Você está na página 1de 17

Habilidades Médicas – 7° período Janyne Daniel

Ortopedia

 Coluna Cervical
 Anatomia Clínica
-Formada por 07 vertebras (C1 até C7);
-E 8 nervos espinhais cervicais;
C1- Atlas
C2- Axis
-A 1 e a 2 são totalmente vertebras atípicas.
-Os processos espinhos de C3 até C6 geralmente são processos
espinhosos bífidos, ou seja, se bifurcam.
-A C7 é única porque representa um ponto de transição entre a coluna
cervical que é mais móvel e a coluna torácica que é mais rígida. Há a
presença do processo espinhoso que não é bífido, que se projeta
bastante posteriormente. (Vertebra proeminente)
-Adesão as vertebras são as articulações interapofisárias (articulações
sinoviais planas, vão dá mobilidade as articulações do pescoço.
-Forame Transverso – É a estrutura por onde passa as artérias
vertebrais.
-Junção cervico-torácica: área de transição onde C7 é bem
semelhante a T1 e T2.
a) Plexo Braquial
-Qualquer hérnia de disco que ocorra na região cervical, vai gerar uma
alteração no nervo radial e no nervo mediado, por isso a importância
de entender a formação desses nervos.
-O plexo é formado de C5 a T1 (podendo ter a contribuição de C4 e ir
até T2)
-Possui três troncos: Tronco Superior (C5 e C6)
Tronco médio (C7)
Tronco inferior (C8 e T1)
-Ordem de formação dos nervos: Ramos – Fascículos -- Nervos

Nervo Radial – Depende de todas as raízes nervosas envolvidas no plexo


braquial.
Formado pelas raízes de C5, C6, C7, C8 e T1.
Nervo mediano – Também é formada por todas as raízes nervosas do Plexo.
É um nervo misto. (Sensibilidade e motricidade)
Nervo Ulnar – C7, C8 e T1
Nervo Musculo cutâneo – C5, C6 e C7.

Exame Físico
1. Inspeção Estática
-Observa-se assimetria do pescoço (quadros de torcicolos,
malformações);
-Alterações no tegumento;
-Alteração na altura da implantação dos cabelos;
-Presença de vesículas, descolorações e cicatrizes;
-Presença de tumores;

2. Inspeção dinâmica
-Avalia-se a amplitude dos movimentos da coluna cervical, solicita-se que
o paciente faça ativamente:
Flexão da cabeça (Encostar o queixo no tórax)
Extensão da cabeça (Arco normal 130°, alinhamento da fronte com o
nariz)
Rotação para ambos os lados (Queixo deve-se alinhar com os ombros em
80°)
Inclinação lateral para ambos os lados (Encostar a orelha no ombro sem
a mobilização do ombro – 45° normal)
OBS: Os movimentos podem ser completos sem dor, completos com dor
e incompletos.
3. Palpação
-Palpação de partes moles pode ser dividida em duas: Face anterior e face
posterior.
-Trígono anterior:
Limites: Delimitado lateralmente pelas bordas anteriores dos músculos
esternocleidomastóideos, superior pela mandíbula e inferior pela incisura
supraesternal.
Como palpar? Palpar o paciente em posição supina.
-Palpar o esternocleidomastóideo;
-Palpar as cadeias linfáticas ao longo da borda do músculo;
-Glândula tireoide
-Parótidas
-Fossa supraclavicular
O que buscar? Irregularidades, cistos ou tumorações.
OBS: Palpar o pulso carotídeo, sempre os dois lados, e sempre
comparando.
-Face posterior:
Com o paciente de preferência sentado, deve-se palpar
-O músculo trapézio – Buscar dor ou tumorações;
-Protuberância occipital (na base do crânio) – pode se palpar nervos
occipitais maiores quando há um processo inflamatório.
-Procurar por pontos dolorosos em toda a nuca. (Desde a protuberância
occipital até o processo espinhoso de C7)
-Palpar as vertebras cervicais.
-OBS: Na palpação também posso verificar a amplitude dos movimentos
de forma passiva, repetindo-os com auxílio do examinador.

Manobras Especiais
a) Teste da distração
- Com o paciente sentado e as mãos do examinador no queixo e na
região posterior da cabeça do paciente, realiza-se a distração da região
cervical.
-Com essa manobra se houver dor, ao realiza-lá vai haver um alívio
em consequente à compressão radicular nesse nível.

b) Manobra de Spurling
-Realiza-se uma flexão lateral da cabeça do paciente, em que ao
mesmo tempo o examinador realiza uma pressão sobre o topo da
cabeça. (Paciente sentado)
Positivo: Aumento dos sintomas radiculares nas extremidades.

c) Teste da extensão da raiz


-Usado para avaliar a compressão radicular, é realizado
passivamente.
Como é feito? O paciente tem seu braço estendido, abduzido e
externamente rodado, com o cotovelo e punho estendidos, em
seguida, a cabeça inclinada para o lado oposto.
Positivo: Quando paciente refere dor, pode ser causada pela irritação
das raízes nervosas.

 Ombro

 Anatomia
-Esqueleto apendicular
-É uma das estruturas que vai conectar o membro superior a
caixa torácica, preso por duas articulações do ombro.
-O ombro é um complexo articular com 4 articulações.

Estruturas ósseas
-Clavícula (Elemento de união o membro superior com o corpo)
-Escápula (Acrômio é o ponto mais alto da escapula)
-Úmero
-Porção superior do esterno (manúbrio esternal)
-Processo coracóide
-Espinha da escapula (borda Lateral e medial)
Articulações Verdadeiras
-Esternoclavicular
-Acromioclavicular
-Glenoumeral (Entre a escapula e o úmero proximal) – é a mais
importante, porque é uma articulação esferoide. É a articulação
que mais sofre luxações, quando o ombro sai do lugar, por conta
da instabilidade dessa articulação devido a sua grande
mobilidade.
Cavidade glenoide é onde abriga a cabeça do úmero.
Articulações falsas (Porque não tem capsula, não tem
cartilagem)
-Articulação escapulotorácica (Entre a escápula e o tórax)
-Espaço subacromial

Maguito Rotador
-São músculos estabilizadores da articulação glenoumeral
São quatro músculos: Supraespinal – O: Fossa supraespinal
Infraespinal – O: Fossa infraespinal
Redondo menor – O: Borda lateral da
escápula
Subescapular – O: Fossa subescapular
-São os músculos que abraçam a cabeça do úmero, e conferem
estabilidade ao ombro.
-Supraespinhal, infraespinhal e redondo menor se inserem no
tubérculo maior do úmero.
-Subescapular se insere no tubérculo menor do úmero.
-Ações dos músculos do Manguito:
Supraespinal – abdução do ombro (nos primeiros 30°)
Infraespinal e redondo menor – Rotação externa do ombro
Subescapular – Rotação interna do ombro

Exame físico

1. Inspeção Estática
-O paciente deve ser examinado desnudo da cintura para cima.
Observar: Vestígios de lesões traumáticas (edema, equimose)
-Deformidades das colunas cervical e torácica (formato,
posição, simetria e mobilidade da escápula)
-Alterações no relevo muscular, como atrofias musculares.
-Posição anormal do membro superior livre em relação à
escapula (paralisia)
-Sinal de Popeye (deformidade do ventre muscular do bíceps)

2. Inspeção dinâmica
-Avaliar a mobilidade do ombro de modo geral.
Movimentos:
-Abdução (Lateral) 0-180°
-Adução (Direção a linha média) 0-40°
-Flexão (Anterior) 0-180°
-Extensão (Posterior) 0 – 45°
-Rotação medial e interna (cabeça do úmero para dentro) 0 –
90°
-Rotação lateral e externa (cabeça do úmero para fora) 0-090°
-Circundação (Roda o braço por inteiro, como se tivesse
mexendo uma panela)
-Elevação (Feita no plano intermediário)

3. Palpação
-Metódica e cuidadosa sobre todo o relevo osteoarticular, dos
tendões e suas inserções.
Abordar:
-Articulação esternoclavicular
-Clavícula
-Articulação acromioclavicular
-Região supraespinhal, infraespinhal e deltoideia

4. Manobras Especiais
a) Arco Doloroso
- Entre 70° e 120° se sentir dor, considera-se afecção no
manguito rotador.
-Acima de 120° seria inflamação acromioclavicular (artrite
no acrômio)
Obs: Depois que o paciente apresenta positividade no arco
doloroso, vamos buscar qual dos 4 tendões do manguito
rotador vai estar afetado. Sendo que o tendão mais
comumente acometido é o supraespinhal.
b) Teste de Neer
-Realizada uma abdução brusca (braço de alavanca),
porém estabilizando a escápula.
-Até 90° no máximo 120°.
Se houver dor, positivo: Característica da compressão da
Bursa e do tendão supraespinhal.

Obs. dá aula: Contraprova de Neer – Uso da xilocaína (Se


for Bursite não iria sentir nada, se a dor persistisse mesmo
com a xilocaína seria tendinite).

c) Teste de Jobe
-Realiza-se uma elevação girando o braço para dentro
(rotação interna) com o polegar para baixo e faz-se uma
força contra resistência.
d) Teste de Hawkins
Em resumo: Flexão do cotovelo, estabiliza o ombro e
rotação interna.
Livro: O MS é colocado em 90o de elevação, em rotação
neutra e com o cotovelo fletido em 90o, e passivamente
rodado rapidamente para dentro, pelo examinador

e) Teste do Subescapular
e.1) Gerber
O paciente coloca o dorso da mão ao nível de L5, como na
prova funcional “mão/costas”, e procura ativamente
afastá-la das costas; a incapacidade de fazê-lo ou de
manter o afastamento, se feito passivamente pelo
examinador, indica grave lesão do subescapular
f) Teste da Gaveta
Na aula: Estabiliza a escapula, palpa a parte anterior e
posterior do úmero e desloca para frente e para trás,
verificando a estabilidade do ombro.
No livro: Colocando-se por trás do paciente que está em pé
ou sentado e com o braço ao lado do
corpo, o examinador fixa, com uma das mãos espalmada
sobre o ombro, a escápula do paciente e com a outra segura
firmemente a cabeça do úmero que procura deslocar em
sentido anterior e posterior.

g) Teste da Apreensão
São realizadas abdução e rotação externa máxima do
braço, estabilizando a região anterior do ombro, e após é
retirada a mão da região anterior do ombro. É positivo
quando o paciente sente apreensão ou dor.

 Quadril
-A pelve tem formato de um anel, formada por um grande osso
chamado de ilíaco, esse osso vai se juntar com outro ilíaco
formando este anel através do sacro.
Articulações
-Sacro ilíaca posterior direita e esquerda (2)
-Quadril direito e esquerdo
-Sínfise púbica anteriormente
OBS: A parte articular, a fossa que se articula com a cabeça do
fêmur é chamada de ACETABULO.
Crista Ilíaca – Na altura de L4 e L5.
Espinha Ilíaca – Anterior e Posterior

Roteiro: Anatomia / Exame físico / Doenças do quadril


Anatomicamente a articulação do quadril está diretamente
relacionada ao acetábulo, a cabeça do fêmur, a capsula articular,
os ligamentos, vasos e nervos.

b) Palpação
b1. Anterior
Espinha Ilíaca Anterossuperior:
-Inserção lateral do ligamento inguinal (a medial é o tubérculo
púbico) – na meia distância fica o feixe NAV.
-Abaixo está o quadril recoberto pelo ligamento íleo femoral.
- Punção: Medial ao nervo femoral. (ex: Quer fazer um bloqueio do
nervo femoral é nesse local; uma gasometria etc).

b.2. Lateral
-Trocânter maior
-Palpar o paciente de lado, deitado.
-Ponta está na mesma linha do tubérculo púbico.
-Palpar a inserção do glúteo médio.
-Dor – Tendinite, bursite.
-Ascenção: sequela de Perthes e coxa vara.
-Posteriorização: Epifisiólise.

b.3. Posterior
-Espinha Ilíaca Posterior: Regoão superior das nádegas
-Articulação sacroilíaca posterior
-Tuberosida isquiática (No meio da nádega, ao nível da prega
glútea (mais fácil com o quadril em flexão)
Obs: Entre ela e a borda posterior do trocânter maior está o nervo
ciático.
-Cristas Ilíacas (Verificar se há inclinação pélvica – paciente em
pé).
EPIS- Com o polegar próximo da linha média, um pouco mais
embaixo da crista ilíaca nós podemos palpar a espinha ilíaca
póstero-superior.

2. Movimentos:
-Importante saber se há dor ou limitação.

Aula:
-Adução: Faz um pouco de flexão do quadril e traz o membro em
direção a linha média.
-Abdução: Afasta o membro da linha média.
-Rotação Externa: Faz uma flexão do quadril e do joelho, então
trás o pé para a linha média. (Rotação externa da cabeça do fêmur)
-Rotação Interna: Quando trás o pé aumentando a distância da
linha média, a cabeça do fêmur roda internamente.

Manobras Especiais
a) Teste de Ely
-Serve para observar se existe uma retração ou contratura do
retofemural.
É um musculo que começa na espinha ilíaca anterossuperior
que vai até a patela que faz parte do quadríceps.

b) Teste de Ober
-Contratura do trato iliotibial, muito usado principalmente em
pacientes que tenham alguma sequela (paralisia cerebral,
poliomielite).
-Faz-se uma abdução da coxa e flete o quadril, e o paciente
não consegue mais abduzir a coxa.
c) Teste de Trendelemburg
-Testa o quadril contra-lateral ao membro fletido.
-Positividade: Coxa vara congênita; Mórquio; Poliomelite;
fratura do trocânter maior.
-Como fazer? Paciente ficar em pé e o examinador por trás,
pede para que ele faça uma flexão do joelho de um membro, se
o glúteo médio estiver normal ele não dá uma assimetria do
quadril. Se der essa assimetria (Positivo)

d) Teste de Patrick Fabere


- (flexão + abdução + rotação externa)
-é útil para diagnosticar doenças no quadril examinado e pode
também provocar dor na articulação sacrilíaca
contralateral.
-Como é feito? Paciente em decúbito dorsal, membro colateral
em extensão e membro a ser examinado em posição de “4”,
sobre a mesa ou sobre o joelho. O examinador apoia a mão
sobre o joelho fletido e coloca a outra sobre o quadril oposto,
verificando o desencadeamento de dor.
Resultado: Dor referida na virilha – Doença derivado do
quadril examinado.
Se a dor for na região for na região da sacroíliaca contralateral
(deve-se avaliar essa articulação).
e) Teste de Thomas
-Então a avaliação do teste de contratura em flexão do
quadril, quando estendemos o quadril a ser avaliado e
mantemos o outro em flexão sendo segurado pelo paciente,
evitando assim a inclinação pélvica compensatória. O grau de
contratura em flexão deve ser anotado.

Obs: Verifica se têm encurtamento na cápsula articular.

 Joelho
Sintomas mais comuns no Joelho: Dor, falseio, travamento,
derrame e estalo ou estalido.

1. Inspeção
a) Estática
Observação do paciente em pé, em posição anatômica frente e
perfil, em seguida andando de frente e de costas para o
examinador.
-Observar o Alinhamento (Cifose dorsal, hiperlordose, flexão
ou extensão do quadril, flexo ou recurvatum do joelho);
-Anterior: Observamos o alinhamento dos membros inferiores
no mesmo plano.
-Alterações dinâmicas na marcha; (Claudicação)
-Presença de deformidades.
-Desvio do joelho.

Paciente sentado:
-Observa-se altura da patela (normal- em frente aos côndilos
femorais, em continuidade com o ligamento patelar)
(Patela em “baioneta”)

2. Palpação
-Realiza-se a palpação dos tendões da pata de fanso.
-Região posterior do joelho (buscar por cistos – comum Cisto
de Baker)
-Paciente deitado em posição supina: Verifica-se os tônus de
toda a musculatura da coxa e da perna, em especial
quadríceps, buscar a presença de derrame articular.
-Palpação da articulação femoropatelar junto as facetas e
extremidades superior e inferior da patela.
-Tuberosidade anterior da tíbia e bursas supra e
infrapatelares.

Manobras Especiais
a) Teste de Steinmann
Com o paciente sentado sobre a mesa, com os joelhos
fletidos a 90o e pendentes, faz-se rotação externa e interna
da perna, segurando pelo pé.
A presença de dor ou estalido junto à interlinha articular é
sinal de lesão do menisco correspondente.
b) Teste da Gaveta
-Anterior: -usado para detectar lesão do ligamento cruzado
anterior e, eventualmente, a associação com eventual
componente periférico.
Como fazer? Ele é pesquisado com o paciente na mesa de
exame em DDH, com o joelho em 80° de flexão. O
examinador apoia o pé do paciente e, com ambas as mãos
colocadas na região posterior do terço superior da tíbia do
paciente, traciona-a para a frente provocando deslizamento
anterior da perna sobre a coxa. Nesse movimento,
movimento da gaveta, usando os dois polegares sobre o
rebordo tibial medial e lateral o examinador mensura o
avanço anterior da tíbia nos dois lados, sensibilizando o
sinal da gaveta como predominantemente medial ou lateral

-Posterior:
Como fazer? O paciente posicionado da mesma forma que
para o teste da gaveta anterior, com o joelho em 80o ou 90o
de flexão, e o examinador apoiando o pé
do paciente. Nessa posição, o examinador empurra para
trás a perna e, com ambas as
polpas digitais colocadas sobre o rebordo anterior dos
planaltos tibiais, sente os movimentos posteriores dos dois
lados, medial e lateral.
Resultado: Se o lado lateral da
perna se posterioriza isoladamente, trata-se de
instabilidade posterolateral, mas, se o
faz de ambos os lados, o teste é positivo para lesão do LCP.
b) Sinal de Clark
Como fazer? O examinador deve realizar uma leve pressão
sobre o polo superior da patela contra a tróclea e solicita-
se ao paciente que contraia o quadríceps.

Resultado: O teste é positivo quando o paciente apresenta


dor e incapacidade de manter a contração do quadríceps,
sugestivo de transtorno femoro-patelar.

Você também pode gostar