÍSICO” fluxo veicular: 0,25 m
INDICATIVO DE LOCAL DE ES- - Cor: branca
TACIONAMENTO DE VEÍCULOS Exemplos de Legendas:
QUE TRANSPORTAM OU QUE c) Legendas
SEJAM CONDUZIDOS POR PESSO- Advertem acerca de condições
AS PORTADORAS DE DEFICIÊN- particulares de operação da via e
CIAS FÍSICAS complementam os sinais de regula-
mentação e advertência.

104
- reduzir a velocidade praticada; em faixas de circulação. São apostos
- oferecer proteção aos usuários; em série no pavimento ou em supor-
tes, reforçando marcas viárias, ou ao
- alertar os condutores quanto a
longo das áreas adjacentes a elas.
situações de perigo potencial ou
que requeiram maior atenção. Podem ser mono ou bidirecio-
nais em função de possuírem uma
Os Dispositivos Auxiliares são
ou duas unidades refletivas. O tipo
agrupados, de acordo com suas fun-
e a(s) cor(es) das faces refletivas são
ções, em:
definidos em função dos sentidos
ou - Dispositivos Delimitadores; de circulação na via, considerando
- Dispositivos de Canalização; como referencial um dos sentidos de
- Dispositivos de Sinalização de circulação, ou seja, a face voltada
Alerta; para este sentido.
- Alterações nas Características do Tipos de Dispositivos Delimitadores:
Pavimento; Balizadores - unidades refletivas mono
3. DISPOSITIVOS AUXILIARES - Dispositivos de Proteção Contínua; ou bidirecionais, afixadas em suporte.
Dispositivos Auxiliares são ele- - Dispositivos Luminosos; - Cor do elemento refletivo:
mentos aplicados ao pavimento da - Dispositivos de Proteção a Áreas branca – para ordenar fluxos de
via, junto a ela, ou nos obstáculos de Pedestres e/ou Ciclistas; mesmo sentido;
próximos, de forma a tornar mais
eficiente e segura a operação da via. - Dispositivos de Uso Temporário. amarela – para ordenar fluxos de
São constituídos de materiais, formas sentidos opostos;
3.1. DISPOSITIVOS
e cores diversos, dotados ou não de DELIMITADORES vermelha – em vias rurais, de
refletividade, com as funções de: pista simples, duplo sentido de
São elementos utilizados para circulação, podem ser utilizadas
- incrementar a percepção da sina-
melhorar a percepção do condutor unidades refletivas na cor verme-
lização, do alinhamento da via
quanto aos limites do espaço desti- lha, junto ao bordo da pista ou
ou de obstáculos à circulação;
nado ao rolamento e a sua separação acostamento do sentido oposto.
105
Exemplo: Exemplo: refletivas na cor vermelha, jun-
balizador to à linha de bordo do sentido
elemento
oposto.
refletivo - Especificação mínima: Norma
ABNT.
Exemplos:
suporte
Planta Vista

Balizadores de Pontes, Viadu-


tos, Túneis, Barreiras e Defensas
– unidades refletivas afixadas ao lon- Tachas – elementos contendo
go do guarda-corpo e/ou mureta de unidades refletivas, aplicados direta- Exemplo de aplicação:
obras de arte, de barreiras e defensas. mente no pavimento. Vermelho Branco

- Cor do elemento refletivo: - Cor do corpo: branca ou amare-


Acostamento

Amarelo Amarelo

branca – para ordenar fluxos de la, de acordo com a marca viária


mesmo sentido; que complementa.
amarela – para ordenar fluxos de - Cor do elemento refletivo: Acostamento

Branco Vermelho

sentidos opostos; branca – para ordenar fluxos de


vermelha – em vias rurais, de mesmo sentido; Tachões – elementos contendo
pista simples, duplo sentido de amarela – para ordenar fluxos de unidades refletivas, aplicados direta-
circulação, podem ser utilizadas sentidos opostos, mente no pavimento.
unidades refletivas na cor verme- - Cor do corpo: amarela
vermelha – em rodovias, de pista
lha, afixados no guarda-corpo ou
simples, duplo sentido de circu- - Cor do elemento refletivo:
mureta de obras de arte, barrei-
lação, podem ser utilizadas uni- branca – para ordenar fluxos de
ras e defensas do sentido oposto.
dades mesmo sentido;
106
amarela – para ordenar fluxos de - Cor do Material Refletivo: amarela. Planta Vista
sentidos opostos;
3.2. DISPOSITIVOS DE
vermelha – em rodovias, de pista CANALIZAÇÃO
simples, duplo sentido de circula-
ção, podem ser utilizadas unidades Os dispositivos de canalização
refletivas na cor vermelha, junto à são apostos em série sobre a super-
3.3. DISPOSITIVOS DE SINALI-
linha de bordo do sentido oposto. fície pavimentada.
ZAÇÃO DE ALERTA
- Especificação mínima: Norma ABNT. Tipos de Dispositivos de Canalização:
São elementos que têm a função
Exemplos: Prismas – tem a função de subs- de melhorar a percepção do condutor
Planta Vista tituir a guia da calçada (meio- quanto aos obstáculos e situações gera-
-fio) quando não for possível sua doras de perigo potencial à sua circula-
construção imediata. ção, que estejam na via ou adjacentes
- Cor: branca ou amarela, de acordo à mesma, ou quanto a mudanças brus-
com a marca viária que complementa. cas no alinhamento horizontal da via.
Planta Vista
Exemplo: Possuem as cores amarela e preta
quando sinalizam situações perma-
Planta Vista nentes e adquirem cores laranja e
branca quando sinalizam situações
Cilindros Delimitadores temporárias, como obras.
Exemplo: Tipos de Dispositivos de Sinali-
zação de Alerta:
Segregadores – tem a função de
Marcadores de Obstáculos –
segregar pistas para uso exclusi-
unidades refletivas apostas no
vo de determinado tipo de veícu-
próprio obstáculo, destinadas a
lo ou pedestres.
alertar o condutor quanto à exis-
- Cor: amarela. tência de obstáculo disposto na
- Cor do Corpo: preta
Exemplo: via ou adjacente a ela.
107
Exemplo de aplicação:
Marcadores de Perigo – unidades refletivas fixadas em suporte destinadas a alertar o condutor do veículo quanto
a situação potencial de perigo.
Marcador de perigo Marcador de perigo Marcador de perigo
indicando que a indicando que a passagem indicando que a
passagem deverá ser poderá ser feita tanto pela passagem deverá ser Marcador de perigo
feita pela direita direita como pela esquerda feita pela esquerda indicando que a passagem
poderá ser feita tanto pela
direita como pela esquerda

Relação dos lados: 1:3 Relação dos lados: 1:3


108
Marcadores de Alinhamen- - alterar a percepção do usuário Exemplos:
to – unidades refletivas fixadas quanto a alterações de ambiente
em suporte, destinadas a alertar e uso da via, induzido-o a adotar
o condutor do veículo quando comportamento cauteloso;
houver alteração do alinhamento - incrementar a segurança e/ou
horizontal da via. criar facilidades para a circula- Gradil maleável

ção de pedestres e/ou ciclistas.


3.5. DISPOSITIVOS DE PRO-
TEÇÃO CONTÍNUA
São elementos colocados de for- Gradil rígido
ma contínua e permanente ao longo
da via, confeccionados em material
3.4. ALTERAÇÕES NAS CARACTE- Dispositivos de Contenção e
flexível, maleável ou rígido, que têm
RÍSTICAS DO PAVIMENTO Bloqueio
como objetivo:
São recursos que alteram as condi- - evitar que veículos e/ou pedes- Exemplo:
ções normais da pista de rolamento, tres transponham determinado
quer pela sua elevação com a utiliza- local;
ção de dispositivos físicos colocados
- evitar ou dificultar a interferência
sobre a mesma, quer pela mudança
de um fluxo de veículos sobre o
nítida de características do próprio
fluxo oposto.
pavimento. São utilizados para:
- estimular a redução da velocidade; Tipos de Dispositivos para Fluxo Grade de contenção
de Pedestres e Ciclistas:
- aumentar a aderência ou atrito
do pavimento; Gradis de Canalização e Retenção
Devem ter altura máxima de 1,20
m e permitir intervisibilidade entre
veículos e pedestres.
109
Tipos de Dispositivos para Fluxo Dispositivos Anti-ofuscamento - mensagens educativas visando o
Veicular: comportamento adequado dos
Especificação mínima: Norma ABNT
usuários da via;
Defensas Metálicas Exemplo:
- orientação em praças de pedágio
Especificação mínima: Norma ABNT e pátios públicos de estaciona-
Exemplos: mento;
-
informação sobre condições
operacionais das vias;
- orientação do trânsito para a uti-
lização de vias alternativas;
- regulamentação de uso da via.
Tipos de Dispositivos Luminosos:
tipo simples tipo dupla Painéis Eletrônicos
3.6. DISPOSITIVOS LUMINOSOS
Exemplos:
Barreiras de Concreto São dispositivos que se utilizam
de recursos luminosos para propor-
Especificação mínima: Norma ABNT
cionar melhores condições de vi- Acidente na Pista
Exemplos: sualização da sinalização, ou que,
conjugados a elementos eletrônicos,
permitem a variação da sinalização
ou de mensagens, como por exem-
plo:
DESVIO
- advertência de situação inespe-
rada à frente;
A 400 m

simples dupla
110
Painéis com Setas Luminosas Exemplo: Tambores
Exemplos: Exemplos:

3.7. DISPOSITIVOS DE USO TEM-


PORÁRIO Cilindro
São elementos fixos ou móveis Especificação mínima: Norma ABNT Fita Zebrada
diversos, utilizados em situações Exemplo: Exemplo:
especiais e temporárias, como ope-
rações de trânsito, obras e situações
de emergência ou perigo, com o
objetivo de alertar os condutores,
bloquear e/ou canalizar o trânsito,
proteger pedestres, trabalhadores,
equipamentos, etc. Cavaletes
Balizador Móvel
Aos dispositivos de uso temporá- Exemplos:
rio estão associadas as cores laranja Exemplo:
e branca. Articulados
Vista frontal Vista lateral

Tipos de Dispositivos de Uso Tem-


porário:

Cones
Sentido de circulação Sentido de circulação

Especificação mínima: Norma ABNT

111
Desmontáveis Cancelas Elementos Luminosos
Vista Frontal Vista Lateral
Complementares
Exemplos:

Plásticas

Barreiras
Exemplos:
Fixas
Tapumes
Bandeiras
Exemplos:
Exemplos:
Sentido de circulação Sentido de circulação

Móveis Sentido de circulação

Vista frontal Vista lateral

Gradis
Exemplos:
Vista Frontal Vista Lateral

Sentido de circulação Sentido de circulação

Faixas
Fixo Dobrável
Exemplo:

OBRAS NA PISTA
REDUZA A VELOCIDADE
Modulado Tela Plástica

112
4. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA Luminosas
A sinalização semafórica é um subsistema da sinalização viária que se As cores utilizadas são:
compõe de indicações luminosas acionadas alternada ou intermitentemente a) Para controle de fluxo de pedes-
através de sistema elétrico/eletrônico, cuja função é controlar os desloca- tres:
mentos.
- Vermelha: indica que os pedes-
Existem dois (2) grupos: tres não podem atravessar.
- a sinalização semafórica de regulamentação; - Vermelha Intermitente: assina-
- a sinalização semafórica de advertência. la que a fase durante a qual os
Formas e Dimensões pedestres podem atravessar está
a ponto de terminar. Isto indica
SEMÁFORO DESTINADO A FORMA DO FOCO DIMENSÃO DA LENTE que os pedestres não podem co-
Movimento Veicular Circular Diâmetro: 200 mm ou 300 mm
meçar a cruzar a via e os que te-
nham iniciado a travessia na fase
Movimento de Pedestres e
Quadrada Lado mínimo: 200 mm verde se desloquem o mais breve
Ciclistas
possível para o local seguro mais
próximo.
4.1. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA DE REGULAMENTAÇÃO
- Verde: assinala que os pedestres
A sinalização semafórica de regulamentação tem a função de efetuar o podem atravessar.
controle do trânsito num cruzamento ou seção de via, através de indicações
luminosas, alternando o direito de passagem dos vários fluxos de veículos e/
ou pedestres.
4.1.1. Características
Compõe-se de indicações luminosas de cores preestabelecidas, agrupadas
num único conjunto, dispostas verticalmente ao lado da via ou suspensas
sobre ela, podendo neste caso ser fixadas horizontalmente.
4.1.2. Cores das Indicações

113
b) Para controle de fluxo de veí- - Compostos de duas indicações
culos: luminosas, dispostas na seqüên-
- Vermelha: indica obrigatorieda- cia preestabelecida abaixo. Para
de de parar. uso exclusivo em controles de
acesso específico, tais como pra-
- Amarela: indica “atenção”, de-
ças de pedágio e balsa.
vendo o condutor parar o veícu-
lo, salvo se isto resultar em situa-
ção de perigo.
- Verde: indica permissão de pros-
seguir na marcha, podendo o
condutor efetuar as operações
indicadas pelo sinal luminoso,
respeitadas as normas gerais de
circulação e conduta. O acendimento das indicações lu-
minosas deve ser na seqüência ver-
4.1.3. Tipos de, amarelo, vermelho, retornando
a) Para Veículos: ao verde.
- Compostos de três indicações lu- Para efeito de segurança reco-
minosas, dispostas na seqüência menda-se o uso de, no mínimo, dois - Com símbolos, que podem estar
preestabelecida abaixo: conjuntos de grupos focais por apro- isolados ou integrando um semá-
ximação, ou a utilização de um con- foro de três ou duas indicações
junto de grupo focal composto de luminosas.
dois focos vermelhos, um amarelo e
um verde

114
Exemplos: b) Para Pedestres
DIREÇÃO CONTROLADA

Seta opcional
4.2. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA
DE ADVERTÊNCIA No caso de grupo focal de regu-
lamentação, admite-se o uso isolado
A sinalização semafórica de adver- da indicação luminosa em amarelo
tência tem a função de advertir da intermitente, em determinados ho-
CONTROLE OU FAIXA REVERSÍVEL existência de obstáculo ou situação rários e situações específicas. Fica
perigosa, devendo o condutor redu- o condutor do veículo obrigado a
zir a velocidade e adotar as medidas reduzir a velocidade e respeitar o
de precaução compatíveis com a se- disposto no Artigo 29, inciso III, alí-
gurança para seguir adiante. nea C.
DIREÇÃO LIVRE 4.2.1. Características
Compõe-se de uma ou duas luzes
de cor amarela, cujo funcionamento é

intermitente ou piscante alternado, no
caso de duas indicações luminosas.

115
5. SINALIZAÇÃO DE OBRAS tência e as placas de orientação de São exemplos de sinalização de
destino adquirem características obras:
A Sinalização de Obras tem como
próprias de cor, sendo adotadas as
característica a utilização dos sinais
combinações das cores laranja e
e elementos de Sinalização Vertical,
preta. Entretanto, mantém as carac-
Horizontal, Semafórica e de Disposi-
terísticas de forma, dimensões, sím-
tivos e Sinalização Auxiliares combi-
bolos e padrões alfanuméricos:
nados de forma que:
- os usuários da via sejam adverti- Sinalização vertical Cor utilizada
dos sobre a intervenção realiza- de Advertência ou de para Sinalização
da e possam identificar seu cará- Indicação de Obras
ter temporário; Fundo Laranja
- sejam preservadas as condições Símbolo Preta
de segurança e fluidez do trânsi- Orla Preta
to e de acessibilidade;
Tarjas Preta 3,4m
- os usuário sejam orientados so-
Setas Preta
bre caminhos alternativos;
Utilize Desvio
Letras Preta
- sejam isoladas as áreas de traba-
lho, de forma a evitar a deposi-
ção e/ou lançamento de mate- Os dispositivos auxiliares obedecem
riais sobre a via. as cores estabelecidas no capítulo 3
deste Anexo, mantendo as caracte-
Na sinalização de obras, os ele- rísticas de forma, dimensões, símbo-
mentos que compõem a sinalização los e padrões alfanuméricos.
vertical de regulamentação, a sina-
lização horizontal e a sinalização
semafórica têm suas características
preservadas.
A sinalização vertical de adver-
116
6. GESTOS
a) Gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito
As ordens emanadas por gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito prevalecem sobre as regras de circulação e
as normas definidas por outros sinais de trânsito. Os gestos podem ser:

Significado Sinal

Ordem de parada obrigatória para todos


os veículos. Quando executadas em
interseçoes, os veículos que já se encon-
trarem nela não são obrigados a parar.
Braço levantado verticalmente, com a palma da mão para frente.

Ordem de parada para todos os veículos


que venham de direções que cortem
ortogonalmente a direção indicada pelos
braços estendidos, qualquer que seja o
sentido de seu deslocamento.
Braços estendidos horizontalmente, com a palma da mão para frente.

Ordem de parada para todos os veículos


que venham de direções que cortem
ortogonalmente a direção indicada pelo
braço estendido, qualquer que seja seu
Braço estendido horizontalmente, com a palma da mão
sentido de deslocamento
para frente, do lado do trânsito a que se destina.

117
Ordem de diminuição de velocidade

Braço estendido horizontalmente, com a palma da mão para bai-


xo, fazendo movimentos verticais.

Ordem de parada para os veículos aos


quais a luz é dirigida.

Braço estendido horizontalmente, agitando uma luz vermelha


para um determinado veículo.

Ordem de seguir.

Braço levantado, como movimento de antebraço na frente para a reta-


guarda e a palma da mão voltada para trás.

118
b) Gestos de Condutores 7. SINAIS SONOROS
Sinais de apito Significado
Significado Sinal Emprego

liberar o t
rânsito em
um silvo
siga direção/sentido
breve
Dobrar à esquerda indicado pelo
agente.
dois
indicar parada
silvos pare
obrigatória
breves
quando for
necessário fazer
um silvo diminuir
diminuir a
longo a marcha
Dobrar à direita marcha dos
veículos.

Os sinais sonoros somente devem


ser utilizados em conjunto com os
gestos dos agentes.

Diminuir a marcha ou parar

Obs.: Válido para todos os tipos de veículos.


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